sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Sangrando, melhor do mundo faz Romênia renascer: "Apanhei muito"



OLIMPÍADAS RIO 2016


HANDEBOL


Cristina Neagu carrega romenos com 9 gols e faz time acreditar em classificação. Após duas derrotas, equipe vence duas seguidas e cresce no handebol feminino



Por
Rio de Janeiro




Neagu sofreu com arranhadas das rivais da Espanha (Foto: Diego Guichard)Neagu sofreu com arranhadas das rivais da Espanha (Foto: Diego Guichard)


Tal como uma guerreira, Cristina Neagu deixou a quadra exaurida na tarde desta sexta-feira após vitória por 24 a 21 sobre a Romênia, na Arena do Futuro. Toda arranhada, ainda exibia a marca das agarradas sofridas no corpo, que a fez sangrar no pescoço com uma grande marca de unha. Nenhuma marcação, no entanto, foi suficiente para evitar que ela anotasse 9 gols na partida e carregasse os romenos para a segunda vitória consecutiva após duas derrotas nos Jogos Olímpicos.

- O handebol feminino é muito físico nos últimos anos. É verdade, apanhei muito hoje. Nos últimos jogos tinha sido normal. Meu corpo não está bem nesse momento. Por isso, preciso de uma boa recuperação. Espero me recuperar bem para o jogo com a Noruega – comenta ao GloboEsporte.com, na passagem pela zona mista.

Eleita melhor do mundo em 2010 e 2015, Neagu é o eixo central da equipe romena. Todas as bolas passam por ela em jogadas ofensivas. Por isso, tamanha marcação sofrida. Diante da Espanha, recebeu atenção especial das adversárias, foi agarrada do jeito que dava e sofreu uma porção de faltas. Mesmo assim, encerrou como a artilheira da partida.
 
romênia x espanha; handebol feminino; olimpíada 2016; Cristina Neagu (Foto: REUTERS/Marko Djurica)
Cristina Neagu "apanhou" contra a Espanha 
(Foto: REUTERS/Marko Djurica)


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Só que o início da Romênia não foi nada bom – sofreu derrotas para Brasil e Angola. Por isso, esse duelo contra a Espanha era tão importante. Pela frente, a equipe ainda terá a Noruega, atual bicampeã olímpica, na última rodada da fase preliminar. E necessita de ao menos um empate.

- Espero que sim (seja o renascimento do time). Precisamos enfrentar a Noruega que é considerada a absoluta campeã dos últimos 10 anos e conquistar ao menos um ponto. Acreditamos nas nossas chances mas teremos pela frente um caminho muito difícil. Está tudo nas nossas mãos. Estamos crescendo e acredito mais no nosso sucesso depois de duas vitórias – destaca.

Neagu volta à quadra no próximo domingo, na Arena do Futuro. Segundo ela, fará uma verdadeira “final” diante da Noruega. E pela entrega dela em quadra, já é possível prever uma partida espetacular.

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romênia x espanha; handebol feminino; olimpíada 2016; Cristina Neagu (Foto: REUTERS/Marko Djurica)
Após duas vitórias, romena quer arrancada 
da equipe (Foto: REUTERS/Marko Djurica)


Cristina Neagu carrega romenos com 9 gols  (Foto: Diego Guichard)
Cristina Neagu carrega romenos com 9 gols 
 (Foto: Diego Guichard)


Neagu é atual melhor do mundo (Foto: Diego Guichard)
Neagu é atual melhor do mundo 
(Foto: Diego Guichard)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/handebol/noticia/2016/08/sangrando-melhor-do-mundo-faz-romenia-renascer-apanhei-muito.html

Levanta e luta: Mayra Aguiar recria os 20 minutos cruciais antes do bronze



OLIMPÍADAS RIO 2016

JUDÔ



Gaúcha de 25 anos teve menos de meia hora para se recuperar da derrota na semifinal: "Disse para mim mesma que ia transformar aquilo em uma coisa positiva"



Por
Rio de Janeiro



Não foi nem meia hora. Do momento em que a judoca Mayra Aguiar saiu derrotada na semifinal contra a francesa Audrey Tcheumeo até o retorno para disputar o bronze, foram 20 minutos, não muito mais. E isso para quem estava vendo de fora. Para a gaúcha de 25 anos, foi uma piscada de olhos. E lá estava ela de volta, para vencer a cubana Yallenis Castillo por yuko e pendurar no pescoço sua segunda medalha olímpica(assista ao confronto decisivo no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).

 Na manhã desta sexta-feira, após uma noite em que não dormiu nem por um segundo, Mayra conseguiu recriar aquele breve período de renascimento antes da luta decisiva na Arena Carioca 2.
- Foi muito rápido mesmo. Se foram pouco mais de 20 minutos, para mim pareceu muito menos. Quando a gente perde uma luta, é horrível. Fica um sentimento amargo. O chão parece que sai, é muito ruim. Porque você chega com um objetivo e acaba perdendo aquilo - lembrou Mayra em entrevista coletiva no Espaço do Time Brasil, na Barra da Tijuca (assista  ao vídeo da derrota na semifinal no vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo).

Enquanto caminhava ao lado de Rosicleia Campos, com a técnica batendo em seu ombro em busca de motivação, a cabeça da judoca voltou quatro anos no tempo. A situação idêntica em Londres, quando ela também caiu na semi e voltou para conquistar o bronze, serviu de lição.

- Em Londres eu saí arrasada, chorando, pensando que tinha acabado tudo, que não tinha mais nada. E o pessoal começou a me dar uns tapas, tapas mesmo, na cara até. Dizendo para eu parar com aquilo, para acordar. O Leandro Guilheiro me falou uma coisa que marcou muito: que eu ia me arrepender se eu não desse tudo de mim naquela luta do bronze, que valeria muito a pena. Eu fui e lutei, fui com tudo, e conquistei, foi muito bom. Desta vez, depois da semifinal, eu me lembrei disso - contou.

Lembrei de como vale a pena sair com uma medalha, e não podia deixar isso escapar. Eu disse para mim mesma que ia transformar aquilo em uma coisa positiva. Naquele tempinho que passou, era isso que estava na minha cabeça. E foi maravilhoso, foi lindo"
Mayra Aguiar

Mayra chegou ao tatame de aquecimento e ali ficou esperando o tempo passar. Ainda arrasada, tentava se concentrar ao máximo. Olhou para o lado e viu Yallenis Castillo.

- Olhei para a minha adversária. Ela já estava ali há um tempão, descansando. E tranquila, porque ela vinha de uma vitória na repescagem, então você sai com uma vantagem. Eu estava vindo de uma derrota. Aí eu lembrei de tudo aquilo, lembrei de como vale a pena sair com uma medalha, e não podia deixar isso escapar. Eu disse para mim mesma que ia transformar aquilo em uma coisa positiva. Naquele tempinho que passou, era isso que estava na minha cabeça. E foi maravilhoso, foi lindo - lembrou a medalhista brasileira.

Mayra Aguiar coletiva Espaço Time Brasil judô (Foto: Rodrigo Alves/GloboEsporte.com)
Mayra com a medalha de bronze: renascimento 
após a derrota na semifinal (Foto: Rodrigo 
Alves/GloboEsporte.com)


Confira a seguir outros pontos da entrevista de Mayra nesta sexta-feira.

Noite de sono?
Zero. Já cheguei tarde ontem. Fui ao programa Balada Olímpica, do Flávio Canto. Quando cheguei em casa já eram 4h. Aí eu me deitei e pensei: "Agora vou dormir". Nada. Cabeça agitada, lembrando tudo de novo, corpo todo dolorido. Não consegui dormir nada, estou virada.

O duelo com Keyla Harrison que não aconteceu
Eu também queria. É boa de assistir e boa de lutar também. A gente já lutou diversas vezes. Independente do resultado, eu evoluo com essa luta. Infelizmente não aconteceu. Queria muito uma final para mim, e com ela seria muito legal também. Mas vamos ver. Ela também tinha falado que tinha parado antes e continuou. É difícil parar. Tomara que continue.

Competir em casa
Eu sempre gostei da torcida a favor. Acho lindo. O povo brasileiro, de todas as competições que participei, é o que mais torce, vibra, passa energia. Não posso falar que escuto as palavras, porque fico muito focada, parece que fico um pouco surda. Mas a energia não tem como não sentir. Foi muito forte. Espero poder lutar em casa de novo com essa torcida.

Festa nos braços da torcida
É maravilhoso. Foi a melhor sensação que eu tive na minha vida, de verdade. Foi muito prazeroso. Quando acabou a luta, eu estava cansada. Eu dei um abano, e a galera veio à loucura. Pensei: "Mais uma medalha olímpica". Olhei e eles só fizeram sinal para eu ir, e eu fui, me atirei. Depois vendo o vídeo, parece que eu vivi tudo de novo.

Cair e levantar
É a primeira coisa que a gente aprende. Primeiro cai, depois aprende a jogar. É uma filosofia de se superar. O esporte é muito isso, de superação. A gente luta todo dia para passar os nossos limites. Essa batalha é diária, é uma rotina de atleta que tem que ser muito regrada. Entrei no judô com 6 anos, bem novinha. O que me prendeu foi a competição. Entrei na seleção com 14 anos, foi muito importante ter essa vivência do mundo esportivo. Passei por muita coisa difícil, chegar numa Olimpíada em Pequim e perder na primeira luta. Mas hoje eu vejo o quanto foi importante ter participado logo cedo.

Isolamento
Ajudou muito. Foi uma coisa que eu nunca tinha feito na vida, ficar tanto tempo sem mexer no celular, sem ver redes sociais. Porque é uma coisa de ver. Mas eu achei que seria muita informação. Na última Olimpíada, eu tive experiências muito ruins, de estar acompanhando tudo. Vê uma derrota e acompanha os comentários, vê uma vitória e é aquele êxtase. Agora tive essa experiência. Eu achei que fosse sentir mais falta. Devo fazer mais a partir de agora. Você vive o momento mesmo. Foram duas semanas sem redes sociais, eu vivi o momento plenamente. Treinava forte, na hora do descanso eu descansava. Foi uma experiência muito boa.

Medalhas das mulheres
Às vezes a gente fala em time masculino e feminino, mas eu procuro mais falar do judô inteiro. É um time muito forte, de campeões mesmo. Tenho muito orgulho de fazer parte desse time. Sobre o feminino, é uma equipe muito jovem. Eu entrei com 14 anos, a Rafaela Silva e a Sarah Menezes entraram bem novinhas. São atletas novas, mas muito experientes. A gente vê a evolução no tatame, mas também como pessoa. É quase uma família, crescemos juntos.

Tóquio 2020
Eu já penso. Estou muito empolgada. Falei que queria tirar umas férias depois de competir aqui, mas estou muito empolgada, só penso em voltar e botar o quimono de novo. Em 2020 vai ser no Japão, a casa do judô. Eles devem fazer uma estrutura enorme. No Japão o judô é quase matéria escolar, tem muito praticante. Vou trabalhar. Tem muita coisa para evoluir.

Festa na noite de quinta
Nossa, passei vergonha. Eu estava numa felicidade que não era minha, passou além da conta. A família estava aqui, todo mundo meio louco, subi no palco com a Preta Gil. Mas foi muito gostoso.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/judo/noticia/2016/08/levanta-e-luta-mayra-aguiar-recria-os-20-minutos-cruciais-antes-do-bronze.html

Murray aplica pneu, sofre com reação de rival e obtém vaga suada na semi




OLIMPÍADAS RIO 2016

TÊNIS



Johnson perde concentração ao tentar rebater marcação eletrônica e leva 6/0 do atual campeão olímpico, que é surpreendido em seguida, mas garante vitória em 2 sets a 1




Por
Rio de Janeiro




(OBS. DO BLOG:
VEJA O VÍDEO CLICANDO 
NO LINK DA FONTE  MO
FIM DA MATÉRIA ABAIXO)




Parecia que seria fácil. No descontentamento e na perda de concentração de Steve Johnson, o britânico Andy Murray tomou um pequeno atalho rumo à defesa do ouro nos Jogos do Rio. Adversário do atual campeão olímpico nas quartas de final desta sexta-feira, no Centro Olímpico de Tênis, o tenista americano (22º do ranking) acabou levando um pneu no set em que ousou "desafiar" o desafio eletrônico num saque do britânico. Mais sereno no restante da partida, ele tornou o jogo bem mais equilibrado. Forçou o terceiro set e nele até chegou a ter uma quebra de vantagem. Mas o número 2 do mundo não se abateu e, com muito sufoco e tensão no tie-break, foi buscar a vaga nas semifinais da Olimpíada, nas parciais de 6/0, 4/6 e 7/6(2).

Andy Murray, tênis, Olimpíada, Rio 2016 (Foto: Reuters)
Depois de um pneu no primeiro set, Murray 
só foi conquistar a vitória no tie-break do 
terceiro set (Foto: Reuters)


Murray joga a semifinal dos Jogos Olímpicos neste sábado, contra o japonês Kei Nishikori (7º do ranking). Para ficar com a vaga, o ícone do tênis asiático derrotou o francês Gael Monfils (11º) por 2 sets a 1, parciais de 7/6(4), 4/6 e 7/6(6). A outra semifinal será entre o espanhol Rafael Nadal (5º), responsável pela eliminação do brasileiro Thomaz Bellucci, e o argentino Juan Martín del Potro (141º).


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O JOGO


Steve Johnson, tênis, Olimpíada, Rio 2016 (Foto: Getty Images)Johnson na reclamação contra o desafio eletrônico em saque de Murray (Foto: Getty Images)


Johnson fiou irritado logo no começo da partida. Depois de sofrer a quebra no segundo game após cometer dupla falta, não aceitou o que o desafio mostrou num saque de Murray. A bola tocou na linha por muito pouco, e o americano foi reclamar com o árbitro australiano John Blom, dizendo ter absoluta certeza que a bola não havia sido boa.

De tanto reclamar ele levou uma advertência e no restante do set não conseguiu fazer mais quase nada. Murray passou o rodo e aplicou o pneu (6/0), com direito àquela cruel ajudinha da rede no último ponto.

Para um certo alívio de Johnson, o campeão olímpico teve um primeiro game ruim e sofreu a quebra com um erro não forçado na paralela. Tentou correr atrás do prejuízo, mas aí já era outro Johnson em quadra. Mais concentrado e agressivo, o americano forçou o terceiro set e deu pouco margem para o número 2 do mundo. Ainda soltou um lob magnífico para obter a quebra no sétimo game do terceiro set, passando à frente por 4/3. Murray, porém, conseguiu devolver a quebra logo na sequência.

Com direito a break point salvo quando estava 4/4, o britânico batalhou. Johnson também jogou demais. E a definição do confronto foi parar no tie-break. Após levar a melhor num grande ponto e começar o game de desempate na frente, o dono do ouro logo conquistou a miniquebra. Uma deixadinha muita curta deu outra a Murray, que se viu com 5 a 2 de vantagem. Com dois saques a fazer, o britânico precisou trocar bolas com Johnson até confirmar os serviços e enfim conquistar a vitória.

Andy Murray, tênis, Olimpíada, Rio 2016 (Foto: Reuters)
Murray teve trabalho para bater americano, 
mas decretou a vitória no tie-break (Foto: Reuters)



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/tenis/noticia/2016/08/murray-aplica-pneu-sofre-com-reacao-de-rival-e-obtem-vaga-suada-na-semi.html

Ricardo Gomes deixa o Botafogo e será o novo técnico do São Paulo



Técnico deixa o Alvinegro e volta ao Morumbi após seis anos. Na primeira passagem, levou o Tricolor à semifinal da Libertadores de 2010




Por
Rio de Janeiro e São Paulo




Ricardo Gomes Botafogo (Foto: Satiro Sodré / SSpress / Botafogo)Ricardo deixa o Botafogo na zona de rebaixamento do Brasileirão (Foto: Satiro Sodré / SSpress / Botafogo)

Ricardo Gomes será o novo técnico do São Paulo. Ele aceitou a proposta do clube do Morumbi e, na tarde desta sexta-feira, acertou sua saída do Botafogo, time que dirigia desde a metade do ano passado, quando ganhou o título da Série B e o acesso à elite do Campeonato Brasileiro. O anúncio será feito no máximo até sábado.

O treinador chega ao Tricolor para substituir Edgardo Bauza, agora comandante da seleção argentina. Desde sua saída, Ricardo Gomes foi um dos nomes sugeridos por gente próxima ao presidente Carlos Augusto de Barros e Silva. 

Desde que perdeu Bauza, o São Paulo vem sendo treinado interinamente por André Jardine. O técnico da equipe sub-20 venceu seu primeiro jogo, por 2 a 1, contra o Santa Cruz. Apesar dos elogios por parte dos jogadores, a diretoria não tinha a ideia de efetivá-lo.

Ricardo Gomes foi o comandante do Botafogo na campanha da Série B do Campeonato Brasileiro de 2015, em que a equipe conquistou o título e o acesso. 

Neste ano, chegou a ser sondado pelo Cruzeiro durante as finais do Campeonato Carioca – o time perdeu a final para o Vasco –, mas recusou a proposta do time mineiro. Na ocasião, renovou até dezembro de 2017, em acordo que previa multa rescisória. O novo contrato, porém, nunca foi assinado.

No Botafogo, dois nomes ganharam força nas últimas horas para substituir Ricardo Gomes.

Milton Mendes, ex-Santa Cruz, já foi procurado por intermediários. Ele é tido como um treinador de potencial, além de ter um salário dentro da realidade alvinegra. Não está descartada, porém, a efetivação de Jair Ventura, auxiliar permanente do Botafogo. Jair vai comandar o time no domingo, contra o São Paulo, e será auxiliado pelo preparador físico Emílio Faro.

Ricardo volta ao São Paulo após seis anos. O treinador deixou o clube do Morumbi no dia 6 de agosto de 2010, logo após a eliminação na semifinal da Taça Libertadores diante do Internacional. Depois, teve passagem marcante pelo Vasco, onde conquistou a Copa do Brasil de 2011 e, durante o Campeonato Brasileiro daquele ano, sofreu um AVC. Ficou entre a vida e a morte, mas se recuperou e voltou a exercer o cargo no Botafogo.

O trabalho do técnico é muito elogiado pela atual gestão tricolor. Atual presidente, Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, era vice de futebol na primeira passagem de Ricardo Gomes. Na ocasião, o técnico levou o time da 16ª para a quarta colocação no Campeonato Brasileiro de 2009, brigando pelo título até as últimas rodadas.

Em sua primeira passagem pelo Tricolor, Ricardo Gomes disputou 73 partidas, sendo 38 vitórias, 15 empates e 20 derrotas, o que totaliza um aproveitamento de 58,9%.

Mesmo com a confirmação da contratação, o São Paulo ainda será treinado por André Jardine no próximo domingo. Pela 20ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Tricolor encara justamente o Botafogo, ex-time do novo técnico. 


FONTE:

Del Potro chama a torcida, chora, vence Bautista e encara Nadal na semi



OLIMPÍADAS RIO 2016

TÊNIS


Emocionado com classificação e apoio do público argentino, tenista não segura a emoção na Quadra 2, depois de eliminar espanhol com vitória por 2 sets a 0




Por
Rio de Janeiro



Os amigos Gastón Morales e Gustavo Ibarra vieram de Buenos Aires ao Rio para acompanhar a primeira Olimpíada na América do Sul. Não tinham ingressos para a sessão de jogos de tênis desta sexta-feira. Na noite anterior, porém, ao navegar em uma rede social, descobriram que havia uma carga extra de bilhetes. Não tiveram dúvidas: adquiriram entradas a eles e aos filhos para ver Del Potro em ação. O tenista gosta de público. Sabe usá-lo a seu favor. A combinação do apoio, que tornou a Quadra 2, por vezes, um estádio de futebol, com um sólido tênis, levou o argentino à semifinal do individual masculino. Foi o prêmio por vencer o espanhol Roberto Bautista Agut por 2 sets a 0, parciais de 7/5 e 7/6 (7-4), em duas horas e 11 minutos de jogo. O suficiente para chorar na comemoração.

- Delpo!, Delpo!, Delpo! - urravam os argentinos na saída do jogador da quadra, entre as lágrimas.
 
Juan Martin Del Potro tênis olimpíada rio 2016 (Foto: REUTERS/Toby Melville)
Juan Martin Del Potro chora ao vencer 
Bautista e alcançar a semifinal da Rio 
2016 (Foto: Toby Melville/Reuters)


Não é para menos. A próxima rodada, a ser disputada neste sábado, será diante de Rafael Nadal, que eliminou o brasileiro Thomaz Bellucci. Nada que seja impossível a Del Potro, o homem que, depois de ser o número 4 do mundo, ainda recupera a forma física, resultado de recente cirurgia no punho esquerdo, mas tem no torneio da Rio 2016 a classificação diante de Novak Djokovic. O argentino, superando Nadal, irá melhorar a marca de Londres 2012, quando foi medalha de bronze.
- É muito emocionante o que estou vivendo. A torcida me deixa sentido dentro de quadra. Eles me ajudam a fazer o que tenho de fazer e, por vezes, um algo a mais. É muito difícil segurar, então, chorei. Estou tirando força de não sei onde. E isso devo ao torcedor - disse o emocionado Del Potro, já na zona mista à imprensa.


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Del Potro adotou tom humilde na entrevista. Manteve a ponderação, ao ser perguntado se esse era o melhor momento da carreira - ele já ganhou US Open. Mas disse que chora quase todos os dias, ao lembrar do quanto lutou para deixar os problemas clínicos de lado e voltar a jogar. Ao reconhecer o desgaste físico, brincou que o melhor é nem pensar no confronto:

- Não imaginava ter a semifinal com Nadal. Fiquei pensando no jogo a jogo, após superar Novak. Depois, tive o João Sousa e o Taro Daniel. Ontem (quinta), ao ver que iria encarar o Bautista fiquei assustado. Sabia que, pelo chaveamento, caso eu passasse, iria encarar ou Bellucci ou Rafa. Então, quanto menos eu pensar no Rafa, melhor ao meu corpo.


O jogo  

Juan Martin Del Potro tênis olimpíada rio 2016 (Foto: REUTERS/Toby Melville)
Juan Martin Del Potro comemora vitória que 
o deixa entre os quatro melhores da Rio 2016 
(Foto: REUTERS/Toby Melville)


O primeiro game pode até ter sido equilibrado, mas Del Potro mostrou mais agressividade: 14 a quatro em winners, por exemplo. Aliou a isto, a torcida. A chamou nos momentos complicados. A olhava, em busca de força. A fórmula deu certo. Até porque Bautista tem ótimo nível, é o 17º do mundo. Depois de ceder o serviço quando poderia ter fechado o set, conseguiu devolver a quebra e encerrar a primeira parte em 7/5.  
 
- Y, y, y, somos locales otra vez - comemorou o público, uma referência a estar se sentindo em casa no Brasil, como fora na Copa do Mundo de 2014.  

Bautista, no segundo set, intensificou o jogo de fundo de quadra. Fez Del Potro se movimentar mais, gerando cansaço ao argentino. Foi assim que, depois de perder o serviço em game com apenas o segundo saque, devolveu a quebra e igualou o placar. Del Potro acusou dores na perna direita. Se agachou para alongar, por exemplo.

O jogo continuou igual, com os dois mantendo o serviço, em uma disputa tática muito intensa. Até o tie-break. Com um mini break e um ace em sequência, o argentino começou bem. Abriu 3 a 0. A torcida fez festa e muito barulho, a árbitra Mariana Alves teve dificuldade de controlar. Del Potro a chamou de novo, pediu apoio. Mas Bautista teve forças, empatou em 4 a 4, após dois erros do sul-americano. Mas Del Potro é Del Potro. E tem a torcida. Levou o jogo. Que jogo!

torcida argentina tênis olimpíada rio 2016 (Foto: REUTERS/Toby Melville)
Torcida argentina fez Del Potro se sentir em 
casa no Rio (Foto: REUTERS/Toby Melville)


FONTE:

Em sintonia, Larissa e Talita derrotam alemãs, seguem 100% e vão às quartas



OLIMPÍADAS RIO 2016

VÔLEI DE PRAIA

oBorger/Buthe dificulta em alguns momentos, mas não é páreo para o Brasil. Com foco total na medalha, elas chegam a quatro vitórias em quatro jogos na Olimpíada do Rio




Por
Rio de Janeiro






Quando se uniram em julho de 2014, Larissa e Talita entraram de cabeça em um projeto cujo objetivo era só um: a medalha olímpica. Em todo o período em que estiveram juntas, foram ajustando falhas, trocando ideia sobre como evoluir, disputando e vencendo torneios. E elas chegaram com força total aos Jogos Olímpicos. A cada "final", como decidiram chamar todos os confrontos do torneio nas areias de Copacabana, elas têm dado seu máximo. 

Não foi diferente no jogo desta sexta-feira: nas oitavas, encararam Borger e Buthe, segunda dupla da Alemanha. Em sintonia, superaram as rivais em 36 minutos na Arena de Vôlei de Praia e saíram vitoriosas por 2 a 0, parciais de 21/17 e 21/19 (assista ao vídeo clicando no LINK da FONTE no final da matéria abaixo)

Larissa e Talita voltam à quadra neste domingo para encarar nas quartas de final as vencedoras do confronto entre as holandesas Meppelink e Van Iersel e a parceria formada pelas suíças Heidrich e Zumkehr. Na manhã desta quinta-feira, Ágatha e Bárbara Seixas passaram com facilidade pelas chinesas Wang e Yue por 2 sets a 0 (21/12 e 21/16). Em busca da vaga na semifinal, elas enfrentam a dupla vencedora do duelo entre Ukolova/Birlova (RUS) e Liliana/Elsa (ESP), em outra partida marcada para domingo. Os horários ainda não foram definidos.

Na disputa masculina, Alison e Bruno Schmidt enfrentam nesta sexta-feira, às 11h (de Brasília), os espanhóis Herrera e Gavira, pelas oitavas. Na sequência, às 16h, Pedro Solberg e Evandro lutam por uma vaga nas quartas diante dos russos Liamin e Barsuk.

Larissa Talita Borger Buthe Brasil Alemanha Olimpíada Rio (Foto: Yasuyoshi Chiba / AFP)
Larissa e Talita estão nas quartas de final 
com 100% de aproveitamento (Foto: 
Yasuyoshi Chiba / AFP)


- Hoje, mais uma vez, o conjunto, a nossa união ajudaram bastante. A gente não começou tão bem, da forma como a gente esperava, mas a gente conseguiu transformar o jogo. Isso cada vez mais faz a gente ficar confiante, faz com que a gente passe por momentos difíceis, isso traz um crescimento para o nosso time. Foi mais um dia especial, mais um dia pra gente aprender algumas coisas, eliminar os erros e potencializar tudo que foi de bom - disse Larissa, valorizando a comunicação quase telepática com a sua parceira:

- A gente fala pelos olhares, pela  telepatia, pela sintonia. O mais importante era a certeza de  quea gente ia conseguir. Independentemente de estar três pontos atrás, a gente ia encontrar uma forma de reverter o jogo - comentou a medalhista de bronze em Londres 2012. 

A gente fala pelos olhares, pela  telepatia, pela sintonia. O mais importante era a certeza de que a gente ia conseguir. Independentemente de estar três pontos atrás, a gente ia encontrar uma forma de reverter o jogo"
Larissa

Invictas na Olimpíada e sem perder nenhum set há 11 partidas, as brasileiras estão nas quartas de final. Destaque para Larissa, que fez dois aces e teve desempenho levemente superior à companheira, mas nada que ofuscasse o brilho da dupla.

- A gente está junto o tempo inteiro. O importante é como lidar. Eu confio nela, eu acredito nela, eu sabia que ela ia conseguir se superar e eu estava pronta pra ajudar o tempo inteiro e fazer por mim e por ela se precisasse, mas o importante é a certeza de que a gente ia conseguir superar - analisou Larissa.

Para Talita, a dupla já era esperado um jogo duríssimo com as alemãs. Segundo ela, o vento e o saque das adversárias foram os pontos mais difícil no caminho para a vitória.

- Foi um jogo bom, é um time bom, é um time que vem de bons resultados, estava ventando um pouquinho, elas sacam bem, então aproveitaram o lado bom, mas também aproveitamos quando estávamos no lado bom, em uma sequência de bons saques, mas é isso. Vento tem para os dois, vale quem estiver mais calma, paciência e experiência. É o que a Larissa disse, é encontrar como reverter aquilo, como nós já revertermos vários placares, ter a paciência, saber que a gente vai limpar o jogo, com calma. O set só acaba quando o árbitro apita. Até lá, o outro time vai ter que ficar pensando com pegar a gente, montando estratégia. Quem sai mais rápido das situações difíceis é que consegue ganhar - afirmou a atleta de Aquidauana (MS).


- Estava ventando um pouco, então, era não se irritar com os erros, porque elas iam conseguir bons saques. Era pensar: "Estou do lado ruim agora, mas vou para o lado bom", com paciência, conversando dentro de quadra, para se acertar e não ter ansiedade e afobação, nem esquecer do resto do jogo, né, porque você precisa sacar, precisa fazer estratégia, é não perder o foco. De tanto passar pelas situações, e como a gente joga muito juntas, sempre falando. Em alguns momentos, nem precisa falar, que a gente já sabe - acrescentou.

O JOGO

vôlei de praia; brasil; talita; larissa; olimpíadas (Foto: Marcio Jose Sanchez/AP Photo)Larissa e Talita jogam bem e vencem
(Foto: Marcio Jose Sanchez/AP Photo)


O início do duelo não foi muito fácil para Larissa e Talita, que sofreram com a artilharia pesada das alemãs e levaram 4 a 1. Depois, empurradas pela torcida, elas se recuperaram: conversaram, repararam erros e conseguiram a virada. A partir daí, houve tranquilidade. Soltas, as brasileiras começaram a jogar muito bem. Exemplo disso foram duas defesas espetaculares feitas por Larissa, depois de um bloqueio de Talita: 14 a 9. Administrando a vantagem, fizeram 21 a 17.




O segundo set também não começou muito tranquilo para o Brasil. As alemãs chegaram a tomar a dianteira, mas Larissa e Talita, novamente trocando ideia, conseguiram deixar bem claro que seu objetivo é mesmo a medalha olímpica. Um ace de Larissa em cima de Borger levantou o público na arquibancada, e uma bola fora da mesma rival deixou tudo igual: 13 a 13. Se Buthe não tem o físico de Larissa, Talita e de sua companheira, ela compensava na técnica: fez vários pontos com belos ataques, principalmente largadinhas, surpreendendo as donas da casa. Mas as brasileiras deram o troco com sua habilidade e determinação e, em uma pancada de Larissa, saíram com a vitória: 21/19.




Estou chorando porque queríamos continuar. A atmosfera está tão boa. Só de pensar que amanhã iremos acordar e não vamos poder jogar aqui de novo nos deixa tristes. Mas estamos orgulhosas. Foi divertido jogar sentindo a paixão da torcida"
Buthe

Buthe saiu de quadra aos prantos, sentindo que faltou pouco para a vitória no Rio.

- Estou chorando por estar com este sentimento de que queríamos continuar lá na arena. A atmosfera está tão boa. Só de pensar que amanhã iremos acordar e não vamos mais poder jogar aqui de novo nos deixa tristes. Mas estamos orgulhosas. Uma vez, conseguimos vencer o Brasil, mas foi divertido jogar, sentindo a paixão da torcida. É emocionante ver a paixão dos brasileiros pelo esporte, dá um prazer a mais para as atletas em quadra.

vôlei de praia; alemanha;  Karla Borger; Britta Buthe; olimpíadas (Foto: Adrees Latif/Reuters)
A Alemanha teve bons momentos, mas não 
foi páreo para Larissa e Talita (Foto: 
Adrees Latif/Reuters)


FONTE:

Gilmar autoriza investigação contra PT, PP e PMDB, menos PSDB




FONTE:
http://jornalggn.com.br/luisnassif



Jornal GGN - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, decidiu acatar ao pedido de abertura de processos de investigação eleitoral contra o PP e o PMDB, após ordenar a apuração contra o PT. Até o momento, Gilmar não deu aval à abertura de investigação contra o PSDB.
 
Os pedidos foram feitos pela ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora do TSE, nesta terça-feira (09). Além disso, também pediu a apuração das contas de campanha do senador Aécio Neves (PSDB), sobre a candidatura às eleições presidenciais de 2014 na qual foi derrotado.
 
Ocupando o cargo de corregedora da Justiça Eleitoral, sugeriu a abertura das investigações contra os três partidos, após Gilmar Mendes, presidente do Tribunal, pedir a apuração sobre o PT.
 


Para Maria Thereza, as delações premiadas de investigados da Operação Lava Jato - argumento usado por Gilmar para pedir a investigação - também trazem suspeitas de irregularidades nas campanhas dos outros três partidos. Acusados de receber propina disfarçada em doações eleitorais, se comprovados os crimes, os três partidos podem até perder o registro na Justiça Eleitoral.


"Muita alegria de ser golpista ao lado do STF", afirma senadora pró impeachment


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Jornal GGN - Numa tentativa de provocar os senadores que são contra o impeachment de Dilma Rousseff por vislumbrar falta de embasamento jurídico para a denúncia de crime de responsabilidade fiscal, a senadora Ana Amélia (PP) usou a tribuna da Casa para dizer que tem orgulho de dar o "golpe" do impeachment ao lado do Supremo Tribunal Federal. Ela se referiu ao fato de o STF ter ditado as regras para o processo sem emitir juízo sobre o mérito. O presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski, não reagiu à fala.

A declaração machista e retrógrada de Ricardo Barros sobre a saúde preventiva. Por Nathali Maced



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O Ministro da Saúde Ricardo Barros é a cara do governo Temer: homem branco, cis, hétero, sulista e com opiniões retrógradas.

Ele comentou o resultado de uma pesquisa feita pela ouvidoria da pasta em 2015, segundo a qual 31% dos entrevistados afirmaram não terem o hábito de recorrerem às unidades de saúde para buscarem prevenção de doenças: “Uma questão de hábito, de cultura, até porque os homens trabalham mais, são provedores da família e não acham tempo para se dedicar à saúde preventiva.”

A primeira coisa que pode ser extraída dessa desleixada justificativa é a insensibilidade de Barros – insensibilidade que, aliás, também é a cara do governo interino – em relação aos recortes de gênero necessários para se fazer política no Brasil.


Homens não são os provedores da família há algumas décadas, mesmo porque há muito mais tipos de família entre o céu e a terra do que supõe a vã filosofia da bancada evangélica.

A família nuclear – o homem provedor, a mulher que cuida da casa e os filhos pequenos – é apenas um dentre tantos modelos de família.

Afora que, desde a Revolução Industrial, as mulheres foram inseridas no mercado de trabalho – o que não significou autonomia, como de fato ainda não significa, dada a exploração do capitalismo patriarcal. Mas também não significa que as mulheres têm se limitado aos serviços domésticos.
Segundo a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE, em 2014, mais de 38% dos lares brasileiros eram providos por mulheres.

Ainda que as mulheres se dedicassem integralmente ao lar, supor que serviços domésticos são menos desgastantes do que o trabalho que se faz fora de casa é também de uma insensibilidade inacreditável. Cuidar da casa e dos filhos não é um trabalho menor. Há muitas mulheres que ainda fazem esta escolha, e nem por isso sobra-lhes mais tempo para cuidar da saúde preventiva.

A razão para que cuidemos da nossa saúde preventiva com mais afinco que os homens é mais complexa, eu diria: ninguém jamais nos ensinou que somos imbatíveis.

O Brasil é imenso e em cada canto dele há homens com hábitos culturais imbuídos de um machismo assassino, inclusive para eles próprios: ir ao médico não é coisa de macho.

Enquanto homens morrem por não serem incentivados a cuidarem da própria saúde – o que, ao que parece, ainda é visto com um sinal de fragilidade – as mulheres são convencidas de que são imundas por uma indústria farmacêutica doentia (vide a quantidade assustadora de marcas de sabonetes íntimos femininos no mercado).

O que se quer dizer com isso é que o desleixo com a própria saúde – uma afirmação tácita de força e virilidade – é um dos valores patriarcalistas mais prejudiciais aos homens.

E estes homens que criam justificativas para não cuidarem da própria saúde estão sendo dizimados e continuarão sendo enquanto não compreenderem que o machismo também oprime aos homens, não apenas quando lhes diz que não devem chorar em público porque sensibilidade não é coisa de macho, mas também em casos mais complexos e mais preocupantes como este.

Para os homens, repensar os próprios valores no sentido de reconhecer os próprios privilégios e apoiar a luta por igualdade de gêneros não é, há muito, apenas uma questão de bom-senso: é questão de saúde.

Mas, ao que parece, nem mesmo o Ministro da Saúde compreende isso.

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Nathali Macedo
Sobre o Autor
Colunista, autora do livro "As Mulheres que Possuo", feminista, poetisa, aspirante a advogada e editora do portal Ingênua. Canta blues nas horas vagas.

Míriam Leitão antecedeu Carmen Lúcia na anti-sororidade destruidora. Por Paulo Nogueir



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http://www.diariodocentrodomundo.com.br/miriam-leitao-antecedeu-carmen-lucia-na-anti-sororidade-destruidora-por-paulo-nogueira/





Soldada do jornalismo de guerra dos patrões
Soldada do jornalismo de guerra dos patrões


Carmen Lúcia, escrevi outro dia, encarnou a anti-sororidade ao dizer por que prefere ser chamada de presidente e não presidenta do STF. Sororidade, termo muito em uso hoje, é a fraternidade entre as mulheres.

Carmen foi grosseira com Dilma e ignorante com a língua portuguesa, da qual disse presunçosamente ser “amante”.
Presidenta é uma acepção tão correta como presidente, como mostram dicionários e citações de grandes escritores, entre os quais Machado de Assis.


Carmen Lúcia não foi pioneira na anti-sororidade.

Em outro episódio notável, Míriam Leitão foi extremamente dura numa entrevista com Alckmin porque este ousou se referir a Dilma como presidenta.

Míriam o censurou diante das câmaras. Alckmin respondeu que costumava chamar as pessoas da maneira que elas preferem.

A mesma Míriam Leitão que recentemente se mostrou indignada com o ministério masculino de Temer foi, ali, tão machista quanto o interino e tão primitiva no português quanto Carmen Lúcia.

Era o jornalismo de guerra das grandes corporações jornalísticas. Míriam Leitão foi um dos grandes expoentes disso.

Algum dia haverá de ser estudado o papel de mulheres jornalistas na caça a Dilma. Sequer as roupas presidenciais foram poupadas. Outra jornalista da Globo, Cora Ronai, massacrou o vestido usado por Dilma na cerimônia de posse de seu segundo mandato, como se fosse um machista bêbado falando de mulheres feias numa roda de bar.

Mas o papel de precursora de Carmen Lúcia cabe, com todas as honras, a Míriam Leitão.
Como soldada e fâmula do jornalismo de guerra dos Marinhos, ela recriminou Alckmin por haver chamado Dilma como ela optara por ser dessignada, com total amparo etimológico.
Ao vencedor as batatas, escreveu Machado de Assis, uma das provas da existência de presidenta, como falei acima.

Para Míriam Leitão, as batatas.

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Paulo Nogueira
Sobre o Autor
O jornalista Paulo Nogueira é fundador e diretor editorial do site de notícias e análises Diário do Centro do Mundo.

Dória se apossa de adega milionária


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http://www.conversaafiada.com.br/brasil/doria-se-apossa-de-adega-milionaria


Brito: "A elite paulista faz como pode"

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Reprodução: Tijolaço
O luxo paulistano é um lixo: a “adega ostentação” de Doria Jr.

Quando eu era guri, corria a história de que, para economizar e produzir um efeito engana-trouxas, encomendavam-se “lombadas a metro”, placas que simulavam livros bem encadernados com que se cobriam as prateleiras mais altas das estantes. Afinal, ninguém ia subir lá, mesmo, e o dono da trapizonga passava por “culto”.

Achava que era mentira, mas depois, já jovem, metido com produtoras de vídeo e cenógrafos, descobri que havia mesmo os “fabricantes de cultura” , caprichando nas falsas capas de couro e nas letras douradas que ornavam a “biblioteca”.

Hoje, na Folha, descubro que em lugar dos “livros de fachada”, a elite paulistana criou os vinhos de status, colocando as adegas no lugar daquelas estantes.

O vendedor de vinhos Elídio Lopes diz que está tentando reaver as garrafas de vinhos caríssimos que emprestava para João Dória Jr. impressionar os tolos com sua “adega”.

Lopes diz que deixava o “estoque” para Dória exibir aos seus convidados, mesmo sem gostar de vinho.

Como a gente diz aqui no Rio, para “tirar onda”.

Lopes fechou a loja e foi buscar as garrafas de volta, diz ele, mas Dória não devolveu e agora cobra uma conta de US$ 84 mil (R$ 265 mil) em garrafas que davam ares de sommelier ao candidato a prefeito de São Paulo.

Confesso que se um amigo me contasse, não acreditaria.

A elite paulista faz como pode. Não tem o “funk ostentação”? Agora se descobre a “adega chique ostentação”.

Senadora é golpista alegre


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http://www.conversaafiada.com.br/politica/senadora-e-golpista-alegre



Ana Amélia causou desconforto na votação do Golpe


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Ontem (10), o Senado aprovou, por 59 a 21 votos, o julgamento de Dilma na Casa. A sessão plenária foi inteiramente presidida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, cuja função foi apenas de coordenação e a observância de que os preceitos constitucionais fossem respeitados. Para isso, o ministro pediu que os senadores agissem com "coragem e independência" em seu papel de julgadores.
Nessa esteira, a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) aproveitou a participação de Lewandowski para mostrar que a "fraude, ou o golpe, incrivelmente tem a cobertura da Suprema Corte de nosso país. Se não fosse isso, não estaríamos hoje aqui, nesse julgamento, porque se fosse inconstitucional o nosso trabalho o Supremo já teria suspenso esse processo. Não venham me falar em golpe ou em fraude", disse.
Em seguida, disse que tem "muita alegria de ser golpista ao lado de ministros como Carmen Lucia, como Antonio Dias Toffoli, e todos aqueles que declararam que o impeachment é constitucional". A reação do min. Lewandowski foi essa:
Desde que o processo de impeachment foi recebido pela Câmara, muitos acadêmicos e advogados têm se pronunciado sobre essa participação do Supremo Tribunal Federal de legitimação do processo em andamento. O colunista do Justificando Frederico de Almeida foi um deles. Em sua avaliação, o STF começou a participar como um agente das ilegalidades cometidas no processo, sendo parte decisiva do processo.
O tribunal fez uma opção clara por agir ou deixar de agir convenientemente de maneira a impedir a reação do governo por meios próprios do jogo político, contribuindo de maneira definitiva para a destituição de Dilma por meios extraordinários e atendendo a intuitos assumidamente golpistas. O STF não vai barrar o golpe porque ele é parte do golpe.

Vídeo didático: "negociado" é pra te ferrar!



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http://www.conversaafiada.com.br/economia/video-didatico-negociado-e-pra-te-ferrar



VEJA O VÍDEO CLICANDO NO LINK DA FONTE ACIMA


O que os trabalhadores vão perder com o negociado sobre o legislado


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Se você acha que a vida melhorou depois que o golpe nos nossos direitos virou ordem do dia no governo interino de Michel Temer, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, você precisa saber o que é negociado sobre o legislado. Nesta luta que os trabalhadores precisam travar com a força da sua união, estão em jogo direitos básicos adquiridos ao custo de muita batalha por direitos.

Na verdade, estão em jogo, com essa tramoia do golpe nos nossos direitos uma disputa entre o legislado, as garantias dos direitos da CLT, e o negociado, aquilo que os patrões impõem como perdas nas mesas de negociação.

Não tá fácil para ninguém e vai ficar ainda pior quando nos dermos conta que a conversa de modernização das relações de trabalho não passa de um discurso para esconder que a carteira de trabalho assinada, o 13º salário e até as nossas férias remuneradas correm grande risco.

Deem uma olhada neste vídeo. Tem um fala povo que mostra que os trabalhadores não vão aceitar isso. É tempo de resistência e luta! Veja o didático vídeo do Sindicato dos Bancários de Porto Alegre.

BBC diz "cala a boca, Galvão!"



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http://www.conversaafiada.com.br/brasil/bbc-diz-cala-a-boca-galvao


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Berros do Galvão anularam a largada da prova!

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Galvão deve ter algum problema com o Phelps... (Reprodução: Twitter)
Na Fel-lha:
Comentarista britânico dá bronca em Galvão Bueno: 'Precisa calar a boca durante a largada
Galvão Bueno levou uma bronca de um narrador da emissora britânica "BBC", na noite desta terça-feira (9), durante a exibição de uma prova de natação.

"O comentarista perto de mim precisa calar a boca durante a largada", disse um apresentador do canal do Reino Unido na transmissão.

O vídeo do puxão de orelha está circulando pelas redes sociais. Nele, é possível ouvir, ao fundo, Galvão apresentando em voz alta os competidores, entre eles Michael Phelps. O americano venceria a prova, os 200 m borboleta, e conquistaria sua 20ª medalha de ouro olímpica.

Por se tratar de um momento no qual os atletas precisam de silêncio para ouvir o sinal sonoro da largada, o apresentador britânico não se conteve e reclamou do brasileiro.

"Desculpem, todo mundo aqui está quieto durante a largada", acrescentou o britânico, após a partida ter sido abortada momentaneamente pela juíza da prova.

"Fora Temer" também no Canadá!


FONTE:
http://www.conversaafiada.com.br/politica/fora-temer-tambem-no-canada


No Fórum Social Mundial, o Traíra não tem sossego

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Brasileiros denunciam o golpe e gritam "Fora Temer" no FSM no Canadá
Uma grande marcha abriu a 12ª edição do Fórum Mundial Social (FSM) na última terça-feira (9) que ocorre pela primeira vez em Montreal, no Canadá. Cerca de 20 mil pessoas, de 120 países, segundo a organização do evento, se reuniram no Parc La Fontaine. Na passeata, os participantes exponham suas bandeiras, de seus países e das causas que foram defender no FSM.
Neste encontro que acontece até o próximo domingo (14), representantes de várias nações debatem a desigualdade social e econômica dos povos com intuito de elaborar alternativas para uma transformação social global.
Com o slogan "Um outro mundo é necessário e possível", representantes das mais diversas entidades ligadas a sociedade civil organizada debatem temas como democracia, desenvolvimento, educação, comunicação, juventude, povos originários, resistência, sustentabilidade, feminismo, direitos humanos, sindicalismo, entre outros.
A delegação brasileira que participa do FSM em Montreal conta com a participação de mais de 30 organizações. A representante da Frente Brasil Popular no evento, Liége Rocha, contou ao Vermelho que o coletivo brasileiro realizará na sexta-feira (12) e no sábado (13) atividades importantes, como o Tribunal Internacional Ética, Legalidade e Democracia que contará com a brasileira Bartiria Costa, presidenta da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam), como uma das palestrantes da assembleia em defesa da democracia.
Para Líege Rocha, a marcha de abertura foi um importante momento para a os movimentos sociais brasileiros denunciarem o golpe em curso no país e o retrocesso nos direitos da população que têm sido aplicados pelo governo ilegítimo de Temer.
O encontro terá o número de participantes reduzido nesta edição, mas para Liége Rocha que faz parte do movimento feminista no Brasil, o encontro não perderá o seu objetivo. “O Fórum continua sendo um espaço importante de articulação dos movimentos sociais, com uma riquezas de temas debatidos.”
“As mulheres estão presentes debatendo sobre feminismo e democracia, a participação das mulheres nos sindicatos, as mulheres e o desenvolvimento, a democracia na América latina e a resistência desde uma perspectiva feminista”, destacou.
A programação do FSM 2016 inclui atividades auto organizativas, como debates, palestras, reuniões, conferências e atividades culturais, que são distribuídas por 11 locais no centro de Montreal.
Confira toda a programação do evento.