sábado, 12 de julho de 2014

Argentinos tomam Copa, cantam e buscam ingressos para a decisão

Da programação ao Brasil até a confiança na conquista do título, eles demonstram seu amor pelo país nas ruas da praia mais famosa do Rio


Por Rio de Janeiro
 
A esperança de conquistar novamente um título da Copa do Mundo vem fazendo com que os argentinos queiram estar o mais próximo possível de seus ídolos. Conhecidos pela cantoria intensa nos estádios, trouxeram esse comportamento para o Rio de Janeiro e, como já havia acontecido na véspera da estreia de sua seleção na competição, repetiram a tomada das ruas de Copacabana a um dia da final contra a Alemanha, no Maracanã. (Veja a festa dos argentinos no vídeo acima).

Com cantos da provocação ao Brasil até a exaltação do futebol argentino, muitos deles vieram ao Rio de Janeiro apenas para se ficar mais perto da conquista. A Fan Fest de Copacabana se tornou o plano B de vários deles ainda sem ingresso.

- Estão cobrando US$ 5 mil. Está muito caro. Chegamos aqui há uma semana no Rio de Janeiro. Fomos de carro até Foz do Iguaçu e de lá pegamos um avião. Um amigo nosso já está aqui há um mês e assistiu a quatro jogos. Foi ao Maracanã tentar conseguir ingresso, mas está difícil. Vamos ver por aqui - disse Papa Charle, que afirmou ter sido cantor de blues na Argentina no passado e hoje vive de uma loja de roupas em Mar del Plata.


Papa Charle e amigos Copacabana (Foto: Thales Soares)
Papa Charle e amigos em Copacabana 
(Foto: Thales Soares)

Segundo os muitos policiais que cercam a orla de Copacabana com uma das mãos da Avenida Atlântica fechada, o clima por enquanto é de tranquilidade e sequer foi necessário intervir. Os argentinos carregaram faixas para as ruas, instrumentos. Alguns improvisaram um número artístico para arrecadar algum dinheiro. Outros se divertiam posando para fotos ao lado de mulheres brasileiras.

Domingo, os argentinos esperam continuar com a festa no Maracanã, quando vão enfrentar a Alemanha pela terceira vez em uma decisão de Copa do Mundo. A confiança é grande nos pés de Messe e seus companheiros, sempre demonstrando consciência do que será preciso para vencer.

- Sabemos que será difícil, mas acreditamos no título - afirmou Papa Charle.


Torcida Argentina Copacabana (Foto: Thales Soares)
Torcida argentina toma as ruas de 
Copacabana (Foto: Thales Soares)


FONTE:

Shakira comemora 3ª Copa e lembra 2010: "Conheci o amor da minha vida"

Cantora terá as companhias de Ivete, Carlinhos Brown, Santana, Alexandre Pires e Wyclef Jean no palco de encerramento do Mundial a partir das 14h20 deste domingo


Por Rio de Janeiro

Coletiva FIFA - Shakira (Foto: Cintia Barlem)Shakira mostrou muita empolgação com sua terceira Copa (Foto: Cintia Barlem)

Um time digno de final de Copa do Mundo. Não, não estamos falando de Alemanha ou Argentina, mas sim das atrações musicais que estarão na festa de encerramento no Maracanã neste domingo, a partir das 14h20 (de Brasília). Shakira, Ivete Sangalo, Carlinhos Brown, Santana, Alexandre Pires e o rapper haitiano Wyclef Jean serão os responsáveis por animar o público antes da partida decisiva, além da escola de samba Acadêmicos da Grande Rio. A turma esteve neste sábado no estádio em coletiva promovida pela Fifa.  Shakira relembrou que esta é sua terceira participação em um evento de encerramento de Mundial. E não deixou de ressaltar que em 2010 conheceu Piqué, zagueiro da Espanha e do Barça e atualmente seu marido. Os dois são pais do pequeno Milan.

- O futebol mudou minha vida de formas multo diferentes, afetou minha vida em muitos níveis positivos. É minha terceira final de copa, uma tremenda honra para mim, mas eu nunca vou esquecer de 2010, quando encontrei o amor da minha vida na Copa. Se não fosse por causa da Copa, por causa do futebol, meu filho não existiria. Estar aqui tem uma significado enorme, por todas essas razões, por tudo que o futebol significa para todos, a forma como o futebol une pessoas de diferentes idiossincrasias, culturas. Todos viemos à mesma plataforma e celebramos da mesma forma, carregamos as mesmas esperanças. Nosso patriotismo cresce. O mais sublime dos sentimentos surge com o futebol. Eu sou uma pessoa apaixonada e identifico o que o futebol representa - disse Shakira.

Shakira, Ivete Sangalo, Carlinhos Brown e Alexandre Pirez gramado do maracanã (Foto: Cintia Barlem)
Ivete, Carlinhos Brown, Shakira , 
Wyclef Jean, Santana e Alexandre 
Pires no gramado do Maracanã 
(Foto: Cintia Barlem)

A cantora, no entanto, não escapou da pergunta sobre o ambiente em casa depois da eliminação precoce da Espanha ainda na primeira fase do Mundial. A artista colombiana ressaltou que teve que consolar o marido, mas brincou que havia encontrado uma maneira de fazer isso.

- Claro que recebemos um golpe. Temos que estar preparados para as derrotas e celebramos as vitórias. Faz parte da história. A Espanha não contou com a sorte. Claro que ele (Piqué) está triste, mas encontrei uma forma de consolá-lo (risos) - brincou ela.

Durante a coletiva, a cantora fez questão de declarar sua paixão pelo Brasil. Ela afirmou que considera o país sua segunda casa, assim como o português foi sua segunda língua. Sobre a comparação com a África do Sul, ela afirmou que as raízes são as mesmas.

Coletiva FIFA - Shakira, Ivete Sangalo (Foto: Cintia Barlem)
Shakira e Ivete se cumprimentam 
durante a entrevista coletiva sobre a 
festa de encerramento (Foto: Cintia Barlem)

- Brasil é diferente da África, mas com um denominador comum, suas raízes. Brasil é muito próximo de mim. É o meu Brasil. Amo esse país com paixão. Comecei minha carreira aqui anos atrás e os brasileiros sempre me deram apoio. Me sinto um pouco brasileira. Português é minha segunda língua. Aprendi a falar português antes de falar inglês. Tenho tantos amigos queridos aqui, me sinto em casa. É minha segunda casa. Estou muito empolgada para amanhã. Sei que será uma linda cerimônia. Dividirei o palco com colegas tão competentes no que fazem, que representam pessoas, sonhos, e me sinto honrada de fazer parte disso - afirmou a cantora.


Confira outros trechos da coletiva de Shakira:

Quem vence a Copa do Mundo?
- Eu só rezo para que não vá para os pênaltis porque é muito sofrimento. Onde está o polvo Paul quando precisamos?

A Colômbia no Mundial  
- Há muitas formas de ganhar um Mundial. A Colômbia ganhou de tantas e tantas maneiras. Para mim, sempre será ganhadora, pela atuação maravilhosa que teve no Mundial, a melhor em nossa história, o que nos desperta um orgulho gigante, apaixonado, como todos meus compatriotas devem estar sentido, com tantos jogadores maravilhosos, como James, Teo, Ospina, Cuadrado, que nos fizeram sonhar.

Canção "Dare" (La La La) Copa 2014
- Estou muito agradecida pelo apoio, pela recepção que deram à canção. Foi muito maior do que esperava os, teve 200 milhões de visitas na internet. Era mais do que esperávamos. Estou aqui por meus fãs. Meu público me trouxe aqui. Disso jamais esquecerei. É um dos incentivos maiores para seguir minha carreira com mais garra que nunca. O carinho que me demonstraram por isso é palpável, quase posso tocar com as mãos.


Saiba como será o cronograma dos shows de encerramento a partir das 14h20:

- Abertura com a música "Dare", interpretada por Shakira e Carlinhos Brown
- Música "Dar um jeito", hino oficial da Copa do Mundo Fifa, interpretada por Alexandre Pires, Carlos Santana e Wyclef Jean


- Encerramento dos shows com pot-pourri de sucessos brasileiros interpretados por Alexandre Pires e Ivete Sangalo


*Os portões abrem às 12h deste domingo. A final da Copa do Mundo entre Alemanha e Argentina está marcada para 16h (de Brasília).

Coletiva FIFA - Shakira (Foto: Cintia Barlem)
Pausa para selfie: Shakira e Wyclef 
Jean param para tirar foto durante 
a entrevista deste sábado 
(Foto: Cintia Barlem)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/07/liderados-por-shakira-time-de-estrelas-se-reune-antes-da-final-no-maracana.html

Meia alemão frisa cuidados com Messi, prega respeito à defesa argentina, mas minimiza tensão com a final: "Sabemos como lidar com isso", esclarece


Por Rio de Janeiro

O clima de rivalidade entre Argentina e Alemanha, às vésperas do duelo decisivo, domingo, na final da Copa do Mundo, no Maracanã, ligou o sinal de alerta entre os jogadores germânicos. Cientes do perigo e da atenção especial que será dedicada a Messi, os alemães elegem outro jogador em campo como rival a ser contido: Javier Mascherano. Que o diga Bastian Schweinsteiger. O volante reforçou em entrevista coletiva após reconhecimento do gramado do Maracanã, neste sábado, que o argentino é um dos regentes da equipe hermana.

- Acho que temos que ficar tranquilos, ser pacientes. E a Argentina para mim é um time excelente, que merece estar na final. Eles têm jogadores como Messi, Di María, Agüero, Mascherano, que foi o líder dessa matilha. Eu lembro de ver o jogo contra a Holanda quando ele segurou o ataque e a disputa com Robben. Conseguiu naquela dividida evitar o gol (veja no vídeo acima). Isso mostra a atitude que eles têm pelo seu país. Certamente não vai ser mole para nós, não. Mas estou convencido de que se nós conseguirmos empregar no campo nossas capacidades, que são astúcia, inteligência, acho que vamos conseguir ganhar esse título - disse o jogador.

Schweinsteiger Coletiva Alemanha (Foto: Agência EFE)
Schweinsteiger foi o jogador escolhido 
para falar na véspera da decisão da 
Copa do Mundo (Foto: Agência EFE)

A poucas horas do apito inicial, Schweinsteiger não esconde a ansiedade com a decisão, mas rechaça quaisquer chances de descontrole emocional da equipe pela experiência vivida pelos jogadores em seus respectivos clubes.

- Estamos ansiosos, sim. Há uma alegria que estamos prevendo, mas não há pressão. São muitos os jogadores dentre esses 23 que já jogaram finais importantes. Sabemos como lidar com isso. Temos o Miroslav (Klose), que já jogou uma final antes, mas outros jogaram finais também com seus clubes. E fizeram um ou dois jogos excelentes. Temos que pensar só numa coisa: no trabalho, na nossa função para amanhã quando o árbitro apitar o jogo. Focar no essencial. Todo o resto que acontece ao nosso redor temos que tentar ver, mas tentar manter distância ao mesmo tempo. Nossa mente tem que estar limpa e focada no futebol.


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Confira abaixo outros pontos da entrevista de Schweinsteiger:

Vitória sobre o Brasil
- Nós estamos com ótimo preparo, e, após o jogo contra o Brasil, nós sabemos como contextualizar a partida. Foi um jogo com algumas situações, Neymar estava contundido, Thiago Silva não estava, havia muita pressão também sobre a Seleção. Isso se sentia claramente. Nós sabemos que temos boas capacidades para jogar um bom futebol, tudo o que temos que fazer é usar o nosso potencial.

Experiência dos jogadores
- Acho que nós temos muitos jogadores que participaram da última Copa em 2010 também. Além disso, vimos que os jogadores são mais experientes, não só no trabalho da seleção. Mas desde 2005 basicamente nós estamos jogando em alto nível. Mas nos clubes também os jogadores estão em nível excelente, em competições internacionais, por exemplo, a final da Liga dos Campeões do ano passado. E, claro, isso se vê claramente. A gente vê a mudança individual em cada atleta. Vimos que os talentos realmente melhoraram. Além disso, há a habilidade característica dos alemães que vai dar um quê de diferença nesse jogo.

Outras finais
- Nós jogamos uma final, perdemos de 1 a 0 para a Espanha, mas conseguimos chegar a algumas semifinais importantes. E deixamos passar pouquinho antes de ganhar o título. Vejo que agora a seleção está bem sólida, estou com uma sensação boa. Entretanto, teremos que levar ao campo todas as nossas habilidades. Estou convencido de que vamos conseguir ganhar.

Schweinsteiger Coletiva Alemanha (Foto: Agência AFP )
Schweinsteiger diz ter aprendido 
bastante com Van Gaal e 
Guardiola (Foto: Agência AFP )

Geração de ouro
- Após 2004, após a Eurocopa, nós conseguimos rejuvenescer o time com Klinsmann e Löw. Então, depois, nós criamos jogadores como Müller, Marco Reus, Mario Götze e muitos outros que gostaram disso. E agora estamos colhendo os frutos de todos esses investimentos e esforços. Em Munique vimos Van Gaal e Pep Guardiola, dois técnicos que expandiram os horizontes. 
Aprendemos muito com eles. Parte do que nós aprendemos foi investida agora na seleção nacional, de modo que todos nós nos beneficiamos do trabalho com técnicos estrangeiros.

Volta por cima
- Eu sempre acreditei que isso fosse possível, pois vi a qualidade dos jogadores que tínhamos. Acreditava que seria possível. É a situação ideal. Me contundi várias vezes, passei duas vezes por cirurgia, tive problemas com joelho. Fico feliz de finalmente ver que as coisas estão indo bem. Acredito que o nosso técnico fez a coisa certa, escolheu os jogadores certos, me deu tempo para a recuperação. Assim pude ficar 100%, me preparar bem e me envolver. Comecei contra Gana e comecei bem. Mas depois, é claro, nós perdemos uma ou duas finais, mas também ganhamos com o Bayern. Eu sei como funciona. Sei como você pode conseguir ganhar um torneio de alto nível como esse. Estou confiante e realmente muito ansioso.


FONTE:

Após a Copa do Mundo, meia belga e modelo curtem as férias em Bali

Steven Defour, do Porto, está em resort luxuoso com a namorada, a modelo Laura Tropea, uma das musas da competição

Por Bali, Indonésia

Eliminado nas quartas de final com a seleção belga para a Argentina, o meia Steven Defour, do Porto, de Portugal, enfim está aproveitando suas férias do futebol com a bela namorada, a modelo Laura Tropea, uma das musas da Copa do Mundo. Os dois viajaram para Bali, na Indonésia, e curtem seus dias livres em lindas paisagens em um resort luxuoso. Juntos, eles posaram para fotos na piscina, fazendo caretas e aproveitando um restaurante local.

Laura Tropea com Steven Defour (Foto: Reprodução)
Laura Tropea com Steven Defour 
(Foto: Reprodução)

Laura usa modelito azul na noite (Foto: Reprodução)
Laura usa modelito azul na noite 
com o meia belga 
(Foto: Reprodução)

Laura posa para uma selfie (Foto: Reprodução)
Laura posa para uma selfie 
(Foto: Reprodução)

Laura aproveita a piscina do resort (Foto: Reprodução)
Laura aproveita a piscina do resort 
(Foto: Reprodução)

Laura e Steven aproveitam restaurante (Foto: Reprodução)
Laura e Steven aproveitam restaurante 
(Foto: Reprodução)

Laura e Steven tiram foto juntos antes de ir ao restaurante (Foto: Reprodução)
Laura e Steven tiram foto juntos antes 
de ir ao restaurante (Foto: Reprodução)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/boleirama/noticia/2014/07/apos-copa-do-mundo-meia-belga-e-modelo-curtem-ferias-em-bali.html

Descontraído, Felipão afirma que "fatalidade não muda bom trabalho"

Em entrevista coletiva, treinador deixa semblante baixo de lado e diz que seu futuro será definido pela cúpula da CBF após a Copa: "Vamos ver o que vai acontecer"


Por Brasília

Passados três dias da derrota por 7 a 1 para a Alemanha, Felipão voltou a falar. Dessa vez, o semblante não estava tão baixo, e o treinador, arredio nos últimos dias, mais bem-humorado. Aparentemente, Scolari começou a superar o maior vexame da seleção brasileira em Copas do Mundo.  No Estádio Nacional Mané Garrincha, na véspera da disputa de terceiro lugar contra a Holanda, em Brasília, fez graça durante perguntas dos jornalistas e sorriu por mais de uma vez. Afirmou que não há do que se envergonhar, voltou a exaltar o trabalho realizado durante um ano e meio na Seleção e não descartou a permanência no cargo, apesar de garantir que seu futuro só será definido após a partida de sábado. 
 
- Não temos que nos envergonhar de nada. Temos que ver as coisas boas. Fizemos um bom trabalho com os jogadores. A derrota aconteceu por uma equipe que foi melhor qualificada. A derrota ficou marcada, como ficou marcado o título da Copa das Confederações, como ficaram marcados os cinco títulos mundiais. Essa é a vida de quem vive do futebol. Encerra amanhã a primeira etapa do meu trabalho. Depois vou apresentar meu relatório, e o presidente (Marin) e o Marco Polo (Del Nero) vão conversar e vamos ver o que vai acontecer. Vamos seguir normalmente o trabalho até amanhã. Depois é outra situação. Não tenho que discutir se há clima ou não, principalmente com jornalistas – disse o treinador, se exaltando com a pergunta sobre o ambiente na Seleção.


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Felipão, no entanto, reconheceu que o resultado contra a Alemanha foi “catastrófico”, mas defendeu a tese de que seu trabalho não pode ser analisado por uma derrota.  

- Sei que em um ano e meio nós tivemos uma série de situações muito boas. Não posso ver um resultado de um jogo. Se o trabalho é bom, não é uma fatalidade ou desastre que muda o trabalho. Mas o que me interessava era chegar à final. Não cheguei. Estou em débito com quem passei confiança. Mas não vejo a eliminação como negativa, a não ser pelo resultado catastrófico de 7 a 1. Se fosse 1 a 0, não seria catastrófico, mas teríamos perdido igual. Só quero que a imprensa pense um pouco e veja se o trabalho é todo ruim. 

Felipão Scolari Coletiva Brasil Brasilia (Foto: Bruno Domingos / Mowa press)
Felipão pode permanecer no comando da 
seleção brasileira (Foto: Bruno Domingos 
/ Mowa press)

Mudanças contra a Holanda

A eliminação ainda dói e vai demorar a sair da cabeça dos brasileiros. Para amenizar, Felipão quer a vitória, neste sábado, sobre a Holanda. O treinador deseja se despedir da Copa do Mundo com a terceira colocação e fará mudanças na equipe. Ele deve dar chances a jogadores que tiveram pouca participação no Mundial até o momento, mas não revela nomes.

- Vou mexer em uma ou duas posições, até porque também têm jogadores que poderão ter sequência, pois jogaram pouco ou nem jogaram. Vou fazer uma ou duas colocações diferentes do time que iniciou com a Alemanha. Por necessidades vou fazer essas substituições. Uma que devo fazer é porque entendo que a colocação de um jogador em um determinado setor pode ser importante amanhã. Também por gostar do comportamento desse jogador. 


Confira os principais trechos da coletiva

Primeira coisa a fazer após a Copa
- Passei muitas coisas nesses 45 que estão acrescentadas na minha vida, para melhor ou pior. No primeiro momento, tenho que pagar as contas. Tenho que ir ao banco, acertar minhas coisas e resolver a minha vida particular. Depois conversar com a família e passar os momentos que vivi e como me comportei com os jogadores e com o público. Quando estamos fora e não dá para explicar direito por telefone. Depois vou seguir a minha vida normalmente.

Treinos

- Se eu abro os treinos, vocês me criticam; se fecho, vocês me criticam. Eu tenho que fazer aquilo que acho que é o correto, com as condições que tenho, com a situação estudada que a gente tem para evitar problemas. E o que tínhamos era a Granja Comary . Não existe mais como fazer treino secreto. A Holanda estava treinando e tinha helicóptero lá em cima. Ainda fizemos cinco gols de bola parada, mesmo com os adversários sabendo. Poderíamos tentar fechar tudo ao redor, mas não é isso que ganha o jogo.

 Obrigação do hexa

- Eu tinha um grupo que jogou a Copa das Confederações e foi muito bem. São jovens, mas jogaram a Copa das Confederações e foram bem. Tinha que passar uma mensagem de otimismo ao nosso povo e ao nosso torcedor. Se chegasse aqui, como fiz em 2002, e falasse que se chegássemos entre os quatro primeiros estaríamos satisfeitos... Se jogo na Coreia, posso falar isso. No Brasil, se falo isso, já estou fora antes de começar. Tenho que passar uma situação de confiança para a torcida e para o meu grupo. E no final podemos estar mal pelo resultado, mas, se examinarmos, chegar entre os quatro não é o fim do mundo como algumas pessoas estão falando.

Time
- O Thiago (Silva) fez trabalho físico em razão de uma dificuldade que teve na perna. Vai jogar. Não teve titular nem reserva no treino (desta sexta). Fiz cinco contra quatro, sete contra cinco, inventei o Marcelo como falso ponta direita para imitar uma jogada de um grande jogador, o melhor do Mundial, o Robben. Não teve treino para escalar ninguém.



Conselhos de Gallo e Roque Júnior contra a Alemanha
- Vocês estão enganados nas análises que fazem. O Roque (Júnior) e o Gallo são analistas dos meus adversários e não da minha seleção. Eu faço a escolha dos meus jogadores da seleção brasileira. Dou liberdade para que eles coloquem opiniões, mas a decisão é minha. Não queiram colocar o Gallo contra mim. Acredito piamente nele. Estão tentando colocar um clima entre nós. Acredito cegamente nele. O analista da Seleção sou eu. Pelo menos, por enquanto.


Terceiro lugar
- Nervoso não mais, porque o objetivo principal já não vai acontecer. A terça, quarta, quinta e sexta estão sendo difíceis. E provavelmente será difícil para o resto de nossas vidas. (A derrota para a Alemanha) sempre será relembrada por muito tempo por todos. O que tentamos depois do segundo dia em diante é uma recuperação da parte psicológica trabalhando alguns detalhes com os jogadores para que tenham uma perspectiva de jogar contra a Holanda como se fosse nosso sonho principal. Acho que revertemos já em 75% a situação, que é horrível, e estamos trabalhando hoje à noite e amanhã para entrarmos em campo com condições e perspectiva de conseguir o terceiro lugar e dar ao povo uma pequena alegria.

Não jogar no Maracanã
- A CBF não teve escolha. É a tabela. Poderia, quem sabe, num arranjo no início da competição ter jogado o primeiro no Maracanã, mas é um assunto da Fifa e não compete a nós. Quanto a não jogar no Maracanã, eu acho que nós jogamos em outros estádios, com espetáculos muito bons e torcidas espetaculares. Jogar pelo Brasil foi muito bom



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2014/07/felipao-defende-seu-trabalho-na-selecao-tivemos-situacoes-boas.html