Muitas vezes ofuscada pelos clássicos duelos com Roger Federer, a rivalidade de Rafael Nadal com Novak Djokovic tem esquentado lentamente e vai chegar ao ponto de ebulição no domingo, quando os dois melhores jogadores do mundo disputam a 125a final masculina de Wimbledon.

A performance dos sonhos coloca Djokovic, o homem que a ATP (Associação de Tênis Profissional) vai indicar como número um do mundo na segunda-feira, contra o forte espanhol que tem mostrado todos os sinais de que está perseguindo o recorde de Federer de conquistar 16 títulos de grand slam.

Apesar de Andy Murray ter levantado breves esperanças de que o Reino Unido pudesse vencer o primeiro título masculino de Wimbledon em 73 anos, liderando a partida contra Nadal nas semifinais, não há dúvidas de que a final é digna do torneio.

O histórico da disputa coloca Djokovic à frente, com 16-11, mas isso foi durante um ano marcante para o sérvio, que venceu Nadal em finais consecutivas em Indian Wells, Miami, Madri e Roma. Enquanto as duas primeiras dessa série favoreceram quadras duras, as últimas aconteceram na terra vermelha, a favorita de Nadal.

Se o sérvio vencer na grama da quadra central, no domingo, e se tornar o primeiro jogador a vencer Nadal em Wimbledon desde Federer, na final de 2007, o novo status de Djokovic vai ganhar um selo de qualidade mais eficaz que pontos no ranking.

Mas o tenista de 24 anos nunca venceu Nadal em um jogo com cinco sets, embora saiba que o espanhol suará sangue para conquistar uma segunda vitória consecutiva na dobradinha Roland Garros/Wimbledon.

"Estou pronto para ralis longos, pontos longos," disse Djokovic, que vai realizar um sonho de jogar em sua primeira final de Wimbledon. "Preciso estar fisicamente pronto, e estou. Me sinto pronto para esse momento, e obviamente motivado mentalmente. As quatro vezes em que o venci neste ano provavelmente podem me ajudar mentalmente, de algumas formas, antes desta partida."