segunda-feira, 23 de julho de 2012

Após recusa de Federer, Wawrinka será porta-bandeira suíço em Londres

Tenista foi campeão nas duplas com Federer nos Jogos de Pequim, em 2008

Por GLOBOESPORTE.COM Berna, Suíça
 
Após a recusa de Roger Federer, Stanislas Wawrinka foi escolhido pelo Comitê Olímpico Suíço como porta-bandeira do país nos Jogos de Londres. O tenista, campeão de duplas nas Olimpíadas de Pequim ao lado do número 1 do mundo, aceitou o convite e amplia para 11 a sequência de atletas masculinos a liderar a delegação suíça nas cerimônias de abertura em Jogos de inverno e verão.

Número 26 do mundo, Wawrinka se disse muito feliz pela oportunidade e comparou sua alegria ao receber a notícia com a conquista da medalha de ouro na China.

- É uma honra, algo muito especial. Tenho orgulho de carregar a bandeira suíça. Me lembro do momento em que recebi a medalha de ouro em Pequim ao lado de Roger (Federer). Desejo a todos os membros da nossa delegação o espírito de equipe que fez possível o nosso sucesso em Pequim - disse, em entrevista ao site "20 Minuten".


Stanislas Wawrinka na partida de tênis da Copa Davis contra Mardy Fish  (Foto: EFE)Wawrinka, campeão nas duplas em Pequim, será o porta-bandeira suíços nos Jogos de Londres (Foto: EFE)
 
FONTE:

Andy Murray e Venus Williams carregam a tocha em Wimbledon

Torneio de tênis em Londres-2012 terá seu início neste sábado, dia 28

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

Andy Murray tênis Wimbledon Londres tocha Olimpíadas (Foto: Getty Images)
A tocha olímpica passou por Wimbledon nesta segunda-feira, carregada pelo britânico Andy Murray, número 4 do mundo, e pela americana Venus Williams, ex-líder do rankin

Venus Williams tênis Olimpíadas Londres tocha Andy Murray (Foto: Getty Images)
Murray, primeiro a receber a tocha, levou o ícone olímpico à Quadra Central de Wimbledon. Pouco depois, o britânico passou a chama às mãos de Venus. As chaves do torneio de tênis em Londres serão sorteadas nesta quinta-feira, dia 26. No sábado, dia 28, serão disputadas as primeiras partidas do evento olímpico.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/07/andy-murray-e-venus-williams-carregam-tocha-em-wimbledon.html

Embalado, Bellucci chega a Londres com ‘melhor tênis’ na bagagem

Campeão na Suíça, no último domingo, tenista ganhou 40 posições no ranking da ATP no mês de julho e se diz pronto para ‘vencer qualquer um’

Por Cahê Mota Direto de Londres

Não se escolhe momento para disputar uma competição como os Jogos Olímpicos, ainda mais quando a vaga chega através de convite. Mas se Thomaz Bellucci pudesse definir um mês para a disputa em Londres-2012, certamente este seria julho. Com a confiança de quem ganhou 40 posições no ranking da ATP e o troféu de Gstaad, conquistado domingo, na bagagem, o tenista desembarcou nesta segunda-feira na cidade olímpica cheio de expectativas.

Entre os participantes do torneio olímpico graças ao convite da Federação Internacional de Tênis (ITP), uma vez que na classificação final era o 80º do ranking e apenas os 56 primeiros se garantiam na disputa, Bellucci começou a semana como 40º do mundo e de moral elevado
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Thomaz Bellucci no desembarque em Londres (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Thomaz Bellucci no desembarque no aeroporto de Londres (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)
- Voltei a jogar o meu melhor tênis. Tive uma ótima semana na Suíça, um bom giro no saibro pela Europa, e chego com confiança total em Londres. É um torneio especial por defender o meu país. Tenho me sentido bem e vou tentar um bom resultado. Não comecei tão bem o ano, mas já estou bem melhor e me sinto confiante em quadra.

Confiança fruto não somente da vitória em Gstaad, mas também pelo título do Challanger de Braunschweig, na Alemanha, no começo do mês, e da campanha até a semifinal no ATP de Stuttgart. Em Londres, por sua vez, a motivação é ainda maior. Ao contrário dos milionários torneios do calendário do tênis, a disputa envolve nações, o que mexe com Bellucci.

- É diferente para qualquer atleta. A sensação de defender o país é diferente. Nós jogamos o ano inteiro torneios da ATP e não sentimos muito isso de representar o Brasil. Os Jogos Olímpicos são diferentes por isso.

Satisfeito com o momento atual, o tenista disse ainda que entrará em quadra relaxado na briga por uma medalha e garantiu estar apto a vencer qualquer um.

- A pressão que eu sinto é apenas em fazer o meu melhor. Tenho a expectativa de entrar em quadra para jogar bem e vencer alguns jogos. Estou bem, tenho condição de vencer os melhores do mundo, e estou aqui para isso. Me sinto motivado
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Além de Thomaz Bellucci, o Brasil terá mais três representantes no tênis olímpico: André Sá, que disputará duplas com o próprio Bellucci, e os parceiros Marcelo Melo e Bruno Soares. As competições vão acontecer na lendária grama de Wimbledon entre os dias 28 de julho (sábado) e 5 de agosto.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/07/embalado-bellucci-chega-londres-com-melhor-tenis-na-bagagem.html

Batidas por russas nas semis, Talita e Maria Elisa são bronze em Klagenfurt

Dupla garante medalha sem jogar a disputa de terceiro lugar, já que as chinesas Xue e Zhang Xi desistiram do Grand Slam após adiamento

Por SporTV.com Klagenfurt, Áustria

Mesmo sem vencer neste domingo, Talita e Maria Elisa ficaram com a medalha de bronze no Grand Slam de Klagenfurt, etapa austríaca do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. Superadas nas semifinais por Khomyakova e Ukolova, as brasileiras contaram com a desistência das chinesas Xue e Zhang Xi e nem precisaram voltar à quadra para disputar o terceiro lugar. Na final, as russas derrotaram as holandesas Meppelink e Van Gestel e ficaram com a medalha de ouro.

Agora, Talita e Maria Elisa viajam para Londres, onde representarão o país nos Jogos Olímpicos. A parceria estreia na competição no próximo domingo, dia 29, às 16h (horário de Brasília). As adversárias na estreia serão justamente e Meppelink e Van Gestel.

Na fase de grupos, Khomyakova e Ukolova, vindas do qualifying, surpreenderam Talita e Maria Elisa com uma vitória por 2 sets a 1. Neste domingo, as russas disputaram pela primeira vez uma semifinal do Circuito Mundial e agarraram a chance com unhas e dentes. Ukolova brilhou na defesa e fez a diferença nos contra ataques, fechando a primeira parcial em 21/19.

No segundo set, Maria Elisa também se destacou nas defesas e no fundo de quadra, mas o time brasileiro não conseguiu aproveitar a oportunidade quando abriu dois pontos de vantagem, em 16 a 14. Três ataques seguidos de Ukolova garantiram a virada. A dupla verde e amarela não se rendeu e salvou três match points, um deles em belo bloqueio – fundamento até então pouco eficiente no jogo – de Talita. Aos 45 minutos de partida, porém, as russas abriram a vantagem necessária para avançarem à decisão
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Ukolova russa vôlei de praia  (Foto: Divulgação / FIVB)Ukolova, melhor em quadra, não acredita na classificação para a final (Foto: Divulgação / FIVB)
Como a chuva torrencial em Klagenfurt adiou a reta final da competição feminina em um dia, as chinesas Xue a Zhang Xi, atuais líderes do ranking mundial, abandonaram o torneio para viajarem para Londres. Desta forma, as holandesas Meppelink e Van Gestel se classificaram para a final sem disputarem as semis, enquanto Talita e Maria Elisa ganharam o bronze sem jogarem a disputa de terceiro lugar.

Na decisão, Khomyakova e Ukolova conquistaram o primeiro ouro da dupla no Circuito. As russas bateram Meppelink e Van Gestel por 2 sets a 1 (21/13, 25/27 e 15/10).
A próxima etapa será realizada em Stare Jablonki, na Polônia, entre 13 e 18 de agosto.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2012/07/batidas-por-russas-nas-semis-talita-e-maria-elisa-sao-bronze-em-klagenfurt.html

Márcio/Solberg é prata em Klagenfurt após erro da arbitragem no ponto final

No tie-break, oficiais não veem bola fora, e Nummerdor e Schuil conquistam segundo título no Circuito. Carioca fida indignado com marcação incorreta

Por SporTV.com Klagenfurt, Áustria

Márcio e Pedro Solberg podiam ter subido, neste domingo, pela primeira vez no lugar mais alto do pódio numa etapa do Circuito Mundial de Vôlei de Praia. Porém, a arbitragem errou ao dar bola dentro no último ponto da final contra Nummerdor e Schuil, em Klagenfurt, na Áustria, e contribuiu para o sonho dos brasileiros não se concretizar. Após passarem pelos campeões olímpicos Rogers e Dalhausser, dos EUA, na semifinal, o cearense e o carioca foram superados pelos holandeses por 2 a 1 (21/14, 12/21 e 13/15). Foi o segundo título dos europeus na competição - antes haviam vencido em Pequim.

Márcio volei de praia (Foto: Divulgação / FIVB)Márcio tenta salvar um ponto. Ele e o parceiro Pedro Solberg foram prata na Áustria (Foto: Divulgação / FIVB
)
No primeiro set, os brasileiros levaram vantagem nos saques, mirando Nummerdor, o mais baixo dos holandeses. Solberg se destacou também no bloqueio, colocando três vezes a bola de volta para o lado dos adversários. Dominante em quadra, a dupla construiu uma boa vantagem no meio do set e saiu na frente com 21/14.

Na volta do intervalo, os papéis se inverteram. Márcio e Solberg cometeram erros em sequência e ficaram pela primeira vez atrás na partida. A situação era preocupante quando a desvantagem chegou a seis pontos, em 17 a 11. Os parceiros tentaram correr atrás do prejuízo, mas acabaram perdendo a segunda parcial por 21/12.

Os holandeses começaram sacando no tie-break. A dupla aproveitou o fundamento e as precipitações da dupla brasileira, abrindo 10 a 6. Márcio e Solberg reagiram e encostaram no placar, em 13 a 12 para os oponentes. Porém, um erro da arbitragem decretou a derrota dos brasileiros em 15/13 no set decisivo. A bola atacada por Schuil caiu fora da quadra, e os oficiais validaram o ponto final (veja ao lado). Solberg cumprimentou os adversários, mas depois reclamou da marcação.

Na semifinal, contra os campeões olímpicos Rogers e Dalhausser, os brasileiros venceram o duelo contra os campeões olímpicos Rogers e Dalhausser por 2 a 1 (25/23, 17/21 e 15/10).

Nummerdor-Schuil avançaram à decisão após baterem Gibb e Rosenthal pelo mesmo placar (13/21, 21/19 e 16/14). A parceria americana ficou com a medalha de bronze sem entrar em quadra, já que os compatriotas Rogers e Dalhausser abandonaram a disputa do 3º lugar.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2012/07/marciosolberg-e-prata-em-klagenfurt-apos-erro-da-arbitragem-no-ponto-final.html

À vontade sob holofotes, May busca nas areias de Londres o tri olímpico

Americana de 34 anos quer encerrar com ouro uma trajetória marcada por títulos no vôlei de praia e aparições constantes no circuito das celebridades

Por Helena Rebello Rio de Janeiro
 
Entre um ponto e outro, os olhos ficam semicerrados, e a concentração é total. Quando o resultado já está definido, Misty May-Treanor relaxa, se solta e fica pronta para roubar a cena nas circunstâncias mais variadas. De brincadeiras com a companheira Kerri Walsh ao então presidente George W. Bush, participações em programas de televisão e passos arrojados na “Dança dos Famosos” americana, a atleta vira estrela onipresente. Em Londres, May tentará manter o brilho pela última vez no palco olímpico. A busca pelo tricampeonato marcará sua despedida do cenário que a consagrou como uma defensora incansável e uma das mais vitoriosas atletas da história do vôlei de praia.

vôlei de praia misty may treanor  (Foto: Agência Getty Images)May brinca com o tradicional uniforme da guarda britânica: bom humor é marca da atleta (Foto: Getty Images)

“Walsh e May” soa quase como um nome só. Juntas desde 2001, as duas alcançaram o auge da carreira como algozes das brasileiras Adriana Behar e Shelda na final dos Jogos de Atenas

Quatro anos mais tarde, estragaram a festa das donas da casa e se tornaram as únicas bicampeãs olímpicas das areias em Pequim. A série de conquistas, porém, foi reduzida no último ciclo. Walsh teve dois filhos, e May sofreu uma séria lesão no tendão de Aquiles. Após a recuperação, precisou mudar seu jeito de jogar. E concluiu que a hora de parar deveria ser marcada.

Misty May vôlei de praia no programa de dança Dancing with the stars (Foto: Reprodução / ABC.com)No programa 'Dancing With The Stars': jogadora
dança desde criança (Foto: Reprodução / ABC.com)
 
- Kerri não diria isso, mas eu definitivamente me sinto mais velha. Este será o meu último torneio. Acho egoísmo não passar o bastão para os mais jovens. É a única forma de fazer o esporte crescer. Vou sentir falta de muitas coisas, mas também estou cansada das viagens, e muitos amigos não jogam mais. A vida nos oferece mais do que o voleibol, e chegou a minha hora de seguir em frente – disse, em entrevista à agência Associated Press.

O plano da americana era começar a aposentadoria na edição especial do programa “Dancing With The Stars”. Em 2008, logo após o ouro na China, May fez sucesso ao lado do professor Maksim Chmerkovckiy, mas abandonou a competição após romper o tendão de Aquiles durante um ensaio. Precisou de cirurgia, nove meses de recuperação que a afastaram das areias e da dança, paixão que nutre desde a infância. Para retornar ao show, fez até campanha com os fãs no Facebook, mas não recebeu uma segunda chance dos organizadores.


May nunca teve problemas com os holofotes. Muito pelo contrário. Tanto que, desde o início da carreira, sempre choveram convites para campanhas publicitárias, além de participações especiais em seriados e talk shows. A estreia como atriz foi em setembro de 2004, logo após a conquista em Atenas. Em Los Angeles, colocou a fantasia de mulher maravilha e gravou com o ator Jason George. Três anos depois, percorreu vários estúdios em Hollywood e fez a festa com as peças cenográficas.

vôlei de praia misty may treanor (Foto: Agência Getty Images)Em estúdio de Hollywood, May brinca com máscaras cenográficas (Foto: Agência Getty Images)Mesmo quando sua vida pessoal está em foco, a atleta não se esconde. Casada há oito anos com o jogador de basebol Matt Trean or, May costuma prestigiar os jogos do amado quando não está competindo. A cada temporada, entra em quadra uniformizada, é aplaudida pela torcida do Los Angeles Dodgers, e dá um beijo e um abraço de boa sorte antes de se dirigir à tribuna de honra. Quando a jogadora voltar de Londres, o casal irá se divertir em Las Vegas.


Em quadra, habilidade e simplicidade


vôlei de praia misty may treanor ao lado do marido Matt Treanor (Foto: Agência Getty Images)Quando voltou de Pequim, May foi ao estádio do
Dodgers com a medalha (Foto: Getty Images)
 
Registrada como Misty Elizabeth May, a americana nasceu em Los Angeles, Califórnia, e cresceu jogando vôlei de praia com os pais, Bob “Butch” e Barbara, no Santa Monica Pier. Aos 8 anos, disputou o primeiro torneio e não parou mais. O esporte sempre foi incentivado pela família e, além do vôlei (também se arriscava na quadra), a menina jogava ainda futebol, tênis e frequentava uma academia de dança.

A jogadora começou a rodar o mundo profissionalmente ao lado de Holly McPeak. O primeiro torneio das duas foi no Brasil, em Salvador. Nos Jogos de Sydney, terminaram em quinto e encerraram a parceria. Em 2001, Kerri Walsh, ex-jogadora da quadra, se juntaria a May para formar um dos times mais vitoriosos da história do esporte. Além dos ouros olímpicos em Atenas e Pequim, as duas foram tricampeãs mundiais e venceram 39 das 78 etapas que disputaram pelo Circuito Mundial – foram 59 pódios nesta competição, ao todo.


vôlei de praia adriana behar shelda Misty May Kerri Walsh final olímpica atenas 2004 (Foto: COB)Pódio em Atenas: 1º ouro veio com vitória sobre as
'professoras' Adriana Behar e Shelda (Foto: COB)
 
Com a lesão no tendão de Aquiles esquerdo, May precisou operar e perdeu a maior parte da temporada de 2009. Treinada pelo brasileiro Marcio Sicoli, voltou a jogar ao lado de Nicole Branagh, mas o melhor resultado internacional foi um bronze no Circuito. Mais pesada e com limitações de movimento no pé, ela precisou reinventar-se na quadra. Quando Walsh retornou após dar a luz a dois filhos, as duas retomaram a parceria e voltaram a ser presença constante nos pódios. Neste ano, a americana confirmou que se despediria do esporte de alto nível após os Jogos de Londres – Walsh segue jogando, mas ainda não anunciou sua nova dupla.

Muito habilidosa, May sempre foi referência para as rivais. Além da qualidade e da versatilidade em quadra, é famosa pela simplicidade fora dela. É atenciosa com a imprensa e atende às solicitações dos fãs com boa vontade. Aos elogios, responde com um sorriso e referências as suas “professoras” brasileiras, em cujas trajetórias se espelhou.

- Adriana Behar e Shelda foram como professoras para nós. Cansaram de nos vencer mas, a cada vez, faziam nos superarmos e ficarmos melhores. Perdemos tantas vezes, fomos observando, aprendendo e nos tornarmos jogadoras melhores. Eu amava vê-las jogando, e pagaria muito dinheiro para vê-las jogando, assim como Jackie Silva. Havia um sentimento diferente com elas em quadra, um controle de bola e domínio do jogo únicos – contou, em entrevista ao GLOBOESPORTE.COM.
Misty May-Treanor quer mostrar pela última vez que aprendeu direitinho a lição. No dia 8 de agosto, data da final olímpica feminina do vôlei de praia, sonha gravar seu nome, pela terceira vez com letras douradas, na história da modalidade que ajudou a popularizar.

vôlei de praia misty may treanor kerri walsh pequim (Foto: Agência Getty Images)Única parceria bicampeã olímpica na praia chegará ao fim após Londres-2012 (Foto: Agência Getty Images)
 
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Fora do foco e com dúvida, vôlei feminino chega a Londres para o bi

Atuais campeãs olímpicas deixam favoritismo para os EUA, e José Roberto Guimarães levará dúvida entre Natália e Camila Brait até congresso técnico

Por Cahê Mota Direto de Londres

vôlei Zé Roberto Guimarães brasil londres (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Técnico Zé Roberto Guimarães atende a imprensa
durante desembarque do Brasil (Foto: Cahê Mota)
 
Sem o favoritismo que a acompanhou nos últimos anos e com uma dúvida na bagagem, a seleção feminina de vôlei do Brasil desembarcou neste domingo em Londres para defender o título olímpico conquistado em Pequim há quatro anos. Sorridentes e solícitas com a imprensa, as jogadoras brasileiras chegaram na cidade olímpica com ânimo renovado após as semanas de treinos em Saquarema, logo depois do vice-campeonato do Grand Prix, e com uma atleta a mais do que o permitido pelo Comitê Olímpico Internacional: Natália ou Camila Brait será cortada em decisão que José Roberto Guimarães promete levar até o último minuto, no congresso técnico da próxima quinta-feira.

Campeão dos Jogos tanto no masculino (Barcelona-1992) quanto no feminino (Pequim-2008), o treinador deixou claro que vai esperar até o fim pela ponteira, que se recupera de uma cirurgia na canela. Zé reiterou ainda que o mistério não é uma estratégia para surpreender os adversários e se mostrou confiante na manutenção de Natália no grupo.

- Não é uma carta na manga, mas temos que usar o tempo disponível até o congresso técnico, quando temos que apresentar uma lista final. Vamos ver. A Natália treinou muito bem no último dia em Saquarema, está se recuperando, a cada dia está melhor, mas precisa estar muito bem para participar do Jogos Olímpicos. Temos um tempo e vamos usar até o final.

Consciente de que chega para as Olimpíadas em um panorama diferente do que aconteceu em Pequim, quando era amplo favorito na corrida pelo ouro, o comandante brasileiro apontou os Estados Unidos como time a ser batido, mas deixou claro que o Brasil está na briga.

- Vamos chegar bem. É difícil, há quatro anos chegamos como favoritos. Hoje, chegamos em condição de brigar com qualquer seleção do mundo, mas os EUA estão na frente.

vôlei natália brasil londres (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)Natália tenta se recuprar para poder disputar os
Jogos Olímpicos de Londres (Foto: Cahê Mota)
 
O Brasil está no Grupo B da competição, ao lado das próprias americanas e de Turquia, China, Coreia do Sul e Sérvia. As turcas serão as rivais da estreia, no dia 28, na Earls Court Arena, e José Roberto Guimarães analisou o caminho brasileiro na primeira fase.
- Muitas seleções evoluíram nos últimos anos, casos da Coreia e Turquia, que é o nosso primeiro jogo. Por sorte, trabalhei lá por dois anos. Por outro lado, o Marco Aurélio (Motta) é um brasileiro, foi técnico da seleção e conhece bem o nosso time. Vai ser uma partida difícil, até por esse conhecimento. Depois, pegamos os EUA, que é o melhor time do momento. Enfim, todo jogo vai ser uma grande dificuldade, estou com 3 x 2 em toda partida na cabeça, mas nos preparamos bem, principalmente após o Grand Prix.

O Brasil chegou a Londres com seis campeãs olímpicas (Fabi, Fabiana, Sheila, Paula Pequeno, Thaísa e Jaqueline) e sete novatas (Adenízia, Dani Lins, Fernandinha, Natália, Camila Brait, Fernanda Garay e Tandara). A delegação seguiu para a Vila Olímpica e treina ainda neste domingo em Londres. 

FONTE::
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/07/fora-do-foco-e-com-duvida-volei-feminino-chega-londres-para-o-bi.html

No embarque, Bernardinho pede que seleção se motive com desconfiança

Técnico não mostra preocupação com o Brasil não chegar aos Jogos como favorito ao ouro e quer que atletas respondam em quadra. Dante lembra 92

Por João Gabriel Rodrigues São Paulo

Nos últimos anos, a seleção masculina de vôlei se acostumou a estar no topo e ser a mais temida em todos campeonatos que entrava. Mas, com o desempenho abaixo do esperado na última Liga Mundial, em que terminou no sexto lugar, o Brasil embarcou neste domingo para Londres sem o rótulo de favorito. Nada que preocupe o técnico Bernardinho. Pelo contrário. Para ele, os jogadores precisam usar esta desconfiança como combustível para “surpreender” nos Jogos Olímpicos

Apesar de não estar inscrito, o ponteiro Lucarelli, de 20 anos, viajou com a seleção para ajudar nos treinos e ganhar experiência. Antes da estreia nos Jogos, no dia 29, contra a
 Tunísia, o Brasil ainda disputa dois amistosos em Londres, contra Bulgária e Austrália.

Bernardinho vôlei seleção brasil (Foto: João Gabriel / GLOBOESPORTE.COM)Bernardinho, no embarque da seleção de vôlei para Londres (Foto: João Gabriel / GLOBOESPORTE.COM)
 
- É uma situação interessante. Sempre estivemos no hall dos favoritos, e é uma situação que deve servir de motivação. Alguns dizem que falta alguma coisa no time, que o time não está muito bem, e isso deve motivar. É o fechamento de um ciclo e os jogadores merecem buscar essa medalha. Nunca nos consideramos melhor do que ninguém e nós mantivemos esse pensamento – afirmou Bernardinho no embarque da seleção para a Inglaterra.

Dante vôlei seleção brasil (Foto: João Gabriel / GLOBOESPORTE.COM)Dante dá entrevista no aeroporto de Gaurulhos
(Foto: João Gabriel / GLOBOESPORTE.COM)
 
Dante também não se importa se o Brasil é favorito ou não. O ponteiro lembrou que, há 20 anos, a seleção brasileira também não era apontada como candidata a ser campeã, mas voltou de Barcelona-92 com o primeiro ouro olímpico do vôlei do país

- Estamos focados e nos preparando bem. Em 1992, o time não era favorito e mesmo assim, como mineirinho, conseguiu conquistar o ouro. A gente não tem que provar nada para ninguém do que somos capazes. O passado fala por nós. Alguns oportunistas aproveitam esses resultados para tentar atrapalhar. A pressão é toda nossa – disse o experiente atleta.

Para consertar os problemas apresentados pelo time durante a Liga Mundial, Bernardinho teve duas semanas de treinos em Saquarema antes da viagem deste domingo. Para o técnico, o período foi bem proveitoso.

- Passamos duas semanas treinando. Não é desculpa para o resultado da Liga Mundial. O grupo está crescendo, está completo. Pela primeira vez, com tantos problemas que tivemos, tivemos duas semanas para treinar completos. Na primeira semana, o Giba teve um probleminha muscular na perna, mas já está bem, voltou a treinar normalmente. Agora conseguimos dar um ritmo maior à equipe. A falta de confiança aparece em uma equipe que não está bem treinada. Conseguimos recuperar o ritmo. Esses dias serviram para melhorar o conjunto.

Com situação pendente no Fla, Joel tem aumento previsto para agosto

Contrato garante reajuste de R$ 50 mil a partir do próximo mês. Diretoria avalia sua continuidade nesta segunda. Demissão custa R$ 2 milhões

Por Janir Júnior Rio de Janeiro

Pendente. Assim está a situação de Joel Santana. A decisão sobre o futuro do treinador sairá nesta segunda-feira. Com pressão de todos os lados, inclusive dentro da cúpula de futebol, a possibilidade de demissão segue em pauta. Em meio à dúvida se comandará o treino marcado para 15h, no Ninho do Urubu (Zinho avisou que vai dar uma coletiva no CT), o técnico tem uma certeza: caso permaneça no cargo, ele terá um aumento automático em seu salário que, em agosto, passará de R$ 350 mil para R$ 400 mil; caso seja mandado embora, embolsará R$ 2 milhões.

O reajuste financeiro não é por produtividade. Quando deixou o Bahia para acertar com o Rubro-Negro, em fevereiro, em substituição a Vanderlei Luxemburgo, Joel teve essa garantia por escrito em seu contrato, que vai até dezembro. Foi um "termo contratual" aceito pela diretoria e pelo departamento de finanças.

Joel Santana Flamengo x Cruzeiro (Foto: Janir Junior / Globoesporte.com)Joel durante o jogo em BH: técnico terá situação avaliada nesta segunda (Foto: Janir Jr / Globoesporte.com)
 
Além disso, existe uma alta multa rescisória em caso de demissão que chega a R$ 2 milhões. O valor milionário tem uma explicação. Estável no Bahia, Joel propôs ao Rubro-Negro um contrato de dois anos. O clube ofereceu vínculo até dezembro, mas com a garantia de que o treinador receberia o valor integral até o fim do compromisso, ficando ou não no cargo.

Com o reajuste de agosto, então, que elevaria o salário de Joel para R$ 400 mil, a multa seria de R$ 2 milhões. Como é praxe no futebol, em caso de demissão, ele receberia metade desse valor. Mas, de acordo com as novas leis desportivas, o treinador pode pleitear os mesmo direitos destinados ao jogador, ou seja, o valor integral.

O clube ainda paga mensalmente altas cifras por conta da demissão de Vanderlei.
Vamos continuar trabalhando, tentando melhorar. Falei que a equipe ia melhorar, é questão só de tempo para comprovar aquilo que falamos"
Joel Santana
 
Os nomes de Dunga e Jorge Sampaoli chegaram a ser ventilados como os de possíveis substitutos de Joel há algumas semanas, mas Zinho negou qualquer movimentação. Já Dorival Júnior aparece mais como fator óbvio - por ter sido demitido na semana passada do Internacional - do que por iniciativa da diretoria, que apenas sonda o terreno, sem fincar a bandeira sobre um possível sucessor de Joel.
O atual treinador já deixou claro em diversas entrevistas que não pedirá demissão. Caso decidisse abandonar o barco, Joel, por lei, poderia brigar por cerca de R$ 1 milhão, metade do que tem a receber até dezembro.

Em processo de fritura há tempos, Joel voltou a ser criticado internamente depois da derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro. Dessa vez, porém, de forma mais branda e com um motivo específico: mais pela substituição de Adryan para colocar Hernane, do que pela atuação do time como um todo.

- Vamos continuar trabalhando, tentando melhorar. Falei que a equipe ia melhorar, é questão só de tempo para comprovar aquilo que falamos – afirmou Joel, depois da derrota, sem temer pelo futuro.
A segunda-feira promete ser agitada no Flamengo. O futuro de Joel está em jogo. Caso resista a mais um momento de forte pressão, o treinador engordará em R$ 50 mil sua conta bancária. Se for demitido, encherá o cofrinho com R$ 2 milhões.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/flamengo/noticia/2012/07/com-situacao-pendente-no-fla-joel-tem-aumento-previsto-para-agosto.html

Thiago Silva diz que visita serviu para Seleção entrar no ‘espírito olímpico’



Zagueiro, que participou dos Jogos de Pequim, em 2008, afirma que muitos não tinham noção do que era participar de uma edição dos Jogos Olímpicos

Por Márcio Iannacca Direto de Londres

 Thiago Silva sabe muito bem o que é estar em uma edição dos Jogos Olímpicos. Entrou em campo apenas uma vez em Pequim, em 2008, por estar machucado, mas descobriu o significado de uma Olimpíada. Neste domingo, em Londres, com a presença do defensor, a delegação da seleção brasileira visitou a Vila Olímpica e, na opinião do capitão, o contato com outros atletas foi importante para o grupo.

– Estamos carregando essa pressão por muito tempo. A pressão de nunca ter conquistado o ouro no futebol. Estamos em busca, no caminho certo. Vejo a equipe focada. Essa visita serviu para animar um pouquinho mais porque estamos muito fora de Londres. Serviu para muitos saberem o que realmente significa participar de uma Olimpíada – avaliou o defensor.

Thiago Silva com a camisa da seleção (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)Thiago Silva com a camisa da Seleção que usará
nos Jogos de Londres (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)
 
O zagueiro é uma das referências da seleção brasileira na competição. Vale lembrar que Thiago Silva foi um dos atletas com idade superior a 23 anos convocados por Mano Menezes. O lateral-esquerdo Marcelo e o atacante Hulk foram os outros dois.
Tietagem na Vila Olímpica


Durante a visita, a equipe de futebol do Brasil não escapou de ser tietada por outros atletas na Vila Olímpica. Neymar, Ganso e o lateral Marcelo não negaram os pedidos de outros esportistas e posaram para fotos.

Foram encontros com atletas do vôlei e da ginástica artística, como Fabi, Fernanda Garay e os irmãos Hypolito. Mas não foram apenas os brasileros que confraternizaram com os atletas do time canarinho. Cubanos, holandeses e camaroneses interagiram com os jogadores de Mano, e Neymar e Lucas, inclusive, disputaram uma animada partida de pebolim (totó) contra os europeus.

Neymar posa ao lado de Fernanda Garay do vôlei (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)Neymar posa ao lado da atleta Fernanda Garay do vôlei de quadra feminino (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
 
Mano afirma que pressão existe em todo atleta de ponta
O técnico Mano Menezes até concordou em parte com as palavras do capitão Thiago Silva. No entanto, na cabeça do comandante canarinho, todo atleta de ponta sofre para conseguir os resultados positivos.

– Os atletas de ponta do mundo todo, seja qual for a modalidade, são cobrados por resultado. Quando o esporte atingiu o nível que conseguiu, não existe mais amadorismo. A partir do momento em que recebe investimentos, você é cobrado por resultados e se cobra para vencer. O futebol tem a sua característica e será cobrado na proporção que sempre foi cobrado – analisou.

Nesta segunda-feira, a seleção brasileira vai treinar em tempo integral. Na parte da manhã, a atividade será na academia do hotel onde a delegação está hospedada, em St. Albans. À tarde, Mano Menezes comandará mais uma atividade no centro de treinamento do Arsenal.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2012/07/thiago-silva-diz-que-visita-serviu-para-selecao-entrar-no-espirito-olimpico.html

Como Nascem os Campeões: pizza e disfarce para Maurren, tartaruga ninja

Campeã olímpica de 2008 já ganhou vestida de menino, vendeu pizza de patrocínio e quase encerrou a carreira por susto em halloween

Por Alexandre Alliatti São Carlos, SP

Maurren, vestida de menino, ganha prova de
ciclismo (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)
É rir para não chorar. É rir de uma menina que venceu até vestida de menino para não chorar por pensar que essa garota teve uma pizza por noite de patrocínio - e que por vezes vendeu essa pizza, em vez de comê-la, para ter algum trocado no bolso. É rir de uma atleta que esteve perto de ver a carreira encerrada ao quase matar uma colega de susto em um halloween - para não chorar ao perceber que ela mal via os pais, porque faltava dinheiro para o ônibus. É rir para não chorar ao parar e pensar que trancos e barrancos formaram uma campeã olímpica em um país que receberá os Jogos logo, logo, daqui a quatro anos, em 2016. Maurren Maggi, medalha de ouro no salto em distância em Pequim-2008, é o típico caso de atleta nascida do talento, da persistência, do apoio familiar - para chorar de rir ao subir em um pódio que sempre pareceu tão distante.

Como nasce um campeão em um país que tão pouca atenção dá ao esporte olímpico é uma pergunta que remete à infância de cada um deles. Maurren é um talento nato. Poderia ter sido ginasta, ciclista, jogadora de futebol, até piloto de automobilismo. Preferiu o atletismo - e assim foi germinada uma medalha de ouro para o Brasil.

E uma medalha repleta de curiosidades, de idas e vindas, de alegrias e dramas. Maurren, desde criança, soube rir das pontas de facas que teve de esmurrar. É uma história de pizzas e disfarces. É a história de uma tartaruga ninja.
Maurren, a Donatello

Maurren Maggi infância olimpíadas (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)Maurren era elástica: se dava bem em todos os
esportes (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)
 
De 13 para 14 anos, Maurren deixou São Carlos, sua cidade natal no interior paulista, para tentar a sorte em Ribeirão Preto, onde havia uma estrutura maior para a prática do atletismo. Foi lá que ela realmente começou a despontar como uma potencial grande atleta. Quem primeiro reconheceu comercialmente o talento da garota foi uma pizzaria. Mas o apoio era modesto: uma pizza por noite. Maurren, boa de garfo, aceitou.

A situação rendeu piadas. Ela passou a ser chamada de tartaruga ninja, em referência às curiosas personagens de um desenho animado - que adoravam comer pizza, moravam no esgoto, tinham um rato como mentor e, o melhor, eram batizadas com nomes de gênios renascentistas. Maurren, para algumas amigas, virou Donatello - as demais tartarugas se chamam Michelangelo, Rafael e Leonardo Engraçado? Nem tanto. A tartaruga ninja do atletismo brasileiro por vezes vendia a pizza que recebia. Era a forma de ter algum dinheiro no bolso, como lembra o pai dela, William Maggi.

- Ela tinha apelido de tartaruga ninja em Ribeirão Preto. Ela morava em um alojamento, e o único patrocínio que tinha era de uma pizzaria. O patrocínio era todo dia a pizzaria dar uma pizza para ela. As tartarugas ninjas, no filme, só comem pizza. O apelido dela na época era esse. Mas às vezes ela conseguia vender a pizza para ter esse dinheirinho no bolso dela - recorda William.

Foram tempos de dificuldades. Maurren, muito nova, sentia saudade de casa. E os pais não tinham dinheiro para visitá-la o tempo todo. A mãe, Ruth, professora e pedagoga, trabalhava para pagar as contas de casa em São Carlos. O dinheiro do pai, borracheiro, era direcionado para a atleta. E a distância machucava.

- Ela chorava. A gente ia para lá e dormia no carro. Ela só tinha uma passagem por mês. E era uma criança. Para a Maurren ser o que é, ela se privou de muita coisa na infância e na adolescência dela - comenta o pai da atleta.

As pizzas da tartaruga ninja são apenas uma parte da história. Antes e depois disso, ela tem mais causos de rir e de chorar.

Antes da pizza: vestida de menino para ganhar até no ciclismo
Maurren foi uma daquelas crianças polidesportivas. Era boa em tudo. Fazia qualquer atividade física com uma facilidade que assombrava as colegas. Ela começou a mostrar, no pátio do colégio, que não dava limites a seu corpo.

- Ela nasceu para o esporte. Tudo que você achava impossível fazer, ela fazia. Lembro que um dia ela chegou para a professora e disse que ia colocar o pé lá na parede e dar um mortal para trás. Foi e fez. A gente não conseguia de jeito nenhum. Ela tinha essa facilidade. Era natural, simples. O esporte corria nas veias dela. A gente percebia que ela gostava do que fazia, e fazia com praticidade - lembra Ana Paula Belmonte, amiga de infância e colega de escola de Maurren.

Maurren Maggi infância olimpíadas (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)Primeiros passos de Maurren foram na ginástica
(Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)
 
Mas os primeiros sinais não surgiram com o atletismo. Foi com a ginástica que Maurren começou a despontar. No colégio Cônego Manoel Tobias, em São Carlos, ela mostrou aptidão para todo tipo de exercício.

- Ela era muito flexível. Fazia uma ponte e chegava a colocar o pé na cabeça - comenta Ceres Ronquim, outra amiga de Maurren.

Maurren sobrava. E experimentou variados esportes: futebol, vôlei, ciclismo. Até substituiu o pai em provas de kart. Mas foi com a bicicleta que chegou ao cúmulo: acabou vestida de menino para o colégio poder ganhar uma competição. Como os garotos eram ruins, uma professora decidiu disfarçar a futura ginasta. Prendeu o cabelo da menina, colocou um boné nela e deixou que ela competisse. Adivinha? Maurren ganhou. Ela tinha dez anos.

- Ela primeiro ganhou a bateria dela no feminino. Entre os meninos, não tinha nenhum bom. Era tudo fraquinho. A professora colocou boné nela, enrolou o cabelo e botou a Maurren na prova como se fosse menino. E ganhou! Hoje, se os meninos ficarem sabendo, vão ficar loucos - diverte-se o pai da atleta.

Aos poucos, Maurren começou a ser direcionada ao atletismo. Inclusive ao salto em distância. O pátio do colégio tinha uma caixa de areia. As meninas gostavam de ir correndo e pular dentro dele. Competiam para ver quem pulava mais longe.
- Digamos que a Maurren pulava bem longe... - ri Ana Paula.
Ainda na escola, a futura atleta focou em três vertentes do atletismo: o salto em distância, o salto triplo e os 100m com barreiras. Foi na primeira modalidade que persistiu. Mas depois de um bocado de dúvida. A verdade é que Maurren, enquanto morou em São Carlos, não gostava de treinar. Mas José Carlos Jaques, treinador dela naquela época, lembra que o talento era visível.

- Ela já fazia cinco metros e lá vai pedrada. Não é algo normal. Pelos resultados, dava para ver que ali tinha alguma coisa. Mas ela não gostava muito de treinar, não. Eu também dava um pouco de iniciação com barreiras, e ela fazia ótimos resultados. E também era muito boa no salto triplo. Aí ela percebeu que aqui o apoio era mais curto e foi para Ribeirão Preto - recorda o treinador.

Foi ao trocar de cidade que caiu a ficha de Maurren. Ela saiu da zona de conforto. Longe da família, passou a ver o esporte como núcleo da vida dela, não mais como uma diversão. Nisso, foi muito importante o treinador Nelio Moura, que trabalha com ela desde 1994. Foi ele quem focou a atleta no salto em distância.

De Ribeirão Preto, Maurren migrou para o Projeto Futuro, em São Paulo. Lá, ganhou a base definitiva para explodir. Mas tudo quase foi por água abaixo em uma madrugada. Uma madrugada de halloween.

Depois da pizza: o susto

Maurren Maggi infância olimpíadas (Foto: Reprodução / Arquivo Pessoal)Maurren em um halloween: susto em colega quase
custou carreira (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)
 
A rotina de treinos não produzia cansaço suficiente em Maurren em São Paulo. Ela ainda tinha energia para gastar. E aprontava um bocado. Em uma ocasião, passou do limite. Era noite de halloween, e ela resolveu agitar o alojamento.

O alvo estava no andar abaixo do ocupado por Maurren. Era uma colega dela, daquelas medrosas, que se assustam facilmente, que não conseguem ver filmes de terror. A saltadora colocou uma máscara, vestiu roupas escuras, acendeu um par de velas e desceu. Mas não desceu pelas escadas. Preferiu escalar o parapeito do prédio e invadir a janela. O susto foi além do que ela imaginava. A menina desmaiou. Segundo o pai de Maurren, chegou a ter uma parada no coração.

- Ela correu um risco. Saiu do quarto dela, escalou e entrou pela janela do quarto da menina. Hoje tem grade lá por causa dela. Mas deu parada cardíaca na menina! Ela virou aquilo do avesso. Era madrugada. Deu ambulância e tudo. Ela pulou a janela e “buuuuuuuu”. Estrebuchou a menina! - lembra William.

A brincadeira custou caro. Maurren foi expulsa do Projeto Futuro. Fora, não saberia o que fazer. Não teria para onde ir. A carreira dela entrou em xeque.

Mas Nelio e William foram até o clube, falaram com os diretores, os convenceram a mudar de ideia. Maurren foi mantida. Anos depois, foi campeã olímpica.

- Se ela tivesse sido expulsa mesmo, o Brasil teria perdido essa atleta - resume o pai dela.
Sophia queria a prata

MaurrenMaggi brinca com a filha na preparação para o GP de atletismo (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo)Maurren brinca com Sophia: frase dela comoveu
o país (Foto: Jorge Wiliam / Agência O Globo)
 
Maurren Maggi pulou de um pódio para outro. Ouro no Pan de Winnipeg. Ouro no Pan do Rio. Prata no Mundial de Valência. Pulou até, e contra a vontade, um pedaço grande de sua história. Ficou três anos afastada do esporte, dois deles como consequência de punição por doping. Em 2003, pouco antes do Pan-Americano de Santo Domingo, um exame detectou a presença da substância clostebol no organismo da atleta. Maurren alegou que foi por causa de um creme cicatrizante que ela usou depois de uma depilação. Mas foi punida mesmo assim.

No período de afastamento, ela gestou Sophia, filha também do piloto Antonio Pizzonia. A atleta não tinha grande interesse em retornar ao esporte. Unia a mágoa da punição com a curtição da filha recém-nascida. Mas havia uma chama dentro dela.

E a chama cresceu até tomar conta de todos os poros de Maurren. Ela voltou a treinar. Voltou a competir. Voltou a mostrar resultados. Até que chegou a Pequim para, com um salto histórico de 7,04m, conquistar a primeira medalha de ouro individual de uma mulher na história do Brasil em uma Olimpíada.

Maurren, no pódio, chorou. Chorou para não gargalhar de alegria. Depois da prova, ao falar rapidamente com a filha, ouviu uma frase que comoveu o país:
- Mamãe, eu queria a de prata...

Maurren Maggi medalha Pequim 2008 (Foto: Getty Images)A alegria: em 2008, depois de ficar três anos parada, Maurren é campeã olímpica (Foto: Getty Images)
 
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Oswaldo admite poupar Seedorf de sequência intensa de partidas

Botafogo disputará dois jogos por semana até setembro, incluindo a disputa da Copa Sul-Americana, que começa no dia 1º de agosto

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Depois da derrota por 1 a 0 para o Grêmio, neste domingo, logo em sua estreia com a camisa do Botafogo, Seedorf pode ter sua situação mais bem estudada pela comissão técnica alvinegra para saber como será aproveitado daqui para frente. Com uma sequência de jogos intensa pela frente e por estar em um momento físico diferente dos outros companheiros, ele pode até ser poupado.

Seedorf Oswaldo de Oliveira Botafogo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Seedorf é cumprimentado por Oswaldo logo após ser substituído (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
 
O próximo jogo do Botafogo será quarta-feira, contra o Vasco, no Engenhão. Em seguida, o time voltará a jogar em casa, desta vez contra o Figueirense, no sábado. A série de dois jogos por semana seguirá até setembro, já incluindo a disputa da Copa Sul-Americana, que começa no dia 1º de agosto.

- Vou conversar com ele e analisar bem a situação. Seedorf precisa decididamente se adaptar e sentiu isso no jogo. Ele é tão consciente, que naquilo que é fatal deu a chance para o Elkeson. No restante do jogo, ainda precisa de mais ritmo, conhecer melhor os companheiros, o campo, a temperatura - comentou Oswaldo.

Vou conversar com ele e analisar bem a situação. Seedorf precisa decididamente se adaptar e sentiu isso no jogo."
Oswaldo de Oliveira
 
O desempenho de Seedorf não surpreendeu ou decepcionou o treinador. Ele já esperava por isso e a substituição do jogador aos 24 minutos fazia parte de uma programação inicial de trabalho, que poderia ser administrada, dependendo da circunstância do jogo
.
- Seedorf está aqui há duas semanas, iniciando uma temporada, enquanto nós estamos no meio. A dele terminou em maio e está se condicionando e adaptando a muita coisa. Esperávamos mesmo que tivesse um desempenho aquém daquilo que vai conseguir fazer futuramente

 Quando estiver com a temporada corrigida, vai produzir muito pelo Botafogo - explicou o treinador.

O time volta a treinar na tarde desta segunda-feira no Engenhão, quando os titulares devem fazer apenas um trabalho regenerativo. O Botafogo não tem novos problemas de lesão ou suspensão para o clássico com o Vasco, com exceção de Marcelo Mattos e Cidinho, que, machucados, já não estavam à disposição para enfrentar o Grêmio.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/07/oswaldo-admite-poupar-seedorf-de-sequencia-intensa-de-partidas.html

Seedorf elogia torcida, mas lamenta: 'A gente não merecia perder'

Holandês estreia com derrota, contra o Grêmio, e afirma que ainda precisa melhorar fisicamente

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Em sua primeira partida com a camisa do Botafogo, o holandês Clarence Seedorf teve uma boa atuação, mas ela não foi o suficiente para evitar a derrota de 1 a 0 para o Grêmio, neste domingo, no Engenhão. Para ele, o resultado foi injusto:

- A gente não merecia perder esse jogo. Foi um lance muito estranho o que o Grêmio fez o gol. Mas foi um jogo muito equilibrado. A torcida foi fantástica com a gente, o time jogou para ganhar, a gente procurou tirar o melhor, mas não deu. Para a próxima, é trabalhar mais. Eu principalmente, para entrar em melhor forma - disse Seedorf na saída de campo.

Seedorf Botafogo x Grêmio (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Seedorf luta pela bola na partida contra o Grêmio (Foto: André Durão / Globoesporte.com)

Segundo ele, a estreia serviu também para que ele pudesse fazer uma autoavaliação:
- Não foi fácil, mas agora eu posso melhorar, saber o nível que estou para chegar o quanto antes a um nível melhor para ajudar o time.

Seedorf demonstrou ter gostado muito da festa dos torcedores e pediu que ela mantenha o apoio ao time:
- O ambiente foi maravilhoso, espero que em todos jogos seja assim. Hoje nós perdemos, mas tem muito jogo pela frente ainda. Espero só que a torcida continue a dar esse apoio para nós, que precisamos muito.

Na partida, o holandês finalizou duas vezes a gol, acertou 24 passes e errou cinco. Ele levantou duas bolas na área, cometeu uma falta e recebeu outra, roubou uma bola e fez uma jogada de linha de fundo.

Andrezinho também lamentou o resultado e as chances desperdiçadas:

- O time precisa melhorar. Mas tentamos até o fim, faltou um pouco de sorte também, a bola bateu, rebateu, voltou, teve uma bola na trave, mas infelizmente faltou fazer gol e conseguir a vitória.

O próximo jogo do Botafogo pelo Campeonato Brasileiro será na próxima quarta, às 20h30m (de Brasília), contra o Vasco, no Engenhão.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/07/seedorf-elogia-torcida-e-lamenta-gente-nao-merecia-perder-esse-jogo.html