segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Corinthians sobra no início, vence o Inter e avança às quartas da Copinha



COPINHA 2017 - OITAVAS DE FINAL



Com três gols no primeiro tempo, Timão faz 3 a 1 no rival e garante vaga na próxima fase para reeditar decisão de 2016 contra o Flamengo, na quinta-feira, em Barueri



Por
Barueri, SP


No duelo entre as melhores campanhas da Copa São Paulo de Futebol Júnior até aqui, deu Corinthians. E com sobras. Com grande atuação principalmente no primeiro tempo, o Timão dominou o Internacional na Arena Barueri, venceu por 3 a 1 e se classificou para as quartas de final, mantendo-se na briga pelo décimo título da competição. Fabrício Oya, Pedrinho e Carlinhos marcaram os gols do triunfo alvinegro, todos eles ainda no primeiro tempo. Val, de pênalti, descontou para o Inter, já nos minutos finais.

Com a vitória, o Corinthians enfrenta o Flamengo nas quartas de final, na próxima quinta-feira, às 19h30, novamente na Arena Barueri. O jogo será uma reedição da decisão da Copinha do ano passado, quando o Rubro-Negro levou a melhor nos pênaltis e ficou com a taça.

+ Veja como foi a vitória do Corinthians sobre o Inter lance a lance
+ Confira como ficaram os confrontos das quartas de final da Copinha


O jogo

O Corinthians era quem tomava a iniciativa do jogo nos primeiros minutos e chegava com perigo, principalmente pelos lados do campo. A equipe alvinegra acelerava a partida e criava boas chances, enquanto o Inter se limitava a defender e não conseguia sair em velocidade. O gol corintiano parecia questão de tempo, até que, aos 21 minutos, Fabrício Oya acertou um belo chute colocado no ângulo de Luiz Felipe, abrindo o placar para o Timão: 1 a 0.

Fabrício Oya Corinthians x Internacional (Foto: Futura Press)
Fabrício Oya marcou o primeiro gol do 
Corinthians na vitória sobre o Inter, 
nesta segunda-feira (Foto: Futura Press)


O gol não mudou o cenário do jogo. O Corinthians seguiu bem superior ao Inter e praticamente definiu a partida no primeiro tempo. Aos 35 minutos, após Carlinhos errar uma tentativa de bicicleta, Pedrinho se antecipou ao zagueiro e fez o segundo gol. Um minuto depois, aos 36, Carlinhos aproveitou o escorregão de Marcelo na defesa colorada para ficar cara a cara com Luiz Felipe e tocar na saída do goleiro: 3 a 0. Apesar da pressão nos instantes finais, o Timão não voltou a marcar, e a primeira etapa terminou com vitória tranquila do Corinthians.

Na volta para o segundo tempo, o Corinthians continuou dominando a partida. O time paulista exercia forte marcação em seu campo de ataque e dificultava a saída de bola do Inter, que muitas vezes se complicava perto do próprio gol. O Timão seguiu criando várias chances de balançar as redes, a principal delas aos 12 minutos, quando Marquinhos finalizou na trave.

O Internacional criou sua melhor oportunidade aos 22 minutos, com André, que roubou a bola dentro da área corintiana e chutou forte, em cima da defesa. Com um jogador a menos após a expulsão de Junio por um desentendimento com Carlinhos, que levou amarelo e ficou suspenso para o próximo jogo, o Colorado diminuiu a desvantagem com Val, de pênalti, aos 38 minutos. Apesar disso, o time gaúcho não conseguiu esboçar grande reação, e o Corinthians confirmou a vitória por 3 a 1 para avançar às quartas de final da Copinha.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/futebol/copa-SP-de-futebol-junior/noticia/2017/01/corinthians-sobra-no-inicio-vence-o-inter-e-avanca-quartas-da-copinha.html

Técnico do Atlético-GO, Marcelo Cabo é encontrado e está bem, diz Polícia




ATLÉTICO-GO

Após quase 40 horas desaparecido, treinador é localizado, segundo informações da assessoria de imprensa da corporação, que convocou coletiva para 10h desta terça



Por
Goiânia



Marcelo Cabo, técnico do Atlético-GO (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
Marcelo Cabo: assessoria de imprensa da Polícia 
Civil diz que técnico foi localizado (Foto: 
Reprodução/TV Anhanguera)


Após quase 40 horas desaparecido, Marcelo Cabo foi localizado, informou a Polícia Civil de Goiás. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, o técnico do Atlético-GO está bem. A Polícia ainda não divulgou maiores detalhes e convocou uma coletiva para a manhã desta terça, a partir das 10h, na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

A informação foi divulgada em nota pela assessoria, que afirmou que o delegado Kleyton Manoel Dias, responsável pelo caso, não comentará qualquer detalhe antes da coletiva de imprensa. Até o momento, não foram informados o local, o horário e de que forma Marcelo Cabo foi encontrado.

Imprensa espera em frente ao prédio de Marcelo Cabo (Foto: Sílvio Túlio / GloboEsporte.com)Imprensa e membros do Dragão em frente ao prédio de Cabo Cabo (Foto: Sílvio Túlio/GloboEsporte.com)


Cabo havia desaparecido na madrugada de domingo. O treinador comandou o time em amistoso contra o Gama no último sábado e, à noite, participou de confraternização com membros da diretoria do Atlético-GO. Depois disso, havia sido visto pela última vez às 3h de domingo, quando deixou, sem portar telefone celular e documentos pessoais, o prédio em que reside, no setor Jardim Goiás, em Goiânia. Desde então sem contato com o comandante, o clube rubro-negro registrou o caso na Deic no início da tarde desta segunda-feira, por volta de 14h.

Após coletiva no CT do Dragão, na qual a diretoria oficializou à imprensa o desaparecimento, Marcelo Cabo chegou a ser visto em seu prédio por volta das 15h48 desta segunda. No entanto, permaneceu no local por poucos minutos e desapareceu novamente. Segundo disseram  funcionários do condomínio à Polícia e membros do Atlético-GO, ele não estava machucado nem com marcas de sangue. Porém, aparentava estar um pouco "grogue". Às 20h40, a assessoria de imprensa da Polícia Civil fez o comunicado de que ele havia sido localizado.

Carreira
Natural do Rio de Janeiro, Marcelo Cabo tem 50 anos. Ele chegou ao Atlético-GO em 2016 e comandou o time na conquista do título da Série B do Campeonato Brasileiro. Foram 38 jogos, com 22 vitórias, 10 empates e seis derrotas à frente do Dragão. Ao longo da competição, o treinador fez trabalho consistente e foi um dos responsáveis pela brilhante campanha. 

Cabo iniciou a carreira no Bangu, em 2004. Depois, foi auxiliar de Marcos Paquetá na Arábia Saudita por quatro anos e dirigiu uma equipe nos Emirados Árabes. Ele também foi auxiliar técnico de Jorginho e observador técnico de Dunga na primeira passagem dele pela seleção brasileira.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/go/futebol/times/atletico-go/noticia/2017/01/tecnico-do-atletico-go-marcelo-cabo-e-encontrado-e-esta-bem-diz-policia.html

“NÃO HÁ POSSIBILIDADE” DE DELAÇÕES DESESTABILIZAREM O GOVERNO, DIZ TEMER



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/temer-diz-que-nao-ha-a-menor-possibilidade-de-delacoes-desestabilizarem-seu-governo/


Michel deu entrevista à Reuters



Da Reuters:

O presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira que sua maior preocupação é com o desemprego, mas admitiu que a retomada das contratações pode demorar, já que, mesmo com a esperada recuperação da economia, as empresas têm capacidade ociosa a preencher antes de retomarem contratações.
“Nós temos que nos ater muito à questão do desemprego, essa é a principal preocupação, e isto significa o crescimento da economia”, afirmou o presidente em entrevista à Reuters no Palácio do Planalto. No trimestre encerrado em novembro, último dado disponível, a taxa de desemprego do país estava em 11,9 por cento, atingindo um recorde de 12,1 milhões de pessoas.
Otimista, Temer aposta em uma retomada do crescimento econômico no segundo semestre deste ano, mas admite que não deve haver um retorno das contratações no mesmo ritmo.
“Acho que este ano o país cresce a partir do segundo semestre”, disse. “Mas não vamos também nos iludir que logo agora vamos ter a solução para todos os problemas, por uma razão muito singela: muitas empresas demitiram, mas muitas mantiveram sua capacidade ociosa.”
“Então, quando se retoma o crescimento, num primeiro momento as empresas passam a usar essa capacidade ociosa, o trabalhadores que estão lá, e depois começam as contratações”, acrescentou.
(…)

Em um ano que deve trazer à tona mais delações premiadas da operação Lava Jato, que podem atingir diretamente a base do governo, o presidente tentou não mostrar preocupação com os efeitos que as denúncias possam ter sobre sua administração.
Ao ser questionado se há possibilidade das investigações desestabilizarem seu governo, respondeu: “Zero. Não há a menor possibilidade disso.”
As informações das delações da empreiteira Odebrecht reveladas até agora apontam para diversos acusados de irregularidades, incluindo alguns nomes próximos a Temer, entre eles o ex-ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário-executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, Wellington Moreira Franco. Todos negam envolvimento.
No cenário internacional, Temer descartou que o governo possa ter dificuldades com o mandato do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump. Para o presidente, as relações entre os países são institucionais.
Disse ainda que, embora Trump não tenha assumido, até o momento não está vendo “nenhum gesto que comprometa o investimento norte-americano aqui no Brasil”.

Por que Temer manteve os operadores de Cunha e Geddel na Caixa. Por Joaquim de Carvalho



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-temer-manteve-os-operadores-de-cunha-e-geddel-na-caixa-por-joaquim-de-carvalho/



por : 


Eles
Eles


Pelo menos três nomes que aparecem na investigação da Polícia Federal sobre as traficâncias de Geddel Vieira Lima e Eduardo Cunha na Caixa Econômica Federal continuam em postos chave do banco.
Deusdina dos Reis Pereira era diretora executiva de Fundos de Governo e Loterias, subordinada ao vice-presidente Fábio Cleto, que confessou participar de um esquema de corrupção na Caixa.
Na perícia realizada em um celular de Fábio Cleto, a Polícia Federal encontrou mensagens que comprometem Deusdina, chamada por ele de Dina.
Em maio de 2012, a então diretora participa das negociações para liberar um empréstimo a BR Vias, do Grupo Constantino (da Gol Linhas Aéreas). Liberado o empréstimo, a PF identifica o pagamento de propina através de uma empresa de Lúcio Bolonha Funaro.
Deusdina também aparece em troca de mensagens de Fábio Cleto como responsável pelo levantamento de informações sigilosas sobre contratos da Seara com a Caixa, utilizando senha que era de seu antigo departamento, para repassar a Funaro, apontado como o cobrador de propinas, juntamente com Eduardo Cunha.
Em dezembro do ano passado, quando Eduardo Cunha autorizou a abertura do processo de impeachment, a presidente Dilma Rousseff demitiu Fábio Cleto e Deusdina ficou no seu lugar, interinamente. Com Michel Temer na Presidência, Deusdina foi efetivada na Vice-Presidência de Fundos de Governo e Loterias.
Em agosto de 2012, Roberto Derziê de Sant’Anna era diretor de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, diretamente subordinado a Geddel Vieira Lima numa das vice-presidências do banco.
Na época, Eduardo Cunha estava empenhado na liberação de R$ 50 milhões de reais para outra empresa do Grupo Constantino, a Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários, e reclama, através de mensagem de celular, que Derziê, que ele chama de “Desirre”, não atende o dono da empresa, Henrique Constantino.
“(Derziê) vai ligar para Henrique agora”, responde Geddel, conforme registro encontrado no celular de Eduardo Cunha apreendido pela PF na casa do ex-presidente da Câmara dos Deputados, em dezembro de 2015, cujo conteúdo só agora foi tornado público.
São 17h50 do dia 3 de agosto de 2012 quando Eduardo cobra Geddel. Vinte e sete minutos depois, Geddel tranquiliza Eduardo Cunha:
“Derziê já falou com HC (Henrique Constantino). Estamos falando em 50 m (milhões) da Comport, né? Avançou”. Eduardo Cunha responde: “Ok”.
Roberto Derziê de Sant’Anna já era apontado como homem de confiança de Michel Temer. Tanto que, algum tempo depois, quando Michel Temer assumiu a articulação política de Dilma Rousseff, Derziê deixou a Caixa e foi para o Palácio do Planalto.
Derziê voltou para a Caixa quando Temer disse ter concluído seu trabalho na articulação política.
A ligação de Derziê com Michel Temer ficou mais uma vez evidente no dia 1º de abril de 2016, quando Dilma demitiu o afilhado de Temer na Caixa, em resposta à participação já escancarada do vice-presidente da República na conspiração que derrubou a presidente.
Uma vez no cargo de Dilma, Temer mandou Derziê de volta para a Caixa, num posto de maior relevância, a Vice-Presidência de Governo.
Outro nome apontado como operador de Cunha-Gedel que continua na Caixa Econômica Federal é José Henrique Marques da Costa, na época vice-presidente de Atendimento e Distribuição.
Depois de aprovada a liberação de recurso do FI-FGTS para o grupo J&F, dono de marcas famosas como a Friboi, Havaiana, Vigor e Banco Original, José Henrique estaria “ensebando” para assinar o contrato.
Eduardo Cunha aciona Geddel e depois Funaro, que teria ascendência sobre José Henrique. Conforme fica claro na troca de mensagens, conseguem a assinatura.
Alguns dias depois, Funaro manda mensagem para Cunha e diz que se encontraria com José Henrique. Funaro diz que ainda não tinha visto qual era a “taxa” de Henrique.
José Henrique foi mantido por Michel Temer na Caixa Econômica Federal. Na área dele, a única alteração foi o nome da Vice-Presidência. Era Atendimento e Distribuição, passou a se chamar Varejo e Atendimento.
Como classificar a ação desse grupo que têm na linha de frente Geddel, Cunha, Cleto e Funaro?
A comunicação entre eles é pelo Blackberry, a marca de celular conhecida pelos policiais como a preferida, por exemplo, de narcotraficantes. É que o sistema de mensagens do Blackberry era considerado até um tempo atrás à prova de grampos.
Tanto que, nas reportagens que fiz sobre o Helicoca, soube que os traficantes envolvidos no episódio utilizavam Blackberry e que, 2014, um grupo de policiais federais teria visitado a sede da fábrica, no Canadá, para tentar encontrar uma forma de grampear as mensagens.
Teriam tido êxito nessa viagem. Tanto que, em razão disso, teriam monitorado os traficantes até conseguir o flagrante numa fazenda do Espírito Santo, onde um helicóptero de propriedade do senador Zezé Perrella foi apreendido, com 445 quilos de cocaína.
Mas o conteúdo do Blackberry de Cunha só se tornou público porque ele não apagou as mensagens, mesmo três anos depois, quando o aparelho foi apreendido na sua casa.
Esse “descuido” tem alimentado especulações (por enquanto, apenas especulações) de que Cunha fez isso propositalmente, para despertar na Polícia Federal e na Procuradoria Geral da República o interesse por uma delação premiada dele.
O que o conteúdo das mensagens revela é uma dupla — Cunha e Geddel — atuante nos pleitos em favor de grandes empresários.
Quando se compara essa ação ao resultado de outras investigações, que mostram transferência de recurso para Funaro, que não ocupa cargo no governo, não há margem para dúvida: o negócio deles é corrupção, utilizando, para isso, um banco que administra o dinheiro dos trabalhadores.
Mas nem Cunha nem Geddel se comportam, um em relação ao outro, como chefe. No dia 5 de setembro de 2012, os dois combinam um encontro num hotel em São Paulo, que ocorreria no dia seguinte. Mas nenhum deles irá pessoalmente. Enviarão representantes.
Altair, o representante de Cunha, ficará hospedado no apartamento 1302 do Clarion da rua Jerônimo da Veiga, Itaim Paulista. Gustavo, o homem de Geddel, chegará a São Paulo de avião e depois voltará de ônibus, e, seguindo instruções de Cunha, não deverá chegar ao hotel de carro, pois Altair o levará até a rodoviária no carro de Cunha, que já estava em São Paulo.
“Não precisa ir de carro, ok?”, avisa Cunha.
“Entendido. Maravilha”, responde Geddel.
Por que chegar de avião a São Paulo e voltar de ônibus? Por que não ir de carro até o hotel, para ser levado à rodoviária no carro de Cunha?
Segundo a PF, a encomenda de Geddel seria dinheiro. E depois de flagrantes de numerário em cueca e calcinha ou em malas despachadas de avião, ônibus se tornou mais seguro para esse tipo de transporte.
E Cunha, insistindo que o emissário de Geddel não fosse de carro, estava provavelmente querendo dizer que a encomenda já estava no seu porta-malas. Geddel entendeu: “Maravilha.”
O padrão é o mesmo do tráfico, que, em algumas circunstâncias, evita o transporte em avião de carreira.
“Vc mandar um cara la c volta da forma de sexta passada”, instrui Cunha, numa evidência de que não era a primeira operação desse tipo.
A rigor, Cunha não se reporta como chefe nem a Funaro, o operador do esquema. Tanto que Cunha pergunta ao operador quando sairá a taxa dele, Funaro, e do Chico (este é o único pseudônimo para o qual a investigação da Polícia Federal não apresenta resposta).
Quem será o Chico?
Na conversa com Funaro, Cunha se apresenta como uma espécie de intermediário. “Tenho que atender as demandas de todos e ne$ (ele usa cifrão no lugar do m) Coliseu aguenta”, afirma.
Em outro momento, com Geddel, Cunha discute como atender o pastor Everaldo, presidente do PSC. É época de campanha para a prefeitura de 2012 e, em linguagem cifrada, segundo a PF, falam em transferências oficiais e via caixa 2 para o partido do pastor, aliado de Cunha.
Cunha pergunta:
“É para resolver algo para o PSC? Tão me perturbando”.
Geddel responde:
“Converso amanhã qdo vc chegar, eles estão me perturbando também, mas preciso fazer um balanço com vc.  Qdo chegar, me avise”.
Cunha argumenta:
“Mas é melhor soltar algo, eu solto sexta para aliviar, tão apertados.”
Geddel observa:
“Preciso saber como anda o fluxo. Se eles estão apertados, imagina seu amigo tocando aquela zorra toda”.
Antes dessa mensagem, há outra, em que Geddel informa ter resolvido uma pendência na Caixa para uma empresa de um sócio de Everaldo.
Também há uma troca de mensagens entre Everaldo e Cunha, em que o pastor cobra a transferência de dinheiro para a Bahia e para São Paulo. Naquela época, o PSC tinha se coligado com o PMDB de Cunha e Geddel nas eleições para a prefeitura em Salvador e São Paulo. Pelo menos em São Paulo, a chapa foi pessoalmente costurada por Michel Temer.
Sem receber o dinheiro que esperava, Everaldo reclama para Cunha:
“Quero te dizer q to muito mal com meu pessoal. Mas, enfim”.
Cunha, surpreendentemente humilde, responde:
“Desculpas, é só o Geddel dar ordem que resolvo sexta”.
Geddel dar ordem? A Cunha?
De onde vem o poder de Geddel? E de Cunha?
Uma pista pode ser encontrada em outro Blackberry apreendido pela Polícia Federal, o de Fábio Cleto, o primeiro a delatar o esquema na Caixa Econômica Federal.
Na conversa, Funaro usa vários pseudônimos: Lucky (1, 2, 3 e assim por diante) e Spin. Cleto se apresenta como Gordon Gekko, aquele personagem interpretado por Michel Douglas no cinema, o inescrupuloso corretor de Wall Street.
Funaro, o Lucky, se comporta como chefe de Cleto, o Gordon Gekko, e reclama de Geddel, com quem havia se desentendido e com quem, aparentemente, tinha cortado relações. Manda Cleto (Gordon Gekko) ligar para ele e agilizar a liberação de um empréstimo ponte para o Grupo Constantino.
Refere-se a Geddel como “porco e um folgado”, como “boka de jacaré p receber e carneirinho para trabalhar”, “reclamação”, E avisa: “agora tenho condição total, se ele me encher o saco, de ir p porrada com ele”.
Spin (Funaro), nas conversas de Geddel, Cunha e Cleto, é chamado de Maluco. Cunha também tem apelidos. Spin e Cleto o chamam de Carlos.
Mas Cunha deu para si outro pseudônimo, para as conversas via Blackberry: Lopes.
Diante do impasse no grupo, para fazer Geddel se movimentar, Maluco (Funaro), numa mensagem a Cleto, entrega quem é o chefe:
“Me faz um favor, liga p Geddel e vê em qual email ele quer que vc passe isso ou pra quem vc entrega que, se ele não resolver, vou fuder ele no Michel”.
Michel Temer era, então, vice-presidente da República.
Presidente, Michel Temer manteve as pessoas do grupo em postos chave da Caixa Econômica Federal, exceto o delator Fábio Cleto. E levou Geddel, o “porco folgado”, para ser seu braço direito no Palácio do Planalto.
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Joaquim de Carvalho
Sobre o Autor
Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquimgilfilho@gmail.com

BRASIL DESPENCA EM DAVOS



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/economia/brasil-despenca-em-davos


Executivos não esperam lucro em 2017...

Trump temer.jpg
Do Globo:
O Brasil despencou no ranking de países nos quais executivos de grandes empresas (CEOs) esperam obter crescimento em seus negócios nos próximos 12 meses. Isso é o que mostra pesquisa feita pela consultoria PricewaterhouseCoopers (PwC) e divulgada nesta segunda-feira em Davos, na Suíça. O documento é tradicionalmente distribuído na véspera da abertura da reunião do Fórum Econômico Mundial (WEF).
O levantamento mostra que, entre 2011 e 2017, o Brasil passou da 3a para a 7a posição entre mercados que animam os CEOs. Há seis anos, 19% dos entrevistados citavam o país como um local no qual esperavam obter crescimento nos negócios. Já na pesquisa deste ano, somente 7% escolheram o mercado brasileiro como uma prioridade.
(...)

OITO MAIS RICOS TÊM PATRIMÔNIO IGUAL AO DE 3,6 BILHÕES DE PESSOAS



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/economia/oito-mais-ricos-tem-patrimonio-igual-ao-de-3-6-bilhoes-de-pessoas



O Capitalismo já era

Aqui dorme uma vida.jpg
Como diz Leonardo Boff, "a Terra ferida pelo Capitalismo não vai aguentar o crescimento infinito do sistema" (Reprodução)
Da Fel-lha:
Oito dos homens mais ricos do mundo concentram o mesmo patrimônio de 3,6 bilhões de pessoas –a metade mais pobre da humanidade, que detém 0,25% da riqueza global líquida.
O dado consta no relatório "Uma economia humana para os 99%", que será divulgado nesta segunda (16), em Davos, na Suíça, e foi elaborado pela Oxfam, entidade que reúne diversas organizações não governamentais,
O documento se baseia nas informações do "Credit Suisse Wealth Report 2016" e na lista de super-ricos da revista "Forbes" e evidencia o aumento da desigualdade econômica extrema.
Segundo o relatório, nunca se produziu tanta riqueza, mas ela se concentra no grupo que compõe o 1% mais rico da população mundial, cuja renda aumentou 182 vezes mais que a dos 10% mais pobres entre 1988 e 2011. Com isso, a entidade estima que o mundo terá seu primeiro trilhardário em apenas 25 anos.
(...)

FMI desmoraliza a Cegonhóloga: 2017, bye-bye



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/economia/fmi-desmoraliza-a-cegonhologa-2017-bye-bye



Crescimento da economia será praticamente zero

Apocalipse.jpg
Do G1:
FMI reduz previsão de alta para o PIB do Brasil em 2017

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista em suas previsões a respeito do desempenho da economia brasileira em 2016 e em 2017. Em relatório divulgado nesta segunda-feira (16), o fundo ampliou a previsão de queda do Produto Interno Bruto (PIB) do ano passado de 3,3% para 3,5% e reduziu a projeção de alta em 2017, de 0,5% para 0,2%. 

Temer não teme a Lava Jato



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/temer-nao-teme-a-lava-jato



Quá, quá quá!


Bessinha Temer.jpg
Do Globo:
O presidente Michel Temer garantiu nesta segunda-feira, em entrevista à agência de notícias “Reuters”, que não há “a menor possibilidade” do seu governo ser desestabilizado pela Operação Lava-Jato.
— Zero. Não há a menor possibilidade disso — declarou.
Temer ainda voltou a negar que será candidato à reeleição em 2018, independentemente de ter bons resultados na economia ou de um pedido do PMDB.
(...)

Tucanos de SP exportaram o PCC



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/politica/tucanos-de-sp-exportaram-pcc-01


"A melhor maneira de acabar com a droga é fechar o Denarc"


LoveTucano.jpg
Por Rogério Gentile, na Fel-lha:
Governo de SP 'exportou' PCC para outros Estados ao transferir presos

A organização criminosa PCC surgiu em 1993 num presídio de segurança máxima de Taubaté, no interior paulista. Cerca de 23 anos depois, possui ramificações em todos os Estados brasileiros, com mais ou menos força.

O crescimento espantoso possui várias explicações, mas não há como ignorar o fato de que ele foi facilitado por uma polêmica política de transferência de presos perigosos. São Paulo exportou o PCC para outras regiões do país.

Segundo o Ministério Público de SP, em outubro de 2014, a facção tinha cerca de 10 mil criminosos afiliados, 26% deles fora do Estado. Hoje, quando trava uma guerra com outras quadrilhas para dominar rotas e monopolizar o tráfico de drogas no país, possui cerca de 21,5 mil "batizados", 64% deles para além da fronteira original.

Os dados são naturalmente imprecisos, dada a óbvia dificuldade para apurá-los, mas incontáveis escutas telefônicas mostram a intenção estratégica da facção de se espalhar pelas cinco regiões do Brasil –o PCC já "batizou" cerca de 3,5% da população carcerária, calculada em torno de 607 mil pessoas. Parece pouco, mas é quase o número total de funcionários da Volkswagen no Brasil.

MIGRAÇÃO

O início do processo de migração do PCC, no entanto, foi estimulado irrefletidamente pelo governo paulista que, na tentativa de desarticular o movimento que ganhava força nos presídios do Estado, transferiu em 1998 os seus cabeças para o Paraná, numa operação cercada de discrição. "O efeito foi o contrário", diz o promotor Lincoln Gakiya, que atua na região Oeste do Estado.

José Márcio Felício, o Geleião, e César Augusto Roris da Silva, o Cesinha, estavam entre os transferidos.

Fundadores do "partido do crime", Geleião e Cesinha incentivaram a criação do Primeiro Comando do Paraná, que logo mostrou sua face com três rebeliões. Atualmente, o Estado é um dos mais importantes braços da organização.

Marcola, o principal chefe da facção, assim como outros "capos", também passeou bastante pelos presídios do país. Esteve no RS, em DF, GO, MG, circulando por várias penitenciárias e disseminando a cartilha do PCC. Em Brasília, por exemplo, criou o PLD (Partido Liberdade e Direito), nome bonito para uma associação que chegou a carbonizar detentos inimigos durante rebeliões.
O PCC é uma das obras monumentais dos 34 anos de domínio da facção PSDB sobre a Província de São Paulo.

Além de exportar o PCC para o resto da América do Sul - onde se materializará o "imperialismo brasileiro através da droga", - os jênios tucanos realizaram, com a ajuda providencial da "teoria da dependência":

• fizeram um acordo com o Marcola na cadeia, para acabar com o controle do PCC sobre a cidade de São Paulo, em 2006, quando morreram 564, entre vítimas inocentes, criminosos e agentes da polícia que matavam criminosos e inocentes;

• proibiram os órgãos do PiG de chamar o PCC de PCC e, sim, de "organização criminosa", o que deixa o espectador da Globo em dúvida: trata-se do PCC ou do PSDB de São Paulo?;

• construíram na "Polícia" um Departamento de Combate à Droga, Denarc, que se imortalizou com a frase do traficante colombiano Abadia: "se quiser acabar com o tráfico, tem que fechar o Denarc".

PHA
Policiais contam cabeças que ainda estão em cima do pescoço - Foto de Frankie Marcone/Futura Press

Lula é bandido! Janot tem que ficar!



FONTE:

https://www.conversaafiada.com.br/brasil/lula-e-bandido-janot-tem-que-ficar_1


É da estirpe do Careca ou do Marcola?
Carca.jpg
O Estadão informou que o Procurador Geral Rodrigo Janot quer o terceiro, o quarto, o quinto mandatos, até o fim dos tempos, até se concluir a Lava Jato e ele, finalmente, suplantar o cachalote e degolar a cabeça do Lula a tempo de pegar a abertura do jn.
Pouco depois dessa grave revelação, o mesmo Estadão desentranha de seus arquivos diálogo de Janot com Eugênio Aragão.
A reportagem de Luiz Maklouf Carvalho trata de antigo assunto, mas, que, agora, com o pleito do Janot, se torna atualíssimo!
Por que o Estadão abriu a gaveta e tirou o diálogo de lá?
Porque Janot merece ficar na PGR o tempo que quiser!
Até degolar o Lula!
Veja o que disse o Janot ao Aragão:

- Você vai para a p… que o pariu… Você acha que esse Lula é um santo? Ele é bandido igual aos outros!


Trata-se, como se vê, do homem certo no lugar certo!
Janot tem que ficar onde está e promover a Justiça, de mãos dadas com aquele que o Belluzzo chamou de “sábio idiota”!
O Janot enche a PGR de orgulho!
E que linguagem!
E que sobriedade!
(Pelo menos nunca se viu cachalote adotar essa linguagem de “batizado” do PCC…)
Em tempo: quando chama o Lula de “bandido”, Janot não esclarece se se trata de alguém da estirpe do Mineirinho, do Santo e do Careca ou do Marcola.
PHA


Antes, o C Af havia publicado:

Mais 2 mortos na caçambinha


Conversa Afiada reproduz artigo do Blog do Esmael Morais:
Não perca a conta: mais 2 presos mortos no Paraná; agora são 118 no país

Mais dois presos foram mortos neste domingo (15) na Penitenciária Estadual de Piraquara I, região metropolitana de Curitiba, elevando para 118 detentos mortos no país em apenas 2 semanas.

De acordo com o Departamento Penitenciário do Paraná, 23 presos fugiram da unidade após explodirem um muro.

A fuga ocorreu diante dos boatos de que o PCC — o Primeiro Comando da Capital — vai apavorar em todos os presídios na próxima terça-feira, 17.

A conta do ilegítimo Michel Temer não para de subir.

Crítica ao sistema prisional brasileiro

Michel Temer, que não tem um plano para conter os massacres. Pelo contrário, aplaude para o público interno, mas tem frouxos intestinais com a repercussão internacional. Portanto, um banana.

Se o Estado não tem condições de garantir a integridade física dos presos, pois bem, soltem-nos. Não é possível um sistema prisional manter 40% presos provisórios, sem julgamento, e outros 25% devido à repressão às drogas cujo potencial ofensivo à sociedade é baixíssimo.

Pela sua formação fascista, a mídia adora a carnificina nos presídios porque não há um branco e rico sequer entre as vitimas. São pretos e pobres, invisíveis aos olhos da sociedade. São alguns a menos a incomodar os abastados. São negócios para os gestores de presídios privados — contribuidores de campanhas.

Beltrame: por que o PCC derrotou o CV



FONTE:
https://www.conversaafiada.com.br/brasil/beltrame-por-que-o-pcc-derrotou-o-cv



O PCC é mais paulista, capitalista, empreendedor

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Foto por Andressa Anholete/AFP. Reprodução: Estadão
José Mariano Beltrame foi Secretário de Segurança do Rio entre 2007 e 2016 e instalou as UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadoras, a mais revolucionária política de combate ao crime realizada no Brasil.
O trabalho foi minado pela falta de políticas sociais e intervenção econômica nas favelas - não adianta dar polícia sem escola, asfalto, lata de lixo e posto de saude...
Beltrame saiu do Governo Pezao antes de saber que seu Governador, Sérgio Cabral e a mulher formavam uma dupla muitas vezes criminosa, os Bonnie & Clyde do Rio.
Beltrame deu entrevista a Cristian Klein, no PiG cheiroso, em que distingue, como ninguém, o PCC do resto das facções que vai, cabeça por cabeça, esmagar:
Para Beltrame, separação de facções é necessária

(...) Valor: A separação de facções deve ser sempre feita?

Beltrame: No nível que chegou, você tem que separar, se não vai dar problema. Você tem hoje facções que são extremamente violentas, que banalizam a vida, como é aqui no Rio o Comando Vermelho, que tem apego nenhum pela vida. E você tem um PCC que é superorganizado, inteligente, sabe trabalhar, que procura as lacunas dos outros, procura se articular. Hoje tomou conta lá do Paraguai. É muito organizado. Jamais vai fazer aliança com o CV porque o CV é muito desorganizado.

Valor: Desorganizado?

Beltrame: Totalmente. Ele é muito bélico, é muito violento. O PCC é isso: é estourar carro-forte, caixa eletrônico e vender armas, drogas e munição. Eles não querem nada ostensivo, não querem aparecer, o que muitas vezes é o contrário de muitas facções, que idolatram armas de fogo, armas de guerra. O PCC não é assim, a não ser que o machuquem nos seus interesses e aí tomam providências um pouco mais radicais. Não querem problema com polícia, procuram não praticar homicídios porque fatalmente vai trazer polícia.

Valor: Alguma pista sobre a origem dessas diferenças?

Beltrame: Na minha concepção, o PCC agiu com muito mais inteligência. Silenciosamente, ele foi vendo onde tinha os meios para ele obter dinheiro, pra ele fazer negócio, e não ficar ostentando arma, ficar andando de motocicleta, cordão de ouro... PCC, não. É grana, é dinheiro.

Valor: Rio é mais ostentação e São Paulo é mais negócio?

Beltrame: São Paulo é mais negócio. Não tenha dúvida. E aqui no Rio é mais o Comando Vermelho. A ADA [Amigos dos Amigos] tem um pouco do perfil do PCC. Inclusive acho que é muito mais fácil o PCC fazer um acordo com a ADA do que com o CV. O Comando Vermelho já tentou vários acertos com outras facções e nunca funcionou, exatamente porque são muito bélicos, inconsequentes, não têm uma cabeça de negócio.