domingo, 24 de agosto de 2014

Na estreia da dupla, Pedro/Álvaro bate campeões mundiais e conquista título

Dupla formada após decisão de Emanuel e Ricardo em reeditarem parceria reage, após perder primeiro set, e vence Samoilovs e Smedins na Polônia



Era apenas o primeiro torneio juntos, mas a nova dupla brasileira Pedro Solberg e Álvaro Filho fez bonito nas areias da Polônia. Ao perderem seus respectivos parceiros, Emanuel e Ricardo, que resolveram reeditar a parceria campeã olímpica em Atenas, 2004, carioca e paraibano foram para o Grand Slam de Stare Jablonki sem almejar muita coisa. Só que o jogo encaixou e o que parecia impossível aconteceu. Na manhã deste domingo, os novos companheiros brilharam e venceram os atuais campeões mundiais, os letões Samoilovs e Smedins, por 2 sets a 1 (15/21, 21/17 e 15/12), mesmo saindo perdendo no primeiro set.

Pedro Soldberge e Álvaro Filho vôlei de praia (Foto: Divulgação / FIVB)
Pedro Soldberge e Álvaro Filho comemoram 
primeiro título juntos no Circuito Mundial 
(Foto: Divulgação / FIVB)

- Nós viemos aqui porque realmente queríamos jogar este torneio e acabamos ganhando. Estamos muito felizes pelo que aconteceu - disse Pedro Solberg.

Medalhista de prata com Ricardo na edição de 2013, Álvaro Filho admitiu que ficou receoso de perder novamente na decisão polonesa.

- Ano passado, eu vim aqui e fui prata. Ontem, passou uma fantasma na minha mente de que isso poderia acontecer de novo. Graças a Deus, não teve fantasma desta vez - brincou o paraibano.


Brasil começa bem, mas não à pressão, erra muito e é derrotado
O panorama inicial foi positivo. Sacando forte, defendendo bem e eficiente nos contra-ataques, a dupla brasileira abriu 5 a 2 e administrou a vantagem até o sétimo ponto. Só que uma passagem no serviço do canhoto Smedins destruiu o passe brasileiro, complicou os ataques, fazendo os campeões mundiais virarem para 8 a 7. Os brasileiros sentiram, e erros passaram a acontecer em demasia. Na frente, os letões mostraram mais maturidade, só tendo uma bola desperdiçada no ataque em toda a parcial. No fim, vitória tranquila por 21 a 15.


Mais equilibrados, Pedro e Álvaro mostram força e levam decisão para o tie-break
Assim como no set anterior, o Brasil saiu na frente com o canhoto Álvaro, que não deu chances para Smedins na defesa. O equilíbrio no placar foi visto até o nono ponto, com alternância entre as duplas na liderança. Dois erros de ataque consecutivos de Smedins, seus dois primeiros no jogo, colocaram os brasileiros à frente (11 a 9). Um bloqueio de Pedro Solberg numa tentativa de segunda de Samoilovs ampliou a vantagem (13 a 10). Os letões mudaram de tática e passaram a sacar em Álvaro, que reagiu muito bem, virando bolas. Então, voltaram a sacar em Solberg, esboçando uma reação, chegando a ficar um ponto atrás (16 a 15). Mas o set era mesmo dos brasileiros, que foram "frios" e fecharam por 21 a 17, após um bloqueio do carioca, levando a decisão para o tie-break.


Confiantes, Pedro e Álvaro sobram e levam o primeiro título da dupla
A vitória no set anterior fez o jogo virar a favor dos brasileiros. Confiantes no saque, quebraram em vários momentos o passe letão e tiveram eficiência nos contra-ataques. Os atuais campeões mundiais sentiram e quando acordaram na parcial já perdiam por cinco (8 a 3). Um bloqueio de Samoilovs em Solberg trouxe a diferença para três (12 a 9), mas muito pouco para ameaçar o primeiro título, na etapa de estreia da nova dupla no Circuito Mundial (15 a 12).

Pedro Soldberge e Álvaro Filho, Samoilovs e Smedins vôlei de praia (Foto: Divulgação / FIVB)
Pedro Solberg acompanha levantamento 
de Smedins na vitória brasileira na 
Polônia (Foto: Divulgação / FIVB)


FONTE:

Kleina vê evolução, mas admite dificuldade em troca de esquema

Treinador elogia postura diante do Furacão e ponto ganho por confiança, mas diz que alteração da forma de jogar esbarra nas características dos jogadores disponíveis


Por Curitiba



Após o empate em 0 a 0 com o Atlético-PR, na Arena da Baixada, o técnico do Bahia Gilson Kleina falou sobre a postura da sua equipe e disse ter visto um time bem organizado. O treinador mostrou confiança em tirar o Bahia da situação ruim em que o time se encontra na Série A. (Veja o vídeo com os melhores momentos da partida)

- Vamos nos recuperar. Os jogadores, nós estamos tentando. Eu queria que não nos encolhêssemos, porque, se botássemos a marcação lá atrás... Mas conseguimos neutralizar bem, apesar de a grande chance ter sido do Atlético-PR. A equipe foi mais organizada, melhoramos – disse.

Kleina admitiu que as chances mais claras foram do Atlético, mas viu uma boa postura defensiva de seus comandados. Para ele, houve evolução no Bahia.

- Através de resultados positivos (podemos mudar a situação). Mas a gente já jogou mais organizado, conseguimos botar a bola no chão, trabalhar a bola. Não ficamos só marcando, abdicando de jogar. Por mais que tenhamos característica, tentamos usar, com o Emanuel de meia, depois o Diego na função que ele fazia no Corinthians... É conhecendo o grupo, dando sequência a Maxi, a outros jogadores que não vinham jogando. Optamos depois por mais velocidade, depois por botar a bola no chão para uma puxada. O Atlético-PR tem uma transição forte, tem uma bola aérea forte. A gente neutralizou bem. A chance clara foi do Atlético-PR, mas, apesar disso, tivemos evolução. Vamos ter que arriscar mais, mas hoje a equipe foi mais organizada – disse.

- Evolução. Hoje, se tivéssemos a vitória, sairíamos da zona. Estamos batendo nisso. Nesses jogos fora, três aqui no sul, tem uma pegada diferente e estamos ajustando. É um ponto que precisamos enaltecer. A vitória vai nos tirar, mas vamos continuar trabalhando. A gente deixou alguns jogadores importantes em Salvador, mas estamos ganhando outros. E esse ponto passa pela confiança. Para quando tiver a vitória, fazermos uma sequência – completou.

Para Kleina, apesar de mudar pouco na tabela, o ponto conquistado diante do Furacão é importante para dar confiança ao grupo.

- No primeiro tempo, as duas equipes quase não finalizaram. Nós estamos organizando, um ponto de confiança. Estamos lutando pela vitória. Os jogadores querem um resultado positivo. Precisamos bater nessa tecla. Fizemos um ponto, acredito que não mudou na tabela. Mas vamos ter que buscar os resultados fora de casa. Agora é a gente se preparar e mobilizar para a Sul-Americana – disse. 

O treinador também admitiu que tem dificuldades em alterar a forma de jogar da equipe por conta das características dos jogadores que tem à disposição no elenco.

- Estou tentando [mudar o esquema de jogo do time], mas não posso colocar os números e não ter a característica. Conversei com os atacantes, eles têm que ter mais improvisação. Estamos jogando numa linha mais defensiva. Eles roubam mais a bola do que criam as jogadas. A gente precisa jogar mais na vertical. O time foi montado para contra-golpear, então tem que saber jogar mais na vertical. Não adianta querer e achar que o time tem que jogar no campo adversário se não tem essa característica. Estou tentando isso com o Emanuel, Marcos Aurélio está fazendo um trabalho paralelo. A Série A pede para jogar – disse. 

- Não temos essa característica. O Marcos Aurélio fora, o Rhayner fora, Maxi sem sequência... Maxi está tendo sequência agora. O Lincoln está há muito tempo fora, está se recuperando e não estou com a data de volta que o médico me passou. Mas não posso pensar só em quando eles voltarem. Temos que tentar jogar. Não é assim que queremos pensar, mas é assim que está acontecendo. Estamos tentando nos ajustar, para ter confiança, trabalhar a bola e o time jogar – completou.


Clique aqui e assista a vídeos do Bahia


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/bahia/noticia/2014/08/kleina-ve-evolucao-mas-admite-dificuldade-em-troca-de-esquema.html

Após empate em casa, Doriva deixa o comando técnico do Atlético-PR

Decisão veio após o empate em 0 a 0 com o Bahia, neste domingo, na Arena da Baixada. Leandro Ávila volta a assumir interinamente o comando do Furacão


Por Curitiba


O Atlético-PR anunciou na noite deste domingo, através de seu site oficial, a rescisão do contrato do técnico Doriva. A decisão veio após o empate em 0 a 0 com o Bahia, na Arena da Baixada. Na breve nota, o clube rubro-negro agradeceu o trabalho de Doriva à frente do comando técnico do Atlético-PR. O auxiliar técnico Leandro Ávila, que já comandou o clube neste Campeonato Brasileiro, volta a assumir interinamente o comando do Furacão.

O treinador ficou à frente do Atlético-PR por oito partidas. Foram três vitórias, dois empates e três derrotas, contabilizando 45,83% de aproveitamento. Vindo do Ituano, Doriva chegou ao Atlético-PR no dia 16 de junho, em meio à parada para a Copa do Mundo. Ele substituiu justamente Leandro Ávila, que estava interinamente no cargo desde a saída do espanhol Miguel Ángel Portugal.

Doriva, técnico do Atlético-PR (Foto: Fernando Freire)
Após oito jogos, Doriva foi demitido 
do comando do Atlético-PR 
(Foto: Fernando Freire)

O primeiro desafio de Ávila no retorno ao cargo será na quarta-feira, contra o América-RN, pelo jogo de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O jogo será às 19h30, em Natal. À frente do Furacão, Ávila somou duas vitórias e dois empates como treinador da equipe atleticana. Amigo e motivador, o treinador venceu o clássico com o Coritiba, empatou com o Corinthians e São Paulo, e derrotou o Figueirense. 


O Atlético-PR encerrou a 17ª rodada na 9ª colocação, com 24 pontos.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-pr/noticia/2014/08/apos-empate-atletico-pr-anuncia-demissao-de-doriva.html

Atlético-PR e Bahia empatam em jogo sonolento na Arena da Baixada: 0 a 0

No último jogo com portões fechados no estádio, equipes passam em branco em Curitiba. Furacão estaciona em nono, e Tricolor segue no Z-4


 A CRÔNICA


por Monique Silva


Um jogo sonolento e com fraco nível técnico. Assim foi o empate por 0 a 0 entre Atlético-PR e Bahia, na noite deste domingo, na Arena da Baixada. A última partida com portões fechados no estádio, fruto da pancadaria entre torcedores do Furacão e do Vasco no ano passado, foi marcada pelas raras chances de gol, pelo festival de passes errados - foram 80 - e pela disputa truncada no meio-campo. No fim, as equipes saíram de campo com a certeza que precisam fazer muito para melhorar no Campeonato Brasileiro.
De um lado, o empate foi ruim para o Atlético-PR, que vê distante o pelotão dos primeiros colocados. Com o resultado, a equipe atleticana continua na nona posição, agora com 24 pontos. O resultado complicou ainda mais a vida do Tricolor, que segue na zona de rebaixamento, com 16.


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Pelo Brasileirão, os dois times voltam a jogar no próximo fim de semana, e como visitantes. O Furacão visita o Goiás, no domingo (31), às 18h30, no Serra Dourada. No mesmo dia e no mesmo horário, o Bahia enfrenta o Grêmio em Porto Alegre. A equipe atleticana ainda encara o América-RN na quarta-feira, às 19h30, na Arena das Dunas, pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

Ritmo lento e pouca inspiração
Os primeiros minutos de bola rolando na Arena da Baixada davam sinais de que o jogo seria sonolento em Curitiba. Com muito bate-rebate e os times tentando buscar o ataque, o Atlético-PR buscava pressionar a saída de bola, enquanto o Bahia tentava impor seu ritmo na partida. E o que se viu em campo foi um festival de passes errados e pouca criatividade. Sem nenhuma chance de gols, as equipes seguiram maltratando a bola. Melhor para os goleiros, que não foram acionados nos primeiros 45 minutos.

jogo Atlético-PR e Bahia  (Foto: Joka Madruga / FuturaPress)
Atlético-PR e Bahia jogam na Arena 
da Baixada (Foto: Joka Madruga / 
FuturaPress)
   
Jogo melhora, mas placar segue zerado
Sem alterações, as equipes retornaram para a etapa final com a mesma apatia do primeiro tempo. Com a tática do contra-ataque, os baianos seguiram bem postados defensivamente, mas esbarrando na falta de criação. Com dificuldades para furar a marcação adversária, o Atlético-PR colocou em campo o vice-artilheiro do Brasileirão, o atacante Douglas Coutinho, que substituiu o meia Bady. Buscando impor velocidade, o Bahia trocou o meia Léo Gago pelo lateral-direito Diego Macedo.

A mudança surtiu efeito primeiro para os visitantes, que exigiram do goleiro Weverton a primeira defesa da partida, aos 22 minutos, no arremate de Diego Macedo. O Rubro-Negro poderia ter tirado o zero do placar em pelo menos duas oportunidades, com Douglas Coutinho, perdendo a melhor chance do jogo, e depois com Bruno Mendes. Mas a rede não balançou, e o marcador ficou mesmo no 0 a 0.




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Drubscky lamenta "má sorte" em mais uma derrota do Goiás no Brasileirão

Técnico diz que revés contra o Cruzeiro foi "amargo", cita chances perdidas, como
o pênalti errado por David no último lance, e diz que ainda se sente bem no cargo


Por Goiânia



Faltou pouco. Por centímetros o Goiás não evitou a quinta derrota seguida no Brasileirão. Neste domingo, o Verdão perdeu para o Cruzeiro no Serra Dourada, mas a história seria diferente se o volante David não tivesse errado pênalti no último lance do jogo – a bola passou à direita de Fábio.

Apesar de não ter apresentado futebol brilhante, o Verdão pressionou bastante no fim, acertou o travessão com o próprio David em cobrança de falta e exigiu bastante do goleiro Fábio. O técnico lamentou a má sorte.

- Não merecíamos perder mais uma vez. O segundo tempo do Goiás foi muito bom, o primeiro já não tinha sido ruim. Mas quando a fase é ruim, estas coisas acontecem, tudo conspira contra. A derrota é amarga porque não merecíamos perder – desabafou Ricardo Drubscky na saída para os vestiários.


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Com cinco derrotas seguidas, o Goiás despencou para o 13º lugar no Campeonato Brasileiro, com 20 pontos – somente três a mais que o Criciúma, primeiro integrante da zona de rebaixamento. Apesar disso, o técnico do Verdão mantém a tranquilidade e esquiva sobre a possibilidade de demissão. Em entrevista coletiva, Drubscky afirmou que o trabalho está sendo bem feito e que os bons resultados vão aparecer.


- Infelizmente vocês (imprensa) especulam muito em cima disso, mas o grupo está tranquilo e está comigo. Também estou muito contente no trabalho. O que motiva é que o trabalho está sendo feito, e o time está jogando bem. Hoje (domingo) não merecíamos a derrota, assim como não merecíamos ter perdido para o Internacional. Tenho condições de continuar o trabalho. Claro que eu seria inocente se descartasse uma possibilidade de demissão, mas não seria a primeira vez na minha carreira. Cabe à diretoria decidir. 

Marcelo Moreno, Goiás X Cruzeiro (Foto: Getty Images)
Marcelo Moreno marca para o Cruzeiro 
no Serra Dourada (Foto: Getty Images)


FONTE:

Marcelo elogia superação do Cruzeiro e evitar criticar arbitragem por pênalti

Técnico considera que atual líder do Brasileiro teve dificuldades com as dimensões do gramado e o clima, e não julga árbitro por lance no final do segundo tempo


Por Belo Horizonte

 

Com mais uma vitória, a décima segunda em 17 rodadas, o Cruzeiro disparou na liderança do Campeonato Brasileiro, com 39 pontos, sete a mais que o vice-líder São Paulo, e conquistou o título simbólico do primeiro turno. O triunfo deste domingo sobre o Goiás (confira os melhores momentos no vídeo acima), no Serra Dourada, foi muito complicado. O Cruzeiro jogou melhor, mas cedeu espaços no final da partida e escapou por muito pouco de levar o empate, já que o time goiano perdeu um pênalti aos 49 minutos do segundo tempo. Para o técnico Marcelo Oliveira, o Cruzeiro sofreu também com as dimensões do gramado do Serra Dourada, as maiores do Brasil, e com o clima seco do Centro-Oeste.

- Foi um jogo extremamente difícil. O Cruzeiro não jogou como normalmente joga. Esboçamos algumas boas situações de toque, chegando. O Goiás jogou muito também, nós não os marcamos bem. Isto aconteceu muito pela dificuldade de jogar aqui. Não quis falar isto para os jogadores para não ampliar a situação, mas o campo é imenso e o clima dificulta. Eles (Goiás) estão mais acostumados. No final do jogo, nós sofremos um pouco.  



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Marcelo Oliveira não quis polemizar em relação à atuação do árbitro Francisco Carlos do Nascimento e ao pênalti marcado no fim. O técnico do Cruzeiro chegou a elogiar o trabalho de Nascimento.

- Eu acho que o árbitro foi até bem durante o jogo, marcou as faltas que tinha que marcar e aplicou os cartões. Achei que ele ficou pressionado por algumas jogadas de corpo a corpo em que os jogadores do Goiás caíram perto da área. Eu tive a sensação que não houve pênalti. Conversando com os jogadores também. Seria lamentável um erro numa situação dessa, no final do jogo, sem tempo para reagir.


O Cruzeiro agora volta as atenções para a Copa do Brasil. Quarta-feira, às 19h30 (de Brasília), recebe o Santa Rita-AL, no Mineirão. O jogo é válido pelas oitavas  de final.

Marcelo Oliveira técnico jogo Goiás x Cruzeiro (Foto: Getty Images)
Marcelo Oliveira evitou falar sobre a 
arbitragem na partida diante do 
Goiás, no Serra Dourada 
(Foto: Getty Images)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/cruzeiro/noticia/2014/08/marcelo-elogia-superacao-do-cruzeiro-e-evitar-criticar-arbitragem-por-penalti.html

Cruzeiro bate Goiás, garante "título" do 1º turno e abre sete pontos no topo

Raposa vence por 1 a 0 e não pode mais ser alcançada na primeira metade do Brasileirão. Esmeraldino perde pênalti no último minuto e agrava crise



 A CRÔNICA


por Fernando Vasconcelos


Mais líder do que nunca, o Cruzeiro já tem uma certeza: mesmo que perca as próximas duas partidas, terminará o primeiro turno do Campeonato Brasileiro na ponta. Neste domingo, a Raposa fez o suficiente para vencer o Goiás por 1 a 0 no Serra Dourada e abriu sete pontos para o segundo colocado, posição agora ocupada pelo São Paulo. Na trilha do bicampeonato, o time mineiro já tem 39 pontos, recorde após 17 rodadas na era dos pontos corridos, enquanto o Tricolor paulista tem 32. Marcelo Moreno, após belo passe de Éverton Ribeiro, acertou belo chute e fez o único gol da partida em Goiânia ainda no primeiro tempo. No último lance do jogo, o capitão do Goiás, David, ainda chutou para fora um pênalti que selaria o empate. Sorte de campeão?


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No fim, alegria de um lado e tristeza do outro. Em queda livre após a Copa do Mundo, o Goiás acumulou a quinta derrota consecutiva e segue despencando na tabela de classificação. Ex-integrante do G-4, o time esmeraldino está na 13ª colocação, com 20 pontos, três a mais que o Criciúma, equipe que abre a zona de rebaixamento. Antes de tentar enfim reagir na Série A, o Verdão visitará o Fluminense na próxima quinta-feira, às 18h, pela Copa Sul-Americana. O Cruzeiro também volta as atenções para outra competição. Na quarta, às 19h30, recebe o Santa Rita-AL no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.

Marcelo Moreno mostra faro de artilheiro
Apesar de poupar três jogadores, entre eles o artilheiro da Série A, Ricardo Goulart, o técnico Marcelo Oliveira não abriu mão da vocação ofensiva do Cruzeiro, que entrou em campo com três atacantes. O início sonolento durou até os 11 minutos, quando David chutou de fora da área e obrigou Fábio a fazer boa defesa. A partir daí o líder do Brasileirão concentrou as ações no campo de ataque e não demorou a abrir o placar. Além do trio de frente, o Cruzeiro ainda tinha Éverton Ribeiro. Aos 24, o meia justificou a convocação para a seleção brasileira e deu ótimo passe para Marcelo Moreno nas costas da defesa. O atacante chutou cruzado e superou Renan: 1 a 0.

O gol sofrido era um banho de água fria na proposta de jogo do Goiás, que atuava com três zagueiros e se armava para sair nos contra-ataques. Porém, faltava velocidade, organização e inspiração ao time esmeraldino, que se atrapalhava até mesmo em arremessos laterais. O lateral-direito Moisés, que voltava ao time por opção do técnico Ricardo Drubscky, errava muito e irritava a torcida. Do outro lado, o estreante Léo Veloso tinha atuação apagada. Mesmo em vantagem, a Raposa era mais perigosa e mantinha maior posse de bola. Marcelo Moreno quase ampliou o placar em finalização de cabeça após cobrança de falta aos 40 minutos.

Marcelo Moreno, Goiás X Cruzeiro (Foto: Getty Images)
Cruzeirenses comemoram homenageando 
companheiro Tinga, que sofreu grave 
lesão (Foto: Getty Images)

David perde pênalti e chance do empate
Sem muito que fazer, Ricardo Drubscky não mudou o Goiás no segundo tempo, e o panorama da partida também foi o mesmo. Em desvantagem, o time da casa tinha de sair para o jogo, mas esbarrava nas próprias limitações. Aos 12, Moisés até assustou Fábio em bom chute cruzado. Mas não foi o suficiente para convencer o treinador, que substituiu o lateral pelo meia Murilo. A alteração deslocou Valmir Lucas para a lateral-direita e colocou fim ao esquema 3-5-2. Apesar da mudança, o Goiás continuava sem repertório ofensivo e abria espaços para os rápidos contra-ataques do Cruzeiro.

Marcelo Oliveira então lançou Samudio e Dagoberto em campo com o objetivo de explorar melhor as jogadas de velocidade e pegar a defesa adversária aberta. Sempre que atacava, o líder do Brasileirão encontrava muitos espaços, sobretudo pelas laterais, mas não conseguia traduzir o maior volume de jogo em chances reais de gol. Ao Goiás restava a bola parada e, por pouco, ela não mudou a história do jogo. Aos 34 minutos, David cobrou falta perto da meia-lua, Fábio fez grande defesa, e a bola ainda tocou no travessão. O capitão esmeraldino ainda teria mais uma chance para empatar o jogo, mas quando a fase é ruim, tudo parece dar errado. Dedé cometeu pênalti em Esquerdinha aos 47 minutos do segundo tempo, mas David chutou para fora, no último lance da partida. Vitória cruzeirense, "título" do primeiro turno garantido e vantagem folgada na liderança.




FONTE?

Torcida do Tigre pede saída, e Lopes se defende: “Continuo com convicção”

Derrota para o Fla corresponde sétima partida do Tigre sem vencer no Brasileiro, time no Z-4, e três jogos sem que o time balance as redes: “A diretoria é quem analisa”


Por Criciúma, SC

 

A pressão sobre o técnico Wagner Lopes é imensa. A tabela do Campeonato Brasileiro, em que o Criciúma entrou na zona de rebaixamento, é um motivo. Mas tal situação foi explicitada ao final da derrota por 2 a 0 para o Flamengo, a sétima partida do Tigre sem vencer no Campeonato Brasileiro (confira os melhores momentos no vídeo acima).

Os carvoeiros que estava diante da entrada do túnel de acesso aos vestiários mandaram o recado alto e forte: o querem fora. Minutos depois, na entrevista coletiva, o treinador argumentou:

- Quem tem que analisar isso é a diretoria. Não vou no calor responder elogios ou vaias. Tenho minha maneira de pensar. Sinto o momento ruim pelo resultado negativo, mas tenho minhas convicções e não vou mudar. Os jogadores também estão chateados. Na profissão é assim, mas falar é fácil, fazer é mais complicado. Continuo com a convicção e não acho que está tudo errado. Não vou me deixar levar por vaias e elogios. Acho que tenho condição de seguir. A gente respeita todas as opiniões. Não me sinto desmotivado em nenhum momento e não mudo a maneira de pensar e agir – garantiu Lopes.

O jogo deste domingo era tido como crucial por ele mesmo. O Criciúma teve as estreias do meio-campista Cleber Santana e do atacante Souza. Porém, mesmo com mudanças agudas e novos jogadores o time catarinense não conseguiu superar o que o faz pressionado: são sete jogos sem vencer, três sem balançar as redes e três jogos sem vencer em casa. Durante a entrevista, torcedores se manifestaram novamente para pedir a saída do treinador, gritando na altura da sala de imprensa do Heriberto Hülse.

Torcedores do Criciúma pedem saída do treinador (Foto: João Lucas Cardoso)
Torcedores do Criciúma pedem saída 
do treinador (Foto: João Lucas Cardoso)

- Eu sempre digo que estou à disposição para trabalhar. Sei que no futebol brasileiro e mundial, qualquer clube tem o diretor de tomar a decisão que achar melhor em relação a qualquer funcionário.


Confira a integra da entrevista do técnico.

A sétima partida sem vencer
- O sentimento é de tristeza porque dentro da nossa casa, por mais motivos que se encontre, é complicado ficar sem ganhar. Foi um jogo em que o Flamengo teve todos os méritos. Perdemos em todos os aspectos. Temos que pedir desculpas à nossa torcida e seguir trabalhando. Perdemos a maior parte de divididas, na vontade, o posicionamento foi muito abaixo do que era a expectativa. Não podemos duelar como duelamos, tem que organizar melhor. 


Campanha
- A campanha após a Copa do Mundo é para cair, os números provam isso. Acho que ficar sete jogos sem vencer é horrível. Temos que melhorar.
 
Wagner Lopes  Criciúma (Foto: João Lucas Cardoso)
Wagner Lopes na derrota para o Flamengo
(Foto: João Lucas Cardoso)


Ameaça no cargo
- Sou um empregado do clube e trabalho até entenderem que eu não devo continuar mais. Tenho feito meu melhor, mas os resultados não estão vindo. Estou à disposição da diretoria sempre. Se julgar que é momento de trocar, respeito a troca.


Alterações
- Minha ideia com o atacante a mais, depois de ter um expulso, era porque o Flamengo povoava o meio, com muita movimentação. Tirando um meia e colocando um atacante, se fica exposto, perdi um jogador, e tinha que recompor. É complicado perder 2 a 0 e com um a menos e ter que ir ao ataque. Recompus o meio para 2 linhas de quatro e um atacante referência.

Wagner Lopes  Criciúma (Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC)Wagner Lopes tem nova derrota pelo Criciúma(Foto: Fernando Ribeiro/Criciúma EC)


Saída de Paulo Baier
- Não gosto de comentar problemas internos, de expor o jogador. Se ele está saindo é porque tem um motivo, mas nossos problemas a gente resolve internamente. Rendimento ruim é não do Paulo, é todo o time que tem que melhorar. Quando ganhar, ganham todos, e quando perde, perde todo mundo. 


Motivação para seguir
- Eu acabei de sair da “quentura” do jogo. Não adianta conjecturar, e eu estou tranquilo. É um momento difícil, mas é nas dificuldades que grandes homens aparecem, na derrota é que mostra o ser humano e o ser que é. Em momento algum vou fugir das minhas responsabilidades. As assumo e quero o bem do Criciúma. A melhor decisão vai ser tomada. Acho que temos que levantar a cabeça e todos assumirem. O verdadeiro homem assume, junta o que ocorreu para usar de experiência e segue. Vamos melhorar e fazer gols. Hoje perdemos taticamente, tecnicamente e perdemos maioria das divididas. É hora levantar a cabeça e seguir trabalhando.


Rafael Costa x Wellington Bruno
- Wellington Bruno fez um bom jogo (contra o Bahia), com boa cadência, mas a característica do Rafael Costa é diferente, com marcação melhor que o Wellington. Ele foi bem nos últimos jogos, e hoje eu não o quis sacrificar e pedir para recompor quando tínhamos a necessidade de saída mais rápida.


FONTE:

Luxemburgo breca euforia e vê Fla ainda ameaçado: "Não muda nada"

Treinador afirma que time ainda não afastou risco de queda, apesar da boa distância para os quatro últimos colocados: "Ainda tem distância grande até o fim"


Por Criciúma, SC

 

As quatro vitórias seguidas no Campeonato Brasileiro fizeram o Flamengo dar enorme salto na classificação. O time, agora com 22 pontos, abriu cinco para a zona do rebaixamento (veja o vídeo com os melhores momentos). No entanto, após mais um triunfo fora de casa, desta vez por 2 a 0, diante do Criciúma, neste domingo, o técnico Vanderlei Luxemburgo procurou evitar qualquer clima de euforia e de alívio por parte dos jogadores. De acordo com o comandante, o perigo ainda existe.

- No segundo tempo fizemos uma boa estratégia e conseguimos uma vitória boa contra um concorrente direto na tabela. Avançamos, mas não terminou. Não muda nada. Se terminasse hoje, estaria feliz e dando cambalhota porque o Flamengo não caiu. Se levarmos pancada na frente, vem tudo de novo. Pressão. Temos que ficar contentes, mas termos seriedade. Ainda tem uma distância grande até o fim da competição.

Depois, em um espaço de nove jogos teremos seis ou sete clássicos. Mais a Copa do Brasil. É complicado. Ninguém suporta a pressão em um campeonato difícil desse. Não há técnico que resista. É preciso sensibilidade, o campeonato é equilibrado demais.

O próximo compromisso do Flamengo pelo Brasileiro será no próximo domingo, contra o Vitória, no Barradão. Antes, na quarta-feira, o time estreia na Copa do Brasil, contra o Coritiba, no Couto Pereira, em jogo válido pelas oitavas de final da competição. A delegação segue direto de Criciúma para a capital paranaense.


Confira a entrevista completa do treinador:


Quando Eduardo Silva poderá jogar 90 minutos?
- Não sei. Se soubesse eu falaria. Tem que deixar as coisas acontecerem. Respeito a imprensa, tem que perguntar mesmo. Mas estou fazendo o que tem que ser feito, e vocês querem que eu coloque o cara para jogar. O Flamengo está tirando proveito dele com inteligência. Se começar jogando, talvez o rendimento não seja o mesmo. Mas todos dizem que tenho que colocar porque fez três gols. Fora do Brasil se contrata jogador para entrar dentro do jogo. Aqui que temos essa pressa. Não é da forma que vocês pensam. É preciso uma análise coerente e equilibrada. O Eduardo pode se lesionar amanhã, mas estamos fazendo tudo para que ele entre em forma sem atropelar.

Vanderlei Luxemburgo no jogo Ciricúma x Flamengo (Foto: Getty Images)Vanderlei Luxemburgo no jogo contra o Criciúma (Foto: Getty Images)


Responsáveis pela melhora do Flamengo
- As pessoas dizem que o Luxa é isso, aquilo. Sou técnico. Estou acostumado. Não existe o Luxemburgo. Existe uma comissão, uma diretoria, os jogadores e a torcida. No futebol existe o "nós", cada um dá seu percentual, e o maior é dos jogadores. Eles entenderam a situação, criaram uma identidade. É o negócio do saco de cimento. Abraçaram isso. Não é o Luxemburgo o ponto forte. Sou experiente, estou acostumado com isso. Nós conseguimos fazer o Flamengo crescer em um momento importante.


Ataque com Nixon e Arthur
- Não sou muito de fazer isso, mas gostaria de enaltecer o Arthur e o Nixon, que precisavam mudar de direção, marcar o volante, dar velocidade... O Eduardo veio de férias, de um outro país, com clima diferente... hoje estava 30 graus. Mas conseguiu jogar bem. O Lucas (Mugni) também.

Lucas Mugni
- Pegou a bola para bater o pênalti em função do que estava acontecendo no jogo. No último, o capitão tinha que bater, era de mais responsabilidade. Mas ele já tinha pedido. Tem personalidade. Hoje o jogador deles tinha sido expulso e ainda tinha tempo de jogo se ele perdesse. Foi bom para ele quebrar essa ansiedade. Queria fazer o gol. Vai dar mais tranquilidade para ele. Futebol é simples. Grandes jogadores jogavam simples, como Pelé, Zico, Maradona, Cruyff. Não adianta colocar a bola na cabeça. Onde está o Foca (Kerlon)? Sumiu. A imprensa gosta disso, mas e a produtividade?


Copa do Brasil e o duelo com o Coritiba
- Queda de técnico é sempre complicado (Celso Roth foi demitido do cargo no Coritiba neste domingo). Será difícil. Vamos começar a montar a equipe. Nesta segunda de manhã vamos para Curitiba e preparar tudo. Jogo importante, fora de casa. Vamos ver o que vamos fazer.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2014/08/luxemburgo-breca-euforia-e-ve-fla-ainda-ameacado-nao-muda-nada.html

Mais uma vez brilha estrela de Luxa, e Flamengo bate o Criciúma por 2 a 0

Técnico volta a pôr Mugni e Eduardo da Silva no 2º tempo, tal como contra Galo. Os dois marcam os gols da vitória, e Tigre continua na zona da degola



 A CRÔNICA


por GLOBOESPORTE.COM


Pode-se dizer que a partida na tarde deste domingo foi uma espécie de replay para o Flamengo. E mais uma vez brilhou a estrela do comandante Vanderlei Luxemburgo. Tal como na vitória sobre o Atlético Mineiro, na última quarta-feira, por 2 a 1, o técnico pôs o meia argentino Mugni e o atacante Eduardo da Silva no segundo tempo, quando o Criciúma até dominava as ações. O time melhorou e virou a situação. E tudo começou com mais um pênalti para os rubro-negros. Mugni cobrou com categoria, em vez de Léo Moura na partida anterior, e fez 1 a 0. Depois, novamente Eduardo da Silva marcou o segundo e garantiu a quarta vitória seguida, desta vez fora de casa, no Heriberto Hülse, por 2 a 0, que fez a equipe dar novo salto no Brasileirão na 17ª rodada.

O time, que ganhou a quinta partida em seis jogos sob o comando de Vanderlei, pulou para o 11º lugar, com 22 pontos, e se distanciou mais do grupo que briga contra o rebaixamento. O oposto do Criciúma, que, com a derrota em casa, continua na incômoda 17ª posição e amarga a sétima rodada sem triunfo, o que deve aumentar a crise no clube. Na próxima rodada, o Rubro-Negro volta a jogar fora, contra o Vitória, no domingo. O Criciúma sai para encarar o Sport, no mesmo dia.



Poderia ser um primeiro tempo com vantagem rubro-negra no Heriberto Hülse. Com um meio de campo marcando bem e uma defesa bem posicionada, o Flamengo levou poucos sustos nos primeiros 45 minutos. Mas a limitação do ataque e a trave impediram o grito de gol. Se Canteros dominou as ações e teve até então nos primeiros 45 minutos sua melhor atuação desde que chegou ao clube, Arthur continuava devendo, e muito.

 O atacante pouco se desmarcava, e quando ficava livre batia mal a gol. Léo Moura e João Paulo até avançaram bem pelas laterais, mas não encontraram também em Nixon, que chegou atrasado num centro do lateral-esquerdo, o homem da conclusão. A cabeçada de Marcelo na trave e o voleio de Léo Moura no travessão mostraram que a defesa levava mais perigo do que o ataque.

Eduardo da Silva comemora gol Criciúma x Flamengo (Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)
Eduardo da Silva faz seu 3º gol pelo 
Fla, sempre entrando na 2ª etapa 
(Foto: Fernando Ribeiro / Futura Press)

O Criciúma começou a partida querendo ter o domínio. Mas perdeu terreno. Cleber Santana aparecia, mas ainda não parecia inteiro fisicamente. O mesmo acontecia com outro estreante, o atacante Souza. O maior perigo continuava sendo a bola parada de Paulo Baier. Silvinho, pela esquerda, ensaiava contra-ataques rápidos, mas se preocupava mais em cavar faltas. Eduardo avançou bem pela direita, mas concluiu mal. A melhor chance foi um lançamento para Paulo Baier. Aí pesou a idade. Acabou alcançado por Márcio Araújo, que protegeu a bola para a defesa de Paulo Victor. E nada mais o Tigre fez na primeira etapa.

No segundo tempo, o time da casa voltou até melhor e dominando as ações. Logo aos dois minutos, Silvinho, que já infernizava na primeira etapa, poderia ter mudado o curso da partida se tivesse tocado pelo alto de Paulo Victor com menos força. A bola subiu um pouco, e foi-se uma chance de ouro para o Tigre. O Flamengo segurou o rojão até que, aos 12 minutos, Vanderlei repetiu a dose do jogo contra o Galo. Entraram de uma vez só Mugni e Eduardo da Silva nos lugares de Márcio Araújo e Arthur, este em outra fraca atuação. E a equipe até chegou a ser dominada, pois Canteros, recuado para a função de segundo volante, caiu de rendimento.
Mas o Flamengo se recompôs e, aos 30, Mugni foi derrubado na pequena área por João Victor, que foi expulso. O árbitro marcou, e o argentino pediu a bola para cobrar. Léo Moura permitiu e não se arrependeu: o meia argentino bateu com categoria, mandando o goleiro para um lado e a bola para o outro, aos 32. Logo depois, aos 36, Eduardo da Silva, mais uma vez bem colocado, pegou sobra de chute de Everton e não desperdiçou: 2 a 0. Foi o terceiro gol do croata-brasileiro desde sua estreia. Novamente ele, novamente Vanderlei mostraram uma estrela que faltava ao Flamengo neste Brasileiro.


Apesar de derrota, Mano elogia time e guarda críticas para atuação do árbitro

Técnico diz que Corinthians, até então invicto fora, fez sua melhor apresentação como visitante no Brasileiro. Ele, porém, atacou o juiz do jogo: "Fomos prejudicados"


Por Porto Alegre



A derrota para o Grêmio, por 2 a 1, na Arena em Porto Alegre, pela 17ª rodada, foi o primeiro revés do Corinthians como visitante neste Brasileiro – até então, a equipe somava três vitórias e quatro empates nos duelos fora de casa. Ainda assim, para o técnico Mano Menezes, foi a melhor apresentação da equipe longe de seus domínios no torneio.

- Penso que o Corinthians fez sua melhor partida fora de casa de todas as que jogou no Campeonato Brasileiro. Iniciou dominando amplamente o jogo, com bola no chão, controlando bem o adversário. Precisava ser um pouco mais contundente para aproveitar esse volume – afirmou o comandante alvinegro.

Um apagão da defesa, logo nos instantes iniciais do segundo tempo, determinou a derrota. O Grêmio se aproveitou e Barcos marcou duas vezes no primeiro e no quarto minuto da etapa final. Nem essa queda de rendimento evitou que a avaliação do treinador fosse positiva.

- Tomamos um gol a 20 segundos de jogo e um outro logo depois. Tirando essa parte, continuamos jogando melhor do que o adversário, criando oportunidades.



As críticas de Mano ficaram guardadas para a arbitragem, comandada por Héber Roberto Lopes. O juiz expulsou Guerrero no fim do confronto e, pouco antes, considerou normal um toque na mão de Werley, dentro da área, lance que fez os corintianos reclamarem pedindo pênalti.

- Fomos prejudicados pela arbitragem. Hoje, não foi futebol, como não tem sido com esse árbitro desde 2010, quando o Corinthians ganhou sua última partida com a arbitragem desse senhor. Quando saiu a escala, depois do jogo contra o Goiás, perguntaram-me sobre o juiz e achei estranho. É o futebol brasileiro, é conduzido assim. Só espero que amanhã alguns colunistas ilustres reconheçam que fomos prejudicados pela arbitragem – protestou.

Com a derrota, o Corinthians caiu para o quarto lugar no Brasileiro, com 31 pontos. A equipe agora se prepara para enfrentar o Bragantino, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, quarta-feira, às 22h (horário de Brasília), na Arena Pantanal, em Cuiabá. Pelo Brasileiro, o time volta a campo no domingo, quando recebe o Fluminense na Arena Corinthians.


CONFIRA OS DEMAIS TÓPICOS DA ENTREVISTA


ARBITRAGEM
Algumas coisas vêm se repetindo, os nomes são os mesmos, alguma coisa acontece. Não é coincidência o Corinthians não ganhar desde 2010 com esse árbitro. Com ele não está sendo normal. Por isso estamos reclamando. Existe um consenso sobre o erro de arbitragem, aliás foram dois erros no mesmo lance.


QUALIDADE DO ELENCO
Em qualquer outro dia falarei sobre o elenco do Corinthians, mas hoje não, senão vai parecer que estou justificando a derrota.


POR QUE NÃO CUMPRIMENTOU FELIPÃO?
Não faço parte daqueles que querem fazer jornalismo polêmico. Muitos técnicos não se cumprimentam, outros se cumprimentam. É uma questão pessoal.


PERDA DE GUERRERO
Faz parte de um campeonato longo você perder jogadores por suspensão, lesão... Temos de ter capacidade de passar por isso. Daqui a alguns dias também vamos jogar sem atletas que vão para a seleção brasileira. Futebol brasileiro é assim. Temos de saber conviver com isso. Nesse momento do jogo, o que não pode é brigar na hora em que está bem.


PRESSÃO NO FIM DO JOGO
Estávamos muito próximos do empate, então mesmo que a gente esteja chateado, não pode ajudar quem não quer que o jogo ande. Tem de ficar lá dentro, acelerar o jogo, criar oportunidades. Isso vale como maturidade para a equipe. Hoje passamos por isso, certamente na próxima vez estaremos mais preparados.


Felipão exalta atuação do Corinthians e agradece apoio da torcida na Arena

Grêmio bateu o Timão por 2 a 1, neste domingo, na Arena


Por Porto Alegre

 

O adversário apresentou grande volume de jogo. Dominou a maior parte da partida e teve mais do que o dobro de finalizações - 14 contra seis. Descontou com Guerrero e colocou fogo no jogo. Botou uma bola no travessão e obrigou Marcelo Grohe a fazer duas grandes defesas. Ainda assim, veio o triunfo, construído em um início de segunda etapa explosivo, em que Barcos anotou dois gols em quatro minutos e selou os três pontos para o Grêmio. Um enredo que retrata o quanto Luiz Felipe Scolari valoriza a vitória por 2 a 1 sobre o Timão, neste domingo, na Arena, pela 17ª rodada do Brasileirão.

Tanto que na entrevista coletiva após a partida, o comandante foi econômico ao falar de sua equipe. Direcionou quase todos os elogios ao rival paulista.

- Das equipes com que joguei até agora, foram quatro, é a melhor equipe que nos enfrentou. Forte, bem organizado, bom posicionamento. Sabe se movimentar no espaço determinado. Foi uma vitória muito importante. A gente não estava bem, eles é que estava fazendo o jogo. Jogaram muito melhor do que nós e se movimentaram. Só pelos 35 que conseguimos dar uma igualada - analisa o comandante.

Felipão jogo Grêmio x Corinthians (Foto: Getty Images)
Felipão elogiou bastante o Corinthians 
após a vitória na Arena 
(Foto: Getty Images)

Felipão vê a equipe em evolução. Buscando resgatar o "espírito" de luta e empenho, típico das equipes que comandou. Percebeu essa postura nos jogadores em campo neste domingo. Em parte devido ao apoio dos torcedores que compareceram em grande número à arquibancada da Arena.

- Esse é o espírito que eu tento dar onde trabalhei. Isso depende da personalidade dos atletas. O espírito da nossa torcida é esse. Quero agradecer à nossa torcida hoje, o incentivo. Motivaram muito a equipe quando o time não estava bem. A característica nossa, do Sul e do Grêmio, é essa. Vamos tentar resgatar isso, com alguns jogadores que tem essa personalidade - ressalta.

Com o triunfo sobre o Corinthians, o Grêmio assumiu a sétima colocação no Brasileirão, com 25 pontos, a seis do G-4. No próximo domingo, enfrenta o Bahia, na Arena, pela 18ª rodada. Antes, na quinta, encara o Santos pelo jogo de ida das oitavas da Copa do Brasil.


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Arena do Pirata: Barcos faz dois, e Grêmio vence Corinthians em casa

Atacante volta à equipe, decide em quatro minutos e atinge boa média no estádio. Timão cria mais, mas perde invencibilidade como visitante



 A CRÔNICA


por Diego Ribeiro


Arena do Grêmio, mas pode chamar de Arena do Pirata. Hernán Barcos se sente tão à vontade ali que, mesmo voltando de lesão e com seu time numa tarde não tão inspirada, marcou dois gols e garantiu uma vitória fundamental. Com um início avassalador de segundo tempo, o Tricolor fez 2 a 1 no Corinthians na tarde deste domingo - Guerrero descontou para a equipe paulista. Agora, o sonho gremista está no G-4.

A vitória teve a marca do Pirata, que agora tem 23 gols em 48 jogos na Arena, média de quase 0,5 por jogo. O retorno do centroavante, que se recuperava de lombalgia, mostrou-se decisivo. O Grêmio foi para 25 pontos na tabela e ficou a seis do próprio Corinthians, em sétimo lugar. O Timão agora é o quarto colocado com os mesmos 31 pontos com que iniciou a rodada. Foi a primeira derrota do time paulista fora de casa neste Brasileiro.

O Timão, aliás, mostrou momentos de descontrole. No “apagão” do início do segundo tempo, poderia ter levado mais gols. No fim, quando pressionava para buscar o empate, Guerrero se irritou e foi expulso após confusão com Alan Ruiz. Não adiantou jogar bem 86 minutos e apagar nos outros quatro. O Corinthians, mais uma vez, aprendeu a lição de forma dolorosa. Ao Grêmio, a vitória de quem soube aproveitar suas chances.

Na próxima rodada, o time paulista recebe o Fluminense, domingo, na Arena em Itaquera. Os gaúchos recebem o Bahia, também domingo, novamente na sua Arena.



Barcos comemora gol Grêmio x Corinthians (Foto: Lucas Uebel / Site Oficial do Grêmio)
Barcos faz dois gols e Grêmio vence o 
Corinthians na Arena (Foto: Lucas 
Uebel / Site Oficial do Grêmio)
 
Surpresas, surpresas...
Nem o Corinthians esperava ter tanta posse de bola em um ambiente hostil aos rivais como a Arena do Grêmio, que foi enchendo e se tornando mais barulhenta ao longo do primeiro tempo. A entrada de Lodeiro no Timão aproximou meio-campo e ataque, permitiu passes curtos e infiltrações melhores na defesa gremista. O problema é que não havia alvinegros na área. Guerrero jogou aberto pela esquerda. Jogou bem, é verdade, mas o volume de jogo não se traduziu em conclusões.

A partir dos 20 minutos, o Grêmio começou a dar satisfações à sua torcida. Mesmo assim, jogou mais no erro do rival – a jogada mais perigosa partiu de um erro de Ralf, que resultou em falta no garoto Luan. Após segurar o Cruzeiro e vender caro a derrota por 1 a 0, fora de casa, o Tricolor surpreendeu pela falta de ousadia. Giuliano, o articulador gremista, jogou mais próximo dos volantes do que dos atacantes. A saída de bola ficou prejudicada. Cássio e Grohe, os goleiros, mal tiveram trabalho no primeiro tempo.

Gols relâmpago resolvem
Em quatro minutos, tudo o que o Grêmio não havia feito no primeiro tempo. Duas chegadas com Giuliano, dois gols de Barcos – o primeiro deles com 20 segundos. O Tricolor se aproveitou de um “apagão” da defesa corintiana e praticamente decidiu o jogo. Poderia ter sido mais se a equipe de Felipão soubesse aproveitar dez minutos de completo destempero corintiano. Fagner, inclusive, poderia ter sido advertido por deixar o pé em Barcos.

Aos poucos, o Timão se refez. Com o ritmo do primeiro tempo, as chances mais claras saíram. Guerrero perdeu a primeira disputa com Marcelo Grohe, quando o goleiro fez grande defesa em chute do peruano. Na segunda, aos 16 minutos, uma nova jogada individual pela esquerda resultou em gol de Guerrero. Com 2 a 1, havia tempo para a equipe de Mano Menezes buscar resultado melhor.

O Corinthians até criou, mas errou passes demais quando se aproximou do gol. Nervosismo, talvez. O tempo passou, e até Cássio foi pra área adversária nos minutos finais, mas não deu para os visitantes. O Tricolor de Felipão jogou consciente, soube “sofrer” nos minutos finais e saiu com a vitória, levando até um chute de Ralf no travessão. Vitória merecida. Não adianta um time criar mais e não conseguir chegar ao gol. O Grêmio, com Barcos inspirado, tem muito a crescer neste Campeonato Brasileiro.





FONTE:

Baptista lamenta ausências, chances perdidas e "freio" do Sport contra Flu

Técnico lembra que Leão encurralou cariocas quando esteve com a bola no pé, mas com oportunidades claras desperdiçadas, Fluminense conseguiu se recuperar


Por Recife



Antes de o Sport tomar o primeiro gol da goleada por 4 a 0, sofrida diante do Fluminense, teve duas chances claras de gol. A primeira, uma cabeçada para fora de Rithely, que o juiz assinalou impedimento erradamente. A outra, uma bola na trave de Patric. Foram com esses lances que o técnico Eduardo Baptista mais se irritou ao fim do primeiro tempo. Na opinião do treinador, o desperdício fez o Fluminense ter tempo de se recuperar e terminar a primeira etapa com dois gols à frente no marcador.


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- No primeiro tempo, encurralamos o Fluminense e tivemos chances reais de gol. Em dois erros de saída de bola, pagamos o preço. Em Série A é assim. Enfrentamos equipes de qualidade e, quando existe o vacilo, acontece isso. Saí muito chateado no fim do primeiro tempo. Voltamos para o segundo tempo e tomamos logo um gol (o terceiro, aos quatro minutos), que freou toda o nosso poder de reação.

O treinador reclamou das ausências da equipe. Principalmente a do atacante Érico Júnior, que se encontra no departamento médico com uma lesão no músculo adutor da coxa direita.

Eduardo Baptista, Fluminense X Sport (Foto: Fábio Motta / Agência estado)
Eduardo Baptista não se contenta com 
os erros de finalização dos rubro-negros 
 (Foto: Fábio Motta / Agência estado)

- Sentimos várias ausências. Já estamos há um tempo sem Rodrigo Mancha, que era uma das lideranças. Ewerton Páscoa ajustou a defesa com Durval e está fora. Régis era o meia que tanto procuramos e também está fora. Érico Júnior seria uma das peças importantes para o jogo contra o Fluminense e também está machucado. Mas temos de trabalhar com o que temos porque lesões e suspensões acontecem no futebol.

Eduardo Baptista não colocou a derrota na conta das ausências. Disse que, mesmo com elas, o Sport soube criar. Mas não soube aproveitar.

- Apesar das ausências, fizemos um grande primeiro tempo. O que não podemos é errar e desperdiçar as chances. Enfrentamos um time como o Fluminense, que estava acuado porque nós jogamos bola. Mas eles têm jogadores de nível de seleção. O erro seria fatal e, infelizmente, aconteceu.



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sport/noticia/2014/08/baptista-lamenta-ausencias-chances-perdidas-e-freio-do-sport-contra-flu.html

Cristóvão festeja volta do bom futebol e gols de Fred: "Voltamos a ser fortes"

Treinador vê alívio com goleada e o fim da pressão sobre o elenco tricolor


Por Rio de Janeiro


Cristóvão Borges viveu sua pior semana no Fluminense. A pressão pela falta de vitórias, o sumiço do bom futebol e a desclassificação da Copa do Brasil para o América-RN pesavam sob os ombros do treinador tricolor. Diante disso, a goleada por 4 a 0 (veja os gols ao lado) diante do Sport, neste domingo, no Maracanã, trouxe alívio ao elenco e ao comandante, que festejou a aplicação da equipe e os gols de Fred.

- Foi muito importante, vínhamos de derrotas seguidas e isso estava fazendo com que a equipe perdesse confiança e sem conseguir jogar o futebol que estávamos acostumados a ver. Hoje jogou bem, um placar desse, a torcida ficou contente, o Fred estava precisando fazer gols, fez dois e voltamos a ficar fortes - disse Cristóvão Borges.

Cristovão Borges jogo Fluminense x Sport (Foto: Nelson Perez / Site Oficial do Fluminense)
Cristovão Borges recebe abraço de 
Fred na goleada tricolor (Foto: 
Nelson Perez / Site Oficial 
do Fluminense)


O treinador reiterou que a eliminação na Copa do Brasil, após derrota por 5 a 2 no Maracanã, foi a principal culpada pelo péssimo ambiente que tomou conta das Laranjeiras. As cobranças dos torcedores passaram a ser frequentes, já que, no Brasileiro, o time não vencia há três rodadas e saiu do G-4.

- Foi uma decepção muito grande, o desapontamento diante daquilo que fizemos contra o América-RN. Foi uma coisa muito pesada para todos nós. A equipe jogava um futebol elogiado por todos e ser desclassificado daquela forma foi inadmissível, pesou. Foi responsável por tudo. Nos questionamos, ficaram dúvidas por causa daquilo, mas avisei que a equipe é experiente e saberia lidar. A pressão e a cobrança foram muito grandes.

Confira a entrevista completa do treinador:


Importância da vitória
Imaginar o tamanho da resposta é difícil, mas que a resposta viria eu tinha certeza. Com todo o ambiente conturbado esses dias, nós sabíamos a força que temos. Mas estávamos ansiosos para que acontecesse logo. Outra derrota seria muito ruim e nos distanciaríamos de quem está na ponta.

O tamanho da pressão
Assim como para mim era difícil, mas entendo porque sentimos a desclassificação que pesou para esse desequilíbrio, também é difícil compreender como um time que vem jogando bem, está brigando em cima, perde jogos e vira uma crise. Tenho uma preocupação com o Fluminense, com esse estardalhaço todo, fico preocupado com o que vem pela frente. Espero que a gente tenha aprendido com isso, tudo isso é desnecessário desse tamanho. Fomos criticados merecidamente pelo que fizemos na desclassificação.

Fred jogo Fluminense x Sport (Foto: Nelson Perez / Site Oficial do Fluminense)Fred foi o melhor em campo na goleada do Flu (Foto: Nelson Perez / Site Oficial do Fluminense)

Fred
O peso dele é o que ele pesa mesmo. É um jogador importante, um ídolo, líder, que tem uma influência, um comportamento altamente profissional e é seguido pelos companheiros. Acreditamos nele. É isso que ele faz. Os questionamentos ele trouxe um pouco da responsabilidade que foi colocada sobre ele durante a Copa, caiu muito sobre ele. Hoje com dois gols volta tudo ao normal, natural.

Organizadas x Fred
Eu não vi (vaias ao Fred). A gente vive cercado de muita energia pesada. A gente quer gente boa e coisa boa. Não ligo não. Tenho uma concentração naquilo que tenho de fazer, o meu trabalho exige muito de mim, procuro coisa boa.
Início de jogo
Não estava nervoso não, a equipe do Sport é que estava bem posicionada. São coisas do jogo mesmo. Estávamos bem preparados mentalmente, trabalhamos muito isso diante do que passamos nos últimos dias. Tinha de ter um comportamento para reagir e poder trabalhar.

Maratona com a Sul-Americana
Vamos continuar da mesma forma, planejando como na Copa do Brasil. Vamos jogar para ganhar, mas na medida do que pudermos. Hoje tivemos dois jogadores que saíram machucados. Essa semana já não é quarta e domingo, é quinta e domingo, o tempo já diminui, isso faz diferença.

Preleção
Vai ser difícil de reproduzir, falei muito, ontem, quando fomos estudar o Sport, minha palestra era uma só e virou duas, uma ontem e uma hoje. Falamos bastante da realidade que estamos vivendo e lembrando o que nós somos, o que fizemos até hoje, quem gosta de futebol estava adorando ver o Fluminense jogar. E isso é difícil de fazer. No fim do jogo foi dar parabéns, eles merecem, a semana foi pesada, conturbada, vivemos todos sob muita pressão, um ambiente muito hostil nos últimos dias, e é bacana quando se tem força e consegue superar.

Resposta do elenco
De tudo o que estava acontecendo, tudo o que passamos, precisávamos dar uma resposta. Jogamos como o Fluminense que jogou a maioria das partidas do Brasileiro. Precisávamos ganhar e jogar bem. Ganhamos, jogamos bem, Fred fez gols, então felicidade total.

Rodízio de jogadores
Vamos começar a avaliar amanhã, tivemos problemas, Valencia e Edson machucados, alguns outros sentiram, a entrega foi muito grande, então vamos avaliar e planejar porque são dois jogos importantes na semana. Conversei com o Valencia, falou que havia torcido um pouco o joelho. O Edson levou duas pancadas, vai fazer radiografia e só mais tarde saberei o resultado. Os dois preocupam.

Sequência contra Corinthians e Cruzeiro
Dependendo dos resultados pode sim (dar ideia do que o Fluminense pode atingir no campeonato), Cruzeiro na ponta, Corinthians mais próximo, então dá para dar uma avaliada. São times fortíssimos, o Cruzeiro continua muito forte, de todos é o único que tem capacidade de jogar duas competições e não sentir nada. Nós fazemos isso com muita dificuldade. Não pesa tanto para eles, como não pesa tanto para o Inter e para o Corinthians. Quem tem poder econômico se dá melhor.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2014/08/cristovao-festeja-volta-do-bom-futebol-e-gols-de-fred-voltamos-ser-fortes.html

Vitória da paz: com dois gols de Fred, Flu goleia o Sport e espanta a crise

Após má fase que gerou protestos da torcida, Tricolor vence por 4 a 0 com grande atuação do centroavante, que ainda deu passe a gol de Cícero



 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com


De "vilão" da má fase a salvador de um Fluminense que não ganhava havia quatro jogos, um deles pela Copa do Brasil. Fred protagonizou este paradoxo, com dois gols e uma assistência a Cícero, na goleada tricolor sobre o Sport por 4 a 0, neste domingo, no Maracanã, pela 17ª rodada do Brasileirão. O resultado selou a paz com os torcedores, que demonstraram inquietação e muita irritação nos últimos dias, alguns de facções organizadas, inclusive, realizando protestos. Ainda assim, os cariocas continuam fora do G-4: estão em quinto, com 29 pontos. A equipe pernambucana, por sua vez, manteve a sina de maus resultados fora de casa (não soma três pontos desde a nona rodada ao superar o Vitória), mesmo com a presença de duas das grandes contratações do ano: Diego Souza e Ibson.



Na próxima rodada, o Fluminense viaja para São Paulo, onde encara o Corinthians, no domingo, às 16h (de Brasília). O Sport, por sua vez, recebe o Criciúma em casa, no mesmo dia e horário, em busca de uma recuperação para avançar mais posições na tabela - equipe pernambucana segue na parte intermediária da competição, em 8º. Antes, porém, atuam pela Copa Sul-Americana, ambos na quinta-feira. O Sport recebe o Vitória, na Ilha do Retiro, enquanto o Flu duela com o Goiás.


Fred comemora gol Fluminense x Sport (Foto: Matheus Andrade / Photocamera)
Jogadores do Flu se abraçam e comemoram 
gol marcado por Fred (Foto: Matheus 
Andrade / Photocamera)


O jogo

O primeiro tempo da partida foi equilibrado em termos de estatísticas. A posse de bola se manteve quase igual, sem grandes variações, indo ao máximo de 52% para cada time. O mesmo com números de chutes a gol, passes errados, escanteios, bolas levantadas na área e afins. A grande diferença, nos primeiros 25 minutos, era a velocidade com que o Sport criava suas jogadas. Explorava uma zaga lenta do Fluminense e que, por muitas vezes, demorava a se reposicionar. Porém, pecou ao não acertar a pontaria e finalizar com mais qualidade. Teve sua grande chance aos 28, quando Felipe Azevedo chutou e foi prensado por Elivelton. Na sequência, Patric mandou a bola na trave.

Aí, o Sport acabou pagando por não marcar. O Tricolor se encaixou. Fred, especialmente, se reencontrou. Aos 34, serviu com muita qualidade Cícero, após roubada de bola. O volante abriu o placar. Aos 42, é ele mesmo quem marca. O atacante volta a fazer o seu após dois jogos (último tento havia sido na eliminação da Copa do Brasil, na derrota para o América-RN por 5 a 2). Cícero serviu Fred, que fez de cabeça.

Cícero jogo Fluminense x Sport (Foto: Nelson Perez / Site Oficial do Fluminense)
Cícero foi o autor do primeiro gol do 
Flu contra o Sport (Foto: Nelson 
Perez / Site Oficial do Fluminense)

Veio a tranquilidade para o segundo tempo. Ou a confiança, como Sobis afirmou ao fim da partida. Se o Sport buscava pressionar nos primeiros momentos, o Fluminense chegou com um balde de água fria. Logo aos 4 minutos, Conca fez o seu. O argentino, vice-artilheiro do time no ano com 11 gols, trabalhou com inteligência ao cobrar uma falta direto às traves de Magrão, surpreendendo o goleiro e os adversários.

Com o placar altamente desfavorável e sem demonstrar forças para conseguir invertê-lo, o Sport abusou dos lançamentos de longa distância, esperando um lampejo de sorte. Neto Baiano era o jogador buscado, porém, quase nunca encontrado. Antes de ser substituído, Fred ainda marcou mais um: o seu 13º no ano. Fechou o placar, encerrando a goleada.
Ao deixar o gramado, foi aplaudido, mas ainda teve que ouvir vaias das facções organizadas, gerando tumulto na arquibancada. Ainda assim, foi o resultado de reencontro com a paz.