segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Sorteio da Copa América define reedição de duelo Neymar x Zuñiga

Cabeça de chave do Grupo C, seleção brasileira vai reencontrar a Colômbia em 2015. Peru e Venezuela também estão na chave do Brasil. Torneio acontece no Chile


Por
Viña del Mar, Chile


saiba mais

Menos de um ano após duelaram nas quartas de final da Copa do Mundo, Brasil e Colômbia voltarão a se enfrentar em um torneio oficial. Na noite desta segunda-feira, em cerimônia em Viña del Mar, a Conmebol sorteou os grupos da Copa América 2015, que será realizada entre junho e julho de 2015, no Chile. A partida marcará um novo encontro (os dois países voltaram a se enfrentar após a Copa em amistoso em setembro) entre Neymar e Zuñiga. O volante colombiano foi o responsável por tirar o brasileiro do Mundial, com uma joelhada nas costas. Peru e Venezuela completam o Grupo C.

O time de Dunga vai estrear no dia 14 de junho, contra o Peru, em Temuco, a cidade mais ao sul do torneio - 671 km distante de Santiago. As outras duas partidas da equipe canarinho na primeira fase serão em Santiago: em 17 de junho, a Seleção pega a Colômbia, e quatro dias depois encerra a participação na primeira fase contra a Venezuela. 


Das mãos dos ex-jogadores chileno Elias Figueroa e Iván Zamorano, do paraguaio Carlos Gamarra, e do argentino Léo Rodríguez, saiu a definição das chaves. Grupo A será formado por Chile, México, Equador e Bolívia. A Argentina, por sua vez, está no Grupo B, ao lado do Uruguai, Paraguai e Jamaica. 


Info GRUPOS Copa America (Foto: Infoesporte)


Os 12 participantes foram divididos em três grupos. Os dois primeiros de cada chave, além dos dois melhores terceiros colocados, avançam às quartas de final. 

Em viagem pela Europa para acompanhar jogos de clubes europeus, o técnico Dunga não esteve no evento, mas foi representado por seu auxiliar, Andrey Lopes. Ele deu a entender que a seleção realizará a preparação em Santiago, minimizou o reencontro entre Neymar e Zuñiga, mas se mostrou preocupado com o tempo de preparação para o torneio, uma vez que a final da Liga dos Campeões, por exemplo, acontece oito dias antes da estreia do Brasil.

- Já enfrentamos a Colômbia (em amistoso) nos Estados Unidos. Ele (Neymar) mesmo já falou com o Zuñiga, sem problema nenhum... O problema  é que a final ( da Champions) é no dia 6 de junho, mas não temos como saber quem vai estar lá. Não adianta falar agora – disse o auxiliar de Dunga. 


Zuniga entrada em Neymar jogo Brasil x Colômbia (Foto: Reuters)
Copa América terá um novo reencontro entre 
Neymar e Zuñiga (Foto: Reuters)


Quem também representou a CBF no sorteio foi presidente José Maria Marin. Ele pregou respeito à Colômbia, mas demonstrou confiança na seleção brasileira e elogiou o início de trabalho do técnico Dunga.

- Como sempre, será uma festa de confraternização. Não será a primeira vez que enfrentamos a Colômbia. Sempre é difícil, sempre temos o maior respeito... Com o Dunga, nós sofremos apenas um gol, e isso nos dá confiança para fazer um bom trabalho na Copa América - disse Marin.

Mascote, bola, e suspiros

Durante o evento de gala, foi apresentado o mascote do torneio. Por ser um animal típico do Chile, a raposa foi escolhida como símbolo da competição. O mascote, no entanto, ainda não tem nome. Até o dia 28 de novembro, os chilenos têm três opções para batizá-lo: "Zincha", combinação de zorro (raposa em espanhol) e hincha (torcida em espanhol), destacando a importância dos milhões de torcedores que o futebol sul-americano; "Andi", fazendo referência à Cordilheira dos Andes; e "Kul", se referindo a "culpeo", família a qual pertence a raposa chilena, e ao kultrun, tambor cerimonial da cultura Mapuche.

Apresentadora copa América 2015 chile (Foto: Agência AFP )
Fernanda Lima chilena? A modelo Tonka 
Tomicic apresentou o evento e arrancou 
suspiros (Foto: Agência AFP )


Além do mascote, a bola da Copa América também foi apresentada. Ela se chama “Cachaña”, expressão chilena que equivale a algo semelhante a “drible de corpo”, e tem tecnologia utilizada nos Campeonatos Inglês, Espanhol, Italiano e Taça Libertadores.

O evento foi apresentado pela modelo e apresentadora chilena Tonka Tomicic. Assim como a brasileira Fernanda Lima, no sorteio da Copa do Mundo de 2014, ela arrancou suspiros da plateia e roubou a cena na cerimônia. Ela teve a companhia do também apresentador Martín Cárcamo. A atração musical ficou por conta da cantora de rap, Anita Tijoux. 

José Maria Marin com Gamarra e Figueroa no sorteio da Copa America (Foto: Divulgação / CBF)Marin posa ao lado dos ex-zagueiro
Gamarra e Figueroa. Os dois ajudaram a sortear os grupos (Foto: Divulgação / CBF)


O presidente da Conmebol, Juan Ángel Naput, subiu ao palco e elogiou o presidente da CBF, José Maria Marin, e o presidente eleito, Marco Polo Del Nero, por permitirem que o Chile sediasse a edição 2015 da Copa América. Pelo revezamento adotado pela entidade, seria a vez de o Brasil receber a competição.

Em seguida, a presidente do Chile, Michelle Bachelet, fez um longo discurso e disse que será uma honra para o país receber estrelas internacionais como Messi e Neymar.

Novidades

O Comitê Executivo da Conmebol decidiu acabar com a prorrogação nos duelos das quartas de finais e das semifinais - as duas primeiras fases de mata-mata, portanto, serão decididas por pênaltis caso haja empate após os 90 minutos. Na final, a prorrogação está mantida.

A entidade também pediu para a Fifa a autorização para que sejam feitas quatro substituições na partida final (em vez das três que a regra prevê), mas ainda não houve resposta de Zurique.

Os técnicos devem mandar para a Conmebol suas listas definitivas, de 23 jogadores, até o dia 1 de junho de 2015. Uma lista prévia, com 30 nomes, tem que ser mandada para a organização um mês antes do início do torneio - ou seja, 11 de maio.

Mascote copa américa 2015 chile (Foto: Agência AFP )
Mascote da Copa América foi apresentado, mas 
o nome da raposa ainda não foi escolhido 
(Foto: Agência AFP )


Como acontece desde 1993, a Copa América terá 12 participantes, os dez integrantes da Conmebol e mais dois convidados. Neste ano, serão México e Jamaica - este papel já foi ocupado por Costa Rica, Honduras e até Japão.

A Copa América terá mais sete seleções além dos países convidados (México e Jamaica) e dos cabeças de chave (Chile, Argentina e Brasil). São elas: Uruguai, Colômbia, Peru, Paraguai, Equador, Bolívia, Venezuela.

O Uruguai conquistou a última edição da Copa América. Em 2011, a Celeste bateu o Paraguai por 3 a 0 na decisão. A competição foi realizada na Argentina.


FONTE:

Dona de sete títulos no ano, Serena é eleita a melhor tenista da temporada

Atual número 1 do mundo, americana recebe prêmio pela sexta vez na carreira


Por
Rio de Janeiro

tenis serena williams wta finals (Foto: Reuters)Serena é eleita a melhor tenista da temporada pela terceira vez consecutiva (Foto: Reuters)


Os sete títulos que conquistou em 2014 renderam a Serena Williams o posto de melhor tenista da temporada pela WTA. O anúncio foi feito pela entidade nesta sexta-feira. Atual número 1 do mundo, a americana chegou a receber 36 dos 58 votos da imprensa, mas não foi a preferida entre os torcedores, recebendo 21% do voto popular. A romena Simona Halep, 3ª colocada do ranking mundial, a superou, sendo a mais escolhida pelo público, com 48%.

Em 2014, no US Open, Serena conquistou o 18º título de Grand Slam em simples, igualando-se às ex-tenistas Chris Evert e Martina Navratilova. O trio fica atrás somente de Steffi Graff, que tem 22. Além do caneco do Grand Slam americano, a número 1 do mundo faturou os WTAs de Brisbane, Miami, Roma, Stanford e Cincinnati e o WTA Finals.

Serena faz parte de um pequeno grupo de tenistas que ganharam o prêmio de melhor do ano mais que duas vezes. Mesmo com seis reconhecimentos (2002, 2008, 2009, 2012, 2013 e 2014), ela segue atrás de Graf (que ganhou oito vezes) e Navratilova (sete vezes).


PRÊMIOS DA WTA EM 2014

Tenista do Ano - Serena Williams (EUA)
Dupla do Ano - Sara Errani (ITA) e Roberta Vinci (ITA)
Retorno do Ano - Mirjana Lucic-Baroni (CRO)
Progresso do Ano - Eugenie Bouchard (CAN)
Revelação do Ano - Belinda Bencic (SUI)



FONTE:
http://glo.bo/1yyBE07

No topo, Djokovic quer ouro olímpico no Rio 2016: ''Um dos meus sonhos''

Número um do mundo e vencedor do bronze nos Jogos de Pequim 2008, sérvio elogiou a sede das próximas Olimpíadas. Agora pai, não quer saber de muita festa


Por
Monte Carlo, Mônaco


saiba mais

Novak Djokovic segue em destaque. No último fim de semana, ele garantiu o título do ATP Finals e, de quebra, terminou o ano no topo do ranking. Mesmo se considerando ''no auge'', o sérvio de 27 anos ainda tem sonhos quando fala em conquistas. E um deles tem como cenário o Brasil. Nole revelou que tem enfoque no ouro olímpico e elogiou muito o país-sede das próximas Olimpíadas.

- É um dos meus maiores sonhos (o ouro olímpico). Eu amo as pessoas do Rio e do Brasil. Estive lá uma vez, quando joguei com Guga em um jogo de exibição. Foi uma das melhores experiências que já tive. Foram muito receptivos. São pessoas gentis e que amam esportes. Tiveram a Copa do Mundo esse ano e foi um sucesso. Agora estão chegando as Olimpíadas. Estou ansioso para isso - disse o atleta, ao GloboEsporte.com, durante um evento voltado para direitos das crianças, em Mônaco, nesta quinta-feira. 


Djokovic, Mônaco  (Foto: Amanda Kestelman)
Djokovic e Bubka em evento realizado em 
Mônaco (Foto: Amanda Kestelman)


O evento beneficente do qual Djokovic participou contou com a presença de algumas personalidades, inclusive do lendário Sergey Bubka, dez vezes campeão mundial do salto com vara (quatro em Mundiais indoor). Além de colecionar triunfos e recordes na modalidade, o ucraniano também faz parte do Comitê Olímpico Internacional. Segundo o tenista, eles conversaram brevemente sobre os Jogos do Rio.

- Sergey é uma lenda do esporte. Me sinto privilegiado de poder conversar com eles sobre as Olimpíadas e sobre o Rio. Ele está muito envolvido. Perguntei como estava indo e ele disse que muito bem. Todos estão animados e eu também. Como atleta, espero chegar lá e lutar pelo meu país, e espero ganhar uma medalha - disse o número 1 do mundo.


Djokovic, Mônaco  (Foto: Amanda Kestelman)Djokovic em Mônaco (Foto: Amanda Kestelman)


Novak Djokovic anunciou no mês passado o nascimento de seu primeiro filho. Durante o evento em Monte Carlo, ele afirmou que, mesmo admirando a alegria do Brasil, caso conquiste a tão sonhada medalha de ouro no Rio de Janeiro, pretende comemorar sem muita festa em terras cariocas.

- Virei pai há um mês. Se acontecer, as festas vão ser bem menores do que já foram - brincou.

Djokovic é detentor de um bronze olímpico, conquistado nos Jogos de Pequim, em 2008. Em Londres, há dois anos, ele perdeu a disputa do bronze para o argentino Juan Martín del Potro e acabou sem medalha. Por fim, o sérvio também fez questão de enaltecer o evento que participou, da fundação ''Peace and Sports'', em nome dos direitos das crianças de todo o mundo.


- Tento apoiar essa causa tanto quanto tento me envolver na minha própria fundação. Nossa missão é cuidar de crianças, principalmente as que vivem em áreas de desvantagem. Infelizmente nem todas as crianças do mundo têm o direito de sonhar e escolher o que vão fazer.

O sérvio encerrou a temporada com direito à marca de 31 partidas invicto em quadra coberta. E, neste ano, conquistou sete títulos: Masters 1.000 de Indian Wells, Masters 1.000 de Miami, Masters 1.000 de Roma, Wimbledon, ATP 500 de Pequim, Masters 1.000 de Paris e o ATP Finals.


Djokovic, ATP de tênis (Foto: Agência Reuters)
Djokovic celebrando título do ATP Finals 
(Foto: Agência Reuters)


FONTE:

Com novo público recorde, Federer vence Gasquet, e Suíça fica com título

Diante de 27.448 torcedores, número 2 do mundo faz 3 a 1 para Suíça na decisão contra França, e país conquista Copa Davis pela primeira vez


Por  
  Lille, França



Com mais de 15 anos de carreira profissional, agora Roger Federer já pode gritar para o mundo que ele e a Suíça conquistaram uma Copa Davis. O número 2 do mundo foi responsável por decretar o título da equipe, em cima da França. Neste domingo, ele derrotou Richard Gasquet, 26º colocado do ranking da ATP, por 3 sets a 0 - 6/4, 6/2 e 6/2, em 1h52 - na quadra de saibro montada no estádio Pierre Mauroy, em Lille, aplicando o terceiro triunfo da Suíça na série melhor de cinco partidas da final.

O título da Copa Davis significa tanto para Federer que, logo depois do último ponto da partida, ele desabou no chão, bastante emocionado. Após festejar com o restante da equipe, ficou com os olhos marejados e regeu a torcida suíça presente em Lille. Ao comentar o título inédito, porém, Federer foi humilde diante dos microfones.

tenis marco chiudinelli roger federer severin luthi stan wawrinka michael lammer copa davis final (Foto: EFE)
Equipe suíça levanta pela primeira vez o troféu 
de campeão da Copa Davis (Foto: EFE)


- Eu ganhei o suficiente na minha carreira, não precisava nada para "cortar da lista" ou algo do tipo. Estou feliz por ter conseguido ficar calmo e jogar uma boa partida. Isso (o título) não é para mim. Isso é para os garotos - disse Federer, dono de 82 títulos de simples (17 Grand Slams), oito de duplas, campeão olímpico de duplas e agora campeão da Copa Davis com a Suíça.

O duelo também marcou um novo recorde de público de um jogo na Copa Davis e de uma partida oficial na história do tênis. Foram 27.448 espectadores, superando em apenas 16 pessoas o comparecimento da última sexta-feira.

Essa foi a terceira vez que Federer entrou em quadra em Lille. Na primeira, contra Gael Monfils na sexta-feira, o suíço jogou mal e foi dominado pelo adversário, perdendo a partida por 3 sets a 0. Antes, na abertura da série, Stan Wawrinka havia superado Jo-Wilfried Tsonga por 3 sets a 1. No sábado, Federer e Wawrinka substituíram Marco Chiudinelli e Michael Lammer e derrotaram Gasquet e Julien Benneteau, recolocando a Suíça em vantagem para o último dia da final. O adversário de Federer neste domingo seria Tsonga, mas o capitão Arnaud Clément fez a troca horas antes da partida. De acordo com o presidente da Federação Francesa de Tênis, Jean Gachassin, Tsonga estava com dores no cotovelo.


saiba mais

A Suíça nunca havia conquistado a Copa Davis, e o troféu era um dos poucos de grande escalão que Federer jamais havia levantado na carreira. Até este ano, o máximo que a equipe conseguira no torneio foi ser vice-campeã em 1992, perdendo na final para os Estados Unidos de Andre Agassi, Pete Sampras, Jim Courier e John McEnroe.

Derrotada, a França segue com nove títulos da Copa Davis, o mais recente em 2001, sobre a Austrália de Lleyton Hewitt. De lá para cá, o time foi finalista em 2002 (derrota para a Rússia de Marat Safin e Yevgeny Kafelnikov), em 2010 (derrota para a Sérvia de Novak Djokovic) e agora em 2014.

tenis torcida suiça lausanne copa davis final (Foto: EFE)
Torcida em Lausanne pula e comemora o triunfo 
de Federer sobre Gasquet (Foto: EFE)


O jogo

Assim como atuou nas duplas, Gasquet não conseguiu ser eficiente em quadra. Logo no terceiro game de jogo, Federer ganhou uma quebra. Jogando bem à vontade, o suíço pôde até desperdiçar um break point no sétimo game e dois set points no nono que não fizeram falta. Ao sacar para o set, o ex-número 1 facilmente confirmou o serviço de zero, ficando em vantagem no confronto.

tenis roger federer copa davis final (Foto: Reuters)
Federer se emociona ao conquistar o ponto do
título da Copa Davis para a Suíça 
(Foto: Reuters)


Federer teve vida ainda mais fácil na segunda parcial. Começou o set com quebra e depois fez 5/2 ao levar a melhor em todos os pontos do game de serviço do oponente. Manteve a invencibilidade na sequência e fechou o set, pondo a Suíça a uma parcial do título.

Pressionado, Gasquet teve disposição para salvar quatro break points logo no primeiro game do terceiro set. O tenista da casa até passou a jogar mais de igual para igual com o número 2 do mundo, mas no quinto game deu a quebra de vantagem para o suíço, ao espirrar a esquerda e jogar a bola para fora. Dois games depois, Gasquet voltou a errar e a dar outra quebra para Federer. Agora o suíço sacava para o jogo e rapidamente chegou ao triplo match e converteu de primeira, com uma bela deixadinha no ponto da vitória. Com a conquista inédita, Federer caiu no chão como se não acreditasse no que aconteceu e emocionado foi comemorar com toda a equipe suíça a façanha.

tenis frança suiça copa davis final estadio pierre mauroy (Foto: EFE)
Estádio Pierre Mauroy recebeu um novo público 
recorde do tênis neste domingo (Foto: EFE)
A campanha da Suíça na Copa Davis 2014:


Oitavas de final: Sérvia 2 x 3 Suíça, em Novi Sad (quadra dura e coberta)
Ilija Bozoljac 0 x 3 Roger Federer - 6/4, 7/5 e 6/2
Dusan Lajovic 1 x 3 Stan Wawrinka - 6/4, 4/6, 6/1 e 7/6(7)
Filip Krajinovic/Nenad Zimonjic 1 x 3 Marco Chiudinelli/Michael Lammer - 7/6(3), 3/6, 7/6(2) e 6/2
Dusan Lajovic 2 x 1 Michael Lammer - 6/3, 3/6 e 6/4
Filip Krajinovic 2 x 0 Marco Chiudinelli - 6/4 e 6/4

Quartas de final: Suíça 3 x 2 Cazaquistão, em Genebra (quadra dura e coberta)
Stan Wawrinka 1 x 3 Andrey Golubev - 7/6(5), 6/2, 3/6 e 7/6(5)
Roger Federer 3 x 0 Mikhail Kukushkin - 6/4, 6/4 e 6/2
Roger Federer/Stan Wawrinka 1 x 3 Andrey Golubev/Aleksandr Nedovyesov - 6/4, 7/6(5), 4/6 e 7/6(5)
Stan Wawrinka 3 x 1 Mikhail Kukushkin - 6/7(4), 6/4, 6/4 e 6/4
Roger Federer 3 x 0 Andrey Golubev - 7/6(0), 6/2 e 6/3

Semifinal: Suíça 3 x 2 Itália, em Genebra (quadra dura e coberta)
Roger Federer 3 x 0 Simone Bolelli - 7/6(5), 6/4 e 6/4
Stan Wawrinka 3 x 0 Fabio Fognini - 6/2, 6/3 e 6/2
Marco Chiudinelli/Stan Wawrinka 2 x 3 Simone Bolelli/Fabio Fognini - 7/5, 3/6, 5/7, 6/3 e 6/2
Roger Federer 3 x 0 Fabio Fognini - 6/2, 6/3 e 7/6(4)
Michael Lammer 1 x 2 Andreas Seppi - 6/4, 1/6 e 6/4

Final: França 1 x 3 Suíça, em Lille (quadra de saibro e coberta)
Jo-Wilfried Tsonga 1 x 3 Stan Wawrinka - 6/1, 3/6, 6/3 e 6/2
Gael Monfils 3 x 0 Roger Federer - 6/1, 6/4 e 6/3
Julien Benneteau/Richard Gasquet 0 x 3 Roger Federer/Stan Wawrinka - 6/3, 7/5 e 6/4
Richard Gasquet 0 x 3 Roger Federer - 6/4, 6/2 e 6/2
Gael Monfils x Stan Wawrinka - não disputado



FONTE:
http://glo.bo/11KnLkk



Presidente do Cruzeiro fala em ganhar Libertadores e Mundial em 2015

Gilvan de Pinho Tavares tem nome gritado na arquibancada durante comemoração do tetra, elogia desempenho dos torcedores e avisa: "Pensamos grande"


Por
Belo Horizonte




O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, parecia ter atuado na vitória por 2 a 1 sobre o Goiás, neste domingo. Foi ao gramado do Mineirão comemorar o título brasileiro junto com jogadores e ouviu torcedores gritarem seu nome. Empolgado com a conquista e com a homenagem que veio da arquibancada, Gilvan traçou planos altos para a próxima temporada. Ele sonha com o tri da Libertadores e com o inédito Mundial de Clubes.

Terminada a Copa do Brasil, vamos pensar na Libertadores, para ver se ganhamos mais um título... e por que não o Mundial? 
Gilvan de Pinho Tavares

- Pensamos grande. Nós já pensamos na Copa do Brasil (decisão contra o Atlético-MG, na quarta-feira), e, terminada a Copa do Brasil, vamos pensar na Libertadores, para ver se ganhamos mais um título... e por que não o Mundial? Se Deus quiser vai dar certo, e ele vai querer, porque Deus está do lado da gente.

Gilvan mostrou empolgação ao falar dos gritos por seu nome e enalteceu a presença da torcida ao longo da temporada. Afirmou que, graças à bilheteria obtida com a média de público próxima de 30 mil, o Cruzeiro pôde contratar e manter um time de qualidade.

- É uma emoção muito grande. Eu nunca tinha visto isto na vida. A torcida sempre grita o nome dos atletas e também gritou o nome do presidente, como se eu fosse um membro desta equipe. É o trabalho de toda uma diretoria e toda uma comissão técnica. Todos ganhamos. O trabalho começou em outubro de 2012, com a montagem desta equipe. Hoje estamos colhendo os frutos deste trabalho. No primeiro triênio do trabalho, coroamos com dois títulos brasileiros e um mineiro. Esta torcida maravilhosa merece. Eles lotam o estádio e nos possibilitam montar este time. O trabalho só tem sucesso por causa da torcida do Cruzeiro.

Cruzeiro x Goiás, Mineirão. campeão 2014 (Foto: Douglas Magno)
Fantasias de estrela mostram os quatro títulos 
brasileiros do Cruzeiro (Foto: Douglas Magn


FONTE:

A estrela de Goulart: gol decisivo, briga por artilharia e festa com torcida

Meia repete destaque do ano passado, quando marcou em jogos fatais para o título, e entra de vez na briga para ser o goleador do Campeonato Brasileiro


Por
Belo Horizonte


A relação entre Ricardo Goulart e o Campeonato Brasileiro se estreita. No ano passado, o jogador já havia marcado no jogo simbólico do título, a vitória de 3 a 0 sobre o Grêmio, e na partida que assegurou a conquista, o triunfo de 3 a 1 sobre o Vitória em Salvador. Este ano, repetiu a dose: são quatro gols nas últimas quatro rodadas (contra Criciúma, Santos, Grêmio e Goiás). Aí está incluso o primeiro gol da vitória de 2 a 1 sobre os goianos neste domingo. Gol de título.

E de artilheiro. Ricardo Goulart tem os mesmos 15 gols que Fred, do Fluminense, e Henrique, do Palmeiras, no topo da lista do campeonato. Não por acaso, estava eufórico ao celebrar o título neste domingo. Depois do jogo, pegou um bandeirão e saiu correndo pelo gramado. Teve o nome gritado pela torcida.

Ricardo Goulart Cruzeiro x Goiás, Mineirão. campeão 2014 (Foto: Douglas Magno)
Ricardo Goulart com bandeirão no gramado do 
Mineirão (Foto: Douglas Magno)


Goulart vive o grande ano da carreira. Revelado pelo Santo André, com passagem pelo Inter, afirmado no Goiás, ele vive sua segunda temporada no Cruzeiro. Sente-se em casa. É forte candidato a craque do Campeonato Brasileiro. Semana passada, disse que votaria em si se fosse possível.

Mas o jogador quer mais. Ele sabe o valor de uma eventual Tríplice Coroa, repetindo o feito de 2003. O Mineiro e o Brasileirão estão assegurados. Falta a Copa do Brasil.

- Tem outra partida. Assim que é bom. Jogador gosta de jogar é essas partidas, decidindo títulos. Vou ficar marcado na história do Cruzeiro, se Deus quiser – disse o atleta enquanto festejava no gramado do Mineirão.

Ricardo Goulart é uma das grandes esperanças do Cruzeiro para virar a decisão da Copa do Brasil. No primeiro jogo, a Raposa levou 2 a 0 do Atlético-MG no Independência. Precisa vencer por três gols de diferença ou devolver o placar o tentar a sorte nos pênaltis.

O jogador tem um motivo extra para se envolver na partida. Ele não gostou de sua atuação no primeiro jogo. Acha que talvez tenha sido sua pior partida com a camisa do Cruzeiro. Tentará levar à Copa do Brasil o desempenho que vem tendo no Brasileirão.



FONTE:
http://glo.bo/1yJbW93

Éverton Ribeiro orienta, xinga, paga dívida pessoal e decide o tetra

Ausente no jogo do título em 2013, líder em assistências assume protagonismo, marca quinto gol de cabeça da carreira e avisa: "Vamos atrás da Tríplice Coroa"


Por
Belo Horizonte


Põe na conta do craque. O título do Cruzeiro tem um herói, e um herói bem ao estilo deste Cruzeiro de ser. Éverton Ribeiro não decidiu o Brasileirão somente pelo gol marcado contra o Goiás. O baixinho de 1,74m que voou para escorar de cabeça e estufar as redes de Renan decide sempre. É regular, é letal. Ninguém deu mais passes para gol do que ele. Ninguém foi tão determinante para o tetra quanto ele. O craque que prefere ser garçom pisou no Mineirão na tarde de domingo para ser protagonista. E não deu outra. Gritou, xingou, orientou, organizou o time e preencheu, em grande estilo, a lacuna deixada pela ausência no jogo do título em 2013. O cérebro cruzeirense também foi o coração.


Éverton Ribeiro teve participação direta em 16 gols do Cruzeiro no Brasileirão. Deu 10 assistências e balançou as redes seis vezes

Incansável, o camisa 17 corria de um lado para o outro em busca de espaços. A intermediária ofensiva pelo lado direito era o ponto de partida. Dali, saía em disparada fosse para driblar ou, de cabeça levantada, buscar um companheiro bem posicionado. Foi dali também que arrancou para escrever a história. Com a bola nos pés de Willian, os grandalhões do Goiás se preocuparam com Marcelo Moreno. Quando viram, o pequenino craque já estava testando firme para fazer o quinto gol de cabeça da carreira. Na comemoração, fez um L com os dedos para homenagear Luca, filho de um amigo que está para nascer, e regeu a torcida. Ordenou: "Cadê? Cadê? Levanta a faixa!". E viu a massa azul exibir o bandeirão confeccionado pelas esposas dos jogadores com os dizeres: "A Deus, toda glória."

Antes do gol, Éverton tentou, e muito, servir os companheiros. Líder em assistências do Brasileirão, ao lado de Conca, com 10, o meia levantou oito bolas na área, mas não deu certo. Após cobrança de escanteio, chegou a dar uma sonora bronca nos atacantes que ficavam passivos diante da marcação do Goiás.


- Vamos entrar (na área), car...!

Mosaico - O craque decide - Everton Ribeiro (Foto: Editoria de Arte)
Momentos de Éverton Ribeiro contra 
o Goiás. Ausente ano passado, craque 
comanda a festa do tetra 


Éverton Ribeiro estava acelerado. Errou seis dos 41 passes que tentou, mas chamou a atenção pela intensidade com que levou a partida. Não fugiu de divididas e ajudou muito até na marcação. Cometeu três faltas, sofreu duas e ainda recuperou três bolas entre desarmes e roubadas. De longe, daquele seu cantinho na intermediária, viu Ricardo Goulart marcar de cabeça, Egídio e Marcelo Moreno desperdiçarem boas oportunidades, e resolveu se arriscar. O cruzamento de Willian foi perfeito. A cabeça, que tinha funcionado apenas uma vez no Cruzeiro, duas no Coritiba e uma no São Caetano para balançar as redes, entrou em ação novamente, aos 17 do segundo tempo.
Sempre que faço um gol de cabeça, brinco falando que é o meu forte. Sou baixinho e é difícil de fazer. É muito especial para mim. No ano passado, não pude jogar o jogo do título. Agora, entrei e ainda pude fazer um gol importantíssimo
Éverton Ribeiro, meia do Cruzeiro

- Sempre que faço um gol de cabeça, brinco falando que é o meu forte. Sou baixinho e é difícil de fazer. É muito especial para mim. No ano passado, não pude jogar o jogo do título. Agora, entrei e ainda pude fazer um gol importantíssimo.

A contagem regressiva para o tetra tinha começado. Líder por 30 rodadas consecutivas, o Cruzeiro estava a 28 minutos da consagração. Em 2013, o suspenso Éverton Ribeiro viu do lado de fora a taça ser confirmada ainda com bola rolando em Salvador, no jogo com o Vitória. Agora, não. Estava ali, em campo, decidindo, e aproveitava cada momento. Segurava a bola nos seus pés, deixava o tempo passar, e, quando o relógio quase marcava 45, chegou a reger os gritos de campeão da torcida com as mãos para o alto. Transbordava felicidade.

Ao apito final, Alisson fez o que milhões que cruzeirenses gostariam. Invadiu o campo, abraçou Éverton e o ergueu. O craque, no entanto, quer mais. Ainda no gramado do Mineirão, em meio à comemoração, já pediu foco na final da Copa do Brasil, quarta-feira, contra o Atlético-MG, no mesmo palco. Bicampeão brasileiro e campeão mineiro, quer contornar ainda mais de azul o seu nome repetindo o feito histórico do time de 2003.

- Agora, só temos a Copa do Brasil para pensar. Somos bicampeões do Brasileiro e vamos atrás da Tríplice Coroa para essa torcida. Podem ter certeza que vamos dar o nosso máximo para conseguir a virada. Não tem cansaço, é entrega total.

Com 114 jogos, 24 gols e uma penca de assistências com a camisa do Cruzeiro, Éverton Ribeiro não para. Se a virada contra o Galo depois de perder por 2 a 0 no jogo de ida é complicada, põe na conta do craque. Ele já está acostumado a decidir.

Éverton Ribeiro marcou o gol que garantiu o título ao Cruzeiro (Foto: Washington Alves / Light Press)
Everton Ribeiro participa muito da partida: 
levanta oito bolas na área e faz um gol 
(Foto: Washington Alves / Light Press)


FONTE:

Pacotão do tetracampeão: a alma lavada da dupla no campo encharcado

Cruzeiro bate Goiás por 2 a 1 no Mineirão com Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro decisivos e Fábio fechando gol, garantindo 4º título brasileiro a duas rodadas do fim


Por
Belo Horizonte


Depois de 36 rodadas na liderança do Campeonato Brasileiro, o Cruzeiro assegurou o título da competição ao derrotar o Goiás por 2 a 1 neste domingo no Mineirão. Com a vitória, o time celeste chegou a 76 pontos, sete à frente do São Paulo, segundo colocado. Como faltam apenas dois jogos para o encerramento da competição, a conquista está garantida. Além da festa, a partida foi marcada por muita água no gramado - após forte chuva na região da Pampulha. Com a bola rolando, Ricardo Goulart e Éverton Ribeiro foram decisivos mais uma vez no ataque. Lá atrás, na defesa, Fábio salvou o time nos minutos finais para alegria dos mais de 57 mil cruzeirenses que foram ao Mineirão comemorar o tetracampeonato do Brasileirão.

gramado encharcado

Antes da partida, um temporal atingiu a região da Pampulha, em Belo Horizonte, onde fica o Mineirão. O sistema de drenagem do estádio não suportou a forte chuva, e várias poças surgiram no gramado. Funcionários da Minas Arena, consórcio que administra o Mineirão, usaram rodos para tentar diminuir o acúmulo de água, principalmente perto dos bancos de reservas. Segundo a administradora, uma fibra instalada no gramado a pedido da Fifa, para a Copa do Mundo, tem atrapalhado o funcionamento da drenagem. O material só será retirado do campo no fim do ano, após o encerramento da temporada de jogos.



cabeçada fulminante

Mesmo com o péssimo estado do gramado, o Cruzeiro tratou de garantir a vitória o mais rápido possível. Aos 12 minutos do primeiro tempo, Mayke cruzou da direita para uma cabeçada fulminante de Ricardo Goulart. A bola ainda bateu na trave antes de balançar as redes do Goiás.



bela polêmica

O Cruzeiro poderia ter ampliado a vantagem sete minutos depois, quando Ricardo Goulart recebeu lançamento na área do time esmeraldino. Porém, a bela auxiliar Nadine Schram Camara Bastos assinalou impedimento na jogada. O lance duvidoso gerou reclamação dos cruzeirenses.


bobeada e golaço

O jogo parecia dominado pelos donos da casa, mas a defesa da Raposa bobeou aos 22 minutos. Após cobrança de falta pelo lado esquerdo da defesa cruzeirense, Samuel recebeu livre na área e mandou no ângulo do goleiro Fábio. Um belo gol que igualou o placar no Mineirão.


tapinha não dói

Willian quase surpreendeu o goleiro Renan no fim do primeiro tempo. Depois de receber passe de Moreno, o atacante do bigode resolveu arriscar de longe. A bola desviou no zagueiro Jackson e subiu. O goleiro do Goiás não perdeu a pelota de vista e, em cima da linha, deu um tapinha para evitar o segundo gol cruzeirense, colocando para escanteio.


pênalti?

David lançou Samuel, que invadiu a área do Cruzeiro. O atacante tirou do primeiro marcador, ajeitando para o arremate. Henrique entrou de carrinho e acabou tocando o braço na bola. Os jogadores do Goiás pediram pênalti no lance, mas o árbitro Paulo Henrique de Godoy Bezerra mandou o jogo seguir.



CULPA DO REFLETOR

O Cruzeiro buscava o gol de desempate. Lucas Silva dominou na intermediária e lançou na área do Goiás. Egídio se antecipou e tentou cabecear, mas mandou a bola para fora. Após o lance, o lateral gesticulou que o refletor teria atrapalhado a conclusão da jogada.



TESTADA CAMPEÃ

Aos 17 minutos da etapa final, com o empate no Mineirão e o São Paulo vencendo o Santos, na Arena Pantanal, o titulo do Cruzeiro estava sendo adiado. O clima era de tensão no Gigante da Pampulha. Foi quando Willian cruzou da esquerda para outro gol de cabeça do Cruzeiro, dessa vez de Éverton Ribeiro - sexto do meia cruzeirense no Campeonato Brasileiro, o primeiro usando a testa para mandar para as redes.



fogo amigo

Logo depois do gol de Éverton Ribeiro, quase o zagueiro Bruno Rodrigo fez o dele, só que seria contra. Após escanteio a favor da equipe goiana, a bola desviou no defensor cruzeirense, obrigando o goleiro Fábio a se esticar todo e salvar a Raposa.


outro susto

Atrás no marcador, o Goiás foi para cima do Cruzeiro em busca do gol de empate. Aos 40 minutos da etapa final, Lima cobrou falta com veneno. Fábio foi no canto esquerdo para defender em dois tempos.


paredão

Aos 45 minutos, nova chance para o time esmeraldino. Erik bateu forte, e Fábio, de novo, fez uma defesaça. Mesmo se a bola entrasse, a auxiliar já havia sinalizado o impedimento do atacante do Goiás.


festa do tetra

Aos 48 da etapa final, o árbitro Paulo Henrique de Godoy Bezerra encerrou a partida. Foi a senha para o início da festa cruzeirense pelo tetracampeonato do Brasileirão. 



Marcelo Oliveira se diz recompensado e destaca combinação boa no clube

Técnico afirma que time entrou para a história e mostra orgulho da receita com técnica e raça: "Cruzeiro sempre foi tido como uma academia de bom futebol"


or
Belo HorizonteP




Geralmente contido e tranquilo, o técnico Marcelo Oliveira extravasou a emoção neste domingo. O Cruzeiro venceu o Goiás, por 2 a 1, no Mineirão, e conquistou de forma antecipada o tetracampeonato brasileiro. O treinador ficou empolgado com a festa da torcida, que, após o jogo, reconheceu o trabalho e gritou seu nome.

- É sensacional! Eu estou emocionado, gratificado e recompensado por tudo que fizemos. O que conseguimos foi através de muita doação, não foi de mão beijada.  
Marcelo ressaltou as dificuldades que o time enfrentou ao longo da temporada. E avisou que o Cruzeiro quer ainda mais, já que tem pela frente o Atlético-MG na final da Copa do Brasil, quarta-feira, também no Mineirão.  

- A recompensa do trabalho é esta. Superamos todas as dificuldades, um jogo difícil e sob muita chuva. Estamos muito felizes, entramos na história de um grande clube. Vamos comemorar muito hoje (domingo), mas, a partir de amanhã, já vamos respirar a final da Copa do Brasil.


saiba mais

O treinador destacou que o time atual se aproxima da tradição do Cruzeiro e que conseguiu unir técnica e força de marcação.

- Houve uma combinação boa, porque o Cruzeiro sempre foi tido como uma academia de bom futebol, com times maravilhosos e que faziam muitos gols. Temos colocado mais jogadores técnicos e tentamos fazer com que eles entendam que é possível marcar e atacar. Podemos ser eficientes na marcação sem deixar de ter time criativo e ofensivo.

Apesar da alegria, Marcelo demonstrou revolta com o que chamou de calendário desumano e citou o exemplo de Mayke, que deixou a partida contra o Goiás com fisgada na coxa direita.
- O trabalho é em conjunto, não tem separação. Diretoria, comissão, jogadores... não tem separação. Ouço muito o fisiologista, ouço muito o médico e o preparador físico para tirar os jogadores. Parece que perdemos mais um jogador. A gente vem falar de calendário e dizem que não tem nada a ver. Mas o Mayke pode estar fora, o Ceará também. Isso porque disputamos dois campeonatos.

O Cruzeiro decide a Copa do Brasil na quarta-feira, no Mineirão. Para ser campeão, o time precisa vencer o Atlético por três gols de diferença ou devolver o 2 a 0 do duelo de ida e tentar a sorte nos pênaltis.

Marcelo Oliveira, Cruzeiro comemoração Campeão (Foto: Denilton Dias / Agência Estado)
Marcelo Oliveira é saudado pelos jogadores 
campeões brasileiros (Foto: Denilton Dias 
/ Agência Estado)

Marcelo Oliveira Cruzeiro comemoração campeão 2014 (Foto: Pedro Vilela / Getty Images)
Marcelo Oliveira comemora o segundo título 
consecutivo do Campeonato Brasileiro 
(Foto: Pedro Vilela / Getty Images)


FONTE:

Tem dono! Cruzeiro bate Goiás e é tetracampeão brasileiro no Mineirão!

Gols de Ricardo Goulart e Everton Ribeiro, a dupla dinâmica da caminhada do título, dão quarta taça do Brasileiro à Raposa - e a segunda consecutiva


 A CRÔNICA


por Alexandre Alliatti


Dirá a tabela, essa insensível, que o Cruzeiro foi campeão brasileiro neste domingo, dia 23 de novembro de 2014, ao vencer o Goiás por 2 a 1. Às favas a tal da lógica. Porque o Cruzeiro, de tão superior, não foi campeão: o Cruzeiro vem sendo campeão. Até chegar ao gol de Ricardo Goulart, aos 12 minutos do primeiro tempo em um Mineirão encharcado, teve muita coisa: um elenco que vale por dois; uma comissão técnica inventiva e interessada; um departamento de futebol alheio a caprichos presidenciais. Até chegar ao gol de Everton Ribeiro, aos 17 minutos do segundo tempo, teve um bocado mais: um centro de treinamento invejável; salários em dia; harmonia; medalhões como complemento para jogadores em crescimento (não o contrário); quase 70 mil sócios pagando mais de metade da folha salarial do futebol.


saiba mais

O segundo título consecutivo, quarta conquista de Brasileiro da história do clube, consolida o Cruzeiro como referência, bota mais uma estrela em uma constelação que não cessa de crescer e enche de orgulho a torcida que pegou muita, muita, muita chuva para lotar o estádio. O jogo não foi dos melhores - o gramado impediu que fosse. Muito pesado, tomado por poças nas laterais, ele recebeu uma partida pouco fluente. Uma pena: o que esse time do Cruzeiro mais tem é justamente fluência.

Com a vitória, a Raposa foi a 76 pontos, inalcançável na ponta do campeonato. São sete de vantagem sobre o São Paulo, e restam apenas seis em disputa. O Goiás, com 44, é o 13° e volta a campo domingo, às 19h30, na Arena da Baixada, contra o Atlético-PR.

A equipe celeste jogará como campeã contra a Chapecoense, domingo, às 17h, na Arena Condá. Mas antes tem um dos jogos mais importantes de sua história: faz o clássico decisivo da final da Copa do Brasil no Mineirão depois de perder por 2 a 0 para o Atlético-MG no primeiro jogo.

Ricardo Goulart, Cruzeiro x Goiás (Foto: EFE)
Ricardo Goulart cabeceia para fazer 1 a 0 para 
o Cruzeiro no Mineirão (Foto: EFE)


Festa, mas nem tanto

O Cruzeiro parecia capaz de caminhar sobre as águas nos primeiros minutos de jogo. Esfomeado pela iminência do título, partiu para cima do Goiás – estivesse o campo como estivesse. Com quatro minutos, já botava pressão, com a bola sistematicamente sobrevoando a área goiana. Uma ajeitada de Moreno quase resultou em gol – a zaga cortou. Cabeceio dele mesmo, pouco depois, confundiu metade do estádio: a bola acarinhou a rede, mas por fora. Chute de Mayke ainda foi bem defendido por Renan.

Era evidente a soberania cruzeirense. Mas não havia como precisar quando sairia um gol, se sairia um gol, de que jeito sairia um gol. Era mais provável, claro, que fosse de bola aérea. Que Mayke, de repente, aparecesse pela direita e encaixasse o cruzamento. Que, vá saber, Ricardo Goulart aparecesse feito centroavante (como ele é bom nisso) e, de cabeça, mandasse para o gol. Para o gol do Cruzeiro.

Para gol de título.

O Mineirão se transformou em um bloco eufórico disfarçado de estádio. A torcida pulava, cantava, festejava o tetra. E aí teve que lembrar que o Goiás estava em campo. Samuel, aos 22, aproveitou cobrança de falta da direita, dominou na área e mandou no ângulo de Fábio: 1 a 1.

O gol amarrou o Cruzeiro. Os minutos seguintes foram até de algum predomínio esmeraldino – embora sem grande resultado prático. Aos poucos, a Raposa se soltou novamente. E quase retomou a vantagem em cabeceio muito perigoso de Léo.

Ricardo Goulart gol Cruzeiro x Goiás (Foto: Reuters)
Atletas festejam o primeiro gol do Cruzeiro 
no Mineirão (Foto: Reuters)

Faltava o de Everton Ribeiro: campeão!!

O gol de Ricardo Goulart, brilhante ao longo do campeonato, já era uma justiça histórica em um jogo tão simbólico. E faltava o de Everton Ribeiro. Pois veio o segundo tempo, o Goiás seguiu incomodando, pediu pênalti de Henrique, e ainda havia aquela tensão: e se o time de branco vira o jogo? E se o São Paulo ganha do Santos e adia a festa? E se nem tudo está definido?

Que nada. Se houve o gol de Goulart, haveria o de Everton Ribeiro – a dupla dinâmica do campeão. Aos 17 minutos, Willian apareceu bem na esquerda e mandou na área. O meia, com a agilidade habitual, se antecipou à marcação e fez o segundo gol.

O Mineirão tremeu. Não é mero clichê, não: o Mineirão literalmente tremeu. Parece que a torcida, naquele momento, se reconheceu como a grande campeã brasileira de 2014. E entrou em surto.
- Tetracampeão! Tetracampeão! – passou a cantar.

O jogo seguiu seu curso. O Goiás, brioso na partida, foi sempre uma ameaça latente. E o Cruzeiro manteve-se atuando como se fosse apenas mais uma partida, como se o título não estivesse logo ali, a 20 minutos, 15 minutos, 10 minutos, 5 minutos, como se Fábio não fosse defender todos os chutes restantes, como se não fosse o curso natural da história esse time ser novamente campeão, como se isso não fosse quase uma determinação matemática, quase uma lei da natureza – como se alguém pudesse merecer mais do que o Cruzeiro ser outra vez o dono do Brasil.

Torcida do Cruzeiro x Goiás, Mineirão (Foto: Douglas Magno)
"Tetracampeão"! Torcida do Cruzeiro festeja 
conquista no Mineirão (Foto: Douglas Magno)




FONTE: