quarta-feira, 2 de novembro de 2016

O QUE SIGNIFICA CUNHA CHAMAR LULA E TEMER COMO TESTEMUNHAS DE DEFESA?



Numa palavra: nada



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-que-significa-cunha-chamar-lula-e-temer-como-testemunhas-de-defesa-por-paulo-nogueira/


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Mais uma das dele
Mais uma das dele



As redes sociais estão alvoroçadas com a notícia de que Cunha convocou Lula e Temer como testemunhas de defesa.
O assunto virou trending topics no twitter. Os internautas fizeram interpretações mirabolantes. Escreveu um, entusiasmado: “Cunha deu uma tacada de mestre ao chamar Temer e Lula para serem suas testemunhas. Quero ver saírem dessa sinuca de bico.”
Outro disse: “Essa foi genial. Ou Temer e Lula defendem o meliante, ou fogem e se ferram com a delação depois.”
Um terceiro decretou: “Com essa Cunha já entrou para a história.”
Estas manifestações — algumas entre tantas — mostram sobretudo a idiotia política de largas porções de brasileiros.
Porque o real significado do gesto de Cunha é: nenhum.
É apenas mais um gesto teatral de Cunha, parecido com as lágrimas vertidas em nome da família quando finalmente perdeu o cargo.
Para efeitos práticos, chamar Lula e Temer seria o mesmo que colocar o Papa Francisco, Mick Jagger ou Donald Trump como testemunhas de defesa.
Mais efetivo, se ele tivesse alguma disposição de elucidar fatos e não simplesmente embaralhá-los, seria convocar para sua defesa o gerente de seu banco na Suíça.
Mas a última coisa que Cunha pretende é jogar luzes onde possa ainda haver sombras. Sua vida tem sido exatamente o oposto: jogar sombras onde deveria haver luzes.
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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.






O procurador exibicionista que quer acabar com o ENEM



FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/o-procurador-exibicionista-que-quer-acabar-com-o-enem






Consolidada pela Constituição de 1988, a autonomia funcional do procurador exige dois pressupostos: atuação sóbria e não abusiva do procurador e fiscalização não-corporativa do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público), inclusive porque comportamento individual indevido afeta a imagem de toda a corporação.
Hoje em dia há dois núcleos ostensivos de desmoralização exibicionista do MPF: o da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão de Goiás, Ailton Benedito de Souza (http://migre.me/vpt8y) e o procurador regional do Ceará, Oscar Costa Filho.
Ayrton é o procurador que intimou o Itamaraty a exigir explicações da Venezuela sobre a cooptação de jovens do Brasil. A operação referia-se à Vila Brasil, em Caracas. Recentemente, quis proibir manifestações políticas em universidades.
Aliás, a indicação de Ayrton para a PRDC de Goiás é a demonstração acabada dos prejuízos que o sistema de eleição direta traz para o MPF. Equivale à indicação do pastor Marcos Feliciano para a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Quem julga que faço blague, que consulte os escritos desse procurador. Candidatar-se a uma função com o objetivo de frustrar seus fins e, no mínimo, uma atitude antiética.
Já Oscar é o procurador de Ceará que tem um caso não resolvido com o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Periodicamente, coloca em sobressalto milhões de estudantes que aguardam, com pedidos de cancelamento das provas.
Jamais conseguiu seu intento. Nos tempos em que a mídia dava espaço a qualquer baboseira contra o governo, aparecia em todos os canais de televisão e em jornais, pontificando sobre seu tema único.
Agora, voltou à carga de novo. Seu argumento é que, como há sinais de que as provas serão adiadas em algumas escolas, não haveria isonomia se outras provas fossem aplicadas em momentos diferentes. Há toda uma metodologia pedagógica que permite aplicar provas distintas com os mesmos níveis de dificuldades. Valeu em outros exames, para aplicação das provas em escolas que enfrentaram problemas.
Todas as vezes, Costa Filho apresenta a mesma argumentação. E todas as vezes a argumentação é derrubada pelos argumentos do Ministério da Educação. E ele volta a insistir afetando, do seu canto em Fortaleza, o estado de espírito de jovens de todo o país.
Não consta até hoje que o CNMP tenha se pronunciado sobre esses abusos, tanto de Ayrton quanto de Costa Filho. No entanto, manifestações como as deles afetam a imagem da corporação nacionalmente, por vezes atrapalham a vida de milhões de pessoas e comprometem o trabalho de todos os procuradores responsáveis, que montam suas carreiras em cima do trabalho discreto.

Xadrez de um Supremo que se apequenou - II


FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/xadrez-de-um-supremo-que-se-apequenou-ii





Um livro pequeno, do jurista italiano Luigi Ferrajoli explica bem porque os Ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) abdicaram de sua posição de defensores da Constituição e o Brasil caminha a passos largos para um modelo político próximo ao do fascismo.
O livro é "Poderes Selvagens - a crise da democracia italiana". Analisa a Itália pós Mãos Limpas e sob Berlusconi. A descrição do processo italiano, sob Berlusconi, é em tudo semelhante ao brasileiro, sob Michel Temer.
O livro está esgotado nas principais livrarias. Alguns Ministros do Supremo escanearam para oferecer o PDF a um público restrito.
Não é pouca coisa.
Ferrajoli é um dos ideólogos na formação de toda uma geração de juristas garantistas brasileiros – os que consideram que a garantia prevista na Constituição deve prevalecer sobre as leis ordinárias. É uma linha à qual se filiavam, em tempos idos, de Carmen Lúcia a Luís Roberto Barroso, de Ricardo Lewandowski e Luiz Edson Fachin. 
Mais do que descrever a Itália de Berlusconi, o livro é quase um réquiem do que está se tornando o Estado de Direito por aqui. Embora não se refira ao Brasil, realça de maneira ampla as contradições do Supremo e o processo de abandono de seu papel constitucional para se curvar ao clamor das turbas que invadiu o país através dos grupos de mídia.

Peça 1 - Como o fascismo de baseou nas maiorias

A parte central do livro é explicar o contraste entre o poder político e o poder constitucional, e de como as Constituições foram sendo reelaboradas para permitir a consolidação democrática – isto é, a expressão de todos os setores, das maiorias às minorias -, definindo freios às maiorias políticas ocasionais, que poderiam interromper as garantias civis.
Para os que saúdam o golpe brasileiro como uma demonstração de vitalidade democrática, um trecho de Ferrajoli:
"O fascismo afundou a democracia e as liberdades fundamentais sem um formal golpe de Estado: tratou-se, de fato, de um golpe na substância, mas não em suas formas, pois as leis fascistas, que fizeram em pedaços o Estado de direito e a representação parlamentar, eram consideradas formalmente válidas, pois votadas pela maioria dos deputados segundo os cânones da democracia política ou formal"

Peça 2 - As Constituições como defesa da democracia

Foi só após a catástrofe do fascismo que houve uma completa revisão dos instrumentos democráticos. E o caminho encontrado foi a Constituição detalhada, ficando acima da legislação ordinária, como forma de garantir a separação dos poderes, a paz, a igualdade e a garantia dos direitos fundamentais, impedindo que maiorias ocasionais colocassem em risco as liberdades democráticas.
 "Foi propriamente por causa dessas trágicas experiências (nazismo, integralismo) que se produziu na Europa, logo após a Segunda Guerra Mundial, uma mudança de paradigma tanto do direito quanto da democracia, por intermédio da constitucionalização daquele e deste. Essa mudança consistiu na sujeição da inteira produção do do direito, incluída a legislação, a normas constitucionais rigidamente sobrepostas a todos os poderes normativos".
Houve uma mudança na relação da política e do direito. Diz ele:
“O direito não ficou mais subordinado à política como instrumento desta, mas é a política que se torna instrumento de atuação do direito, submetidos a vínculos por ela impostos por princípios constitucionais: vínculos negativos como são aqueles gerados pelos direitos de liberdade que não podem ser violados; e vínculos positivos, como são aqueles gerados pelos direitos sociais que devem ser satisfeitos”.
O papel da Constituição, portanto, é garantir os direitos fundamentais. Justamente por isso ela está acima das leis - que necessitam se subordinar aos seus princípios. O país não fica mais à mercê das maiorias ocasionais que, com seu poder de voto, podem desconstruir todos os avanços democráticos.
Ferrajoli separa a dimensão constitucional da dimensão política, criando duas esferas de decisão.
Há a chamada esfera do indecidível, daquilo que não pode ser objeto de deliberação porque incluído nos direitos fundamentais; e a esfera daquilo que não pode não ser decidido, que deve ser objeto de deliberação a partir dos direitos sociais previstos na Constituição.
Se o Congresso não aprova leis que deveriam dar substância aos direitos previstos na Constituição, caberá ao Judiciário – através do Supremo – atuar, preenchendo os vazios.
“As democracias passam a se caracterizar não apenas pela sua dimensão política ou formal, mas também pela dimensão substancial, relativa aos conteúdos das decisões”.
É aqui – e só aqui – que se admite o ativismo do Supremo. É para dar consistência legal aos direitos previstos na Constituição: jamais para revoga-los.
Compare-se esse princípio com a decisão do Supremo de não analisar a substância do impeachment, mas só a forma, para se conferir como os Ministros abdicaram de serem os defensores da Constituição. Não apenas isso, mas permitindo que as leis se sobreponham aos direitos (caso do direito de greve).

Peça 3 - Onde se justifica a judicialização da política

Sob o comando da Constituição, articulam-se as diversas formas de democracia:  a democracia política, assegurada pelas garantias dos direitos políticos; a democracia civil, assegurada pelas garantias dos direitos civis; a democracia liberal, assegurada pelas garantias dos direitos de liberdade e a democracia social, assegurada pelas garantias dos direitos sociais.
"A violação das garantias primárias positivas - mais graves porque estruturais consistindo na falta de instituição, por exemplo, da escola pública ou da assistência à saúde gratuita como garantias dos respectivos direitos sociais - dá lugar a lacunas, isto é, à ausência indevida de leis de atuação, igualmente em contraste com a Constituição e, contudo, não reparável pela via judiciária, mas só pela via legislativa".
O ativismo do Supremo só se justifica, portanto, na defesa dos direitos fundamentais previstos na Constituição. Daí o erro de imaginar que o ativismo em defesa dos direitos fundamentais abriria espaço para o ativismo político contra determinações da Constituição.
A inação do Supremo no episódio do golpe foi uma deformação do seu papel.

Peça 4 – a desconstitucionalização e a volta da barbárie

Depois que se abriram as comportas da desconstitucionalização, a Itália mergulhou em uma orgia política sustentada pela mídia de Berlusconi e pela maioria política.
Ferrajoli descreve leis que deram anistia ao primeiro ministro; leis que negaram aos imigrantes os direitos elementares à saúde, à moradia e à reunião familiar; as medidas demagógicas relativas à segurança, que militarizaram o território, legitimaram as rondas, previram o registro dos sem-tetos e agravaram as penas para a pequena criminalidade de rua; a redução das garantias jurisdicionais dos direitos dos trabalhadores; controle político da informação e da mídia, sobretudo o da televisão.
Completa ele:
“E ainda os cortes na despesa pública relativamente à saúde e educação, a agressão aos sindicatos, precarização do trabalho e, portanto, das condições de vida de milhões de pessoas. Enfim, o projeto de desconstituição, manifestou-se nas propostas de lei destinadas a reduzir a liberdade de imprensa em matéria de interceptações e de direito de greve”.
Alguma semelhança com o Supremo e com o Brasil de Temer?

Peça 5 – a desconstrução da política

Nos antecedentes, os mesmos fatores brasileiros.
A desmoralização da política pelos conflitos de interresse, as formas de corrupção, dos tráficos de influência da política com o mundo das finanças, os lobbies corporativos e - sobretudo - com a grande mídia são fenômenos endêmicos em todos os ordenamentos democráticos, nos quais se torna cada vez mais estreita a relação entre dinheiro, informação e política: dinheiro para fazer política e informação; informação para fazer dinheiro e política; política para fazer dinheiro e informação.
Os partidos se transformaram em entidades feudais, com leis entregando aos seus chefes a indicação de candidatos. Se tornaram instituições paraestatais, gerenciando informalmente a distribuição e o exercício das funções públicas.
Outro fator de crise foi a dissolução da representação com o fim da separação entre partidos e instituições e do papel daqueles como instrumento de mediação representativas das instituições com a sociedade.  Os partidos se tornaram “oligarquias custosas estavelmente colocadas nas instituições representativas e expostas ao máximo à corrupção”.
Esse processo desaguou na operação Mãos Limpas. 

Peça 6 – a liberdade de expressão como direito do jornalista

A parte mais substanciosa do livro é sobre o papel da mídia, a liberdade de imprensa e o direito à informação.
Diz ele:
“Não são mais a informação e a opinião pública que controlam o poder político, mas é o poder político, e ao mesmo tempo econômico, que controla a informação e a formação da opinião pública”.
Nesse ponto, Ferrajoli define uma diferença fundamental entre liberdade de imprensa e liberdade de informação.
“Completamente ignorada e removida, inclusive pelo pensamento liberal, da subordinação da liberdade de informação à propriedade dos meios de comunicação. Mesmo os pronunciamentos mais avançados da Corte constitucional e as posições mais críticas do atual aparato informativo restringem-se a reivindicar limites mais rígidos à concentração dos meios de comunicação, em favor da garantia do pluralismo e da concorrência. Mas a questão é muito mais radical: a liberdade de imprensa e de informação é uma variável dependendo do mercado, ou é um direito fundamental constitucionalmente estabelecido?”
Ferrajoli enxerga dois direitos radicalmente distintos.
Um, é o direito fundamental de todos à informação correta. O outro é um direito patrimonial pertencente somente aos proprietários dos meios de comunicação.
“O que é um poder patrimonial, o poder empreendedor da propriedade, vem a se sobrepor a um direito de liberdade de nível constitucional, a liberdade de imprensa e de informação, diz ele, e, portanto, a englobá-lo e a eliminá-lo”.
A Constituição italiana garante apenas o primeiro, mas não o segundo. O artigo 21 diz que "todos têm o direito de manifestar o livre pensamento". Diz Fajoli que se refere “evidentemente” ao pensamento dos jornalistas, não dos proprietários. Por isso mesmo, liberdade de expressão é um direito para garantir a independência das redações em relação aos proprietários, diz ele.
Mas a relação entre os dois direitos se inverteu: os direitos de liberdades, antes de operarem como limites ao poder, são por este limitados.

NY TIMES DÁ BYE-BYE À GLOBO


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/pig/ny-times-da-bye-bye-a-globo


Por isso a Globo está à venda


Globo CBF.jpg
New York Times acaba de oferecer a seus assinantes um serviço jornalístico formidável - vídeos em 360 graus, um por dia, mundo afora.
O assinante pode baixar no PC, tablet ou no celular.
É uma das formas de, peça por peça, se despir a hegemonia da Globo.
Recentemente, a Globo recebeu uma péssima noticia: a eleição do Crivella.
Também desalentador foi saber que a AT&T comprou a Time-Warner, o que traz junto a CNN, a HBO e ... tchan, tchan, tchan... a EMaxx interativa, que tem uma das melhores programaçoes de futebol do mundo!
Como se sabe, o SBT e a Record se adaptam para enfrentar esse irreversível ataque tecnológico à tevê aberta.
Só que o custo fixo da Globo é insustentável com os atuais níveis de audiência e de faturamento.
Como diz aquele informante do Conversa Afiada, o Valdir Macedo, a audiência da Globo nao paga a folha de pagamentos.
Como diz o Boni, a tevê aberta será, progressivamente, o espaço de eventos ao vivo - ou seja, esportes!
E quem tem os melhores eventos esportivos?
A Emaxx, a ESPN, da Disney.
E a Fox do Murdoch.
Quem mandou a Globo sublocar a CBF e ficar entalada com a selecinha e o Brasileirinho, que dão audiencia equivalente à do William Traaack?
É por isso que a Globo está à venda.
E não interessa à Record.
(Nem ao Sílvio...)
Em tempo:  o NY Times tem uma péssima notícia para o PiG impresso, também: 
A publicidade do jornal impresso desabou.
Na internet, subiu.
Maas, é pouco provável que a receita da internet cubra as perdas da publicidade impressa.
Isso, num jornal da qualidade do NY Times.
Imagine nessas porcarias do PiG, onde o colonismo matou a reportagem...
PHA

O BOLSA FAMÍLIA E A VIRULÊNCIA DOS FASCISTAS



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/o-bolsa-familia-e-a-virulencia-dos-fascistas


Vá ler "Os Sertões", minha filha...


Jornais_Diferenca.jpg
Conversa Afiada reproduz texto de Régis Eric Maia Barros, psiquiatra e psicanalista:
Costumo dizer que a célula fascista sempre esteve viva durante toda a história do mundo moderno e contemporâneo. Ela fica adormecida como um patógeno oportunista num hospedeiro, teoricamente, saudável. Em condições favoráveis, ela se replica e cria um corpo coletivo de idéias fascistas.

Pois bem, recentemente, uma atriz verbalizou que ela e seus pares do Sul e Sudeste “pagam o Bolsa-Família ao Nordeste”. De fato, o inconsciente fala e, para quem sabe escutar e decifrar, ele grita em alto e bom som. Infelizmente, essa fala não é só dela. Ela foi porta-voz de muitos. São incontáveis os que crêem nisso. O problema é que, ao crer nessa barbaridade, há uma estratificação manifesta. De um lado, os que “pagam o bolsa-família” e do outro, “os que recebem e se esbaldam dessa política inclusiva”. Há um maniqueísmo: os que trabalham e os que são vagabundos! A atriz pode até não ter notado, mas é notória, nessa fala pútrida, a idéia de especiação.

Um escalonamento de base fascista que coloca o diferente num patamar sempre inferior. Daí, para o preconceito é um passo, para a exclusão é um pulo e para o extermínio é uma braçada. Se a voz coletiva assim se constituir, tudo é validado e o mais fraco, mesmo que em maioria, será exterminado. Não se precisa exterminar com câmaras de gás. Pode-se exterminar, simplesmente, com os atos de não aceitar, de rotular, de apelidar, de não incluir e com o ato de culpabilizar. 

A atriz foi clara. Ela pediu que todos silenciassem, porque ela sustenta os miseráveis do Nordeste. Gostaria de acreditar que essa construção fosse produto somente do desconhecimento. Contudo, a sua forma arrogante, vertical, agressiva e preconceituosa foi capaz de desnudá-la. Eis a célula fascista saindo da quiescência. O meio de cultura dos dias de hoje é apropriado. Um crescimento conservador sem igual. O julgamento do certo e do errado pela falsa roupagem do equilíbrio moral pleno até por que os que propõem isso são repletos de imoralidade. Essa célula fascista fará muitas mitoses em cada indivíduo solitário que a possui. Depois, os que foram contaminados por essa célula farão um coro único – uma coletividade fascista.

O povo nordestino não é sustentado por seu ninguém. Pelo contrário, nessas terras brotam inúmeras riquezas humanas, artísticas, culturais e naturais. Sugiro que a atriz leia “Os Sertões”. Só assim, ela poderá entender que “antes de tudo, somos fortes...”

Parente aos gringos: ​quer pagar quanto?



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/parente-aos-gringos-200bquer-pagar-quanto


Ele é subordinado ao Cerra da Chevron...​


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Conversa Afiada reproduz nota da FUP sobre o Pedro Malan Parente:
Seguindo à risca o compromisso assumido com os golpistas de privatizar a toque de caixa a Petrobrás, Pedro Parente causou frisson entre os investidores estrangeiros que participaram no último dia 27 do encerramento da principal feira de negócios do setor petróleo no Brasil, a Rio Oil & Gas. Entusiasmado com a liquidação do patrimônio da empresa, ele convidou os gringos a participarem da xepa. “Aproveitem essa oportunidade, porque não vai existir no mundo outra tão boa quanto essa no setor de óleo e gás”, declarou. Parecia promoção das Casas Bahia. Só faltou dizer: “Quer pagar quanto?”.
Em seu discurso de garoto propaganda, Pedro Parente chegou a afirmar aos investidores que os US$ 35 bilhões em ativos que serão colocados à venda até 2019 são uma oportunidade ainda melhor do que foi a privatização do setor de telecomunicações no governo Fernando Henrique Cardoso, em 1998. Na época, ele era secretário executivo do Ministério da Fazenda. O Sistema Telebrás foi retalhado e vendido aos pedaços para grupos estrangeiros, tal qual está fazendo agora com a Petrobrás.
As teles foram entregues a preço de banana, a dívida pública não foi reduzida - pelo contrário, aumentou -, os consumidores brasileiros passaram a pagar as maiores tarifas do mundo por serviços de péssima qualidade e as empresas lucram bilhões e bilhões de dólares que enviam aos seus países de origem.
A privatização da Petrobrás segue o mesmo roteiro. Navios e plataformas voltaram a ser encomendados no exterior, gerando emprego e renda lá fora; a indústria nacional está em frangalhos, com milhões de desempregados; a gasolina e o gás de cozinha estão mais caros com a liberação dos preços para satisfazer ao mercado... Sem falar no crime que foi a abertura do pré-sal para as multinacionais...
A lógica de Pedro Parente é a mesma do governo Fernando Henrique Cardoso: colocar o Estado a serviço do privado. Sob sua gestão, a Petrobrás está perdendo a função de empresa pública, administrada única e exclusivamente para atender ao mercado e satisfazer os acionistas. Perde o país, perde o povo brasileiro, perdem os trabalhadores.
FUP

Policial leva a PEC 241 para casa



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/mt/futebol/brasileirao-serie-b/noticia/2016/11/luverdense-bate-o-criciuma-e-mantem-esperanca-de-acesso-elite-nacional.html


Calem a boca dessas crianças!

PEC.jpg
Conversa Afiada recebeu e-mail e um artigo imperdíveis:
Conversando com alguns amigos, no trabalho, eles começaram a defender a PEC 241 repetindo velho argumento da economia familiar. Na hora, veio-me a ideia de fazer uma analogia que eles, talvez cegos pelo ódio induzido, não entenderam, fazendo comentários fora do contexto. Foi triste, mas foi engraçado. Aí eu resolvi colocar aquela analogia no texto em anexo.
Sou policial federal e, com profunda tristeza, percebo uma incapacidade assustadora, em grande parte da corporação, de compreender a realidade além da versão posta nos veículos ditos tradicionais. E mais assustador ainda é ver que este perfil é refletido em grande parte dos outros setores das classes média e média alta.
O maior erro, acredito, do governo PT, principalmente Lula, foi não tentar mudar esta grave situação. Né não?
***
De tão absurda a justificativa para a PEC 241, nem na analogia familiar ela encontra esteio. Se não vejamos: Uma família tem renda de mil. Com despesa primária, ela paga seiscentos. Isto inclui educação dos filhos, saúde, transporte, alimentação, luz e água.
Além disso, ela tem uma terrinha com uma fonte quase inesgotável de água doce, muita fertilidade, umas reservas de urânio, petróleo, ferro, manganês, ouro, diamante, etc. Uma riqueza. E sem cataclismos naturais, guerra civil ou ameaça terrorista. Uma terra bem tranquila. O que resultaria em, fora toda aquela riqueza natural, uma sobra de quatrocentos para algum tipo de investimento ou gasto. Resultaria.
Acontece que, há alguns anos, seus ascendentes solicitaram empréstimos para algumas melhorias naquela terrinha. O ‘banco’, percebendo a ‘ingenuidade’, proporcional à disponibilidade de lastro, dos solicitantes, aproveitou para embutir um monte de produtos que encareceram, desnecessariamente e criminosamente, o negócio. E, a despeito de todas as garantias que traz o superávit primário de quatrocentos, e, claro, de toda dádiva naquele torrão, se cobra uma taxa de juro tão absurda neste empréstimo, que obriga aquela família a arcar com uma prestação de quinhentos. Assim, recorrentemente, ela fica com um déficit nominal de cem.
Aí, um belo dia, malandramente, o ‘banco’, reunido com os chefes daquela família, faz a proposta desumana: “Vocês vendem todo o petróleo, ferro, urânio, água doce que há na terrinha. Como terão que fazer um bom abatimento, dada à situação de recessão, não resolverá o problema da dívida. Mas vocês podem, olhem só a ‘sacada’, tirar alguns dos seus filhos da ‘escola’, abandonar o ‘plano de saúde’ de outros, quem sabe de seus pais e sogros, reduzir consumo de água e luz, e, claro, readequar o ‘cardápio’. Assim, o orçamento de vocês reduzirá para algo entorno de quatrocentos, dando um superávit nominal de cem. Não é uma maravilha?”
Os pais, ‘emocionados’, já faziam menção de concordar, quando umas das crianças, que acompanhava a reunião, questionou: “Peraí! Se nós temos tantas garantias, por que esta taxa de juro tão absurda? Por que não readequamos esta taxa para algo minimamente civilizado, fazendo com que esta prestação caia para algo entorno de trezentos e cinquenta, garantindo uma sobra de cinquenta, e controlando o volume da dívida sem condenar nenhum de nós à ‘morte’ ou ‘ignorância’?”
Os pais, meio que aturdidos, ouvem a voz, meio que contrariada, meio que agressiva, do ‘banco’: “Ponham estas crianças pra fora! Isto aqui não é pra ser questionado! Principalmente por criança! Ou vocês fazem os cortes e ajustes que nós determinamos até o fim do ano, ou nós arranjamos outros pais para estas crianças! Entendido?”
E assim, aqueles pais, com pavor de perder a chefia daquela família, e sabendo que outros ‘candidatos’ salivam aguardando a vez, inexoravelmente, subjugam-se. Né não?

Lula: SP é a carroça do Brasil



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/lula-sp-e-a-carroca-do-brasil


Nenhum outro líder político denunciou o reacionarismo da USP!

Viva_Serra.jpg
Saiu na Fel-lha:
(…) "Aqui em São Paulo nós temos um problema que é o conservadorismo. Desde a Revolução de 32, quando foi construída a USP, que eles não queriam universidade federal aqui para não ter pensamento federal no Estado de São Paulo. Uma ideia, uma concepção retrógrada, que não tem noção de país, não tem noção de que o país tem 8,5 milhões de quilômetros quadrados, que nós somos uma meganação, que tivemos as mais diferentes culturas desse mundo, e tem gente que não gosta disso. Tem gente que não gosta da ascensão de outros Estados", disse Lula em discurso a estudantes.
(Sobre as tolices da USP, não deixe de assistir à entrevista do ansioso blogueiro com Jessé Souza.)
(...) De acordo com ele, (…) os estudantes devem participar da política. "Nós temos que aprender que cada vez mais, ao invés de a gente negar a política, a gente tem que fazer política. Porque a desgraça de quem não gosta de política é que é governado por quem gosta. E quem gosta é sempre a minoria, é sempre a elite." O ex-presidente (...) disse que "não se conserta um país discutindo crise".

"Estamos numa crise agora? Estamos. Temos responsabilidade? Temos. Fizemos erros? Fizemos. Agora a verdade é a seguinte: não se conserta esse país discutindo crise [...] Esse país era o país mais otimista do mundo, esse país era um país alegre, de repente esse país ficou mal humorado."

Lula ainda levantou (sic) questionamentos (sic) sobre os motivos que levaram ao impeachment da ex-presidente (sic) Dilma Rousseff.

"Será por causa do pré-sal, que é a maior descoberta de petróleo do século 21? Será que é por que nós destinamos 75% dos royalties para resolver o problema da educação, para recuperar o tempo perdido do século 21? Será que essa coisa que aconteceu no Brasil tem alguma ligação de o Brasil ter virado um protagonista internacional, ter criado o Brics, ter criado um banco fora do FMI e do Banco Mundial? Será que o que está acontecendo no Brasil tem a ver com a relação do Brasil com a África, da criação da Unasul, do Mercosul? Então é importante que a gente discuta que não é por acaso o que está acontecendo nesse país, não é por acaso. Tem algo maior do que a gente imagina acontecendo nesse país."
(Não deixe de ler “Lula: o que derrubou a Dilma”.)
Conversa Afiada sempre sustentou que Lula tinha um projeto geopolítico secreto.

Agora, aos poucos, quando se aproxima daquele ponto na cordilheira em que se situam os estadistas que levam o povo ao centro do espectro politico – veja a TV Afiada sobre esse tema - o plano deixa de ser secreto, como fez agora na UFSCar, ao lado de Raduan Nassar.

Lula percebeu que São Paulo não era a locomotiva do Juscelino nem dos militares.

São Paulo é a carroça.

Perdeu a hegemonia faz tempo – o que se materializa no fato de não ganhar quatro eleições presidenciais em seguida e, com a “fulgurante” ascensão do Geraldinho Trensalão nas eleições de 2016, vai perder a quinta…

(Como diz o sábio Flávio Dino, essa vitória não dura.)

Nenhum outro líder político percebeu, como Lula, o papel historicamente retrógrado da USP, de que o símbolo mais “fulgurante” foi o grupo para estudar Marx, o Grupo do Capital – de FHC Brasif, José Arthur Gianotti e Francisco Weffort entre outros - , que, como diz aquele amigo navegante, é o grupo do capital até hoje!

Lula tirou o Brasil de São Paulo.
Lula fez o Brasil crescer – fora de São Paulo!
No Nordeste, no Norte, no Centro-Oeste!
E no Rio, onde 9/10 das obras de Sérgio Cabral e Eduardo Paes se devem ao Lula e à Dilma!
Assim como 9/10 das obras que “consagraram” Eduardo Campos se devem ao Lula.

(Por falar nisso, quem é mesmo o dono do jatinho, senador Bezerra?)

Lula percebeu, ao fundar o PT, que a elite de São Paulo não entende o Brasil e quer que o Brasil se lasque!

FHC Brasif e o Padim Pade Cerra representaram esse papel secessionista com perfeição.

(E, não fosse o PiG, não passavam de Resende...)

E agora, se continuarem em liberdade, com São Paulo, FHC E Cerra acabarão enclausurados na irrelevância.

Lula não acredita em “teorias conspiratórias”, mas sabe que há conspirações.

Por isso, começa a alinhavar com a nitidez de raio laser os motivos que construíram a conspiração contra o Governo trabalhista no Brasil.

Foi o que ele fez na conversa com Luiz Carlos Barreto e este ansioso blogueiro, reproduzida no post “Lula explica por que Dilma caiu”.

Nesse sentido, o Traíra e seus pré-encarcerados do Palácio Planalto não passam de marionetes de espetácaulo mambembe, ao ar livre, em dia de chuva, no Porto de Santos!

PHA

PSDB uniu Lula a Raduan Nassar



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/psdb-uniu-lula-a-raduan-nassar


Tucano não quis, mas o ministro Haddad quis!

Lula_Stuckert.jpg
Créditos: Ricardo Stuckert
Do site Lula.com.br:
Por que Lula visitou o Campus de Lagoa do Sino da Ufscar?
Ao lado do escritor Raduan Nassar, o ex-presidente foi ao interior de SP para receber homenagem

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi ao município de Buri (263 km de São Paulo) nesta terça-feira. Ele foi recebido no campus da Ufscar (Universidade Federal de São Carlos). Lá, junto com o escritor Raduan Nassar, descobriu a placa do novo Laboratório de Agricultura Familiar, do Centro de Ciências da Terra da universidade. Mas por que Lula e Raduan tiveram a honra de inaugurar o laboratório da instituição federal?

O que hoje é o campus Lagoa do Sino da Ufscar, na cidade de Buri, já foi uma fazenda particular de 640 hectares, propriedade da família de Raduan. Em 2007, o escritor – vencedor do Prêmio Camões de Literatura – decidiu doar suas terras à Universidade de São Paulo, instituição pública estadual.

Ele mesmo conta: “Eu tentei doar. Fiquei três anos enfrentando a burocracia do governo estadual para que minha fazenda se tornasse parte da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP). Mas não consegui”.

Tamanha foi a dificuldade e falta de interesse do Estado de São Paulo com o potencial doador, que ele desistiu. Desistiu de doar para a USP, mas não da ideia de tornar sua propriedade uma ferramenta em prol da pesquisa e do ensino público e gratuito.

Raduan foi, então, à Presidência da República, conforme explica: “Em 2009, eu falei com [a escritora] Marilene Felinto, que por sua vez conversou com Gilberto Carvalho [então trabalhando na Presidência da República]. Eu disse que queria doar, mas disse também que se a burocracia levasse mais de três meses, eu então desistiria de vez, e iria vender a fazenda.”

O assunto logo chegou ao conhecimento do então presidente Lula, que falou com seu ministro da Educação da época, Fernando Haddad. O ex-presidente explica como foi: “Eu disse pro Raduan, 'se São Paulo não quer, pode deixar que nós queremos'. Falei com o ministro Haddad, e em menos de duas semanas a fazenda passou a fazer parte da Ufscar, dentro do plano de expansão das univeridades federais, que estávamos pondo em prática”.

Hoje, o campus Lagoa do Sino tem 500 alunos e abriga cinco cursos de engenharia, com especial vocação e direcionamento para as áreas de segurança alimentar e agricultura familiar.

O atual governo federal, no entanto, não mostra interesse em seguir desenvolvendo o projeto original do campus. Professores e alunos temem o sucateamento do espaço público, a redução no número de vagas e cursos e, finalmente, a privatização do campus, única instituição pública de ensino superior atendendo as cidades da região.

É neste contexto de retrocesso que Lula e Raduan foram recebidos nesta terça-feira para inaugurar o Laboratório de Agricultura Familiar. Foram recebidos com festa e homenagens, sob aplausos e gritos de luta e resistência. Como disse Lula: “Os mesmos que hoje reduzem os investimentos da educação pública já defenderam que somente ricos pudessem ter acesso ao ensino superior. Mas não vamos deixar de lutar, os estudantes e todo o povo brasileiro sabem defender suas conquistas”. Que assim seja.