sábado, 28 de maio de 2016

Eutrópio vê falhas em gols sofridos, mas vê derrota injusta do Figueirense




Técnico compreende que time, pelo que buscou na Arena da Baixada, merecia um resultado melhor; Alvinegro foi derrotado pela primeira vez no Brasileirão 2016




Por
Florianópolis




O técnico Vinícius Eutrópio lamentou aquilo que classificou como falhas nos dois gols do Atlético-PR, na primeira derrota do Figueirense no Brasileirão. Se antes o Alvinegro acumulava uma invencibilidade de três jogos – por conta dos três primeiros empates -, agora o time está há quatro partidas sem vencer.   

O Figueira saiu atrás do placar com dois gols no primeiro tempo. Os dois gols, em bola pelo alto, incomodaram o técnico Vinícius Eutrópio. Para ele, o time fez uma partida boa, com chances de vencer o jogo.  
- Tivemos chances de empatar o jogo, que ao meu ver seria o resultado mais justo. Pelas chances que criamos, pela pressão no fim. A dificuldade foi mais por causa dos gols tomados. No primeiro tempo, a gente teve ações, tivemos chances. Mas aí novamente, numa falha, tomamos o segundo gol. E o segundo tempo foi melhor que o primeiro, porque nós arriscamos mais. E volto a dizer que o Figueirense merecia sair daqui com pelo menos um empate – disso o treinador.   

 
Vinícius Eutrópio Figueirense (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)Vinícius Eutrópio lamentou as chances perdidas do Figueira (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)


O Figueirense, sem vencer no Brasileirão, terá pela frente o São Paulo, em casa, pela quinta rodada, o São Paulo, no Orlando Scarpelli, às 21h30, de quarta-feira.  


Os outros trechos da entrevista de Vinícius Eutrópio  

PROPOSTA DE JOGO
As bolas do Atlético foram assim, três de fora da área e uma dentro da área. O jogo foi muito bom para quem assistiu. Nossa proposta é essa, independente de jogar dentro ou fora de casa, vamos jogar em cima. Dentro da competição, a gente vai descobrindo as características e encaixes. Nessa partida, tinha amos nove jogadores que chegaram neste ano.   

FIGUEIRA BUSCOU O EMPATE
Foi um jogo que nós buscamos também. Voltar para o segundo tempo com 2 a 0 atrás, é preciso ter cuidado. Se você tomar um gol, praticamente perde o jogo. O que a gente conseguiu foi a organização para buscar o gol. Depois teve a pressão no fim da partida.   

O QUE FALTOU PARA VENCER?
Acho que faltou a conclusão ser mais efetiva. No lance do Dudu, eu até saí para comemorar (a bola foi na trave). E depois teve o rebote para o Bady. Fizemos o que tinha para fazer. Com chegadas pelas laterais, as jogadas construídas pelo meio.   

FERRUGEM E ERMEL
O Ferrugem começou a trabalhar pela direita, e o Ermel na esquerda. Quando a bola chegava no meio, os passes estavam saindo simples, e o Atlético-PR conseguindo marcar. Daí invertemos esses dois jogadores. A função do Ferrugem é do meio para frente.  
  
ESTAR NO Z-4
É natural depois de quatro jogos, porque está tudo muito estreito. Essa questão da pontuação não me preocupo agora, porque o campeonato está começando. O torcedor tem que ter confiança no grupo, no trabalho que está sendo executado e pelos jogos que fizemos. Isso dá um alento e tranquilidade para seguir o trabalho. Agora pega outra pedreira, que é o São Paulo. Tem que buscar pontuar. 

BOLA AÉREA
Apesar de terem sido jogadas pelo alto, que tomamos os gols, foram jogadas distintas. Primeiro, erramos num passe que não poderia ter sido dada por dentro. E a gente estava com a linha de quatro completa. Na segunda, foi uma falta mal batida, caiu no nosso pé, e nós rebatemos mal. Chegou a bola no fundo, que a vantagem é maior para o atacante adversário
.   
REFORÇOS APTOS PARA A ESTREIA
São quatro jogadores importantes. Pelo nível deles, pelo nível de experiência. Talvez o Lins seja o mais atrasado fisicamente. Os demais estão aptos para jogar, mas dependem da CBF. Por causa do recesso da CBF, a gente não conseguiu inscrevê-los. 


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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sc/futebol/times/figueirense/noticia/2016/05/eutropio-ve-falhas-em-gols-sofridos-mas-ve-derrota-injusta-do-figueirense.html

Autuori mostra preocupação com defesa e pede reação do Atlético-PR



Técnico disse que vai cobrar maior poder de recomposição do time, que ainda não venceu no Brasileiro. Ele minimiza turbulência e admite incômodo com lanterna




Por
Curitiba



Um time que ainda não venceu em três rodadas, tem apresentado repetidas falhas defensivas, sofreu sete gols em três jogos é o resumo do atual cenário do Atlético-PR na largada do Campeonato Brasileiro. Na véspera de comandar a equipe diante do Figueirense, próximo adversário do Furacão, o técnico Paulo Autuori admitiu incômodo com a posição do time na tabela. Atualmente, é o último colocado.

 Se estivéssemos sendo massacrados pelos adversários, aí eu estaria muito mais preocupado
Paulo Autuori, técnico do Atlético-PR

Com um empate e duas derrotas, o Furacão amarga a lanterna da competição com apenas um ponto conquistado após três rodadas. O técnico rubro-negro voltou a pregar o discurso de que a equipe precisar "querer mais" em campo e frisou que o time, apesar do começo ruim, tem feito bons jogos.

- Acho que a equipe tem jogado o suficiente para ganhar os jogos, mas não ganhamos. Se estivéssemos sendo massacrados pelos adversários, aí eu estaria muito mais preocupado. Logicamente o incômodo é grande, mas uma coisa que é fundamental em um profissional é o inconformismo. Você tem que estar sempre inconformado, mas não apenas nessas horas, mas também quando estiver ganhando - disse em coletiva à imprensa.

> Passes errados, recomposição e falhas ligam sinal de alerta no Atlético-PR

Autuori mostrou preocupação com o setor defensivo da equipe, que tem apresentado repetidas falhas nos últimos jogos. Ele disse que vai cobrar maior poder de recomposição e afirma que é impossível manter um nível de intensidade que permita a equipe pressionar o adversário durante o tempo todo.
Acho que precisamos enfatizar um pouco mais novamente essa recomposição, essa parte defensiva
Paulo Autuori

- Isso precisa ser uma característica da nossa equipe. Passamos um tempo sofrendo poucos gols, inclusive nas finais (do estadual), acho que trabalhamos bem. Não estávamos permitindo que furassem a nossa defesa. Acho que precisamos enfatizar um pouco mais novamente essa recomposição, essa parte defensiva. A pressão na posse de bola é importante durante todo o tempo, não só nas transições defensivas - pontuou.

O técnico ainda frisou que reprovou os 45 minutos finais na derrota por 4 a 0 para o Palmeiras. Ele os considerou "inexistentes".
- Os demais jogos, achei que a equipe fez o suficiente para ganhar, o que poderia ter acontecido porque criamos. O importante é a nossa convicção. Todos têm o direito e liberdade de analisar, mas temos que saber aquilo que queremos e sermos cirúrgicos ao ver o que não estamos a fazer bem.


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Paulo Autuori indica mudanças contra o Figueirense


Autuori também procurou minimizar um cenário de "turbulência" e analisa que o time está no caminho certo.

- O clube começou o ano e conquistou algo que não conquistava há algum tempo (foi campeão estadual depois de sete anos). Depois iniciou-se a Copa do Brasil e Brasileiro, tiveram algumas saídas de jogadores, aqueles que estavam com problema de contrato, caso do Jadson e do Vilches, e tudo causa uma certa turbulência. Você pode passar por isso com resultados e sem solidez ou passar como estamos passando em relação à resultados. Todos nós sabemos o caminho que temos que trilhar e o que queremos fazer. 

Contra o Figueirense, o Atlético-PR busca a primeira a primeira vitória no Campeonato Brasileiro. O time vem de um empate (1 a 1 com o Galo) e duas derrotas (4 a 0 para o Palmeiras e 2 a 1 para o Botafogo).

- Queremos sair (do Z-4) e amanhã faremos de tudo para começar essa reação, que tem mais a ver com resultado do que com a maneira que a equipe está se postando.


Próximo adversário: Figueirense
Local: Arena da Baixada, em Curitiba
Data e horário: sábado, 18h30 (horário de Brasília)

Escalação provável: Weverton; Eduardo (Léo), Cleberson, Thiago Heleno e Sidcley; Otávio e Hernani; Ewandro, Vinícius (Pablo) e Nikão (Marcos Guilherme ou Anderson Lopes); André Lima
Desfalques: Paulo André (dores no joelho)
Ingressos: clique aqui para conferir
Arbitragem: Péricles Bassols Pegado Cortez (PE) apita, com Fábio Pereira (TO) e Marcelino Castro de Nazaré (PE) nas bandeiras
Transmissão: SporTV (menos PR) e Premiere (com Linhares Jr e Ivan Andrade). O GloboEsporte.com transmite a partida em Tempo Real, com vídeos exclusivos.
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Atlético-PR (Foto: Monique Silva)
Atlético-PR fez apenas um treino com todo o 
grupo para a partida contra o Figueirense 
(Foto: Monique Silva)


FONTE:

Ewandro brilha, e o Atlético-PR vence o Figueirense na Arena da Baixada







Atacante do Furacão manda no primeiro tempo e o goleiro do Figueirense faz milagres na etapa complementar. Rubro-negro comemora a primeira vitória




Por
Curitiba




Atlético-PR X Figueirense (Foto: Luiz Henrique/Figueirense FC)
Atlético-PR dominou, Ewandro brilhou e Gatito 
Fernández fez milagres para evitar placar maior 
para o Furacão (Foto: Luiz 
Henrique/Figueirense FC)


No jogo de quem buscava a primeira vitória no Brasileiro, o Atlético-PR venceu o Figueirense neste sábado, na Arena da Baixada. O placar de 2 a 1 foi teve dois responsáveis: o atacante Ewandro, que abriu o placar e depois deu a assistência para Thiago Heleno marcar no primeiro tempo, e o goleiro Gatito Fernádez, que fez defesas incríveis. Bruno Alves descontou no segundo tempo para a equipe catarinense.

A pressão por resultado bateu forte nos dois times e o jogo teve chances para os dois lados, mas, no primeiro tempo, quem brilhou foi Ewandro com o gol e o lindo lance em que driblou três e cruzou na área para os 2 a 0 do Atlético-PR. No segundo tempo, o Figueirense fez o seu, mas o jogo ficou marcado pelas bolas na trave e as defesas em sequência de Gatito Fernández até o apito final.
Com o resultado, o Furacão soma quatro pontos, sai da lanterna do Brasileiro e fica na 16ª posição, mas a colocação só será definida com o fechamento da rodada, no domingo. O Figueira permanece com três pontos e está na 17ª posição, mas também pode mudar até domingo. 
Na quarta-feira, o Atlético-PR viaja até Porto Alegre e enfrenta o Internacional no Beira-Rio, às 19h30. No mesmo dia, às 21h45, o Figueira enfrenta o São Paulo em Florianópolis, no Orlando Scarpelli. 


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A partida começou bastante equilibrada com o Atlético-PR pressionando, e o Figueirense mais recuado, mas com chances para os dois lados. Na primeira, Nikão mandou na trave e, do lado da equipe catarinense, as melhores chances eram protagonizadas por Rafael Moura. O equilíbrio só foi desfeito depois que Ewandro começou a aparecer. Aos 22 minutos, ele aproveitou o cruzamento de Eduardo e mandou de cabeça para as redes. Apesar do gol, o lance mais bonito foi a assistência que deu para o gol de Thiago Heleno. Ele recuperou a bola após cobrança de falta mal sucedida, driblou três pela esquerda e cruzou na medida para o zagueiro cabecear e fazer 2 a 0.
No segundo tempo, a partida seguiu no mesmo ritmo com as jogadas de ataque aparecendo em meio aos erros de marcação. Entre elas, Otávio recuperou pela esquerda e cruzou na área para Vinicius mandar para o gol em um bate-pronto que tinha tudo para entrar não fosse a incrível defesa de Gatito Fernández, do Figueirense, que ainda salvou em outros momentos. O Furacão permaneceu dominando o jogo, mas quem marcou foi Bruno Alves, do Figueirense, na cabeçada para o gol após cruzamento. Depois Dudu e Ortega tiveram grandes chances, mas a bola morreu na trave. Antes do apito final, Walter, que entrou no segundo tempo, ajeitou para Nikão só mandar a bomba para as redes. Mas havia Gatito e o placar ficou fechado. 


FONTE:

Djokovic bate britânico e segue firme na luta pelo primeiro título em Paris



Líder do ranking mundial acelera ritmo no final para evitar interrupção por falta de luz natural, vence Aljaz Bedene e avança às oitavas em Roland Garros




Por
Paris, França




Novak Djokovic deu, neste sábado, mais um passo em busca do inédito título de Roland Garros, o segundo Grand Slam do ano. O número 1 do mundo bateu o britânico Aljaz Bedene, 66º do ranking, por 3 a 0, parciais de 6/2, 6/3 e 6/3, e avançou para as oitavas de final no saibro de Paris. O sérvio teve de acelerar o ritmo no final da partida para evitar que a falta de luz natural adiasse o desfecho do confronto, que começou com atraso por causa da chuva que caio na capital francesa. Na próxima rodada, ele enfrenta espanhol Roberto Bautista Augut, que derrotou o croata Borin Coric por 3 a 0.

Novak Djokovic está nas oitavas em Roland Garros (Foto: Getty Images)
Novak Djokovic está nas oitavas em 
Roland Garros (Foto: Getty Images)


Djokovic jamais venceu o torneio de Roland Garros. Dono de onze títulos de Grand Slam, seis na Austrália, três em Wimbledon e dois no US Open, o sérvio sempre teve dificuldades no saibro francês. Seus melhores resultados foram três finais, em 2012, 2014 e 2015, nas quais saiu derrotado.

Djokovic estava em uma tarde inspirada (Foto: Getty Images)Djokovic acelerou o ritmo no fim da partida para evitar uma interrupção (Foto: Getty Images)


Logo no início do primeiro set, Djokovic mostrou por que é o número 1 do mundo. Em menos de dez minutos, abriu 3 a 0 e encaminhou a vitória na primeira parcial. Bedene até conseguia bons winners, principalmente com sua esquerda, mas o sérvio dominava a partida. Quando sacava para abrir 4 a 1, Djoko salvou um break com uma linda cruzada. Após oito minutos de game, o sérvio conseguiu confirmar e fazer 4 a 1. O número 1 do mundo ainda conseguiu mais um game no saque do rival e fechou a parcial em 6/2.

Logo no primeiro game do segundo set, Bedene teve duas chances de quebra, mas não conseguiu concretizá-las. O sérvio fez dois saques perfeitos, empatou o game e, na sequência, confirmou para abrir 1 a 0. O britânico parecia não acreditar na chance que perdeu, e acabou se desconcentrando no restante do set. Passou a errar mais que no início do jogo e, nas longas trocas de bola, estava menos paciente. O número 1 do ranking chegou a abrir 5 a 1, mas foi quebrado pelo britânico que, na sequência, salvou quatro sets points, confirmou o saque e diminuiu para 5/3. No game seguinte, o sérvio fechou o set, 6/3.

Bedene até conseguiu bons winners, mas foi superado por Djokovic (Foto: Getty Images)
Bedene até conseguiu bons winners, mas foi 
superado por Djokovic (Foto: Getty Images)


O terceiro set começou com uma quebra de saque a favor de Djokovic. Depois, o sérvio precisou de oito minutos para confirmar o serviço e abrir 2 a 0. A pouca iluminação natural então começou a ser um problema. O jogo não foi atrapalhado por isso, mas o sérvio acelerava ao máximo as jogadas na tentativa de despachar o rival antes de a noite cair, evitando que a partida fosse interrompida. Bedene tentou resistir e confirmou três serviços. Só que no nono game, Dojko se impôs. Com duas bolas fora no fim, Bedene deu a vitória para o sérvio por 6/3 no set para fechar a partida.


TSONGA ABANDONA PARTIDA

Principal esperança de vitória dos anfitriões franceses, Jo-Wilfried Tsonga se despediu de Roland Garros de maneira sofrida neste sábado. O número 7 do mundo vencia o primeiro set por 5/2 diante do letão Ernests Gulbis quando abandonou o confronto por causa de uma lesão na virilha. Nas oitavas, Gulbis encara o belga David Goffin, que bateu o espanhol Nicolás Almagro por 3 sets a 2 - parciais de 6/2, 4/6, 6/3, 4/6 e 6/2 - e agora tem a chance de entrar no top 10 do ranking da ATP.
Outro duelo das oitavas definido neste sábado foi o do espanhol David Ferrer e o tcheco Tomás Berdych. O primeiro bateu o compatriota Feliciano López por 3 sets a 0 - parciais de 6/4, 7/6 (6) e 6/1. Berdych, por sua vez, teve mais trabalho para despachar o uruguaio Pablo Cuevas por 3 sets a 1 - parciais de 4/6, 6/3, 6/2 e 7/5.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2016/05/djokovic-bate-e-britanico-e-segue-vivo-naluta-pelo-primeiro-titulo-em-paris.html

Serena tem dificuldade, mas derrota francesa e avança às oitavas em Paris




Número um passa por Kristina Mladenovic e segue atrás do tetra em Roland Garros




Por
Paris, França


Serena Williams passa para as oitavas de final em Roland Garros (Foto: Getty Images)Serena Williams passa para as oitavas de final em Roland Garros (Foto: Getty Images)


A americana Serena Williams, líder do ranking mundial, segue o caminho para seu quarto título em Roland Garros, o 22º em simples nos torneios Grand Slam. Neste sábado, ela derrotou a tenista da casa, Kristina Mladenovic, número 30 do ranking mundial, por 2 a 0, parciais de 6/4 e 7/6 (12-10), e avançou às oitavas de final do torneio francês. O duelo chegou a ser interrompido por quase duas horas por conta da chuva. Agora, ela duela com a ucraniana Elina Svitolina (18ª cabeça de chave), que derrotou a sérvia Ana Ivanovic por 2 a 0 (6/4 e 6/4).

Neste sábado, Serena passou por dificuldades pela primeira vez nesta competição. Depois de duas vitórias tranquilas, contra a eslocava Magdalena Rybarikova e diante da brasileira Teliana Pereira, a americana suou para bater a francesa no primeiro set. Quando sacava em 4/4, chegou a ter um break point contra, salvo com um ótimo serviço. Depois, abriu 0/40 e conseguiu a quebra em cima de Mladenovic, fechando em 6/4.

Na segunda parcial, as duas tenistas confirmaram seus saques e a partida ficou empatada em 2 a 2. Quando sacava em 2 a 3, a francesa salvou cinco break points e conseguiu confirmar o serviço, empatando em 3 a 3. Enquanto a americana confirmava seus saques sem dificuldades, Mladenovic sofria para se manter no jogo. Quando Serena tinha 5/4, começou a chover em Paris, e os torcedores passaram a abrir o guarda-chuva. A partida seguiu empatada e foi para o tie-break.

Serena venceu rival francesa em Roland Garros (Foto: Getty Images)
Serena venceu rival francesa em Roland Garros 
(Foto: Getty Images)


O jogo foi interrompido por quase duas horas por conta da chuva e, na volta, Serena Williams conseguiu a vitória após cinco match points. A francesa chegou a ter um set point em seu saque, para fechar em 10/8, mas a americana dominou o ponto e evitou a derrota. No fim, 12/10 para a americana.


PARTIDA DAS DUPLAS É INTERROMPIDA

Serena voltou ao saibro francês para a segunda rodada da chave de duplas, ao lado da irmã Venus. As Williams venceram o primeiro set no tie-brek diante da russa Vitalia Diatchenko e a cazaque Galina Voskoboeva - placar de 7/6 (10/8). Só que a falta de iluminação natural obrigou a partida a ser adiada para o domingo - o jogo começou atrasado por causa da chuva em Paris.


VENUS AVANÇA

Ex-número 1 do mundo, Venus seguiu o exemplo da irmã Serena e avançou na chave de simpes neste sábado. Com direito a um pneu, a americana bateu a anfitriã francesa Alizé Cornet por 2 sets 1 - parciais de 7/6 (5), 1/6 e 6/0. Com isso, Venus voltou às oitavas de final de Roland Garros depois de seis anos e agora encara a suíça Timea Bacsinszky.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2016/05/serena-tem-dificuldade-mas-derrota-francesa-e-avanca-oitavas-em-paris.html

Nas duplas, André Sá vence e vai jogar com Melo nas oitavas; Bruno avança




Brasil terá três duplas nas oitavas de final de Roland Garros. Com Chris Guccione, André Sá bate vence argentino e português. Com Murray, Soares passa por anfitriões




Por
Paris, França



Se nas chaves de simples, o Brasil acabou eliminado tanto no masculino como no feminino, nas duplas, o país segue com três tenistas em Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada. Neste sábado, o mineiro André Sá, que joga ao lado do australiano Chris Guccione, derrotou o português João Sousa e o argentino Leonardo Mayer por 2 a 1(6/1, 6/7 e 6/3) e avançou para as oitavas de final, onde enfrentará Marcelo Melo e o croata Ivan Dodig, atuais campeões do torneio, que passaram para as oitavas com vitória na sexta-feira. Também neste sábado, Bruno Soares, que atua ao lado do britânico Jamie Murray, venceu sua partida, contra os franceses Vicent Millot e David Guez, por 2 a 0, 6/2 e 7/6 (7-5).

Ao lado de Guccione, André Sá avança às oitavas em Roland Garros (Foto: Getty Images)
Ao lado de Guccione, André Sá avança às 
oitavas em Roland Garros 
(Foto: Getty Images)


O primeiro a entrar em quadra foi André Sá. O experiente jogador, está com 39 anos, alcançou a terceira rodada nas duplas em Roland Garros pela sexta vez na carreira, repetindo seu melhor resultado na competição. No duelo contra Sousa e Mayer, o brasileiro começou a partida muito bem e, sem sofrer nenhum break point, venceu o primeiro set por 6/1. Na segunda parcial, Sá e Guccione chegaram a quebrar o saque dos rivais, mas cederam o serviço na única chance que os ibéricos tiveram, e a partida foi para o tie-break. No desempate, melhor para Sousa e Mayer.

Na terceira parcial, o bom tênis da parceria entre Sá e Guccione voltou e o time conseguiu a vitória por 6/3, aproveitando-se da queda no serviço dos adversários. Foram duas quebras em duas chances. Durante o jogo, Sá pediu atendimento médico, sentindo dores no quadril, assim como havia feito na estreia.

- Muito feliz, sempre uma vitória ficamos felizes, méritos pra eles terem ficado no jogo e lutado, fizemos o que tínhamos que fazer no saque e devolução, foi uma combinação perfeita. É uma distensão de segundo grau no quadril, o normal seria parar por umas duas semanas, mas é Roland Garros, é um Grand Slam e vamos levando na raça, jogando pontos mais rápidos e estamos jogando bem. É aguentar a dor e seguir firme - disse André Sá.

Já Bruno Soares segue na competição e com chances de vencer seu segundo Grand Slam no ano, já que venceu o Aberto da Austrália, em janeiro. Neste sábado, ao lado de Jamie Murray, o mineiro precisou 1h25 para despachar os franceses Vicent Millot e David Guez, convidados da organização, por 2 a 0, 6/2 e 7/6 (7-5). Agora, os rivais de Muray/Soares serão o indiano Leander Paes e o polonês Marcin Matkowiski.

Bruno Soares e Murray conversam durante a partida (Foto: Getty Images)
Bruno Soares e Murray conversam durante 
a partida (Foto: Getty Images)


No primeiro set, Bruno e Murray falharam em alguns momentos, mostraram pouco entrosamento, mas, bem melhores tecnicamente, fecharam a parcial em 6/2, com uma ótima devolução do brasileiro. Na segunda parcial, os anfitriões chegaram a quebrar o saque de Murray e abriram 2 a 0 no placar. Quase fizeram 3 a 0, mas Bruno, usando sua experiência, conseguiu manter o serviço e diminuir para 2 a 1. Depois, a dupla anglo-brasileira conseguiu igualar a partida. As duas duplas mantiveram o serviço até o tie-break. No desempate, Murray e Soares fizeram 7/5.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2016/05/nas-duplas-andre-sa-vence-e-vai-jogar-com-melo-nas-oitavas-bruno-avanca.html

Após discussão, Paulo Bento e Givanildo são expulsos no fim do jogo



Treinador cruzeirense orientou seus jogadores a não devolverem a bola para o América-MG no que seria um lance de fair play; o clima fechou na beira do gramado




Por
Belo Horizonte



A situação preocupante de Cruzeiro e América-MG na tabela do Campeonato Brasileiro rendeu um momento tenso fora das quatro linhas no fim do jogo, no Mineirão. Ao não permitir o fair play, na devolução de bola ao time do Coelho, o técnico português Paulo Bento irritou o banco de reservas americano. O bate-boca contagiou os dois grupos que estavam à beira do gramado, e o clima esquentou (confira no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).


 A arbitragem precisou interromper o jogo e expulsar os dois técnicos.

O meia Matías Pisano, que estava no banco cruzeirense, também foi para o vestiário mais cedo.
Depois do recomeço da partida, nada aconteceu. Cruzeiro e América-MG ainda tiveram chances, mas sem perigo, e o jogo acabou mesmo empatado por 1 a 1. Na saída de campo, os jogadores dos dois times comentaram a situação. O meia Xavier, do Coelho, criticou a postura do comandante cruzeirense.

- O Paulo Bento me surpreendeu pelo que eu tinha visto dele nas entrevistas. Ele mandou o Cruzeiro não devolver a bola e usou palavras desnecessárias. O maior espetáculo era dentro do campo. Nós estamos de consciência limpa. Quem errou foi o Cruzeiro, eles sabem disso. Nosso jogador estava caído, machucado. Fico indignado por vir de um treinador, que deveria instruir os atletas a fazer o certo.

Clima ficou tenso entre as comissões técnicas de Cruzeiro e América-MG (Foto: Rafael Araújo)
Clima ficou tenso entre as comissões técnicas de 
Cruzeiro e América-MG (Foto: Rafael Araújo)


Pelo lado do Cruzeiro, o estreante Robinho foi quem falou na saída do gramado sobre o ocorrido. Segundo ele, esse tipo de situação é normal em clássicos.

- A confusão faz parte do jogo. Clássico tem que ter esse tipo de confusão. Os dois times querendo vencer, ninguém quer abrir mão de nada.


"Tu quer apitar o jogo?"
O técnico Givanildo Oliveira explicou que o problema não foi devido à falta de fair play, mas pelo fato de o português ter reclamado do tempo de acréscimo determinado pelo árbitro.

- O Paulo achou que não deveria jogar a bola fora e deu ordem para seus comandados. Tudo bem. Só que eu me chateei quando ele foi no Igor (Benevenuto, quarto árbitro), pegou no braço dele e disse que quatro minutos era muito pouco. Aí eu disse 'Tu quer apitar o jogo?'. Aí, desencadeou tudo o que a gente viu.

O empate foi péssimo para os dois times, que seguem sem vencer no Campeonato Brasileiro e vão terminar mais uma rodada na zona de rebaixamento da competição.


FONTE:

Givanildo lamenta ausências e admite superioridade do rival: "Não sou cego"




Para treinador, América-MG teve dificuldades para segurar o Cruzeiro




Por
Belo Horizonte




Givanildo Oliveira deixa o campo após ser expulso (Foto: Reprodução/Premiere)Givanildo Oliveira assumiu que o Cruzeiro foi superior na partida (Foto: Reprodução/Premiere)


O técnico Givanildo Oliveira classificou como "bastante difícil" o jogo com o Cruzeiro deste sábado, no Mineirão, válido pela 4ª rodada do Campeonato Brasileiro. Algo esperado por ele devido à situação dos dois times na competição - com o empate, permanecem na zona de rebaixamento. No entanto, o comandante americano lamentou o domínio do adversário.

- Claro que não sou cego. O Cruzeiro teve mais volume, posse de bola e forçou mais depois que tomou gol. Tivemos que nos fechar e tomamos um gol. Fizemos um bom jogo em cima do que pudemos fazer no momento com muitos jogadores machucados e depois de perder mais dois durante o jogo.

Givanildo Oliveira lamentou que o time não conseguiu colocar em prática o que foi treinado durante a semana. E, também, por não ter aproveitado os contra-ataques.

- A gente treina, treina, mas algumas coisas não acontecem. Muito porque do outro lado tem um adversário. E segurar aquele volume do Cruzeiro foi difícil. Temos que estar mais preparados. É o que a gente fala toda hora para os jogadores. Estávamos arrumados, bem postados, mas não conseguimos sair no contra-ataque. Podíamos ter feito o segundo.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/america-mg/noticia/2016/05/givanildo-lamenta-ausencias-e-admite-superioridade-do-rival-nao-sou-cego.html

Ruim para os dois: Cruzeiro e América ficam no empate e seguem no Z-4




BRASILEIRÃO 2016

04ª RODADA


Coelho, que ainda não perdeu para o rival no ano, sai na frente com Victor Rangel, mas time celeste busca o empate com Arrascaeta; Técnicos são expulsos no fim




Por
Belo Horizonte




No primeiro encontro entre Cruzeiro e América-MG no Campeonato Brasileiro, os rivais mineiros empataram em 1 a 1 e seguem sem vencer na competição. O resultado no Mineirão teve gosto amargo para os dois times, que seguem na zona de rebaixamento e ainda não venceram no Brasileirão (veja os melhores momentos no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).

Em quatro jogos contra o Cruzeiro nesta temporada, o América-MG ainda não conheceu a derrota.
No primeiro tempo, Victor Rangel concluiu na única boa chance do América-MG e fez 1 a 0. Na etapa final, Arrascaeta, aproveitando grande passe de Robinho, deixou tudo igual para o Cruzeiro. Partida que terminou com a expulsão dos dois treinadores após discussão à beira do gramado.
Em busca da primeira vitória, o Cruzeiro volta a campo na próxima quarta-feira, quando enfrenta o Botafogo, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília. Na mesma situação está o América-MG, que tem a Ponte Preta pela frente, na quinta-feira, no Independência.

Atacante do América-MG Victor Rangel comemora o gol que marcou em cima do Cruzeiro (Foto: Reprodução/Premiere)Victor Rangel abriu o placar no primeiro tempo (Foto: Reprodução/Premiere)
Muita disputa


O jogo começou muito brigado no meio de campo, mas sem muita inspiração. O América-MG dava campo para o Cruzeiro jogar, mas o time azul não conseguia criar boas chances. Apagado, Arrascaeta, que era o cara para controlar o ataque e municiar os companheiros, não conseguia criar boas chances. Até tentou em chute de longe, mas sem direção.

O estilo proposto por Paulo Bento mais uma vez ia dando certo, com o Cruzeiro melhor e tomando as ações da partida. Mas o "ia dando certo" é porque novamente o time saiu atrás. Assim como nos dois jogos anteriores, um vacilo deixou o time em desvantagem. Melhor para o América-MG, que aproveitou a bobeira da zaga e fez 1 a 0 com Victor Rangel, aproveitando domínio errado de Claudinei e abrindo o placar. Em vantagem, o Coelho controlou o resultado e João Ricardo, com grande defesa em chute de Willian, segurou o 1 a 0.

Arrascaeta comemora o gol de empate no clássico (Foto: Reprodução/Premiere)Arrascaeta empatou o clássico na etapa final (Foto: Reprodução/Premiere)
Coelho fechado, Raposa ofensiva


Se com o 0 a 0 o América-MG já não se arriscava tanto, em vantagem o time se fechou completamente. Do outro lado, Paulo Bento mexeu logo no intervalo, sacando Gino, muito mal no jogo, e colocando Douglas Coutinho. A alteração deixou o Cruzeiro muito ofensivo, proporcionando uma blitz logo de cara, mas sem chances claras.

A torcida precisava de algo para voltar a apoiar o time. Paulo Bento entendeu, e aos 13 minutos chamou Robinho para a estreia. O volante entrou dando muito mais movimentação e criando chances de perigo, mas Willian parou em grande defesa de João Ricardo. De tanto pressionar, o Cruzeiro chegou ao empate com Arrascaeta, aos 36 minutos. Apagado no segundo tempo, o uruguaio aproveitou bola de Robinho e bateu sem chances para João Ricardo.

Com tempo no relógio para buscar a virada, a torcida empurrou o Cruzeiro e o time foi para cima. O espaço no contragolpe quase resultou em gol de Sávio, mas Fábio evitou que o América-MG voltasse a liderança do placar. No final, com o clima já muito quente, Paulo Bento e Givanildo Oliveira se desentenderam, e os dois acabaram expulsos pelo árbitro - o treinador americano reclamou da falta de fairplay do técnico cruzeirense, que orientou os jogadores a não devolver a bola após sair pela laterl.

Leandro Guerreiro; Bruno Ramires; Cruzeiro; América-MG (Foto: Washington Alves/Light Press)
Leandro Guerreiro e Bruno Ramires disputam 
bola observados por Arrascaeta (Foto: 
Washington Alves/Light Pr


FONTE:

Diretor envia uma banana a ministro (sic) da Saude de Temer




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/diretor-envia-uma-banana-a-ministro-sic-da-saude-de-temer



Fábio Mesquita pede demissão por incompatibilidade com atual governo


publicado 28/05/2016
barros
O engenheiro Barros dispensou um técnico e colocou a mulher na comitiva!
Saiu no Viomundo:


Diretor do Ministério da Saúde se demite denunciando retrocessos sob Ricardo Barros

Diretor do Departamento de Aids, Fábio Mesquita, pede demissão por incompatibilidade com atual governo

27/05/2016, na Agência de Notícias da Aids

Fábio Mesquita, diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais há três anos, anunciou hoje em sua página no Facebook que está  saindo do governo.

“Desculpa, gente, não deu mais, pedi hoje para sair deste Governo Ilegítimo e conservador que ataca os direitos conquistados sem dó. Lutarei sem descanso pelo SUS de qualidade que sempre sonhamos e por um mundo mais tolerante com a diversidade. Obrigado por todo apoio nestes 3 anos!”, escreveu ele.

Fábio também escreveu uma carta aberta na qual explica suas razões e diz que segue no Departamento até a publicação de sua exoneração no “Diário Oficial da União”.

Ele assumiu o Departamento em julho de 2013.

Formado em medicina pela Universidade Estadual de Londrina, é doutor em saúde pública pela USP (Universidade de São Paulo). Coordenou os Programas Municipais de DST/Aids em Santos, São Vicente (litoral de SP) e São Paulo.

Chefiou as unidades de Prevenção e Direitos Humanos do então Programa Nacional de Aids do Ministério da Saúde.

Foi fundador e é membro honorário permanente da Associação Internacional de Redução de Danos (em inglês International Harm Reduction).

Antes de ser convidado para assumir a direção do Departamento de Aids, era membro do corpo técnico da Organização Mundial de Saúde (OMS), atuando no escritório do Vietnã, com base em Hanoi.

Carta Aberta de Fábio Mesquita

Por que deixo o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde depois de três anos à frente da Pasta

Minha gestão à frente do DDAHV começou em Julho de 2013 quando o então Ministro Alexandre Padilha me convidou para deixar meu trabalho de oito anos no exterior, seis dos quais na Organização Mundial da Saúde, para voltar ao Brasil e dirigir a vitoriosa política pública de DST/AIDS e Hepatites Virais do país.

O dilema entre resistir dentro do governo provisório em defesa do SUS ou encerrar um ciclo de gestão arrojada chega ao fim em apenas 13 dias.

Os problemas que afetam a política pública de saúde no Brasil não começaram neste governo provisório, mas em poucos dias foram intensificados de maneira alarmante.

Já convivíamos internamente, há certo tempo, com inúmeras imposições político-partidárias, como a inclusão – ainda na gestão do então ministro da Saúde Arthur Chioro – do ex-secretário de saúde Municipal de Maringá, Antônio Nardi, na cota do Partido Progressista, como secretário de Vigilância em Saúde, contrariando a história dessa Secretaria – que, desde a sua criação, sempre foi dirigida por profissionais de Saúde Pública altamente qualificados.

Também na Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), o governo da Presidenta Dilma, legitimamente eleita pelo voto popular, tolerou a inserção do psiquiatra Valencius, contrariando toda a história da luta antimanicomial no Brasil, liderada por governos do Partido dos Trabalhadores e aliados, gerando uma manifestação inédita do movimento antimanicomial contra um governo do PT.

Cortes de gastos na Saúde haviam sido impostos já no governo Dilma em 2015 e 2016, mas nada que chegasse a comprometer os princípios constitucionais, como a vinculação orçamentaria dos recursos da Saúde.

O poema do brasileiro Eduardo Alves da Costa: No Caminho, com Maiakowski, retrata bem esse processo de subtração gradativa de conquistas:  “Na primeira noite eles se aproximam, roubam uma flor do nosso jardim. E não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem: pisam as flores, matam nosso cão, e não dizemos nada. Até que um dia, o mais frágil deles entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a luz e, conhecendo o nosso medo, arranca-nos a voz da garganta. E como não dissemos nada, já não podemos dizer mais nada”.

Chegamos exaustos da batalha perdida em defesa da democracia, ao governo provisório de Michel Temer – um governo que se inicia com uma composição de ministros (homens, brancos e héteros, vários deles líderes religiosos fundamentalistas) que em nada representam a diversidade da população brasileira ou a inexorável conexão com o século 21 (como disse o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, ao justificar o seu honroso ministério, composto de 50% de mulheres).

No anúncio de sua política econômica, o governo provisório já antecipou significativos cortes na Saúde e na Educação – e começou a anunciar a futura desvinculação do Orçamento da União.

Na política de direitos humanos, esse governo acabou com o Ministério de Direitos Humanos –  colocando-o submetido ao Ministério da Justiça, sob comando do ex-secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Alexandre Moraes, um notório repressor dos movimentos sociais, que há pouco tempo dirigia as operações truculentas da Polícia Militar paulista, responsável por boa parte do genocídio da juventude negra e, seguramente,  a que mais viola os direitos humanos no Brasil.

Esse mesmo governo também extinguiu o Ministério da Cultura, desprezando a atividade cultural do país, menosprezando sua historia e desvalendo seu povo, voltando atrás pouco depois, graças à resistência dos movimentos populares de cultura, de artistas e intelectuais, por todo Brasil.

Com relação à política pública sobre drogas, o governo interino transferiu a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) para o Ministério do Desenvolvimento Social, sob a coordenação do ministro Osmar Terra, que propõe a hegemonia das Comunidades Terapêuticas – diga-se de passagem, já imposta secundariamente pela senadora do PT, Gleisi Hoffmann, durante o primeiro governo de Dilma Rousseff .

Essa proposição do Ministro Osmar Terra de política pública sobre drogas no Brasil dá todo poder ao setor privado, ressaltando que não há nenhuma evidência de que essas instituições funcionem, porque, em sua maioria, são de caráter religioso e não são do ponto de vista técnico-científico, nem comunidades, nem terapêuticas.

Voltemos então ao Ministério da Saúde, que é o meu lugar de fala.

Para ele, o presidente interino convidou um engenheiro e deputado federal do Partido Popular, Ricardo Barros, para ocupar o posto de ministro da Saúde.

Essa negociação político-partidária – que rifa o Ministério da Saúde – já havia de fato ocorrido também no governo Dilma, mas Marcelo Castro que teve um curto mandato, era um parlamentar médico e um ser humano extremamente decente.

Para começar, foi um dos únicos aliados da base governista que não traiu Dilma Roussef durante as votações do impeachment.

Além disso, deu suporte a todas as ações do DDAHV, prestigiando e celebrando suas conquistas e tendo uma postura ética com os funcionários, mesmo quando em eventual discordância técnica.

Ricardo Barros, por sua vez, já chegou anunciando que ia diminuir o SUS e incentivar o aumento de planos de saúde; se propôs a cortar os médicos cubanos do programa Mais Médicos; e passou a dar voz aos setores mais reacionários de minha categoria profissional.

Recentemente, em sua primeira missão internacional na Assembleia Mundial de Saúde da Organização Mundial da Saúde, na Suíça, seus assessores argumentaram que precisava viajar com uma delegação menor – provável justificativa para a ausência da diretoria do DDAHV na delegação, apesar de estarem sendo votadas as estratégias quinquenais de DST, AIDS e hepatites virais – mas sua esposa, inexplicavelmente, compôs a delegação oficial.

E mais, em onze dias após a  sua posse – no dia 24 de maio de 2016 –, houve a nomeação apenas da Secretaria Executiva: o coração político e de gestão do dinheiro do Ministério.

Apesar das gravíssimas epidemias de zika, dengue, chikungunha e H1N1 não houve, até o momento (agora 13 dias após a posse), nomeação de nenhum outro secretário, nem mesmo para a Secretaria de Vigilância em Saúde, responsável pelo controle dessas epidemias.

O único nomeado até agora, foi o ex-secretário de Vigilância em Saúde, Antônio Nardi, promovido a secretário-executivo, que é a mesma coisa que ser um vice-Ministro.

Desde então ele tornou-se responsável pelo manejo da maior fatia do orçamento do Ministério da Saúde.

Já não era tarefa fácil suportar os desmandos de Nardi  durante este último ano de minha gestão – pelo constante assédio moral dirigido aos trabalhadores do SUS; pela arrogância de, mesmo sem formação adequada, ou sensibilidade necessária, portar-se como se fora um  profundo conhecedor de um campo tão vasto quanto a Vigilância em Saúde; e pela deselegância, no trabalho; de seu constante uso de gritos e xingamentos, por vezes destinados a funcionários de menor posição.

Conduta evidentemente inadequada  particularmente a alguém que ocupa cargo tão relevante no serviço público, e que está à frente de um setor que prima, entre outras coisas, pela promoção dos Direitos Humanos.

Há hoje incontáveis exemplos de suas frases memoráveis circulando pelos corredores do Ministério da Saúde.

Em uma das reuniões do Colegiado de Diretores da SVS, contrariado com um dos Diretores que buscou apoio do Gabinete do Ministro para solucionar um problema que ele  se negou a resolver,  bateu na mesa e com uma palavra de baixo calão, se disse o dono da SVS para espanto de todos.

Essas posturas inadequadas, no entanto, são detalhes, diante de seu mais recente arroubo de truculência.

Enquanto o ministro estava em Genebra, Nardi, atuando interinamente, despachou um documento PROIBINDO a participação do diretor ou de qualquer outro funcionário, consultor ou colaborador do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde no Encontro de Alto Nível das Nações Unidas em HIV/AIDS, que será realizado entre os dias 8 e 10 de junho, em Nova York.

Trata-se de um importante encontro  sobre  AIDS, e sobre o que fazer para garantir o controle da epidemia de AIDS até 2030, meta dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, do qual o Brasil é signatário.

Em 31 anos de existência formal da resposta brasileira à epidemia de AIDS, essa será a primeira ausência dos técnicos que trabalham com o tema em um fórum tão crucial, se esta sandice prosperar.

Os ataques de Antônio Nardi à política brasileira de DST, de AIDS e de Hepatites Virais foram incontáveis ao longo desse último ano, no entanto, até o presente momento, eram sempre superados através da intercessão da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde ou do próprio gabinete do Ministro.

Por esse motivo, muitas dessas tentativas de ataque e retrocessos passaram quase que imperceptíveis aos que estão de fora do Ministério da Saúde, mas foram motivos para muito desgaste, stress e desânimo por parte da equipe à frente do Departamento.

Portanto, diante desse governo provisório lamentável e conservador – e diante desse ministro da Saúde e de seu secretário executivo – e especialmente diante dos mais recentes ataques à independência e autonomia técnica que sempre gozei ante meu trabalho com os quatro Ministros que trabalhei anteriormente, infelizmente me dou conta de que resistir de dentro do DDAHV, neste governo provisório,  não será mais possível.

Certamente, continuarei a defender o SUS que ajudei a construir (ainda como parte do Movimento da Reforma Sanitária) nos anos 1980, com tantos companheiros e companheiras de luta e, com certeza, jamais deixarei de combater as infecções sexualmente transmissíveis, a AIDS e as hepatites virais; e a lutar pela vida das pessoas que dependem dessas políticas públicas.

Enquanto estiver vivo, dedicarei a minha vida para a promoção dos Direitos Humanos de homens e mulheres transexuais, bissexuais, gays e lésbicas, pessoas que usam drogas, profissionais do sexo, jovens, negros, indígenas, mulheres e às pessoas vivendo com HIV e aos portadores de hepatites virais e IST’s,  consistentemente com a minha história.

Estes são os irmãos de jornada aos quais tive orgulho de escolher para serem meus companheiros, amigos e cúmplices nessa estrada, e que são a expressão maior dos motivos que me levam a dedicar minha vida pessoal e profissional a essa causa.

Seguirei lutando a partir de outro endereço.

Não importa qual, mas não mais como diretor do Departamento que tive a honra de dirigir durante quase três anos.

Peço exoneração amanhã, dia 27 de maio de 2016, torcendo para que essa política do Estado Brasileiro seja preservada por quem quer que assuma esta diretoria, e enquanto durar esse governo provisório.

Sigo no Departamento até a publicação de minha exoneração no Diário Oficial da União, e sigo na luta pelo SUS com o qual sonhamos, onde quer que eu esteja.

Por fim, agradeço a todos aos funcionários e agregados do Departamento de DST, AIDS e Hepatites Virais por seu trabalho incansável e militante; aos trabalhadores e trabalhadoras da SVS e do Ministério da Saúde que dedicam suas vidas à construção do SUS; a todos (as) os (as) pesquisadores (as) e profissionais de saúde que trabalham no tema no Brasil, com destaque à Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), à Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) e à Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT).

Agradeço à sociedade civil organizada, incluindo todas as entidades de pessoas vivendo com HIV, pessoas vivendo com Hepatites Virais, jovens, mulheres, negros, indígenas, populações trans, de gays, lésbicas e bissexuais, pessoas que usam drogas, profissionais do sexo e de varias outras organizações que contribuíram de maneira destacada para o aprimoramento da luta por diretos humanos, pela diversidade e por um SUS de qualidade, inovador e baseado em evidências científicas.

Agradeço ainda à parceria sempre presente dos (as) colegas do Itamaraty, de agências da ONU como a OMS, UNAIDS, UNICEF, UNFPA, UNESCO, UNODC, PNUD, ONU Mulheres, Banco Mundial dentre outras, bem como às agências bilaterias como o CDC dos Estados Unidos da América.

Agradeço ainda a todos (as) os (as) coordenadores (as) municipais e estaduais de DST, Hepatites Virais e HIV/AIDS de todo o país por seu compromisso com as causas comuns e alinhamento com o DDAHV.

Parafraseando Darci Ribeiro “eu sinto de não ter sido vitorioso em todas as minhas causas, mas os fracassos são minhas vitórias e eu detestaria estar no lugar de quem me venceu”.

Fábio Mesquita
Médico – Doutor em Saúde Pública
Militante do SUS

Vídeo: "vaza, traidor!" "Traidor" é o Cristovão Buarque...




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/video-vaza-traidor-traidor-e-o-cristovao-buarque


"Mulheres do Ceará não aceitam que a Democracia seja conspurcada!"


VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA

LULA SERÁ PRESO QUANDO O SENADO ENFORCAR A DILMA




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/lula-sera-preso-quando-o-senado-enforcar-a-dilma



O problema é a D. Marisa dizer: o Lula mandou votar no ...


publicado 28/05/2016
bessinha gran circus
Como diria o Mino Carta, é do conhecimento do mundo mineral que o Lula será preso imediatamente após o Senado votar pela segunda vez e, pela segunda vez, enforcar a Dilma.

Isso deve acontecer, segundo os planos do “relator” Anastasia, no mês fatídico de Agosto.

Não se recomenda prender o Lula antes disso, porque o pau pode comer e tumultuar a cerimônia de enforcamento da Dilma.

Afinal, existe a remota hipótese de o povo prestar atenção ao assalto às conquistas sociais,como a extinção do programa de Minha Casa para os pobres.

Por isso, Lula deve ser algemado pelo Japa Bonzinho e, quando o enforcamento estiver consumado, será encarcerado em Curitiba, onde, provavelmente, será obrigado a usar aquele mictório que a PF grampeou – segundo as reportagens irrefutáveis do Marcelo Auler!

(Veja aqui que a Justiça (sic) de Curitiba impediu o Auler de divulgar qualquer coisa relacionada ao papel republicano da PF!)

Antes do Lula, deve ser devidamente encarcerado o Edinho, que, segundo o Moro e o TSE do Gilmar, roubou descaradamente o dinheiro que as empreiteiras deram – e mais ainda ao Aecím – à campanha da Dilma!

(Clique aqui para ler o mais recente – e inútil – desmentido da Dilma)

Como o Lula, o Edinho não escapa da Torre de Londres!

(Como a Dilma, provavelmente também não…)

Só tem um problema: a prisão do Lula vai fazer o pau comer!

E mesmo que o Lula não possa se candidatar em 2018 – objetivo central da Lava Jato -, a D Marisa – se não for presa, também – sempre poderá dizer: o Lula mandou votar no …

Em 1950, o Vargas, deposto, mandou votar no Dutra (um mau passo) e elegeu o Dutra…

Que bom que o Moro não entende nada do que se passa além de Maringá!

Ele nem desconfia que a corrupção na política italiana aumentou DEPOIS da Operação Mãos Limpas!

PHA

Lula: policiais e promotores "repugnantes"!




FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/lula-policiais-e-promotores-repugnantes


Com falta de provas, condenam o Lula no PiG!

publicado 28/05/2016
bessinha porta dos fundos
Conversa Afiada reproduz nota à imprensa publicada pelo Instituto Lula:


Sem provas contra Lula, MPF vaza diálogo inventado

São Paulo, 27 de maio de 2016, 

Pedro Correa foi condenado pelo juiz Sergio Moro a mais de 20 anos de cadeia por ter praticado 72 crimes de corrupção e 328 operações de lavagem de dinheiro. Foi para não cumprir essa pena na cadeia que ele aceitou negociar com o Ministério Público Federal uma narrativa falsa envolvendo o ex-presidente Lula, inventando até mesmo diálogos que teriam ocorrido há 12 anos.

É repugnante que policiais e promotores transcrevam essa farsa em documento oficial, num formato claramente direcionado a enxovalhar a honra do ex-presidente Lula e de um dos mais respeitáveis políticos brasileiros, o falecido senador José Eduardo Dutra, que não pode se defender dessa calúnia.

O Estado de Direito não comporta esse tipo de manipulação, insidiosa e covarde, nem por parte dos agentes públicos nem dos meios de comunicação que dela se aproveitam numa campanha de ódio e difamação contra o ex-presidente Lula.

A utilização desse recurso nojento é mais uma evidência de que, após dois anos de investigação, a Lava Jato não encontrou nenhuma prova ou sequer indício de participação de Lula nos desvios da Petrobras, porque o ex-presidente sempre agiu dentro da lei. E por isso apelam a delações mentirosas.

Um Supremo Tribunal da Farsa?




FONTE:
http://jornalggn.com.br/noticia/um-supremo-tribunal-da-farsa-por-juarez-guimaraes


Um Supremo Tribunal da Farsa?, por Juarez Guimarães

Da Carta Maior
 
O STF que deveria ser o principal guardião institucional da Constituição democrática, vem sendo escandalosamente o principal legitimador de sua violação.
 
Juarez Guimarães
 
Frente a um Congresso Nacional enxovalhado por denúncias de corrupção e a um golpista interino que já assume com esmagadora rejeição da opinião pública, o sistema judiciário que vai da Lava-Jato a Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal passou a ser a principal peça de legitimação do golpe. Se é verdade que até a mais violenta ditadura ou regime de exceção  procura uma razão jurídica para cobrir a sua ilegitimidade, é preciso identificar que a singularidade da situação brasileira é exatamente que o processo de judicialização está desde o início no centro da sua viabilização e legitimação. Este foi exatamente o ponto da retórica do representante dos EUA em reunião da OEA: a legalidade prova que o impedimento da presidenta pelo funcionamento maduro das instituições da democracia não é golpe!
Esta retórica de que o poder democrático migrou definitivamente para o arbítrio de tribunais  veio a público no dia 23 de abril, em um Fórum promovido pela revista Veja, em palestra do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, e do juiz Moro. A fala do ministro do STF, exatamente pelo progressivismo de suas posições, é a testemunha mais gritante da defesa do poder absoluto de sua corporação.

Esta retórica do poder absoluto do STF compõe-se de três peças. A primeira é a completa desqualificação da política: “O sistema político é um filme de terror que, tal como é hoje, reprime o bem e potencializa o mal”. Daí, a sequência acriticamente apologética: “Se punir corruptos fosse a regra, Moro e Joaquim Barbosa não seriam heróis nacionais”. Em sua palestra, o ministro defendeu inclusive o fim do foro privilegiado para políticos em exercício de suas funções.

Em seguida, a defesa da completa neutralidade e impossibilidade da corrupção não apenas do poder judiciário mas de qualquer membro do Supremo Tribunal Federal: “Acesso no sentido de influenciar com qualquer componente indevido uma decisão do ministro do Supremo, eu duvido muito que isto aconteça. Acho que isso é uma não possibilidade, isso, simplesmente, não acontece.”

A terceira peça retórica é a afirmação do sentido absoluto do STF, isto é, a sua posição de decidir por último e de forma incondicionada na democracia: “É impensável que alguém tenha a capacidade de paralisar as investigações. Ou que qualquer pessoa pode ter acesso ao Supremo para parar as investigações. O ministro que chega ao Supremo só responde à sua biografia e a mais ninguém.”

Esta retórica deve ser justa e democraticamente  denunciada como uma retórica do Terror  judicial. Pois é exatamente - como se estuda nas teorias republicanas e  democráticas – quando se judicializa  plenamente a democracia que mais se politiza o poder judiciário. É exatamente o contrário do que afirma Barroso: torna-se impensável, uma não possibilidade, em que em um ambiente de acirradas lutas judicializadas, o poder judiciário não seja, ele próprio, vazado, atravessado e submetido às forças políticas em luta pelo poder.

Moro e Joaquim Barbosa não são “heróis nacionais”. São personagens midiáticos de um populismo penal que foram mitificados exatamente porque utilizaram seu poder seletivamente para punir políticos aos quais as grandes empresas de mídia fazem oposição.

Quando à afirmação de que “um juiz do Supremo só deve responder à sua biografia”, ela não passa de um delírio escandaloso de poder absoluto. Até a tradição que legitimava o poder absoluto dos reis afirmava que eles, afinal, deviam prestar contas a Deus por seus atos. E não apenas a si próprios. Está na Constituição democrática brasileira que um juiz do Supremo pode vir a sofrer impedimento caso cometa crime de responsabilidade contra a Constituição que deve defender.

Treze perguntas e uma sentença

Qualquer tribunal , que seguisse os preceitos democráticos e de defesa dos direitos humanos da ONU, decidiria exatamente em oposição ao STF brasileiros nas treze questões seguintes. Não há como negar que o STF brasileiro vem sistematicamente decidindo, por abuso de poder ou por vergonhosa omissão, contra a Constituição e contra as leis democráticas.

Pode um juiz federal decretar prisões em série por tempo indeterminado de acusados antes de serem julgados, passando por cima da presunção da inocência, do direito de defesa, do devido ônus da prova, por cima de razões excepcionais e legítimas que justifiquem a prisão cautelar?

Pode um juiz federal ou a procuradores federais dirigirem um processo de acusação que viola diariamente o segredo de justiça previsto em lei, que vaza de forma seletiva e politicamente orientada delações premiadas para empresas de mídia partidarizadas?

Pode um juiz federal e um procurador-geral da República repassar para uma empresa de mídia gravações telefônicas criminosas, obtidas sem autorização, da presidente da República?

Pode um juiz federal mandar grampear escritórios de advocacia que atuam em defesa dos acusados em processo que dirige?

Pode um juiz federal, de forma reiterada, e de forma acintosamente midiática contra um ex-presidente da República, impor depoimentos coercitivos a pessoas que nem estão indiciadas e que se dispõem civilmente a prestar depoimentos?

Podem agentes da Polícia Federal responsáveis por dirigir investigações, de profundo impacto político, promover publicamente campanhas de difamação da presidente da República?

Pode um membro do STF emitir juízos partidários, reunir-se secretamente e promover seminários com lideranças partidárias que o indicaram para ministro, defender e violar escandalosamente o princípio da imparcialidade em julgamentos a favor de seu partido?

Pode um ministro do STF de públicos e notórios vínculos, protagonismos e juízos partidários presidir um Tribunal Superior Eleitoral?

Pode um STF impedir a posse, por decisão monocrática, de um cidadão ex-presidente não indiciado ou sequer acusado de tomar posse como ministro e, logo depois, permitir que nove ministros investigados por corrupção assumam seus cargos em um novo governo ilegítimo?

Podem ministros do STF sistematicamente omitirem juízos públicos prévios a processos que irão julgar sem o exame qualificado das razões que virão a justificá-los?

Pode o Procurador-Geral da República vazar criminosamente trechos de delação premiada, sob segredo de justiça, de um senador que acusa a presidenta Dilma e o ex-presidente Lula para justificar midiaticamente um pedido de seus indiciamentos?

Pode o STF, casuisticamente e sem amparo legal,  decidir em horas a prisão de um senador flagrado em fala gravada sem autorização judicial de manifestar intenção de influenciar ministros do STF e, logo depois, nada decidir sobre  outro senador, presidente de um partido, ministro e reconhecido com um dos principais articuladores do golpe parlamentar, que declara haver conspirado com ministros do STF para abafar a investigação sobre corrupção?

Pode o STF permitir que um presidente da Câmara Federal, gravemente denunciado e com provas robustas de corrupção sistemática, dirija e organize o processo de impeachment de uma presidente sob a qual não pesa nenhuma acusação?

Enfim, uma sentença. Vários ministros do STF, com exceção de dois, já anteciparam seus votos de que não são a favor de um julgamento de mérito do processo de impeachment por crime de responsabilidade em razão de um princípio de “auto-contenção” do poder Judiciário frente ao poder do Congresso Nacional. O argumento é claramente inconstitucional: a Constituição prevê exatamente que o papel do STF, tendo como referência os princípios previstos na constituição, zele para que nenhum dos poderes da República cometa abusos de poder. Se não há crime de responsabilidade claramente tipificado, o processo de impeachment é golpe. O que caracteriza o mais grave abuso de poder!

Nem coerente é: o STF não decidiu pelo “afastamento temporário” do presidente da Câmara mas, oportunisticamente, só após a votação do impeachment na Câmara Federal? A auto- contenção só vale para legitimar o golpe, para tirar sua mancha após o acontecido? Ou para favorecê-lo como no caso do impedimento arbitrário da posse de Lula?

Se o STF decidir pela legalidade do impeachment, então, ele terá consolidado – uma teoria republicana e democrática não autorizaria senão este juízo –  o seu insubstituível papel de Supremo Tribunal da Farsa!

Democracia contra o Terror judicial

Se é verdade que o STF assume crescentemente o papel de principal fiador do governo golpista e ilegítimo de Temer – que está sendo escandalosamente protegido de ser indiciado  pelo Procurador-Geral da República, apesar de inúmeras denúncias e provas de corrupção - , então, a denúncia da inconstitucionalidade de suas decisões, de seu arbítrio, de seu casuísmo sempre a favor do golpe, de sua evidente parcialidade, deve ocupar um lugar central  na luta democrática.

Esta luta democrática deve ser travada em dois níveis, nacional e internacionalmente. Em primeiro lugar, é preciso dar voz, dar publicidade, ouvir e amplificar  as razões da imensa massa de juristas que vêm criticando, denunciando e condenando o processo de judicialização do golpe. O povo brasileiro precisa hoje das razões do constitucionalismo democrático e republicano para defender seus direitos como de um pão para quem tem fome.

Em segundo lugar, já é hora da Frente Brasil Popular e da Frente Povo sem Medo  colocarem no centro da pauta o impedimento do ministro Gilmar Mendes, como já propôs o sempre brilhante colunista Jefferson Miola, e uma campanha pública para que o STF julgue pela ilegalidade do impeachment sem crime de responsabilidade.

É o caminho democrático e republicano na luta contra a corrupção que deve prevalecer. O que o STF está a fazer, de fato, é proteger a grande coalizão PSDB/PMDB que hoje organiza a impunidade dos corruptos.