segunda-feira, 15 de agosto de 2016

AS REVELAÇÕES DO NOVO DOCUMENTÁRIO DO DCM SOBRE O CASO FHC / MÍRIAN DUTRA



FONTE:
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-ela-sumiu-de-novo-as-revelacoes-do-documentario-do-dcm-sobre-o-caso-mirian-dutra-fhc-por-kiko-nogueira/



VEJA OS VÍDEOS  CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA



A estreia de nossa vídeo-reportagem financiada pelos leitores por crowdfunding


Mírian na Espanha
Mírian na Espanha

O DCM orgulhosamente apresenta o nosso documentário sobre o caso Mírian Dutra e FHC.
Ele é resultado de um dos nossos projetos de crowdfunding com a plataforma Catarse. Foi totalmente financiado pelos queridos leitores.
O autor da série de reportagens, Joaquim de Carvalho, conduz o espectador ao longo de uma história sobre a mistura entre o público e o privado, um clássico nacional.
Joaquim foi à Espanha encontrar com Mírian, com o filho Tomás e com amigos dela. Trouxe o retrato de uma mulher que optou por um caminho do qual não consegue mais sair.
Mírian se formou em jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina e, em 1982, aos 22 anos, ancorava em Florianópolis pela RBS (afiliada da Globo) o horário local do TV Mulher.
“Para mim, aconteceu tudo muito rápido. Eu era estudante, trabalhava na rádio Itapema e fui chamada para apresentar o TV Mulher, logo depois apresentava no jornal do almoço um quadro sobre turismo em Florianópolis”, disse ela.
Chegou à capital da República em 1985, com 24 anos de idade e uma filha de um ano e meio, fruto do casamento com um fotógrafo.
Eram os dias de cobertura da doença e morte de Tancredo Neves e do início do governo José Sarney, o primeiro civil depois de 20 anos de ditadura militar, quando ela conheceu Fernando Henrique Cardoso no restaurante Piantella.
O namoro começou naquele ano, depois de “muitos telefonemas em que ele se dizia apaixonado”, e terminou em 1991, quando ela contou que estava grávida. Mírian entrou na “clandestinidade” para não atrapalhar os planos de FHC.
Sempre foi um segredo de Polichinelo na imprensa. A única publicação a furar o bloqueio foi a “Caros Amigos” em 2000, numa belíssima matéria assinada por Palmério Dória.
A alegação era que se tratava de assunto de “foro íntimo”. Até poderia ser, mas nunca foi. Fernando Henrique escondeu a amante e o filho com a cumplicidade e o beneplácito da mídia e de políticos como ACM, utilizando-se de sua influência, seu poder e de uma rede proporcionada pelo estado brasileiro.
A Globo a colocou numa geladeira luxuosa, transformando-a numa correspondente de mentirinha. Na coluna Gente da edição de 24 de julho de 1991 da Veja, uma nota dava conta de que Mírian estava de mudança para a Europa. Uma frase foi atribuída a ela: “O pai da criança, um biólogo brasileiro, viajou para a Inglaterra para fazer um curso e voltará para o Brasil na época do nascimento do bebê.”
Mírian disse a Joaquim que ouviu de Paulo Moreira Leite, ex-editor executivo da Veja, que a ordem para apurar e publicar a “notícia” tinha partido de Mario Sergio Conti, que tinha assumido pouco tempo antes a direção de redação da revista, a pedido de FHC.
A pressão de políticos, os favores distribuídos a quem deu uma mão a Fernando Henrique, a polêmica em torno da paternidade de Tomás, o dinheiro enviado através da Brasif, cujas lojas eram concessões da Infraero — tudo isso está no documentário. Inclusive o papel dúbio de Mírian.
Ela só saiu da sombra em fevereiro deste ano numa entrevista à revista Brazil com Z. Num determinado momento, voltou a se recolher. Uma parte das filmagens de Joaquim ficou com ela.
Numa participação no programa de Mariana Godoy na RedeTV, chegou a alegar que não teve contato com o DCM, que estava tudo tranquilo, tudo favorável. Infelizmente, ela já tinha aberto o arquivo para a câmera de Joaquim.
O que aconteceu para ela mudar de ideia?
Esta vídeo-reportagem tem algumas respostas para esse mistério. Não vou dar spoiler. Convido você a pegar sua pipoca e assistir.
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Sobre o Autor
Diretor-adjunto do Diário do Centro do Mundo. Jornalista e músico. Foi fundador e diretor de redação da Revista Alfa; editor da Veja São Paulo; diretor de redação da Viagem e Turismo e do Guia Quatro Rodas.

UNE, 79 ANOS, PARABÉNS! O PLEBISCITO É A RESISTÊNCIA!



FONTE
http://www.conversaafiada.com.br/politica/une-79-anos-parabens-o-plebiscito-e-a-resistencia


Carina quer impedir o desmanche da Educação Pública!



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Conversa Afiada publica artigo de Carina Vitral para o Conversa Afiada.
Carina é pré-candidata a prefeita de Santos pelo PCdoB - a pedido, entre outros, do Lula - e presidenta da UNE, que acabou de completar 79 anos de lutas!
Nós estamos apenas começando
Se o movimento estudantil fosse um organismo físico, um corpo como o dos seres humanos por exemplo, ele já estaria sentindo os sinais do tempo: articulações com mais dificuldade, músculos com menos força, um pouco de dificuldade na memória ou formulação dos pensamentos. Mas um organismo como a União Nacional dos Estudantes, que completou no dia 11 de agosto os seus 79 anos de idade, não vive apenas do mundo físico. Esse é um corpo formado de sonhos, um esqueleto de coragem reunida, um tecido de amor e de ousadia, uma pele mutante colorida pelas ideias de cada geração.
Não que este seja um corpo sem história. Muito pelo contrário. Nessas quase oito décadas, o movimento estudantil brasileiro participou de absolutamente todos os momentos mais importantes do país, com papel protagonista, o enfrentamento de golpes e ditaduras, a luta pela educação pública de qualidade, a afirmação da soberania nacional.
É uma trajetória que inclui o esforço dos estudantes para a consolidação da democracia e a emancipação do nosso povo, para a promoção da cultura, para o combate aos preconceitos e as injustiças. A vida da UNE até aqui custou, em alguns casos, a vida daqueles que lutaram em seu nome. Heróis como HeleniraResende, Honestino Guimarães, Alexandre Vanucchi Leme, tantas e tantos que inspiram os que vieram depois e estão aqui lutando.
O caminho percorrido até aqui já foi intenso, porém, a conjuntura dos acontecimentos desse doloroso 2016 mostra que a jovialidade da UNE e dos movimentos de juventude brasileiros nunca foi tão necessária como neste momento. Nossa entidade caminha para os seus 80 anos presenciando, mais uma vez, um golpe contra a ordem democrática e a tentativa de desmonte das bases sociais do nosso país.
A brutalidade institucional do falso processo de impeachmente da presidenta Dilma – que ocorre no mesmo agosto do nosso aniversário – coloca à nossa frente um desafio complexo, uma trincheira inédita que requer muita unidade e inteligência.
A UNE coloca a sua história e sua experiência, neste momento, como fiadoras da proposta cada vez mais consolidada nos movimentos sociais pelo plebiscito popular para novas eleições. Os estudantes sabem que os golpistas que tomaram de assalto o Palácio do Planalto não têm a simpatia da maioria da população, não representam os reais interesses do povo brasileiro, não seriam aprovados nas urnas, com seu programa excludente, pela massa de mulheres, negros, indígenas, jovens, pela população LGBT, por quem realmente compõe o nosso povo.
Essa é a forma de resistirmos e vencermos um governo ilegítimo que já ameaça o desmonte das leis trabalhistas, o massacre sobre os aposentados e pensionistas, o sucateamento dos serviços públicos em nome dos interesses financeiros de quem estava querendo lucrar com a crise. É a forma de impedirmos o desmanche da educação pública com o fim do Plano Nacional de Educação, a perda dos recursos do petróleo e do pré-sal que iriam para as universidades, o ataque à assistência estudantil e as cotas. É a forma de fazermos frente ao projeto fascista da Escola Sem Partido que já traz considerável ameaça.
A UNE, aos 79 anos, convida o Brasil para começar de novo, de peito aberto e sem medo, em um processo que seja liderado pelas cidadãs e cidadãos brasileiros de forma popular, democrática e legítima. Ainda somos uma nação jovem, com uma democracia mais jovem ainda, que pode e deve aprender com os obstáculos para prosseguir em sua trilha. Precisamos enfrentar os que querem colocar um ponto final na história de conquistas sociais dos últimos anos, que só foram possíveis por causa das nossas lutas. Não há nada que possa encerrar a esperança no nosso país. Deixemos, no lugar do ponto, as reticências. Nós, a UNE e o Brasil, estamos apenas começando....

O QUE, QUEM FEZ MIRIAN DUTRA MENTIR?



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/o-que-quem-fez-mirian-dutra-mentir



DCM desmascara farsa da amante de FHC. Tudo a mesma sopa, diria o Mino...

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Cerra foi ver se ela usava a mesada na reforma do apartamento
Conversa Afiada convida o amigo navegante a assistir a reportagem de Joaquim de Carvalho no DCM, sobre as vísceras de um dos mais sórdidos episódios da história do tucanismo, do moralismo sem moral.
Quem é pior: ele ou ela?
Por que ela sumiu de novo? As revelações do documentário do DCM sobre o caso Mírian Dutra / FHC
O DCM orgulhosamente apresenta o nosso documentário sobre o caso Mírian Dutra e FHC.
Ele é resultado de um dos nossos projetos de crowdfunding com a plataforma Catarse. Foi totalmente financiado pelos queridos leitores.
O autor da série de reportagens, Joaquim de Carvalho, conduz o espectador ao longo de uma história sobre a mistura entre o público e o privado, um clássico nacional.
Joaquim foi à Espanha encontrar com Mírian, com o filho Tomás e com amigos dela. Trouxe o retrato de uma mulher que optou por um caminho do qual não consegue mais sair.
Mírian se formou em jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina e, em 1982, aos 22 anos, ancorava em Florianópolis pela RBS (afiliada da Globo) o horário local do TV Mulher.
“Para mim, aconteceu tudo muito rápido. Eu era estudante, trabalhava na rádio Itapema e fui chamada para apresentar o TV Mulher, logo depois apresentava no jornal do almoço um quadro sobre turismo em Florianópolis”, disse ela.
Chegou à capital da República em 1985, com 24 anos de idade e uma filha de um ano e meio, fruto do casamento com um fotógrafo.
Eram os dias de cobertura da doença e morte de Tancredo Neves e do início do governo José Sarney, o primeiro civil depois de 20 anos de ditadura militar, quando ela conheceu Fernando Henrique Cardoso no restaurante Piantella.
O namoro começou naquele ano, depois de “muitos telefonemas em que ele se dizia apaixonado”, e terminou em 1991, quando ela contou que estava grávida. Mírian entrou na “clandestinidade” para não atrapalhar os planos de FHC.
Sempre foi um segredo de Polichinelo na imprensa. A única publicação a furar o bloqueio foi a “Caros Amigos” em 2000, numa belíssima matéria assinada por Palmério Dória.
A alegação era que se tratava de assunto de “foro íntimo”. Até poderia ser, mas nunca foi. Fernando Henrique escondeu a amante e o filho com a cumplicidade e o beneplácito da mídia e de políticos como ACM, utilizando-se de sua influência, seu poder e de uma rede proporcionada pelo estado brasileiro.
A Globo a colocou numa geladeira luxuosa, transformando-a numa correspondente de mentirinha. Na coluna Gente da edição de 24 de julho de 1991 da Veja, uma nota dava conta de que Mírian estava de mudança para a Europa. Uma frase foi atribuída a ela: “O pai da criança, um biólogo brasileiro, viajou para a Inglaterra para fazer um curso e voltará para o Brasil na época do nascimento do bebê.”
Mírian disse a Joaquim que ouviu de Paulo Moreira Leite, ex-editor executivo da Veja, que a ordem para apurar e publicar a “notícia” tinha partido de Mario Sergio Conti, que tinha assumido pouco tempo antes a direção de redação da revista, a pedido de FHC.
A pressão de políticos, os favores distribuídos a quem deu uma mão a Fernando Henrique, a polêmica em torno da paternidade de Tomás, o dinheiro enviado através da Brasif, cujas lojas eram concessões da Infraero — tudo isso está no documentário. Inclusive o papel dúbio de Mírian.
Ela só saiu da sombra em fevereiro deste ano numa entrevista à revista Brazil com Z. Num determinado momento, voltou a se recolher. Uma parte das filmagens de Joaquim ficou com ela.
Numa participação no programa de Mariana Godoy na RedeTV, chegou a alegar que não teve contato com o DCM, que estava tudo tranquilo, tudo favorável. Infelizmente, ela já tinha aberto o arquivo para a câmera de Joaquim.
O que aconteceu para ela mudar de ideia?
Esta vídeo-reportagem tem algumas respostas para esse mistério. Não vou dar spoiler. Convido você a pegar sua pipoca e assistir.

MINO: O BRASIL DO GOLPE É UM NAUFRÁGIO IMINENTE



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/mino-o-brasil-do-golpe-e-um-naufragio-iminente



De um Governo Golpista só se espera o entreguismo



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Conversa Afiada reproduz editorial de Mino Carta, na edição desta semana de Carta Capital:
A farsa trágica
A farsa trágica que vivemos ganha, neste momento, um sinistro cenário de insensatez, qual fosse a celebração do desastre. Além de oferecer vazão ao complexo de vira-lata de incontáveis torcedores nativos, os Jogos Olímpicos parecem provar a nossa incapacidade de entender as dimensões de um fracasso que nos envolve a todos. Enquanto o barco vai a pique, tripulação e passageiros bailam no convés.
Naufrágio iminente. A reportagem de capa desta edição expõe com o necessário senso do real as consequências das políticas que o governo Temer já começa a pôr em prática no plano econômico, com implicações profundas no campo internacional. É a liquidação do País, do seu presente e do seu futuro. É lamentável poder afirmar que não cabe surpresa, era quanto se havia de esperar de um golpe tramado na casa-grande, a consagrar a incompatibilidade entre Brasil e democracia.
Estamos habilitados, isto sim, a encenar um espetáculo único, com a extraordinária participação de um elenco vasto e bem afinado, ao menos em relação ao propósito principal do golpe. Se não, vejamos. Vale citar desde os parlamentares corruptos que se arrogam a julgar a presidenta eleita para substituí-la por um governo ilegítimo, até juízes da Suprema Corte que atuam politicamente ao se prestar a declarações sobre assuntos em juízo e se calam diante do assalto à Constituição.
E falemos de um grupelho de promotores milenaristas a serviço de um magistrado de primeira instância, obcecado pelo decisivo, ambicioso projeto de incriminar um ex-presidente que não somente comandou o melhor governo pós-ditadura, mas também é o favorito da próxima eleição presidencial. E evoquemos os social-democratas à moda, de pura fantasia, imbatíveis como intérpretes dos humores e vontades da casa-grande. A qual, neste golpe, conta com a Polícia Federal para substituir os jagunços de antanho.
Cotação especial para a mídia nativa, insubstituível na operação de transformar o mal em bem. Sua contribuição à manobra foi determinante. Superou-se na vocação de inventar, omitir e mentir, de sorte a sustentar a obra desta força-tarefa integrada por magistrados e policiais, empresários e congressistas. Barões midiáticos e seus sabujos, entregues à busca de um grand finale que transcende o impeachment de Dilma Rousseff.
As tradições nos iluminem. É a casa-grande que mantém de pé a senzala para continuar a cavaleiro dos eventos, livre de irreparáveis ameaças. Quer um Brasil colônia, súdito de um império. Já foi o português, depois a primazia coube ao britânico, enfim, veio Tio Sam. A política exterior do governo Lula foi capaz de abalar este gênero de sujeição. Agora, o chanceler José Serra cuida do retorno às origens, com a bênção do presidente interino. O qual já se porta com ares de definitivo até 2018 e, segundo se propala, interessado até em reeleição.
E eis que no palco surgem personagens de certa forma surpreendentes. Cito Cristovam Buarque. Considerava-o figura digna e agora o colho a dizer que Dilma cometeu, sim, crime de responsabilidade, de pequeno porte, talvez pecadilho, mesmo assim, inconfundível ato delituoso. Há quem propale que se qualificou para um cargo destinado a curto prazo a enriquecer seu currículo.
E no outro dia, como diria Mário de Andrade, contador de Macunaíma, assisto no vídeo, por breves minutos, felizmente, a conferência de um grupo de luminares da crônica esportiva, gargalham ao comentar o “frangaço” da goleira da seleção de futebol dos EUA. A moça é ré por ter adentrado o País de cabeça protegida contra picadas do Aedes aegypti e eles se riem como se o Brasil não fizesse por merecer o receio da atleta. Como se não fosse a terra onde grassam doenças graves extintas pela civilização, onde a saúde do povo é descurada criminosamente pelo Estado e mais de 40% da sua superfície não é alcançada por saneamento básico.
Vídeo da Globo, ali amiúde se fala de um país inexistente. O verdadeiro é aquele onde tantos ignoram o golpe e onde o prefeito petista de São Paulo diz que a palavra golpe não exprime com precisão a situação presente. “Assim fica difícil...”, murmuram meus botões, sinistramente.

CORREIO DO SATURNINO: O MOMENTO OLÍMPICO



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/correio-do-saturnino-o-momento-olimpico



Othon: o Brasil merece uma explicação


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Conversa Afiada reproduz artigo de Saturnino Braga:
O MOMENTO OLÍMPICO
Sim, até agora, sexta 12, corre tudo bem, dentro da expectativa: medalhas de ouro e de bronze no judô, júbilo nacional com a pegada firme da Rafaela, e com a sua figura de morena bela e simples da Cidade de Deus. Regozijo também com a repetição dos feitos da Mayra e do Rafael; e uma bonita surpresa no tiro de prata do Sargento Wu. Decepção, sim, no iatismo, que sempre nos deu medalhas e desta vez não se está entendendo bem com os ventos de agosto, que aliás estão atrapalhando o remo na Lagoa. Boas esperanças, como sempre, nos esportes coletivos: futebol, vôlei, handebol e basquete. No rugby, nosso vexame máximo, que deve se repetir no hockey. Também, pudera, nunca ouvi falar de um brasileiro, em qualquer tempo, que jogasse rugby ou hockey. Curiosamente, esportes populares na Índia (hockey) e na África do Sul (rugby). Aliás, mais um benefício que a humanidade deve aos ingleses, a difusão do “Sport” pelo mundo inteiro.
No geral, também, a esperada festa da alegria brasileira, o encanto com os novos parques esportivos, as medalhas absolutas do Phelps e de Simone, e o duelo Estados unidos versus China, pela hegemonia mundial; tal como, décadas atrás, batiam-se os americanos contra os soviéticos.
E a Cidade linda, o tempo ameno e claro, os turistas apreciando e usufruindo a atmosfera humanística e benfazeja do Rio.
Não quero tisnar o clima falando de economia ou de política neste momento olímpico. Só não posso deixar de comentar, para não passar o tempo, não posso deixar de fazer uma referência, com enorme estranheza, à condenação do Almirante Othon Pinheiro da Silva, que ninguém entendeu.
Trata-se, afinal, de um herói nacional, na verdadeira acepção do termo, pelo êxito completo de sua participação no desenvolvimento da tecnologia brasileira de enriquecimento de urânio, de complexidade do mais alto grau e de significado estratégico máximo em qualquer lugar do mundo. Êxito, ainda, muito importante também, no destravamento da construção da Usina de Angra III, quando assumiu a Eletronuclear. É o nosso mais destacado medalhista na ciência. Medalha de ouro em qualquer olimpíada científica.
Aliás, por isto mesmo, por toda esta brilhante folha de serviços, o Almirante Othon recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico! E foi também condecorado pela Ordem do Mérito Naval, pela Ordem do Mérito Militar, pela Ordem do Mérito Aeronáutico, e pela Ordem do Mérito das Forças Armadas. Mereceu ainda a Medalha do Mérito Tamandaré, a Medalha do Pacificador, a Medalha do Mérito Santos-Dumont, e, ainda, a Medalha Militar de Ouro!
E sai a notícia no jornal: foi condenado a 43 anos de prisão!
O que é isto?!
A Nação Brasileira merece uma explicação.

TSE: LEMANN NÃO VAI ABRIR SORVETERIA



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/economia/tse-lemann-nao-vai-abrir-sorveteria



Quem vai botar dinheiro nas PPPs do gatinho angorá?

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Janio de Freitas, como sempre, turva a água verde da piscina do Golpe.
Gilmar (PSDB-MT) não controla o Tribunal Superior Eleitoral.
E ali pode afogar-se o Tinhoso, segundo o Ciro, que já o chamara de Trambolho.
Como se sabe, o Gilmar (PSDB-MT) parecia acreditar que o Tinhoso não era vice da Dilma, mas candidato a Presidente interino.
Um jênio!
Se a Dilma roubou, o Traíra não roubou, apesar do que disseram aquela jovem casada com opresidente do Porto de Santos, o Sérgio Machado na salinha na Base Aérea de Brasilia, e o Marcelo Odebrecht, que comprou o PMDB em dinheiro vivo
Mas, como demonstra o Janio, a ascendência do Gilmar sobre o tribunal eleitoral está por provar-se.
E a ministra-relatora Maria Thereza de Assis Moura incluiu o PMDB e o PP – do machista “Ministro” da Saúde  no julgamento da “roubalheira” da Dilma.
Essa inclusão adiciona toneladas de incerteza sobre o futuro de um suposto “governo” do Tinhoso.
Por quanto tempo o Tinhoso ficará pendurado numa decisão do TSE?
O tempo suficiente para o biliardário Jorge Paulo Lemann não abrir mais nenhuma sorveteria no Brasil!
O Lemann nem ninguém: que empresário vai apostar nas PPPs do Gatinho angorá, se ele e o chefe podem ir em cana, cedo ou tarde?
Como se sabe, Lemann foi instalado, em posiçao secundária, no tabernáculo do dos chapéus, onde se destaca, no ponto mais elevado, próximo ao Monte das Oliveiras, o General Golbery, o “Feiticeiro”.
Quá, quá, quá!
Em tempo: como se sabe, Lemann abriu uma sorveteria em sociedade com a filha do Cerra. Precisa desenhar, amigo navegante? 
PHA

Centrais vão às ruas contra Temer nesta terça



FONTE;
http://www.conversaafiada.com.br/brasil/centrais-vao-as-ruas-contra-temer-nesta-terca



Não vamos pagar o pato do Golpe!


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Via CUT:
Movimento sindical realiza nesta terça-feira, 16, o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos

A CUT, CTB, CSP, CGTB, Força Sindical, Intersindical, NCST e UGT realizam no dia 16 de agosto, o Dia Nacional de Mobilização e Luta por Emprego e Garantia de Direitos.
Além de paralisações nos locais de trabalho – bancos, fábricas etc., - de uma, duas horas ou a manhã inteira, haverá atos em frente às sedes das principais federações patronais em todas as capitais do Brasil.
Em nota divulgada na última sexta-feira, as centrais sindicais que organizam o ato reiteraram sua posição de não aceitar qualquer proposta ou negociação com que visem retirar direitos trabalhistas e previdenciários da classe trabalhadora. Também não Serpa negociada qualquer proposta que precarize ainda mais as relações de trabalho. E foi justamente com o objetivo de defender os direitos da classe trabalhadora que conclamaram suas bases a participar do ato,
Em São Paulo, o ato será em frente à sede da Fiesp, que fica na Avenida Paulista, 1313, a partir das 10h. Depois, trabalhadores seguirão em passeata até o escritório da Presidência da República - Av. Paulista, 2163.
OBS.: A lista com todos os endereços e horários de atos em todo o Brasil está no final do texto.
Não vamos pagar o pato
Um dos maiores desafios do movimento sindical brasileiro hoje é defender os direitos da classe trabalhadora, que estão sendo atacados pelo Congresso Nacional e pelo governo federal, e impedir que milhares de trabalhadores sejam demitidos.
A ampliação da terceirização que explora, mutila e mata; a flexibilização de direitos trabalhistas e a reforma da Previdência Social são algumas das ameaças que o atual governo está tentando aprovar. Se não houver resistência, luta e muita pressão, podemos ter mais desemprego, o fim da CLT e da política de valorização do salário mínimo, além de aposentadoria só aos 70 anos.
É isso que empresários, como o presidente da Fiesp, Paulo Skaf, e da CNI, Robson Andrade - aquele que falou em aumentar a jornada para 80 horas semanais - querem.
“Os empresários financiaram o golpe de Estado e agora estão cobrando a conta. Acham que nós é que vamos pagar. Estão enganados. Esse pato não é nosso”, diz o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas.
Segundo Vagner, o Dia Nacional de Mobilização é um alerta ao governo e aos empresários. “Vamos resistir, vamos lutar para impedir o aumento da exploração e a retirada de direitos. A mobilização do dia 16 é um dos passos dessa resistência rumo a uma greve geral.”
Para ele, não é possível aceitar qualquer retrocesso nos direitos sociais. Uma das principais ameaças do momento é a tentativa de implantar o negociado sob o legislado. Neste caso, as relações entre empregado e patrão ditam as regras que ficarão acima dos direitos garantidos pela CLT.
“Não é porque os sindicatos têm medo de negociação ou são acomodados com a legislação. É porque o empresário brasileiro não avança para ter uma relação de igual para igual, muito pelo contrário. O que acontece hoje é uma campanha mundial contra os sindicatos”, argumentou Freitas.
“Aceitamos o negociado sob o legislado, desde que seja negociado com o trabalho mais do que está na CLT. Aceitamos desde que seja uma proposta melhor para o trabalhador, nada mais do que isso”, conclui o presidente da CUT.
O secretário-Geral da CUT Nacional, Sérgio Nobre , alerta que esse será um dia extremamente importante, “pois estamos vivendo a maior onda de retirada de direitos da nossa história. Existem vários projetos no Congresso Nacional que ameaçam os direitos dos trabalhadores. O principal é o que autoriza a terceirização irrestrita, inclusive na atividade fim, isso pode criar empresas sem trabalhadores. Esse governo interino e golpista está querendo privatizar tudo, inclusive a Petrobras, querem dar o nosso pré-sal para o capital estrangeiro. Há ainda um projeto que propõe o fim do reajuste salarial. Ou seja, motivos não nos falta, todos os trabalhadores têm motivos para sair às ruas no dia 16 e protestar.”

Vendas dos Pais desabam. Toma que é teu, Temer



FONTE
http://www.conversaafiada.com.br/economia/vendas-dos-pais-desabam-toma-que-e-teu-temer



É a queda do poder de compra

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A Serasa registrou que as vendas no dia dos Pais caíram 8,8%.
A causa?
A queda do poder aquisitivo do consumidor.
Ai, ai, ai, se empurrar o Meirelles cai.
PHA

Globo: o Golpe se vê por aqui



FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/pig/globo-o-golpe-se-ve-por-aqui


Não esquecer: a Globo está à venda!

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Reprodução: Carta Maior
Conversa Afiada reproduz agudo texto de Tatiana Carlotti e lembra: o PiG está decadente ea Globo, à venda!
Da manipulação ao ocultamento da informação, o Jornal Nacional (JN) resolveu partir para o escárnio na última semana. Do principal jornal do país, em pleno horário nobre, ouviu-se um silêncio “retumbante” frente às delações dos empresários da Odebrecht na Operação Lava Jato.
 
A delação de Marcelo Odebrecht, estampada no panfleto Veja, apontava R$ 10 milhões em propina pagos pela construtora ao PMDB, em 2014, a pedido de Michel Temer, o presidente ilegítimo e interino. Na Folha, destaque para as denúncias de um repasse de R$ 34,5 milhões ao caixa dois da campanha de Serra, em 2010.
 
O timing foi olímpico. As notícias já se misturaram às manchetes sobre os jogos mundiais, de maior apelo entre a população, e desapareceram do noticiário. De qualquer forma, a exposição das delações, por veículos midiáticos nada ilibados, revela as rachaduras entre os golpistas. Em seu xadrez semanal, publicado site GGN, Luis Nassif aponta dois campos de forças do lado de lá:
 
“O poder mercado, composto pelo mercado propriamente dito, grandes grupos, a mídia e autoridades brasilienses, além do apoio constante dos Estados Unidos”. E “a camarilha dos 6 - Michel Temer, Eliseu Padilha, Geddel Viera Lima, Roberto Jucá, Moreira Franco e o finado Eduardo Cunha - que representa a maioria ocasional no parlamento” (Leia a íntegra do artigo aqui). 

É neste contexto que, porta voz dos interesses do mercado, dada sua imensa capilaridade na população brasileira, o JN vem criando a atmosfera favorável ao verdadeiro abate dos direitos democráticos e constitucionais que se avizinha. E, claro, naturalizando o golpe do qual a Rede Globo foi uma das principais protagonistas. 
 
Descalabro petista
 
Desde a posse de Temer, em 12 de julho, é notória tentativa de legitimar o impeachment a partir do “descalabro petista”, causador da crise econômica. Esta, por sua vez, é a justificativa para todas as medidas propostas pelo atual governo que ferem, frontalmente, os direitos constitucionais dos brasileiros.
 
No trabalho minucioso com o pânico em relação ao desemprego e da superficialidade como são apresentadas as questões relativas à economia – aposta-se no desconhecimento geral da população – as reportagens reforçam, noite após noite, o discurso único do neoliberalismo, ocultando outras alternativas para o país. 
 
Em 3 de maio, na mesma edição em que Temer concedia uma entrevista exclusiva ao jornal, outra reportagem incensava a entrega de um programa dos tucanos ao novo governo (JN,03.05.3016). As condições – destacava o JN – para a colaboração do PSDB eram o combate “irrestrito à corrupção” e a responsabilidade fiscal. Um jogo de cena descarado, como se eles não estivessem envolvidos no golpe.
 
Dias depois, Henrique Meirelles vinha à público anunciar os objetivos do governo: “mostrar claramente que as medidas que estão sendo propostas e que serão aprovadas muito provavelmente pelo Congresso”, que essas propostas “vão fazer com que a trajetória da dívida pública seja sustentável”, para que os “efeitos sejam mais rápidos”, de maneira que “o risco possa ter reação bem rápida”, que o “investimento e confiança possam voltar com tempo suficiente para que a economia possa reagir rapidamente”. (JN, 05.05.2016)
 
Registre-se a pressa anunciada no discurso do ministro, acenando a velocidade do ataque e do desmonte em curso no país. Para tal, os golpistas contam com uma cobertura na área econômica repleta de termos econômicos e nada palatáveis à maioria da população. Ao telespectador resta se fiar nos comentários e expressões dos apresentadores do JN.
 
Um bom exemplo é a cobertura da alta do dólar, no dia 9 de maio, quando o então presidente da Câmara, Waldir Maranhão, apresentou um recurso contra o impeachment da presidenta Dilma. Em meio à enxurrada de reportagens criticando a atuação do parlamentar, o JN destacou: 
 
“Com o anúncio da decisão do presidente interino da Câmara, o dólar subiu quase 5% e a bolsa caiu 3,5%. Depois que o Senado decidiu continuar com o processo de impeachment, a tensão diminuiu. Mas a bolsa terminou o dia queda. E o dólar mais caro, a R$ 3,52” (JN, 09.05.2016).
 
A “salvação nacional” 
 
O mote da “salvação nacional contra a crise econômica”, bradado por Temer em sua posse, no dia 12 de maio (JN, 12.05.2016), vem sendo trabalhado diariamente. O convencimento de que é preciso reduzir os programas sociais também. Abaixo, a forma como Carlos Aberto Sardenberg explica os gastos públicos do governo e a crise econômica:
 
“A história começa quando o governo resolve acelerar seus gastos. Gastos no quê? Pessoal, salário, previdência, aposentadoria, programas sociais, obras todo o funcionamento da máquina; enfim, tudo que faz o governo funcionar. Agora, gastar é bom mas quando você tem o dinheiro” (JN, 12.05.2016). 
 
Em suma: sem dinheiro não há direitos. O brasileiro passa, então, a ser convidado a participar do combate à crise. Como? Por meio do sacrifício e da fé, muita fé, na equipe econômica do novo governo.
 
Com uma naturalidade aterradora, Henrique Meirelles apresenta no dia seguinte à posse, as suas propostas para o país. Estamos falando não apenas da retomada da CPMF, sempre criticada quando os proponentes eram os governos petistas, mas de idade mínima de aposentadoria, reforma trabalhista, teto para gastos públicos, revisão das desonerações e dos incentivos para setores da economia. 
 
Espertamente, no final da reportagem, o uso do desemprego para engajar o apoio popular: “Para se criar emprego, é necessário que a economia esteja crescendo”, para tal é preciso “que se estabeleça a confiabilidade das contas públicas e a confiança de que o Estado brasileiro, o governo brasileiro estará solvente no futuro. A partir daí, volta o investimento e a partir daí, em consequência o aumento do emprego”. (JN, 13.05.2016).
 
Da mesma forma, como necessário ao combate à crise, vem sendo divulgado o teto para o aumento do gasto público, apesar dele incluir mudanças na Constituição afetando, inclusive, repasses nas áreas da Saúde e Educação. Reportagem do JN sobre a questão, construída sobre as aspas de Temer e Meirelles, turbina: “em 10 anos, as despesas públicas aumentaram 70% acima da inflação” (JN, 24.05.2016).
 
O pavor do desemprego
 
Não é preciso ser especialista para saber que “gasto público” ou “rombo nas contas” são apresentados como um descalabro dos governos petistas e vilões a serem combatidos. No quadro forjado, a via do ajuste fiscal (e das propostas neoliberais) surge como única saída para a retomada do crescimento e da geração de empregos.
 
Observe a enxurrada de reportagens sobre o desemprego: 
 
Em maio: “Classe média encolheu em 2015, diz pesquisa” (JN, 16.05.2016), apontando a queda do padrão de vida de 1 milhão de famílias brasileiras. “IBGE: Desemprego aumenta em todas as regiões no primeiro trimestre” (JN, 19.05.2016) e “Construção civil sente efeitos da crise e fecha vagas de emprego” (JN, 19.05.2016), com direito à defesa de mudanças nas regras trabalhistas. “Queda no emprego faz aumentar o trabalho por conta própria” (JN, 21.05.2016).
 
No começo de junho: “Desemprego chega a 11,4 milhões de pessoas no país e é recorde, diz IBGE”. (JN, 31.05.2016). No dia seguinte “Produção da indústria tem cenário similar ao de 13 anos atrás”, apontando que o nível de desemprego voltou dez anos (JN, 01.06.2016). 
 
No final do mês, o tom sobe:  “Crise econômica faz disparar número de idosos com nome sujo (JN, 28.06.2016)”. “De março a maio, desemprego no país permanece em nível recorde” (JN,29.06.2016) incensando que, em um ano, mais 3,3 milhões procuraram e não encontraram trabalho” e que “desempregados buscam sobrevivência em abrigos e refeições a R$1”. 
 
No mesmo dia, em “Trabalho por conta própria registra queda, diz IBGE” (JN, 29.06.2016), a comparação impactante: “imagine a população da cidade de São Paulo inteira na fila do desemprego. Pois essa é praticamente a quantidade de gente sem trabalho no país: 11, 4 milhões, segundo o IBGE”.
 
No geral, essas reportagens exploram dramas individuais e contam o comentário de um especialista favorável à linha editorial do JN - leia-se à flexibilização das leis trabalhistas e mudanças de regras na Previdência, entre outras. 
 
Em 20 de julho com a notícia: “Governo pretende mandar ao Congresso até o fim do ano propostas para leis trabalhistas”, em apenas 1 minuto, o JN apresentou apenas os objetivos do ministro Ronaldo Nogueira (Trabalho): 
 
“Aprimorar a proposta que está no Congresso sobre regulamentação do trabalho terceirizado para combater a informalidade e dar garantias aos trabalhadores; ampliar e tornar permanente o programa de proteção ao emprego, sobre a CLT prestigiar as convenções coletivas permitindo a flexibilização da jornada e dos salários, sem mudar direitos como parcelamentos de férias e 13°” (JN, 20.07.2016).
 
Ironicamente, a mesma reportagem anunciava o reajuste de até 41,5% no salário dos servidores do Judiciário. Tudo sob a plástica de uma falsa objetividade, com um bonito iconográfico e mediante o ocultamento do contraditório às medidas. 
 
Em outros casos, o JN somente dispara índices econômicos como verdadeiros slogans do caos. Em apenas 16 segundos: “o Brasil fechou 91 mil vagas com carteira assinada” e “desde janeiro o país perdeu mais de meio milhão de empregos formais” (JN, 27.07.2016); ou “Desemprego sobe para 11,3% e bate recorde no trimestre de abril a junho”, “são 11,6 milhões desempregados no país”, “em um ano, mais de 3 milhões” (JN, 29.07.2016).
 
Naturalização do golpe
 
Quando do anuncio de Ilan Goldfajn na presidência do Banco Central, o JN reforçava a fala de Meirelles sobre o controle de gastos e uso do dinheiro público, criando a contraposição entre eficiência (Temer) e gasto irresponsável (Dilma):
 
“O governo Dilma reconheceu que esse rombo seria de R$ 96 bilhões. Mas, no Congresso, já se fala em R$ 140 bilhões. Meirelles disse que ainda não decidiu se haverá aumento de impostos”, afirmava a reportagem.
 
Note como o aumento de impostos é inserido no discurso. Segue a menção ao desemprego com a crítica implícita ao retorno da presidenta: “com a economia em contração como está no momento, e se isso continuasse, o que obviamente não é o caso, o desemprego poderia chegar a 14% ao ano”. 
 
Na sequência, a solução: “Para um controle mais eficiente da inflação, Meirelles disse que o governo vai enviar ao Congresso uma proposta para dar autonomia ao Banco Central na execução da política monetária, mas não garantiu a independência do Banco Central com a fixação de mandatos para os diretores. O ministro da Fazenda voltou a defender a reforma da Previdência. ”
 
Dois temas cruciais - a independência do Banco Central e a reforma da Previdência – são postos como fato dado, quase óbvios no discurso do jornal. Em outra reportagem, chama-se um especialista para reforçar a tese de que “para conter a inflação, uma das armas do Banco Central é subir a taxa de juros”. Detalhe: “a previsão é que a inflação termine 2016 mais uma vez acima do teto da meta” (JN, 17.05.2016).
 
Rombo
 
O tema do “rombo” nas contas públicas também foi bastante turbinado: Rombo nas contas públicas para 2016 deve chegar a R$ 200 bilhões (JN, 19.05.2016); Rombo nas contas da União deve ser de R$ 170 bilhões em 2016 (JN, 20.05.2016) – salpicadas pelas medidas anunciadas pelo Governo para recuperar a economia (JN, 21.06.2016).
 
Apenas às vésperas da votação da meta fiscal, surgem algumas vozes dissonantes: a de Amir Khair destacando a necessidade de que “os R$ 50 bilhões de juros todo mês também tenham limite, coisa que não está na proposta do governo”. E da CUT denunciando que os trabalhadores é que vão pagar as medidas do governo (JN, 24/05/2016). 
 
Aprovado “rombo recorde nas contas públicas”, aparece a crítica do senador Humberto Costa (PT) apontando que o governo superestimou o rombo para aumentar os gastos: “Foi uma grande jogada política e contábil, mas que eu acho que ao longo do tempo vai se desmascarar” (JN, 25.05.2016). 
 
Várias medidas são anunciadas como processos naturais. Em “Moreira Franco que acelerar concessões para atrair investimentos”, cujas prioridades são aeroportos, rodovias e Ferrovia Norte Sul, o teleprompter da Globo destaca apenas a versão do ministro: “só há um caminho: passar para o setor privado serviços que hoje estão em poder do setor público”; “o país projeta para este ano 14 milhões de desempregados, então, nós temos que acelerar o processo” (JN,17.06.2016).
 
Em meio a esse caos construído e atribuído ao governo anterior, é possível avaliar o impacto de reportagens como “Perícia conclui que Dilma não participou de pedaladas fiscais”, com o adendo, afinal é a Globo: “decretos suplementares foram resultado de ação direta dela”, conforme afirmam técnicos (JN, 27.06.2016). 
 
De olho no Decorativo
 
Além de naturalizar o golpe e agenda neoliberal, o JN vem sendo um potente pombo-correio a serviço dos interesses do mercado. São notórios os “puxões de orelha” dados no governo, em horário nobre
 
Em 1° de julho, um afago na divulgação da pesquisa Ibope. Com boa dose de camaradagem a pesquisa foi intitulada “Governo Temer é aprovado por 13% e reprovado por 39%, diz Ibope”, sendo que a maioria avaliava o governo como regular, ruim ou péssimo; 53% desaprovavam a maneira de governar de Temer; 25% consideravam sua gestão pior do que a da presidenta Dilma e 44% igual. (JN, 01.07.2016).
 
Uma semana depois, a bronca: “Na contramão do discurso, o governo elevou os gastos: aprovou o reajuste de servidores do Judiciário e do Ministério Público, fez um acordo para aliviar a dívida dos estados, e deu reajuste para benefícios do Bolsa Família acima do proposto por Dilma Rousseff. Tudo somado: R$ 127 bilhões até 2018.” (JN, 07.07.2016,  ver de 0,55”a 1”33”)
 
Dez dias depois, o ilibado Fundo Monetário Internacional (FMI) acenava, alterando a avaliação a respeito da contração da economia brasileira: ao invés dos 3,8% (previstos em abril), a contração seria de 3,3%. O JN incensava: 
 
“A contração da economia em 2016 vai ser menor do que se esperava”, “pela primeira vez em quatro anos estimativas melhoram” e justificava a mudança: “os economistas do FMI dizem que aumentou a confiança dos investidores no mercado brasileiro” (JN, 19.07.2016).

O Governo Meirelles
 
Em 24 horas, a conta. Ao cobrir a manutenção da taxa de juros a 14,25% pelo Copom, o recado do mercado ao governo no JN: 
 
“Pela manhã, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, chegou a afirmar que o presidente em exercício, Michel Temer, via com bons olhos uma queda nos juros. Investidores se assustaram com o que poderia ser um sinal de interferência política nas decisões do Banco Central.  Por isso, antes do anúncio do Copom, Michel Temer declarou numa rede social que o Banco Central tem plena autonomia para definir a taxa de juros - e que o combate à inflação é objetivo central do governo. ” (JN, 20.07.2016).

Obediente, o governo reiterava uma semana depois: “O Copom reafirma a preocupação com o aumento do preço dos alimentos e reforça a necessidade de uma reforma fiscal. Na interpretação de economistas o texto indica que o Banco Central não pretende baixar os juros tão cedo (JN, 26.07.2016).
 
Aos que ainda duvidam sobre o poder do mercado e das elites financeiras no país, a última pérola:

“A gente começa com uma notícia boa para a Petrobras, uma raridade nos últimos anos. A Justiça dos Estados Unidos aceitou um recurso da empresa e suspendeu por tempo indeterminado todas as ações contra ela nos tribunais americanos. Os processos são movidos por acionistas que alegam ter sofrido prejuízos por causa da corrupção revelada na Operação Lava Jato, só uma das ações prevê o ressarcimento de U$S 10 bilhões” (JN, 02.08.2016).
 
Imagine a rapinagem em jogo para compensar a suspensão dessas ações. 
 
O que está em curso é o pleno obscurantismo que transita, livremente, nos largos vãos deixados pela ausência de uma democracia jamais efetivada no setor da Comunicação. 
 
Isso sim é descalabro.