quarta-feira, 27 de julho de 2011

A um ano de Londres, Giba prepara despedida da seleção: 'Não dá mais'


Ícone da geração mais vitoriosa do vôlei brasileiro, capitão diz que momento mais difícil será em seu último jogo, mas aponta Murilo como seu sucessor na equipe

Por João Gabriel Rodrigues São Paulo

Giba já não aguenta mais. Depois de 16 anos desde sua estreia pela seleção brasileira, o capitão prepara a despedida. A paixão pelo ambiente, pelo grupo e pela rotina de títulos ainda está lá. Mas a decisão já foi tomada, e a data, marcada: o fim das Olimpíadas de Londres, em 2012. O relógio, apressado, marca exatamente um ano para o início da competição. E o maior ícone do período mais vitorioso do vôlei brasileiro reconhece que não será fácil deixar de lado a velha camisa amarela, com o número 7 estampado nas costas.

- Já coloquei na minha cabeça. Não dá mais. Minha filha me ligou outro dia chorando, dizendo que estava com saudades. Eu estava na estrada, cheguei em casa e disse que estava tudo bem. Mas a criação acaba sendo outra. E isso pesa muito. Claro, vou sentir falta de tudo. Da convivência, de estar em quadra e ouvir o hino. Estar em um ginásio lotado, representando seu país. Quem está fora fica arrepiado, imagina eu? – disse o capitão, que completa 35 anos em dezembro e tem, pela seleção, um ouro olímpico, três títulos mundiais e oito conquistas da Liga Mundial.

giba vôlei   (Foto: João Gabriel Rodrigues/Globoesporte.com)Giba prepara aposentadoria da seleção (Foto: João Gabriel Rodrigues/Globoesporte.com)

Condições para seguir, ele afirma ter de sobra. Depois de uma temporada marcada por lesões em 2010, o ponteiro voltou a ser decisivo nos jogos da seleção durante a Liga Mundial deste ano. O ritmo pesado e o tempo longe da família, no entanto, apressaram a decisão de deixar a equipe no ano que vem.
- Em 20 anos de seleção, contando juvenil e outras de base, eu nunca fiz uma cirurgia. Sou um abençoado por isso. No ano passado, fiquei no banco no Mundial e sei que ajudei mesmo assim.
Por conta da boa forma, Giba afirma que teria condições até mesmo de chegar aos Jogos de 2016 ainda representando o Brasil. Mas nem isso o balançou para que mudasse de ideia. Os planos para o "depois", no entanto, não deixam a competição de lado. Mesmo que seja fora de quadra.
- Sinceramente? Nem isso me balançou. Mas eu me vejo trabalhando nos Jogos, mesmo que seja em outra área. Claro, se me derem a oportunidade.

Vôlei Giba Liga Mundial Brasil x Porto Rico (Foto: Alexandre Arruda/CBV)Giba voa durante a Liga Mundial: retorno à sua
melhor forma (Foto: Alexandre Arruda/CBV)

Antes, pretende encerrar sua história na seleção com uma outra conquista. Apesar da prata na Liga Mundial, o ponteiro acredita que o Brasil tem todas as possibilidades de voltar de Londres com mais um ouro olímpico.

- Se pararmos para lembrar, sempre perdemos alguma coisa antes de um evento importante. Antes do Mundial, perdemos dois jogos para a Alemanha que todo mundo passou a perguntar o que iríamos fazer lá. Fomos bem na Liga Mundial. Mas foi como o Serginho (líbero) me disse depois do jogo contra a Rússia: "A bola já bateu na trave tantas vezes e entrou a nosso favor. Hoje, entrou para eles". É uma coisa que acontece. Nosso objetivo é maior.

Ícone maior de uma geração que se acostumou a vencer, Giba reconhece que o país anda carente de ídolos. O capitão, porém, entende o vôlei como um esporte à parte. Com uma equipe renovada e forte a cada geração, ele diz encontrar em Murilo seu sucessor.

- O Brasil é carente de ídolos. E é um país que necessita muito, por conta de todos os problemas. Cada um que ganha algo já é um guerreiro. Mas o vôlei tem uma base que já foi criada há anos. Troca uma geração e se mantém um nível muito alto o tempo inteiro. E o Murilo é o capitão dessa geração. Ele tem esse perfil de jogador. E eu fico feliz por ter ajudado ele. Sou capitão desde 2007. Se virmos o tempo que eu estou na seleção, é pouca coisa. Antes, tivemos o Nalbert, o Ricardinho, o Gustavo por um tempo. Temos a sorte de contarmos com uma série de jogadores que podem assumir essa posição, que têm a responsabilidade para isso.
O melhor momento foi quando eu entrei na seleção, e o pior vai ser quando eu sair."
Giba

Para Giba, nem mesmo a polêmica criada em torno da derrota para a Bulgária, no Mundial do ano passado, pode ser encarada como um episódio ruim em sua passagem pela seleção. O ponteiro acredita que as acusações de “marmelada” foram apenas notícias fabricadas. A vitória, no fim, é o que conta.
- Quando se trata do Brasil, ganhar não é mais notícia. Se ganhar, sai apenas uma linha no jornal. Se perder, é o caos. Se o futebol vai fazer um amistoso no Japão, vão 52 redes de TV acompanhar tudo. Quando fizerem isso com a gente e souberem como é a nossa situação, todos poderão cobrar. Por que não fizeram isso quando Kaká e Robinho foram poupados em um jogo da seleção na Copa (no jogo contra Portugal, quando o Brasil já estava classificado para as oitavas de final)? Eles foram poupados para descansar. E foi o que fizemos também.

Para Londres, Giba acredita que o Brasil tem condições de ter um desempenho melhor do que nas últimas edições dos Jogos. Para ele, porém, o país tem se preparado para chegar a um nível superior apenas em 2016.

- Eu acho que, nas Olimpíadas de Londres, vai ser criada uma expectativa muito grande, mas os resultados não vão ser tão bons quanto no Rio. Estamos trabalhando para chegarmos bem em 2016. Estamos com bons projetos para crianças, jovens. Vem sendo feito um trabalho muito bom de base, principalmente em esportes que não são tão praticados no Brasil.

Sobre seu tempo na seleção, Giba não escolhe nem o melhor nem pior momento. Também não sabe do que sentirá mais falta. Brinca, porém, ao dizer exatamente o que não deixará saudades.

- O melhor momento foi quando eu entrei na seleção, e o pior vai ser quando eu sair. Qualquer momento na seleção é especial. Poderia falar de um torneio em Atlanta, em 95, quando estreei pela seleção principal, ou o Sul-Americano de 93 pela base. Não tenho do que não sentir falta. Aliás, só não vou sentir falta nenhuma das broncas do Bernardinho. Isso eu não posso deixar de falar – brincou, aos risos, o capitão.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/07/um-ano-de-londres-giba-prepara-despedida-da-selecao-nao-da-mais.html

Ivanovic cai na estreia em Stanford

TÊNIS INTERNACIONAL


Ex-número 1 perde oportunidade no segundo set e cai diante de japonesa
Por GLOBOESPORTE.COM Stanford, EUA

Ana Ivanovic tênis Stanford estreia (Foto: AP)Ana Ivanovic sofreu na estreia em Stanford (AP)

A volta às quadras duras não saiu como Ana Ivanovic esperava. De técnico novo, a ex-número 1 do mundo, atual 17ª colocada no ranking, foi eliminada logo na primeira rodada do WTA de Stanford, nos Estados Unidos. Por 6/3 e 7/5, ela tombou diante da japonesa Ayumi Morita (50 do mundo).
Ivanovic não entrava em quadra desde a eliminação na terceira rodada do Torneio de Wimbledon. Nesta terça, depois de um primeiro set muito ruim no saque, a sérvia teve chances. Por duas vezes, a ex-número 1 esteve à frente no placar. Primeiro, teve o saque em 4/3, mas cedeu a quebra e o empate. Depois, Ivanovic teve o saque em 5/4 para fechar o set, mas novamente falhou.
Com as chances desperdiçadas por Ivanovic, Morita cresceu na hora decisiva. A japonesa venceu três games seguidos e, por 7/5, fechou o jogo e garantiu a vaga nas oitavas de final.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2011/07/ivanovic-cai-na-estreia-em-stanford.html

Depois de competição, Bia e Branca Feres curtem praia no Havaí


Atletas participaram do US Open de nado sincronizado em Honolulu.

Do EGO, no Rio


Divulgação/-Divulgação

Bia e Branca Feres no Havaí (26/07/2011)


As gêmeas Bia e Branca Feres relaxaram em uma praia de Honolulu, no Havaí, depois de participarem do Us Open de nado sincronizado. As atletas, que se apresentaram ao som de Amy Winehouse, ficaram em terceiro lugar.

FONTE:
http://ego.globo.com/Gente/Noticias/0,,MUL1668451-9798,00-DEPOIS+DE+COMPETICAO+BIA+E+BRANCA+FERES+CURTEM+PRAIA+NO+HAVAI.html

Brasil Afora: jogador do Perilima, aos 63, teme fim da carreira e do clube

Sem disputar uma partida oficial desde 2009, clube paraibano busca verba para voltar a jogar. Pedro Lima lamenta possível imposição de parceiros


Por Diego Rodrigues Rio de Janeiro

Seu Pedro no estádio do Perilima (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)Seu Pedro, fora de campo, mas apoiando o seu
clube (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)

Pedro Ribeiro Lima não é nenhum craque - como costuma dizer - nem chega perto dos mil gols na carreira, muito menos é um jovem com futuro promissor. Pelo contrário. Com 63 anos completados na última quinta-feira, ele é dono, técnico e centroavante do Perilima (Pedro + Ribeiro + Lima), clube de Campina Grande, na Paraíba. Detalhe: tem apenas um gol na carreira, contra o Campinense, de pênalti. Jogador profissional que se diz o mais velho do mundo, ele precisa conviver também com o status de ser o “destaque” do pior time.
Fundado em 1992, o clube foi profissionalizado em agosto de 1998 e estreou em uma partida oficial contra o Santos de João Pessoa, no empate por 1 a 1. O currículo, aliás, não é dos melhores, o que levou ao status de um dos times com desempenho em campo menos bem-sucedido. Sem nenhum título profissional, a Associação Desportiva Perilima se orgulha dos cinco vice-campeonatos da Segunda Divisão do Paraibano - sendo um deles disputado com a participação apenas do Perilima e mais um clube -, que garantiram o acesso. Em 127 jogos oficiais, foram 13 vitórias, 15 empates e 99 derrotas. Para piorar, o time levou 416 gols e marcou apenas 107.
- Tentamos ser um time bom, mas ultimamente não temos dinheiro para recrutar os melhores jogadores e pagar - disse Pedro Lima, conhecido como Seu Pedro.
Treinando em média de uma a uma hora e meia por dia em um parque da cidade, que ele mesmo diz ter até caixa de areia para realizar circuitos físicos, Seu Pedro mantém a forma, ainda disputa peladas, mas teme por ter de pendurar as chuteiras. Isso porque, se realizar o sonho de encontrar algum investidor, pode ser forçado a não jogar para não prejudicar a equipe.
- Possíveis parceiros não são tão favoráveis a minha presença em campo. Mas minha vontade é de poder continuar jogando. Não vou correr como o cara mais novo do time, mas com força e o desejo de estar em campo. Sei que aguento os 90 minutos. Não posso prometer produção boa, porque nunca fui técnico, sou voluntarioso (risos). Quem é técnico já nasce com o dom - disse, quase em forma de apelo.

time do Perilima  (Foto: Reprodução)Pedro posa para foto com o antigo elenco do Perilima, que se desfez por falta de recurso (Foto: Reprodução)

Segundo Seu Pedro, sua saúde está bem melhor que há 12 anos, quando fez seu primeiro contrato profissional, com aval do cardiologista, que também assinou o vínculo do dono do time com seu próprio time.
- Para não morrer do coração, achei melhor fazer o contrato para me distrair. Veio a ideia, trouxe divulgação e hoje sou viciado em exercício físico. Não sinto dores nas articulações mais, diminuiu o problema de gastritre, que tinha desde os 30 anos ... - contou Seu Pedro, que, para não ter problemas ao assinar contrato com o seu próprio clube, entregou a presidência ao seu filho Emanuel dos Santos Ribeiro.

Dívidas e mais dívidas

O jogador sessentão, de sorriso fácil, só fecha o semblante quando o assunto é a fase atual da equipe. Sem investidores, o clube deve cerca de R$ 12 mil à federação paraibana, e, por conta da dívida e falta de recursos, não disputa a Segunda Divisão do Paraibano desde 2009. A participação há dois anos, aliás, não foi das melhores: última posição geral da competição.
A grande esperança era o recebimento dos recursos do Gol de Placa, programa do governo. O projeto funciona com verba de empresas contribuintes de ICMS que investem no desenvolvimento do futebol profissional. Mas, segundo o site do governo paraibano, o programa contempla os clubes que disputam a Primeira Divisão do Estadual, o que não é o caso do Perilima.
O clube, então, passou a depender da ajuda de fãs - isso mesmo, fãs. A história do Perilima chamou a atenção da imprensa nacional há mais de dez anos e, desde então, Pedro Lima virou pop star, o ícone de marketing do Perilima, angariando adeptos. Seu Pedro apareceu até na televisão (veja no vídeo acima).
- Não tinha o pensamento de jogar. Em 2005, o time que eu esperava dar show perdeu de 5 a 0. Aí eu vi que ia levar muitas lapadas e fiz meu contrato para me divertir no meio deles.

A ajuda
jornal do Perilima com foto do Seu Jorge (Foto: Reprodução)Seu Pedro e o Perilima em destaque na imprensa
local (Foto: Reprodução)


Dono de uma fábrica de sordas, uma espécie de bolachas de trigo e rapadura, Seu Pedro utiliza o espaço que dispõe na empresa como sede do clube. Em partidas oficiais o time mandava seus jogos no Estádio Amigão. Mas, apesar do esforço, os números não ajudam.
Nem por isso desanimou os sordados, alcunha da torcida. A principal ajuda, no entanto, surgiu do Orkut. A comunidade Futebol Alternativo, repleta de membros que se interessam por times de menor expressão, decidiu colaborar. Na primeira semana, foram R$ 1.400 doados. Mas a procura diminuiu. Hoje, a principal fonte de renda vem da venda das camisas, que custam R$ 60, seja de goleiro ou jogador.  Com a confirmação da venda de 45 camisas 5 (em alusão ao número utilizado por Pedro), serão arrecadados R$ 2.700.
Quem doar acima de R$ 100 ganhará uma das camisas doadas por Seu Pedro. Com R$ 20, terá direito a um nome para participar do sorteio. A partir de R$ 40, serão dois nomes.
- Em 2006, durante um jogo da Segunda Divisão (do Paraibano), o Auto Esporte, meu time de coração, fez 7 a 0 no Perilima e achei legal o Seu Pedro jogando. Tirei foto com ele, e, a partir dali, passei a admirar o clube - explicou Láercio Ismar.
Laércio é fã do Perilima e o principal articulador das doações e envio das camisas. Radialista, ele atualmente não exerce a função. É designer, mas segue apaixonado pelo futebol. E já passou por situações complicadas com colegas que se comprometeram a ajudar:
- Logo na distribuição da primeira remessa, um amigo que me ajuda na distribuição tomou uma multa (R$ 130) porque estacionou em local indevido. Mas nunca reclamou de nada. Ele mesmo falou que já ficou uma semana com a camisa do Perilima. Fora isso, creio que gastamos em torno de R$ 50 por mês (R$ 300 até hoje) a mais do próprio bolso com frete. Fora gasolina.
camisas do Perilima  (Foto: Divulgação)Os dois uniformes do Perilima. O segundo foi
inspirado (Foto: Divulgação)

Ele foi o responsável por criar também o blog ajudeaperilima.blogspot.com. Outra fonte de renda surgiu da venda de um espaço na camisa. Foram definidos os preços para cada local, que variam de R$ 50 a R$ 200, uma taxa anual (que pode ajudar no projeto da base). Um empresário de Brasília investiu R$ 1.000 para que as camisas fossem fabricadas e tem o nome de seu site estampado na parte mais nobre do “manto” do Perilima.
O problema é que a ajuda não cobre o prejuízo acumulado até hoje. Além disso, Pedro Lima está proibido pela família de retirar dinheiro da fábrica de sordas e investir na paixão pelo clube.
- Minha família, que era para ser mais adepta, dizer que sou o jogador mais velho, me deixou sozinho.
Sem os recursos da fábrica, ele já chegou a contar até com a ajuda dos próprios jogadores. Apostando na vontade dos atletas de aparecerem no cenário nacional, Seu Pedro negociou um acordo: eles não teriam salário e jogariam pela vontade de seguir na profissão.
- Ninguém ganhava nada, foi na base da cooperação. Combinamos que, se conseguíssemos coisas boas, tudo seria dividido com todo mundo. É um risco. Mas esses jogadores se comprometeram a pagar e era uma maneira de disputar uma competição. Teve jogador que pagou além dos R$ 400 (taxa de inscrição), porque nem todos tinham dinheiro. Alguns deram, outros não, e tive que deixar débito na inscrição acreditando que arrumaria dinheiro. Mas o time não fez uma campanha boa e fomos deixando o nome do Perilima cair - disse, lembrando que é o único jogador com contrato em vigor com o clube.
Fora os salários, é necessário pagar a taxa de R$ 400 por jogador à federação, além das despesas para realizar uma partida de futebol, que, segundo Seu Pedro, varia de R$ 2 mil a R$ 5 mil. Isso sem contar hospedagem, material de treino, medicamento...
O erro
time do Perilima  (Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)Seu Pedro cobra lateral durante partida do clube
(Foto: Divulgação / Arquivo Pessoal)

No meio de idas e vindas do Perilima na Primeira Divisão, Seu Pedro assume o erro: não criar concentrações. Durante cerca de 40 minutos de bate-papo, ele repetiu ao menos cinco vezes que tudo hoje seria diferente se não tivesse falhado no planejamento do time quando existia dinheiro em caixa para investir.
- Em 2009 arrisquei sem dinheiro mesmo e os jogadores pagaram a taxa. Mas se engana quem acha que o futebol de pelada vai ser suficiente. Em campo, é outra coisa. Aí fiz uma Segunda Divisão sem chance de subir, peguei uma chave com menos jogos para ter menos despesas...  Se você paga, pode exigir com mais firmeza. Mas meu grande erro estratégico não foi esse, foi quando tinha um time brigador, mas que não se concentrava para fazer economia. Eles não eram ruins, mas passavam a noitada sem o respeito ao outro dia. Às vezes isso acaba repercutindo no rendimento em campo. Era um time para brigar com Treze e Campinense.
Na época, Seu Pedro recebia dinheiro como forma de patrocínio de uma distribuidora de combustível. Sem sucesso em campo, perdeu o investimento, ficou sem dinheiro e chegou a vender seu carro, uma picape S10.

Aposta na garotada
Para não ter frustrações futuras, o sessentão agora quer apostar na base, que poderá treinar em um campo em Mangabeira, bairro de João Pessoa. Se continuar impossibilitado de jogar o Paraibano, vai recrutar jovens de Campina Grande e torcer para revelar um craque do futebol brasileiro que movimente seu caixa.
Se dará certo, só o tempo dirá. Mas a meninada poderá escutar muitas histórias da aventura de Seu Pedro, que lembra a excursão frustrada da equipe à Bolívia:
- Fui burro. Peguei dois jogadores bons para jogar lá, porque estavam sendo cogitados e treinando há uma semana. A intenção deles era de ficar. Mas perdemos de 2 a 0 para o San José graças a esses jogadores que eram bons. Como não nos programamos bem, e era eu e mais um aventureiro comigo, não foi fácil acertar os outros jogos. Mas posso dizer que meu time já jogou na Bolívia - contou, lembrando que na época não entrou em campo e assistiu à partida da tribuna do estádio, em Oruro.
Quanto às justificativas por ter marcado apenas um gol na carreira...
- Arrisquei muitas vezes em cobrança de faltas. Teve uma que bati no ângulo e o goleiro fez milagre. Aí fiquei só com o golzinho de pênalti mesmo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2011/07/brasil-afora-jogador-do-perilima-aos-63-teme-fim-da-carreira-e-do-clube.html

Talita e Maria Elisa querem confirmar boa fase no Grand Slam da Polônia

Circuito Mundial de Vôlei de Praia


Dupla brasileira pode chegar à liderança do Circuito Mundial, dependendo de combinação de resultados no torneio polonês. Estreia será nesta quarta


Por SporTV.com Stare Jablonki, Polônia

Maria Elisa, jogadora de vôlei de praia (Foto: Divulgação/FIVB)Maria Elisa se estica para fazer uma defesa. Ela e Talita
buscam a liderança do Circuito (Foto: Divulgação/FIVB)

Vice-líder do Circuito Mundial de Vôlei de Praia com 4.600 pontos, a dupla brasileira Talita e Maria Elisa quer ratificar o bom momento e fazer bonito nas areias de Stare Jablonki (Polônia). Campeãs da etapa de Quebec, as jogadoras do Brasil estreiam nesta quarta-feira, primeiro dia da fase principal.
Juliana e Larissa seguem na liderança da competição, com 4.880 pontos. Na terceira posição, aparecem Ross e Kessy, dos EUA, com 4.460. Em quarto, as bicampeãs olímpicas Walsh e May (EUA) somam 4.420. Dependendo da combinação de resultados no torneio polonês, Talita e Maria Elisa podem assumir a ponta do Circuito.

- O título em Quebec foi muito importante para nos dar confiança projetando o restante da competição. Estamos no melhor momento desta temporada e os resultados traduzem bem isso. Vamos buscar mais uma boa campanha na Polônia - diz Maria Elisa.

Além de Talita/Maria Elisa, Juliana/Larissa, Maria Clara/Carolina e Ângela/Lili têm presenças asseguradas na fase principal.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2011/07/talita-e-maria-elisa-querem-confirmar-boa-fase-no-grand-slam-da-polonia.html

Meninos da Vila 4.0: campeão do Brasil, Sub-15 é bola da vez no Santo

Geração comandada pelo meia Gabriel é vista como favorita para repetir sucesso dos antecessores de 78, 2002 e do time de Neymar e Ganso


Por Cahê Mota e Pedro Veríssimo Direto de Apucarana, Paraná

header Geração Moicano 2 (Foto: Montagem)

Gabriel, Willians, Juninho Baiano, Leozinho, Marcel… Todos nomes ainda desconhecidos para o torcedor do Santos, mas que surgem como grandes promessas para darem sequência a uma dinastia que começou em 1978 e dominou o futebol brasileiro nos primeiros anos do século XXI: os Meninos da Vila. No embalo da geração comandada por Ganso e Neymar, uma nova molecada começa a chamar a atenção na Vila Belmiro e tem como cartão de visitas o título de melhor equipe sub-15 país, graças à conquista da Copa Brasil, no interior do Paraná, no início do mês.
A expressão, que surgiu em 1978, com o título paulista comandado por jovens talentos como Pita, Nilton Batata, Juary e João Paulo, ganhou o país em 2002, quando Diego e Robinho foram as estrelas de uma equipe que conquistou o Brasileirão com talentos precoces como Paulo Almeida, Renato, Elano e Alex. Parte deste grupo seria ainda campeão nacional novamente dois anos depois. A entressafra de oito anos até que Neymar e Ganso levassem o Peixe ao tri da Libertadores desta vez deve ser mais curta.
Santos Meninos da Vila geração moicanos (Foto: Globoesporte.com)Nova geração de Meninos da Vila se diverte em ônibus antes de jogo (Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)

Comandado por Gabriel, talento de 14 anos que é apontado como uma mistura das duas figuras exponenciais da geração atual, o Sub-15 repete os ídolos no modo de se vestir e na desenvoltura diante das câmeras. Em campo, porém, a preocupação é que o futebol moleque característico do clube seja cada vez mais aliado à competitividade e objetividade necessárias ao futebol moderno.
A maior semelhança está na personalidade com que eles jogam. É como na época do Neymar, Adriano, Alan Patrick, Rafael... Jogar no Santos não é fácil. É preciso estar preparado e ter ousadia, vontade de vencer."
Emerson Ballio, técnico do Sub-15 do Santos
- As características de jogo são um pouco diferentes. Esta equipe tem um coletivo muito forte. São jogadores que têm capacidade para desequilibrar, mas de forma mais simples, um "tira e bate". É assim com o Willians, Robertinho, Fernando, Leonardo, que é um lateral muito incisivo... – analisa Emerson Ballio, técnico da equipe.
Ex-comandante também da Sub-20, Ballio tem a experiência de ter trabalhado com grande parte dos jovens talentos que levaram o Santos ao status atual. Rafael, Alan Patrick, Adriano e, obviamente, Neymar, passaram por suas mãos e algumas semelhanças entre os dois grupos são evidentes.
- A maior semelhança está na personalidade com que eles jogam. É como na época do Neymar, Adriano, Alan Patrick, Rafael... E é o que tentamos passar para eles. Jogar no Santos não é fácil. É preciso estar preparado e ter ousadia, vontade de vencer.

Diversão dentro e fora de campo é obrigação
Gabriel e técnico (Foto: Cahê Mota / Globoesporte)Destaque da geração, camisa 10 Gabriel ouve
orientações do treinador Emerson Ballio
(Foto: Cahê Mota / Globoesporte)

Supervisor das categorias de base do clube, Bebeto Stival evita que cobranças precoces ou comparações recaiam sobre os ombros das novas promessas. Para ele, o importante é que o atleta cresça gradativamente de acordo com a categoria que representa, sem a pressão de repetir seus antecessores. A única coisa que o clube não abre mão é que a formação siga as características do jeito Santos de ser.
- Temos um perfil diferente no Santos. Cada categoria tem uma forma diferenciada de trabalhar. Respeitamos muito esses níveis. Até para que o garoto possa se divertir. A cobrança é graduada, em forma de escala. A obrigação da base é formar, deixar o jogador pronto para que possa chegar ao profissional e seguir a carreira dentro da filosofia do clube.
E o chamado futebol moleque apresentado em campo é reflexo da postura descontraída que o grupo exibe fora dele. Assim como Diego, Robinho e Neymar sempre deixaram transparecer, a diversão é parte natural do processo de formação santista. Durante a Copa Brasil Sub-15, o GLOBOESPORTE.COM invadiu o alojamento em Apucarana (PR) para conhecer de perto a realidade da garotada.
De cara, o atacante Matheus, apelidado de Manga e eleito destaque da competição, assumiu o microfone para apresentar os companheiros e deixa-los à vontade. No lugar de nomes, porém, surgiram alcunhas como Chuck, Cabeça de Balão, Cabelo de Arame, Pit-Bitoca, Lobão, Paraguaio, Oséias, Cabeça de Batata, Cobra, Filho do Elano , Boca de Caçapa, Faixa e Mutante. Cópia fiel do volante Elano, o também volante Juninho Citta foi um dos principais alvos da brincadeira.
- Olha o nariz dele! Ele puxa todo ar. Acaba faltando oxigênio – se divertiu Manga.
Elaninho, como é chamado, encara a situação com bom humor e admite que a conduta é, sim, inspirada nos ídolos do profissional.
- É um estimulo. Procuramos nos inspirar nessas gerações para subir como eles subiram e ter sucesso. O Santos usa muito a base e isso é um incentivo a mais. Procuramos seguir o exemplo do profissional. Acaba saindo o futebol bonito, com show. Ousado e alegre. Acaba se transformando em vitórias.
No repertório: caneta, elástico, chapéu e dancinhas
Entre provocações e conversas pelo Twitter, outro passatempo inspirado em Neymar, as dancinhas fazem parte do cotidiano. O coreógrafo do grupo é o lateral-direito Juninho Baiano. No clube desde o fim de 2010, ele é o responsável por atualizar os companheiros com os sucessos da terra do axé, sempre presentes nas comemorações de gol.
Santos Meninos da Vila geração moicanos (Foto: Globoesporte.com)Dancinhas fazem parte da rotina da garotada sub-15 também (Foto: Cahê Mota / Globoesporte.com)

Os momentos de diversão, no entanto, têm limites no alojamento. A orientação é de que às 23h todos deixem seus computadores, apaguem as luzes e sigam para cama. O cumprimento do toque de despertar, de acordo com programação, arrumação das camas e limpeza dos banheiros também é indispensável para que a descontração não se confunda com indisciplina
- Dentro do alojamento é quase que um quartel. É tudo pré-determinado. Horário para acordar, dormir, comer... São moleques bons, de coração bom e que querem alcançar um objetivo. Nosso papel é orientar. Eles só estão no infantil ainda. Tem muita caminhada pela frente. É só um começo – analisa Agnaldo Gonçalves, segurança da equipe profissional que estava emprestado para o Sub-15 durante a competição.
Tentamos meter gol, dancinha, chapéu, caneta, elástico..."
Willians, meia
Já em campo o improviso é liberado. Se a comissão técnica tenta fazer da objetividade uma marca deste grupo, o drible é uma característica histórica do Santos, o que fica claro na declaração dos meias Willians e Thiaguinho.
- Tentamos meter gol, dancinha, chapéu, caneta, elástico... – revela Willians.
- Sempre me inspirei no Robinho, nas pedalas. Não pode faltar em nenhum jogo – completa Thiaguinho.
O histórico dos Meninos da Vila acaba contribuindo até mesmo para a captação de talentos. Pai do camisa 10 Gabriel, principal aposta desde Neymar, Valdemir Almeida aponta o Peixe como caminho natural para jovens talentos no cenário atual.
- É uma tradição do Santos aproveitar os garotos da base. Foi com Robinho, Diego, e virou uma tradição. Qual garoto não quer jogar no clube hoje? É um clube que revela talentos para o mundo inteiro.
Teoria comprovada em campo nos últimos anos e definida em poucas palavras pelo técnico Emerson Ballio:
- Isso é Santos.
Santos Meninos da Vila geração moicanos (Foto: Globoesporte.com)Brincadeira tem hora: antes da preleção, garotada adota seriedade (Pedro Veríssimo / Globoesporte.com)

FONTE:

EE de Bolsa: as musas do Brasileirão 2010 dão dicas para novas candidatas

Nina Fortini, Juliana Sartório, Ketlyn Brito e Bianca Masello dizem que paixão pelo clube é importante, mas que algumas atitudes fazem diferença na disputa


Por Roberta Setimi, Luma Dantas e Michel Siqueira Rio de Janeiro

Torcedoras de todo país terão mais uma chance de representar seu clube do coração e tentar alcançar o posto de mais bela das arquibancadas. Trata-se da sexta edição do concurso Musa do Brasileirão. As inscrições estão abertas e a procura pela torcedora símbolo de 2011 já começou. Para ajudar as candidatas, o EE de Bolsa conversou com algumas escolhidas em 2010, que deram dicas para as aspirantes a musa. (Assista ao vídeo acima)


Vencedora da edição do ano passado, a gaúcha Nina Fortini ressaltou a perseverança como caracterísica importante para vencer a disputa. Ela já havia participado do concurso anteriormente, representando o Grêmio, mas ficou em segundo na primeira fase.

- Até chegar ao posto de Musa do Brasileirão é um caminho árduo. Mas com persistência e foco, a menina consegue. Aliás, a persistência faz parte da história de quem é vitorioso, independentemente da profissão. Outra coisa é se apegar às pessoas que gostam de você. Isso é muito importante.
Nina Musa do Grêmio Musa do Brasileirão 2010 (Foto: Roberta Setimi / Globoesporte.com)Nina Fortini faturou a edição 2010 do concurso
(Foto: Roberta Setimi / Globoesporte.com)

A gremista incentiva as apaixonadas por seus times a participar, afirmando que  todas têm chances.
- Não existe padrão de beleza para ser musa do Brasileirão. As últimas vencedoras têm biotipos totalmente diferentes. A única coisa que o concurso exige é gostar de futebol.
A musa do Fluminense, Ketlyn Brito, 'bateu na trave' em 2010 ficando em segundo lugar. A tricolor concorda que confiança e naturalidade são trunfos importante na competição.
- Eu acho que vale tentar. Se não tentarmos, como vamos saber? Então, confiança! Façam fotos legais, mandem um vídeo falando porque você merece ser a musa do seu clube. Tem que ir na cara e na coragem. Não precisa gastar rios de dinheiro para fazer um book profissional, ninguém espera uma modelo profissional. Naturalidade, acima de tudo.
Bia Musa do Botafogo 2010 (Foto: Roberta Setimi / Globoesporte.com)A dica de Bianca é a malhação para o teste de
vídeo (Foto: Roberta Setimi / Globoesporte.com)

A representante do Botafogo, Bianca Masello, destacou a importância de conhecer a história do clube e ter um bom relacionamento com a torcida, e aproveitou para dar algumas dicas de beleza as aspirantes a musa.
- Alimentação é importante, cuidar da pele... Essas coisas que todas as mulheres já sabem. Tem que ter um cuidado consigo mesma, com a própria auto-estima. E academia, gente! Porque o teste de vídeo não é mole. Você tem que ficar de biquini e te filmam de todos os ângulos. Depois que você passa, pode ter certeza que você está bem (risos). Então, malhem para o teste de vídeo. É a minha maior dica.
Juliana Musa do Vasco 2010 (Foto: Roberta Setimi / Globoesporte.com)Juliana Sartório gravou seu vídeo em São Januário
(Foto: Roberta Setimi / Globoesporte.com)

Musa pelo Vasco da Gama, Juliana diz que foi incentivada pela família a participar do concurso e que não se arrepende da experiência.
 - Meus primos sempre me incentivaram, dizendo que eu deveria participar. Então mandei meu vídeo, que eu fiz em São Januário, falando sobre minha vontade de representar o Vasco. Foi pequeno e simples, mas acabei escolhida. E vale a pena se inscrever, o concurso é muito bacana. Eu fiz amigas de verdade. Sem contar o contato direto com a torcida.

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Ketlyn Musa do Fluminense 2010 (Foto: Roberta Setimi / Globoesporte.com)Ketlyn, musa do Fluminense, foi a segunda colocada em 2010 (Foto: Roberta Setimi / Globoesporte.com)

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