terça-feira, 2 de novembro de 2010

Um argentino + dois brasileiros = trio de sucesso

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2010 -SÉRIE A

O trio formado por Montillo, Thiago Ribeiro e Wellington Paulista assusta qualquer adversário do Cruzeiro.


Montillo, sete gols. Thiago Ribeiro, seis. Wellington Paulista, outros sete. Juntos, o trio ofensivo titular do Cruzeiro tem 20 gols somados dos 45 que a equipe marcou neste Campeonato Brasileiro.

De quebra, no banco de reservas, prontos para qualquer oportunidade, o argentino Farias e o brasileiro Robert, cada um com três gols assinalados, esperam uma chance de brilhar na equipe comandada por Cuca.

A força ofensiva do Cruzeiro assusta. E talvez seja por isso que o clube esteja lutando cabeça a cabeça com o Fluminense pela ponta do disputado Campeonato Brasileiro de 2010.

Ao analisar os números do Cruzeiro, uma surpresa: Se a bola vem por baixo, Montillo e Thiago Ribeiro se destacam. Com os pés, os dois marcaram 12 dos 13 gols que têm somados.

Se a bola vem pelo alto, Wellington Paulista já marcou quatro vezes de cabeça. Farias e Robert, também deixaram suas marcas de cabeça nas redes adversárias.

O número de gols de cabeça do Cruzeiro é alto em relação aos adversários diretos na luta pelo título. Com 13 gols neste quesito, o clube se destaca contra dez do Corinthians e nove do Fluminense.

No rodízio de jogadores que marcam gols, o Cruzeiro é o time que mais viu jogadores diferentes comemorarem: ao total foram 17 atletas que balançaram as redes adversárias com a camisa azul.

De ponto negativo, o Cruzeiro não marcou nenhum gol de falta no Campeonato Brasileiro.

Confira aqui como aconteceram os 45 gols do Cruzeiro no Campeonato Brasileiro de 2010:

45 gols (5º melhor)
Gols em casa: 21
Gols fora de casa: 24

Gols no 1º tempo: 21
Gols no 2º tempo: 24
Gols de cabeça: 13
Gols de perna direita:22
Gols de perna esquerda: 10
Gols dentro da área: 35
Gols fora da área: 5
Gols de falta: 0
Gols de pênalti : 5

Trio inédito de artilheiros para deixar Timão de Tite ofensivo

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2010 -SÉRIE A

Dentinho e Ronaldo, goleadores dos últimos anos, e Bruno César, líder em 2010, atuarão juntos pela prmeira vez

Os principais responsáveis pelos gols do Corinthians nos últimos anos estarão juntos pela primeira vez amanhã, no Pacaembu, para dar o espírito ofensivo à equipe comandada pelo técnico Tite.
As lesões impediram que Dentinho (artilheiro da equipe em 2008), Ronaldo (2009) e Bruno César (líder na atual temporada) estivessem à disposição de Mano Menezes e Adilson Batista, antigos treinadores de 2010. Amanhã, com Tite, eles tornam-se as principais apostas de gols alvinegros diante do Avaí.
Gols que, além de garantir a vitória – para tentar alcançar Fluminense e Cruzeiro, três pontos à frente –, podem servir para melhorar o saldo de gols, critério de desempate que pode decidir o título. No quesito, o Corinthians só perde para o Flu (15 contra 20 do rival).
– Vou voltar a fazer gols e dar alegrias à torcida para ajudar o Corinthians – disse Dentinho, que está recuperado após seguidas lesões musculares, em ambas as coxas.
Quando chegou ao clube, Tite não escondeu que a prioridade era arrumar o sistema defensivo. Nos últimos dois jogos (vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, e empate por 1 a 1 com o Flamengo), apenas um gol sofrido. No entanto, o Timão só fez dois gols (média de um por jogo). Com Adilson no comando, o Corinthians fez 32 gols em 17 partidas (média de 1,88). Já com Mano, foram 20 gols em 11 partidas (1,81).
Do trio, Bruno César é a sensação de gols do Corinthians no Brasileirão. Com 12, é o vice-artilheiro. Em um amistoso contra o Comercial-MS, vitória por 6 a 0, ele marcou mais um. Mesmo contratado pelo clube apenas em maio, ele é o artilheiro da atual temporada.
Ronaldo tem nove gols em 2010, apenas três no Brasileiro. Mas foi em 2009 que brilhou: 23 gols em 38 partidas, sendo o artilheiro do time nas duas conquistas (Paulistão e Copa do Brasil) e no Nacional.
Dentinho, neste ano, também tem nove gols, mas ainda não desencantou neste Brasileirão. Em 2008, com 24 gols, ele foi o principal goleador no ano em que o Corinthians chegou à final da Copa do Brasil e conquistou a Série B.
Com o novo trio de frente, Tite pode comemorar: vem gol por aí...
Dentinho
24 gols em 2008
Fez Dentinho, em 58 partidas naquela temporada. Ele foi o principal artilheiro da equipe, que foi vice-campeã da Copa do Brasil e conquistou a Série B do Brasileirão. Na época, o argentino Herrera e o lateral André Santos ficaram atrás dele na artilharia do time.
5 jogos
Está o atacante sem atuar, após lesão na coxa direita. Ele jogou por apenas nove minutos contra o Atlético-MG, antes de sofrer a lesão. Antes, ficou 13 partidas fora por conta de duas lesões, primeiro na coxa direita e, depois, esquerda.
Ronaldo
23 gols em 2009
Fez Ronaldo, o artilheiro do time na temporada. Foram 38 jogos. Sua meta era 30 gols, mas ainda assim ele foi o artilheiro da equipe nos títulos do Paulistão e da Copa do Brasil, e também do Brasileirão. Neste ano, ele marcou apenas nove.
3 jogos
Em sequência, atuando 90 minutos em todos, fez o Fenômeno – contra Guarani, Palmeiras e Flamengo. Sua meta é disputar os próximos seis jogos do Timão, sem ser poupado. Neste Brasileirão, ele disputou apenas seis partidas e já marcou três gols.
Bruno César
13 gols em 2010
Fez Bruno César, artilheiro da atual temporada. Ele fez um na vitória por 6 a 0 sobre o Comercial-MS, em um amistoso, e os outros 12 no Brasileirão, em que ele é o vice-artilheiro, atrás de Jonas, do Grêmio, que marcou 20.
2 jogos
O meia ficou fora recentemente, por conta de uma lesão muscular na parte posterior da coxa direita. Nestes duelos, o Corinthians não conseguiu fazer gol: derrota por 2 a 0 para o Vasco e empate por 0 a 0 com o Guarani. Quando voltou, ele marcou o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Palmeiras, no Pacaembu.
Os desencontros do trio na temporada de 2010
Lesão de R9
Ronaldo atuou na estreia do Brasileirão, na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-PR, em 9 de maio. Durante um treino, ele sofreu um estiramento na panturrilha direita. Bruno César, na época recém-contratado, foi só estrear no dia 26, no empate por 2 a 2 com o Grêmio-PP. Dentinho estava no ataque, com Souza e Defederico.
A vez de Dentinho
No dia 8 de agosto, em duelo contra o Flamengo, Dentinho sofreu uma lesão na parte posterior da coxa direita. Quando estava prestes a retornar, em um treino, acabou lesionando a outra coxa. Semanas depois, no dia 29 de agosto, Ronaldo voltou a jogar, contra o Vitória, no Pacaembu. Apenas Bruno César estava em campo, e o Timão venceu: 2 a 1.
De novo, Ronaldo
Dias depois do duelo contra o Vitória, o atacante começou a reclamar de dores na panturrilha esquerda. Foi constatado um edema, que demorou a sarar. Neste meio tempo, Dentinho recuperou-se da lesão na coxa esquerda. Ele voltou contra o Atlético-MG, em Sete Lagoas (MG), mas atuou por apenas nove minutos e lesionou-se de novo. Desta vez, o problema era novamente a coxa direita. Bruno César estava em campo.
Bruno sentiu a coxa
O meia sofreu uma lesão na parte posterior da coxa direita e ficou fora das partidas contra Vasco e Guarani. Esta última marcou o retorno do Fenômeno aos gramados. Contra Palmeiras e Flamengo, os dois atuaram juntos.

Bota e Flu aprendem lição e viram exemplos

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2010 - SÉRIE A

Na luta pelo título, Fluminense e Botafogo destacam nova rotina carioca: saber jogar o Brasileiro

Em novembro de 2009, Fluminense e Botafogo passavam por batalha que serviu como lição. A improvável fuga do rebaixamento de ambos resultou em planejamento e, um ano depois, a dupla tenta repetir o feito do Flamengo: ser campeão brasileiro nos pontos corridos. Aos poucos, os cariocas começam a ser personagens comuns na parte superior da tabela, resultado de um pensamento inteligente.
Diante de campanhas exemplares, Flu e Bota mostram pequenas mudanças que fizeram a diferença. Nos dois casos, os técnicos foram mantidos como peças importantes nas filosofias de trabalho. Assim como Andrade foi a cara do Fla em 2009, Muricy Ramalho e Joel Santana apontam onde os times pensam. Nos casos, o título.
Para dentro das quatro linhas, mais mudanças. Os rivais enfrentaram problemas por lesões e passaram por cima das dificuldades com um elenco de qualidade. No Bota, Joel destaca que não existem titulares e reservas. Já Muricy sabe trabalhar com as peças que tem.
A fórmula parece simples, mas a lista não conta com contratações equivocadas e salários atrasados.
Se não dá para erguer um moderno CT de um dia para o outro, por exemplo, resta aproveitar fatores mínimos para levar vantagem.
– Lógico que é bom um clube proporcionar estrutura, mas também acho que se deve saber jogar o Brasileiro. O campeonato é equilibrado e precisamos usar nossos trunfos – disse Carlinhos, lateral-esquerdo tricolor.
Para o presidente do Botafogo, Mauricio Assumpção, o clube ainda não chegou ao ideal, mas sabe quais são os passos para continuar firme entre os primeiros no futuro:
– Com um planejamento maior, servido por centro de treinamento e divisões de base, o clube vai estar sempre nas cabeças. Sem isso, o topo pode virar apenas algo eventual - afirmou.

Seleção Brasileira de Vole feminino segue invicta no Mundial do Japão

CAMPEONATO MUNDIAL DE VOLEI FEMININO 2010

Sem alegria, seleção joga mal, mas confirma a quarta vitória no Mundial

Vibração, que foi determinante contra Holanda, não aparece em quadra no triunfo por 3 sets a 0 sobre Porto Rico. Zé Roberto chama o jogo de 'horrível'

Por Mariana Kneipp Direto de Hamamatsu, Japão
Depois da vitória por 3 sets a 0 sobre a perigosa Holanda, uma série invicta de três jogos no Mundial e diante de uma equipe que não intimidava, a torcida esperava que o Brasil fizesse um jogo tranquilo contra Porto Rico. Não foi o que aconteceu. O triunfo em sets diretos veio novamente (25/20, 25/18 e 25/20), mas a alegria, que havia comovido o público em Hamamatsu, no domingo, não apareceu em quadra nesta terça-feira. Sem vibração, a seleção, que está classificada para a segunda fase, jogou mal, mas manteve a invencibilidade no campeonato.
Sheilla vence o bloqueio da portorriquenha Aurea Cruz observada por FabíolaSheilla vence o bloqueio da portorriquenha Aurea Cruz observada por Fabíola (Foto: Divulgação / FIVB)


Mais acionada no primeiro set, Natália foi a maior pontuadora do jogo, com 15 acertos. No lado de Porto Rico, Aurea Cruz somou 11, mas a equipe da América Central também ganhou 22 pontos em erros do Brasil.

O Brasil tem pouco tempo para se reencontrar. A alegria e o bom jogo têm que voltar em pouco mais de 24 horas. Na manhã desta quarta-feira, terá pela frente o maior desafio da primeira fase. A adversária será a Itália, a partir das 7h (de Brasília).

Natália domina ataque no primeiro set; Thaisa e Sheilla discutem
A escalação era a mesma que começou o jogo contra a Holanda, mas não parecia. Um time apático, que não vibrou em quadra, se apresentou para o duelo desta terça-feira. Cruz, a principal jogadora de Porto Rico, foi a primeira a sacar. Recepção brasileira, e ponto de Sheilla.
Sheilla Fabi Adenízia Mundial de vôlei Brasil x Porto RicoAdenízia (dir) em um dos poucos momentos de
vibração da equipe (Foto: Divulgação/FIVB)
Fabíola explorou muito pouco a oposta na parcial e tentou, com Fabiana pelo meio, também sem sucesso. A capitã não conseguiu ter o mesmo desempenho da última partida, e a seleção acabou perdendo cada vez mais a vibração em quadra. Ao ponto de chegar a ter uma pequena discussão. Thaisa subiu para bloquear e olhou para trás, esperando que Sheilla alcançasse a bola, o que não aconteceu. Com isso, a central disse “Vai, Sheilla!”, com um tom de decepção pela jogadora não ter se esforçado. No ponto seguinte, ela tentou se justificar com a companheira, antes de subirem juntas na rede para tentar parar Cruz e falharem novamente. A frustração era visível.

Porto Rico deu trabalho, não deixando a vantagem passar de dois pontos em quase todo o primeiro set. Mas o Brasil tinha Natália. A ponteira foi a única em quadra que conseguiu virar a maioria das bolas. Sem opção de Fabiana e Sheilla, que não estavam bem no jogo, Fabíola escolheu não distribuir as jogadas e apostou na bola de segurança, dando a maior responsabilidade do time para a mais jovem do grupo. Deu certo: 11 pontos de Natália, e vitória da seleção por 25 a 20.

Thaisa abre vantagem no saque

No segundo set, porém, Natália parou de pontuar. Marcou apenas um ponto. Sheilla, Jaqueline e Fabiana foram mais acionadas e voltaram ao jogo - de forma tímida. O destaque ficou por conta de Thaisa, que foi para o saque ao acertar uma bola no meio de rede e somou mais dois ao placar.

Porto Rico começou a errar mais. Cruz, apagada na partida, não dava tanto trabalho à defesa brasileira. Sorte para a equipe verde-amarela, porque recepção e bloqueio não funcionaram bem nesta terça. Zé Roberto tirou Fabíola e Sheilla de quadra, substituindo-as por Dani Lins e Joycinha. A vibração continou fraca, mas a vitória veio pela mão de Thaisa: 25 a 18.

Zé Roberto: 'O jogo está horrível'

Na volta para o set decisivo, a seleção fez 4 a 1 no placar e abriu caminho para mais uma vitória tranquila. Do outro lado, Cruz melhorou e ajudou Porto Rico a dificultar o quarto triunfo brasileiro no Mundial. Mas não foi suficiente. Continuava a errar muito e a dar pontos de graça para o Brasil.

Zé Roberto não gostava do que via em quadra e gritou: “O jogo está horrível, vamos para cima!”. Na sequência, Fabíola acertou um ace e iniciou a contagem para a diferença de seis pontos no marcador. Fernanda Garay e Adenízia entraram em quadra, mas foram pouco acionadas por Fabíola, que levou uma bronca do técnico quando o placar estava 20 a 16, por um erro de levantamento. No ataque de Garay, a seleção fechou a partida morna e garantiu a quarta vitória no Mundial do Japão.