terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Com Jadson no banco, Carille faz mudanças no Timão; veja escalação





COPA DO BRASIL 2017




Meia deve entrar no segundo tempo contra o Brusque, nesta quarta, pela Copa do Brasil. Romero ganha vaga de Jô no ataque. Torcida lota treino na véspera do jogo



Por
Brusque, SC



Treino Corinthians Brusque (Foto: Carlos Augusto Ferrari)Torcida comparece em grande número ao treino do Timão em Brusque (Foto: Carlos Augusto Ferrari)


O técnico Fábio Carille montou o Corinthians com três mudanças para enfrentar o Brusque, nesta quarta-feira, às 21h45, em Santa Catarina, pela segunda fase da Copa do Brasil. A principal alteração feita no treino desta terça-feira, no estádio Augusto Bauer, está no ataque e consequentemente no esquema tático. Romero ganha a vaga de Jô. Relacionado pela primeira vez, o meia Jadson começa a partida no banco.

Depois da boa atuação da equipe no 4-4-2 na vitória por 3 a 2 sobre o Mirassol, pelo Paulistão, Carille decidiu voltar a utilizar o 4-1-4-1, base de seu trabalho desde o início da pré-temporada. Kazim será o jogador mais adiantado.


A escalação é a seguinte: 
Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel; Romero, Fellipe Bastos, Maycon e Léo Jabá; Kazim.

Assim como já havia feito em Poços de Caldas, o Timão optou por abrir o treinamento para a torcida. Cerca de três mil pessoas compareceram ao estádio para ver os jogadores de perto na véspera do confronto. 

– É uma decisão minha (abrir o treino). É interessante ter esse calor da torcida em uma região que o Corinthians praticamente não vem. Retribuir esse carinho também é importante – falou o técnico Fábio Carille.

O lateral-direito Fagner e o zagueiro Balbuena retornam após serem preservados no último sábado em virtude do desgaste físico – Léo Príncipe e Pedro Henrique regressam para o banco de reservas. Romero também havia sido poupado por conta do cansaço, mas entrou no segundo diante em Mirassol.

Treino Corinthians Brusque (Foto: Carlos Augusto Ferrari)
Mais de duas mil pessoas estiveram no último 
treino do Timão antes de enfrentar o Brusque 
(Foto: Carlos Augusto Ferrari)


Sem Rodriguinho, vetado por uma lesão muscular na coxa esquerda sofrida no clássico contra o Palmeiras, o Corinthians não terá nenhum armador como titular. A função caberá aos volantes Maycon e Fellipe Bastos, liberados para se aproximarem de Kazim. Ambos foram elogiados pelo treinador por conta da atuação na última partida.

A expectativa fica por conta da utilização de Jadson. Após mais de duas semanas de treinamentos físicos, o meio-campista foi relacionado pela primeira vez e deve entrar no segundo tempo. O jogador disse na chegada a Brusque que tinha condição de participar dos 90 minutos, mas a comissão técnica optou por segurá-lo para não correr risco de sofrer uma lesão, sobretudo por não atuar desde outubro.
Ao contrário da primeira fase, o Corinthians não tem a vantagem do empate para se classificar. Caso não haja vencedor no tempo normal, a decisão será nos pênaltis. Quem passar pega Avaí ou Luverdense na próxima fase.


Veja as informações da partida:

Próximo adversário: Brusque
Data e local: 29 de fevereiro, no estádio Augusto Bauer, em Brusque-SC
Escalação do Corinthians: 
Cássio, Fagner, Balbuena, Pablo e Guilherme Arana; Gabriel; Romero, Fellipe Bastos, Maycon e Léo Jabá; Kazim.

Escalação do Brusque: 
Rodolpho, João Carlos, Cleyton, Neguette e Carlos Alberto; Mineiro, Boquita, Leílson e Eliomar; Jonatas Belusso e Ricardo Lobo.

Desfalques: Rodriguinho, Guilherme e Marlone 

Arbitragem: Pericles Bassols Pegado Cortes (PE) apita, auxiliado por Marcelino Castro de Nazaré e Bruno Cesar, Chaves Vieira (ambos de PE) 

Transmissão: TV Globo para SP, RS, SC, PR, MG (menos Juiz de Fora), MS, MT, BA, AL, CE e PA menos Santarém (com Cleber Machado, Casagrande e Leonardo Gaciba)

Tempo Real: GloboEsporte.com, a partir das 20h30


FONTE:

VÍDEO: ACM Neto é vaiado e chamado de golpista na saída do bloco Ilê Aiê em Salvador



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http://www.diariodocentrodomundo.com.br/video-acm-neto-e-vaiado-e-chamado-de-golpista-na-saida-do-bloco-ile-aie-em-salvador/


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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

Temer deslocou um exército para impedir fotos da mulher no Carnaval. E se ele vigiasse os amigos assim? Por Kiko Nogueira



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http://www.diariodocentrodomundo.com.br/temer-deslocou-um-exercito-para-impedir-fotos-da-mulher-no-carnaval-e-se-ele-vigiasse-os-amigos-assim-por-kiko-nogueira/


 

Marcela Temer e o marido
Marcela Temer e o marido


Michel Temer foi passar o Carnaval com os seus na Base Naval de Aratu, na Bahia, perto de Salvador, onde toda noite uma multidão pede sua saída.
Foi escalada uma equipe gigantesca de seguranças para fazer o reconhecimento e a proteção do local. Um morro próximo foi isolado.
A casa fica num terreno escondido pelo que restou de Mata Atlântica. A Marinha colocou navios para evitar que embarcações se aproximem. A área cercada é impenetrável.
É mais reservado que Mangaratiba, no Rio de Janeiro, onde os Temer passaram o réveillon. Numa caminhada com a patroa, ele topou com um “Fora Temer” escrito na areia.
Seguiu em frente, fingindo que nada havia acontecido. Depois mandou um estafeta apagar a inscrição. Melhor do que ele mesmo voltar na calada da noite e tirar com os pezinhos.
A mudança de endereço tem uma razão: impedir os paparazzi de fotografar a primeira dama de biquini, maiô, burca ou o que quer que ela vista para ir à praia com Michelzinho, com a mãe, ou sozinha.
Quanto está custando essa operação de guerra?
É pouco provável que Michel consiga relaxar num Rider, fumando seu charuto e acariciando seu golden retriever Thor numa boa.
Seu advogado e parceiro de décadas José Yunes entregou o ministro Eliseu Padilha, para quem serviu como “mula”, José Serra saiu correndo e na quarta feira de cinzas o relator do processo no TSE que pede a cassação da chapa Dilma-Temer, Herman Benjamin, vai interrogar Marcelo Odebrecht.
O Titanic de Michel faz água por todos os lados e os buracos foram causados pelos queridos amigos e aliados, sete deles demitidos do governo.
E se ele tivesse com esses antigos companheiros o mesmo zelo que demonstra para com a mulher? E se eles fossem vigiados como ela? E se tivessem que apresentar o mesmo decoro?
Ali na capital baiana, a minutos de viagem, está o edifício de luxo de Geddel, cuja construção Temer tentou facilitar praticando a chamada advocacia administrativa, que em português é uma violação da coisa pública.
Geddelzinho pode tudo, Padilha idem, inclusive levar grana por aí, Cunha é premiado com um chegado no Ministério da Justiça, Moreira recebe foro privilegiado, Jucá quer perpetuar o foro privilegiado — todos eles brincam à vontade amparados na licenciosidade de tio Michel.
Marcela não.
Um exército é destacado para que ela não seja fotografada em trajes de banho.
Isso não é para protegê-la, ou à sua “honra”, mas ao seu marido. Não é a intimidade dela que ele está tentando preservar, mas a dele, a do coronel, em seu código moral próprio.
A turma de Michel assalta os cofres públicos na maior, sem ser incomodada pelo chefe. Muito pelo contrário. Ele demite a contragosto, passando a mão na cabeça.
Marcela, desde o golpe, não vai mais à manicure no shooping, não leva o cão para passear e, agora, soldados a mantêm encastelada.
Ela sabe que este pode ser seu derradeiro Carnaval como primeira dama. Seria diferente se seu digníssimo esposo tivesse tomado conta de sua gangue como toma dela.
O Brasil paga a suruba dos meninos.
Segurança na Base Naval de Aratu, na Bahia
Segurança na Base Naval de Aratu, na Bahia

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O habeas corpus do goleiro Bruno no país do cinismo. Por Nathali Macedo



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Eliza Samúdio
Eliza Samúdio


O ex-goleiro do flamengo, Bruno Fernandes, condenado a mais de vinte e três anos de prisão pela morte de sua ex-namorada Eliza Samudio – na época, apurou-se que seu corpo fora jogado aos cachorros – foi agraciado por um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello.
O principal argumento que embasa a decisão é a impossibilidade de postergação de uma prisão de natureza provisória. Em outras palavras, para Marco Aurélio Mello, um feminicida já condenado merece ser solto em razão da demora na apreciação de seu recurso de apelação – o famigerado habeas corpus por excesso de prazo, que, é bom ressaltar, não funciona no Brasil para os pobres mortais.
O que Marco Aurélio finge não lembrar é que o Brasil é o país das prisões provisórias que se arrastam pelos anos como se fossem condenações. É que gente preta, pobre e favelada permanece presa por anos sem sequer uma primeira audiência – muito menos sentença condenatória – e o STF nada faz a respeito, porque está seriamente ocupado concedendo habeas corpus a estupradores – alô, Gilmar Mendes! – e feminicidas, como é o caso.
Não fosse Bruno Fernandes o ex-goleiro do flamengo, a sensibilidade e senso de justiça de Marco Aurélio Mello certamente não lhe sorririam, como não sorriem para os milhões de presos provisórios no Brasil.
Somos, de fato, o país do cinismo: temos um STF que mantém milhões de presos esquecidos em celas imundas sem sequer serem ouvidos em juízo, mas concede habeas corpus a um feminicida já condenado para evitar a postergação de uma prisão “provisória” (se houve condenação, tecnicamente não se trata de prisão provisória, e o ministro certamente sabe disso).
O fato é que estamos a anos luz de um tempo em que crimes cometidos contra mulheres – e negros, e LGBTs, e transexuais, e minorias em geral – sejam de fato levados a sério.
Condenações por estupros e feminicídios não são capazes de arruinar a vida dos condenados, como deveriam, porque inclusive os julgamentos morais pesam menos sobre os homens.
Arrisco dizer, inclusive, que não tarda para que Bruno seja contratado por um clube brasileiro e siga sua vida tranquilamente, como seguem todos os estupradores, feminicidas e assediadores, especialmente os famosos, que conhecemos: Bertolucci, Woody Allen, Johnny Depp e, agora mais perto de nós, os músicos da banda baiana New Hit, condenados por estupro de duas menores e que agora integram a banda do vereador soteropolitano Igor Kannario.
Nosso apelo “machistas não passarão” não pode ser calado, mas, a cada dia, é transformado em um grito vazio de ilusão. A verdade, por mais que nos doa admitir, é que machistas têm passado sim – e têm passado muito bem.
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Nathali Macedo
Sobre o Autor
Colunista, autora do livro "As Mulheres que Possuo", feminista, poetisa, aspirante a advogada e editora do portal Ingênua. Canta blues nas horas vagas.

O STF lavará as mãos como Pilatos ou tomará vergonha na cara? Por Eugênio Aragão



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Yunes e Temer
Yunes e Temer


POR EUGÊNIO ARAGÃO, ex-monistro da Justiça.

As frações de informação tornadas públicas na entrevista do advogado José Yunes, insistentemente apresentado pelos esbulhadores do Palácio do Planalto como desconhecido de Michel Temer, embrulham o estômago, causam ânsia de vômito em qualquer pessoa normal, medianamente decente.
Conclui-se que Temer e sua cambada prepararam a traição à Presidenta Dilma Vana Rousseff bem antes das eleições de 2014. A aliança entre o hoje sedizente presidente e o correntista suíço Eduardo Cunha existia já em maio daquele ano, quando o primeiro recebeu no Palácio do Jaburu, na companhia cúmplice de Eliseu Padilha, o Sr. Marcelo Odebrecht, para solicitar-lhe a módica quantia de 10 milhões de reais.
Não para financiar as eleições presidenciais, mas, ao menos em parte, para garantir o voto de 140 parlamentares, que dariam a Eduardo Cunha a presidência da Câmara dos Deputados, passo imprescindível na rota da conspiração para derrubar Dilma.
Temer armou cedo o golpe que lhe daria o que nunca obteria em uma disputa democrática: o mandato de Presidente da República. Definitivamente, esse sujeitinho não foi feitopara a democracia. É um gnomo feio, incapaz de encantar multidões, sem ideias, sem concepções, sem voto, mas com elevada dose de inveja e vaidade. Para tomar a si o que não é seu, age à sorrelfa, à imagem e semelhança de Smeágol, o destroncado monstrengo do épico “O Senhor dos Anéis”.
Muito ainda saberemos sobre o mais vergonhoso episódio da história republicana brasileira, protagonizado por jagunços da política, gente sem caráter e vergonha na cara, que só conseguiu seu intento porque a sociedade estava debilitada, polarizada no ódio plantado pela mídia comercial e reverberado com afinco nas redes sociais, com a inestimável mãozinha de carreiras da elite do serviço público.
O resultado está aí: o fim de um projeto nacional e soberano de desenvolvimento sustentável e inclusivo. A mais profunda crise econômica que o país já experimentou. A desconstrução do pouco de solidariedade que nosso Estado já prestou aos mais necessitados.
A troca do interesse da maioria pela mesquinhez gananciosa e ambiciosa daminoria que, “em nome do PIB” ou “do mercado”, se deu o direito de rasgar os votos de 54 milhões de brasileiras e brasileiros. Rasgaram-nos pela fraude e pelo corrompimento das instituições, com o único escopo de liquidar os ativos nacionais e fazer dinheiro rápido e farto, como na privatização de FHC. Dinheiro que o cidadãonunca verá.
É assim que se despedaça e trucida a democracia: dando o poder a quem perdeu as eleições, garantindo aos derrotados uma fatia gigantesca do governo usurpado e até a nomeação de um dos seus para o STF, para assegurar vida mansa a quem tem dívidas com a justiça. A piscadela de Alexandre de Moraes a Edison Lobão, na CCJ, diz tudo.
Assistiremos a tudo isso sem nenhum sentimento de pudor?
A essa altura dos acontecimentos, o STF e a PGR só podem insistir na tese da “regularidade formal” do impedimento da Presidenta Dilma Roussef com a descarada hipocrisiadefinida por Voltaire como “cortesia dos covardes”.
Caiu o véu da mentira. Não há mais como negar: o golpe foi comprado e a compra negociada cedinho, ainda no primeiro mandato de Dilma. O golpe foi dado com uma facada nas costas, desferida por quem deveria portar-se com discreta lealdade diante da companheira de chapa. O Judas revelado está.
E os guardiões da Constituição? Lavarão as mãos como Pilatos – ou tomarão vergonha na cara?
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Não adiantou tentar esconder: o “Fora Temer” invadiu a Globo no Carnaval. Por Kiko Nogueira



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O hit do Carnaval
O hit do Carnaval


O Carnaval de 2017 ficará marcado como aquele em que os blocos superaram definitivamente em espontaneidade, criatividade, público e espírito o desfile das escolas de samba e grandes trios elétricos.
Fica cada vez mais claro que a festa nas ruas é muito mais divertida que as paquidérmicas demonstrações de Beija Flor, Gaviões e afins, afogadas em corrupção, com sempre o mesmo samba enredo nonsense, as mesmas estrelas de TV, as homenagens absurdas (ano passado a um ditador africano, este ano a Ivete Sangalo) atreladas a pacotes publicitários.
Com toda a jequice e a dinheirama, carros alegóricos ainda conseguem causar desastres na avenida. Aquilo é a CBF no tamborim.
As ruas têm o pulso do país. E o grito que ecoou foi “Fora Temer”.
De norte a sul, em São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Salvador, os foliões cantaram o pé na bunda do presidente em ritmo de marchinha, dos tambores do Olodum, do que estivesse tocando.
O jornal San Francisco Chronicle noticiou. O inglês The Guardian noticiou.
A Globo tentou esconder, mas foi atropelada pelos fatos em sua cobertura ininterrupta e insuportável da folia de Momo.
Embora ignorando o assunto no noticiário, que se resumiu às velhas matérias idiotas do gênero “a festa não tem hora para acabar”, foi impossível conter as pessoas ao vivo.
Os pobres coitados dos repórteres obrigados a entrevistar gente bêbada não conseguiram driblar o “Fora Temer”.
Do turista “escocês” em Caraguatatuba (tão escocês quanto uma garrafa de Old Eight), ao cantor que pegou o microfone da emissora e encaixou um protesto no meio da canção, o “Fora Temer” se recusou a ser atirado para debaixo do tapete.
Como diz aquele frevo de Caetano Veloso, “Deus e o Diabo”, que Gal Costa gravou nos anos 70: “Você tenha ou não tenha medo, nego, nega, o carnaval chegou/ Mais cedo ou mais tarde acabo/ de cabo a rabo/ com esta transação de pavor”.
Duro é se conter para não fazer aquela piada da Mangueira entrando na avenida.
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A construção da candidatura de Lula ganhará novo fôlego após a quarta-feira de cinzas. Por Paulo Moreira Leite



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Publicado no 247.
POR PAULO MOREIRA LEITE

No Brasil que transformou o Carnaval de 2017 num protesto inesquecível contra Michel Temer, o esforço para construir a candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva ganhará novo fôlego após a Quarta-Feira de Cinzas.
Estimulado por personalidades ligadas à resistência democrática, a começar por Chico Buarque e Leonardo Boff, em conversas reservadas ocorridas nos últimos dias, Lula tem deixado claro que está inteiramente convencido de que deve assumir de uma vez por todas a candidatura a presidente da República na sucessão de Michel Temer.
Quando os interlocutores perguntam se estaria disposto a voltar à presidência do Partido dos Trabalhadores, que em 2017 enfrenta a mais grave crise em quase 40 anos de  história, a resposta de Lula tem sido um não categórico. Ele deixa claro que compreende a necessidade de  ocupar cargos na direção do partido e participar dos debates essenciais que irão ocorrer antes e depois do próximo Congresso, a realizar-se em junho.
Mas, com a autoridade de quem lidera todas as pesquisas eleitorais, em função do reconhecimento popular pelas políticas econômicas favoráveis ao crescimento e distribuição de renda associadas a seu governo, o compromisso é concentrar-se na candidatura presidencial e discutir propostas que possam ajudar o Brasil a vencer a pavorosa crise — econômica, social, política — em que se encontra. A ideia central, aqui, é debater com urgência propostas de crescimento, visto como eixo que deve centralizar as preocupações com os destinos — próximos e remotos — dos brasileiros.
Dias atrás, a economista Laura Tavares levou a Lula dados sobre a Previdência que confirmam uma verdade fundamental no principal debate político dos próximos meses, tanto no Congresso como nos sindicatos e na casa de cada família de trabalhadores. Os números mostram que a saúde financeira de nosso sistema público de aposentadorias não envolve uma discussão no vazio de especialistas e consultores alinhados,  mas alimenta-se de um componente essencial — o comportamento da economia. Assim, nos anos de crescimento e ampliação do emprego com carteira assinada, a Previdência ganhou uma contabilidade saudável e até produziu receitas superiores a seus gastos.
Já nos períodos de recessão, perda de empregos e isenções de contribuições, tragédia acentuada com o desemprego recorde após  o golpe, ocorreu aquilo que até uma criança poderia imaginar — os números se tornaram negativos. A ideia é deixar claro que essa realidade não constitui nenhuma surpresa mas permite reafirmar uma noção que Lula estabeleceu durante em seus oito anos de mandato: um  país como o Brasil não tem alternativa além de crescer, crescer  ou crescer.
No ambiente de dúvidas imensas que alimentam a conjuntura política de 2017, que envolvem inclusive a  capacidade de sobrevivência de Michel Temer até 2018, o debate sobre o lançamento da candidatura Lula se apoia numa visão sobre o golpe parlamentar de agosto de 2016, partilhada por dirigentes e quadros experimentados do PT e dos movimentos sociais que têm participado de muitas conversas.
A análise é que a partir de maio de 2016, quando a Câmara aprovou o afastamento de Dilma, entrou em movimento um golpe que não se reduz a um lance único, mas deve ser compreendido como uma sequencia de operações destinadas a construir um estado de exceção. Desse ponto de vista, toda avaliação sobre o papel político de Lula na conjuntura só pode ser compreendido em acordo com a visão das partes interessadas.
Para os aliados de Temer e demais beneficiários do golpe, não apenas no universo político, mas também na República de Curitiba, Lula é o principal entrave para a consolidação do novo estado de coisas. Numa comparação que este blogueiro já explicitou em artigos anteriores neste espaço, em 2017  Lula tornou-se um personagem que,  a exemplo de Juscelino Kubitschek em 1964, encontra-se no ponto de encruzilhada do momento político.
Caso Lula seja removido de cena à força — como ocorreu com JK, cassado dois meses depois da queda de Goulart — a evolução política irá avançar  em direção ao enfraquecimento ainda maior da resistência democrática ao mais radical projeto conservador em curso no país desde o fim da República Velha, em 1930.
Caso tenha seus direitos políticos preservados, e, como candidato, possa fazer o debate sobre os rumos do país, expressando uma visão legítima, apoiada por uma parcela respeitável da população — a mesma que assegurou  quatro vitórias consecutivas em eleições presidenciais, feito raro em qualquer democracia moderna –, a evolução será em outra direção.
Não é preciso confundir as coisas. O que se trata, como prioridade, é impedir um veto a sua candidatura — no estilo que, em 1955, os adversários quiseram impor a JK, alvo de sucessivas maquinações antes, durante e depois de uma vitória clara nas urnas. Caso uma eventual candidatura de Lula não seja vitoriosa nas urnas, hipótese prevista em toda disputa eleitoral digna desse nome, a preservação de seus direitos políticos representa a continuidade da democracia nascida com a carta de 1988, que criou o mais amplo regime de liberdades desde a Independência, que  assegura o respeito absoluto a liberdade de expressão e de opinião.
Essa convicção — de que um veto a Lula é absolutamente inaceitável — contribui para o desgaste de Ciro Gomes junto a diversos interlocutores do presidente. Sem deixar de reconhecer o comportamento leal que Ciro demonstrou em vários momentos, inclusive na AP 470, eles avaliam que Ciro só conforta os adversários do campo político à esquerda quando diz que a candidatura de Lula é um “desserviço” ao país.
Para começar, é uma postura que não o aproxima de eleitores do PT, que, obviamente não acham que a candidatura Lula faz mal ao Brasil. Outro problema é que não consegue dar ao próprio Ciro um traço essencial a toda liderança política, em particular numa situação de beira de abismo — a capacidade de colocar-se acima de projetos pessoais.
Um dado animador para a campanha de Lula reside na temperatura política interna do PT. Guardiã da memória do partido e sua principal fonte de energia nas horas difíceis da luta política, a militância tem ensaiado um movimento rumo às próprias raízes, a partir de um balanço crítico do golpe e dos erros cometidos no governo e no Congresso.
Uma amostra desse novo momento tornou-se visível quando a bancada de deputados foi forçada a renunciar a uma aliança com Rodrigo Maia para a presidência da Câmara, sendo levada a apoiar uma candidatura de oposição a Temer. Não se trata de um gesto isolado, mas de uma nova melodia, que contraria a postura que se verificava em tempos recentes.
O preço cobrado por 13 anos consecutivos de governo federal, somados ao impressionante conjunto de prefeituras conquistadas e acumuladas, foi um esvaziamento do partido, que perdeu quadros e dirigentes para as funções de Estado. O PT também perdeu autoridade nas discussões políticas, em grande parte monopolizadas por quem se ocupava das funções de governo — ou assumia funções parlamentares.  O golpe contra Dilma, somado ao massacre municipal, modificou essa situação e abriu a necessidade do partido se revalorizar, tornando-se um centro real de discussão e tomada de decisão, o que só irá reforçar sua importância política. O debate sobre a nova direção, tema principal do Congresso, ganha uma importância particular em função disso.

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GRUPO REMANESCENTE DA OPERAÇÃO CONDOR JURA BRASILEIRO DE MORTE




FONTE:
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Jair Krischke atua na localização de militares argentinos e uruguaios foragidos no Brasil





O brasileiro Jair Krischke
O brasileiro Jair Krischke



O fiscal da Corte do Uruguai, Jorge Díaz, que tem funções equivalentes às do procurador Rodrigo Janot no Brasil, encontrou em sua caixa de e-mails uma mensagem com ameaça de morte a ele e a mais 12 pessoas que lutam para que a violação aos direitos humanos que ocorreu durante as ditaduras militares na América do Sul sejam investigadas e os acusados, processados.
Na lista das pessoas ameaçadas de morte, está o nome de um brasileiro, Jair Krischke.
A notícia foi divulgada no dia 17 de fevereiro pelo site de notícias e análises políticas uruguaio Brecha, veículo que, no passado, quando era um semanário impresso, teve o escritor Eduardo Galeano como editor-chefe.
No Uruguai, a notícia repercutiu até em programas de rádio, com um debate sobre as atividades de grupos remanescentes da ditadura.
O jornal espanhol El Pais também noticiou a ameaça de morte. Mas, no Brasil, até agora, silêncio absoluto. O brasileiro Krischke, um dos ameaçados, é o líder do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Brasil, com sede em Porto Alegre.
No auge das ditaduras na América do Sul, Krischke ajudou a encontrar refúgio para perseguidos políticos de todo o continente.
Contatado pelo Diário do Centro do Mundo, Krischke diz que pediu providências ao consulado do Uruguai em Porto Alegre e foi informado de que, de fato, existe a mensagem com o nome de jurados de morte e que ele está na lista.
Agora, Krischke quer levar o tema para a Comissão de Direitos Humanos da OEA.
“Não vou dizer que não tenho medo, mas temos que enfrentar essa situação e descobrir onde e como esses grupos ainda se mantêm em atividade”, afirmou Krischke.
A investigação no Uruguai esbarrou numa primeira dificuldade: o e-mail partiu de uma conta usada no sistema de internet conhecido como Tor, que mantém seus usuários no anonimato.
Aos 77 anos, casado, cinco filhos, proprietário de uma loja que herdou do pai em Porto Alegre, Krischke é respeitado internacionalmente por sua luta em defesa dos perseguidos pela ditadura e pela punição aos envolvidos em casos de tortura.
Com o fim das ditaduras militares, Krischke teve atuação decisiva na localização de militares argentinos e uruguaios processados em seus países e foragidos no Brasil.
Filho de alemão, Krischke tem uma atuação parecida com as atividades de judeus que buscaram ao redor do mundo nazistas  acusados de crime contra a humanidade.
Graças ao seu empenho pessoal, o general uruguaio Manuel Cordero foi localizado há alguns anos em Santana do Livramento e extraditado para a Argentina, onde foi processado pelo crime de tortura dentro da Operação Condor, rede que uniu ditaduras militares da América do Sul, inclusive a brasileira, na perseguição e repressão a opositores do regime.
Cordero, que servia no Uruguai e fez intercâmbio nos porões de Buenos Aires, foi condenado a 25 anos de prisão e, já idoso, deve morrer na cadeia.
Krischke também teve atuação decisiva na localização de outro militar uruguaio envolvido na Operação Condor, o coronel Pedro Antonio Mato Narbondo, que fugiu para o Brasil depois de processado em Montevideo.
Ele também morava em Santana do Livramento, com nome ligeiramente alterado. No processo em que obteve cidadania brasileira, por ser filho de brasileira e casado com uma brasileira, passou a assinar Pedro Antonio Narbondo Mato.
A Itália, que investiga a Operação Condor há quase 20 anos, pediu a extradição do coronel uruguaio e, por pouco, ele não escapou.
O ministro Marco Aurélio Mello, invocando princípio da lei da anistia, negou a extradição, mas foi voto vencido e Narbondo Mato ou Mato Narbondo poderá ser extraditado.
No momento, o coronel Narbondo cumpre prisão domiciliar no Brasil – o que, na opinião de Krischke, é um absurdo, já que o expediente da prisão domiciliar não se aplicaria a um caso de extradição.

O general Barneix, em cujo nome chegou a ameaça, se suicidou em casa
O general Barneix, em cujo nome chegou a ameaça, se suicidou em casa

Krischke já esteve na Itália e em Buenos Aires para prestar depoimentos sobre a ação dos militares envolvidos em tortura. Também ajudou na localização do filho de uma militante argentina entregue para a adoção depois que sua mãe lhe deu à luz.
Na preservação da memória do terror de Estado, Krischke implantou na cidade de Porto Alegre, em convênio com a prefeitura da cidade, um projeto que identifica com uma pedra na calçada os imóveis utilizados para violação de direitos humanos, como casas de tortura.
Atitude parecida existe na Alemanha, para que o passado não enterre o horror do nazismo.
Esse projeto resultou num “convite” para que conversasse com dois militares de alta patente do Sul a respeito do que pretendia com a colocação das pedras.
“O senhor não vai colocar pedras no meu quartel, vai?”, perguntou um deles.
“Eu não sabia que o senhor era dono de quartéis. Pensei que fossem da República”, respondeu.
A conversa se estendeu das 19 horas até 1 da madrugada. Krischke explicou que sua ação não era contra os militares, mas em defesa da dignidade humana.
Ele prefere manter o nome dos militares de alta patente em sigilo, dado o caráter informal da conversa, mas cita o encontro para demonstrar que os militares estão ativos na defesa do que fizeram quando governaram o Brasil. Não foram colocadas pedras na frente dos quartéis.
Segundo Krischke, os militares ainda têm atuação decisiva nos países do Cone Sul – menos na Argentina, mais no Brasil, no Uruguai e no Chile. A diferença em relação à Argentina e ao Uruguai é que lá as ditaduras militares são temas de debates abertos, enquanto, no Brasil, o assunto permanece quase como tabu.
Foi nas ações de trazer ao presente as memórias do passado – para que nunca mais se repitam erros – que se encontra a origem da ameaça de morte agora investigada no Uruguai.
O grupo que enviou a mensagem ao procurador Jorge Díaz se intitulou Comando General Pedro Barneix. O nome do grupo é uma referência ao oficial que se suicidou em setembro de 2015, quando seria preso, por ordem judicial, pelo envolvimento na tortura e morte do militante de esquerda Aldo Perrini, em 1974.
Barneix era então um jovem tenente do Batalhão de Infantaria de Colonia, Uruguai, onde Aldo se encontrava preso.
Barneix teve o nome relacionado ao caso de tortura e morte depois que atuou numa comissão para localizar desaparecidos políticos e foi criticado pelos resultados pífios.
Apesar disso, era considerado um militar de confiança do primeiro governo de Tabaré Vasquez, considerado de esquerda, e foi cotado para assumir o Ministério da Defesa.
Implicado na morte do militante Aldo, o general Barneix foi convocado a depor, mas se recusou. A Justiça, então, mandou busca-lo à força. Quando os policiais estavam na porta de sua casa, se matou com um tiro na cabeça.
Alguns meses depois, o Grupo de Investigação de Arqueologia Forense, que identificava ossadas humanas que poderiam ser de desaparecidos políticos, foi invadido e teve arquivos levados embora.
A polícia ainda não identificou os invasores, mas, com a ameaça de agora, se reforça a suspeita de que seja o mesmo grupo.
Diz a mensagem enviada ao procurador Jorge Díaz: “O suicídio do general Pedro Barneix não ficará impune, nem se aceitará mais nenhum suicídio por processos injustos. Para cada suicídio a partir de agora, mataremos três escolhidos aleatoriamente na seguinte lista (e seguem-se os nomes)”.
A mensagem enviada para a caixa postal do fiscal da Corte do Uruguai é interpretada pelas vítimas da ameaça do Comando General Pedro Barneix como uma evidência de que o ninho da Operação Condor não desapareceu por completo.
E também como prova de que os ovos gestados naquela época se transformaram em serpentes.

Pinochet e Videla
Pinochet e Videla

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Joaquim de Carvalho
Sobre o Autor
Jornalista, com passagem pela Veja, Jornal Nacional, entre outros. joaquimgilfilho@gmail.com