terça-feira, 20 de dezembro de 2016

A Personagem do Ano: Dilma foi um exemplo de força na adversidade. Por Paulo Nogueira



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No Senado: força na adversidade
No Senado: força na adversidade


Nos últimos dois anos celebramos o personagem mais marcante de cada temporada.
É dezembro, e lá vamos nós para mais uma escolha. Não é algo fácil num annus horribilis como foi 2016, em que a democracia foi destruída por uma gangue de homens brancos, ricos e velhos.
É bem mais fácil eleger o pior brasileiro do ano, tantos são os candidatos.
Temer, Aécio, Moro, Dallagnol, FHC, Cunha, Gilmar, cada barão da mídia: é interminável a lista.
Mas façamos um esforço e olhemos para o lado positivo das coisas.
Ninguém, paradoxalmente, brilhou tanto quanto Dilma em 2016. Ganhou na derrota. Triunfou sobre os que, teoricamente, a venceram.

Dilma saiu do impeachment maior do que entrou, ao contrário de seus oponentes.

Comportou-se durante o processo como uma estoica. Suportou, altiva, todos os golpes, como recomendavam (e praticavam) os mestres do estoicismo. Foi e é um exemplo de força na adversidade.
Consumado o golpe, manteve a mesma atitude serena, equilibrada — e firme.
Soube evitar o risco pessoal maior: se deixar tomar pela amargura e pelo ódio.
Recolheu-se, mais uma vez de forma filosófica, à vida simples.
Mora numa casa despojada, em Porto Alegre, onde está perto da filha e dos dois netos pequenos. Dedica-se, ali, ao que diz ser hoje a melhor coisa do mundo: pedalar.
Nas entrevistas que concede, Dilma mostra que soube entender que não havia como evitar a queda diante da trama montada contra ela.
Era coisa demais empurrando-a para fora. Era a mídia, eram os derrotados das urnas, eram Moro e a Lava Jato. Era, enfim, a plutocracia brasileira no que tem de pior: sua ganância desumana que faz sempre do Brasil um campeão da desigualdade social.
Dilma resistiu quanto pôde, mas, sabiamente, aceitou as coisas como elas são.
Passados seis meses do golpe, muita gente vai-se dando conta de que os brasileiros devem um monumental pedido de desculpas a ela.
Numa definição notável, Dilma disse ao jornalista Leonardo Attuch, do 247, que Temer é “menor que o Brasil”.
Sob muitos aspectos, considerando a camarilha que tomou o poder, Dilma é o oposto: maior que este Brasil que temos aí. Mais honesta, mais generosa, mais compassiva, mais sincera, mais igualitária.
Daí nosso reconhecimento como a Personagem do Ano de 2016.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Jucá, a cara escarrada do governo Temer, vendeu o Congresso para a Odebrecht. Por Mauro Donato



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Eles
Eles


Romero Jucá possui uma resiliência digna de Renan Calheiros. Faz e acontece, apronta horrores, é desmascarado, denunciado, afastado e… é o líder do governo no Congresso (o que diz tudo sobre o governo).
Seu nome veio novamente à baila nas delações de Claudio Melo Filho. Segundo o ex-executivo, Jucá foi decisivo em medidas provisórias que beneficiaram a Odebrecht e que renderam aproximadamente R$ 8,4 bi.
Já um clássico entre o empresariado (aquela categoria que historicamente repete ser contra impostos), o chororô da Odebrecht foi agraciado certa vez com a isenção de PIS e Cofins na compra de matéria-prima. A medida 255/2005 ficou conhecida como ‘Lei do Bem’ (!?) e a Odebrecht foi praticamente a redatora da emenda.
Romero Jucá entrou em campo, enterrou a versão anterior e a medida foi aprovada, favorecendo a Braskem, braço petroquímico do grupo. Um ganho, segundo o então presidente da Braskem, Carlos Fadigas, de 3,65% de crédito de PIS e Cofins que resultaram em algo como R$ 6,9 bilhões (em valores atualizados) no período de 2006 a 2015.
Teve mais.
Em 2012, a Odebrecht pressionou o Congresso para a aprovação de uma medida que permitisse a extensão do prazo do fornecimento de energia barata pela Chesf (principal fornecedora de energia no Nordeste, onde a Branskem tem uma de suas principais fábricas). Quem era o relator na época? Renan Calheiros.
“Tentei resolver com ele a questão sobre a renovação desses contratos com a Chesf por via legislativa. O senador Renan endereçou o assuto para Romero Jucá que, depois de longa dedicação, finalmente uma emenda de sua autoria permitia geradores a continuar com os contratos de fornecimento direto aos grandes consumidores do Nordeste”, disse Claudio Melo Filho.
Dilma Rousseff vetou a primeira medida, mas Romero Jucá usou toda sua força política – ele tentou colocar as emendas da Odebrecht em relação aos contratos com a Chesf em nove (!!) medidas provisórias – e conseguiu aprovar a MP 677 que então beneficiou a Braskem na renovação dos contratos. O resultado de tal interferência foi que a Braskem reverteu uma desvalorização de suas ações e seu valor de mercado subiu R$ 1,5 bilhão.
A Odebrecht nasceu na Bahia em 1944 e é a empreiteira que mais cresceu durante a ditadura, segundo relato do historiador e professor do Departamento de História e Relações Internacionais da UFRRJ (Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), Pedro Henrique Campos. De lá pra cá, manteve seus esquemas.
“O Congresso, os partidos e a sociedade civil naquela época (ditadura) não tinham muito poder. Então, a relação era diretamente com os militares, ministros, presidentes de estatais.
Enquanto hoje eles buscam acessar o Poder Legislativo, os partidos, os parlamentares, para conseguir projetos de lei, emendas parlamentares, aprovação de medidas provisórias, para ter acesso às diretorias de estatais, muitas vezes cargos nomeados pelo presidente, mas seguindo indicações de partidos e parlamentares”, disse Campos em entrevista à BBC Brasil.
Romero Jucá, portanto, nada mais é do que um fóssil vivo que perpetua as relações incestuosas da ditadura. Atende ao empresariado e aos interesses da turma que tudo faz para não pagar impostos e que depois exige que o trabahador transpire até os 98 anos de idade pois ‘a previdência está quebrada’.
Esse é o Congresso que deseja substituir indiretamente o posto de presidente da República. O caldo da ditadura não esfriou.

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Sobre o Autor
Jornalista, escritor e fotógrafo nascido em São Paulo.

Longe dos holofotes da imprensa Moro sempre foi MUITO criticado por juristas pelos abusos. Pelo site Justificando



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Recepção a Moro em palestra em Heidelberg, na Alemanha
Recepção a Moro em palestra em Heidelberg, na Alemanha


Do Justificando, site especializado em Justiça:
O juiz Sérgio Moro e os advogados da Defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva travaram discussões em que o magistrado levantou a voz em mais de uma de oportunidade durante as oitivas das testemunhas de acusação do processo movido pelo MPF-PR.
Na grande imprensa, tais fatos foram retratados como se fossem fruto de uma estratégia da Defesa de Lula para desestabilizar e colocar sob suspeição Sérgio Moro. Roberto Veloso, um juiz que preside uma entidade de classe dos magistrados federais, que já foi ao Congresso Nacional defender os salários de magistrados acima do teto constitucional, colega e admirador confesso de Moro, saiu em sua defesa em um jornal carioca.
Longe dos holofotes da imprensa, porém, a verdade é que a postura de Sérgio Moro – e não apenas no processo envolvendo o ex-presidente Lula, mas em toda a sua carreira – sempre foi e vem sendo muito criticada por juristas e operadores do Direito que atuam no âmbito da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde trabalha Moro.
Tome-se o criminalista Alberto Toron, por exemplo, professor licenciado da Faculdade de Direito da USP e ex-presidente da Comissão Nacional de Prerrogativas da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Ele assistiu às imagens do processo de Lula no momento em que o defensor Juarez Cirino dos Santos levanta uma questão de ordem porque o procurador que está interrogando a testemunha passa a pedir a opinião do depoente acerca de fatos que ele presenciou. Cirino, dessa maneira, protesta, visto que a lei proíbe que se peça opinião a uma testemunha, pode-se apenas solicitar que ela narre fatos. Sérgio Moro, então, não apenas rejeita a questão de ordem do defensor, como também levanta a voz e acusa-o de estar desrespeitando o juízo.

“É direito e dever do advogado não apenas falar no momento em que lhe é dada a palavra, mas em todas as oportunidades nas quais ele tiver que protestar contra um ato ou atitude que ele considere violador de direitos e garantias de seu cliente. O juiz não pode cercear essa prerrogativa”, explica o jurista. “A atitude do juiz (Sérgio Moro), no entanto, não me surpreende. Vivi algo semelhante com o mesmo magistrado, em janeiro de 2015, quando ele passou a responder minhas perguntas dirigidas à testemunha, atropelando-a.”
Toron se refere ao episódio ocorrido em fevereiro do ano passado. O advogado fazia perguntas a uma testemunha quando o juiz Sérgio Moro tentou passar a responder por ela, o que gerou o protesto de Toron. Na sequência, há uma discussão entre os dois, em que o advogado afirma que há um sentimento geral entre os operadores do Direito de que Sérgio Moro atua nos processos em parceria com o Ministério Público, e não como um juiz imparcial.
Já o penalista Eduardo Levy Picchetto, da Comissão de Prerrogativas da OAB-SP, explica o motivo que levou o defensor Cirino a se sublevar contra a pergunta opinativa do procurador. Perguntas opinativas são perguntas investigatórias, a serem feitas em outro momento do processo, quando se busca desvendar enredos, e não no momento em que se ouve uma testemunha no tribunal, que está ali exclusivamente para esclarecer fatos. “Essas perguntas investigatórias não podem servir para construir qualquer tipo de prova. A Defesa fez bem em propor impugnações por meio de questões de ordem, já que tais questionamentos não possuem standart probatório, não trazem o rigor de prova necessário, pois são especulativas”, explica o jurista.
Picchetto enxerga uma postura inadequada de Sérgio Moro perante as partes no processo: “Existe um conflito posto entre o magistrado e o advogado de Defesa. O juiz não tem que gostar ou não – muito menos levantar a voz, gritar – diante de uma questão de ordem. Deve enfrenta-la, consignar em ata e dar curso normal ao processo. O rompante do juiz fere o dever de urbanidade que ele deveria sempre observar.”
Para Pedro Serrano, professor de Direito Constitucional da PUC-SP, mestre e doutor em Direito do Estado com pós-doutorado pela Universidade de Lisboa, toda a maneira de proceder processualmente adotada pelo juiz Sérgio Moro se encaixa em um momento atual do fazer jurídico no Brasil que coloca o advogado em posição minorada em relação ao juiz e ao Ministério Público, reduzindo os direitos e garantias individuais do cidadão comum.
“Eu acho que a advocacia no Brasil está em um momento em que vem sendo desrespeitada cotidianamente. O Direito de Defesa estão sendo agredidos e amesquinhados diariamente”, defende o professor. “Não só o juiz Moro procede assim. Há no país uma jurisprudência punitivista, de exceção, que nos leva a ter a quarta maior população aprisionada do mundo”, conclui.
Finalmente, Airton Jacob Gonçalves Filho, advogado criminalista, professor universitário e membro associado ao IDDD (Instituto de Defesa do Direito de Defesa) e ao IBCCrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais), afirma: “Sérgio Moro deveria pedir desculpas ao professor Cirino (defensor de Lula, que também é professor da UFPR, Universidade Federal do Paraná), uma das figuras mais respeitadas no Direito Penal no Brasil.”
De acordo com ele, dentro de um processo penal, o que se busca é garantir uma defesa plena para aqueles que são acusados. O compromisso do advogado jamais é se preocupar em agradar ou desagradar um juiz. “É natural que o advogado faça pedidos ‘pela ordem’, além de ter previsão legal, é o que se espera que faça o advogado, sob o risco do réu ser considerado indefeso. Mas o que realmente existe no caso é algo que vai além. A verdade é que há um conhecido excesso punitivo do juizado da 13ª Vara Federal de Curitiba, que é tristemente conhecido por todos que ali atuam ou já atuaram.”
Na mesma linha de raciocínio, Yuri Felix, professor de Processo Penal da rede de ensino jurídico LFG e ouvidor do IBCCrim afirma que é de conhecimento do mundo jurídico a prática autoritária deste juiz (Sérgio Moro), “prática esta que o grande publico toma consciencia neste momento, mas os operadores do Direito que já conheciam de longa data. Estamos diante de um desrespeito à Constituição Federal, no momento em que a palavra da Defesa é cassada de maneira tão abrupta. Muitos dirão que a Defesa se exaltou por um lado ou outro, mas a Defesa fala em nome da liberdade, e a liberdade é a regra no ordenamento constitucional vigente em nosso país.”
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OS SEIS BRASILEIROS QUE MAIS CONTRIBUÍRAM PARA QUE 2016 FOSSE UM ‘ANNUS HORRIBILIS’ PARA O PAÍS



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A lista VIP do golpismo



Metade da lista está aí
Metade da lista está 


Escrevi outro dia que era mais fácil escolher quem fizera de 2016 um annus horribilis do que quem contribuíra de alguma forma para melhorar o Brasil.
Refleti e achei que seria útil elaborar a lista VIP da ruína brasileira.
Fiz uma triagem severa, ou teríamos um catálogo telefônico. Acabei ficando com seis nomes. Eles estão abaixo.
1) Aécio: tinha que ser o primeiro da lista. O candidato que não soube perder.
Desde que foram anunciados os resultados das eleições de 2014 se dedicou selvagemente a boicotar a vontade expressa pelos brasileiros nas urnas.

Um telefonema seu cumprimentando a adversária vitoriosa e o país não enfrentaria o caos fulgurante destes dias.
Se há algum tipo de justiça poética, Aécio chega a 2017 completamente desmoralizado. Personagem de frequentes delações, seu desempenho nas pesquisas reflete a descoberta, pela sociedade, de que se trata de mais um moralista sem moral.
2) Temer: nunca os brasileiros tiveram um presidente tão inepto, tão medroso, tão inconfiável, tão traiçoeiro, tão impopular, tão desprezado, tão pinguela.
Tão pequeno, enfim. Em tempo recorde Temer se revelou uma enorme, uma formidável desgraça nacional.
Dilma definiu-o magistralmente: um homem menor que o Brasil. Muito menor.
3) Moro: a imagem mais marcante dele do ano é aquela em que aparece na festa da IstoÉ cochichando com Aécio e nas proximidades Temer.
Se não bastassem tantas outras evidências, aquela é a prova irretorquível de que Moro é um juiz sem isenção. E sem noção: deveria saber ao menos que as aparências de imparcialidade devem ser guardadas.
Com sua Lava Jato, ele combateu em 2016 não a corrupção — mas o PT, de um modo geral, e Lula, particularmente.
4) Cunha: dispensa explicações. É o símbolo de um Congresso que se especializou em vender leis para empresas.
Infernizou Dilma. O paradoxo é que enquanto ela vai passar as festas de fim de ano andando de bicicleta em Porto Alegre, perto da filha, dos netos e dos seus livros, Cunha vai ver 2017 nascer quadrado.
5) FHC: é aquela história. Só não me decepciono com FHC porque há muito tempo nada espero dele.
FHC, que na mocidade foi um intelectual de esquerda, acabou fazendo na maturidade uma opção preferencial pelos ricos.
Virou uma espécie de guia, de guru da plutocracia. Numa visão menos benevolente, tornou-se um escravo vulgar do dinheiro.
Arrastou seu PSDB para a direita golpista, uma espécie de réplica da UDN, e fecha 2016 como um dos arquitetos da República das Bananas em que o impeachment transformou o Brasil.
6) João Roberto Marinho: JRM entra na lista como representante dos barões da mídia.
Ele é o responsável pelo conteúdo do grupo Globo. Não sai nada que importe no Jornal Nacional sem que JRM saiba.
A campanha obsessiva contra Lula é filha de João Roberto Marinho. A tentativa de fazer de Moro um heroi nacional é, igualmente, coisa de João Roberto Marinho.
Numa das sentenças mais notáveis de 2016, o jornalista americano Glenn Greenwald, radicado no Brasil, disse jamais ter visto um jornalismo tão tendencioso quanto o brasileiro.
JRM é o principal responsável por isso. Pulitzer, o maior jornalista da história, dizia que o principal dever de um jornal é estar ao lado dos pobres, dos que não têm voz.
Sob o comando da Globo, a imprensa brasileira faz o exato oposto — e poucas vezes isso ficou tão claro quanto neste 2016 que melancolicamente se despede.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Testemunha admite que Lava Jato usou "boatos" contra Lula no caso triplex



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/testemunha-admite-que-lava-jato-usou-boatos-contra-lula-no-caso-triplex







Jornal GGN - Uma testemunha do caso triplex que acompanhou diariamente a reforma do apartamento no Guarujá, que está em nome da OAS, admitiu perante o juiz Sergio Moro que só ouviu "boatos" de que a unidade pertenceria ao ex-presidente Lula, mas não possui qualquer documento que comprove isso.
Esses boatos, segundo a testemunha, vinham sempre de funcionários da limpeza e da zeladoria do condomínio, além de comerciantes do entorno do Solaris, disse Rosivaine Soares, ex-funcionária da Tallento. A empresa foi contratada para fazer uma reforma no triplex que a Lava Jato diz ter sido entregue a Lula como uma forma de pagamento de propina.
Rosivaine admitiu que recebeu o projeto de reforma da OAS e nunca ouviu de nenhum funcionário da empreiteira, ou de qualquer superior seu na Tallento, que a unidade seria do ex-presidente Lula. Mas diante de Moro, ela disse "acreditar" que o apartamento tinha "vínculos" com o ex-presidente, sem que ela pudesse especificar se ele era um cliente em potencial ou proprietário de fato.
A partir dos 23 minutos do vídeo abaixo, a testemunha diz ao advogado de Lula, Cristiano Zanin, que ele está certo em dizer que as afirmativas sobre Lula ser dono do triplex não passam de "boatos da vizinhança".

VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ACINA

Em uma oitiva polêmica, também na semana passada, o ex-zelador do Solaris, Afonso Pinheiro, também admitiu que não possui provas documentais de que Lula seja o dono do triplex. Além disso, ele afirmou que os boatos começaram dentro do Condomínio após visitas da famílai do ex-presidente ao local. Segundo Pinheiro, as corretoras ajudavam a espalhar esse boato para alavancar as vendas de imóveis no local.
Rosivaine disse ainda que acompanhou a visita que Marisa Letícia, ex-primeira-dama, fez ao apartamento com um de seus filhos. Na ocasião, de acordo com a testemunha, dona Marisa ouviu detalhes sobre o que havia sido executado no decorrer das obras.
O juiz Sergio Moro perguntou à testemunha se Marisa demonstrou ter ficado satisfeita com a reforma. "Eu não sei afirmar, Excelência, o que foi dito com detalhes. Mas foi apresentado o que foi feito. Isso foi vistoriado pelos dois [Marisa e Fábio Luis Lula da Silva]."
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