quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Palmeiras divulga a lista dos atletas inscritos no Campeonato Paulista; veja




PALMEIRAS


Estreia do Verdão no torneio será domingo, às 17h, contra o Botafogo-SP, na arena




Por
São Paulo



O Palmeiras divulgou no fim da manhã desta quinta-feira a lista dos 28 jogadores inscritos para a disputa do Paulistão. Há, por enquanto, 27 jogadores na relação. Alejandro Guerra será o 28º após regularização dos seus documentos.

Ficaram fora da lista o goleiro Daniel Fuzato, recém-promovido das categorias de base, além dos meio-campistas Arouca, Rodrigo e Hyoran. A Federação Paulista de Futebol (FPF) limita o número de inscritos a 28 para esta primeira fase do torneio. Há possibilidade de troca em caso de lesões.
Arouca precisará de pelo menos 40 dias para se recuperar de uma cirurgia realizada no tornozelo direito, para a retirada de um fragmento de cartilagem. Hyoran está em procedimento específico de fortalecimento muscular na estrutura da Academia de Futebol - embora venha treinando normalmente com os companheiros de elenco.

Rodrigo, por sua vez, deve deixar o Palmeiras por empréstimo. O clube informou que o atleta, que disputou apenas um jogo em 2016, está negociando sua transferência.



Veja a lista:

Goleiros: Fernando Prass, Jailson e Vinicius Silvestre
Laterais: Jean, Fabiano, Zé Roberto e Egídio
Zagueiros: Yerry Mina, Vitor Hugo, Edu Dracena, Thiago Martins e Antônio Carlos
Meio-campistas: Moisés, Tchê Tchê, Felipe Melo, Thiago Santos, Michel Bastos, Raphael Veiga e Vitinho
Atacantes: Dudu, Róger Guedes, Alecsandro, Lucas Barrios, Willian, Keno, Erik e Rafael Marques

Treino Palmeiras (Foto: Felipe Zito)
Palmeiras estreia domingo no Campeonato 
Paulista, contra o Botafogo de Ribeirão 
Preto (Foto: Felipe Zito)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2017/02/palmeiras-divulga-lista-dos-atletas-inscritos-no-campeonato-paulista-veja.html

Jornal: Chelsea terá R$ 405 milhões para investir em reforços de peso


FUTEBOL INGLÊS 



Principal objetivo do técnico Antonio Conte é a contratação do atacante Morata



Por
Londres, Inglaterr




Líder do Campeonato Inglês com 56 pontos, nove a mais do que o Tottenham, o Chelsea  respira o título nacional e planeja a próxima temporada. Por conta disso, o dono do clube, o russo Roman Abramovich, vai liberar € 120 milhões (R$ 405 milhões) para o técnico Antonio Conte buscar reforços, de acordo com o "Mirror". O principal alvo é o atacante espanhol Morata, do Real Madrid.

Morata, que trabalhou com o técnico Conte no Juventus, seria o substituto de Diego Costa. A publicação avança com a informação de que os Blues não devem segurar o brasileiro naturalizado espanhol diante da oferta milionária que ele tem do futebol chinês.

Morata Real Madrid Leganés (Foto: AFP)
Atacante espanhol Morata pode trocar o 
Real Madrid pelo Chelsea na próxima 
temporada (Foto: AFP)


 Além de Morata, Moussa Dembélé e Virgil van Dijk seriam os outros dois grandes objetivos do Chelsea para 2017/18. Moussa Dembélé, de apenas 20 anos, é um dos destaques do Celtic e o Chelsea sabe que para contratá-lo terá que desembolsar uma enorme quantia.

Por fim, Antonio Conte também está de olho no zagueiro holandês Virgil van Dijk, do Southampton. Convocado com frequência para a seleção da Holanda, o jogador de 25 anos também está na mira de outros gigantes do Velho Continente, e o Chelsea precisa definir o quanto antes sua contratação.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/2017/02/jornal-chelsea-tera-r-405-milhoes-para-investir-em-reforcos-de-peso.html

Ação judicial bloqueia registros e atrasa inscrição de Wagner no Vasco



VASCO


Processo em que o ex-jogador de vôlei Fernandão cobra cerca de R$ 6 milhões do clube teve novo recurso nesta semana, que impediu Vasco de inscrever jogadores



Por
Rio de Janeiro




Wagner apresentação Vasco (Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br)Wagner durante sua apresentação: jogador
ainda não foi inscrito no Campeonato Carioca(Foto: Carlos Gregório Jr/Vasco.com.br)


Um processo de 2013 que ainda se arrasta na Justiça afetou a inscrição de Wagner no Campeonato Carioca. Um novo recurso da parte de Fernandão, ex-jogador de vôlei que cobra cerca de R$ 6 milhões do clube, fez com que o Vasco ficasse impedido de registrar contratos de entrada ou saída na CBF. O setor jurídico cruz-maltino foi comunicado na terça-feira e conseguiu revogar a medida no fim da tarde de quarta.

Fernandão cobra este valor, que pode chegar a R$ 10 milhões com correção monetária e juros, por ter sido intermediário na negociação do contrato de patrocínio com a Eletrobrás. O caso ainda não foi decidido. Atualmente, 10% das receitas do Vasco com patrocínio, CBF, Ferj e direitos de transmissão estão bloqueadas. 

Em contato com a reportagem, o diretor jurídico do Vasco, Leonardo Rodrigues, explicou a situação:
- O que aconteceu foi que, em virtude de um pedido do Alan Belaciano, advogado do Fernandão e membro da Sempre Vasco, a 7ª Vara Cível oficiou à CBF, determinando o bloqueio geral de transferências, entradas e saídas de contratos de atletas do Vasco, algo imediatamente resolvido pelo Jurídico do clube - disse Rodrigues.

Wagner tinha até quarta-feira para ser inscrito e, assim, ficar à disposição do técnico Cristóvão Borges para o jogo contra o Bangu, nesta quinta. Agora, sem bloqueios, a expectativa é de que seja regularizado até sexta e possa enfrentar o Resende no domingo, em São Januário. 


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2017/02/acao-judicial-bloqueia-registros-e-atrasa-inscricao-de-wagner-no-vasco.html

JN IGNORA PROPINAS DA ODEBRECHT A AÉCIO




FONTE:
http://www.brasil247.com/pt/247/minas247/278356/JN-ignora-propinas-da-Odebrecht-a-A%C3%A9cio.htm


 Cristiano Mariz / Reprodução Globo

Jornal Nacional, que liderou a campanha negativa contra o ex-presidente Lula nos últimos anos, não tomou conhecimento das delações de dois executivos da Odebrecht, sobre um conluio acertado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) em licitação nas obras da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, quando o tucano era governador de Minas; o senador acertou à época, segundo o ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior, entre 2,5% e 3% em propina para o tucano; a obra, que foi orçada em R$ 500 milhões, custou R$ 2,1 bilhões

247 - A delação da Odebrecht que denuncia um conluio acertado pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG) em licitação nas obras da Cidade Administrativa, em Belo Horizonte, quando o tucano era governador de Minas Gerais, não passou pelo Jornal Nacional na noite desta quinta-feira 2.
O JN, que liderou a campanha negativa contra o ex-presidente Lula nos últimos anos, ignorou o relato do ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, Benedicto Júnior, de que as obras ficaram entre 2,5% e 3% acima de seu valor, para pagamento de propina ao tucano.
Detalhes do relato do delator foram publicados em reportagem de Bela Megale, Marina Dias e Mario Cesar Carvalho na Folha de S.Paulo.
Benedicto Júnior afirmou em seu acordo com a Lava Jato que se reuniu com Aécio, quando este era governador, para tratar do esquema. A Cidade Administrativa, que foi orçada em R$ 500 milhões, acabou custando R$ 2,1 bilhões (leia mais aqui).

O que matou Dona Marisa é o exato oposto do que a fará viver eternamente. Por Carlos Fernandes



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-matou-dona-marisa-e-o-exato-oposto-do-que-a-fara-viver-eternamente-por-carlos-fernandes/


por : 

Marisa Letícia
Marisa Letícia

O dramaturgo inglês, William Shakespeare, uma vez disse que choramos ao nascer porque chegamos a esse imenso cenário de dementes.
Assim parece ser quando nos deparamos, incrédulos e impotentes, com a tamanha deficiência moral daqueles que se mostram incapazes de sequer respeitar a dor de quem cumpre a terrível missão de enterrar os seus mortos.
A morte da ex-primeira dama Marisa Letícia, esposa do maior líder popular da história desse país, confirmou o estado patológico e terminal praticamente irreversível que assola uma parcela assombrosa de nossa sociedade.
Mais do que isso, nos demonstrou com o seu próprio exemplo, a astronômica diferença entre as verdadeiras causas da morte e os infindáveis caminhos que podem ser trilhados por essa incorruptível condição humana.
Dona Marisa não morreu em função de um Acidente Vascular Cerebral, esse foi apenas o instrumento à mão utilizado por algo infinitamente maior e mais cruel que a seguiu ininterruptamente desde o momento em que se recusou permanecer na sua socialmente predestinada condição de miserável.
O que matou dona Marisa foi o ódio destinado àqueles que não se calam, foi a intolerância daqueles que não admitem serem contestados, foi o preconceito de quem jamais admitiu que um pobre possa vencer na vida, foi a megalomania de um judiciário podre e o escárnio dos que tem aversão a tudo que é legítimo, legal e democrático.
É um sentimento estarrecedor descobrir o quão somos responsáveis pela morte de alguém a partir do momento em que  influenciamos ou encorajamos a barbárie, quando difundimos a idéia de que os fins justificam os meios, quando nos afastamos de tudo o que nos torna humanos.
Diariamente pessoas morrem no mundo inteiro pelo simples fato de sua condição social, de sua raça, de seu gênero, de sua etnia, de sua crença ou de seus ideais. Morrem, enfim, por serem considerados “diferentes”, “inferiores”, “descartáveis”.
Quem compartilha dessas sandices não é menos responsável do que aqueles que de fato espancaram, lincharam ou puxaram o gatilho. Da mesma forma, são responsáveis diretos pelos que sofrem e morrem de depressão, de desilusão, de angústia, de solidão e de suas terríveis consequências físicas e psicológicas.
Assim o foi com dona Marisa. Perseguida, humilhada, invadida na sua privacidade, alvo dos mais vergonhosos comentários, a mulher que ajudou a construir um Brasil mais justo resistiu aos seus carrascos enquanto pôde, mas uma hora o resultado de tantas feridas abertas cobraria o seu preço.
A morte de dona Marisa precisa ser vingada. Mas como certamente ela exigiria, não deve ser jamais com as mesmas armas que a mataram.
Enquanto houver um único sentimento de amor, respeito, humildade, carinho, generosidade, compreensão, tolerância, justiça jurídica e social, democracia e luta pelos direitos sociais, Marisa Letícia Lula da Silva, a nossa dona Marisa, viverá.

Carlos Fernandes
Sobre o Autor
Economista com MBA na PUC-Rio, Carlos Fernandes trabalha na direção geral de uma das maiores instituições financeiras da América Latina

Não dá para dissociar o AVC de Marisa Letícia da Lava Jato. Por Kiko Nogueir



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/nao-da-para-dissociar-o-avc-de-marisa-leticia-da-lava-jato-por-kiko-nogueira/


por : 

Marisa Letícia
Marisa Letícia


Arrisca ser uma simplificação culpar diretamente o juiz Sérgio Moro pela morte da ex-primeira dama Marisa Letícia.
Mas como dissociar seu AVC da pressão a que estava sendo submetida?
Em 1997, o jornalista Elio Gaspari colocou o infarto de Paulo Francis na conta de Joel Rennó, ex-presidente da Petrobras que acionou Francis nos EUA.
Rennó, escreveu Elio, era um “estrategista vitorioso” porque “seu processo ocupou um espaço surpreendente na alma de Francis”.
Na quinta feira, dia 2, Lula e a família autorizaram a doação dos órgãos e agradeceram as “manifestações de carinho e solidariedade”.
Marisa passou mal no apartamento do casal em São Bernardo do Campo no dia 24 de janeiro. Chegou consciente ao hospital Sírio Libanês, em São Paulo, passou por cirurgia e foi conduzida à UTI.
Piorou paulatinamente.
Marisa estava fumando mais. Em 2007, o cardiologista Roberto Kalil Filho avisara que ela precisava de tratamento e que poderia ter um AVC. Nada foi feito.
A Lava Jato abriu cinco ações penais contra Lula, sendo que em três delas Marisa estava incluída entre os acusados. Foram mais de dois anos de massacre midiático diuturno, com direito a uma condução coercitiva do marido.
Os homens de Moro vazaram um áudio de um telefonema com seu filho Luís Cláudio. O papo, embora banal, continha um elemento explosivo.
Ela xingava os “coxinhas”. Dizia querer que essas pessoas “enfiassem as panelas no cu”.
Qual a intenção de tornar isso público, senão a de humilhar e constranger? Por que com ela? Onde estão as conversas das mulheres de outros réus?
A gravação está sendo usada pelos milhões de cidadãos de bem que agora festejam a tragédia de Marisa Letícia. Ela sabia de tudo, ela era cúmplice, ela era rica — e ela mandou os brasileiros honestos enfiarem suas panelas naquele lugar.
Para os fascistas que o golpe tirou do buraco, a boca suja teve o que mereceu.
A Lava Jato ocupou um espaço enorme na vida de Marisa Letícia. Migramos do país da impunidade para o país dos justiceiros — sem escalas. Vítimas fatais são inevitáveis.
É injusto afirmar que Moro matou Dona Marisa.
Mas a estratégia da Lava Jato previa a cabeça de Lula na parede. Ganhou a da mulher dele, da pior maneira possível.

Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

O CRIME DOS MÉDICOS QUE VAZARAM EXAMES DE MARISA LETÍCIA NÃO PODE FICAR IMPUNE



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/dormindo-com-o-inimigo-o-crime-dos-medicos-que-vazaram-exames-de-marisa-nao-pode-ficar-impune-por-kiko-nogueira/



O Brasil do golpe não tem limite para a canalhice



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No Brasil do golpe, ninguém perderá dinheiro por superestimar a capacidade nacional em ser canalha. Enquanto estava em coma profundo, lutando por sua vida, Marisa Letícia dormia com os inimigos.
Uma médica do Sírio Libanê chamada Gabriela Munhoz, de 31 anos, compartilhou por WhatsApp com seus colegas imagens do exame da ex-primeira dama horas depois da internação.
Gabriela avisava que Marisa estava no pronto socorro com AVC hemorrágico de nível 4, um dos mais graves, e seria levada para a UTI.
O grupo se intitulava “MED IX”, composto de formandos em Medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul em 2009.
Segundo o Globo, no dia da internação de Marisa, um médico que não atua no Sírio enviou dados sobre o diagnóstico.
Pedro Paulo de Souza Filho postou imagens de uma tomografia atribuída a Marisa, acompanhadas de detalhes fornecidos por Gabriela.
O neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis comentou: “Esses fdp vão embolizar ainda por cima”. Em seguida: “Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela”.
Ellakkis trabalha, entre outros lugares, na Unimed São Roque, no interior de São Paulo.
Vai ficando mais claro de onde veio “furo” do biógrafo de Lobão, Claudio Tognolli, que gravou um vídeo se jactando de ter em mãos a tomo da mulher de Lula. Depois da repercussão, chegou a alegar que “um petista” lhe havia passado. Balela.
O Sírio soltou uma nota, na ocasião, afirmando que nada saiu de lá e que “zela pela privacidade de seus pacientes e repudia a quebra do sigilo médico por qualquer profissional de saúde”.
Se não vivêssemos no Paraguai e se não fossem doutores, o Sírio e as demais instituições envolvidas teriam demitido sumariamente essa corja e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo já teria divulgado um repúdio.
Mas o corporativismo deles é invencível. Basta lembrar que a pediatra que se recusou a atender um menino de colo porque ele era “filho de petistas” não recebeu sequer uma advertência.
O Código de Ética da turma dispõe em seu artigo 89 que “é vedado liberar cópias do prontuário sob sua guarda, salvo quando autorizado, por escrito, pelo paciente”.
Violaram o artigo 154 do Código Penal, cujo objetivo é proteger a liberdade individual e a inviolabilidade dos segredos profissionais. A pena prevista é de detenção e multa.
Passaram por cima do artigo 5º da Constituição, parágrafo X: “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
O problema é que na nossa selva alguns bichos são mais iguais do que outros. Temos, hoje mais do que nunca, bestas que não hesitam em atacar sua presa especialmente se ela estiver inerte, à beira da morte.
Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.





João Santana e Mônica Moura são condenados por Moro na Lava Jato



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/joao-santana-e-monica-moura-sao-condenados-por-moro-na-lava-jato





Jornal GGN - O ex-marqueteiro João Santana e sua esposa e sócia, Mônica Moura, foram condenados nesta quinta-feira (02) pelo juiz Sérgio Moro a 8 anos e 4 meses de prisão por suposta lavagem de dinheiro no esquema de corrupção da Lava Jato.
 
Em seu despacho, Moro manifestou que a prática do crime envolveu "afetação do processo político democrático", o que, segundo ele, "merece reprovação especial". Presos em fevereiro de 2016, foram denunciados pelo Ministério Público Federal (MPF) por receber parte de propina destinada ao PT, no estaleiro Keppel Fels, de contratos entre a Petrobras e a Sete Brasil.
 
A mesma ação condenou, ainda, outras quatro pessoas: o engenheiro Zwi Skornicki, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-gerente geral da área internacional da Petrobras, Eduardo Musa, e o ex-diretor presidente da Sete Brasil, João Carlos Ferraz.
 
Segundo os procuradores da força-tarefa da Lava Jato, Zwi Skornicki transferiu recursos para o casal de publicitários, por meio de contas no exterior em nome de offshores, não declaradas às autoridades brasileiras, para dificultar a identificação da suposta operação ilícita e os envolvidos.
 
O fato caracterizou, segundo o grupo de investigadores da Lava Jato, crime de lavagem de dinheiro, com a transferência de US$ 4,5 milhões a João Santana e Mônica Moura, que foi uma parte do que o PT teria recebido no esquema de corrupção.
 
Somaram penas maiores do que o casal o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, condenado por Moro por corrupção passiva por 10 anos. O ex-diretor da Sete Brasil, Ferraz, e o ex-gerante Eduardo Musa foram condenados a 8 anos e 10 meses, por corrupção passiva e organização criminosa. Zwi Skornicki foi condenado a 15, apontado por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Marisa Letícia, por Frei Betto



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/marisa-leticia-por-frei-betto





na Caros Amigos
por Frei Bett
(Artigo escrito em 24 de janeiro de 2017, por ocasião da internação de Dona Marisa Letícia)
Se há uma mulher que não pode ser considerada mero adereço do marido é Marisa Letícia Lula da Silva. Conta a fábula que, tendo sido coroado, o rei nomeou para o palácio um lenhador que, na infância, fora seu companheiro de passeios pelo bosque. Surpreso, o pobre homem escusou-se frente à tão inesperada deferência, alegando que mal sabia ler e não possuía nenhuma ciência que justificasse sua presença entre os conselheiros do reino. “Quero-o junto a mim – disse o rei – porque preciso de alguém que me diga a verdade”.
Marisa não tem a vocação política de Lula, mas sua aguçada sensibilidade funciona como um radar que lhe permite captar o âmago das pessoas e discernir as variáveis de cada situação. Por isso, é capaz de dizer a Lula verdades que o ajudam a não se afastar de sua origem popular nem ceder ao mito que se cria em torno dele. A simplicidade talvez seja o predicado que ela mais admira nas pessoas.
Nascida em São Bernardo do Campo, numa família de pequenos sitiantes, ela guarda a firmeza de caráter de seus antepassados italianos. Comedida nas palavras, a ponto de preferir não dar entrevistas, não faz rodeios quando se trata de dizer o que pensa, doa a quem doer. Por isso não pode ser incluída entre as tietes do marido. Nos palanques, prefere ficar atrás e não ao lado de Lula. A admiração recíproca que os une não impede que, ao vê-lo retornar de uma maratona de reuniões, às 3 da madrugada, ela o convoque para criticar o desempenho dele numa entrevista na TV ou compartilhar decisões domésticas.
Marisa é, com certeza, a única pessoa que, no cara a cara, não corre o risco de se deixar enredar pela lógica política do marido. Defensora intransigente de seu próprio espaço, não chega a ser o tipo de esposa que compete com o parceiro. Sabe que seus papéis são diferentes e complementares. Mas ninguém é aceito na intimidade dos Silva sem passar pelo crivo dela, que sabe distinguir muito bem quem são os amigos do casal e quem são os amigos de Lula.
Tanto quanto Lula, Marisa conhece as dificuldades da vida. Décima filha de Antônio João Casa e Regina Rocco Casa, cresceu vendo o pai carregar a charrete de verduras e legumes que ele plantava e vendia no mercado. Se o sítio era pequeno, suficiente para assegurar a precária subsistência da família de onze filhos, o coração dos Casa era grande o bastante para acolher os necessitados. Dona Regineta – como era tratada sua mãe – ficou conhecida como benzedora em São Bernardo do Campo pois, na falta de médicos e de recursos, muitas pessoas a procuravam, especialmente quem padecia de bronquite.
A filha estudou até a 7ª série. Ainda criança, viu-se obrigada a conciliar a escola com o trabalho, empregando-se como babá na casa de um sobrinho de Portinari. Aos 13 anos de idade, tornou-se operária na fábrica de chocolates Dulcora. Do setor de embalagem Marisa foi promovida a coordenadora de seção antes de, aos 20 anos, trocar a Dulcora por um cargo na área de educação da prefeitura de São Bernardo do Campo, onde trabalhou enquanto solteira. 
Em 1970, ela se casou com Marcos Cláudio dos Santos, motorista de caminhão. Seis meses depois, ele morreu assassinado, quando dirigia o táxi do pai, deixando Marisa grávida do filho Marcos, que Lula considera seu primogênito. Em 1973, ao recorrer ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo para obter um pecúlio deixado pelo marido, Marisa conheceu Lula. De fato, foi paquerada dentro de um verdadeiro cerco estratégico montado pelo presidente do sindicato, que ouvira falar de uma “lourinha muito bonita” que andava por ali. Lula tentou convencê-la de que também era viúvo, sem que a moça acreditasse, até ver o documento que ele, de propósito, deixara cair no chão. A primeira mulher de Lula, Maria de Lourdes, morrera em 1971, com o filho que trazia no ventre, em consequência de uma hepatite mal curada. Em maio de 1974, Lula e Marisa se casaram. Da união nasceram os irmãos de Marcos: Fábio, Sandro e Luís Cláudio. 
Depois de deitar os filhos, ela acompanhava as telenovelas sem entusiasmo. E, com razão, se queixava da difícil tarefa de atender a mais de cem telefonemas por dia, muitas vezes sem conseguir convencer os interlocutores de que ela não controla a agenda do marido, não sabe se ele poderá ou não participar de um evento em Porto Alegre ou no Recife e, muito menos, o que ele pensa do último pronunciamento do ministro da Fazenda. 
Em abril de 1980, ela passou pela prova de fogo, quando Lula esteve preso no DEOPS de São Paulo, devido à greve de 41 dias. Preocupada com a segurança dele, sempre fez questão de abrir a porta quando estranhos batiam, evitando expor o marido. No mesmo ano, fez o curso de Introdução à Política Brasileira, promovido pela Pastoral Operária de São Bernardo do Campo. Filiada ao Partido dos Trabalhadores, abriu sua casa para as reuniões do núcleo petista que se organizara no bairro Assunção, onde moravam. O engajamento da mulher levou Lula a participar mais diretamente das tarefas domésticas. Mas é ela quem cuida das finanças da casa. 
Embora Marisa prefira, em política, o papel de assessora mais íntima do marido e não goste de fazer discursos e nem mesmo ser o centro das atenções, ela não dispensa a oportunidade de participar de conversas políticas. Seja qual for o interlocutor, Lula jamais pede a Marisa que se retire, exceto para buscar um café. No fogão, ela prefere o trivial: arroz, feijão, bife e salada de alface com tomate, embora o seu prato predileto seja camarões e um bom copo de vinho. O cardápio especial fica por conta do marido que, de italiano, só tem o apetite: espaguete a carbonara. Para quem chega, há sempre uma xícara de café. Sair sem aceitá-la é considerado quase uma ofensa. E ela se compraz em ler toda a correspondência que o marido recebe nos comícios, bem como em distribuir estrelinhas do Partido às crianças. 
Habilidosa na arte do silk-screen, Marisa fez a primeira bandeira do PT, num tecido vermelho trazido da Itália. Em 1981, montou em casa uma pequena oficina para estampar camisetas com símbolos do Partido, inclusive criações de Henfil. Para a campanha de Lula a deputado federal, em 1986, ela chegou a estampar cerca de vinte mil camisetas, vendidas para angariar fundos. Ciosa de sua privacidade familiar vira uma fera quando a imprensa tenta entrar pela porta de sua casa ou incluir seus filhos no noticiário. Em tais situações, só o cuidado das plantas é capaz de acalmá-la.
Desprovida de vaidade, Marisa se veste pelo figurino do bom gosto, evitando a sofisticação. Compra a roupa que lhe agrada, sem conferir a etiqueta. Ela sempre foi sua própria manicure e pedicure. Avessa a protocolos, gosta mesmo é de ficar entre amigos, cercada de muita planta e água, em qualquer lugar em que os filhos possam se divertir, livres das normas de segurança. Um bom jogo de buraco, o papo solto, o marido de bermudas ao seu lado e o telefone desligado – é o que basta para deixá-la em paz.
Frei Betto é escritor, autor de Um hoemem chamado Jesus (Rocco), entre outros livros

Grande guerreira e eterna companheira



FONTE:
http://jornalggn.com.br/blog/vania/grande-guerreira-e-eterna-companheira


A imagem pode conter: 12 pessoas, pessoas sorrindo, multidão


por Flávia Martinelli

Dona Marisa Letícia Lula da Silva (1950-2017)

Foi num palácio. O Palácio da Alvorada. E era domingo festivo: Dia das Mães, 11 de maio de 2003, ano do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nos jardins, acontecia um churrasco. Diante da corte de fotógrafos, jornalistas  e curiosos, Lula ajoelha-se aos pés de sua mulher. A primeira-dama, então, pousa os pés sobre a perna do marido. E ele amarra o cadarço solto do tênis dela.

No dia seguinte, UAU, a foto sai estampada na capa dos principais jornais e revistas do país. Mais uma vez, o Brasil inteiro se derretia com a demonstração explícita de afeto do presidente por sua companheira, Marisa Letícia Lula da Silva. A vida de dona Marisa, no entanto, nunca foi de Cinderela. Nem Marisa sonhou ser princesa. Lula sempre a tratou como rainha, fato. Mas isso nada tem a ver com os jardins palacianos do flagra em Brasília. A majestade de dona Marisa Letícia já vinha de muito, muito antes do cargo de primeira-dama.
Casada há 43 anos, Marisa já foi descrita pelo marido como uma “grande mãe italiana”. Ela esteve ao lado de Lula nas greves, nas lutas, na criação do PT, nas viagens das caravanas da cidadania, nas campanhas eleitorais. Mas preferiu ficar longe dos holofotes. “Fora de casa Lula é o centro das atenções. No campo doméstico, Marisa é soberana. Ela é a âncora da família”, contou amiga dos tempos de sindicalismo Miriam Belchior, que foi ex-assessora especial da Presidência. Mulher de opiniões declaradas, sempre foi discreta, tímida e, segundo a amiga, optou por esse papel.
O temperamento forte sempre foi da porta para dentro, onde botava “os pingos nos is”. Em público foi reservada. Gentil, simpática e afetuosa com os amigos, tratava com indiferença gente que julgava interesseira. Também nunca foi de lamentar, mas de resolver os problemas. Em sua primeira entrevista como primeira-dama, à revista Criativa em 2003, respondeu sobre o segredo de seu casamento: “quando somos jovens imaginamos que o mundo tem que ser cor-de-rosa, só que ele não é. Isso muitas vezes é um choque. O amadurecimento proporciona isso, compreensão das coisas, mais paciência. Nós (Lula e ela) aproveitamos o nosso tempo juntos para ficar bem, felizes.”
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PÉS NO CHÃO DE TERRA BATIDA

Neta de italianos, dona Marisa nasceu num sitio em São Bernardo do Campo, SP, onde havia plantações de batata e milho e criações de galinhas e porcos. A casa de dois quartos onde viveu até o sete anos era de pau-a-pique e chão de terra batida. Não tinha luz elétrica. Nem água encanada, só poço. O colchão onde dormia era de palha. Marisa foi a penúltima filha dentre 12 irmãos. Sua mãe, Regina Rocco Casa, era famosa benzedeira: sabia tirar quebranto, curava menino com bucho virado. O pai hortelão, Antônio João Casa, adorava plantas. Marisa puxou isso dele.
A primeira-dama tinha “mão boa” para lidar com mudas. Quando levou uma jabuticabeira no vaso para dentro do apartamento em São Bernardo, Lula achou que a planta jamais ia vingar. “Eu fiquei, como muitos, todo santo dia resmungando e dizendo que era impossível”, disse o marido num discurso em que fez parábola da planta de Marisa. Lula disse que o Brasil poderia crescer em pleno aperto econômico como a jabuticabeira que, contrariando todas as previsões, sua mulher fez vicejar. “Como ela acreditou mais, irrigou mais, cuidou mais do que eu, o pezinho de jabuticaba dá frutos quatro, cinco vezes por ano, coisa que esse conselho [Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social] pode imitar se quiser”, disse Lula, quando criou órgão do governo em fevereiro de 2003.
Marisa sempre cultivou legumes e verduras. A ponto de não precisar comprá-los no mercado por anos. Quando virou primeira-dama incrementava a horta atrás do Alvorada. Orgulhava-se de dizer que os canteiros estavam com mais variedade. Também povoou o lago do Palácio com peixes e patos quando se mudou para Brasília. A ex-primeira-dama gostava de bichos. Em plena correria da campanha do primeiro mandato de Lula, levou para o apartamento um cabritinho que a mãe rejeitou e o alimentou a mamadeira. Instinto maternal exercido desde criança. Quando ainda era menina de nove anos, em vez de bonecas, Maria foi embalar três sobrinhas do pintor Cândido Portinari. De babá, virou operária aos 13 anos. Embalou, então, bombons Alpino na fábrica de chocolates Dulcora. Teve de parar de estudar na sétima série.
São Paulo 1989 Lula, Fidel e Dona Marisa. Foto: Paulo Pinto
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ENCONTRO DE FORTES

Moça bonita, loura de cachos até a cintura, aos 19 anos, Marisa saiu da casa dos pais para se casar com seu primeiro namorado, Marcos, um motorista de caminhão. Ele carregava areia para construções durante o dia e  de noite, saía com o táxi do pai, um Fusca, para ganhar um extra. Queria comprar a casa própria. Seis meses depois do casamento, Marcos foi morto por bandidos num assalto ao táxi. Viúva, a única herança de Marisa foi o filho de quatro meses na barriga. Ela morou no primeiro ano de viuvez com o sogro, depois foi para a casa de sua mãe e trabalhou como inspetora de alunos num colégio público. Dona Marília, a primeira sogra que sempre foi amiga do peito de Marisa, ajudou a nora criar o neto de sangue, Marcos Claudio, e os outros três que a primeira-dama teve com Lula.
Curiosidade dos destino: o sogro do primeiro casamento de Marisa, seu Cândido, foi quem primeiro falou de Marisa para Lula. Em 1973, Luiz Inácio tinha o apelido de “Baiano”. Novato no sindicato dos metalúrgicos, sofria o luto por sua primeira mulher, Maria de Lourdes, que perdeu, com o filho, na sala de parto havia dois anos. Vez ou outra, Lula fazia uma corrida no taxi Fusquinha de seu Cândido porque a bandeirada era mais barata do que a dos carros de quatro portas. Lula contou, em entrevista à escritora Denise Paraná no livro “O filho do Brasil”, que seu Cândido, sempre que falava da morte do filho, dizia que a nora Marisa era muito bonita. “Foi muita coincidência. O tempo passou. Quando um belo dia estou no sindicato chega essa tal de dona Marisa”, disse Lula.
No encontro entre os dois viúvos não houve suspiros de contos de fada. Marisa foi ao sindicato buscar um carimbo para retirar sua pensão. Lula deixou cair sua carteirinha de identidade de sindicalista para mostrar que também era viúvo. Ele inventou uma firula qualquer na documentação dela para ter desculpa para pedir o telefone de Marisa. Ela nem atendia as ligações. Mas o ex-operário, que venceu a primeira eleição para presidente na quarta tentativa, é insistente. Um dia estacionou o carrinho TL na porta da casa da viúva loura e botou o então namorado de Marisa para correr, dizendo que precisava falar um assunto sério com ela. Lula acabou conquistando a simpatia da mãe de Marisa, Dona Regina, a benzedeira, e depois o coração da ex-primeira-dama. Em sete meses se casaram.
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COMPANHEIRA DE TODAS AS HORAS

Um ano depois do casamento, Lula já era presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Naquele tempo, Marisa não entendia nada sobre sindicalismo, greves, ditadura, passeatas, piquetes… Carregava no colo o recém-nascido Fábio Luiz e tinha na barra da saia o primogênito Marcos Cláudio, que Lula adotou como seu. Um dia, cansada do sumiços de Lula – que saía de casa de madrugada para fazer piquete em porta de fábrica–, Marisa decidiu entrar no curso de política do religioso militante de esquerda Frei Betto. Aos poucos, ela passou a entender a luta dos sindicalistas e acabou por influenciar outras mulheres de metalúrgicos.
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Certamente não foi fácil. Lula nunca pôde acompanhar a mulher na maternidade no nascimento dos filhos, por exemplo. Marisa foi mãe e pai dos meninos. Reunião de escola, festinha, finanças da casa, crediário… Tudo era ela quem cuidava. E sem empregada. Joana, considerada uma “irmã de criação” de Marisa, e a ex-sogra, dona Marília, a acudiam em situações especiais.

Em 1980, os militares tomaram o sindicato e a sala da casa de dona Marisa virou a nova sede dos metalúrgicos. E ela também assumiu posto de secretária. Nesse mesmo ano, Lula foi preso. Acusado de incitar uma greve ilegal, foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional, principal instrumento de repressão do regime militar. “Marisa organizou toda a passeata com as mulheres de metalúrgicos encarcerados. E levou as crianças no meio daquela multidão “, recorda amiga Miriam Belchior, que também participou da manifestação. “Tinha polícia para tudo quanto é lado”, Marisa disse em entrevistas. Ela levava os filhos Marcos, Fábio e Sandro para visitar o pai na cadeia. O caçula, Luiz Cláudio, ainda não tinha nascido.
Sempre junto de Lula, dona Marisa fundou o partido dos trabalhadores também em sua sala. “Marisa entendia a missão do Lula. Ela só pegava no pé do marido aos domingos”, disse Luiz Marinho, amigo do casal, ex-presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e ministro da Previdência no governo Lula. Para ela, domingo era sagrado, era o dia da família. E pouco importava se o almoço familiar acontecesse no apartamento de São Bernardo ou nos salões projetados pelo arquiteto Oscar Niemeyer. A cena dominical do dia das Mães em que Lula se ajoelhou aos seus pés não teve nada de excepcional como alardeou a imprensa na época. Os pequeninos gestos de carinho de Lula à sua mulher eram rotineiros. Em uma entrevista, Marisa disse: “Em um casamento o amor é muito importante. Mas sonhar juntos é fundamental”. Nos sonhos de dona Marisa, estávamos todos incluídos.