quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Amigos fora de quadra, Bruno e “novo Emanuel” lamentam fim de parceria

Capixaba convidou Luciano para jogar com ele durante o período de recuperação de Alison de uma cirurgia. Dupla deu liga e chegou a ser campeã em uma etapa


Por
João Pessoa


Bruno e Luciano, vôlei de Praia (Foto: Paulo Frank / CBV)Luciano e Bruno se deram bem juntos temporariamente (Foto: Paulo Frank / CBV)


No ano passado, quando Alison “Mamute” decidiu dar uma pausa do vôlei de praia para tratar uma dor que o incomodava desde as Olimpíadas de Londres, em 2012, e passar por uma cirurgia no joelho, o capixaba Bruno Schmidt precisou se desdobrar na temporada. Sonhando com uma vaga olímpica e com muita vontade de jogar vôlei de praia, ele teria de se virar sem o seu parceiro nas etapas restantes do Circuito Brasileiro da modalidade. Mas a salvação estava “a cinco minutos de casa”. Amigo de longa data e “quase vizinho” de sua família no Espírito Santo, Luciano surgiu como solução. Mas eles nunca poderiam pensar que a química seria tão perfeita. Os resultados vieram rapidamente. Nas duas primeiras etapas juntos, um vice em São José, Santa Catarina, e um título em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Em Fortaleza, caíram nas quartas. Ou seja, a parceria temporária deu liga.

Na última, disputada em João Pessoa, na Paraíba, os dois caíram na mesma fase que na etapa cearense. Recuperado e com “fome de bola”, “Mamute” está pronto para voltar. O retorno, aliás, não será no Circuito Brasileiro, mas no desafio "Melhores do Mundo", entre Brasil e Estados Unidos, de 26 de fevereiro a 1 de março na Praia de Copacabana, Zona Sul do Rio de Janeiro, contra fortíssimas duplas americanas, como Phil Dalhausser, o número 1 do mundo, e seu parceiro Rosenthal. Apesar de já estar treinando com Alison, Bruno admite que sentirá saudades da dupla vitoriosa com Luciano.

- Eu não gosto nem de pensar nisso (risos), mas chegou o momento da despedida. O Lu é um amigaço que eu tenho, quero muito bem. Nossas famílias frequentam os mesmos lugares.  Ele mostrou que é um jogador top, assimilando tudo de modo perfeito. Obviamente não esperava isso. 
Fui pego num momento difícil, pensei em antecipar as férias, mas ainda bem que ele topou porque eu estava louco para jogar. Tomara que ele dê mais passos para frente – disse.

Bruno e Luciano são amigos de longa data e moram bem perto (Foto: Paulo Frank/CBV)
Bruno e Luciano são amigos de longa data 
moram bem perto (Foto: Paulo Frank/CBV)


Antes de jogar com Bruno, Luciano estava no Nacional, espécie de segunda divisão do Circuito Brasileiro de vôlei de praia. Enfim, teve a chance de jogar o Open, que reúne a elite. E parece não ter sentido a pressão. De dupla temporária formada às pressas, eles foram a líderes do ranking de entradas (somatório dos quatro melhores resultados das últimas cinco participações da dupla), o que os possibilitou jogar de camisa dourada, uma novidade da CBV para marcar as melhores duplas, utilizada também por Larissa e Talita, campeãs das seis primeiras etapas.

- Infelizmente, foi a última etapa nossa. Não tem preço. Fazer duas finais, ganhar uma etapa do Brasileiro... O seu nome fica na história. Ele me ensinou muitas coisas. É um cara que pensa na frente, que vai sempre jogar para ganhar etapa. Tinha o sonho de jogar com ele e concretizei. Abriu uma porta para que, quem sabe, futuramente, essa parceria possa voltar. Meu sentimento agora é que ele vá às Olimpíadas, represente o Brasil e um dia eu possa contar aos meus filhos que joguei com o cara que esteve lá e, quem sabe, levou uma medalha olímpica – afirmou o jogador, que ganhou o apelido de “Cristiano Ronaldo” por ser fã do craque lusitano.

Emanuel comemora ponto (Foto: Divulgação CBV)Bruno compara Luciano a Emanuel
(Foto: Divulgação CBV)


Bruno agradeceu os elogios feitos pelo amigo e garantiu que fará de tudo para estar nas Olimpíadas do Rio de Janeiro para presenteá-lo. Ainda empolgado, ele não economiza as palavras positivas na hora de falar do parceiro temporário. Para ele, o jogador é uma espécie de novo Emanuel, alusão ao campeão olímpico de Atenas 2004, mas com uma vantagem: a altura.

- Se assemelha muito: é leve, forte, rápido, tem um alcance absurdo. Acho que ele é um Emanuel evoluído, sem brincadeira, porque tem 1,98m. Agora depende dele. Eu passei um pouco da minha competitividade e acho que vai ser importante para a carreira do Lu. Desde que nos juntamos para agora, já vejo outro Luciano – opinou o sobrinho do jornalista Tadeu, da TV Globo, e da lenda do basquete nacional, Oscar Schmidt.

Agora, Luciano quer aproveitar a maré positiva da dupla com Bruno. Com um bons status no ranking masculino do Circuito Brasileiro de vôlei de praia, ele não pretende sair mais do Open (elite). 

Tranquilo, ainda não traça planos para o futuro. Terá um tempo para descansar e pensar em quem pode convidar para iniciar uma nova parceria, já que as duas últimas etapas da competição acontecem no Recife, de 5 a 8 de março e, em seguida, em Salvador, de 26 a 29 do mesmo mês.

- Tinha uns nomes na cabeça, mas fizeram boas etapas e foi por água abaixo. Acho que a gente tem um tempo bom, então vou esperar. Estou na vitrine. Esse sucesso, com certeza, abriu muitas portas para mim – concluiu.


saiba mais

Após apagão de 40 minutos, Rio do Sul vence Maranhão por 3 sets a 1

Com parciais de 25/21, 22/25, 25/21 e 25/16, equipe comandada por Spencer Lee acumula mais uma vitória em casa, mas segue em nono lugar na competição nacional


Por
Rio do Sul, SC

 
Rio do Sul voltou a vencer na noite desta terça-feira. Em confronto contra o Maranhão, a equipe catarinense bateu o rival por 3 sets a 1 (25/21, 22/25, 25/21 e 25/16) em duelo válido pela Superliga Feminina de Vôlei. O time catarinense segue na nona colocação, com 16 pontos conquistados, em 18 partidas - são cinco vitórias e 13 derrotas.

Rio do Sul x Maranhão (Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)
Rio do Sul bate o Maranhão em casa 
(Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)


O elenco teve dificuldade em se acertar, principalmente no segundo set, mas incentivadas pela torcida, as jogadoras do time catarinense aproveitaram-se dos erros do adversário e de jogadas pelo meio para sair com três pontos na classificação da Superliga. Camila Paracatú foi eleita pelo segundo jogo seguido como a melhor atleta da partida.

A partida começou com 40 minutos de atraso por conta de um apagão na região do bairro Canoas, na cidade catarinense. Sem contar com a oposta Natiele, o técnico Spencer Lee colocou Duda no seu lugar e deu certo no primeiro set. Na segunda etapa, porém, os erros excessivos resultaram no empate do rival, mas a equipe voltou a jogar bem 3° set, com uma parcial equilibrada. E o quarto set, com nove pontos de vantagem, foi para sacramentar mais uma  vitória ao time riossulense

- Nossa torcida que nos motivou, que deu o gás a mais para vencer. Foi difícil, jogamos mal em alguns momentos e demos a oportunidade para o Maranhão crescer - disse o técnico, ao final da partida.

Rio do Sul x Maranhão (Foto: Clóvis Eduardo Cuco/Rio do Sul)
Rio do Sul x Maranhão (Foto: Clóvis 
Eduardo Cuco/Rio do Sul)


O próximo jogo da equipe catarinense será no dia 24 de fevereiro, às 19h30, contra o Minas em  Belo Horizonte, na Arena Minas Tênis Clube. Em casa, Rio do Sul volta apenas no dia 27 de fevereiro contra o Uniara. 


FONTE:

Cruzeiro atropela o San Martin-BOL na estreia do Sul-Americano de vôlei

Com direito a 25/05 no primeiro set, time celeste supera cansaço e usa time reserva contra o adversário boliviano em seu primeiro jogo na competição


Por
San Juan, ARG
 

Os problemas enfrentados pelo Cruzeiro para chegar a San Juan, na Argentina, local onde está sendo disputado o Sul-Americano de Clubes de vôlei masculino, foram maiores do que as dificuldades do time na estreia do torneio. Contra o fraco San Martin-BOL, os reservas do time celeste não tiveram dificuldades para fazer três sets a zero, com parciais de 25/05, 25/14 e 25/08.


saiba mais

A tranquilidade na estreia não deve repetir nesta quinta-feira, quando o Cruzeiro terá pela frente o Taubaté, às 20h30 (de Brasília). O duelo entre os dois principais times do grupo e favoritos ao título da competição.

Com o cansaço por causa da viagem de mais de 30 horas até a Argentina, o técnico Marcelo Mendez poupou os titulares. Mas nem por isso o jogo foi mais fácil e o time celeste fechou a partida em pouco mais de uma hora.

O Taubaté está no Grupo B da competição junto com Bohemios, Cruzeiro e San Martin-BOL. Os dois melhores colocados avançam às semifinais para enfrentar equipes do Grupo A, composto por Unpc-ARG, Linhares-CHI e Lomas-ARG.


Tabela do sul-americano

Quarta-feira
18h – B - Taubaté (BRA) 3 x 0 Club Atletico Bohemios (URU)
20h30 – B - Cruzeiro (BRA) 3 x 0 San Martin (BOL)
23h00 – A - UPCN (ARG) x Club Linares (CHI)

Quinta-feira
18h00 – B - San Martin (BOL) x Club Atletico Bohemios (URU)
20h30 – B - Cruzeiro (BRA) x Taubaté (BRA)
23h00 – A - UPCN (ARG) x Lomas de Zamora (ARG)

Sexta-feira
18h00 – A - Lomas de Zamora (ARG) x Club Linares (CHI)
20h30 – B - Club Atletico Bohemios (URU) x Cruzeiro (BRA)
23h00 – B - Taubaté (BRA) x San Martin (BOL)

Sábado (semifinais)
20h30 – 1º A x 2º B
22h30 – 1º B x 2º A

Final (domingo)
22h – confronto dos dois vencedores


FONTE:
http://glo.bo/16UqA4P

Jovens promissores, Duda/Carol Horta e Guto/Allison focam em Tóquio 2020

Em ascensão, atletas querem usar os Jogos de 2016, no Rio, como objeto de estudo para futuro, e negam pressão pelo rótulo de “joias”: “Levamos de maneira positiva”


Por
Rio de Janeiro e João Pessoa
 
Duda Vôlei de Praia 15 anos (Foto: Paulo Frank/CBV)Duda é uma joia do vôlei de praia nacional
(Foto: Paulo Frank/CBV)


Esporte vitorioso no Brasil, dono de inúmeras medalhas olímpicas, títulos mundiais e prêmios individuais da FIVB, o vôlei de praia já traça seu caminho rumo ao futuro. Com as Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016, na mira para nomes consagrados como Ricardo, Emanuel, Bruno Schmidt, Alison, Larissa, Talita, Juliana e Maria Elisa, entre outros, as jovens promessas da modalidade direcionam o foco para os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

No feminino, o destaque é para a dupla em franca ascensão formada pela sergipana Duda, de 16 anos, e pela cearense Carolina Horta, de 22. A primeira é tratada como uma joia pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e, das jovens jogadoras do Circuito Brasileiro, é quem chama mais a atenção. Filha da ex-jogadora Cida, que sempre a acompanha nas partidas, ela foi bicampeã mundial sub-19, levou ouro nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, e bronze nos Jogos Sul-Americanos de Santiago, no Chile. Carol Horta tem feito boas atuações e complementa muito bem a parceria com a atleta de Sergipe.

- As Olimpíadas do Rio de Janeiro vão ser ótimas para ver, estudar e entender como são os Jogos de verdade. Vai ser muito legal. Duplas como Talita e Larissa e outras tão experientes quanto são muito fortes, mas estamos trabalhando para enfrentar rivais como essas, porque nada é impossível. Claro que elas estão muito avançadas e em um ritmo olímpico, mas nós vamos conseguir. Isso tudo serve de experiência para nós. Queremos pegar o que elas têm de bom e aplicar na nossa parceria – disse a sergipana, que é treinada pelo técnico Reis Castro, heptacampeão do Circuito Mundial com a ex-dupla Juliana e Larissa.

Duda e Carolina Horta vencem primeira etapa do Circuito Sul-Americano de vôlei de praia (Foto: Divulgação/CBV)
Carolina Horta e Duda vivem boa fase juntas 
(Foto: Divulgação/CBV)


A vida que Duda leva atualmente é voltada para o vôlei de praia. Ela está no terceiro ano do ensino médio, o “mais difícil”, segundo ela. Mas o próprio colégio ajuda. Os professores entendem que ela não é uma aluna comum e sabem que cobrar dela do mesmo modo que cobram de outros estudantes só a prejudicaria em seu objetivo maior. Além disso, é um momento para se desligar um pouco das areias. A maturidade da menina pode ser comprovada com sua resposta quando questionada sobre o futuro. 

Futuro é o vôlei, mas posso fazer uma faculdade à distância. O dia que meu corpo não aguentar, vou precisar 
Duda

- Eu vou fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Não vou focar muito nisso agora porque tem o esporte. Meu futuro é o vôlei, mas posso fazer uma faculdade à distância agora ou mais para o futuro, porque o dia que meu corpo não aguentar, eu vou precisar. No momento, está tudo indo muito bem. Minha parceria é nova, mas está fluindo, me sinto muito à vontade de jogar com ela (Carol Horta). 

As duas estão em ótima fase. Na etapa de Fortaleza do Open, chegaram à melhor colocação juntas. Ficaram em quarto lugar, tendo perdido a disputa do bronze para as experientes irmãs Maria Clara e Carol, do Rio de Janeiro. Sem pressão, elas vão trilhando seu caminho de vitórias e já desbancam duplas experientes. Se o rótulo de “promessa da nova geração” incomoda? Pelo contrário.

- A gente gosta. Há pessoas que nos enxergam dessa maneira, e levamos de uma forma positiva. É só jogar à vontade e feliz que tudo vai dar certo – falou Duda.


PRIMEIRA FINAL de etapa premiou GUTO/ALLISON

Guto vôlei de praia (Foto: Divulgação / CBV)Guto diz que foi emocionante vencer Ricardo e Emanuel em Fortaleza (Foto: Divulgação / CBV)


Se Duda e Carol Horta formam a dupla a ser observada entre as jovens atletas do Circuito Brasileiro no feminino, entre os homens, esse posto é de Guto, do Rio de Janeiro, e Allison Francioni, do Ceará, ambos de 21 anos. Na sexta etapa do Open, em Fortaleza, surpreenderam. Na semifinal, encararam os campeões olímpicos Ricardo e Emanuel. Venceram em um duelo emocionante. Na decisão, sucumbiram à experiência de Pedro Solberg ao lado do parceiro Evandro, mas foram elogiados. Foi o melhor resultado da dupla na competição.

- Foi emocionante ir à final com o Brasil todo vendo. Meu sonho era jogar uma decisão de Open. Vencer em cima de Ricardo e Emanuel na semifinal foi inesquecível. Em jogos contra atletas desse nível, pensamos: “A torcida vai empurrá-los. Vamos esquecer, focar na gente e se preocupar só com nossos erros, porque eles não erram”. Todo mundo que chega em uma final é visto com outros olhos. O povo pensa: “Opa, tem algo aí, vamos estudar esses caras” – avaliou Guto que, com o parceiro, foi campeão mundial sub-21 em 2013.

- Foi uma alegria muito grande perceber que estamos no caminho certo, que o trabalho vem dando resultado, mas sabemos que temos muito a melhorar - completou Allison.

Guto e Allison estão entre os principais nomes da nova geração (Foto: Paulo Frank/CBV)
Guto e Allison estão entre os principais nomes 
da nova geração (Foto: Paulo Frank/CBV)


Assim como Duda e Carol Horta, Guto e Allison sabem que as Olimpíadas de 2016, no Rio de Janeiro, estão fora de seu alcance. Para isso, é preciso, primeiro, pontuar bem no Circuito Brasileiro. 

Depois, começar a figurar em etapas do Mundial e se esforçar ao máximo para chegar longe. Há ainda a briga interna entre os brasileiros. São duas vagas no feminino e duas no masculino. Uma delas de cada naipe é por indicação da CBV. A outra, pela classificação no Circuito Mundial. O foco todo está em 2020, mas os Jogos na Cidade Maravilhosa também servirão de experiência.

Vai ser muito bom e, se puder, vou ver todos os jogos até para estudar mesmo 
Guto

- Vai ser muito bom e, se puder, vou ver todos os jogos até para estudar mesmo. Ver as Olimpíadas em casa deve ser demais. É diferente até de Mundial, porque só tem as duas melhores duplas de cada país. É só jogão. Mas no momento só me preocupo em evoluir e fazer meu melhor, pensar na dupla, no treino, e não acho que a coisa de “nova geração”, “promessa”, faça diferença nesse sentido para nós. Não nos preocupa e nem nos causa pressão – disse Guto.

- Nada é impossível, mas fica complicado para 2016. Queremos chegar afiados em 2020. O nível mundial é um nível diferente. Ter essa experiência de ver as Olimpíadas em casa, ver outros atletas, ver o estilo de jogo, até a própria preparação das equipes para esse campeonato é uma experiência muito boa. Vamos poder lembrar para quando for nossa vez, em 2020 - concluiu Allison


FONTE:

Coordenador do vôlei, Giovane mostra ânimo com estrutura do Rio 2016

Campeão olímpico em 1992, ex-jogador de 44 anos é o responsável pela organização do vôlei, vôlei de praia e vôlei sentado nas duas competições das Olimpíadas


Por
Rio de Janeiro


O vôlei foi um dos temas do “Arena SporTV” de quarta-feira. Campeão olímpico de vôlei em 1992, Giovane Gávio falou sobre o cargo que assumiu na preparação para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, o de coordenador de vôlei, vôlei de praia e vôlei sentado.

- Recebi o convite do Carlos Arthur Nuzman (presidente do Comitê Organizador Rio 2016) para assumir a gestão do vôlei nos Jogos Olímpicos de 2016. Muito contribuí como atleta, como treinador e agora como gestor. É uma nova fase e, sem dúvida, uma grande responsabilidade porque o povo brasileiro não só espera ver os melhores Jogos de todos os tempos como quer que o vôlei, como um dos carros-chefes, seja um espetáculo fora e dentro da quadra - disse.

Sem clube desde que deixou o comando do Sesi-SP em abril de 2013, o ex-jogador vinha ministrando palestras motivacionais, além de ter sido candidato a deputado federal nas eleições de 2014 por Minas Gerais. No novo cargo, ajudará na montagem da estrutura da modalidade.

- Estamos tomando o cuidado de montar toda essa estrutura da melhor maneira. O Maracanãzinho já está pronto, vai passar por algumas adaptações e consertos pequenos. Foi feita um reforma para o Jogos Pan-Americanos de 2007 que o colocou em condições de sediar um grande evento. Temos de melhorar as quadras de aquecimento, questão de ar-condicionado e tudo mais, mas são detalhes. O vôlei de praia vai acontecer em uma grande arena na praia de Copacabana, o que também não é novidade, já que algumas etapas do Campeonato Mundial por muitos anos foram sediadas lá. A expectativa é de construir uma oportunidade para que o jogo dentro da quadra seja tão espetacular como todos os outros esportes e, quem sabe, de contar com finais brasileiras na quadra e na praia - afirmou o ex-atleta, de 44 anos.

Giovane foi perguntado ainda sobre o momento do vôlei brasileiro. Em dezembro do ano passado, a Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou relatório a respeito de uma auditoria feita pelo órgão na Confederação Brasileiro de Vôlei (CBV). O estudo apontava irregularidades na entidade no uso do dinheiro vindo do Banco do Brasil, ou seja, dinheiro público. O fato gerou uma suspensão temporária do patrocínio, agora já retomado.


saiba mais

- É um momento delicado, fico contente que tudo esteja sendo esclarecido. É o momento mais importante que uma confederação vive. E um ano antes dos Jogos Olímpicos (é ruim) enfrentar este tipo de problema. Não esperamos e nem achamos que deveria ter acontecido isso, mas já que aconteceu temos de deixar que os responsáveis tomem as decisões corretas e que a confederação deixe os atletas fora disso. O ano pré-olímpico é muito importante e temos de fazê-lo perfeito. Vamos ter no meio do ano um evento-teste, esperávamos fazer um jogo da Liga Mundial ou algo parecido, e essa é nossa expectativa. Estamos tentando passar por esse problema. Espero que não atrapalhe esse momento- declarou.

A manutenção do patrocínio com o banco estatal foi celebrada após assinatura de aditivos no contrato entre as duas partes. Entre as novas medidas a serem adotadas estão a definição de parâmetros para a destinação do bônus para atletas, criação de uma ouvidoria e o compromisso de ressarcir os valores pagos de serviços sem comprovação de execução. O montante somando, segundo a CBV, chegaria a R$ 30 milhões. Segundo Carlos Arhur Nuzman, o Maracanãzinho não ficará sem um evento-teste, apesar do cancelamento das finais da Liga Mundial.

Giovane Gávio participou do Arena SporTV desta terça-feira (Foto: Marcelo Braga)
Giovane Gávio participou do Arena SporTV 
desta terça-feira (Foto: Marcelo Braga)


FONTE:
http://glo.bo/1F1fWrY

Circuito Sul-Americano: Brasil terá três duplas em busca de medalha no Chile

Terceira etapa da competição acontece na cidade de La Serena, e país será representado por Lili/Rebecca, Bruno/Hevaldo e Saymon/Fábio no torneio


Por
La Serena, Chile

 
lili e rebeca volei de praia CIRCUITO SUL-AMERICANO (Foto: Divulgação/CSV)Rebecca e Lili estarão presentes
(Foto: Divulgação/CSV)


O Brasil terá seis represententes em busca do ouro na etapa chilena do Circuito Sul-Americano de Vôlei de Praia, que acontece de sexta a domingo na cidade de La Serena. Válido pela temporada 2014/2015, o torneio é o terceiro de um total de oito. As duplas do país são Lili (ES) e Rebecca (CE), no feminino, e Bruno (AM) e Hevaldo (CE), além de Saymon (MS) e Fábio (CE), no masculino.

- Fizemos uma viagem tranquila e estamos preparados para dar o melhor. Estamos muito motivados para jogar o Circuito Sul-Americano, conhecemos bem as particularidades dele. Além de representar o país e ajudar a mantê-lo na liderança, é nele que vamos poder somar pontos para o Circuito Mundial, nosso próximo objetivo ao final da temporada do Circuito Brasileiro - analisou Bruno, que está há quase quatro anos jogando com Hevaldo e, atualmente, lidera o ranking geral do torneio nacional, a frente de Ricardo e Emanuel.

A competição terá com 32 times, sendo 16 em cada naipe, divididos em quatro grupos com quatro equipes. Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Chile, Peru, Paraguai, Uruguai e Venezuela são os países representantes. Em duas etapas realizadas até agora, o Brasil conquistou duas medalhas de ouro, duas de prata e duas de bronze.


bruno e hevaldo volei de praia CIRCUITO SUL-AMERICANO (Foto: Divulgação/CSV)
Bruno e Hevaldo buscarão o ouro no 
masculino (Foto: Divulgação/CSV)


As duplas femininas brasileiras somam 400 pontos na classificação geral nas duas etapas disputadas até agora (dois ouros, com Duda/Carol Horta e Fabíola/Thais, e uma prata, com Josi/Elize Maia). No masculino, com um título na estreia (Jô/Léo Vieira) e a prata na etapa uruguaia (Bernardo Lima/Ramon Gomes), o país lidera com 380 pontos o "tour" continental. Apenas o melhor resultado de cada país em cada etapa é computado para o ranking geral.

Os quatro melhores países em cada naipe nas etapas realizadas até o dia 15 de março estarão classificados para a disputa do Campeonato Mundial, que ocorre entre 26 de junho e 5 de julho. A dupla campeã de cada etapa soma 200 pontos para seu país, enquanto o vice leva 180, o terceiro 160 e assim por diante, reduzindo 20 pontos a cada posição.

O primeiro dia de competições, nesta sexta, é reservado para os jogos da fase de grupos. No sábado ocorrem os jogos restantes da primeira fase e a disputa das quartas de final com os primeiros e segundos classificados de cada chave. O domingo é o dia final do torneio, com semifinais, disputas pela medalha de bronze e finais dos dois naipes.

Após a disputa no Chile, a próxima etapa do Circuito Sul-Americano acontecerá já no outro final de semana, de 20 a 22 de fevereiro, na cidade de Vargas, na Venezuela. O país campeão é definido ao final da temporada, com o maior somatório de pontos.



BRASIL NO CIRCUITO SUL-AMERICANO 14/15:

1ª Etapa - Esmeraldas (EQU)
Jô/Léo Vieira (PB/DF) e Duda/Carolina Horta (SE/CE) - ouro
Elize Maia/Josi (ES/SC) - prata
Daniel Lazzari/Felipe Cavazin (SC/PR) - bronze

2ª Etapa - Montevidéu (URU)
Fabíola/Thais (DF/RJ) - ouro
Bernardo Lima/Ramon Gomes (CE/RJ) - prata
André/Marcus Borlini (ES) - bronze



FONTE:
http://glo.bo/16Xwlyx

Mesmo com derrota para Rio, técnica de Araraquara faz balanço positivo

De acordo com Sandra Mara Leão, equipe jogou bem apesar do revés por 3 sets a 0 para as cariocas em casa. Treinadora também ressaltou a força do adversário


Por
Araraquara, SP


Araraquara não conseguiu a tão sonhada reabilitação na Superliga Feminina. Apesar de jogar em casa, a equipe comandada pela técnica Sandra Mara Leão não teve forças para superar uma das equipes favoritas ao título nacional, o Rio de Janeiro, e acabou sendo derrotada por 3 sets a 0 - parciais de 25/15, 25/19 e 25/20.

Sandra Mara Leão, técnica do time feminino de Araraquara (Foto: Reginaldo dos Santos/EPTV)
Mesmo com derrota, Sandra Mara Leão elogia 
postura de suas comandadas (Foto: 
Reginaldo dos Santos/EPTV)


Mas, mesmo com o resultado negativo, a treinadora do time araraquarense fez questão de elogiar a postura de suas comandadas. De acordo com Sandra, a equipe teve uma atuação destacada contra um adversário que ainda não encontrou um grande oponente na Superliga.


saiba mais

- A gente jogou bem. Nós tivemos momentos muito bons frente a um adversário que ainda não teve adversário nessa Superliga. É o atual campeão Sul-Americano e a gente viu sobrar em quadra na final contra o Osasco. Então era essa postura que eu esperava das meninas e torcia para que acontecesse, que a gente conseguisse em vários momentos crescer dentro da partida - disse a técnica.

Na penúltima posição na tabela de classificação, Araraquara volta à quadra pela Superliga só no dia 20 de fevereiro, quando a equipe enfrenta o São José dos Campos, às 19h30, na casa do adversário. 


FONTE:
http://glo.bo/1F1GitG

Ney Franco vê crise de identidade no futebol brasileiro e pede mais dribles

Campeão mundial sub-20 em 2011 diz que técnicos precisam ser mais bem preparados e que número de dribladores diminuiu porque posse de bola é privilegiada


Por
Rio de Janeiro


Ney Franco em debate no Footlink (Foto: Divulgação)Ney Franco em debate no Footlink 
(Foto: Divulgação)


Último técnico campeão mundial sub-20 com a seleção brasileira, em 2011, Ney Franco está sem clube desde que deixou o Vitória, no fim de 2014. O treinador, que na segunda-feira participou do Footlink, evento de debates sobre temas relacionados ao futebol brasileiro, falou sobre a formação do jogador no Brasil e a integração com o profissional. Para ele, o futebol brasileiro vive uma crise de identidade geral, e não só na base.

- É em tudo. Sempre quando temos um insucesso em uma grande competição, a metralhadora de críticas se volta para a base, para a formação. Creio que haja problemas, mas outros aspectos devem melhorar também, como a capacitação dos profissionais que trabalham na base.

A fraca campanha da Seleção no Sul-Americano Sub-20 (classificou-se para o Mundial apenas com a quarta colocação) reacendeu a discussão sobre os problemas na base. Para o técnico, que diz ter acompanhado pouco o torneio, a questão é bem mais complexa do que o resultado dentro de campo.

- Hoje o treinador brasileiro se forma de duas maneiras: ou é um ex-atleta ou profissional formado em educação física. Mas na universidade há pouca especialização em futebol. Precisamos preparar melhor nossos treinadores.

Dribladores em extinção

Outra questão abordada pelo técnico sobre a formação foi em relação ao drible no futebol brasileiro. Para Ney Franco, os dribladores estão diminuindo em razão dos trabalhos feitos na base.

- Hoje se trabalha muita posse de bola em campo reduzido. Importamos esse tipo de treinamento, que é necessário para o futebol brasileiro, mas acho que é necessário trabalharmos um pouco mais o drible. Em alguns momentos, só a posse de bola perto da área não adianta, e você precisa dar liberdade ao seu jogador para driblar.

O técnico apontou também a maior aproximação entre as linhas das equipes como um fator que contribui para a perda da eficiência do driblador.


Hoje a distância entre os adversários é muito menor, e isso diminuiu a eficiência dos dribles em série 
Ney Franco

- Hoje a distância entre os adversários é muito menor, e isso realmente diminuiu a eficiência dos dribles em série. Mas ainda assim acho que precisamos sempre trabalhar o drible no futebol brasileiro, que tem essa característica e pode aproveitá-la, sobretudo quando joga no contra-ataque, marcando atrás e saindo rápido. Se você analisar, as grandes equipes brasileiras, campeãs mundiais, jogaram desta maneira.

O técnico, no entanto, fez uma ressalva: uma equipe competitiva não pode depender apenas da individualidade.

- Um time, para ser competitivo, tem que ter um pouco de tudo. Organização, posse de bola e também jogadores que resolvem o jogo em um lance. Esse equilíbrio é necessário.

Sobre a carreira, Ney Franco diz que pretende descansar um pouco mais, mas pode voltar a trabalhar ainda em 2015.

- Desde 2004, quando assumi o Ipatinga na pré-temporada, estava sem parar. Tive algumas sondagens, mas optei por descansar um pouco, ler, ficar perto da família e fazer alguns exames para ver se está tudo bem, porque o futebol é muito desgastante. Ainda não deu para sentir falta da adrenalina do campo, mas, quando as fases finais dos estaduais se aproximarem, acho que isso vai acontecer.


FONTE:
http://glo.bo/16ZzCNO

Caçado, preciso e cerebral: a estreia do uruguaio Arrascaeta no Cruzeiro

Reforço da Raposa não marca gol na vitória por 3 a 1 sobre o Guarani-MG, mas mostra virtudes; Apesar de elogios, Marcelo Oliveira avisa que vai cobrar marcação


Por
Nova Serrana, MG

 
Depois de muita expectativa, Arrascaeta finalmente estreou com a camisa do Cruzeiro. Com jeito tímido, uniforme largo e muita técnica, o uruguaio foi um dos destaques do time celeste na vitória por 3 a 1 sobre o Guarani-MG. Correu, driblou, acertou muitos passes, correu mais, finalizou, fez careta, roubou bolas, arriscou e, no fim, cansou. Teve um bom primeiro tempo e foi participativo, mas não com o mesmo destaque na etapa complementar. Acabou coberto de elogios por Marcelo Oliveira que, no entanto, promete cobrar mais empenho na marcação.


Útil ao Cruzeiro, Arrascaeta foi caçado em campo pelos rivais. Foi disparado o jogador que mais sofreu faltas no jogo: nove no total, mais da metade das que foram sofridas pelo Cruzeiro. O uruguaio também foi o jogador que mais finalizou na partida: quatro vezes – três de dentro da área e uma de longa distância. O camisa 10 acertou 80% dos passes e roubou duas bolas importantes que resultaram em boas chances de gol.

Com apenas 20 anos, Arrascaeta mostra que a timidez não é só no jeito de caminhar, mas também na hora de dar entrevistas. De poucas palavras, o uruguaio evitou falar do desempenho pessoal e enalteceu a vitória do Cruzeiro.

- Estou muito contente com o retrospecto da equipe e mais ainda porque estreei com a vitória do time. A equipe está muito bem e temos que seguir lutando - resumiu.


Os números do uruguaio De Arrascaeta no jogo contra o Guarani-MG (Foto: Arte / GloboEsporte.com)
Se o jogador não quis falar muito, Marcelo Oliveira não poupou elogios. O treinador do Cruzeiro gostou muito das características ofensivas do uruguaio, mas alertou que vai cobrar do jogador marcação sobre os volantes adversários.

- O De Arrascaeta é um jogador inteligente, que coloca os companheiros em condições de fazer o gol. Tem bom passe e boa velocidade. Bate bem a bola parada. Vou cobrar dele a recomposição no volante. Acho que o número 8 deles jogou solto em determinado momento do jogo, mas isto porque ele cansou, já que ainda está sem o ritmo ideal de jogo. A atuação do De Arrascaeta foi muito boa - concluiu o treinador do Cruzeiro.


Antes do jogo

O protagonismo começou antes do jogo. Desde o início da temporada, Willian vinha utilizando a camisa 10. Na estreia do uruguaio, o homem do bigode perdeu o número emblemático e passou a atuar com o 11 às costas.
Concentrado, Arrascaeta entrou em campo. Sozinho, enquanto os outros companheiros de equipe estavam cercados por crianças cruzeirenses. Caminhou solitário do vestiário até o centro do gramado. Talvez por não ser um rosto tão conhecido dos pequenos fãs. Saudou os torcedores do Cruzeiro que compareceram à Arena do Calçado.
Ele não conseguiu esconder o nervosismo da estreia. Uma estalada no pescoço. Outra nos dedos, além de uma ajeitada no uniforme que o jogador usava pela primeira vez. Depois uma careta. Seria para assustar os adversários? A resposta viria com a bola nos pés.
De Arrascaeta, meia do Cruzeiro (Foto: Reprodução / TV Globo Minas)Nos treinos ele já havia mostrado a mania de puxar o short (Foto: Reprodução / TV Globo Minas)


Primeiro tempo

Logo aos dois minutos, o uruguaio mostrou seu cartão de visitas. Recebeu em velocidade de Leandro Damião, driblou o goleiro George e, quase sem ângulo, tocou para o zagueiro tirar quase sobre a linha. O jogador não teve tempo para lamentar. Já pegou a bola e correu para cobrar o escanteio. O meia assumiu o protagonismo das bolas paradas do Cruzeiro.

Mostrou uma qualidade surpreendente. Além do talento técnico, Arrascaeta se dedicou na marcação, mesmo não agradando plenamente ao treinador. Desarmou, roubou bola, deu o bote mesmo caído no chão e sofreu muitas faltas. Em um dos desarmes, arrancou por toda a intermediária do Guarani-MG e deixou Damião em ótimas condições para marcar. O centroavante chutou em cima do goleiro.

Aos 26 minutos, tabelou com Willian pela ponta esquerda e chutou por cima do gol de George. Deu uma sumida durante alguns minutos, mas no fim do primeiro tempo voltou a aparecer com um lindo lançamento para Marquinhos. Depois, o uruguaio mostrou estar ligado no jogo e roubou uma bola na entrada da área do Bugre, matou no peito e tocou para Henrique. O volante pegou de primeira e quase marcou.

De Arrascaeta, meia do Cruzeiro (Foto: Reprodução / TV Globo Minas)
De Arrascaeta acena para a torcida do Cruzeiro 
na estreia pelo Campeonato Mineiro 
(Foto: Reprodução / TV Globo Minas)


Segundo tempo

O uruguaio foi um pouco mais discreto depois do intervalo. Mas ainda se movimentou bastante. Aparentando cansaço, fez em alguns momentos a função que exercia Ricardo Goulart, se aproximando do centroavante. No gol marcado por Damião, o baixinho Arrascaeta, de pouco mais de 1,70m, pulou, dividiu e atrapalhou o grandalhão Thiago Papel. Na sobra, o centroavante abriu o placar.

Depois disso ele caiu pela ponta direita. Após alguns minutos, inverteu. Mostrou que é um jogador que não foge das divididas. Foi o que mais sofreu faltas durante o jogo. Algumas delas duras. No terceiro gol do Cruzeiro, no finalzinho da partida, o uruguaio tentou, se posicionou, mas foi Damião que empurrou para as redes. Desta vez ele não participou da comemoração. Não por falta de ânimo, mas por cansaço. Enquanto os companheiros comemoravam, Arrascaeta colocou as mãos no joelho, como quem diz: “Por hoje chega".


FONTE:
http://glo.bo/16XsAcq

Ministro recebe organizadas e promete combate a "delinquentes"

George Hilton se reúne com representantes das torcidas e anuncia criação de grupo de trabalho para discutir medidas que ajudem a combater violência nos estádios


Por
Brasília

 
Reunião ministro do esporte e representantes das organizadas (Foto: Fabrício Marques)Ministro recebe representantes de torcidas organizadas em Brasília (Foto: Fabrício Marques)


O Ministério do Esporte iniciou nesta quinta-feira mais uma tentativa de resolver os problemas de brigas entre torcidas em estádios de futebol. Após mais um fim de semana marcado por cenas de violência, na partida entre Palmeiras e Corinthians, pelo Campeonato Paulista (veja no vídeo abaixo), o chefe da pasta, George Hilton, recebeu em Brasília representantes da Associação Nacional de Torcidas Organizadas (Anatorg) para discutir medidas que ajudem a solucionar o problema. Segundo o ministro, ideias como a dissolução das organizadas ou torcida única nos estádios não são positivas. O foco será voltado para a conscientização e individualização das pessoas que participam das brigas.

- As torcidas organizadas são importantes, precisam ser preservadas. Mas não se pode permitir que tenham em seu escopo delinquentes que praticam atos de violência. Elas precisam continuar, são manifestações importantes do esporte e precisam ser protegidas desses maus elementos que, segundo estudos, são em torno de 7% a 10% do total (de torcedores ligados às organizadas). (...) Tem que ter as duas torcidas. Temos que ter a cultura e dar o grito de paz - afirmou o ministro após o encontro.



Nós vamos fazer. Estamos dispostos. Há boa vontade do Ministério, das torcidas, dos clubes, da sociedade. O momento exige isso"
George Hilton, ministro do Esporte

De acordo com George Hilton, um grupo de trabalho será formado para definir as medidas que serão colocadas em prática. Além das organizadas, serão ouvidos também os clubes, polícias dos estados e o ministério da Justiça.

- Algumas ideias já estão sendo trabalhadas, como a criação de um banco de dados que venha a ter um cadastro nacional de todos os torcedores. Há também a ideia de criação de um serviço de disque-denúncia, que vai focar nos elementos que praticam atos criminosos e se travestem de torcedor - completou.

Não é a primeira vez que o Ministério do Esporte cria um grupo de trabalho para discutir o tema. Em dezembro de 2013, após a briga entre torcedores de Atlético-PR e Vasco, em Joinville, pela última rodada do Brasileirão, a pasta reuniu órgãos do governo e entidades envolvidas no futebol e apresentou nove medidas para conter a violência nos estádios. Porém, quase nenhuma foi colocada em prática. O próprio cadastro nacional dos torcedores era um dos itens colocados como prioridade e que não teve avanço.

O ministro George Hilton evitou comentar o fracasso de outras tentativas do Ministério do Esporte de resolver o problema da violência nos estádios e demonstrou confiança no sucesso desta nova iniciativa.

- Nós vamos fazer. Estamos dispostos. Há boa vontade do Ministério, das torcidas, dos clubes, da sociedade. O momento exige isso, e temos que ter a responsabilidade para fazer que elas aconteçam... Vamos fazer um trabalho forte de conscientização, com parceria com estados, governantes, os próprios clubes tem interesse nisso. A própria criação da Anatorg me parece deixar claro que as torcidas perceberam que tem que ter a parceria delas com o poder público. Há interesse de todos - concluiu.

Anatorg: "Nossa intenção é defender a instituição, não o torcedor que briga"

Segundo o presidente da Anatorg, André Azevedo, o problema da violência nos estádios não está nas torcidas organizadas, mas na sociedade como um todo. Para ele, é importante desvincular os torcedores que brigam das instituições. Azevedo ainda fez questão de ressaltar que a intenção da associação é ajudar a reduzir as brigas ligadas ao futebol, mas que não se ilude com o pensamento de que pode solucionar de vez a questão.

- A Anatorg não tem como objetivo solucionar um problema que é muito mais social do que das torcidas organizadas. Quando se fala em violência no futebol, até me incomoda, porque não acho que tenha violência no futebol. Acho que existe violência, e o futebol é só mais uma extensão de tudo que estamos acompanhando na rua. O cara que entra na torcida organizada tem como berço a nossa educação, nossa cultura. Estamos aqui para ajudar na discussão, tentar minimizar o problema e mostrar para a sociedade que as organizadas não são apenas aquilo que se noticia. Não são todos bandidos, marginais - afirmou.

Assim como o ministro do esporte, André Azevedo defendeu a identificação e punição dos torcedores que brigam. Segundo ele, se o Estado conseguisse aplicar as penas já previstas, estaria ajudando as torcidas organizadas.

- Nossa intenção é sempre defender a instituição, não o torcedor. O torcedor que arrume um advogado. A Anatorg em momento algum vai fazer isso. Nós até achamos que o sistema presta um desserviço às torcidas organizadas com a impunidade. Porque o cara comete o crime e depois é inserido novamente no mundo do futebol, e quem paga a conta não é ele. Você não vê o nome dele sendo citado, você vê o nome da instituição.

Sobre o combate interno aos torcedores brigões, André Azevedo admitiu que algumas torcidas acabam sedo coniventes com o problema. Porém, segundo ele, as instituições não têm como resolver sozinhas a questão.

- Existem torcidas que, às vezes, acabam sendo incoerentes no sentido de não fazer essas punições (internas). Não são todas, muitas já fazem. Agora, não pode cobrar das torcidas, de um presidente, uma pessoa física, que faça o trabalho do Estado. Se fizermos isso, podemos estar criando até um problema pessoal. A gente preside uma associação, uma torcida, mas não é policial. Não temos o poder do judiciário, do poder público, para punir. Internamente, muita coisa é feita, mas acaba não sendo divulgada. Agora, você pode até tirar o cara do seu cadastro, mas isso não impede que ele vá para o jogo, que use a camisa da sua torcida da mesma forma. Como vamos proibir o torcedor de entrar no estádio? Nós não podemos, a lei pode - concluiu.

Fundada em dezembro de 2014, a Anatorg vem atuando nos últimos dois meses no sentido de promover a paz entre torcidas rivais. Atos já foram realizados em cidades como Recife, Fortaleza, Goiânia e Belo Horizonte.

- Em pouco tempo, já conseguimos promover um diálogo que nunca houve. Fizemos o encontro da paz no Recife, onde as torcidas de Sport e Santa Cruz fizeram um rap para promover a paz. Fizemos encontro de todas as torcidas de Ceará e Fortaleza, para dialogarem, e houve uma repercussão boa. Lá, estão fazendo um trabalho grande de socialização. A torcida do Ceará fez um aulão para preparar os membros para a prova do Enem, por exemplo. Foi uma campanha legal. Em Goiás, também fizemos um encontro das torcidas no Serra Dourada. Recentemente, reunimos as torcidas de Atlético-MG e Cruzeiro em Belo Horizonte - explicou o diretor da Anatorg, Flávio Coelho, o Frajola.

Ainda de acordo com Flávio, conhecido como Frajola, a próxima ação da associação para ajudar no combate à violência será promover, em São Paulo, um encontro entre torcidas de Atlético-PR e Vasco para selar a paz entre os dois lados após a briga em 2013.



FONTE:
http://glo.bo/1F2IjWz

Dirigente garante que Ronaldinho vai jogar em time angolano em junho

Bento Kangamba, presidente do Kabuscorp, diz que está negociando e vai esperar craque brasileiro terminar seu contrato com o Querétaro: "É uma certeza"


Por
Luanda, Angola

 
saiba mais


O presidente do Kabuscorp, clube de futebol de Angola, garantiu que Ronaldinho Gaúcho irá defender a equipe ainda neste ano. Em entrevista à televisão pública angolana, Bento Kangamba afirmou que o craque brasileiro irá chegar em junho, após terminar seu contrato com o Querétaro.

- É uma certeza. Estamos negociando, mas Ronaldinho tem de terminar o contrato com o seu atual clube para depois se juntar a nós em junho – disse o dirigente.

Esta não é a primeira vez que Ronaldinho é especulado no Kabuscorp. No fim do ano passado, quando jogador demorou a se reapresentar ao Querétaro, o clube angolano chegou a divulgar uma nota dizendo que Kangamba estava a caminho do Brasil para negociar com o craque.

Em 2012, o Kabuscorp contratou o atacante Rivaldo, que jogou durante uma temporada em Angola. Ronaldinho, por sua vez, está no Querétaro desde setembro e já retornou aos gramados com os Gallos Blancos para o Campeonato Mexicano.

Ronaldinho em ação pelo Querétaro em 2015 (Foto: Divulgação)
Ronaldinho em ação pelo Querétaro 
em 2015 (Foto: Divulgação)


FONTE:

Com lesão confirmada, Anderson Pico precisará passar por cirurgia no joelho

Reavaliação indica problema no menisco externo do joelho direito. Operação ainda não tem data, e lateral-esquerdo não tem prazo de retorno às atividades no Flamengo


Por Rio de Janeiro

 
Anderson Pico Flamengo x Cabofriense (Foto: Pedro Martins / Ag. Estado)
Expressão de dor: Anderson Pico sentiu 
problema no joelho direito em vitória 
 sobre Cabofriense (Foto: Pedro 
Martins / Ag. Estado)


A reavaliação confirmou a suspeita: Anderson Pico sofreu lesão no joelho direito. Com problema no menisco externo, o lateral-esquerdo precisará passar por cirurgia. O procedimento, uma artroscopia,  ainda não tem data assim como não há previsão de retorno do jogador às atividades do Flamengo.

Foi o médico Márcio Tannure, nesta quinta-feira, quem reavaliou o atleta, que se lesionou na goleada de 5 a 1 sobre a Cabofriense, na noite anterior, pelo Campeonato Carioca. Com auxílio de um exame de ressonância magnética, confirmou o diagnóstico. O tipo de procedimento, geralmente, afasta os atletas das atividades por três semanas.

O lateral pisou em falso após dar um pique em lance na linha de fundo, precisou receber atendimento médico e foi substituído por Luiz Antonio aos 36 minutos do primeiro tempo (veja no vídeo abaixo). 

- Está doendo ainda um pouco. Pisei no buraco, deu uma entorse. Vamos conversar com o doutor de novo e tentar recuperar para jogar na quinta-feira que vem. Acho que não deve ser grave. Vamos fazer outros exames quando estiver mais frio e ver o que vai acontecer - disse Pico na saída do estádio, ainda com a esperança de não ser nada grave.

Sem poder contar com Pico, Vanderlei Luxemburgo tem a alternativa de Thallyson, contratado do Asa, de Arapiraca. É o atleta da posição. Pode, porém, repetir o que fez na quarta: deslocar Pará para a esquerda e escalar Luiz Antônio na direita. O próximo jogo da equipe é na quinta da semana que vem, contra o Boavista, no Maracanã.


Presidente do Timão fará reunião por Guerrero após o Carnaval: "Do zero"

Recém-eleito, Roberto de Andrade afirma que vai se reunir com os agentes do atacante e diz que ele pediu cerca de R$ 8 milhões a mais do que o clube ofereceu


Por
São Paulo



O Corinthians vai retomar as conversas com os empresários do atacante Guerrero para negociar a renovação de contrato do peruano após o Carnaval. Em entrevista ao “Arena SporTV” nesta quinta-feira, o novo presidente do clube, Roberto de Andrade, admitiu que os valores citados na primeira reunião são inviáveis e que, a partir de agora, a negociação recomeçará “do zero.” De acordo com o novo mandatário, o centroavante pediu R$ 19,7 milhões de luvas, enquanto o clube ofereceu R$ 11,3 milhões (na cotação atual).

– Se vocês voltarem um mês atrás, houve uma conversa dos agentes do Guerrero com o presidente Mario Gobbi. Ele pediu US$ 7 milhões e o Corinthians ofereceu US$ 4 milhões. O presidente agora é outro, sou eu. Como não houve acordo, agora a negociação está "do zero" e vamos partir para uma negociação nova. A gente precisa conversar, rediscutir prazos de contrato. Não é só o valor, tem outras coisas. Vamos conversar logo após o Carnaval – disse o novo presidente do Timão, eleito no último dia 7.


saiba mais

Roberto de Andrade afirmou ainda que a contratação de Vagner Love não está relacionada à permanência ou à saída de Guerrero. Mas voltou a afirmar que o Corinthians não vai fazer "loucuras" para manter o peruano. O contrato atual vai até julho.

– O Vagner veio para somar ao grupo, não veio para substituir ninguém. A gente vai trabalhar no sentido de tentar a renovação do Guerrero. É a vontade de todo o corintiano e do clube também. Mas que fique claro: loucuras não podemos fazer. Vamos manter a coerência, para nós e para o atleta também (...) Não vou chamar (o valor) de loucura, o Guerrero está no direito dele, de pedir o que ele acha que merece. Mas é muito longe do que a gente pode pagar.

O novo presidente do Corinthians declarou ainda que acredita que o jogador esteja disposto a renovar seu contrato com o clube.

– Primeiro ele precisa ter vontade de ficar. Se ele não quiser, não são os números que o farão ficar. O Corinthians quer muito que ele fique, mas dentro de uma coerência financeira. Eu acredito nele, ele sempre teve uma postura muito boa. Eu conversei com ele rapidamente e ele me disse que está disposto a ficar.

Expulso na estreia do Corinthians na Libertadores, contra o Once Caldas, Guerrero foi punido com três partidas de suspensão pela Conmebol. Para Roberto de Andrade, a pena foi alta demais e promete tentar a liberação do atacante.

– Achei um pouco severa, pelo fato de o árbitro ter colocado na súmula que foi uma agressão. Agressão é numa briga, numa confusão. Não foi o caso. Foi uma disputa de bola, talvez ele tenha exagerado na abertura do braço. Foi demais os três jogos de suspensão. Estamos conversando com os nossos advogados para ver se cabe algum recurso. Normalmente, na Conmebol, isso não existe, mas vamos procurar um caminho.

Paolo Guerrero Corinthians X Marilia (Foto: Marcos Ribolli)
Paolo Guerrero tem contrato até julho deste 
ano (Foto: Marcos Ribolli)


FONTE:

Aditivo deixa obra do Centro de Tênis dos Jogos R$ 15,4 milhões mais cara

Custo sobe para R$ 190,8 milhões após mudança em modelo de construção. Aumento corresponde a 8% do valor da obra. Por lei, aditivo pode chegar a até 25%


Por
Rio de Janeiro

 
A obra do Centro de Tênis dos Jogos Olímpicos recebeu um aditivo de R$ 15,4 milhões e o custo aumentou de R$ 175,4 milhões para R$ 190,8 milhões, contando com o custo de manutenção de R$ 10,6 milhões. A autorização foi dada pela Prefeitura do Rio e divulgada na edição de terça-feira do Diário Oficial. De acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo (RioUrbe), o motivo do primeiro aditivo em uma obra olímpica foi a mudança do modelo de construção, que no projeto inicial era "in loco" e passou para "pré-moldado". No primeiro, os moldes são feitos dentro da obra, e o segundo já chega pronto. É um pouco mais caro, mas está livre de riscos do "in loco", como a possibilidade de uma chuva forte danificar o material. 

À "Folha de S.Paulo", a RioUrbe informou que "não houve falha no projeto" e que a "mudança do modelo construtivo foi uma evolução válida e consistente na evolução do projeto construtivo".

Confira o especial das obras dos Jogos Olímpicos de 2016


Centro Olímpico de Tênis, em janeiro de 2015 (Foto: Bruno Carvalho/Brasil 2016-ME)
Centro Olímpico de Tênis, em janeiro de 2015 
(Foto: Bruno Carvalho/Brasil 2016-ME)


Por lei, obras podem ter um acréscimo de até 25% do valor inicial do contrato. Este aditivo do Centro de Tênis corresponde a 8% do valor inicial do contrato assinado em outubro de 2013. O prefeito Eduardo Paes já garantiu em algumas ocasiões que nenhuma obra da Prefeitura para os Jogos vai estourar os 25% de aditivos. O Tribunal de Contas do Município está acompanhando as obras dos Jogos Olímpicos através de visitas técnicas e informa que poderá ocorrer novos aditivos nas obras de acordo com as evoluções das mesmas.

Fazem parte do Centro de Tênis uma quadra central para 10 mil pessoas, duas temporárias com 5 mil e 3 mil, sete quadras com 250 lugares e seis quadras de aquecimento. A obra do Centro de Tênis é uma das nove do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca. Está sendo feita pelo consórcio formado pelas construtoras Ibeg, Tangran e Damiani, tem recursos do governo federal e execução da Prefeitura do Rio. A previsão de conclusão é o quarto trimestre de 2015. O evento-teste, o primeiro no Parque Olímpico, está marcado para dezembro deste ano.


Centro Olímpico de Tênis, em janeiro de 2015 (Foto: Bruno Carvalho/Brasil 2016-ME)
Centro Olímpico de Tênis, em janeiro de 2015 
(Foto: Bruno Carvalho/Brasil 2016-ME)


O Centro de Tênis vai receber nas Paralimpíadas o futebol de 5 e o tênis em cadeira de rodas.


FONTE:
http://glo.bo/16Tz3W1