sábado, 13 de novembro de 2010

Zé Roberto fala em revanche contra a Rússia: "Agora, temos que ganhar"

MUNDIAL DE VOLEI FEMININO 2010

Fabiana e Sheilla, porém, acreditam que a derrota na final de 2006 ficou no passado e a motivação para este domingo é apenas a conquista do título

Por Mariana Kneipp Direto de Tóquio

Zé Roberto no mundial de vôlei no JapãoZé Roberto não quer que título escape desta vez
(Foto: AFP)
O placar mostrava 13 a 11 para o Brasil no tie-break da decisão do Mundial de 2006. Erros de ataque e um saque potente de Sokolova, porém, viraram o marcador e deram o título para a Rússia. Quatro anos depois, as seleções voltam a se encontrar. Mas as brasileiras garantem que não há uma sensação de revanche no ar. Apesar disso, o técnico José Roberto Guimarães admite apenas um resultado para este domingo: a vitória.

- Depois de quatro anos, temos uma nova chance. Agora, temos que ganhar. Será um jogo muito difícil. A Rússia é uma excelente equipe e conta com três grandes jogadoras: Gamova, Sokolova e Kosheleva. A Sokolova está segurando o time russo no passe. Cresceu muito fisicamente. Está sendo muito exigida no ataque e no passe e está correspondendo. Será uma partida bastante complicada, mas trabalhamos muito durante o ano todo para isso – afirmou Zé Roberto.

Mesmo com as declarações do técnico, Fabiana, que esteve presente na final de 2006, nega que haja qualquer sentimento de revanche pelas russas.

- Isso já passou. Nosso foco é na decisão deste Mundial. Amanhã teremos que sacar, defender e bloquear muito bem e ter atenção redobrada. Na final, é alegria, coração – disse Fabiana.

Sheilla concorda com a capitã. Para ela, a motivação vem mais do desejo de fazer um belo jogo e levantar o troféu pela primeira vez.

- Não tem essa coisa de vingança. Já nos cruzamos outras vezes antes daqui. A vontade de vencer é por ser Mundial, pelo título inédito. Vai ser um jogão. Uma final digna de Mundial.


Seleção consegue virada heroica sobre Japão e reedita final de 2006

MUNDIAL DE VOLEI FEMININO 2010

Drama e virada: Brasil supera Japão
e vai reeditar final contra a Rússia

Seleção mostra muitas falhas na recepção, mas garante a vaga na decisão do Mundial. Disputa do bronze será entre as donas da casa e as americanas

Por Mariana Kneipp Direto de Tóquio
vôlei fabiola  brasil japão mundialFabíola comemora um ponto contra o Japão
(Foto: divulgação / FIVB)
Era um caldeirão japonês. Praticamente lotado, com cerca de 12 mil pessoas, o estádio nacional Yoyogi tinha, por todo lado, rostos cheios de esperança por ver o Japão nas semifinais do Mundial pela primeira vez em 28 anos. A cada ponto, gritos de apoio. Um barulho ensurdecedor. Na quadra, a seleção brasileira tentou fechar os ouvidos e ignorar a torcida, mas se deixou levar. Dois sets perdidos, e o sonho do título inédito escapando pelos dedos. A virada, enfim, veio. Emocionante, quando a esperança estava pendurada por um fio. As brasileiras superaram os muitos erros de recepção e mostraram que estão em Tóquio para conquistar o troféu perdido em 2006, para a Rússia.  Vitória por 3 sets a 2 (22/25, 33/35, 25/22, 25/22 e 15/11), e silêncio nas arquibancadas.
Neste domingo, às 8h30m (de Brasília), o Brasil reeditará a última decisão do Mundial. A Rússia venceu os Estados Unidos por 3 sets a 1 na outra semifinal. Já o Japão disputará a medalha de bronze com as americanas.
Com 28 acertos, Ebata foi a maior pontuadora do jogo. Já pelo Brasil, Natália marcou 25 pontos.
- Não fico feliz com o jogo de hoje. Foi um desgaste muito grande. Mas ao menos a gente conseguiu a passagem para a final - disse o técnico José Roberto Guimarães.
vôlei brasil japão mundialGinásio praticamente lotado: caldeirão japonês nas semifinais (Foto: divulgação / FIVB)
Seleção mostra muitas falhas na recepção

O Japão já começou o jogo assustando. Depois de Natália acertar três ataques seguidos, o Brasil não conseguiu mais pontuar pela entrada de rede. Do outro lado, encontrava barreiras de menos de 1,80m, que brilhavam na defesa, aplicando com eficiência um sistema defensivo que recuperava bolas a milímetros do chão. Takeshita teve a oportunidade de distribuir as jogadas com facilidade e colocar Saori e Ai no jogo.
vôlei thaisa brasil japão mundialThaisa tenta fazer uma defesa (Foto:  FIVB)
A seleção, por sua vez, pecou muito na recepção e no bloqueio - fundamentos intensivamente treinados nos últimos dias. As centrais não conseguiram achar as baixinhas japonesas e perderam o tempo da bola.

Com isso, o jogo foi equilibrado no primeiro set. Até um erro de levantamento de Fabíola para Jaqueline, que rendeu um pedido de tempo técnico e uma grande bronca. Sem responder a Zé Roberto, que a sacudia pelo braço, a levantadora jogou a toalha no chão e seguiu para a quadra. Mas o placar já mostrava 24/21. No erro de Sassá, o Japão fechou: 25/22.

Brasil perde oito oportunidades de vencer o segundo set

O Brasil continuou jogando mal no segundo set. Depois de defender três ataques de Natália, as japonesas aproveitaram a desatenção brasileira para abrir vantagem. Tudo dava certo para as donas da casa. No saque de Ebata, Jaqueline nem viu a bola. Takeshita, levantadora de 1,59m, mandou uma jogada de segunda... e funcionou.

A seleção tentou uma reação com as centrais. Thaisa e Fabiana, com a ajuda de Jaqueline no bloqueio, chegaram a abrir três pontos. Porém, as japonesas não erravam nada. Nunca. Inoue pegou Jaqueline no bloqueio e aproveitou erro de recepção para mandar um torpedo de primeira. Saori desceu a mão no saque. Lá estava o Japão na frente de novo.

Sem a bola vindo na mão da Fabíola, o Brasil não via o caminho para a vitória. Chegou a ter 24/23, com um belo bloqueio de Fabiana em Ebata. Mas, a partir daí, um belo rali marcou o jogo. Com muitos erros, como um levantamento de Thaisa e o saque de Sheilla, a seleção perdeu oito oportunidades de fechar o set. Takeshita e Sano rolavam pelo chão para não deixar a bola cair. E não deixaram. No ataque de Saori, o Japão ficou a um passo da final (35/33).

Seleção vence set no ritmo da compensação

Na volta à quadra, o jogo continuou equilibrado. As japonesas não davam chances ao ataque brasileiro. Fabi defendeu com o pé, mas a bola não desceu do outro lado, voltando com um belo ponto de contra-ataque. A sorte queria ajudar. Fabiana sacou, e a bola tocou na fita antes de cair na quadra nipônica. Natália deixou a seleção com dois pontos de vantagem. Mas a diferença foi logo anulada, com erros de ataque de Jaqueline.

Natália pegou Yamaguchi sozinha no bloqueio, e o set voltou a ficar empatado. Sheilla e Sassá viraram na rede. Mas as brasileiras continuaram perdendo para elas mesmas. Natália mandou duas bolas erradas, uma parada por Ai e outra para fora. A recepção ainda falhava muito, mas Sassá consertava. Marcou dois pontos para deixar a seleção em vantagem. Thaisa errou o saque, e Fabiana acertou três no ataque. No ritmo da compensação, o Brasil venceu o terceiro set por 25/22.

Brasil empata o jogo e reacende as esperanças
Dois erros seguidos de saque, de Natália e Fabiana, deixam a seleção em desvantagem no início da quarta parcial. Ebata, no entanto, deixou Thaisa e Sassá no chão, com um belo ataque, que empatou o jogo em 7 a 7. Inoue foi para o saque, após o tempo técnico, e quebrou o passe brasileiro. A bola não caía na quadra japonesa. Até Natália sacar, e Saori mandar a recepção para fora, o que deixou o Brasil com 12/11.

Porém, Ai respondeu da mesma forma, com bons saques, e o Japão virou, no erro de ataque de Sheilla. Takeshita continuou distribuindo as jogadas com maestria, confundindo o bloqueio brasileiro. Ebata aproveitou e soltou a mão na rede. A partir 17° ponto, porém, as japonesas começaram a errar na defesa. Fabiana aproveitou e marcou dois para o Brasil (19/17). Mas elas voltaram ao ritmo normal. Depois de uma linda recepção de Ai, Saori deixou tudo empatado em 22 pontos.

Natália decidiu que era a hora de assumir a responsabilidade e voou na rede. A oposta colocou o Brasil de novo no jogo. Sassá sacou, Jaqueline defendeu e Sheilla deu esperanças à torcida brasileira ao fechar o set com 25/22.

Era a hora do ou tudo ou nada. Ebata liderou o Japão no tie-break, com belos ataques após levantamentos precisos de Takeshita. Mas Thaisa e Sheilla fecharam a porta no bloqueio, deixando a seleção com quatro pontos de vantagem (9/5). O técnico japonês parou o jogo para tentar acertar o time. O bloqueio entrou em cena e diminuiu a diferença pela metade. Foi o momento de Zé Roberto pedir tempo também. Deu certo. Sheilla foi para o saque, Natália voou na rede, Fabíola cresceu no bloqueio e Fabiana finalizou a vitória brasileira. Agora, quem fazia muito barulho era o Brasil. Que venha a Rússia.
 

América-MG fica no zero com São Caetano e pode deixar G-4

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2010 - SÉRIE B

América pode ser ultrapassado pela Portuguesa neste sábado

Na briga por uma das vagas na primeira divisão do futebol brasileiro no ano que vem, o América-MG vacilou nesta sexta-feira e só empatou por 0 a 0 com o São Caetano, no Estádio Anacleto Campanella, no ABC Paulista. O resultado pode tirar a equipe mineira do G-4 da Série B ainda nesta rodada caso a Portuguesa vença o Bahia.
O empate fora de casa manteve o time americano no quarto lugar, com 59 pontos - três a mais que a equipe rubro-verde, que visita o Bahia neste sábado, em Pituaçu. Se vencer, a Portuguesa supera o América no saldo de gosl. Já o São Caetano, com 49 pontos, não aspira a mais nada na competição.
A esperança do técnico Mauro Fernandes e de seus comandados fica por conta de um triunfo do Bahia, que neste momento ocupa a terceira posição do campeonato, com 62 pontos ganhos, e está a um resultado positivo do retorno à Série A.
Ao final desta rodada, América-MG e Portuguesa terão somente mais dois compromissos pela competição. A equipe mineira enfrenta Sport (casa) e Ponte Preta (fora) respectivamente, enquanto o time paulista jogará ainda contra Ipatinga (casa) e Sport (fora).
 . Foto: Roberto Vazquez/Futura Press

Federer atinge semifinal inédita em Paris

TENIS INTERNACIONAL

Vice-líder do ranking derrotou Melzer por dois sets a zero








Federer - foto: ReutersRoger Federer quebrou escrita ao derrotar Monfils nas quartas de final do torneio francês (Foto: Reuters)
TÊNISNEWS
Paris (França)
E depois de oito participações finalmente Roger Federer conseguiu romper a barreira das quartas de final do Masters 1000 de Paris (França), evento pelo qual tem os piores resultados em sua carreira. Na tarde desta sexta-feira o número dois do mundo conseguiu sua passagem às semifinais.

Federer, que vem embalado com os títulos do ATP 500 da Basileia (Suíça) e ATP 250 de Estocolmo (Suécia), além do vice no Masters de Xangai (China), necessitou de 1h10min para superar o austríaco Jurgen Melzer, 12º colocado, por 2 sets a 0 com parciais de 6-1 e 7-6 (7-4).

O primeiro set foi à jato. Federer sacou sete aces e conseguiu duas quebras com passadas bem efetuadas. Em apenas 20 minutos ele não deu chances ao rival ao aplicar 6-1.

Na segunda etapa maior equílibrio pela melhora no serviço do semifinalista de Roland Garros. Federer teve uma chance de quebra na metade da parcial, mas Melzer encaixou ótimo saque e se safou. O duelo foi ao tie-break. Os dois trocaram vantagens até Melzer errar voleio fácil na rede. O suficiente para Federer definir no saque: 7-6 (7-4).

Federer terminou o jogo com impressionantes 18 aces e 69% de aproveitamento.

Neste sábado, por volta das 12h30, o dono de 16 Grand Slams tentará vaga na final contra o vencedor do jogo entre o escocês Andy Murray, quarto do mundo, e o francês Gael Monfils, 14º colocado.