quinta-feira, 18 de maio de 2017

Sem faíscas: D’Ale e Felipe Melo trocam só gentilezas no grande encontro




PALMEIRAS E INTERNACIONAL


Palmeirense e colorado têm poucos embates durante o jogo. Volante elogia Inter, e argentino diz que queria adversário em seu time: “A gente é parecido, meio maluco”



Por Alexandre Alliatti, 
São Paulo



ão foram necessárias armaduras para que todos sobrevivessem ao encontro entre Felipe Melo e D’Alessandro, nesta quarta-feira, na arena palmeirense. Para quem esperava que os dois jogadores produzissem faíscas, o que rolou foi muita paz e zero guerra. Distantes em campo, tudo que os dois jogadores (famosos pela qualidade e pelo temperamento elevados) trocaram foram gentilezas.
D’Alessandro foi mais marcado por Tchê Tchê (e bem marcado) do que por Felipe Melo, que pendeu mais para a direita, por onde estavam Felipe Gutierrez e Marcelo Cirino. Ainda no primeiro tempo, eles tiveram um mínimo atrito quando D’Ale se interpôs em discussão entre Felipe e o volante chileno. Coisa de dois ou três segundos. O palmeirense também se estranhou com Marcelo Cirino. 
  Depois do jogo, só elogios. Felipe Melo, na saída de campo, valorizou o Inter, e D’Alessandro, ainda no vestiário, assistiu à entrevista. Nela, Felipe Melo usa até um bordão colorado ao se referir ao clube gaúcho como “campeão de tudo”.

- Jogamos contra um time "grandíssimo", campeão de tudo, com jogadores de potencial incrível, o que fez o nosso resultado ser uma goleada – disse Felipe Melo.

D’Alessandro gostou. Gostou a ponto de dizer que gostaria de ter Felipe Melo a seu lado. Afinal, são ambos “meio malucos”, como ele mesmo afirmou:

- É obrigação existir respeito entre colegas. Acho que ele é um cara muito sincero. Tem poucos hoje no futebol que falam o que pensam. Foi totalmente normal no jogo. Muitas vezes, as coisas são criadas pela imprensa. Esperavam que a gente brigasse dentro do campo. 

Eu sabia que a gente ia se dar bem. A gente é parecido, assim, meio maluco, então a gente discute, gosta de falar. Eu sabia que a gente ia se dar bem. Foi assim no jogo. 

Felipe Melo e D'Alessandro: poucos encontros durante o jogo e gentilezas depois dele (Foto: Marcos Riboli)
Felipe Melo e D'Alessandro: poucos encontros durante 
o jogo e gentilezas depois dele (Foto: Marcos Riboli)



  D’Alessandro foi o jogador mais ativo do Inter no jogo contra o Palmeiras. Foi o recordista de passes da partida: 69, dos quais apenas três foram errados. Felipe Melo deu 39 – também com apenas três errados. Só o zagueiro Mina tocou mais na bola que ele no Palmeiras. Tanto o meia quanto o volante, porém, tiveram atuação individual limitada. Estiveram na média das atuações das duas equipes em um jogo equilibrado.

Esta foi a segunda vez em que os dois se enfrentaram. Em 2007, pelo Almería, Felipe Melo foi derrotado pelo Zaragoza, que tinha D’Alessandro no banco. O argentino foi a campo no segundo tempo. O gol da vitória foi de Diego Milito, de pênalti.



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FONTE:



Palmeiras vence o Internacional na arena e abre vantagem nas oitava




COPA DO BRASIL 2017

  

Gol contra de Léo Ortiz no primeiro tempo dá ao Verdão o direito de jogar pelo empate na segunda partida, em Porto Alegre. Colorado precisa de vitória por dois gols de diferença para avanç


Por GloboEsporte.com, 
São Paulo



O Palmeiras fez valer o fator casa para sair na frente do Internacional na briga por uma vaga nas quartas de final da Copa do Brasil. Em um jogo muito disputado, o Verdão venceu o Colorado por 1 a 0, nesta quarta-feira, na arena, e passou a precisar de um empate no segundo confronto, em Porto Alegre, para avançar. Léo Ortiz marcou contra ainda no primeiro tempo.

Os clubes voltam a se enfrentar no dia 31 de maio, às 21h45, no Beira-Rio. Os gaúchos necessitam vencer por dois gols de diferença para ficar com a vaga. Caso consigam o placar da partida em São Paulo, a decisão será nos pênaltis. Lembrando que há o critério do gol fora de casa. Ou seja, se o Palmeiras fizer um gol no Sul, o Inter terá de marcar três para se classificar.

Pelo Campeonato Brasileiro, o Verdão visita a Chapecoense, neste sábado, às 19h, na Arena Condá. O Colorado recebe o ABC, no mesmo dia e horário, pela Série B. 

Borja disputa lance com Cuesta na arena (Foto: Ricardo Duarte/Divulgação, Inter)
Borja disputa lance com Cuesta na arena 
(Foto: Ricardo Duarte/Divulgação, Inter) 



O JOGO
O Palmeiras começou melhor a partida, mas foi o Inter quem deu o primeiro susto, aos 12. Borja desviou a cobrança de escanteio e carimbou a trave do próprio gol. Cirino pegou o rebote, e o mesmo colombiano evitou gol quase sobre a linha. A boa marcação feita pelos gaúchos atrapalhou a equipe de Cuca. Os espaços, porém, apareceram aos poucos. Guerra quase marcou. Logo depois, aos 32, Léo Ortiz fez contra ao tentar cortar o cruzamento de Willian. Borja desperdiçou grande chance ao driblar o goleiro e chutar para fora nos minutos finais.

A desvantagem não fez o Internacional mudar sua postura. Pelo contrário, o time perdeu a força nos contra-ataques e sofreu para segurar abola na frente. O jogo só cresceu a partir dos 20 minutos. Daniel fez grande defesa em chute de fora da área de Willian. Logo depois foi a vez do Inter assustar. Cirino perdeu boa chance livre na área, e Fernando Prass salvou após cabeceio de Rodrigo Dourado.

Os minutos finais foram controlados pelos gaúchos. O Palmeiras recuou a partir dos 35 e aceitou a pressão à espera de um contra-ataque. Mesmo com mais posse de bola, o Inter não conseguiu criar outras chances diante da retranca armada por Cuca. Aos 45, Dudu teve a chance de aumentar ao arrancar da defesa, mas demorou para chutar, enquanto Erik entrava livre na área pelo outro lado.orja disputa lance com Cuesta na arena (Foto: Ricardo Duarte/Divulgação, Inter)



Abel vê derrota justa, placar exagerado e mantém confiança: ''Não está acabad



FLUMINENSE


Técnico tricolor reclama de pênalti não marcado em Henrique e diz que sua equipe cometeu erros que não está acostumada: ''Vamos fazer de tudo para virar no Maracanã''



Por Hector Werlang, 
Porto Alegre



Uma derrota justa, mas exagerada. Assim o técnico Abel Braga resumiu o revés por 3 a 1 para o Grêmio na primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil, nesta quarta-feira, em Porto Alegre. Segundo o treinador do Fluminense, sua equipe cometeu erros que não está acostumada. Mas a confiança para reverter o placar no Maracanã, no próximo dia 31, segue em alta. 

Abel Braga reclamou a não marcação de um pênalti no zagueiro Henrique: ''Mudou o jogo'' (Foto: Eduardo Moura)
Abel Braga reclamou a não marcação de um 
pênalti no zagueiro Henrique: 
''Mudou o jogo'' (Foto: Eduardo



Após o apito final, Abelão foi reclamar com o árbitro Dewson Freitas da Silva sobre um lance  entre Henrique e Kanneman ainda no primeiro tempo - quando o placar marcava 1 a 1. O técnico tricolor citou a não marcação do pênalti e garantiu que não ofendeu o juiz. 


  - Eu peguei uma testemunha, para ele não escrever besteira. Não o ofendi. Disse que não comento arbitragem em entrevista. Especialmente, quando eu perco. Só disse que ele mudou o jogo ao não dar o pênalti em Henrique. Foi isso que ocorreu. Ele escreveu algo no cartão amarelo, mas estava com uma testemunha do meu lado. E não comento mais nada - contou.

Para avançar às quartas de final da Copa do Brasil, o Fluminense precisará vencer o Grêmio no Maracanã no próximo dia 31 de maio por dois gols de diferença. Triunfo por 3 a 1 leva a decisão para os pênaltis.

O elenco retorna ao Rio nesta quinta-feira e volta a campo no domingo pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro. O adversário será o Atlético-MG, no Independência, às 16h (de Brasília).



Confira as outras respostas de Abel Braga:

VESTIÁRIO
Não falei nada ao chegar no vestiário. A reação partiu deles. Tivemos erros pontuais. O escanteio saiu mal batido e foi ajeitado na primeira trave. Eu tenho dois jogadores na bola, mas ela caiu para o Barrios. Não muda nada na nossa maneira de pensar. Tivemos alma incrível, o Grêmio não vinha bem, fez um grande jogo contra o Botafogo. Venceu hoje de novo, mas não teve facilidades. Teve de correr muito e aproveitar os nossos erros.

JOGO DE VOLTA
Não vou poupar ninguém. Vamos trabalhar sempre no máximo. Hoje pagamos um preço. São 30 jogos em quatro meses. O time titular não jogou apenas em oito jogos. Lucas ficou no banco por precaução, mas para domingo está inteiro. Wellington Silva e Orejuela não vieram. Pagamos o preço da maratona. Não temos um elenco em quantidade e com aquela qualidade de tirar um, colocar outro e não mudar nada. O Grêmio é um time cascudo, entrou o Fernandinho, por exemplo. Não está perdido. Copa do Brasil é assim. O futebol é assim, o Flamengo foi eliminado hoje na Libertadores. O Atlético-PR ganhou fora. Futebol é assim. Só achei o placar exagerado hoje, a garotada se portou bem e vai se portar bem no Maracanã.

MOMENTO DO FLUHoje eu saio satisfeito. Você fala em cinco jogos que não ganha, mas ficamos oito sem perder no Carioca. Invicto. Futebol é assim. Você acha que vou tirar a garotada? Isso vai ser assim, vai continuar assim. Vai ficar um tempo sem ganhar, um tempo sem perder. O legal é que a gente resgatou a alma. Uma entrega, uma insatisfação com o resultado. Os jogadores saíram inquietos pensando no jogo da volta no Rio. Pedi calma. Amanhã tem de pensar no Atlético-MG. 

MUDANÇA DE ESQUEMA?A maneira de jogar está de acordo com a característica dos meus jogadores. É esta a forma de jogar. Qualquer torcedor sabe a escalação. Começamos com Douglas e Scarpa. Eles estão fora agora. O que posso fazer? Não tenho como mudar quatro ou cinco jogadores. Agora, vamos pagar o preço da maratona. São competições importantes. Não tenho plantel 100% qualificado em todas as posições. Não tenho lateral pela esquerda reserva, por exemplo. Mas isso se supera. Sabe o motivo? A nossa grande arma... a direção está fechada com os jogadores. O nosso lema é verdade. Não há mentira entre a gente. Mas acontece. Há oscilação, mas os jogadores saem com a camisa suada. Ganhar ou não é do futebol.

RETORNO A PORTO ALEGRE
Adoro a cidade. Queria dar alegria a minha torcida e a do Inter. Não deu.


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FONTE:

Renato admite desatenção inicial, mas diz




GRÊMIO


Tricolor gaúcho sai atrás com gol cedo, mas busca 3 a 1 sobre o Fluminense, nesta quarta-feira, na Arena, para largar com vantagem nas oitavas da Copa do Brasil



Por Eduardo Moura, Porto Alegre



  Cinco minutos de jogo, e o Grêmio se vê atrás no marcador, após Renato Chaves abrir o placar para o Fluminense, na Arena. À beira do campo, Renato Gaúcho viveu momento de preocupação. Um susto. E não passou disso. O Tricolor logo se encontrou em campo e virou com uma grande atuação para largar com vantagem no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil, após a vitória por 3 a 1 nesta quarta-feira. Não à toa, a equipe ganhou os elogios do treinador ao final do triunfo.

Em sua análise da partida, na entrevista coletiva, o treinador ressaltou bastante a postura de seus comandados para buscar uma virada "muito difícil" contra o Fluminense – que também mereceu elogios de Renato. O técnico chegou a dizer que o placar poderia ter sido ainda maior aos gremistas dentro de casa, mesmo que a equipe tenha vivido os primeiros 15, 20 minutos iniciais de instabilidade.

– Acho que nos primeiros 15, 20 minutos, o Grêmio deu bastante espaço para o Fluminense. O Fluminense até se aproveitou. Depois, o Grêmio tomou as rédeas do jogo. O segundo tempo foi bem melhor. Poderíamos ter vencido por mais gols. Mas é sempre difícil sair perdendo na Copa do Braisl, contra o Fluminense, e virar o jogo. O Grêmio se encontrou principalmente no segundo tempo. No balanço, eu dei os parabéns. Jogaram muita bola a partir dos 20 minutos. Não é nada fácil virar para 3 a 1 sobre um time como o Fluminense, muito bem treinado – disse o treinador.  

Renato Gaúcho elogia atuação do Grêmio em vitória sobre o Flu (Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte.com)
Renato Gaúcho elogia atuação do Grêmio em 
vitória sobre o Flu (Foto: Eduardo Moura/
GloboEsporte.com)



 Os elogios do treinador têm a ver, em especial, com a sequência de boas atuações do Grêmio, mesmo em meio a desfalques de peças-chave da equipe – casos de Miller Bolaños, Maicon, Edílson, Douglas e Marcelo Oliveira. No último domingo, o Tricolor já havia vencido o Botafogo por 2 a 0 na Arena.

– É muito difícil você disputar outras competições. Toda hora enfrentando equipes fortíssimas, Brasileiro, Libertadores. Todo jogo a gente está tendo problemas, Se você for ver, o Grêmio estreou na Copa do Brasil, e cinco meses atrás, foi campeão. Se for ver, temos 50%, 60% do time fora. Não é fácil. É o cansaço, o estresse, o adversário. Taticamente meu time vem muito bem. Não tem dado chance aos adversários. Eles não têm dado espaço. O Grêmio tem criado e feito gols – avalia Renato.
Com o resultado, o Grêmio pode até perder por 1 a 0 no jogo da volta que garante a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil – situação que se mantém com qualquer empate. O Fluminense precisa vencer por 2 a 0, graças ao critério do gol qualificado, anotado fora de casa. Um novo 3 a 1 leva a decisão aos pênaltis. O segundo confronto está marcado para o próximo dia 31, às 19h30min, no Maracanã. Antes, no domingo, o Tricolor encara o Atlético-PR, às 16h, na Arena da Baixada. 

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FONTE:

Barrios comanda virada sobre rival preferido e vira artilheiro com gols "dublê"; compare



COPA DO BRASIL 2017



Centroavante é decisivo em 3 a 1 sobre o Fluminense e supera Bolaños como goleador gremista no ano. Pela Libertadores, centroavante marcou gols semelhantes


Por Eduardo Moura, 
Porto Alegre



O ano tem sido dos estrangeiros no Grêmio. A pequena redução da realidade e até figura de linguagem é apenas para delimitar o que tem representado Lucas Barrios para o clube gaúcho. Em menos de três meses em Porto Alegre, o centroavante se tornou o artilheiro do time ao marcar dois gols no 3 a 1 sobre o Fluminense, na noite de quarta, pela Copa do Brasil, e transformou o estilo tricolor. O ponto curioso – e que apenas corrobora sua adaptação – é a repetição da maneira como os gols saíram, (muito) semelhantes a outros anotados recentemente, pela Libertadores.

O tricolor carioca, por sinal, se tornou o rival preferido do paraguaio. Já levou sete gols de Barrios desde sua chegada ao Brasil, em 2015. Em apenas quatro jogos. Ele anotou um triplete pelo Palmeiras no Brasileirão e fez dois gols em vitória por 2 a 1 sobre os cariocas na Copa do Brasil, todos em seus primeiros meses no país.

Com as redes balançadas duas vezes na Arena, Barrios chegou aos nove gols no ano, ultrapassando Bolaños na artilharia azul da temporada – o equatoriano fez oito. São 15 jogos disputados, sendo sete deles como titular. Esteve em campo em 739 minutos, ou oito partidas completas. Assim, mantém a média de um gol a cada 82 minutos – tecnicamente, um gol por jogo. 

 O primeiro gol de Barrios sobre o Flu foi em jogada ensaiada. Exatamente igual ao marcado na derrota por 2 a 1 para o Deportes Iquique, em Calama (veja no vídeo acima, a partir de 1:00). Kannemann desviou cobrança de escanteio no primeiro poste, e o camisa 18 escorou no segundo. O lance é trabalhado nos treinos fechados e rendeu ainda outro gol, com Pedro Geromel, na vitória sobre o Guaraní-PAR por 4 a 1, na Arena.

– Eu não vou ficar falando minhas jogadas ensaiadas para vocês. A gente treina. Não é à toa que fizemos dois gols – resumiu o técnico Renato Gaúcho na entrevista coletiva, evitando o assunto.

No segundo gol da noite de quarta-feira, carimbou a carteirinha de centroavante. Ao receber de Cortez, teve calma, negaceou na frente do defensor e conseguiu encontrar espaço entre as pernas. O chute mansinho não deu chances para Diego Cavalieri. A jogada pelo lado esquerdo, com toques curtos e cruzamento rasteiro, lembrou outro lance da goleada sobre o Guaraní, a partir de 0:44). A finalização de Barrios, naquela oportunidade, foi mais perto da meta e deslocou o goleiro.

– Eu vi que o cara abriu as pernas, né! Não tinha ângulo para chutar em outro lugar. Acertei. E foi bom para nós. Apesar da dificuldade do jogo nos primeiros minutos, conseguimos um triunfo que nos dá tranquilidade – disse Barrios na saída de campo. 

Adaptação ao 9


O fato é que o torcedor gremista pode se acostumar a ver Barrios marcar. O centroavante tem tudo a ver com o novo estilo do Grêmio jogar. Renato sempre disse que precisaria adaptar o time ao camisa 18. Teve tempo para fazer isso após a queda no Gauchão. Dito e feito. O time atualmente tem um repertório muito mais vasto envolvendo o finalizador. No primeiro gol contra o Fluminense, por exemplo, Arthur avança de trás e recebe passe do camisa 18 dentro da área antes de driblar Cavalieri. 
"Graças a meus companheiros que estou fazendo os gols. São eles que me buscam na área para tratar de terminar a jogada. Estou muito feliz. Se um crê no outro e tem confiança, as coisas acontecem. Viramos e mostramos que somos um time forte". (Barrios)

m diversos momentos, o passe de Geromel ou Léo Moura procura Barrios no pivô, com a intenção de segurar a bola e apará-la para algum companheiro de frente. A presença física também dá a chance do Grêmio rifar a bola, quando necessário, procurando o centroavante. Não é o ideal, mas no aperto funciona como um escape para os defensores, especialmente Kannemann e Marcelo Grohe. E, na frente da meta, Barrios mostra a razão do Grêmio tê-lo contratado.

– Ele tem me escutado. O que eu mais peço, o que falo para os meus jogadores: dentro da área, o desespero é do adversário. A zona é terrível para eles. Eles só podem tomar a bola de vocês. Você tem que ter a tranquilidade para definir – comentou o treinador. 

Lucas Barrios saiu ovacionado da Arena (Foto: Wesley Santos / Agência PressDigital)
Lucas Barrios saiu ovacionado da Arena 
(Foto: Wesley Santos / Agência PressDigital)



 Decisivo, Barrios deixou o campo da Arena correndo. Precisou ser chamado pelo auxiliar Alexandre Mendes, já que o assédio das emissoras de TV o atrasaram no gramado. Antes, fora substituído por Renato por um cuidado pela questão física – e também para receber a ovação das 20 mil pessoas na Arena. Ele merecia.



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"Só nós acreditávamos", desabafa Autuori após classificação do Atlético-PR



ATLÉTICO-PR


Atlético-PR vence a Universidad Católica por 3 a 2 e garante vaga nas oitavas da Libertadores. Paulo Autuori critica "oportunistas de plantão" e desabafa na entrevista coletiva


Por GloboEsporte.com, 
Santiago


 O técnico Paulo Autuori desabafou após a vitória por 3 a 2 sobre a Universidad Católica e a consequente classificação do Atlético-PR às oitavas de final da Libertadores. Ele afirmou que ninguém acreditava no Furacão e criticou os "oportunistas de plantão":

- Sou muito pragmático nesta situação. A vida é assim, é dura. Os iluminados no futebol sabem tudo, comentam os fatos e dedico a vitória aos oportunidades de plantão. Vamos, na nossa privacidade, comemorar. Só nós acreditávamos. Foi um bom jogo para quem assistiu, e a equipe mereceu passar esta fase de classificação - afirmou na coletiva.

Com a vitória na noite desta quarta-feira, o Atlético-PR terminou no segundo lugar do Grupo 4. O Flamengo, que era o líder antes desta sexta rodada, perdeu para o San Lorenzo por 2 a 1, de virada, e acabou eliminado. Os argentinos ficaram na ponta.

- Se ganha, é ótimo. Se perde, inventam história. Meu coração não tem espaço para rancor. Estou satisfeito como a equipe se comportou, mas a vida é assim. No jogo contra o San Lorenzo, estava tudo aberto e virou, como virou para o Flamengo hoje. Ninguém contava com o Atlético. Essa é a realidade. É mais um a lição que o futebol nos dá - completou.
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Os confrontos das oitavas serão definidos por sorteio. Segundo lugar no Grupo 4, o Atlético-PR pega qualquer um dos primeiros oito colocados. Os jogos estão marcados para os dias 5 de julho e 9 de agosto. 

Paulo Autuori leva Atlético-PR às oitavas da Libertadores da América (Foto: Jonathan Campos/ Gazeta do Povo)
Paulo Autuori leva Atlético-PR às oitavas da 
Libertadores da América (Foto: Jonathan Campos/ 
Gazeta do Povo)


  O Atlético-PR, agora, volta as atenções para o Campeonato Brasileiro. Após levar 6 a 2 do Bahia na estreia, ele recebe o Grêmio. O jogo está marcado para 16h (horário de Brasília) de domingo, na Arena da Baixada.


Brilho de reservas e estrela de contestado: vaga do Atlético-PR coroa força do grupo



LIBERTADORES 2017


Eduardo da Silva, Coutinho e Carlos Alberto saem do banco para garantir a vitória. Defesa falha, mas Atlético-PR encerra sequência negativa e está nas oitavas da Libertadores



Brilho de reservas e estrela de contestado: vaga do Atlético-PR coroa força do grupo



Por GloboEsporte.com, Santiago


  O Atlético-PR contou com a estrela dos reservas para superar a Universidad Católica e garantir vaga nas oitavas de final da Libertadores. Os atacantes Eduardo da Silva e Douglas Coutinho e o meia Carlos Alberto saíram do banco de reservas para balançar as redes e garantir os 3 a 2 no Chile.

Eduardo da Silva chegou a ser titular no Furacão, mas perdeu espaço e virou reserva de Grafite. Douglas Coutinho - um dos jogadores mais contestados do elenco - tem recebido chances por conta de desfalques. E Carlos Alberto voltou após mais de dois meses fora.

Na saída do campo e na zona mista, os jogadores do Atlético-PR valorizaram a força do grupo. O próprio Douglas Coutinho comentou sobre as mudanças constantes no time e a estrela dele na noite de quarta-feira, no Estádio San Carlos de Apoquindo.

- Para mim, o elenco do Atlético é muito forte. Às vezes, por questão de lesão ou por cansaço, acaba trocando muito. Isso acaba dando oportunidade para quem entra mostrar um bom futebol. Hoje, pude fazer isso, aproveitei a oportunidade que tive, entrei, fiz o gol e pude ajudar na classificação - comentou Douglas Coutinho.

Ainda sem o trio, o Atlético-PR entrou em campo com Weverton; Jonathan, Paulo André, Wanderson e Sidcley; Otávio, Matheus Rossetto e Lucho González; Nikão, Pablo e Grafite. No primeiro tempo, saiu atrás, com gol de Santiago Silva após desatenção da zaga: 

Escalaçaõ do Atlético-PR no primeiro tempo: time sai atrás (Foto: Arte/GloboEsporte.com)
Escalaçaõ do Atlético-PR no 
primeiro tempo: time sai atrás 
(Foto: Arte/GloboEsporte.com) 



Com o placar adverso, o Atlético-PR partiu para o ataque, mas não criou oportunidades. Paulo Autuori, então, mandou o trio de reservas a campo. E eles decidiram. Eduardo da Silva aproveitou cruzamento de Carlos Alberto e cabeceou no cantinho. Douglas Coutinho, após arrancada, e Carlos Alberto, em chute no ângulo, garantiram o resultado positivo: 

Atlético-PR no segundo tempo: pressão e vitória (Foto: Arte/GloboEsporte.com)
Atlético-PR no segundo tempo: pressão 
e vitória (Foto: Arte/GloboEsporte.com) 



  O volante Otávio também destacou a força do grupo atleticano. Ele espera que, agora, "pessoas de fora vejam o potencial e a qualidade" :

- Esperamos que, agora, as pessoas vejam de fora o nosso potencial, a qualidade e a força do nosso grupo. Hoje, atletas que estavam criticados, que ninguém queria no grupo, decidiram a partida. Três substituições do Paulo Autuori, que muitas vezes era criticado... Três substituições dele e três atletas que saíram do banco e fizeram os gols para nós. Isso a gente mostra a força do nosso grupo - comentou Otávio.

Com o resultado, o Atlético-PR quebou a asequência negativa. Ele acumulava cinco tropeços seguidos: 3 a 0 e 0 a 0 diante do Coritiba, pela decisão do Campeonato Paranaense, 3 a 0 para o San Lorenzo, pela Libertadores, 0 a 0 com o Santa Cruz pela partida de ida das oitavas de final da Copa do Brasil e 6 a 2 para o Bahia na largada do Brasileirão.

O Atlético-PR, agora, volta as atenções para a competição nacional. Ele recebe o Grêmio, em jogo marcado para 16h (horário de Brasília) de domingo, na Arena da Baixada. 

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Sob protesto, Fla desembarca no Rio com jogadores e diretor de futebol em silêncio




FLAMENGO



Time perdeu por 2 a 1 para o San Lorenzo nesta quarta. No desembarque do elenco, presidente Bandeira de Mello minimizou eliminação: "Não está acontecendo nada. Foi uma derrota".



Por Bruno Giufrida, 
Rio de Janeiro



  Com protesto de torcedores na recepção, o Flamengo desembarcou no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, no fim da manhã desta quinta-feira. O time voltou da Argentina, onde perdeu por 2 a 1 para o San Lorenzo na última quarta e foi eliminado precocemente da Libertadores, ainda na fase de grupos. Em silêncio, o elenco passou rápido pelo saguão e nenhum jogador se pronunciou.
Do lado de fora do aeroporto, torcedores cercaram o ônibus e protestaram com gritos de "time sem vergonha". O presidente do clube e o técnico Zé Ricardo foram os principais alvos das críticas. 

Zé Ricardo foi questionado pelos torcedores presentes no aeroporto (Foto: Bruno Giufrida)
Zé Ricardo foi questionado pelos 
torcedores presentes no aeroporto 
(Foto: Bruno Giufrida) 


  Eduardo Bandeira de Mello foi o único que parou para conversar. O dirigente protegeu o técnico, disse que a eliminação ainda será avaliada por uma comissão técnica e não descartou uma busca por reforços.

- A gente sempre conversa com ele (Zé Ricardo), independente do resultado. Vocês estão tentando imaginar alguma coisa muito grave. Não está acontecendo nada. Foi simplesmente uma derrota sofrida. Estamos todos muito tristes. Temos que entender porque isso aconteceu. É normal ter um resultado adverso. Não necessariamente você precisa desconsiderar e destruir todo o trabalho que tem sido feito. O prejuízo principal é o prejuízo emocional que todos estamos sentindo. É com ele que eu estou preocupado. Temos consciência de que o trabalho está sendo bem feito e os resultados vão acontecer. O resultado (eliminação) vai ser avaliado por uma comissão técnica e, daí, vamos tirar os ensinamentos.

O diretor de futebol do Fla, Rodrigo Caetano, assim como os jogadores, não se manifestou. 

Flamengo desembarque (Foto: Bruno Giufrida)
Flamengo desembarque (Foto: Bruno Giufrida)

 Na saída, Zé subiu no ônibus ao lado dos jogadores. Quando viu que a comissão técnica estava em um taxi, tentou sair. Os seguranças nao deixaram.

Antes do desembaque, quatro torcedores foram ao Galeão aguardar o elenco. O grupo chegou a discutir com seguranças e policiais. Luiz Fernando de Souza Dias, o mais exaltado, foi levado algemado após chamar uma guarda de "gostosa".

Eliminação
O Rubro-Negro foi a Buenos Aires podendo até empatar para se classificar ao mata-mata sem depender de ninguém, mas a derrota combinada com a vitória do Atlético-PR sobre a Universidad Católica eliminou o Flamengo.

Com o resultado, o time comandado pelo técnico Zé Ricardo ficou na terceira posição do grupo - apenas os dois primeiros vão às oitavas de final.

Cobrança

Análise: Vexame mostra que Fla precisa reavaliar investimentos




LIBERTADORES 2017



Departamento de futebol faz aposta em jogadores que não deram retorno técnico nem financeiro após altos gastos; Diego e Guerrero sobrecarregados


Por Fred Gomes, 
Buenos Aires


"Se tamanho contasse alguma coisa, o elefante seria o dono do circo. Você tem que usar seus recursos com inteligência. Você vê clubes de menor investimento fazendo melhor uso de seus recursos que outros".

Essa declaração do então vice-presidente de futebol do Flamengo, Flávio Godinho, em matéria publicada pelo GloboEsporte.com no dia 1º de abril de 2016, é simbólica para avaliação das contratações do Flamengo nos últimos tempos.

Bandeira acumula a vice-presidência de futebol desde que Godinho foi preso na Operação Lava-Jato. A pasta tem ainda o diretor executivo Rodrigo Caetano.

Rever a política de reforços - ainda mais quando se olha o tamanho do orçamento rubro-negro - é importante após a vexatória eliminação diante do San Lorenzo - a quinta do Rubro-Negro numa primeira fase de Libertadores, e a terceira consecutiva.

No Fla de Bandeira de Mello aquisições de pesos-pesados, como Diego e Guerrero, foram as que deram mais resultado - embora o peruano tenha demorado a engrenar. A dupla de jogadores recebe mensalmente cifras que se aproximam da casa do milhão, mas são, de longe, os principais jogadores da equipe. Já as apostas ou deram errado ou ainda estão devendo - e pesarem muito no bolso. Mancuello, Cuéllar, Donatti e Berrío custaram aos cofres rubro-negros, em pagamentos parcelados, cerca de R$ 40 milhões.

O alto custo de Berrío
O colombiano Berrío, que custou R$ 11 milhões, é a última prova de que o Rubro-Negro tem pecado no mercado, sobretudo com os gringos. Foi peça nula na derrota para o San Lorenzo - acertou uma boa jogada no segundo tempo, quando cruzou para a área, mas de resto teve nova atuação limitada tecnicamente.

Forte ofensivamente, o colombiano de 26 anos só se destaca no quesito velocidade. Por diversas vezes, ganha de seus marcadores no fundo, mas erra na hora de definir a jogada. É bom frisar que só virou titular absoluto no Atlético Nacional após o início do desmonte do time que ganhou a Libertadores do ano passado. Nunca foi unanimidade no Nacional. Vale lembrar que o Fla buscava para a posição Eduardo Vargas, ex-LA U e Grêmio, e Cecílio Dominguez, também sem muita fama internacional e que defendia o paraguaio Cerro Porteño. 

Berrío teve atuação ruim contra o San Lorenzo (Foto: Staff Images/Flamengo)
Berrío teve atuação ruim contra o San Lorenzo 
(Foto: Staff Images/Flamengo) 


Mancuello: inconstante
Contratados em 2016 e também a alto custo, Mancuello, Cuéllar e Donatti são outros que ainda não deram retorno técnico ou financeiro. No caso de Mancuello, apesar de algumas convocações para a seleção argentina, seu ano de maior destaque no futebol argentino foi a Série B de 2014 pelo Independiente. Mas, nunca se firmou no Flamengo. É inconstante.

Cuéllar: perda de oportunidades
Com passagens por seleções de base e também algumas convocações na seleção principal colombiana, Cuéllar chegou a ser titular absoluto de Muricy Ramalho, mas uma lesão sofrida na estreia do Brasileiro do ano passado, diante do Grêmio, o fez perder espaço. Zé Ricardo utiliza muito pouco o volante de 24 anos. Por ser jovem, o Fla esperava recuperar o dinheiro investido, mas o atleta, antes convocado para a seleção colombiana, desvalorizou-se com a perda de oportunidades. Antes de chegar ao Brasil, foi bem com a camisa do Junior Barranquilla, clube que defendia na condição de emprestado pelo Deportivo Cali.

Donatti: problema físico
Donatti, comprado por cerca de R$ 5 milhões ao Rosario Central, chegou ao Flamengo em julho, um mês após Rafael Vaz, contratado para compor elenco e que virou titular ao lado de Réver. Em meio à lesões e adaptação, somente em abril de 2017 conseguiu tomar a vaga do contestado titular. Mas um novo problema físico o atrapalhou. De 30 anos, só havia defendido clubes modestos até 2013, quando chegou ao Rosario. Jamais foi convocado.

De jogadores nos quais o Flamengo precisou investir no pagamento de multa rescisória ou de valor estipulado pelo clube, há também os fracassos dos argentinos Hector Canteros, que começou bem e agora está emprestado ao Vélez Sársfield, e Lucas Mugni, contratado ao modesto Colón.
Trauco, reforço que chegou após seu vínculo com o Universitario-PER se encerrar, parece que será a exceção no ocaso dos gringos. Mal nos últimos três jogos, apareceu bem tanto na lateral quanto no meio de campo, bem próximo do ataque. Mas apresenta deficiência defendendo.

Fla joga desfigurado na partida mais importante de 2017
Tratado por analistas e pelos próprios dirigentes do clube como um dos elencos mais robustos do país, o Rubro-Negro disputou seu jogo mais importante de 2017 com Alex Muralha, Rodinei, Réver, Rafael Vaz e Trauco; Márcio Araújo, Willian Arão e Gabriel; Berrío, Everton e Guerrero.

Os reservas para a criação eram Matheus Savio, de 20 anos, e Ederson, ganhando ritmo após ter participado de dois jogos na semana passada. Na frente, Leandro Damião, que não foi bem nas últimas partidas em que foi solicitado. Renê era a peça que podia mexer no esquema ou ao menos fortalecer a marcação pelo lado esquerdo. Não entrou, e Trauco viveu noite ruim.

Apostar em consagrados é o que tem dado certo, e o Flamengo precisa voltar a contratar atletas do quilate de Diego, Guerrero e Elias, este o primeiro acerto desta diretoria. Somando os recursos usados para contratar várias apostas, o Rubro-Negro poderia ter trazido outro jogador do nível de Guerrero e Diego, que colocassem a camisa e resolvessem partidas - como agora indica que vai fazer ao buscar a contratação de Everton Ribeiro.

E ainda tem o Conca, uma incógnita
O clube tratou a chegada do argentino como a grande contratação de 2017. Conca foi contratado sob a seguinte condição: ninguém o pressionaria a voltar rapidamente diante da complexidade da lesão sofrida no joelho esquerdo, em agosto do ano passado, quando realizou seu último jogo. O retorno pode acontecer em junho, mas as condições do jogador ainda são incógnitas. Contratado por empréstimo, ele só passa a receber salário do Flamengo quando entrar em campo - de acordo com informações do departamento de futebol.

É hora de apurar para valer todos os crime de Aécio e Andrea Neves. Por Joaquim de Carvalho


FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/e-hora-de-apurar-para-valer-todos-os-crime-de-aecio-e-andrea-neves-por-joaquim-de-carvalho/


Por
 Joaquim de Carvalho
 




Depois que a máscara do presidente nacional do PSDB, Aécio Neves, caiu, é hora de investigar os crimes dele e da irmã em Minas Gerais.
Desde 2013, o Diário do Centro do Mundo tem publicado reportagens minhas que mostram como os irmãos Neves utilizaram a estrutura do Estado para enriquecer, perseguir adversários políticos e jornalistas, e garantir a impunidade através do aparelhamento do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, com a nomeação de desembargadores amigos, e da Procuradoria de Justiça, com a nomeação de chefes para cargos no governo.
Eu vi a face desta máquina monstruosa, que manteve inocentes na cadeia e impôs terror na vida de quem ousou discordar ou denunciar abusos no projeto de poder de Aécio Neves, conduzido com mãos de ferro pela irmã Andrea Neves.
O ex-dono do Diário de Minas, Marco Aurélio Carone, filho de um ex-prefeito de Belo Horizonte, era um homem destroçado, andando de muletas, abatido por um enfarte que teve nos nove meses que passou na prisão, três deles em solitária, sem que houvesse condenação alguma sobre ele.
O crime que eu cometi? Foi divulgar no site Novo Jornal informações que eu recebia sobre corrupção, ligações com o consumo e o tráfico de drogas do então governador, abuso da polícia, tudo que os jornais tradicionais não davam, porque estavam comprados por Andrea Neves”, disse Marco Aurélio Carone, numa entrevista gravada de mais de duas horas.
Na solitária, para não enlouquecer, Carone conversava com um rato.
Seu editor chefe no Novo Jornal, o premiado jornalista Geraldo Elísio, o Pica-Pau, me recebeu de bermuda e chinelo em seu apartamento modesto de Belo Horizonte e se surpreendeu quando soube que um veículo de São Paulo, o Diário do Centro do Mundo, tinha se interessado por sua história.
A máquina de difamação aqui é muito poderosa. Eu não fui preso, mas os policiais reviraram a minha casa, e como não encontraram nada que me incriminasse levaram o computador onde eu tinha o original de três livros que pretendia publicar, um deles com minhas memórias de repórter”, afirmou ele, que já ganhou Prêmio Esso durante a ditadura, por denunciar tortura na Polícia Militar do Estado.
Pica-Pau foi também secretário adjunto da Cultura no governo de Newton Cardoso, do PMDB. Não era um outsider da política mineira, mas também foi esmagado pela máquina de Aécio e Andrea, e o Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais na época chegou a sondar a Embaixada do Uruguai no Brasil, para pedir asilo para ele.
Geraldo Elísio recusou, com um propósito: continuar publicando informações sobre os crimes nos governos de Aécio e de Antônio Anastasia, seu sucessor. E ele faz isso até hoje, em sua página no Facebook, chamada Estação Liberdade.
O advogado Dino Miraglia, profissional de excelente reputação no Estado, perdeu o casamento quando a mulher o mandou embora de casa, depois que a polícia aecista, utilizando até helicóptero, fez uma operação de busca e apreensão em sua casa, onde havia um dos seus escritórios.
Tudo com cobertura da imprensa local. O crime de Dino? Defender Nílton Monteiro, o ex-operador de Sérgio Naya e do PSDB que denunciou o mensalão mineiro, a engenharia que desvio de recursos de publicidade para campanhas eleitorais que o PT, ao chegar ao poder em Brasília, herdou, inclusive com os mesmos personagens, Marcos Valério entre eles.
Os petistas foram presos e execrados. Já os peessedebistas continuam sem punição.
Nílton também denunciou a lista de Furnas e, por isso, foi acusado de ser mega estelionatário, o inimigo número 1 de Minas e do Brasil.
Falsas perícias, realizadas pela Polícia Civil alinhada ao poder de Aécio, atestavam que a lista era armação, mas depois, com uma perícia realizada pela Polícia Federal, se constatou que não, era autêntica, e nela estão Aécio e os aliados do governo de Fernando Henrique Cardoso, inclusive Jair Bolsonaro.
É nitroglicerina pura, mas durante muito tempo foi ignorada por órgãos de investigação e pela imprensa.
Sempre recebi com ceticismo as denúncias que ligavam o esquema de Aécio ao crime mais pesado, como roubo de bancos e tráfico de drogas, mas os fatos insistem em aproximá-lo desse terreno pantanoso.
Existe uma história em Minas, muito mal explicada, da morte da modelo Cristiana Aparecida Ferreira, que era operadora do esquema do mensalão, amante de um dos figurões da política local. Ela foi assassinada, mas o rapaz que assumiu o crime, dizendo-se seu ex-namorado, nunca foi preso.
O primo de Aécio e Andrea, o Kedo, teve participação direta na negociação de um habeas corpus que tirou dois traficantes da cadeia. Quem concedeu o habeas corpus? Um desembargador nomeado por Aécio, como segundo de uma lista tríplice do Ministério Público do Estado.
Não ouvi a fita que, segundo o jornal O Globo, foi gravada por Joesley Batista com Aécio. Nela, o presidente nacional do PSDB apareceria dizendo que precisavam de um portador de mala de dinheiro que pudessem matar antes de se tornarem delatores.
Não sei o contexto em que foi dito, se de maneira irônica ou não, mas o fato em que as mãos de Aécio, que ele prometia usar para a remover o mar de lama da política brasileira, deixaram suas digitais impregnadas na cena de vários crimes.
É hora de apurar para valer.