quinta-feira, 23 de maio de 2013

Maracanã faz teste de luzes e exibe tons de vermelho na cobertura


Estádio realiza atividade na noite desta quinta-feira. Próximo evento na arena será o confronto entre Brasil e Inglaterra, no dia 2 de junho

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Maracanã teste de iluminação estádio (Foto: Genílson Araújo / Agência O Globo)Maracanã faz novo teste de iluminação
(Foto: Genílson Araújo / Agência O Globo)

A Empresa de Obras Públicas (Emop) realizou na noite desta quinta-feira vários testes de iluminação no Maracanã. Nas imagens aéreas, o que mais chamou a atenção foram os tons em vermelho refletidos na cobertura da arena, que receberá as finais da Copa das Confederações, no dia 30 de junho, e da Copa do Mundo, no dia 13 de julho de 2014.

O Maracanã recebeu o primeiro evento-teste no mês passado, no dia 27 de abril. Na ocasião, amigos de Ronaldo e Bebeto, membros do Conselho de Administração do Comitê Organizador Local (COL), disputaram uma animada partida na arena. Para a inauguração, a capacidade do estádio foi reduzida e apenas operários, acompanhados de familiares, puderam assistir à partida.
  
O Maracanã será entregue para a Fifa nesta sexta-feira. Antes do início da Copa das Confederações em 15 de junho, o estádio receberá o amistoso entre Brasil e Inglaterra, no próximo dia 2. No último balanço feito pela Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro (EMOP), os trabalhos estavam 97% concluídos.

Para o duelo entre Brasil e Inglaterra, mais de 30 mil ingressos já foram vendidos. A expectativa é que o estádio receba um público de quase 70 mil torcedores no amistoso.

Na semana passada, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, visitou o estádio e foi só elogios ao resultado final das reformas do Maracanã.

- É um momento especial para quem ama o futebol. Parabéns aos operários pelo trabalho. É único. É impressionante o que foi feito no estádio. O  Maracanã está muito bonito e pronto para receber a final da Copa das Confederações.

Maracanã teste de iluminação estádio (Foto: Genílson Araújo / Agência O Globo)Maracanã testa iluminação nesta quinta-feira (Foto: Genílson Araújo / Agência O Globo)
   
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2013/05/maracana-faz-teste-de-luzes-e-exibe-tons-de-vermelho-na-cobertura.html

Soares joga Roland Garros em alta, mas almeja Wimbledon: 'É especial'


Na busca pelo top 10 e mais três metas, mineiro disputa o Grand Slam francês no melhor momento da carreira, mas também sonha com título em Londres

Por Matheus Tibúrcio Rio de Janeiro

Desde que começou a temporada, Bruno Soares estipulou quatro metas: chegar ao Top 10, vencer um Masters 1.000, conquistar um Grand Slam e se classificar para o ATP Finals. Quase cinco meses depois de iniciado o ano, ele chegou perto de cumprir os dois primeiros, mostrou condições de futuramente levar o terceiro e está bem cotado para completar o quarto. Atual número 13 do mundo nas duplas e integrante da segunda melhor parceria (junto com o austríaco Alexander Peya) de 2013 até o momento, o brasileiro chega para a disputa do Grand Slam de Roland Garros, entre 26 de maio e 9 de junho, no melhor momento da carreira. Porém, mesmo com o saibro francês pela frente, os olhos do tenista também estão voltados para a grama sagrada de Wimbledon, em Londres.

- A gente vem jogando muito bem no saibro, mas na grama, no caso de Wimbledon também, vamos entrar, lutar e ter chances. Se eu tivesse que escolher um Grand Slam, seria Wimbledon. Para mim, lá é o lugar mais tradicional, é o templo do nosso esporte, foi onde tudo começou. É um torneio bastante especial - destacou Soares.

Montagem Tenis Bruno Soares 2013 (Foto: Editoria de Arte)Bruno Soares e os troféus de campeão em 2013: Auckland, Brasil e Barcelona (Foto: Editoria de Arte)

Se Wimbledon ainda está um pouco distante - de 24 de junho a 7 de julho - Bruno Soares tenta cumprir as metas já a partir de Roland Garros. O melhor posto dele no ranking de duplas da ATP foi o 11º lugar, alcançado após o vice-campeonato no Masters 1.000 de Madri, no dia 12 de maio. Apesar da eliminação na estreia no Masters 1.000 de Roma, na última semana, o brasileiro tem um saldo mais do que positivo na temporada, com os títulos do ATP 250 de Auckland (com o britânico Colin Fleeming), do Aberto do Brasil e do ATP 500 de Barcelona.

- Com certeza vão ter algumas derrotas precoces. O mais importante é a forma como você administra isso, o balanço geral. Se os resultados no geral continuarem bons, vai ser uma questão de tempo (cumprir os quatro objetivos). Tem que ter paciência.

Sem se deixar abalar pela eliminação em Roma, Bruno Soares revela o que pensou após o vice em Madri, onde perdeu a decisão para os irmãos americanos Bob e Mike Bryan, dupla que lidera o ranking. O tenista mineiro, que disputará as duplas mistas em Roland Garros, mas não ao lado da russa Ekaterina Makarova (com quem foi campeão do US Open em 2012), também aponta o que ele e Peya podem melhorar para alcançar as quatro metas. Confira a entrevista abaixo:

bruno soares alexander peya tenis duplas (Foto: Getty Images)Peya e Soares ocupam atualmente o posto de
segunda melhor dupla do ano (Foto: Getty Images)

GLOBOESPORTE.COM: O que aconteceu na derrota para Marrero e Verdasco em Roma?
Bruno Soares: Em Roma a gente pegou um jogo duro. Quem acompanha tênis sabe a qualidade dos dois (Marrero e Verdasco). Eles vieram de três semifinais seguidas – pararam nas quartas em Roma – e só torneio grande. Essa época do ano só tem torneio difícil e todo mundo passa dificuldade. Vínhamos de grandes resultados, mas no meio do tênis é normal. A gente joga toda semana, são quase trinta torneios por ano, então é muito difícil manter o alto nível o tempo inteiro.
 Com certeza vão ter algumas derrotas precoces. O mais importante é a forma como você administra isso, o balanço geral. Os próprios (Bob e Mike) Bryan, que estão tendo um ano intocável, tiveram algumas derrotas precoces. Faz parte. Tem que saber lidar com isso e não deixar abalar a confiança.

Você estipulou como uma das metas da temporada conquistar um Grand Slam e está chegando a um no melhor momento da carreira. Roland Garros é o torneio mais próximo de você atingir esse objetivo?
Acho que sim. A gente vem jogando muito bem no saibro, começando no nosso primeiro evento no piso, o Aberto do Brasil. O que eu acho legal da nossa dupla é que a gente se adapta bem a todos os pisos. Acho bacana que a gente tem a possibilidade de entrar para ganhar todo torneio que joga. Com certeza jogamos bem no saibro, mas na grama, no caso de Wimbledon também, vamos entrar, lutar e ter chances. Isso é importante, ter essa confiança de que podemos jogar bem em qualquer piso, em qualquer situação, e ter chance de ganhar.


Bruno Soares e Ekaterina Makarova US Open vitória (Foto: Reuters)Soares e Makarova não estarão juntos em Roland
Garros neste ano (Foto: Reuters)

Você já ganhou um Grand Slam, mas nas duplas mistas (US Open de 2012). Se tivesse que escolher um como o primeiro nas duplas masculinas, qual seria o Grand Slam dos sonhos? Por quê?
Se eu tivesse que escolher um Grand Slam, seria Wimbledon. Para mim, lá é o lugar mais tradicional, é o templo do nosso esporte, foi onde tudo começou. Apesar de não ser meu Grand Slam predileto para jogar - meu jogo rende melhor em outras superfícies - acho que Wimbledon é um torneio bastante especial. Seria o meu título preferido.


Depois de chegar ao posto de número 11 do mundo no ranking de duplas, passou pela sua cabeça algum torneio vindouro que com certeza lhe daria a entrada no Top 10?
Passa algo parecido, mas não dessa forma. O Top 10 é um grande objetivo meu, mas também é um grande sonho. Então a cabeça pesa um pouco mais. Eu só penso: “estou perto, se continuar nesse ritmo vai dar tudo certo”. Quando joguei a final de Madri, se tivesse sido campeão eu iria para 6º do mundo. É o tipo de coisa que você fica às vezes pensando: “fiquei a um joguinho do número 6 do ranking”. Mas são coisas que a gente tenta filtrar e esquecer, porque acaba só complicando algo que já é complicado, como jogar uma final. Não tenho nenhuma meta de torneio. Se os resultados no geral continuarem bons, vai ser uma questão de tempo. Tem que ter paciência. Se for depois do dia 9, ou depois de um mês ou de um ano, o importante é alcançar esse objetivo.


Bruno Soares e Alexander Peya contra irmãos Bryan Masters 1000 de Madri (Foto: EFE)Soares e Peya chegaram perto do título em Madri, mas perderam a final para os irmãos Bryan (Foto: EFE)

São quatro metas que você tem nesta temporada: chegar ao Top 10, vencer um Masters 1000, conquistar um Grand Slam e se classificar para o ATP Finals. Qual está mais próxima de se tornar realidade e qual está mais difícil de ser cumprida?
As quatro são alcançáveis, mas com certeza o Top 10 e o Masters estão mais próximos. O Finals, mesmo que a gente esteja matematicamente classificado por volta de julho ou agosto, só vamos saber no final da temporada. O Top 10 é menos difícil porque é uma combinação de resultados. Ganhar um Grand Slam ou um Masters é um objetivo que não tem margem para erro. Quando começa o torneio, só um sai campeão. Então é uma coisa mais difícil, mas, no nível que estamos jogando, temos condições de ganhar esses torneios.


O que você e o Peya ainda precisam melhorar como dupla para ganhar um Masters ou um Grand Slam?
Temos várias coisas individuais que precisamos melhorar. Estamos procurando evoluir nosso saque para deixar uma arma nossa. A grande força da nossa dupla é que somos sólidos em todos os aspectos dentro da quadra. Como a gente fala, não tem buraco. Jogamos bem no fundo, na rede, sacamos bem, devolvemos bem, vamos bem em todos os pisos. Também jogamos de modo agressivo, é uma grande arma nossa. Temos que cada vez mais melhorar essas armas, deixá-las mais potentes. Nossa movimentação na rede tem também que ser mais agressiva e fechar mais ângulo. São coisas técnicas que sempre a gente pode evoluir


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2013/05/soares-joga-roland-garros-em-alta-mas-almeja-wimbledon-especial.html

Chuva de granizo para treino de Federer e Azarenka em Roland Garros


23/05/2013 10h33 - Atualizado em 23/05/2013 15h05

Chuva de granizo para treino de Federer e Azarenka em Roland Garros

Suíço e bielorrusa se surpreendem com precipitação na primavera de Paris

Por GLOBOESPORTE.COM Paris

Azarenka tênis granizo roland garros 2013 (Foto: Reprodução/Instagram)Azarenka não acreditou na chuva de granizo
(Foto: Reprodução/Instagram)

Em plena primavera em Paris, uma chuva de granizo interrompeu por alguns minutos o treino de Roger Federer  e de Victoria Azarenka nesta quinta-feira, que se prepara para a disputa do Grand Slam de Roland Garros, a partir desde domingo. De tão surpreso com o fato inusitado na capital francesa, o suíço compartilhou o fato com os seguidores nas redes sociais.

- Tive que parar meu treino por alguns minutos. O que diabos está acontecendo aqui?... - indagou o tenista, postando uma foto com uma das quadras de saibro do complexo que recebe o torneio repleta de pedras de gelo no chão.

Azarenka postou um vídeo curto nas redes sociais também surpresa com a chuva de granizo.
- É quase verão e está nevando! - se impressionou a bielorrusa.

Granizo chuva Roland Garros (Foto: Reprodução / Facebook)Chuva de granizo interrompeu treino de Federer em Roland Garros (Foto: Reprodução / Facebook)

Roger Federer treino Roland Garros (Foto: Divulgação)Federer treina em Paris com camisa da Torre Eiffel, ponto turístico da capital francesa (Foto: Divulgação)

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Fernando Lacerda é mantido à frente do time feminino do São Bernardo


Auxiliar da seleção masculina, Rubinho negocia com a equipe masculina

Por GLOBOESPORTE.COM São Bernardo do Campo, SP

Fernando Lacerda técnico São Bernardo (Foto: July Stanzioni/SM Press/Divulgação)Fernando Lacerda segue como técnico do time
feminino do São Bernardo (Foto: July Stanzioni)

Técnico da equipe feminina do São Bernardo na reta final da Superliga 2012/2013, Fernando Lacerda será mantido no comando do time na próxima temporada. O anúncio foi feito nesta quinta-feira pela diretoria do clube para encerrar os boatos acerca da formação da comissão técnica. Além de Lacerda, apenas o auxiliar Milton Serra também foi confirmado.

No time masculino, as negociações com o técnico Rubinho ainda estão em curso. Auxiliar de Bernardinho na seleção brasileira e responsável pela seleção de novos, que se prepara para disputar a Copa Pan-Americana, o treinador está em Saquarema e ainda não definiu seu futuro em clubes. Satisfeita com o trabalho realizado nas últimas temporadas, a diretoria do São Bernardo espera mantê-lo.

O time feminino do ABC paulista foi o lanterna da última Superliga, com apenas uma vitória e cinco pontos conquistados em 18 jogos disputados. O time masculino venceu nove dos 22 confrontos, somou 27 pontos e avançou aos playoffs. No mata-mata, no entanto, a equipe foi eliminada pelo Rio de Janeiro, que se sagraria campeão, nas quartas de final.


Rubinho, técnico do São Bernardo vôlei masculino (Foto: Divulgação)Rubinho ainda negocia renovação para comandar o time masculino na próxima temporada (Foto: Divulgação)

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Em Corrientes, Alison/Emanuel passa 1º dia invicto no retorno ao Circuito


Fora das duas primeiras etapas, dupla vence dois confronto e encaminha classificação para as oitavas. Confira os resultados de outros brasileiros

Por SporTV.com Corrientes, Argentina

Nem parecia que Alison e Emanuel estavam sem ritmo de jogo. Fora das duas primeiras etapas do Circuito Mundial 2013 devido a uma lesão do Mamute, os campeões mundiais venceram os dois confrontos do dia no Grand Slam de Corrientes e se garantiram no mínimo na segunda fase do torneio – mais uma vitória confirma o primeiro lugar do grupo e a classificação direta para as oitavas de final. Evandro e Vitor Felipe também venceram duas partidas e lideram sua chave, enquanto Solberg/Schmidt e Ricardo/Álvaro Filho somaram um triunfo e uma derrota cada.

Vale lembrar que o primeiro colocado de cada grupo avança diretamente para as oitavas de final, enquanto o segundo e o terceiro colocados disputam uma repescagem. O lanterna da chave é eliminado.

vôlei de praia Alison Corrientes (Foto: Divulgação / FIVB)Em seu retorno, Alisson sobra e barra rival argentino no bloqueio em Corrientes (Foto: Divulgação / FIVB)

As primeiras vítimas de Alison e Emanuel foram os argentinos Juan Simon Zorrilla e Facundo Del Coto. Em apenas 35 minutos, os atuais campeões mundiais derrubaram a dupla da casa em parciais de 21/15 e 21/16. Horas depois, mais um bailes. Contra os alemãs Eric Koreng e Alexander Walkenhorst, os medalhistas olímpicos marcaram 21/19 e 21/11.

Donos do melhor resultado do Brasil na temporada masculina até o momento (prata no Grand Slam de Xangai), Pedro Solberg e Bruno Schimidt estrearam em Corrientes com derrota. Contra os suecos Stefan Gunnarsson e Hannes Brinkborg, a parceria perdeu em sets diretos com parciais altas (23/21 e 21/18) após 42 minutos de partida. No confronto seguinte, contra os austríacos Alexander Huber e Robin Seidl, os atuais campeões brasileiros se recuperaram com vitória tranqüila, em parciais de 21/18 e 21/12.
vôlei de praia Ricardo e Evandro Corrientes (Foto: Divulgação / FIVB)Evandro foge do bloqueio de Ricardo e passa 1º dia
com Vitor invicto em Corrientes (Foto: FIVB)

No confronto de brasileiros do Grupo E, melhor para Evandro e Vitor Felipe. Em 54 minutos, a jovem parceria derrotou os compatriotas Ricardo e Álvaro Filho por 2 sets a 1, de virada, em parciais de 15/21, 21/19 e 15/12.

Bronze em Xangai, Ricardo e Álvaro se mantiveram vivos na competição após mais um jogo de três sets. Diante dos letões Martins Plavins e Janis Peda, a dupla radicada em João Pessoa comemorou com o placar de 21/17, 18/21 e 15/13. Evandro e Vitor Felipe assumiram a liderança da chave ao bater os alemães Jonathan Erdmann e Kay Matysik por 2 sets a 0 (21/18 e 21/17).

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2013/05/em-corrientes-alisonemanuel-passa-1-dia-invicto-no-retorno-ao-circuito.html


Da falência à final europeia: o ‘amor verdadeiro’ que move o Borussia


Clube chegou a dever € 180 milhões em 2005, mas ergueu-se com filosofia invejável para disputar Champions contra rival que até o emprestou dinheiro

Por Victor Canedo Rio de Janeiro

“Echte Liebe”. A expressão em alemão pode não estar na ponta de sua língua, mas é a melhor e mais prática referência quando se fala de Borussia Dortmund. Numa tradução literal, o mantra significa “amor verdadeiro” e simboliza com perfeição o que moveu o clube em oito anos de uma falência financeira até a finalíssima da Liga dos Campeões, a ser disputada neste sábado, às 15h45m (de Brasília), no mítico estádio de Wembley, em Londres, contra o rival Bayern de Munique - a TV Globo transmite a partida ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM inicia a cobertura do pré-jogo ao meio-dia.

O ano era 2005. Afundado numa dívida de € 180 milhões (R$ 468 milhões), o Borussia via como necessário mudar radicalmente todos os seus costumes. Curiosamente, havia sido campeão europeu sete anos antes muito por conta de uma fórmula completamente abolida em tempos atuais: altíssimos salários aliados a contratações exorbitantes e até certo ponto midiáticas, como os € 25 milhões pagos para tirar o brasileiro Amoroso do Parma. O sucesso repentino em 1997 fez os dirigentes confiarem que ali estava o caminho. Bastaria segui-lo à risca e pronto: seria questão de tempo para se tornar um Milan ou um Real Madrid, por exemplo.

Jurgen Klopp Borussia (Foto: Divulgação / Puma)Estrategista? O técnico Jürgen Klopp trouxe nova mentalidade ao Borussia (Foto: Divulgação / Puma)

O Borussia acreditou. Não apenas persistiu no erro, como tentou inovar. Foi o primeiro clube da Alemanha a entrar no mercado de ações de Frankfurt. Também jogou rios de dinheiro ao tentar criar uma própria empresa fornecedora de material esportivo. O próximo passo seria a quebra financeira. Com as receitas bloqueadas, o clube ainda viu o Westfalenstadion ser hipotecado e teve de ceder seu nome numa tentativa urgente de angariar lucros - a companhia de seguros Signal Iduna é a detentora do “naming rights” até hoje.

Andreas Möller Borussia Dortmund (Foto: Getty Images)Andreas Möller ergue taça da Champions de 97:
Borussia entraria em crise pouco depois (Getty)

A situação era tão delicada que o próprio Bayern tirou dos seus cofres € 2 milhões - valor considerado migalha para os bávaros, historicamente sempre organizados. Muito embora num ato mais de cordialidade do que propriamente com a intenção de salvar o rival, sem reações e com todo o caixa no vermelho.

– Peguei o começo do problema do Dortmund. Infelizmente quebrou na bolsa e teve que se desfazer de alguns jogadores, como eu, o Rosicky, o Amoroso. Jogamos dois anos inteiros cobrando 20% a menos do que previa no nosso contrato. Foi algo que o grupo inteiro concordou. Mas aí chegou num momento em que para renovar não tinha mais condições e acabei saindo para o clube conseguir algum dinheiro – contou o atacante Ewerthon, que defendeu o Borussia entre 2001 e 2005, sagrando-se campeão alemão em 2002 antes de se transferir para o Real Zaragoza, da Espanha.

Razão e paixão andam juntas

A reestruturação anunciou-se com a chegada de um dos grandes nomes de todo o processo: o chefe-executivo Hans-Joachim Watzke. Apoiado na filosofia de que um clube de futebol deve ser visto como uma empresa, ele logo contratou a consultoria alemã Roland Berger para atuar em quatro vertentes: o estratégico, o financeiro, a gestão e a eficiência operacional.

Capital era mais do que necessário para tomar as primeiras medidas e, em meados de 2006, o Borussia pegou um empréstimo de € 125 milhões junto a um banco americano. Comprou de volta o estádio, que se transformou num grande aliado na campanha com 100% de aproveitamento em casa na Champions, e utilizou o restante nas divisões de base. Gastos excessivos foram cortados, e o elenco passou até a viajar para jogos fora de casa de ônibus. Graças a Watzke, o time ainda criou uma estratégia baseada num estilo ofensivo, encantador. Os torcedores, apaixonados por jovens jogadores formados no próprio time, logo se integrariam na missão de recolocar o Dortmund no topo do país e continente.

- Michael Zorc (manager e ex-jogador do clube por 17 anos) e eu desenvolvemos uma filosofia na qual o time deveria jogar verticalmente, colocar o adversário permanentemente sob pressão. Em seguida foram selecionados os jogadores - é uma tarefa mais fácil quando se tem jovens - e encontramos em Jürgen Klopp o treinador ideal – disse Watzke.

Michael Zorc e Hans-Joachim Watzke diretor Borussia Dortmund (Foto: AFP)Michael Zorc e Hans-Joachim Watzke: dirigentes fundamentais na recuperação do clube (Foto: AFP)

O Borussia chegava, então, ao seu “Echte Liebe”. Personificado em Klopp, mantinha a razão e paixão de mãos dadas. Em sua primeira entrevista coletiva, o ex-treinador do modesto Mainz 05 prometeu que a partir de então o Dortmund viveria de jogos intensos e emocionantes. Os torcedores logo se renderam ao estilo, baseado na vontade de se doar por completo para o time.

- Tal como cada pessoa que trabalha no Borussia é um torcedor do clube, o mesmo aconteceu no Mainz. Quando eu era jogador lá tínhamos 800 torcedores em sábados chuvosos e se alguém morresse ninguém iria noticiar ou ir ao nosso funeral. Mas amávamos o clube e temos esse mesmo sentimento aqui no Dortmund. É um clube muito especial, um clube de trabalhadores – afirmou Klopp em entrevista ao jornal inglês “The Guardian”.

Eu pegava as fotos das comemorações de gol de Messi no Barcelona. Ele celebrava cada um como se fosse o primeiro que tivesse marcado na carreira. É algo perfeito para mostrar ao meu time"
Jürgen Klopp

Influência - inusitada - do Barcelona de Messi

Trabalho, por sinal, não faltou ao irreverente Klopp. Se hoje o Borussia é um time dos sonhos com uma base de jovens faminta pelo sucesso, muito foi feito pelo treinador e seus superiores. A primeira tarefa foi eliminar qualquer semelhança com o passado, quando o clube era associado à arrogância por conta de seus delírios de grandeza. Klopp utilizou métodos curiosos para impôr seus conceitos na prática.

- Eu pegava as fotos das comemorações de gol de Messi no Barcelona. Ele celebrava cada um como se fosse o primeiro que tivesse marcado na carreira. É algo perfeito para mostrar ao meu time. Faço isso com frequência. Não uso vídeos porque eu não copio o estilo do Barcelona. Mas você vê todos comemorando o gol número 5.868 como nunca fizeram antes. Isso é o que você sempre deve sentir - até morrer. Você pode falar de espírito. Ou pode viver tudo isso.

- Klopp montou o elenco, ele é a motivação do time, ele acredita no Borussia. É um cara maluco positivamente, vive suas emoções como um jovem. Definitivamente, é ele quem cria essa boa e vencedora atmosfera - opinou Hartwig Hasselbruch, jornalista da renomada revista "Kicker".

Messi comemora gol do Barcelona sobre o Milan (Foto: AFP)Klopp mostrou fotos como esta, de Messi comemorando um gol pelo Barcelona, a seus jogadores (AFP)

Como apenas entrega não vence jogo, Klopp precisou recrutar o que se transformariam em seus pupilos ao longo dos últimos anos. O paraguaio Lucas Barrios foi o primeiro, destacando-se na conquista do Campeonato Alemão de 2010/2011 e em clássicos contra o Bayern. Custou € 4,2 milhões junto ao Colo Colo, do Chile, em 2009 e, diante de tantos gols, acabou vendido ao chinês Guangzhou Evergrande por € 8,5 milhões em maio de 2012, logo depois do bicampeonato nacional e pouco antes do título da Copa da Alemanha. Um pouco mais do que 100% de valorização.

Kagawa e Götze, os 'filhos postiços'

Kagawa é um dos melhores jogadores do mundo e agora joga 20 minutos no Manchester United - como ponta-esquerda!"
Jürgen Klopp, cornetando Alex Ferguson

Quem mais encantou o técnico alemão, no entanto, veio basicamente sem custos. Em meados de 2010, o Borussia Dortmund acertava a contratação do então desconhecido Shinji Kagawa, do Cerezo Osaka, pelo valor de sua cláusula de rescisão - meros € 350 mil (cerca de R$ 900 mil na cotação atual). Convenceu rapidamente os fãs com o seu futebol plástico e inteligente e, merecidamente, entrou para a seleção da Bundesliga logo em seu primeiro ano. Sua saída para o Manchester United, em 2012, viria a machucar o coração do “paizão” Klopp. Fato potencializado quando atestou que o camisa 10 não estava sendo de fato bem aproveitado por Sir Alex Ferguson.

- Kagawa é um dos melhores jogadores do mundo e agora joga 20 minutos no Manchester United - como ponta-esquerda! Realmente, eu tenho lágrimas em meus olhos. Meia central é o lugar ideal para ele, que é um jogador ofensivo com um dos melhores faros de gol que eu já vi. Mas para muitos japoneses significa mais jogar no United do que no Dortmund. Choramos por 20 minutos, um no ombro do outro, quando ele saiu – contou.

Mais recentemente, Klopp viveu caso semelhante com Mario Götze, o novo herdeiro da camisa 10 - mas que também já está de malas prontas, desta vez para o Bayern de Munique, a quem se referiu como “vilão dos filmes de James Bond” por contratar seus melhores atletas. O anúncio da transação foi feito no fim de abril, ainda com a temporada em jogo, e abalou as estruturas no Borussia.

- Foi como um ataque do coração. Aconteceu um dia depois da vitória contra o Málaga (nas quartas de final). Tive um dia para comemorar e aí alguém pensou: “chega, volte para o seu lugar no chão”. No nosso CT o Michael Zorc (manager do clube) andou como se alguém tivesse morrido. Ele disse: “eu tenho que te falar uma coisa...” (...). Eu não consegui dormir naquela noite, essa é a verdade. Liguei para seis ou sete jogadores que sabia que ficariam afetados. Eles pensaram que não eram bons o bastante e queriam vencer juntos. Essa é o motivo pelo qual a notícia machucou muito eles. Mas o Bayern disse ao Mario: agora ou nunca. Eu falei para ele que não era assim, que eles viriam em dois, três anos. Mas ele é um menino de 20 anos e pensou que precisava ir. Eu sei o quão difícil será achar alguém para substituí-lo no próximo ano, mas vamos jogar diferente. Apenas leva tempo – recordou.

Kagawa Götze Borussia Dortmund (Foto: AFP)Kagawa e Götze encantaram Jürgen Klopp: técnico criticou pouca utilização do japonês no United (Foto: AFP)

'Queremos jogar o tipo de futebol que as pessoas se lembrem'

Götze praticamente já faz parte do passado para o Borussia. Descartado da final por não se recuperar de uma lesão muscular na coxa direita sofrida na semifinal contra o Real Madrid - ao menos a justificativa é essa -, ele verá os holofotes se voltarem ao polonês Robert Lewandowski. Com dez gols na edição da Champions (quatro deles marcados num só jogo contra o Real Madrid), o atacante é outro grande exemplo de que este Borussia deu certo: foi contratado por € 4,5 milhões em 2010 e, se deixar o clube neste mercado, não será por menos de € 20 milhões. Para o pesadelo do treinador, o Bayern é o favorito a contratá-lo.

Apesar de ter 1,84m e reunir os trejeitos de um centroavante clássico, Lewandowski encaixou-se perfeitamente no esquema que Klopp propôs: o "gegenpressing", de explicação simples, mas funcionamento complexo para quem começa do zero. Realizar a transição rápida a partir do momento em que rouba a bola, seja no campo defensivo ou ofensivo, como no gol marcado pelo próprio polonês diante do Málaga, nas quartas de final, depois de receber passe açucarado de Reus.

Robert Lewandowski gol Borussia Dortmund jogo Real Madrid (Foto: Reuters)Com os quatro gols sobre o Real, Lewandowski
assumiu a vice-artilharia da Champions (Reuters)

- Dortmund é um lugar que as pessoas exigem que o time deva jogar com as características mais próximas ao meu coração: com muito sentimento envolvido e intensidade até o último minuto. Queremos jogar o tipo de futebol que as pessoas se lembrem - ressaltou Klopp.

Os jogadores compraram este conceito e fizeram do Borussia hoje um modelo distinto de futebol. Talvez até um exemplo, ainda que soe familiar pelas influências da ofensividade do Barcelona e, principalmente, do esquema defensivo do Milan de Arrigo Sacchi. Klopp aprimorou sua tese desde os tempos em que era comandado por Wolfgang Frank no Mainz 05.

- Apesar de estarmos na Segunda Divisão fomos o primeiro time alemão a jogar no 4-4-2 sem um líbero. Assistimos a um vídeo chato 500 vezes do Sacchi fazendo exercícios de defesa sem a bola com Ladini, Baresi e Albertini. Estávamos acostumados a pensar que se os outros jogadores eram melhores, você deveria perder. Depois disso aprendemos que qualquer coisa é possível. Você pode bater equipes melhores usando táticas - afirmou o treinador, que recebeu alguns telefonemas de José Mourinho depois de conseguir anular Xabi Alonso e, consequentemente, Cristiano Ronaldo nas semifinais da Champions.

Robô-jogador e uma torcida apaixonada

A tecnologia também entra em ação no Borussia quando o assunto é o aperfeiçoamento. Um dos (nem tão) segredos dos treinamentos do time é o auxílio do "Footbonaut", um mini-campo robótico de 14m² com oito canhões que lançam bolas para os jogadores testarem sua precisão nos passes.

- Parece que você está cercado de dez colegas de time que estão ali só para te dar assistências - disse o meia Mustafa Amini, uma das "cobaias".


Vem das arquibancadas outro grande fator que pesou na reconstrução dos aurinegros. A atuação da "Muralha Amarela", setor no Signal Iduna Park atrás de um dos gols que foi preservado pela sua importância histórica, repercutiu pelo continente. Para os europeus mais modernos, era difícil acreditar que 25 mil pessoas assisitiam a todos os jogos de pé, pulando e interagindo - como no mosaico em 3D feito contra o Málaga. Ou que conseguiam manter uma média de 80.551 torcedores no último Campeonato Alemão - a melhor do planeta.

Muitos deles não poderão estar em Londres pelo alto custo da viagem - e também dos ingressos. Essa já era uma das preocupações de como ajudar a incentivar o time nos momentos mais difíceis do jogo, mas a Uefa tratou de complicar a situação dos aurinegros e vetou qualquer mosaico em Wembley por questões de segurança.

- É muito triste para nossos torcedores. No meio das arquibancadas, há a seção VIP. Não dá para fazer as coreografias, porque é preciso todo o espaço - lamentou Daniel Lörcher, secretário do clube.
Há quem acredite, porém, que o torcedor dará o seu jeito ao fazer da final um espetáculo. Para a imprensa alemã, os fãs do Borussia são em geral mais preocupados com o que se passa nas arquibancadas, ao contrário da torcida do Bayern, um público com perfil mais observador. Mas esta, é claro, não é a única diferença entre os dois finalistas.

Juergen Klopp Felipe Santana comemoração Dortmund Real Madrid (Foto: Reuters)Felipe Santana é abraçado por Klopp: técnico é tão fanático quanto a torcida (Foto: Reuters)

Faturamento do Bayern é duas vezes maior

O contexto coloca em confronto dois estilos de clubes que chegaram até o topo com méritos. Segundo levantamento feito pela empresa de consultoria "Deloitte", o Borussia Dortmund é hoje, oito anos depois de sua falência, o 11º clube mais rico do mundo, com € 189 milhões gerados em 2012. A presença na Liga dos Campeões trouxe uma arrecadação de € 28,3 milhões ao clube, que possibilitará realizar novos acordos comerciais - ainda a maior fatia da pizza, com € 97,3 milhões de faturamento (51%).

O Bayern, no entanto, arrecadou quase o dobro. É o quarto clube na lista - atrás do Real Madrid, Barcelona e Manchester United -, com € 368 milhões de receitas na temporada 2011/2012 (55% deste montante com as dez empresas que o patrocinam). O que possibilitou, por exemplo, sequer consultar o Borussia para comprar a revelação Mario Götze.

- É um pouco parecido com o que os chineses fazem na economia ou na indústria. Olha os outros e copia o que eles fazem. Pega o mesmo caminho, só que com mais dinheiro e outros jogadores. E, naquele momento, você vai ser o melhor de novo - alfinetou Klopp, sobre as semelhanças entre o Bayern e o Borussia quanto ao estilo de jogo. Curiosamente, a frase veio um mês antes de tomar conhecimento da aquisição de Götze.

Devoto de sua filosofia, o Borussia tem plena consciência de que poderá perder novos destaques para outros centros ou até mesmo ver o filme se repetir com o Bayern. O que importa, de fato, é a fidelidade ao “Echte Liebe”, refletido nas palavras de Hans-Joachim Watzke. E nem o título da Liga dos Campeões com todos os seus bônus mudaria esse panorama.

- Nesse clube, apenas gastamos o dinheiro que ganhamos. Esse é o nosso paradigma, e é assim que continuará. Escolhemos uma rota sustentável e mesmo se vencermos a Champions não nos transformaremos - encerrou.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/liga-dos-campeoes/noticia/2013/05/da-falencia-final-europeia-o-amor-verdadeiro-que-move-o-borussia.html

Sonho da elite começa nesta sexta, e Palmeiras é de novo o protagonista


Série B 2013 tem início com quatro jogos. Após 10 anos, Verdão revive obrigação de subir. Sport, Figueira, Atlético-GO e Ceará também brigam

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo


Não faz muito tempo. Há dez anos, o Palmeiras - ao lado do Botafogo - encarava o amargo desafio de disputar a segunda divisão do futebol brasileiro. Naquela ocasião, enquanto os clubes da elite brigavam pelo título nacional no inédito sistema de pontos corridos, o Verdão teve que enfrentar seus rivais da Série B em três fases até garantir, de novo ao lado do Glorioso, o retorno à Primeirona (relembre no vídeo ao lado uma reportagem sobre um dos jogos da campanha palmeirense).

A partir deste sábado, o Alviverde volta a encarar a missão, disputando contra 19 clubes, em turno e returno (desde 2006, a competição adotou esse formato), uma das quatro vagas para a Série A de 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil. A competição tem início nesta sexta, com quatro jogos. Apenas seis rodadas serão disputadas antes da parada de três semanas para a Copa das Confederações.

A fórmula de disputa mudou de dez anos para cá. Naquela época, 24 times jogavam em turno único na primeira fase, classificando os oito melhores para dois quadrangulares de ida e volta na segunda fase. Palmeiras e Sport se destacaram em um grupo que eliminou Brasiliense e Santa Cruz; e Botafogo e Marília deixaram Náutico e Remo fora na outra chave. Mais uma vez em turno e returno, os quatro se enfrentavam, e os dois primeiros subiam - na época, Séries A e B caminhavam com o objetivo de reduzir para 20 participantes. Se olhar para a campanha daquela competição, o Palmeiras teve uma vida tranquila: liderou em todas as fases e sofreu apenas três derrotas em 39 partidas - venceu 23 e empatou nove.

Palmeiras comemoração título Série B 2003 (Foto: Fernando Pilatos / Futura Press )Palmeiras na comemoração do título da Série B de 2003 (Foto: Fernando Pilatos / Futura Press )

Para o comentarista do SporTV Wagner Vilaron, que também participa das transmissões da Série B pelo PremiereFC, desta vez o Palmeiras não vai encontrar a facilidade de dez anos atrás.

- Palmeiras é o grande favorito, mas não acredito em tranquilidade. Com este elenco atual, sobe, mas vai passar por apuros. Se não quiser que seja assim, tem que se reforçar. Trazer jogadores cascudos, experientes e com rodagem.

Gilson Kleina treino Palmeiras (Foto: Alex Silva/Agência Estado)Kleina: 'Entrega e respeito são fundamentais'
(Foto: Alex Silva/Agência Estado)

Vaga é obrigação no Palmeiras

Rebaixado após uma campanha desastrosa no Brasileirão do ano passado, o time alviverde não tem outra saída a não ser conquistar uma das quatro vagas. Do contrário, certamente entrará em profunda crise.

Com Gilson Kleina no comando desde a reta final do ano passado - quando assumiu a vaga do atual técnico da seleção brasileira, Luiz Felipe Scolari - e sob o comando de um novo presidente, Paulo Nobre, o Palmeiras montou um time sem estrelas, na base do bom e barato. Até agora, o resultado é o seguinte: uma eliminação na semifinal do Paulistão e outra nas oitavas de final da Taça Libertadores.

Na Série B, no entanto, não há espaço para falhas. O planejamento da diretoria e da comissão técnica não prevê nada que não seja o retorno à Série A. É preciso voltar de qualquer maneira. Kleina sabe que isso é uma questão fundamental, mas mesmo assim alerta:

– Vamos ter problemas se acharmos que vamos vencer de qualquer maneira. Temos de entender que a tradição é importante, mas a entrega e o respeito são fundamentais para fazer valer a nossa grandeza. Temos de encarar o espírito de Série B. Temos de entender que é semelhante à Libertadores, com uma qualidade menor - disse o treinador na semana que antecede a disputa.

Neste início, aliás, por conta de punição imposta pelo STJD, o Verdão vai mandar seus quatro primeiros jogos em Itu, no interior paulista. É lá que acontece sua estreia, neste sábado, contra o Atlético-GO, outro time que caiu da elite no ano passado.

lucas lima sport (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Lucas Lima: 'Mostramos nossa força no Estadual'
(Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

Times que também brigam pela elite

Contando com o Palmeiras, São Paulo é o estado com mais representantes na Série B 2013, cinco: Bragantino, Guaratinguetá, São Caetano e Oeste, que debuta na competição. Mas a grande força da Segundona é o Nordeste, com seis clubes, dois deles apontados entre favoritos: Sport e Ceará. Curiosamente, os dois acabaram eliminados da Copa do Brasil por outros participantes da região, ABC e ASA - América-RN e Icasa completam a lista de nordestinos.

Para o meia Lucas Lima, do Sport, há uma semelhança de forças entre o time pernambucano e o Palmeiras.

- Apesar de o Sport ter sido rebaixado no ano passado, entramos forte na Série B por nossa tradição e qualidade. Mostramos nossa força, disputando o título do Pernambucano, assim como o Palmeiras fez uma boa Libertadores.

O treinador do Ceará, Leandro Campos, acha importante que os jogadores do Vozão tenham consciência de que a Série B é uma competição árdua.

Jean Carlos, atacante, é novo reforço do Figueirense para a Série B (Foto: Marcelo Silva / globoesporte.com)Atacante Jean Carlos aposta no acesso do Figueira
(Foto: Marcelo Silva / globoesporte.com)

- Estamos progredindo a cada jogo. O momento da equipe é bom. Espero que não paremos por aí. Temos tudo para fazer ainda mais do que fizemos no Campeonato Cearense.

Santa Catarina é o segundo estado com mas participantes, com quatro times: a estreante Chapecoense, Avaí, Joinville e Figueirense, outro apontado como candidato ao acesso. Para Paulinho Criciúma, ex-jogador e comentarista do PremiereFC, o estado realmente colhe os frutos de sua organização.

-  Os quatro de Santa Catarina são muito fortes. Pelo que conheço do futebol catarinense, sei da maneira profissional que esses times trabalham, são candidatos bem fortes pra subir. Joinville quase subiu, Avaí também fez uma boa campanha, e o Figueirense estava na elite ano passado.

O atacante do Figueirense Jean Carlos, que se recupera de uma artroscopia no joelho direito, está se dedicando ao máximo para retornar antes da parada para a Copa das Confederações. Ele acha que o clube está preparado para fazer uma boa Série B.

- É muito disputado, são 38 jogos, e claro que o Figueirense quer subir. Infelizmente, caiu com grandes jogadores, mas isso faz parte. Estamos trabalhando direitinho, com as coisas corretas. Acho que vamos fazer uma grande Série B e, no fim, ao acesso.

Completam a lista de participantes os mineiros América-MG e Boa Esporte, o Paraná Clube, o Paysandu, tradicional time paraense que volta a disputar a competição depois de seis anos, e o Atlético-GO, outro que aparece na maior parte das listas de favoritos. O atacante do Dragão William Barbio, um dos que participaram da campanha vice-campeã do Goiano, vai disputar a Série B pela primeira vez.

Wiliam Barbio, atacante do Atlético-GO (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Wiliam Barbio: atacante do Atlético-GO vai jogar a
sua 1ª Série B (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)

- Não entramos em desespero após perder o título goiano. Fizemos um grande campeonato e poderemos brigar com força na Série B. Precisamos de contratações apenas porque nosso elenco é reduzido, e é uma competição longa. Mas o Atlético-GO poderá fazer um bom papel.

O comentarista Wagner Vilaron acha que o fato de São Paulo ser o estado com mais participantes não significa que se possa apostar em mais paulistas subindo para a Série A no ano que vem. Para ele, a surpresa pode vir da Região Norte.

- Os paulistas do interior acho que não sobem. O Paysandu pode surpreender. Tem todo aquele clamor, o Mangueirão lotado, o fato de ser campeão paraense. Se tivesse que apostar em uma surpresa, seria o Papão.

O zagueiro Jean, do Paysandu, no entanto prefere não se deixar empolgar pela possibilidade imediata de voltar à elite, onde o Papão não pisa desde que caiu em 2005.

– Acho que quando o clube sobe da Série B para A, ou da C para a B, o primeiro passo é se manter. A gente não pode iludir o torcedor, pois não é fácil. Mas acho que é tudo por etapa. Primeiro é alcançar a pontuação mínima para a nossa manutenção, e depois disso, vislumbrar o acesso. Tudo na sua hora e no seu devido lugar.

Regulamento e cobertura do GLOBOESPORTE.COM

Após 38 rodadas onde os 20 times se enfrentam em turno e returno, os quatro primeiros colocados garantem vaga na Série A do Brasileirão. Os quatro piores colocados perdem o direito de disputar a competição no próximo ano, caindo para a Série C, equivalente a terceira divisão do futebol brasileiro. Em caso de igualdade por pontos, os critérios de desempate são maior número de vitórias, maior saldo de gols, maior número de gols pró, confronto direto (apenas para caso de empate entre dois clubes), menor número de cartões vermelhos recebidos, menor número de cartões amarelos recebidos e, em último caso, sorteio.

O GLOBOESPORTE.COM vai acompanhar todos os 380 jogos da Série B lance a lance em Tempo Real, com página especial para cada confronto e vídeo de todos os gols, além da tabela da classificação dinâmica e página de artilharia. O SporTV e os canais PremiereFC vão transmitir todas as partidas da competição.

Veja os jogos da primeira rodada (horários de Brasília):

Sexta, 24/05
19h30m - Oeste x Avaí - Amaros (Itápolis, SP)
19h30m - São Caetano x Ceará - Anacleto Campanella (São Caetano do Sul, SP)
21h50m - Boa Esporte x Chapecoense - Melão (Varginha, MG)
21h50m - Paysandu x ASA - Arena Verde (Paragominas, PA)


Sábado, 25/05
16h20m - Figueirense x América-RN - Orlando Scarpelli (Florianópolis, SC)
16h20m - Joinville x Bragantino - Arena Joinville (Joinville, SC)
16h20m - Icasa x Sport - Romeirão (Juazeiro do Norte, CE)
16h20m - Palmeiras x Atlético-GO - Novelli Júnior (Itu, SP)
21h - ABC x Paraná - Almeidão (Natal, RN)
21h - Guaratinguetá x América-MG - Dario Rodrigues Leite (Guaratinguetá, SP)


*Colaboraram Cláudio Rabha (RJ), Fernando Vasconcelos (GO), Jorge Sauma (PA), Leandro Canònico (SP), Lula Moraes (PE), Roberto Leite (CE), Thiago Braga (SP) e Vítor Vieira de Oliveira (SC).

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-b/noticia/2013/05/sonho-da-elite-comeca-nesta-sexta-e-palmeiras-e-de-novo-o-protagonista.html

Neymar se cala sobre futuro, e pai cobra definição: 'Novela acabou'


Pai do astro alvinegro afirma que não vai aceitar leilão pelo filho e diz que não haverá negociação durante Copa das Confederações

Por Marcelo Hazan e Lincoln Chaves Santos, SP

Neymar e pai, Sede de Vencer, em Santos (Foto: Marcelo Hazan)Pai e filho durante entrevista coletiva
(Foto: Marcelo Hazan)

O atacante Neymar, do Santos, segue driblando perguntas sobre o seu futuro. Nesta quinta-feira, ele concedeu uma entrevista coletiva para lançar a campanha "Sede de Vencer", fruto de uma parceria entre instituto que leva seu nome, uma ONG e um de seus patrocinadores. Presentes ao evento, muitos jornalistas, brasileiros e estrangeiros, em busca de uma palavra do craque sobre sua saída do Peixe. Mas ele se recusou a tocar no assunto.

- Sei que vocês querem perguntar sobre muitas coisas, mas hoje deixo a bucha com meu pai (risos).

E Neymar pai aceitou a missão. Falou sobre as negociações entre Santos e Barcelona. Cobrou uma definição, disse que não aceitará que o Peixe faça leilão, e se mostrou satisfeito com o fato de o clube ter se posicionado oficialmente sobre a recusa de R$ 52,5 milhões pelo astro.

- Acho que a novela terminou. O pedido que eu tinha ao Santos era que o clube se posicionasse, porque essa especulação tem de acabar. A conversa (reunião do Conselho Gestor, na última quarta-feira) foi determinante.

O responsável pelo craque disse ainda que não vai conversar sobre o assunto durante a Copa das Confederações e espera que o Santos adote a mesma postura. Ele quer o filho totalmente focado na Seleção.

- Não vou negociar Neymar em plena Copa das Confederações. É bem simples. O Santos já se posicionou e a novela se encerrou ontem. Muito bem. Agora, se a conversa voltar durante (a competição), vou adotar outra postura - disse, sem explicar que postura será essa.

Para o pai de Neymar, o Peixe encerrou negociações ao recusar a mais recente proposta do Barça. No entanto, o clube se mantém aberto a novas ofertas.

Sabatina

Nas últimas semanas, Neymar tem sido sabatinado com perguntas sobre o futuro. Irritado com as frequentes indagações, o atacante tem fugido das entrevistas. Na última quarta, contra o Joinville, o astro também não quis falar sobre o assunto após o empate em 0 a 0 na Vila. Mas Ivan, goleiro do time eliminado pelo Peixe na Copa do Brasil, revelou uma declaração do jogador.


- Eu disse que sou muito fã dele e pedi para que ficasse, mas ele falou que não dá mais. Não vai ficar. É complicado. Para nós, brasileiros, será uma alegria imensa vê-lo atuando no futebol europeu. Ele é o melhor jogador do Brasil disparado e um dos melhores do mundo. Vai evoluir taticamente e tecnicamente, para ajudar a nossa Seleção - disse Ivan.

Barcelona e Real Madrid brigam para contratar o camisa 11. Nesta semana, o Santos recusou uma proposta do Barça de 20 milhões de euros pelo atacante (aproximadamente R$ 52,5 milhões).

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/santos-e-regiao/noticia/2013/05/neymar-silencia-sobre-futuro-em-evento-deixo-bucha-com-meu-pai.html

Sem retranca: Caio Junior promete manter time ofensivo contra o Inter


Treinador rubro-negro também critica disparidade entre poder econômico das equipes que disputam a Série A do Campeonato Brasileiro

Por GLOBOESPORTE.COM Salvador

Ter pela frente o campeão gaúcho de 2013 logo na estreia da Série A do Campeonato Brasileiro não assusta Caio Junior. Na última quarta-feira, logo após o empate em 1 a 1 com o Salgueiro, resultado que eliminou o Rubro-Negro da Copa do Brasil, o treinador afirmou que não pretende mudar o esquema tático para encarar o Colorado no sábado, na Arena fonte Nova. Para o técnico, o Vitória precisa respeitar o adversário, mas sem perder a identidade ou a forma como joga desde o início da temporada.

Confiante, Caio Junior antecipou que escalará contra o Inter um time com dois volantes, três meias e um centroavante, formação que o treinador utiliza desde o início do ano, mudando apenas os nomes dos atletas titulares.

- Contra o Internacional, eu vou manter o sistema de jogo, que é o nosso 4-2-3-1. Repetir o esquema faz a diferença. Temos uma identidade e não vamos mudar isso para a partida de sábado - declarou o técnico.

Apesar de manter o esquema, o treinador reconhece que precisará mudar peças da equipe titular. Deola, com uma lesão no punho direito, deve ficar sem jogar por pelo menos dois meses. Michel é outro que ocupa o departamento médico por conta de uma lesão muscular. Luís Alberto está em fase de recuperação de um edema na coxa e dificilmente deve ficar à disposição. O meia Renato Cajá e o lateral Nino Paraíba se machucaram contra o Salgueiro e têm participação incerta no duelo de sábado.

Com vários desfalques, o treinador alerta que a diretoria rubro-negra precisa se movimentar para conseguir peças que componham o elenco e mantenham o nível técnico da equipe titular.
- Não temos substituto para o Escudero e Cajá. O Vander é ponta, o Marquinhos também. O Leílson ficou muito tempo no departamento médico. Temos que contratar alguém para essa função. Mas não podemos nos descuidar - disse Caio Junior.

A busca por reforços de qualidade, no entanto, esbarra na forte concorrência. Caio Junior lembra que o Vitória compete com clubes de maior poder aquisitivo e, com orçamento enxuto, não pode gastar tanto quanto outros times, como Corinthians, Fluminense, Atlético-MG e São Paulo.

- Estamos formando uma equipe que vai começar a competição. Você vai no supermercado com mil reais e eu com duzentos. Você vai ter condições de comprar melhor do que eu. As condições são outras. Somos uma equipe de orçamento menor contra equipes com poder de compra muito maior. É uma injustiça. Como é que vai competir? O torcedor quer que dispute os primeiros lugares, e os clubes mereciam um orçamento maior para competir no mesmo nível, pelos menos de comprar igualmente. Temos que fazer um grande trabalho, porque a diferença econômica é grande - concluiu.

Clique aqui e assista a vídeos do Vitória

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vitoria/noticia/2013/05/sem-retranca-caio-jr-promete-manter-time-ofensivo-contra-o-inter.html

Campeão baiano, Portela dispara: ‘Gosto de decidir com o Bahia’


Em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM, presidente do Vitória fala sobre formação do elenco, elogia Caio Jr., cutuca o rival e opina sobre sucessor

Por Raphael Carneiro Salvador

O Vitória se acostumou a enfrentar e vencer o Bahia nas finais do Campeonato Baiano. Nos últimos 20 anos, foram 14 títulos estaduais (contando com a conquista dividida em 1999) contra apenas cinco do maior rival. A supremacia neste período faz com que o Rubro-Negro tenha orgulho e condições de provocar o lado tricolor do estado com tranquilidade. E foi exatamente isto que fez o presidente do Leão. De forma sutil, sem qualquer tipo de alarde, Alexi Portela alfinetou o Bahia: “Gosto de final contra o Bahia, porque a gente sempre leva vantagem. Eu gosto de jogar contra o Bahia”.

Este é o estilo de Alexi Portela. Sereno, dificilmente demonstra o sentimento pela variação no tom de voz. Procura pensar bem antes de falar. E foi assim durante toda a conversa com o GLOBOESPORTE.COM, nesta terça-feira. O dirigente, que aguardava o voo para Londres, onde vai acompanhar a convite a final da Liga dos Campeões no próximo sábado entre Bayern e Borussia, não fugiu às perguntas.

Alexi Portela - Presidente do Vitória (Foto: Eric Luis Carvalho/Globoesporte.com)Presidente festeja título, elogia técnico e despista sobre eleição (Foto: Eric Luis Carvalho/Globoesporte.com)

Alexi Portela assumiu o Vitória em 2006, quando o clube passava pela maior crise de sua história, após o rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro. Ao longo dos anos, o dirigente teve um mandato baseado na política de pés no chão. Foi criticado muitas vezes por não apostar em grandes nomes e conquistou cinco títulos estaduais durante os sete anos da gestão. Além disso, foi vice-campeão da Copa do Brasil em 2010.

No tempo em que esteve à frente da equipe, Alexi Portela contou com dez diretores de futebol em onze gestões diferentes. De 2006 até hoje, trabalharam no Vitória Sinval Vieira, Edinho Nazareth, Renato Braz, Jorge Sampaio, Raimundo Queiroz (duas vezes - é o atual diretor), Mauro Galvão, Carlos Arini, Oscar Yamato, Beto Silveira e Newton Drummond.

Não vamos trazer jogador para compor o grupo, vamos trazer para ser titular"
Alexi Portela

Por conta do estatuto, Portela não poderá disputar a eleição no final deste ano. Também não era seu desejo. O trabalho para a sucessão na presidência do Vitória tem sido feito desde o ano passado. O nome natural para concorrer ao cargo com o aval do presidente é o do vice-presidente financeiro, Carlos Falcão. Entretanto, o diretor das divisões de base, Epifânio Carneiro, chegou também a ser cogitado para tal posto. Mas, como pode ser visto nesta entrevista, a definição sairá somente no fim do ano.

Além da sucessão e da provocação ao rival, Alexi Portela falou também sobre como o elenco atual foi montado e rasgou elogios ao técnico Caio Junior. Confira abaixo a entrevista completa com o presidente do Vitória.

GLOBOESPORTE.COM - Logo depois do Ba-Vi do último domingo, você disse que este foi o melhor grupo que montou. O que mudou neste ano na montagem do elenco e quais foram os acertos?
Alexi Portela - Primeiro foi um investimento maior que fizemos. Estamos com uma folha maior. O valor é maior do que a gente tinha nos outros anos. A gente conseguiu investir mais. Pagamos dívidas antigas e sobrou mais dinheiro. Na hora de contratar, nós avaliamos muito o extracampo esse ano. O critério não foi só a qualidade, mas também o extracampo.

Com esse modelo, imaginava tanta superioridade do Vitória sobre o Bahia? (nos quatro clássicos foram três triunfos – 5 a 1, 2 a 1 e 7 a 3 – e um empate)
Não imaginava. Estou vendo até uma reportagem sobre a valorização do plantel. Isso mostra o que eu falei antes sobre o elenco. Nós temos o 11º elenco em termos de valor da Série A. A gente hoje tem um plantel muito melhor.

Mas esse elenco está pronto para a Série A? Caio Junior sempre diz que precisa de reforços. Na sua opinião, quais os setores que precisariam de novos jogadores?
Acho que a gente precisa de um zagueiro, um volante, um atacante e um meia.

Alexi Portela comemora título baiano ao lado de trofeu da competição (Foto: Divulgação/E.C. Vitória)Presidente do Vitória posa ao lado do troféu do Campeonato Baiano (Foto: Divulgação/E.C. Vitória)

Essas contratações serão feitas agora ou somente depois da Copa das Confederações?
Se a gente tivesse a garantia de que, daqui a 30 dias, vai arranjar um jogador, seria melhor. Mas a gente tem que começar a procurar agora, não podemos perder tempo. Não vamos trazer jogador para compor o grupo, vamos trazer para ser titular. Tipo Escudero, tipo [Renato] Cajá. Temos jogadores assim e não temos nenhum tipo de problema no time. Por isso, temos que manter o perfil.

Acredita que foi por esse perfil procurado pelo clube que não houve nenhum tipo de desentendimento no elenco depois de Caio Junior ter afastado Fernando Bob?
Isso mostra o profissionalismo de nosso time. A gente acertou também com o treinador. Caio está fazer um trabalho muito bom. A gente conversa muito. É um treinador que ouve, que escuta. Claro que quem escala é ele, mas nós estamos fora e também podemos opinar sobre o que vemos.

Em sua gestão, esse foi o estadual mais fácil de ganhar?
Foi fácil no final, mas, na última partida da fase classificatória, a gente estava perdendo para o Feirense e conseguimos virar. Se a gente perde, não estaria nas finais. Começou fácil, mas o Vitória perdeu para o Botafogo-BA e para o Juazeiro, aí o time se complicou, mas depois voltou a ser fácil. A final foi a mais fácil que teve. O que fico feliz é que, tirando o ano passado, que a gente deu azar em três falhas do nosso goleiro, eu gosto de final contra o Bahia, porque a gente sempre leva vantagem. Eu gosto de jogar contra o Bahia.

vitória; campeão baiano 2013 (Foto: Raphael Carneiro)Jogadores do Vitória comemoram título estadual
no Barradão (Foto: Raphael Carneiro)

O que o Vitória fez diferente neste ano em relação aos dois últimos, quando perdeu o título para o Bahia de Feira e o Bahia?
Acredito que, nos dois anos, nós não fomos campeões, porque tivemos falhas dos goleiros, tanto em 2011 quanto em 2012 (Viáfara era o goleiro do Vitória na final contra o Bahia de Feira e Douglas era o titular no ano passado).

Conquistar o estadual, logo depois de voltar para a Série A, é como fechar com chave de ouro a sua gestão no Vitória?
Com certeza. Acho importante para o próximo presidente receber o time campeão baiano e na Série A. Ainda vamos ver o que a gente consegue na Copa do Brasil.

Acha que o título dá mais força para a eleição no final do ano ou acredita que o trabalho tem que ser avaliado desde 2006?
Claro que não posso dizer que dá mais força, mas acho que tem que ser avaliado o trabalho como um todo. Como era em 2006 e como está hoje. O último ano tem força, mas tem que avaliar como era e como está.

Qual o balanço que faz de sua administração?
Não fiquei sozinho. Foi uma diretoria. A gente conseguiu agregar muitas pessoas. Conseguimos que os conselheiros, os rubro-negros, voltassem a ajudar. Não só ajudar financeiramente, mas também com ideias, com trabalho. Conseguimos unir os rubro-negros para melhorar o clube.
Vai ser uma pessoa que está próxima da diretoria. Uma pessoa que pesou na alça do caixão com a gente. Ninguém vai cair de paraquedas no Vitória"
Alexi Portela

Já tem um nome para sucessão ou isto será decidido mais para frente?
Vamos decidir isso mais para frente. Vai ser uma pessoa que está próxima da diretoria. Uma pessoa que pesou na alça do caixão com a gente. Ninguém vai cair de paraquedas no Vitória.

Você vai agora para a final da Liga dos Campeões. Vai torcer para quem entre Bayern e Borussia?
Meu time é o Vitória. Vou lá para assistir mesmo. Gosto de futebol. Acho que o Bayern tem um time mais qualificado. Fui no ano passado, e o Bayern mereceu ganhar contra o Chelsea, mas deu Chelsea. Futebol é isso ai. Espero que seja um bom jogo.
Clique aqui e assista a vídeos do Vitória

FONTE:
http://www.blogger.com/blogger.g?blogID=4193150885514913552#editor/target=post;postID=1410424833747038466

Mobile turbinado, guias, atuações: o Brasileirão chega com novidades


Globoesporte.com e SporTV.com trazem novas atrações para a melhor e mais completa cobertura da competição que começa no próximo sábado

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

O Campeonato Brasileiro que começa no próximo sábado, dia 25, será marcado por uma série de novidades no Globoesporte.com e no SporTV.com. Acompanhar os 380 jogos em tempo real com vídeos agora será mais fácil: a versão do site para celulares e tablets (m.globoesporte.com) está muito mais amigável. A nova versão turbinou as transmissões em tempo real com vídeos exclusivos, trouxe tabelas e uma navegação mais intuitiva.

A nova versão móvel tem várias funcionalidades do Tempo Real versão desktop: alerta na tela para gols nas outras partidas, aviso quando novos vídeos são cadastrados e escalações dos times. Além disso, é fácil navegar entre os jogos pela barra de resultados no alto da tela.

foto_materia_apresentacao_brasileirao (Foto: Infoesporte)As novidades do Brasileirão de 2013 (Foto: Infoesporte)

O site inteiro terá novidades: antes de cada rodada, o internauta terá um Guia para saber tudo sobre os dez jogos que virão - desde serviço de ingressos, informações sobre quem joga (ou não joga), dicas para o Cartola FC, detalhes sobre árbitros e times. Após a rodada, o tradicional "pacotão" vai reunir tudo o que de mais importante aconteceu nos dez jogos.

No Sportv.com, o internauta poderá navegar pelos vídeos da rodada - pulando de um jogo para outro com facilidade. E duas atrações exclusivas continuam fazendo diferença: o Cartola FC, que já ultrapassou a marca de 2 milhões de times cadastrados; e o já tradicional Bolão do Sportv - onde você pode apostar nos resultados das partidas.

Voltando ao Globoesporte.com - a versão desktop também tem suas funcionalidades exclusivas. O simulador lançado como novidade pelo site em 2007 segue com toda força, dando uma mão ao torcedor nas contas. Também na área de tabelas, temos o Túnel do Tempo - que permite que o internauta compare o Brasileirão com o passado a cada rodada. E a Artilharia com Vídeos - onde o usuário pode conferir o número de gols marcados por cada jogador - e assisti-los.

Outra novidade que o site trará serão as atuações dos atletas. Até 2012, eram atribuídas aos jogadores apenas notas, que contavam para o Troféu Armando Nogueira, que aponta o melhor jogador do Brasileirão. A partir de agora, haverá também uma breve descrição sobre a participação do atleta na partida - como já aconteceu em alguns estaduais.

E isso é apenas o começo. Ainda no primeiro semestre, o site trará outras novidades para atender o torcedor.  Prepare-se, pois a bola vai rolar, e você continua sendo nosso convidado para viver todas as emoções do Campeonato Brasileiro.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/05/mobile-turbinado-guias-atuacoes-o-brasileirao-chega-com-novidades.html

Neymar se cala sobre futuro, e pai cobra definição: 'Novela acabou'


Pai do astro alvinegro afirma que não vai aceitar leilão pelo filho e diz que não haverá negociação durante Copa das Confederações

Por Marcelo Hazan e Lincoln Chaves Santos, SP

Neymar e pai, Sede de Vencer, em Santos (Foto: Marcelo Hazan)Pai e filho durante entrevista coletiva
(Foto: Marcelo Hazan)

O atacante Neymar, do Santos, segue driblando perguntas sobre o seu futuro. Nesta quinta-feira, ele concedeu uma entrevista coletiva para lançar a campanha "Sede de Vencer", fruto de uma parceria entre instituto que leva seu nome, uma ONG e um de seus patrocinadores. Presentes ao evento, muitos jornalistas, brasileiros e estrangeiros, em busca de uma palavra do craque sobre sua saída do Peixe. Mas ele se recusou a tocar no assunto.

- Sei que vocês querem perguntar sobre muitas coisas, mas hoje deixo a bucha com meu pai (risos).
E Neymar pai aceitou a missão. Falou sobre as negociações entre Santos e Barcelona. Cobrou uma definição, disse que não aceitará que o Peixe faça leilão, e se mostrou satisfeito com o fato de o clube ter se posicionado oficialmente sobre a recusa de R$ 52,5 milhões pelo astro.

- Acho que a novela terminou. O pedido que eu tinha ao Santos era que o clube se posicionasse, porque essa especulação tem de acabar. A conversa (reunião do Conselho Gestor, na última quarta-feira) foi determinante.

O responsável pelo craque disse ainda que não vai conversar sobre o assunto durante a Copa das Confederações e espera que o Santos adote a mesma postura. Ele quer o filho totalmente focado na Seleção.
- Não vou negociar Neymar em plena Copa das Confederações. É bem simples. O Santos já se posicionou e a novela se encerrou ontem. Muito bem. Agora, se a conversa voltar durante (a competição), vou adotar outra postura - disse, sem explicar que postura será essa.

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Para o pai de Neymar, o Peixe encerrou negociações ao recusar a mais recente proposta do Barça. No entanto, o clube se mantém aberto a novas ofertas.

Sabatina

Nas últimas semanas, Neymar tem sido sabatinado com perguntas sobre o futuro. Irritado com as frequentes indagações, o atacante tem fugido das entrevistas. Na última quarta, contra o Joinville, o astro também não quis falar sobre o assunto após o empate em 0 a 0 na Vila. Mas Ivan, goleiro do time eliminado pelo Peixe na Copa do Brasil, revelou uma declaração do jogador.


- Eu disse que sou muito fã dele e pedi para que ficasse, mas ele falou que não dá mais. Não vai ficar. É complicado. Para nós, brasileiros, será uma alegria imensa vê-lo atuando no futebol europeu. Ele é o melhor jogador do Brasil disparado e um dos melhores do mundo. Vai evoluir taticamente e tecnicamente, para ajudar a nossa Seleção - disse Ivan.

Barcelona e Real Madrid brigam para contratar o camisa 11. Nesta semana, o Santos recusou uma proposta do Barça de 20 milhões de euros pelo atacante (aproximadamente R$ 52,5 milhões).

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/santos-e-regiao/noticia/2013/05/neymar-silencia-sobre-futuro-em-evento-deixo-bucha-com-meu-pai.html