quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Diretor do Palmeiras admite: "Por mim, daria W.O. no jogo com o Flu"

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL - SÉRIE A

São Paulo - Depois da surpreendente eliminação na Copa Sul-Americana, ao ser derrotado em pleno Pacaembu pelo Goiás por 2 a 1, o Palmeiras precisa dar alguma satisfação ao torcedor. E, para o diretor de futebol do clube, Wlademir Pescarmona, a receita é simples: perder para o Fluminense no próximo domingo e complicar o rival Corinthians na luta pelo título do Brasileirão.

Sincero, Pescarmona mostrou o espírito do clube para o jogo deste fim de semana. "Por mim, o time nem entrava em campo, a gente dava W.O, mas não pode. Isso é um problema do Felipão, e ele que vai resolver", disse o dirigente.

Já o atacante Kleber declarou que é hora de o elenco receber férias. "Na minha opinião, sinceramente, seria o momento de dar férias ao elenco. Acho importante o pessoal esfriar a cabeça, sair um pouco daqui...Mas nós somos profissionais, vamos esperar a decisão da diretoria e da comissão técnica", disse o Gladiador, que minimizou a importância do duelo com o Fluminense para o Campeonato Brasileiro.

"O Corinthians está em segundo e precisa ganhar, a gente está em décimo e não tem para onde ir. Estamos fora. Cada um cuida do seu", completou o jogador.

Campeão brasileiro cai no "Grupo da Morte" da Libertadores 2011

COPA LIBERTADORES DA AMÉRICA 2011

O título do Campeonato Brasileiro siginificará um começo de temporada mais difícil para Corinthians, Cruzeiro ou Fluminense. Nesta quinta-feira, a Conmebol sorteou os grupos da Copa Libertadores de 2011. O vencedor do torneio nacional disputará a primeira fase contra Argentinos Juniors, Nacional, do Uruguai, e América, do México - o quarteto forma o Grupo 3 da competição.
Somado ao vencedor do Brasileiro, o vice-campeão e o terceiro classificado também terão uma difícil tarefa na fase de grupos da Libertadores 2011. Caso passe pelo Colômbia 3 na fase de qualificação, o time que terminar a Série A no 3º posto enfrentará o 2º colocado do Nacional, o Argentina 2 e o Paraguai 2 no Grupo 7.
 

Federer bate Soderling e avança à semifinal em primeiro lugar

TÊNIS INTERNACIONAL

Londres (Inglaterra) - Maior vencedor da história dos Grand Slams, o suíço Roger Federer mais uma vez confirmou o favoritismo no ATP Finals de Londres. Nesta quinta-feira, o número 2 do mundo derrotou o sueco Robin Soderling por 2 sets a 0, parciais de 7/6 (7-5) e 6/3, e terminou a primeira fase do torneio com três vitórias em três jogos, sacramentando a ponta do Grupo B.
A vitória tranquila  sobre um dos melhores tenistas do circuito nesta temporada apenas demonstra a grande fase vivida por Federer. Em Londres, o suíço sequer perdeu um set e garantiu a melhor campanha da etapa de grupos com o triunfo desta quinta-feira.
Na semifinal, Roger Federer terá pela frente o segundo colocado do Grupo A. Com duas vitórias, Rafael Nadal, maior rival do suíço, está praticamente classificado à próxima etapa e deverá liderar a chave. Dessa forma, Novak Djokovic, Tomás Berdych e Andy Roddick brigam para enfrentar o suíço no sábado.

Felipão classifica a derrota em casa como fracasso, vexame e vergonha

Treinador palmeirense diz que a torcida tem razão em criticar. Para Scolari, time teve chances para definir, mas cometeu erros que causaram a derrota

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Scolari Felipão PalmeirasFelipão admitiu vexame em casa (Foto: Ag. Estado)
A derrota do Verdão diante de um Pacaembu lotado abalou a equipe. Os jogadores deixaram o campo cabisbaixos e sob os gritos de "time sem vergonha", após a queda na semifinal da Copa Sul-Americana. Ciente da decepcionante eliminação para o Goiás, que já está rebaixado no Brasileirão, o técnico Luiz Felipe Scolari concordou com as críticas da torcida.
- Fracasso, vexame, não vamos ficar aqui escondendo nada. Foi vergonhoso mesmo. A torcida tem razão em nos criticar e ficar triste. Eles fizeram o papel dele, e nós não fizemos o nosso - afirmou Felipão.
Apesar da frustração, o comandante alviverde diz que o time tem que levantar a cabeça rapidamente, e lembrou que já sofreu outras derrotas dolorosas.
- É uma grande decepção, mas não é a maior. Tantas vezes eu já fui derrotado, sou derrotado hoje de noite, mas amanhã pela manhã sou mais uma pessoa com excelente humor, com vontade de trabalho. Tem que ter capacidade de recuperação - disse Scolari, que falou sobre a perda da Libertadores de 2000 para o Boca Juniors-ARG, dentro do Morumbi lotado.
- Aquela foi muito maior, a gente chegou à final em casa e perdemos nos pênaltis. Aqui na Sul-Americana ficamos na semifinal. Mas pra torcida, para nós do Palmeiras, as derrotas são praticamente iguais.
Na opinião de Felipão, o placar de 2 a 1 a favor dos goianos não refletiu o que as duas equipes apresentaram dentro de campo. O treinador reconheceu que o Palmeiras cometeu erros, mas acha que sua equipe poderia ter definido o jogo nas oportunidades criadas.
- Aos 47 minutos do primeiro tempo tomamos um gol, poderíamos virar com 1 a 0 e fazer com que o adversário cometesse mais erros. Depois tomamos mais um gol, não se vai daquele jeito naquela bola, a bola pica e passa (Márcio Araújo perdeu o tempo da bola). O que o Goiás fez no segundo tempo? O jogo estava muito truncado, muita boa aérea. Nos tivemos duas chances na marca de pênalti com o Kleber. Se nós tivéssemos aproveitado uma daquelas oportunidades, poderíamos ter terminado com 2 a 1, ou 2 a 2 - analisou.
 

Goiás ignora prognósticos e "atropela" o favorito Palmeiras no Pacaembú

COPA SUL-AMERICA DE FUTEBOL 2010

Goiás cala Pacaembu lotado, assina tragédia do Palmeiras e está na final

Anfitrião começa vencendo, mas sofre dois gols e acaba sem a vaga. Visitante vira e garante decisão em ano de rebaixamento no Brasileiro

Em uma reação épica, o Goiás venceu o Palmeiras por 2 a 1 na noite desta quarta-feira, no Pacaembu, e garantiu a vaga na final da Copa Sul-Americana. O time esmeraldino calou o estádio, tomado por cerca de 35 mil torcedores palmeirenses que antes fizeram uma bela festa. Ernando foi o herói goiano, garantindo ao clube um alento após o rebaixamento para a Série B do Brasileiro. Aos paulistas, só resta pensar em 2011.
O Goiás, que havia perdido a primeira partida, no Serra Dourada, por 1 a 0, recuperou a vantagem e agora pega o vencedor da disputa entre LDU e ndependiente. Os times fazem o segundo jogo nesta quinta-feira, na Argentina. Na primeira partida, o time equatoriano venceu por 3 a 2.

Festa palmeirense, supresa goiana
A torcida do Palmeiras fez uma grande festa antes do jogo. Com o Pacaembu lotado, agitou balões vermelhos, verdes e brancos e fez um mosaico com a frase: "Torcida que canta e vibra", uma referência a um trecho do hino do clube.
Quando a bola rolou, o Palmeiras parecia contagiado pela torcida. Criava mais e assustou Harlei, logo aos seis minutos, em um chute de longe de Danilo que saiu pela linha de fundo. O zagueiro incentivou os torcedores após a jogada. O Goiás precisava vencer, mas o técnico Artur Neto manteve a cautela com três zagueiros e apostou em Otacílio Neto no lugar de Felipe, que está em má fase. Mas o substituto foi constantemente acompanhado por um marcador, dificultando a ligação do meio com o ataque goiano.
Rafael Moura carlos alberto gol GoiásRafael Moura, Carlos Alberto e Marcão comemoram a classificação (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Do outro lado, Kleber e Lincoln também tinham sempre um defensor na cola. O Goiás sabia que se sofresse um gol ficaria com muitas dificuldades para conseguir o placar para chegar à final. A estratégia do Esmeraldino era marcar forte e tentar um gol no contra-ataque para levar a decisão pelo menos para os pênaltis.
A opção do Goiás era bastante arriscada. O Palmeiras tinha mais oportunidades e chegou a carimbar a trave aos 12 minutos, com Tinga. A torcida explodiu e começou a acreditar que o gol era questão de tempo. A bobeada do lateral Douglas quase concretizou do desejo dos torcedores quando Luan roubou a bola do adversário e chegou na frente de Harlei para chutar fraco, aos 21. Segundos depois, o troco do Goiás veio em um chute forte de Rafael Moura, que raspou a trave de Deola. Jogo quente no Pacaembu!
O visitante melhorava na partida, aproveitando cada espacinho deixado pelo dono da casa e beneficiado pela eficiente marcação sobre os principais articuladores do Palmeiras. Otacílio Neto fez Deola trabalhar aos 27, com um chute pela esquerda.
luan comemora gol do palmeiras sobre o goiásLuan celebra gol do Palmeiras
(Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)
Mas mesmo com o crescimento do Goiás, o gol tão esperado pela torcida do Palmeiras saiu aos 33: Edinho fez um belo lançamento para Luan, que tirou de Harlei e tocou para o fundo do gol: 1 a 0, com direito até a dancinha com os companheiros. A situação do Goiás se complicava. O time de Goiânia precisava fazer dois gols para chegar à final.
Quando o jogo já caminhava para o fim do primeiro tempo, com festa da torcida palmeirense, o Goiás deu o primeiro passo para mudar sua condição: aos 47, Marcelo Costa cobrou uma falta no travessão: a zaga afastou, mas Carlos Alberto aproveitou a sobra e, de cabeça, mirou o gol de Deola. A bola ainda bateu em Tinga antes de entrar: 1 a 1. Silêncio no Pacaembu e vibração dos poucos torcedores do Esmeraldino presentes.
Tensão no Pacaembu, e vaga nas mãos do visitante
Tentando se recuperar do baque, a torcida do Palmeiras voltou a incentivar o time no segundo tempo, colorindo o Pacaembu com mais balões. No Goiás, Artur Neto tirou Douglas, que não fazia boa partida, e colocou o atacante Felipe improvisado pela ala direita. O treinador tentava tirar proveito do gol feito, que abalou um pouco a equipe do anfitrião em campo. O time goiano crescia nos contra-ataques.
Depois de demorar um pouco a engrenar, o Palmeiras voltou a ameaçar o Goiás com força e mostrar afobação para fazer mais um gol, mesmo estando classificado com um empate. O adversário seguia apostando no nervosismo do anfitrião, mas, apesar de circular pelo campo do Palmeiras, pouco chegava em Deola.
A tensão era grande entre os torcedores do Palmeiras. Eles não acreditaram quando Kleber errou uma tabela com Lincoln, ou quando o árbitro deu vantagem em uma falta frontal sofrida por Marcos Assunção. As unhas eram roídas cada vez que Deola precisava encaixar uma bola. E os xingamentos foram inevitáveis quando Kleber, sozinho na grande área, chutou torto, à esquerda de Harlei, aos 24 minutos.
Felipão tirou Lincoln e apostou em Dinei para tentar o segundo gol e tranquilizar a massa. Mas o que o treinador palmeirense não previa era a tragédia que se anunciava para o seu time. Aos 36 minutos, o Pacaembu se calou pela segunda vez. Marcão cruzou, Rafael Moura ajeitou, e Ernando cabeceou para o gol, fazendo o gol da classificação goiana: 2 a 1 para o visitante
Depois de um breve silêncio, a torcida do time paulista apoiou até o fim, mas o nervosismo era evidente entre os donos da casa. Artur Neto tirou um atacante e segurou a pressão do anfitrião. O Palmeiras, afobado, tentava empatar. Mas amargou a decepção em casa. Festa para o time goiano, que se superou e agora é o representante brasileiro na final. O choro do menino palmeirense no vídeo acima exemplifica bem o sentimento dos donos da casa.
PALMEIRAS 1 X 2 GOIÁS
Deola; Márcio Araújo, Danilo, Maurício Ramos e Gabriel Silva; Edinho, Marcos Assunção, Tinga (Ewerthon) e Lincoln (Dinei); Luan e Kleber Harlei, Rafael Toloi, Ernando e Marcão; Douglas (Felipe), Carlos Alberto, Amaral, Marcelo Costa e Wellington Saci; Otacílio Neto (Jonílson) e Rafael Moura
Técnico: Luiz Felipe Scolari Técnico: Artur Neto
Gols: Luan, aos 33 minutos, e Carlos Alberto, aos 47 minutos do primeiro tempo; Ernando, aois 36 minutos do segundo tempo.
Cartões Amarelos: Douglas, Marcão, Carlos Alberto (Goiás)
Público: 34.926 pagantes. Renda: R$ 711.429,00
Estádio: Pacaembu, em São Paulo. Data: 24/11/2010. Árbitro: Heber Roberto Lopes (BRA). Auxiliares: Altemir Hausmann e Alessandro Rocha (BRA)