sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

CIRO GOMES: SÓ COMPAIXÃO DISTINGUE O SER HUMANO DE UMA BESTA



FONTE:
http://www.brasil247.com/pt/247/poder/278536/Ciro-Gomes-S%C3%B3-compaix%C3%A3o-distingue-o-ser-humano-de-uma-besta.htm


Ricardo Stuckert


O ex-presidente Lula recebeu nesta sexta-feira 3, no Hospital Sírio Libanês, a visita do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e do governador do Ceará, Camilo Santana, que prestaram condolências pelo estado de saúde da esposa de Lula, Marisa Letícia; a ex-primeira-dama, internada, está sem fluxo cerebral e o laudo de morte cerebral pode sair nesta tarde; ao sair do hospital, Ciro disse que é preciso superar as divergências e ter "compaixão", o que segundo ele diferencia o homem de uma besta; "Precisamos chamar a atenção para a compaixão, que talvez seja a premissa [para] distinguir o ser humano de uma besta", afirmou Ciro, ao comentar as manifestações de ódio feitas por pessoas contra Dona Marisa


247 - O ex-presidente Lula recebeu nesta sexta-feira 3, no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, a visita do ex-ministro Ciro Gomes (PDT) e do governador do Ceará, Camilo Santana, que prestaram condolências pelo estado de saúde da esposa de Lula, Marisa Letícia.
A ex-primeira-dama foi internada no dia 24 após ter sofrido um AVC. Segundo informaram os médicos nesta quinta-feira 2, seu estado de saúde é irreversível. Dona Marisa está sem fluxo cerebral e o laudo de morte cerebral pode sair na tarde desta sexta.
Ao deixar o hospital, Ciro disse a jornalistas que é preciso superar as divergências e ter "compaixão", o que segundo ele diferencia o homem de uma besta. "Precisamos chamar a atenção para a compaixão, que talvez seja a premissa [para] distinguir o ser humano de uma besta", afirmou, ao comentar as manifestações de ódio feitas por pessoas contra Marisa e a família de Lula.

UNIMED DEMITE MÉDICO QUE SUGERIU MATAR MARISA



FONTE:
http://www.brasil247.com/pt/247/brasil/278560/Unimed-demite-m%C3%A9dico-que-sugeriu-matar-Marisa.htm





O neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis, que sugeriu em um grupo de WhatsApp um procedimento para matar a ex-primeira-dama Marisa Letícia, foi demitido pela Unimed nesta sexta-feira 3; com isso, ele se torna o segundo médico a ser desligado por agressões relacionadas à morte da esposa do ex-presidente Lula; antes, a médica Gabriela Munhoz foi demitida pelo Hospital Sírio Libanês, onde estava internada Dona Marisa, por compartilhar informações sigilosas da paciente também pelo WhatsApp; Richam Ellakkis fez o seguinte comentário em cima das informações divulgadas por Gabriela: "Esses fdp vão embolizar ainda por cima. Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela"

247 - O neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis, que sugeriu em um grupo de WhatsApp um procedimento para matar a ex-primeira-dama Marisa Letícia, foi demitido nesta sexta-feira 3 pela Unimed. O médico trabalhava no hospital de São Roque, interior de São Paulo.
A direção da Unimed divulgou o seguinte comunicado: "A Unimed São Roque repudia veementemente as declarações dos médicos citados nas reportagens que abordam o vazamento de informações sigilosas durante o diagnóstico da ex-primeira dama Marisa Letícia Lula da Silva".
O comunicado informa ainda que o profissional não fazia parte do quadro de médicos cooperados, mas era "médico terceirizado no hospital próprio da cooperativa, por meio de contrato de prestação de serviços". "As demais medidas relacionadas ao caso estão sendo apuradas pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), conforme o Código de Ética Médica", diz ainda a nota.
Com isso, Ellakkis se torna o segundo médico a ser desligado por agressões relacionadas à morte da esposa do ex-presidente Lula, confirmada na noite desta sexta. Antes, a médica Gabriela Munhoz foi demitida pelo Hospital Sírio Libanês, onde estava internada Dona Marisa, por compartilhar informações sigilosas da paciente também pelo WhatsApp, em um grupo de médicos que estudaram juntos na faculdade.
Richam Ellakkis fez o seguinte comentário em cima das informações divulgadas por Gabriela: "Esses fdp vão embolizar ainda por cima. Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela".

Qual é a responsabilidade do Sírio no escândalo do vazamento? Por Leandro Fortes



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http://www.diariodocentrodomundo.com.br/qual-e-a-responsabilidade-do-sirio-no-escandalo-do-vazamento-por-leandro-fortes/

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Desde que deu entrada no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, em 24 de janeiro, até o dia de sua morte, 2 de fevereiro, Dona Marisa Letícia Lula da Silva esteve submetida a uma rotina de quebra de ética médica que precisa, urgentemente, ser investigada – e não apenas pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), mas pela polícia e pelo Ministério Público.
Até o dia do falecimento da esposa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o fato mais marcante – e repugnante – nesse sentido foi a exposição pública, via redes sociais, da tomografia computadorizada de Marisa Letícia. Veiculada por um desses canais do esgoto jornalístico, a tomografia foi a primeira prova de que há, dentro de Sírio Libanês, uma célula de ódio político ativa e com ramificações dentro da mídia.
Agora, sabemos que uma médica, a reumatologista Gabriela Munhoz, de 31 anos, foi demitida na surdina depois de constatado que ela vazou informações sobre o estado de saúde da ex-primeira-dama assim que a paciente entrou no Sírio Libanês. Gabriela mandou os dados para um grupo de whatsapp de antigos colegas de faculdade, no qual confirmava o diagnóstico de Acidente Vascular Cerebral (AVC).
No mesmo grupo, um outro médico, Pedro Paulo de Souza Filho, divulgou as imagens da tomografia de Dona Marisa, ao mesmo tempo que desfiava detalhes do diagnóstico confirmados, prontamente, pela médica Gabriela Munhoz. Segundo informações veiculadas na imprensa, esses mesmos dados foram compartilhados também a partir de um outro grupo de whatsapp, por meio do cardiologista Ademar Poltronieri Filho.
Ou seja, formou-se uma rede de médicos, se é que podemos chamá-los assim, para disseminar informações sigilosas sobre a saúde de uma mulher a quem deveriam assistir e cuidar. A ação, claro, visava debochar da paciente e excitar as bestas antipetistas que vestem jaleco, país afora.
Mas o pior ainda estava por vir.
Ao receber as informações vazadas pelas redes sociais, um neurocirurgião chamado Richam Faissal Ellakkis, médico de uma unidade da Unimed, em São Roque (SP), e de hospitais da capital paulista, comentou o seguinte:
– Esses “fdp” vão embolizar ainda por cima. Tem que romper no procedimento. Daí, já abre pupila. E o capeta abraça ela.
Embolizar é um procedimento levado a cabo para provocar o fechamento de um vaso sanguíneo e, assim, diminuir o fluxo de sangue em determinado local do corpo.
Esses acontecimentos dão conta de dois problemas gravíssimos.
O primeiro, a ser resolvido a longo prazo, diz respeito à formação humanística dos médicos e médicas brasileiros. Basta dar uma olhada nas redes sociais dessa gente para se ter a dimensão do problema. Trata-se de uma horda que destila e dissemina ódio político e de classe. E, pior, não tem compromisso algum com a medicina nem com a sociedade. São monstrinhos competitivos enfiados em jalecos brancos.
O segundo, urgente: investigar todo os procedimentos médicos realizados no Sírio Libanês, em relação a Dona Marisa, e destrinchar como funciona esse esquema de vazamentos para a mídia e grupos de haters na internet.
O que, aliás, não é coisa nova, naquele hospital. Prontuários sobre o estado de saúde de Lula e da ex-presidenta Dilma Rousseff, ambos ex-pacientes com câncer, foram também vazados para a mídia.
Leandro Fortes
Sobre o Autor
Leandro Fortes é jornalista, professor e escritor. Trabalhou para o Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Estadão, Revista Época e Carta Capital.

Quem é Richam Faissal, médico que sugeriu no WhatsApp procedimento para matar Marisa Letícia. Por Joaquim de Carvalho



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http://www.diariodocentrodomundo.com.br/quem-e-richam-faissal-medico-que-sugeriu-no-whatsapp-procedimento-para-matar-marisa-leticia-por-joaquim-de-carvalho/


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Richam Faissal Ellakkis
Richam Faissal Ellakkis



O neurocirurgião Richam Faissal El Hossain Ellakkis, que sugeriu num grupo de WhatsApp procedimento para matar dona Marisa Letícia, é um médico que já trabalhou na rede pública em São Paulo.
Até um ano atrás, ele era neurocirurgião do Hospital Municipal de Ermelino Matarazzo, na Zona Leste, que atende um grande número de baleados e vítimas de acidentes de trânsito.
Ele próprio, em agosto de 2015, se envolveu numa batida de carro que acabou na Justiça.
O doutor Richam Ellakkis conduzia seu Honda Civic LXR, de placas FKA 4329, pela rua Cachoeira , em Guarulhos, não parou no cruzamento com a rua Dona Tecla e acertou o táxi de Djalma Aleixo de Luna.
Acidentes de trânsito acontecem, mas nem todos fogem da responsabilidade ou outros, pelo menos, se defendem quando considerados culpados.
Faissal não fez nem uma coisa nem outra. Apesar de intimado, nem foi ao fórum. Resultado: em setembro do ano passado, foi condenado à revelia a indenizar o taxista, que ficou nove dias sem poder trabalhar, enquanto o carro estava no conserto.
No grupo de WhatsApp que reúne médicos que, como ele, se formaram em 2009 pela Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, comentou diante do diagnóstico de Dona Marisa vazado do hospital Sírio Libanês:
“Esses fdp vão embolizar ainda por cima. Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela.”
O doutor Richam Ellakkis, além de trabalhar no Ermelino Matarazzo, foi residente num hospital de Rio Preto, o Austa Centro Médico, e passou pelo Hospital Nossa Senhora do Rocio, em Campo Largo, Paraná, Estado onde nasceu.
Hoje é funcionário da Unimed em São Roque, interior de São Paulo.
Na página do Facebook que apagou depois da polêmica sobre seu comentário, o doutor Richam Ellakkis dizia trabalhar no Hospital das Clínicas da USP e ter feito residência médica no Hospital de Base de Brasília, informações que não constam do seu currículo oficial.
Resta torcer para você ou seus familiares jamais caírem nas mãos do doutor Richam. O capeta, provavelmente, é mais seguro.

Joaquim de Carvalho
Sobre o Autor
Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquimgilfilho@gmail.com

O silêncio vergonhoso diante da nomeação do mega delatado Moreira. Por Donato



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http://www.diariodocentrodomundo.com.br/de-gilmar-aos-coxas-o-silencio-vergonhoso-diante-da-nomeacao-do-mega-delatado-moreira-por-donato/


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O "Angorá" no colo de Temer
O “Angorá” no colo de Temer


Michel Temer fez um teatrinho. Simulando uma ‘reforma ministerial’, aproveitou para ressuscitar a Secretaria-Geral da Presidência – uma pasta que havia sido extinta por Dilma Rousseff em 2015 – com a finalidade de ali acomodar seu parceiro Moreira Franco.
Moreira Franco, ou “Angorá” segundo os apelidos listados em planilhas, passa assim a gozar de foro privilegiado. A alcunha é antiga, quem o batizou foi Leonel Brizola, antecessor de Moreira Franco no governo do RJ. “A característica do gato angorá é passar de colo em colo”, dizia Brizola.
Citado 34 vezes por Cláudio Melo Filho (ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht), como destinatário de bufunfa para que defendesse os interesses da empreiteira, o peemedebista agora só pode ser julgado pela Suprema Corte.
Tudo isso na mesma semana em que o Supremo Tribunal Federal homologou as 77 delações premiadas de executivos da Odebrecht. Não é uma coincidência fantástica?
Quando Lula foi anunciado provável ministro da Casa Civil por Dilma em março do ano passado, populares patriotas ensandecidos, sanguinários contra a corrupção, foram para a avenida Paulista e de lá não arredaram pé por mais de 40 horas.
Foi quando nasceu o acampamento em frente ao prédio da Fiesp que ali permaneceu meses a fio, proporcionando centenas de momentos de tensão e conflitos, palco da festa do impeachment.
Onde estão aquelas pessoas que carregavam o discurso de que a ‘limpa’ seria geral, que primeiro tirariam Dilma, mas depois derrubariam todos? Não eram todos?
O que dirá agora a jornalista global Cristiana Lobo que fez campanha contrária à indicação de Lula desde quando ainda era mera intenção na cabeça de Dilma, alardeando para o perigo e descalabro de tal medida? Gilmar Mendes idem. Silêncio, agora?
Testemunhamos mais um exemplo perfeito de um peso, duas medidas. O atual ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje que não há paralelo com o que ocorreu com Lula. “Lula não estava no governo [quando foi indicado]. Moreira já estava agindo como ministro, apenas recebe agora o título. É uma grande diferença”, disse o ministro Padilha, que depois ainda emendou: “Delações citando membros do governo por si só não provam nada.”
Como ninguém pensou nisso antes?
“Estão criando um ministério com o claro intuito de proteger e dar foro privilegiado a Moreira”, afirmou o senador Lindbergh Farias. Ele tem toda razão.
“Sem foro, é Moro” é uma frase já recorrente em Brasília quando o assunto é Moreira Franco. Hoje ele é secretário-executivo do PPI (Programa de Parcerias em Investimentos), portanto a água estava alcançando seu pescoço. O cargo de ministro é sua tábua de salvação. Ele, obviamente, nega irregularidades.
“Isso nunca esteve entre as minhas preocupações”, falou o mais novo membro do clube dos blindados pelo poder.
‘Angorá’ deu um gato na justiça. A partir de agora seu nome sai do excel das propinas e entra para a lista dos protegidos no Supremo Tribunal Federal. Coisas do Brasil de 2017, que comemora a morte de Dona Marisa Letícia, que assiste passivamente ao presidente golpista manobrar à vontade, fazer e acontecer, descumprindo inclusive compromissos firmados com o povo pró-impeachment. Sua retórica não era a de reduzir ministérios? Com a tal reforma ministerial, aumentou em mais dois.
O ‘gigante’ voltou a dormir e ‘Angorá’ se aninhou em um novo e protegido colo.

Sobre o Autor
Jornalista, escritor e fotógrafo nascido em São Paulo.

A mensagem deixada por Marisa Letícia. Por Paulo Moreira Leite



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http://www.diariodocentrodomundo.com.br/a-mensagem-deixada-por-marisa-leticia-por-paulo-moreira-leite/


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Ela
Ela



Publicado no 247.
POR PAULO MOREIRA LEITE

Conhecida por uma atuação pouco visível mas efetiva em momentos de decisivos da atuação política do marido Lula, a morte cerebral de  Marisa Letícia cumpriu uma função política única.
Inspirou uma coreografia útil para se compreender as verdades e mentiras da conjuntura atual, num país onde o regime democrático se encontra à deriva, o emprego sumiu e o Planalto não consegue apontar uma saída à altura de uma nação que abriga o 8o. PIB do planeta e exerce um papel reconhecido no Hemisfério Sul.
Estou falando da fila indiana de ministros que, acompanhando Michel Temer, chegou ao terceiro andar do Sírio Libanês depois das dez da noite de terça-feira para um encontro com Lula. Minutos antes, os amigos, parentes, antigos ministros e parlamentares ali presentes puderam emocionar-se com uma oração de dom Angélico Sândalo, o bispo da Pastoral operária. Voz corajosa da luta contra a ditadura, dom Angélico abraçou Lula para falar de velhos tempos que, obviamente, estão ficando parecidos com os novos tempos.
Em seguida, por alguns momentos, talvez 30 minutos, um pouco mais, uma fantasia de República de reputações falidas e protagonistas sem voto popular  mudou-se para o hospital, acomodando-se numa sala no mesmo andar e a poucos metros da UTI onde o coração de Marisa ainda batia.
Aqueles personagens que a população vai se habituando a chamar de golpistas — fora do país as dúvidas praticamente se dissiparam — pretendiam passar a impressão de que cometiam  um  gesto  de solidariedade bem educada. A gentileza foi de Lula, que, na condição de quem é cinco vezes réu na Lava Jato, segue o mais popular político brasileiro, hoje o grande favorito para 2018.
A visita foi um pedido de Temer, encaminhado por Fernando Henrique Cardoso, que esteve com Lula no meio da tarde.  Boa parte dos presentes no terceiro andar do Sírio torceu o nariz quando soube que Lula havia concordado com a ideia. Vários ameaçaram  puxar um “Fora Temer” assim que o visitante surgisse na porta de um dos elevadores. Claro que isso não ocorreu mas, enquanto Temer entrava por um lado, vários ministros de Lula e Dilma e diversos parlamentares aproveitaram a oportunidade para ir embora pelo outro.
O encontro em si foi rápido e será lembrado mais pela coreografia do que pelos diálogos. Tensa depois das vaias e gritos de “assassino” e “golpistas” ouvidos a entrada do hospital, a comitiva tomou a direção errada ao sair do elevador, sendo obrigada uma caminhada mais longa até chegar ao local acertado para a conversa. Presente a convite de Lula — o outro foi o senador Jorge Viana — o duplo ministro Jaques Wagner aproveitou uma pausa para se retirar antes do final — irritado com aquilo que ouvia.
Lula se comportou como costuma fazer em conversas que podem se transformar numa armadilha quando vazadas para os jornais. Colocou questões corretas que podem ser reproduzidas pela posteridade. Falou até de economia, repetindo uma ideia que tem defendido para todas as plateias — de que o país precisa voltar a crescer. Criticou a reforma da Previdência. Só questões importantes, que os interlocutores não tem como responder nem pretendem.
O encontro terminou sem nada acrescentar à conjuntura. Não trará novidades. Até porque, mesmo sob ataque, ferido, Lula continua maior do que os visitantes, cuja presença confirmou que a República não pode ficar de pé sem ele, ainda que seja réu em cinco inquéritos da Lava Jato. Aqui está o caminho para a recuperação da democracia.
Esta foi a mensagem deixada pelos últimos momentos de Marisa.

Sobre o Autor

MP CONFIRMA INQUÉRITO PARA APURAR FRAUDES NA MAIOR OBRA DE AÉCIO EM MG



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/mp-confirma-investigacao-sobre-fraudes-na-maior-obra-do-governo-aecio/

Notícia foi dada com exclusividade pelo DCM


Aécio na Cidade Administrativa em Minas

 Aécio na Cidade Administrativa em Minas

O Ministério Público de Minas Gerais acaba de divulgar uma nota em que confirma a abertura de um inquérito civil para investigar o esquema de corrupção na maior obra do governador Aécio Neves, a Cidade Administrativa, inaugurada em 2010, que custou 2,1 bilhões de reais.
A nota confirma notícia dada com exclusividade pelo Diário do Centro do Mundo. O alvo da investigação é Oswaldo Borges da Costa Filho, apontado como “tesoureiro informal” de Aécio e dono do avião em que ex-governador viajava.
Na delação premiada que prestou no âmbito da Operação Lava Jato que tramita no Supremo Tribunal, um diretor da Odebrecht disse que acertou o pagamento de propina diretamente com Aécio, então governador, mas ele não pode ser investigado pelo Ministério Público de Minas Gerais, por ser senador e ter foro privilegiado.
O resultado da investigação, no entanto, poderá ser encaminhado ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, única autoridade com poderes para denunciar senadores como Aécio. A seguir, a íntegra da nota:
Tramita atualmente na 17ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte o inquérito civil nº 0024.16.012774-2, instaurado em 20/09/16, tendo como objeto “supostas irregularidades referentes às obras da Cidade Administrativa de Minas Gerais, consistentes no pagamento de vantagem indevida pela empresa OAS, uma das participantes de um dos consórcios responsáveis pelo empreendimento, a Oswaldo Borges da Costa Filho, então presidente da Codemig, órgão estatal que realizou o correspondente processo licitarório.
As investigações encontram-se em fase de análise dos documentos que instruíram o inquérito civil nº 0024.07.000185-4, instaurado a partir de representação formulada à época pelo Consórcio Construcap (CCPS) – Engenharia e Comércio S/A, Convap Engenharia S/A e Consturtora Ferreira Guedes S/A –, em desfavor da Codemig e de todos os membros integrantes da comissão especial de licitação designada para o procedimento licitatório na modalidade concorrência nº 005/2007, processo interno nº 265/2007, que tem por objeto a “execução de obras e serviços de engenharia, inclusive fornecimento, montagem e instalação de equipamentos e sistemas necessários para a implantação do Centro Administrativo do Estado de Minas Gerais”, arquivado pela 17ª Promotoria de Justiça de Belo Horizonte em decisão ministerial de 31/03/14, posteriormente homologada pelo Conselho Superior do Ministério Público de Minas Gerais.

Os urubus e as mortes de Dona Marisa, por Urariano Mota



FONT:
http://jornalggn.com.br/blog/urariano-mota/os-urubus-e-as-mortes-de-dona-marisa-por-urariano-mota





por Urariano Mota
Em 2005, quando faleceu Miguel Arraes publiquei no La Insignia, na Espanha:
“Os obituários que sempre esvoaçam e rondam a agonia dos grandes homens desta vez falharam no alcance e na sua mira. Urubus, de boa visão e argúcia, desta vez os obituários erraram o cadáver do brasileiro que se vai. E não exatamente por falta de tempo e de informações.”
O que publiquei antes, também se aplica agora, de modo mais cruel em relação a Dona Marisa, a companheira da vida de Lula. Primeiro, porque a mataram de forma lenta e perversa, indigna, quando a envolveram em crimes de corrupção – quem? Sérgio Moro e bando – em compra de apartamento que jamais possuiu. E mais pedalinhos para os netos! Ainda nessa primeira morte a mataram quando viu caluniarem para a humilhação Lula Amado do Brasil. Dessa primeira morte é inescapável a culpa da grande pequena mídia, que acusa primeiro e apura depois, que publica  maldosas hipóteses como fatos consumados, na base do “se não furtou, alguém furtou para ele”. E mais a perseguição nos processos da Lava Jato, onde o criminoso Lula é visto como o chefe secreto da corrupção de todos os tempos no Brasil. Dessa sua primeira morte, mídia, Moro e demais assemelhados têm uma inescapável culpa. Que enviem condolências e sinais de respeito apenas mostram que a hipocrisia respeita a virtude na aparência.
Depois, mataram Dona Marisa de modo mais rápido, quando a tiveram à mercê de cuidados na maca, no hospital Sírio. E aqui, os médicos que desonram o Brasil, que retiram o nosso povo do convívio civilizado, tiveram o seu grande final. A queda mais baixa, que os nivela a seus irmãos nazistas e dos tempos da ditadura brasileira. Começaram pela canalhice de divulgar imagens da tomografia de Dona Marisa. Digamos assim, foi até uma canalhice menor, à altura dos seus braços que esvoaçam corpos indefesos como asas de urubu. Nessa divulgação e chacota, faltaram, perdoem a impropriedade da expressão, ao Juramento de Hipócrates:
“Prometo que aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém...

Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto”.   
Mas como aconselhava a ironia de Machado de Assis, “suje-se gordo”.  Ou suje-se grande, doutor. Então veio o que ultrapassou o Juramento que nunca levaram a sério: o neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis comentou com a galera do seu bando: “Esses fdp vão embolizar ainda por cima. Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”.
O doutor Richam Faissal El Hossain Ellakkis – esse é o nome inteiro do delinquente – não falou sem conhecimento do mal que poderia fazer ou que fez. Ele é especialista em NEUROCIRURGIA VASCULAR E BASE DE CRÂNIO, portanto, falou com absoluta propriedade do crime que gostaria de cometer ou cometeu. Ele passou do Juramento de Hipócrates. Prometeu a execução de um assassinato com ares de escárnio, deboche contra mais que a mulher de Lula Amado do Brasil: falou que mataria uma pessoa necessitada de socorro médico. E não lhe faltam antecedentes criminais. Em 2015 foi condenado em sentença judicial, como se vê em rápida pesquisa:
ACIDENTE DE TRÂNSITO- DJALMA ALEIXO DE LUNA E OUTRO X RICHAM FAISSAL EL HOSSAIN ELLAKKIS. Tópico Final R. Sentença de Fls.73/74: “ ANTE O EXPOSTO, julgo PROCEDENTE o pedido formulado nesta ação para o fim de condenar RICHAM FAISSAL EL HOSSAIN ELLAKKIS a pagar a DJALMA ALEIXO DE LUNA a quantia de R$ 939,56 (novecentos e trinta e nove reais e cinquenta e seis centavos), atualizada pela correção monetária, de acordo com os índices da Tabela Prática do Tribunal de Justiça de São Paulo, e acrescida de juros de mora de 1% ao mês, ambos contados a partir do evento danoso ( 11/08/2015) , em conformidade com as Súmulas 433 e 544 do Superior Tribunal de Justiça, declarando extinto o processo, nos termos do art.4877, I, doCódigo de Processo Civill”.
Aí está o começo do perfil do grande doutor Richam Faissal, que apenas sujou-se gordo, de modo mais aberto, no crime contra Dona Marisa, que estava à sua mercê no hospital.
No artigo para o La Insignia em 2005 eu terminava com esta citação de um discurso de Miguel Arraes:
"Como homem público, tenho que esperar tudo, sem queixa, porque é minha obrigação ir pra cadeia, se é pra manter a minha posição de defesa do povo e não capitular diante dele. É minha obrigação ir pro exílio, se não posso ficar na minha terra. É minha obrigação manter a posição, manter firmemente a posição que pode mudar o nosso país e melhorar as condições de Pernambuco." 
O que poderá dizer Dona Marisa, nesta hora em que se vai na  sua última morte? - Punam-se de modo exemplar os criminosos deste Brasil.

Em depoimento, ex-funcionária da Odebrecht nega conhecer Palocci



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/em-depoimento-ex-funcionaria-da-odebrecht-nega-conhecer-palocci




Jornal GGN - Maria Lúcia Guimarães Tavares, ex-funcionária da Odebrecht, afirmou que não conhece o ex-ministro Antônio Palocci e seu assessor, Branislav Kontic. Maria Lúcia prestou depoimento como testemunha de acusação na ação penal que investiga Palocci, Marcelo Odebrecht e outros 13 pessoas, denunciados por corrupção e lavagem de dinheiro.
 
“Só vi na televisão. Mas nunca estive pessoalmente com ele. E nunca falei com ele”, disse a ex-funcionária da empreiteira ao ser questionada pela defesa de Palocci.
 
Maria Lúcia era responsável por controlar as planilhas sobre remessas de dinheiro para pessoas beneficiadas no esquema de corrupção entre Odebrecht e Petrobras, no Setor de Operações Estruturadas da empreiteira.
 
Ela assinou acordo de delação premiada e voltou a afirmar que o único codinome das planilhas que ela sabia a quem se referia era o de Mônica Moura, esposa do publicitário João Santana. Maria Lúcia também disse que Mônica, apelidada de ‘Feira’, foi duas vezes à empresa para “pegar dinheiro”. Ontem, João Santana e Mônica Moura foram condenados a oito anos e quatro meses de prisão.
 
Ainda na tarde de hoje, prestarão depoimentos o senador cassado Delcídio do Amaral, o ex-gerente da Petrobras Pedro Barusco e o engenheiro Zwi Skornicki.
 
A denúncia do Ministério Público Federal afirma que Palocci e a Odebrecht teriam realizado um “permanente esquema de corrupção” entre os anos de 2006 a 2015. Os advogados de defesa do ex-ministro dizem que as acusaçõe são “vazias”. 

Dona Marisa Letícia, por Durval Ângelo



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/dona-marisa-leticia-por-durval-angelo





Dona Marisa Letícia
por Durval Ângelo
O tempo das verdades plurais acabou. Vivemos no tempo da mentira universal. Nunca se mentiu tanto. Vivemos na mentira, todos os dias. - José Saramago

Dia 22 de setembro de 2016. Agentes da Polícia Federal realizam mais uma prisão arbitrária, dentre as tantas da Lava Jato. Trata-se da sua 23a fase, denominada Operação Zelotes, e desta vez, o cenário do espetáculo midiático é o Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Sai de lá, conduzido pelos policiais, o ex-ministro do Planejamento e da Fazenda nos governos de Lula e Dilma, Guido Mantega, que acompanhava sua esposa para uma cirurgia de tratamento de um câncer.
Realizada sob os holofotes da imprensa golpista, com direito até a helicóptero da Globo na cobertura, a prisão decretada pelo juiz "justiceiro" repercutiria muito mal, visto que totalmente injustificada, como afirmaram vários juristas. Poucas horas depois, seria revogada pelo próprio Sérgio Moro. "O padrão da 'lava jato' é algemas fáceis", afirmou à revista Carta Capital, à época, o doutor em direito penal Alberto Zacharias Toron. Verdade. Primeiro prendem, depois perguntam, em um modus operandi capaz de fazer inveja às ações da Gestapo.
Disseram que Mantega havia recebido recursos da corrupção e que estes teriam irrigado os cofres do PT. Provas? Ninguém sabe, ninguém viu. Da mesma forma que não existiam, quando ele foi acusado, em 2015, de modificar decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF). O inquérito foi concluído há poucos dias, sem que Mantega fosse indiciado. Mas pouco se falou disso na imprensa, é claro.
Lembramos desse episódio, quando milhões no país choram a morte de Dona Marisa Letícia, para demonstrar que ela está entre as muitas vítimas de uma mentalidade nazifascista que se alastra em nossa sociedade, estimulada por setores da direita e do Judiciário. Vítima de um AVC, com o quadro agravado por uma trombose, Dona Marisa foi submetida a coma induzido.
Enquanto lutava pela vida, a desumanidade corria à solta nas redes sociais e até em manifestações na porta do Hospital Sírio Libanês, onde estava internada. Sem qualquer pudor, aqueles que se autodenominam cidadãos de bem satirizavam e desejavam a morte daquela mulher, esposa e mãe, cujo único crime foi ter sido o esteio emocional e moral de um presidente que ousou governar para os pobres. Ética? Para quê? Uma médica divulgou dados sigilosos do estado de saúde da paciente, enquanto outro "doutor" prescreveu na internet a receita para que fosse assassinada: "Tem que romper no procedimento. Daí, já abre a pupila. E o capeta abraça ela." Inacreditável!
Marisa Letícia foi caluniada, injustamente acusada, moralmente linchada. E contra ela, assim como contra Lula, também nada se provou. Sequer foram indiciados no famoso inquérito do triplex no Guarujá. Mas para muitos, isso tanto faz. Também nada foi comprovado em outras acusações ridículas, como a da compra de um pedalinho para o neto ou sobre o modesto sítio em Atibaia.
Ao passo que tucanos ilustres, como Aécio Neves e José Serra, são recorrentemente citados em delações, como recebedores de milhões em propinas, sem que sejam importunados. Somente a construtora Andrade Gutierrez teria repassado a Aécio - o "Mineirinho" - cerca de R$ 40 milhões, em um esquema de fraude na construção da Cidade Administrativa, conforme divulgado pelo jornal Folha de S. Paulo, no último dia 2.
Já Dona Marisa foi atacada e viu seu marido e filhos serem perseguidos. Ainda assim, manteve-se firme e discreta. Mulher do povo, sabia o que era resiliência, como narrou Frei Betto em um brilhante artigo sobre sua vida. Filha de um agricultor, estudou somente até a sétima série.
Começou a trabalhar ainda menina, como babá, e aos 13 anos, tornou-se operária. Casou-se com um motorista de caminhão, assassinado seis meses depois, deixando-a grávida do primeiro filho. Anos depois, casou-se com Lula, com quem teve três filhos. Em 1980, teve o marido preso pela ditadura, por 31 dias.
"Marisa não tem a vocação política de Lula, mas sua aguçada sensibilidade funciona como um radar que lhe permite captar o âmago das pessoas e discernir as variáveis de cada situação. Por isso, é capaz de dizer a Lula verdades que o ajudam a não se afastar de sua origem popular nem ceder ao mito que se cria em torno dele. A simplicidade talvez seja o predicado que ela mais admira nas pessoas", definiu Betto.
Após anos de luta e resistência, porém, a guerreira não suportou a pressão. Virou estrela e a ela não mais se fará justiça. Sim, Dona Marisa é vítima. Vítima da intolerância e do preconceito às classes populares. Da criminalização da política e dos movimentos sociais. Da perda de direitos e do desrespeito à Constituição. É vítima do golpe financiado pelas elites, que com o apoio de setores do Judiciário, instalou no governo deste país uma verdadeira quadrilha. Impossível não acrescentar sua morte à cota de culpa da direita suja, da mídia vendida e de um STF omisso.
Nossa solidariedade a Lula e a toda a família. Que este triste episódio sirva de lição para que nossas instituições, especialmente o Poder Judiciário, repensem seu papel e não mais se coloquem a serviço de injustas perseguições, como a que sofre o ex-presidente Lula. Sobretudo, que sirva de alerta ao povo brasileiro para a necessidade urgente de se repensar o Brasil.
Quantas Marisas mais ainda terão que tombar?