quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Treinador do Atlético-GO admite que risco de cair existe: "Sempre alertei"


Após nova derrota, Gilberto Pereira lamenta situação do Dragão e culpa perda de foco antes da hora: "Os jogadores ouviram falar muito que já havíamos escapado"



Por
Goiânia


Após derrota de 2 a 0 para o Sampaio Corrêa, a terceira seguida do Atlético-GO na Série B, o técnico Gilberto Pereira afirmou que há tempos vem alertando os jogadores sob o perigo real de rebaixamento. A diferença para o Z-4, que já chegou a ser de 11 pontos, caiu para apenas quatro, mas não por falta de aviso, garante o comandante rubro-negro.

- Sempre alertei os jogadores. Quem vive de futebol sabe fazer a matemática. Nós não estávamos livres da ameaça de queda. Só que os jogadores ouviram falar muito que já havíamos escapado. Não era verdade e eu dizia - declarou o treinador à Rádio 730.

Gilberto Pereira, técnico interino do Atlético-GO (Foto: Reprodução/Premiere)
Gilberto Pereira: técnico diz que já vinha 
alertando sobre risco de se aproximar do 
Z-4 (Foto: Reprodução/Premiere)


O que deixa Gilberto confiante em escapar é o fato de o Atlético-GO depender apenas de mais uma vitória. Os dois próximos jogos serão em casa, contra Macaé e Oeste, e o técnico crê na fuga.

- O pior é quando dependemos dos outros. Não é o caso, mas vamos ter que nos concentrar, algo que não vem acontecendo nos últimos jogos.

O Atlético-GO é 14º colocado com 43 pontos. O próximo compromisso do Dragão será contra o Macaé, concorrente direto, sábado, às 21h, no Serra Dourada.


SAIBA MAIS
Márcio lamenta erros individuais: "Ocasionamos a vitória do Sampaio"Vc dá nota: avalie a atuação dos jogadores do Atlético-GO no MaranhãoConfira todas as notícias do esporte goiano no globoesporte.com/go


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/go/futebol/brasileirao-serie-b/noticia/2015/11/treinador-do-atletico-go-admite-que-risco-de-cair-existe-sempre-alertei.html

Revigorado por vitória em casa, Condé projeta cálculo para chegar à Série A


Treinador fala em busca sete ou até mesmo os noves pontos finais da competição



Por
São Luís, MA


Diferente do empate em casa, na rodada anterior, contra o Oeste, a eficiência pesou a favor do Sampaio, nessa terça-feira, contra o Atlético-GO, no Castelão, e a equipe maranhense continua bem viva na luta pelo acesso à Série A. O técnico tricolor, Léo Condé, exaltou justamente este aspecto em sua análise sobre o confronto.

- Não fizemos uma partida brilhante, mas fomos eficiente. O que foi suficiente para a gente construir a vitória. Uma vitória importante que nos deixa próximo da zona de classificação – disse.
Condé projetou a reta final e os três jogos finais da Série B. O treinador fala em no mínimo mais sete pontos para conquistar o acesso.

- São três finais onde, talvez, vai necessitar a gente vencer as três partidas. Ou, talvez, vencer duas e empatar uma. Vai depender muito do que cada rodada vai apresentar. Agora, sinceramente, a gente não se preocupa muito com o adversário. Nossa preocupação é com o nosso trabalho – afirmou.

Léo Condé durante na vitória sobre o Atlético-GO, última partida do Sampaio (Foto: Biamam Prado / O Estado)
Léo Condé durante na vitória sobre o 
Atlético-GO, última partida do Sampaio 
(Foto: Biamam Prado / O Estado)


Sobre a pegada do time nestas partidas, o treinador diz que o fator principal tem que ser a concentração. Para ele, o equilíbrio emocional será muito importante.

- Agora é manter aquilo que a gente fez a competição inteira. Grau de concentração elevado, não deixar se levar por ‘oba-oba’ e também quando tiver o resultado adverso não se abater – finalizou.
A partida seguinte do Sampaio na Série B será diante do Bragantino. O confronto está marcado para este sábado, às 17h30 (Brasília), no Nabi Abi Chedid.


FONTE:

Sampaio vence por 2 a 0, cola no G-4 e eleva risco de queda do Atlético-GO



SAM
versus
ACG
Campeonato Brasileiro Série B 2015 - 35ª RODADA


Tricolor domina o jogo com facilidade e ganha com gols de Válber e Douglas Oliveira para assumir o quinto lugar; apático, Dragão perde terceira seguida e vê Z-4 de perto



Por
São Luís


Dominante durante toda a partida, o Sampaio Corrêa se impôs com facilidade e venceu o Atlético-GO por 2 a 0 na noite desta terça-feira. Válber e Douglas Oliveira marcaram os gols do Tricolor no Castelão, em São Luís, e fizeram o clube colar no G-4. Já o Dragão amarga a terceira derrota consecutiva e se vê novamente ameaçado pelo rebaixamento.

O Sampaio chegou a 57 pontos, ganhou duas posições e agora é quinto colocado. Na próxima rodada, enfrenta o Bragantino no Nabi Abi Chedid às 17h30 de sábado. No mesmo dia, mas às 21h, o Atlético-GO, que ocupa o 14º lugar com 43 pontos, recebe o Macaé no Serra Dourada.

Muito mais interessado no jogo, o Sampaio Corrêa dominou o primeiro tempo e não demorou a abrir o placar. Logo aos 11 minutos, o time da casa conseguiu boa linha de passe e invadiu a área do Atlético-GO pela direita com Edgar. Ele cruzou rasteiro para Válber, que completou de primeira com extrema facilidade entre os zagueiros rubro-negros, estáticos.

Sampaio bateu o Atlético-GO, na noite desta terça-feira, no Estádio Castelão (Foto: Biamam Prado / O Estado)
Sampaio bateu o Atlético-GO, na noite desta 
terça-feira, no Estádio Castelão (Foto: 
Biamam Prado / O Estado)


Mesmo em desvantagem, o Dragão não mudou de postura. Sem forças para atacar, a equipe goiana continuou se limitando a defender e viu o Sampaio chegar com perigo mais três vezes antes do intervalo: em chutes de longe de Damião e Raí e em cabeceio de Luiz Otávio.


Veja todos os detalhes da partida no Tempo RealConfira tabela e classificação atualizada da Série B


O primeiro lance de perigo do Atlético-GO surgiu apenas aos cinco minutos da etapa final, quando Pedro Bambu arriscou de fora da área, mas esbarrou em boa defesa de Rodrigo Viana. A resposta do Sampaio veio logo em seguida. O goleiro Márcio e o volante Régis saíram jogando errado para o Dragão, e Henrique conseguiu roubar a bola na lateral. Ele cruzou à meia altura para Douglas Oliveira, que apenas completou para o gol vazio, ampliando o placar.

Em momento algum o Atlético-GO deu mostras de que conseguiria reagir. Além de esporádicos chutes de longe de Bambu, o time visitante teve apenas uma chance com Luiz Fernando, defendida por Rodrigo. O Sampaio diminuiu o ritmo, mas nada que comprometesse a vitória tranquila.


(OBS. DO BLOG:
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/ma/futebol/brasileirao-serie-b/noticia/2015/11/sampaio-vence-por-2-0-cola-no-g-4-e-eleva-risco-de-queda-do-atletico-go.html

Organização da Copa de 2014 rendeu R$ 6,2 milhões a Marin, diz jornal


Ex-presidente da CBF e do Comitê Organizador Local teria recebido mais da metade do valor apenas no ano do Mundial. Dirigente segue em prisão domiciliar nos EUA



Por
São Paulo


Preso nos Estados Unidos acusado de envolvimento em esquema de corrupção na Fifa, José Maria Marin recebeu R$ 6,2 milhões para organizar a Copa do Mundo no Brasil. De acordo com o jornal "Folha de S. Paulo", o ex-presidente da CBF e do Comitê Organizador Local (COL) teve o rendimento entre 2013 e 2014 - sendo mais da metade dele (R$ 3,6 milhões) apenas no ano da competição.


LEIA MAIS:
Marin é vigiado 24 horas por dia dentro da própria casa em Nova York


José Maria Marin em Nova York (Foto: REUTERS/Lucas Jackson)
Marin está em prisão domiciliar em Nova York 
(Foto: REUTERS/Lucas Jackson)


Sucessor de Ricardo Teixeira no COL, Marin tinha uma função burocrática e não tomava decisões no processo de organização do Mundial. A princípio, os membros do comitê não possuíam dinheiro a receber, uma vez que os lucros seriam alocados em conta de reserva - entretanto o ex-comandante da CBF declarou ter ganho R$ 1,6 milhão por "trabalho assalariado" na função.

Marin está em prisão domiciliar em Nova York há uma semana. Após chegar a um acordo com a Justiça norte-americana para sua extradição da Suíça - onde estava desde sua detenção em maio deste ano -, o brasileiro precisou pagar US$ 1 milhão em dinheiro vivo, US$ 2 milhões em carta de fiança e deu como garantia US$ 15 milhões (R$ 57 milhões).

Durante a negociação, se recusou a delatar outros envolvidos no esquema de corrupção no qual é acusado de envolvimento: propinas relativas a venda de direitos de transmissão da Copa do Brasil e da Copa América. O ex-presidente da CBF alegou ser inocente no caso.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2015/11/organizacao-da-copa-de-2014-rendeu-r-62-milhoes-marin-diz-jornal.html

Blatter está internado e deverá receber alta na próxima semana


Amigo diz que suíço está empenhado em voltar ao comando da Fifa após suspensão



Por
Rio de Janeiro


Blatter sorteio eliminatórias (Foto: AP)Blatter foi suspenso por 90 dias pelo Comitê de Ética da Fifa (Foto: AP)


Joseph Blatter está internado em um hospital de Zurique, segundo informações divulgadas por agências internacionais nesta quarta-feira. Presidente suspenso da Fifa, o suíço de 79 anos deverá receber alta na próxima semana após ter passado por uma bateria de exames.

Blatter deu entrada no hospital na última semana e, de acordo com seu porta-voz, deverá receber alta na próxima segunda e retornará ao trabalho na terça. O motivo da internação ainda não foi oficialmente revelado, mas a imprensa internacional diz que o dirigente sofre com o stress.

- Ele está no hospital, mas foi recomendado apenas que relaxe por alguns dias. Ele voltará ao trabalho na terça. A sua mensagem mais importante é que ele está se preparando totalmente para lutar contra sua suspensão de 90 dias. Ele está convencido que o Comitê de Ética não pode tirá-lo. Ele me disse ontem: "Fui eleito por 209 federações e nenhum comitê pode me tirar do jogo". Ele está brigando contra a suspensão - disse seu amigo Klaus Stoehlker à "Press Association Sport".

Blatter, Michel Platini e Jérôme Valcke foram suspensos por 90 dias, em outubro, de qualquer atividade relacionada ao futebol. Com isso, Blatter foi substituído na presidência da Fifa provisoriamente pelo camaronês Issa Hayatou, vice-presidente mais antigo dentro do Comitê Executivo e presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF).

O comitê - que possui independência dentro da Fifa e é comandado pelo advogado Hans Joachim Eckert - afirmou que a decisão foi tomada por conta das investigações que vem conduzindo pelas acusações de corrupção envolvendo Blatter, Platini e Valcke. Além do trio, o ex-vice-presidente da entidade e pré-candidato à presidência Chung Mong-Joon foi banido por seis anos e multado em 100 mil francos suíços (R$ 401 mil) por má conduta no processo de escolha das sedes dos Mundiais de 2018 e 2022.

A decisão do Comitê de Ética atinge diretamente o atual mandatário do futebol mundial e o favorito a ser seu sucessor. Enquanto Blatter já se via envolvido em suspeitas desde que a crise na Fifa estourou em maio, com a prisão de sete dirigentes, Platini vinha se dizendo o homem certo para conduzir a entidade a uma nova fase, longe da corrupção, trabalhando de olho na eleição marcada para 26 de fevereiro.

Contudo, o francês foi surpreendido com um interrogatório na sede da Fifa, após uma reunião do Comitê Executivo - tudo por conta de um pagamento de 2 milhões de francos suíços (R$ 10 milhões) recebido por Platini em 2011. O presidente da Uefa se defendeu, alegando que tratava-se dos vencimentos por um "trabalho feito entre janeiro de 1999 e junho de 2002".


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/noticia/2015/11/blatter-e-internado-na-suica-e-devara-deixar-hospital-na-proxima-semana.html

Juliana tenta superar morte do pai e perda de vaga olímpica: "Leva tempo"


Após ano de altos e baixos, bronze em Londres fica fora dos Jogos do Rio, se renova em busca de novos objetivos, descarta aposentadoria e cogita estudar Administração




Por
Rio de Janeiro


Após ficar fora das Olimpíadas, Juliana traça Circuito Brasileiro e Mundial como metas para 2016 (Foto: Carol Fontes)Após ficar fora das Olimpíadas do Rio, Juliana traça Circuito Brasileiro e Mundial como metas para 2016 (Foto: Carol Fontes)


Oito vezes campeã do Circuito Mundial, medalhista de bronze nas Olimpíadas de Londres (2012) e com dois títulos pan-americanos (2007 e 2011) no currículo, Juliana Felisberta já escreveu o seu nome na história como uma das maiores jogadoras de vôlei de praia de todos os tempos. Acostumada com vitórias, a santista sentiu o sabor amargo de ficar fora dos Jogos do Rio, em 2016, após um ano marcado por altos e baixos. Ela viu escapar a chance de se classificar para as Olimpíadas, ao lado da parceira Maria Elisa, e precisou lidar com a perda do pai em plena corrida olímpica. Seu José faleceu três anos depois do diagnóstico de Mal de Alzheimer - doença neurodegenerativa causada pela morte das células cerebrais. Juliana, no entanto, garante que a morte não influenciou na briga por uma das duas vagas - preenchidas por Larissa/Talita e Ágatha/Bárbara Seixas. Reserva nos Jogos, ela terá agora o Circuito Brasileiro e o Mundial como os seus maiores objetivos. Veja como está a corrida olímpica no vôlei de praia!

- A gente teve um momento muito bom na Noruega (campeã no Major Series de Stavanger). Pintaram oportunidades, mas, infelizmente, não conseguimos agarrá-las. Se tivéssemos êxito, as coisas poderiam ser diferentes. O fato é que a gente está fora. Não conseguimos nos reerguer de alguns baques. Teve um momento que fiquei triste, demora para cair a ficha e realizar que você não tem mais condições. Aceitar leva tempo, leva uma maturação. Os times que vão para 2016 foram melhores neste ano. É admitir isso, colocar a mochila nas costas e trabalhar mais. A vida continua.

Tem ainda o ano que vem. Estou realinhando as ideias. Passei um momento em que dei uma chutada de balde, saí um pouco das minhas metas, mas já estou me preparando para 2016. Apesar de ser reserva, quero fazer um ano melhor e sentir a sensação de disputar títulos. Tudo começa na preparação. Quero me manter bem o ano inteiro, formar uma parceria forte, fazer um bom Brasileiro e chegar bem para o Circuito Mundial - revelou Juliana.

Juliana e Larissa medalaha bronze vôlei de praia Olimpíadas 2012 (Foto: Reuters)
Ao lado da ex-parceira Larissa, Juliana 
conquistou a medalha de bronze nas 
Olimpíadas de Londres 2012 (Foto: Reuters)


Como uma águia, que reina soberana até passar por um momento de reclusão e doloroso processo de renovação no alto de uma montanha, a atleta se recolheu para se renovar e alçar novos voos. Viveu o luto, se conformou com o fato de não ir aos Jogos de 2016 e usou as derrotas como aprendizado.
- Eu falo que sou uma águia. A águia tem uma história interessante. Primeiro, ela é soberana e faz tudo. Aí chega um momento da vida em que que ela alcançou tudo, os voos mais incríveis, para depois vir o momento que ela não consegue mais voar. A unha fica torta, e ela vai para a montanha. Tenta voar o mais alto que ela pode e fica reclusa. Pega o bico e começa a bater na unha. Vai tirando unha por unha em um processo é superdoloroso, que leva tempo. Depois de tirar todas as unhas, leva tempo para cicatrizar até ela voltar a ter a sobrevida. A águia sempre consegue voar para onde quiser.

Os ventos podem estar fracos ou fortes, mas ela vai. Estou agora no momento da montanha. Passei por um momento bem triste e, por isso, fiquei reclusa. Com oportunidades bombando, quis ficar no meu canto para me preservar. Às vezes, nesse nosso mundo, tem que ser super herói. Não podemos nem nos dar o luxo de sofrer, mas, somos seres humanos. Embora a gente consiga sair e suportar inúmeras coisas, tem horas que a gente sente. Mas isso tudo passou. Agora, é bola para frente - acrescentou.

Juliana e Maria Elisa pódio Major Series de Stavanger vôlei de praia (Foto: Denis Ferreira Netto/CBV)
Campeãs em Stavanger, Noruega, Juliana e 
Maria Elisa não se classificaram para 2016 
(Foto: Denis Ferreira Netto/CBV)


Após nove anos disputando o Circuito Mundial, seja ao lado de Maria Elisa ou da sua antiga parceira, Larissa, este foi o primeiro que Juliana não se sagrou campeã. Os incômodos com as lesões no joelho e nas costas, que a prejudicaram em algumas etapas, foram vistas como algo natural da vida de quem tem uma rotina árdua no alto rendimento. O que tirou o chão da octacampeã mundial foram os problemas de saúde do pai, que se agravaram nas oito semanas que antecederam a sua morte. Mas, apesar dos contratempos, a carreira sempre esteve em primeiro lugar. No mesmo dia do enterro, às 8h, ela embarcou para uma etapa no Japão, às 23h.

- Foi a primeira vez na minha vida em pleno estar bem que eu pensei em não jogar mais. Nem quando eu me machuquei em 2008 (às vésperas das Olimpíadas de Pequim, abdicando da competição), nunca havia pensado nisso. Foi a primeira vez que passou pela minha cabeça. Pensei em ficar do lado do meu pai, mas os meus irmãos e a minha família falaram para eu não fazer isso, porque ele tinha muito orgulho de mim e eu poderia deixá-lo ainda mais doente se ficasse no Brasil. Eu fraquejei em muitos momentos, coisa que dificilmente acontecia, mas, é bola para frente. O mundo é cheio de oportunidades, e os campeonatos estão em aberto - declarou.

As Olimpíadas não tinham o nome de ninguém, estava tudo em aberto. Mas existem coisas suas, os títulos e a sua família. Eu passei por um momento ruim quando o meu pai estava com problemas de saúde. Quando eu saí para viajar, pensei que nunca mais iria ver o meu pai, a pessoa que eu mais amava no mundo, que eu mais amo até hoje. Toda a vez que o meu telefone tocava, eu pensava que era algo relacionado a ele. Foram oito semanas de muita tensão. Quando eu cheguei no Brasil, só deu tempo de enterrá-lo, que era uma vontade que eu tinha também. Não queria que ele fosse embora sem enterrá-lo. Quatro dias depois, era o meu aniversário. Foi o pior aniversário da minha vida, longe da família e com um resultado ruim, que contava para as Olimpíadas"  
Juliana

Nos momentos difíceis, ela se agarrou à família como um porto seguro para se reerguer.
- Tem certas coisas que a gente tem, outras que não. As Olimpíadas não tinham o nome de ninguém, estava tudo em aberto. Mas existem coisas suas, os títulos e a sua família. Eu passei por um momento ruim quando o meu pai estava com problemas de saúde. Quando eu saí para viajar, pensei que nunca mais iria ver o meu pai, a pessoa que eu mais amava no mundo, que eu mais amo até hoje. Toda a vez que o meu telefone tocava, eu pensava que era algo relacionado a ele. Foram oito semanas de muita tensão. Quando eu cheguei no Brasil, só deu tempo de enterrá-lo, que era uma vontade que eu tinha também. Não queria que ele fosse embora sem enterrá-lo. A minha vontade foi feita, e ele foi descansar. Quatro dias depois, era o meu aniversário. Foi o pior aniversário da minha vida, longe da minha família e com um resultado ruim, que contava para as Olimpíadas. As Olimpíadas vão acontecer, mas o meu pai é uma perda irreparável, que ninguém substitui. As pessoas que me conhecem sabem o quanto eu era ligada ao meu pai - disse Juliana, que passou a infância e adolescência em Natal.

Aos 32 anos em uma das modalidades que apresenta uma maior longevidade no esporte, Juliana espera que o corpo determine o momento de parar. Prefere não pensar nos Jogos de Tóquio 2020 e foca no presente.

+ Criada em Natal, Juliana resgata raízes e mostra altar com relíquias da carreira+ Etapa de Bauru conta com duplas olímpicas e novas parcerias+ Atletas se unem contra as mudanças no calendário do Circuito Brasileiro

Juliana - vôlei de praia (Foto: FIVB)Acostumada a vencer, Juliana superou ano de altos e baixos e foca em 2016 (Foto: FIVB)


- Tóquio 2020 é muito longe. Eu não quero nem pensar nisso. Tóquio para mim é muito mais complicado do que o Rio. Torço para que ninguém se machuque, Deus me livre, mas aconteceu comigo já. No vôlei de praia, não tem substituição. Acho que 2016 está até mais próximo. Uma coisa que quero voltar a ter no ano que vem é o sangue no olho. Acho que faltou isso em algum momento.

 Não sou a melhor jogadora, nunca fui, mas eu tenho desejo de jogar e de desfrutar do esporte que poucas pessoas têm. Sempre dou muito mais do que eu posso. Quero sentir a adrenalina máxima. Se for para sair exausta de todos os jogos, eu vou sair. Não vou poupar energia - contou a atleta, que tem usado o tempo livre para estudar os mais variados assuntos, de publicidade a finanças.

Recentemente, Juliana passou a integrar o Programa de Carreira do Atleta (PCA), iniciativa criada há quatro anos pelo Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), área de educação do Comitê Olímpico do Brasil (COB), para auxiliar atletas que estejam em transição de carreira. A quarta turma do projeto conta com 13 nomes do esporte nacional, incluindo quatro campeões olímpicos: Fofão, Ricardinho e André Heller (vôlei); e Ricardo (vôlei de praia), também em atividade.

- O curso é legal para te dar um direcionamento. Tem gente que acha que tem aptidão para ser treinadora. Eu gosto muito de jornalismo, de me comunicar, e tem uma área muito bacana que eu também gosto que é publicidade. Tenho umas ideias rápidas e loucas, que sempre funcionam. Meus amigos que têm agência dizem que eu tenho esse tato natural. Sou hiperativa demais. Depois de me aposentar, penso administrar as minhas coisas, ter uma vida bacana e viver outras coisas que eu não vivi. O vôlei me ajudou a ter a maturidade que outras faculdades não me dariam. Eu penso em fazer administração no futuro, mas não sei se esta vai ser a minha vocação. Tenho gostado muito de estudar. Nunca é tarde para começar. A vida vai ensinando a gente, e existe tempo para tudo - contou a multicampeã.

O próximo compromisso de Juliana nas areias será a etapa do Circuito Brasileiro em Bauru (SP), de quinta-feira a domingo. Ao lado de Maria Elisa, a santista, dona de cinco títulos em etapas nacionais em São Paulo, tentará bater a marca da campeã olímpica Sandra Pires, com o mesmo número de conquistas. A disputa terá a presença dos classificados para 2016 (Ágatha/Bárbara, Larissa/Talita, Alison/Bruno Schmidt, Evandro/Pedro Solberg) e novas formações. Oscar passará a jogar com Allison Francioni, enquanto Thiago reeditará a equipe com Pedro Cunha, em uma troca de parceiros. O circuito ainda passará este ano por Curitiba (PR), de 3 a 6 de dezembro.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei-de-praia/noticia/2015/11/inconstante-juliana-supera-perda-do-pai-e-do-rio-2016-aceitar-leva-tempo.html

Com bom retorno de Thaísa, Osasco bate Rio do Sul em estreia na Superliga


Central bicampeã olímpica volta de cirurgia nos joelhos com atuação importante no 1º set, quando esteve em quadra. Atual vice larga com vitória em busca do sexto título



Por
Osasco, SP


De volta às quadras cinco meses após operar os joelhos, a central Thaísa jogou apenas o primeiro set, mas ajudou o Osasco a vencer nesta terça-feira o Rio do Sul, por 3 sets a 1 (25/17, 22/25, 25/15 e 25/21), no José Liberatti, em Osasco (SP), para estrear com vitória na Superliga feminina 2015/16. Atual vice-campeão, o time paulista busca o sexto título nacional – o último foi na temporada 2011/12.

- Estava apreensiva e ansiosa. Parecia até meu primeiro jogo, quando tinha 16 anos e estreei na Superliga. Normalmente as meninas pedem minha ajuda, mas hoje fui eu que pedi. Ainda não estou nem 50% do que sou, principalmente, no ritmo, velocidade e alcance de ataque, mas só de ajudar já foi legal. Tenho que ter paciência porque a volta ao meu melhor nível será natural. Há uns quatro meses tive que reaprender a andar e hoje entrei em quadra na superação e fui razoavelmente bem - avaliou Thaísa.

Osasco x Rio do Sul Thaísa Superliga 2015/2016 vôlei (Foto: João Pires/Fotojump)
Thaísa ataca no meio durante a vitória do 
Osasco, no ginásio José Liberatti 
(Foto: João Pires/Fotojump)


O próximo jogo do Osasco será contra o Bauru, nesta sexta-feira, às 19h30 (de Brasília), em Bauru (SP). No mesmo dia, o time catarinense tentará se reabilitar contra o Minas, às 20h15, no ginásio Artenir Werner, em Rio do Sul (SC)

Antes de a bola subir no José Liberatti, o Osasco prestou homenagem a Elisângela. As atletas e o técnico Luizomar de Moura deram uma camisa autografada por toda a equipe para a jogadora, que participou do grupo campeão paulista de 2015 e não pode ficar no time em função do ranqueamento da CBV. Ela vai disputar a Superliga pelo São Bernardo.

Osasco homenagem elisângela vôlei superliga feminina (Foto: João Pires/Fotojump)
Osasco faz homenagem a Elisângela antes de 
encarar o Rio do Sul (Foto: João Pires/Fotojump)


Após levar o primeiro set, com atuação destacada de Thaísa, o Osasco viu o Rio do Sul crescer na segunda parcial e empatar a partida. Porém, a oposta belga Lise Van Hecke demonstrou sua força no ataque e foi determinante para o triunfo no terceiro set. Empolgado, o time da casa jogou com consistência e fechou o quarto set em 25/21 para fechar o jogo em 3 sets a 1, estreando com um triunfo na Superliga desta temporada.

O técnico Luizomar de Moura comemorou o retorno da central na vitória desta terça-feira e destacou a dedicação da capitã junto com o trabalho do departamento médico do Osasco.

- A Thaísa e o Fernando formam uma excelente parceria. Ela e o departamento médico trabalharam muito para que estivesse em condições para a estreia da Superliga e estão de parabéns. Estou feliz por colocar uma jogadora tão importante como ela já no primeiro jogo da competição. Hoje sentimos as mudanças, pois estávamos com uma equipe bem organizada taticamente no Paulista e essa transição para a Superliga sempre preocupa a comissão técnica pela mudança de bola e outros fatores. É importante se preparar pensando em um campeonato longo. Vencemos, mas sabemos que temos que construir novamente o time - analisou Luizomar.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2015/11/com-thaisa-no-primeiro-set-osasco-bate-rio-do-sul-em-estreia-na-superliga.html

Cruzeiro estreia na Superliga Masculina com vitória sobre Canoa


Bicampeão mundial fez 3 a 1 no time gaúcho, com parciais de 25-20, 36-38, 25-20 e 25-13. Jogo foi no Ginásio do Riacho, em Contagem



Por
Contagem (MG)


Na primeira partida após a conquista do Mundial e da Supercopa, o Cruzeiro voltou à quadra na noite desta quarta-feira e venceu o Canoas, por 3 a 1, em partida válida pela segunda rodada da Superliga Masculina de Vôlei, no Ginásio do Riacho, em Contagem. As parciais foram 25-20, 36-38, 25-20, 25-13. O time gaúcho foi bravo e deu muito trabalho aos campeões do mundo, que não estavam numa noite inspirada. Ainda assim, o Cruzeiro teve sabedoria para superar os momentos difíceis e começar com o pé direto na principal competição nacional.

Apesar de valer pela segunda rodada, foi a estreia do Cruzeiro na competição e os primeiros três pontos somados. O Canoas, que perdeu o primeiro jogo para o Sesi, soma sua segunda derrota na Superliga e permanece sem pontuar. Os dois times voltam a jogar no próximo sábado. Às 18h (de Brasília), o Canoas enfrenta o Juiz de Fora, no interior de Minas. O Cruzeiro recebe o Maringá, às 19h, em Contagem.

Cruzeiro x Canoas; Superliga; Ginásio do Riacho (Foto: Renato Araújo)
Cruzeiro venceu o Canoas em jogo válido 
pela Superliga Masculina de Vôlei 
(Foto: Renato Araújo)


Jogo duro

O primeiro set começou com muitos erros do Cruzeiro, que parecia desconcentrado no jogo. Mas o bicampeão mundial não demorou a se encontrar em quadra e a comandar as rédeas do placar desde a primeira parada técnica. Com Leal poupado, coube à dupla Isac/Wallace comandar o time mineiro, sempre bem municiada por William. Por mais que o Canoas tentasse, não conseguiu impedir a vitória azul por 25 a 20.

Apesar da vantagem de ter vencido o set inicial, o Cruzeiro permaneceu com número de erros acima do habitual. O saque do Canoas não era propriamente uma dificuldade para o time mineiro, e o placar foi equilibrado até o segundo terço do período. Neste momento, com grande atuação do cubano Angel Dennis, o Canoas abriu três pontos de vantagem. Acontece que fechar o set é mais difícil do que chegar perto disso e o Cruzeiro conseguiu empatar. O Canoas salvou 12 set points para vencer o set por 38 a 36.

Com os nervos no lugar, o Cruzeiro voltou a ter equilíbrio em quadra. O set perdido mexeu com o brio dos jogadores, que diminuíram os pontos cedidos de graça e começaram a ter menos erros em fundamentos como saque e passe. Leal, que havia entrado no final do segundo set, teve que sair do banco, porque o Canoas, jogando em alto nível, manteve-se perto no placar. Com o cubano em quadra, a vida do Cruzeiro fica mais fácil e o set terminou 25 a 20.

O quarto e último set foi o mais fácil do jogo. William sentiu uma dor no tornozelo e foi substituído por Cachopa. O levantador reserva manteve o nível do jogo azul. O número excessivo de erros, desta vez, foi do Canoas. O Cruzeiro se aproveitou e levou o placar sempre em vantagem, para fechar o set em 25 a 13 e o jogo em 3 a 1.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/mg/volei/noticia/2015/11/cruzeiro-estreia-na-superliga-masculina-com-vitoria-sobre-canoas.html

Thaísa comemora retorno às quadras com vitória do Osasco na Superliga


Bicampeã olímpica está recuperada de uma cirurgia nos joelhos e ajudou sua equipe a estrear com vitória no campeonato nacional; musa posta foto nas redes sociais´



Por
São Paulo



Depois de passar por uma cirurgia nos joelhos e ficar cinco meses em recuperação, a central Thaísa voltou às quadras na noite de terça-feira, na vitória do Osasco sobre o Rio do Sul pela estreia do seu time na Superliga feminina 2015/16. Nesta quarta, a bicampeã olímpica postou uma foto nas redes sociais, vestida com top e shortinho e escreveu: Dedique mais tempo ao que "realmente" te faz feliz. #love #happy #Deusafrente.

thaísa instagram barriga de fora vôlei osasco (Foto: Reprodução/Instagram)
Thaísa posta foto nas redes sociais 
(Foto: Reprodução/Instagram)


A jogadora atuou apenas no primeiro set da partida, vencida por 3 sets a 0, mas fez questão de lembrar a trajetória do seu retorno e exaltar o trabalho nos bastidores dos profissionais da saúde:
- Logo depois da cirurgia foi muito difícil para mim, pois tive que reaprender a andar, a saltar e tudo que para uma atleta é normal. Eu sabia que teria que ser extremamente focada nessa recuperação. Agradeço muito ao Fernandinho (fisioterapeuta do Osasco) e a toda a equipe médica do time, pois sem eles não seria possível - comemorou a atleta.

Horas depois da reestreia, ela escreveu nas redes sociais: "Pra quem a 4 meses e 20 dias atrás estava tendo q reaprender a andar... precisava de ajuda p fazer o mais básico como sentar e levantar... q qualquer degrau mínimo se tornava um obstáculo enorme a ser ultrapassado, hj estar em quadra correndo e pulando só posso agradecer a Deus e ao meu anjo @fernandinho_fisio que me ajudaram e me sustentaram em cada dificuldade... dia após dia evoluindo juntos! Obrigada a todos que me apoiram... msmo q apenas com palavras de força (tenham certeza q me ajudaram mto) obrigada a quem esteve de verdade do meu lado msmo q de coração! Tenho mtooo caminho ainda p percorrer e voltar a ser a Thaisa de sempre... mas tenho fé, foco, garra e mta mta dedicação e profissionalismo e sei q cada vez mais irei evoluir!!!! Vamo q vamo... estou mto feliz de estar voltando!!!! Mais uma vez obrigada a todos que torceram e torcem por mim e sempre se fizeram presentes com palavras... atitudes.... sorrisos e abraços!!!!!! E jamais esquecer da Nestlé que sempre esteve e está me apoiando...dando todo suporte e carinho possívelnesse momento!!!!!!"

Thaísa recebeu o apoio das companheiras de time e do técnico Luizomar de Moura, que exaltou o trabalho em conjunto da atleta com o departamento médico. O Osasco volta a jogar nesta sexta pela Superliga contra o Bauru, às 19h30.

Osasco x Rio do Sul Thaísa Superliga 2015/2016 vôlei (Foto: João Pires/Fotojump)
Thaísa em ação pelo Osasco 
(Foto: João Pires/Fotojump)



FONTE:

Um rebaixamento pintado em preto e branco: ABC naufraga no centenário


GloboEsporte.com lista 10 itens que pesaram para rebaixamento à Série C. Gestão confusa, contratações erradas, alta rotatividade de técnicos e protestos marcam ano



Por
Natal


Com o rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro confirmado, é hora de juntar os cacos e repensar o ABC para o ano que vem. O ano de 2015, que deveria ser de comemoração pelo centenário do clube, acabou de forma bem diferente do que a torcida esperava e do que prometeu a diretoria. O GloboEsporte.com listou 10 itens que, de certa forma, contribuíram para o ano ruim que culminou com a queda para a Terceirona.

ABC rebaixamento preto e branco (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)
Faixas de protesto acompanharam 
campanha pífia do ABC (Foto: Augusto 
Gomes/GloboEsporte.com)


1 - Era Rodrigo Pastana

Com a ideia de profissionalizar e modernizar o departamento de futebol profissional, o ABC investiu na contratação de um executivo da área. O nome era o de Rodrigo Pastana, que chegou ainda em dezembro de 2014 com a missão de montar o elenco para ser campeão estadual e buscar o acesso à Série A no ano do centenário. Fracassou no primeiro objetivo e, na Série B, saiu de cena após 14 rodadas, deixando o time na beira da zona de rebaixamento - com 14 pontos, na 16ª posição. Além disso, também viu o Alvinegro cair na segunda fase da Copa do Brasil, diante do Paysandu. Na gestão de Pastana, quatro treinadores passaram pelo ABC em um período aproximado de oito meses: Roberto Fonseca, Josué Teixeira, Gilmar Dal Pozzo e Toninho Cecílio.

Rodrigo Pastana - ex-executivo de futebol do ABC (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)
Contratado para levar Alvinegro à Série A, 
Rodrigo Pastana fracassou no ABC (Foto: 
Jocaff Souza/GloboEsporte.com)


2 - Aquela voadora pesou...

Depois de um primeiro turno irregular, o ABC mudou de técnico - chegou Josué Teixeira -, o time engrenou e foi campeão invicto do segundo turno do estadual. Na final, enfrentou o rival América-RN com a vantagem de decidir o troféu no Estádio Frasqueirão.

  Foi aí que o zagueiro Flávio Boaventura apareceu, fez o gol do título americano e lançou a "maldição da voadora".

 Depois desse jogo, realizado no dia 2 de maio, o Alvinegro só voltou a vencer em casa no dia 17 de outubro, diante do América-MG, já pela 31ª rodada da Série B. Foi difícil superar o trauma.

Flávio Boaventura voadora Frasqueirão (Foto: Fabiano de Oliveira)
Perda do estadual no Frasqueirão pesou para 
a saída de Josué Teixeira pouco tempo 
depois (Foto: Fabiano de Oliveira)


3 - Dança dos técnicos

Roberto Fonseca, Josué Teixeira, Gilmar Dal Pozzo, Toninho Cecílio, Hélio dos Anjos e Sérgio China. O troca-troca no comando técnico do clube também foi fator que contribuiu para o ano ruim. A demissão precipitada de Dal Pozzo, que depois recebeu convite para voltar ao clube, e a manutenção de Hélio e Cecílio sem a conquista de resultados expressivos prejudicaram a caminhada da equipe na temporada 2015. Faltou paciência no primeiro caso, e sobrou para os outros dois...

Gilmar Dal Pozzo - ex-técnico do ABC (Foto: Frankie Marcone/Divulgação/ABC)
Direção admitiu que a demissão do técnico 
Gilmar Dal Pozzo foi precipitada (Foto: 
Frankie Marcone/Divulgação/ABC)


4 - Imagem arranhada
Roberto Vital tinha quase 30 anos de serviços prestados ao Alvinegro, mas que acabaram em uma demissão sem justificativa aparente. Depois, o médico revelou incompatibilidade na maneira de trabalhar dele com a do então superintendente de futebol, Rodrigo Pastana. A não recomendação pela contratação do volante Neto Coruja, que tinha um problema crônico no joelho, causou mal estar entre o médico e o superintendente e Vital acabou demitido pelo presidente Rubens Guilherme. Em resumo, Roberto Vital saiu do ABC em maio, Pastana em julho, Coruja em agosto e o ABC acabou rebaixado. Demissão que causou repercussão negativa para o clube.

Roberto Vital - ex-médico do ABC (Foto: Carlos Cruz/GloboEsporte.com)
Roberto Vital trabalhava como médico do ABC 
desde 1987 (Foto: Carlos Cruz/GloboEsporte.com)


5 - Invasão e quebra-quebra no CT

Foi no dia 28 de julho que, após derrota por 1 a 0 para o Ceará, integrantes de uma torcida organizada invadiram o CT Alberi Ferreira de Matos e, com a tentativa mal sucedida de encontrar os jogadores, acabaram quebrando o carro do atacante Kayke, do goleiro Gilvan e do diretor de futebol Marcelo Abdon. Como medida de segurança, a entrada de todos os torcedores para acompanhar os treinos da equipe foi proibida. Poucos dias depois, Kayke, artilheiro alvinegro no ano com 20 gols, decidiu deixar o clube e acabou retornando para o Flamengo.

Carro atacante Kayke quebrado CT ABC (Foto: Reprodução)
Carro do atacante Kayke foi vítima de vandalismo 
dentro do CT do ABC (Foto: Reprodução)


6 - Neto Coruja e outros "reforços"

Além das várias mudanças de treinador, foram muitas contratações equivocadas no ABC deste ano. Neto Coruja encabeça a lista que tem nomes como os de Rafael Oliveira, Wellington Bruno, Bruno Luiz, Rodrigo Biro, Rafael Silva e Jussandro, sem falar as debandadas de atletas com os campeonatos em andamento. Outro mico foi a contratação do volante Márcio Passos, que chegou ao Brasil com problemas na documentação, não foi regularizado e ficou impedido de atuar na Série B. Na reta final da competição, a bronca sobrou para os jovens formados na base do clube e para os jogadores que ficaram a tentativa de encerrar a Segundona de forma digna.

Neto Coruja - ex-volante do ABC (Foto: Frankie Marcone/Divulgação/ABC)
Neto Coruja foi uma das contratações mais 
contestadas no ABC esse ano (Foto: Frankie 
Marcone/Divulgação/ABC)


7 - Arena das Dunas não salvou

Na tentativa de voltar a vencer como mandante, até de casa o ABC mudou. Mas não adiantou muita coisa. Foram quatro jogos e quatro empates na Arena das Dunas. A mudança de estádio não agradou o torcedor, que ficou ainda mais descontente com a venda do mando de campo do duelo contra o Botafogo, que será no Estádio Mané Garrincha, em Brasília.

Torcida do ABC Arena das Dunas (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)
ABC disputou quatro jogos na Arena das 
Dunas e empatou todos (Foto: Augusto 
Gomes/GloboEsporte.com)


8 - Gestão confusa

Pedido de afastamento do presidente e mudanças na diretoria certamente não contribuíram para um ambiente tranquilo. Rubens Guilherme se licenciou do cargo, e Rogério Marinho, vice-presidente administrativo e financeiro, comandou o clube. Marcelo Abdon, que chegou como diretor de comunicação e assumiu o futebol no lugar de Rodrigo Pastana, teve divergências com Rogério Marinho e deixou o cargo.

Rubens voltou ao Mais Querido para assumir a direção de futebol do Alvinegro, mesmo ainda licenciado da presidência. Paulo Tarcísio é o presidente em exercício. Durante toda a campanha, faixas de protesto e de tom político - com "Fora diretoria", "Salvem o Mais Querido" e "Viemos pela camisa" - acompanharam a equipe no Frasqueirão.

Diretores do ABC - Rogério Marinho, Marcelo Abdon e Rubens Guilherme (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)
Rogério Marinho se desentendeu com Marcelo 
Abdon e Rubens teve que voltar (Foto: 
Jocaff Souza/GloboEsporte.com)


9 - Jejum indigesto

Foram 19 partidas seguidas sem vitória, 14 rodadas sem vencer como mandante na Série B e seis meses sem vitórias em casa. Os números são impressionantes, mas justificam a queda do ABC para a Série C. E olha que foi tentado de tudo. Teve padre benzendo o campo do Frasqueirão, banho de sal grosso no gramado, mudança de casa para a Arena das Dunas, treinador que ganhou terço do até do padre Marcelo Rossi para tentar fazer o Alvinegro voltar a vencer, mas não teve jeito. A equipe venceu seu primeiro jogo em casa apenas na 31ª rodada da Segundona, já sob o comando de Sérgio China, sexto treinador do Mais Querido no ano.

ABC x Paraná - Estádio Frasqueirão (Foto: Diego Simonetti/Blog do Major)
ABC passou seis meses sem vencer jogos no 
Estádio Frasqueirão (Foto: Diego 
Simonetti/Blog do Major)


10 - Morte anunciada
A direção prometia uma campanha para brigar pelo acesso, mas o que aconteceu foi justamente o contrário. Em vez disso, o Alvinegro teve como destino final no ano do centenário o rebaixamento para a Série C do Campeonato Brasileiro, em um ano que a Terceirona deve ser uma das mais difíceis dos últimos anos, já que o grupo do ABC vai contar também com equipes tradicionais como América-RN, ASA, Botafogo-PB, Confiança, Remo e Fortaleza. É hora de esquecer 2015 e esperar dias melhores no ano que se aproxima.

Bahia 2 x 2 ABC - Arena Fonte Nova (Foto: Estadão Conteúdo)
]Empate em 2 a 2 com o Bahia na Arena Fonte 
Nova confirmou o rebaixamento para a Série C 
(Foto: Estadão Conteúdo)


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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rn/noticia/2015/11/um-rebaixamento-pintado-em-preto-e-branco-abc-naufraga-no-centenario.html

Charles aponta falta de tranquilidade do time e avisa: “Jogar a toalha jamais”


Treinador analisa o empate com o ABC que deixou o Tricolor em situação delicada na luta pelo acesso. Bahia ocupa a 7ª colocação, três pontos atrás do quarto colocado


Por
Salvador


Mais um resultado desastroso para o Bahia na Fonte Nova. Jogando diante do seu torcedor, o Tricolor não conseguiu superar o rebaixado ABC, em partida disputada na noite desta terça-feira, na Arena Fonte Nova. O empate em 2 a 2 deixou a equipe em situação delicada na luta pelo acesso à Série A: sétimo colocado, o time tem 55 pontos, três a menos que o Santa Cruz, primeiro clube a integrar o G-4.
O momento, sem dúvida alguma, é complicado. Mas jogar a toalha? Jamais. A afirmação é do técnico Charles Fabian, que concedeu entrevista coletiva após o duelo.

- Quem trabalha em um clube grande como esse, que sabe a história desse clube, jamais pode jogar a toalha. Se você for buscar na história... A história fala por si só. É só buscar na memória o que esse clube representa. Jogar a toalha jamais. Eu não gosto muito de falar depois do jogo. Está todo mundo triste, mas amanhã tem que estar todo mundo com a cabeça erguida – afirmou o treinador tricolor logo após a partida.

Sobre o jogo, Charles discorda de quem viu um Bahia desorganizado em campo. Precisando do triunfo, ele escalou três atacantes. De acordo com o treinador, era preciso se expor.
-O Bahia em momento nenhum esteve desorganizado. Às vezes, você tem que se expor. O Bahia tinha quer ganhar o jogo. Botei o time para frente. Eu me expus. Mas cada jogador estava na sua função. O Yuri ali protegendo a zaga, Tiago Real e Eduardo, cada um na sua função. Eu discordo disso aí de desorganizado. Acho qeu faltou um pouco de tranquilidade – diz.


Confira outros pontos abordados por Charles na coletiva:

ATUAÇÃO DE RÔMULO
- Rômulo não entrou bem. Existem alguns aspectos que tem que ter tranquilidade. O Eduardo, eu discordo. Ele foi participativo, deu duas assistências. Não é característica dele ser agudo. Rômulo é menos agudo ainda. Eu estava com os três atacantes e vi que Roger não estava aguentando. Ele até em agradeceu quando eu fiz a substituição. Pensei em ter mais articulação, colocar Rômulo entre as duas linhas, ele finaliza bem. Não tivemos a felicidade de encaixar esse passe, esse chute.

PERSEGUIÇÃO
- A verdade é que tem jogadores no elenco que não posso mais usar na Fonte Nova. Tem um desgaste muito grande, às vezes tem que preservar atletas que tem potencial, mas o momento é delicado, a impaciência é grande, e às vezes esses jogadores sentem a responsabilidade. Tem que ter muito cuidado com quem vai jogar.

FALHAS DE MARCAÇÃO
- Faltou encaixe mais rápido da marcação. Como o ABC tem uma equipe leve e rápida, eles saíam da marcação com muita facilidade. Tocava e saía toda hora. Isso dificulta para a equipe que está balançando na marcação. Isso cria muita dificuldade.

RESPONSABILIDADE
- Desde que assumi, no ano passado e esse ano, quando se é chamado para assumir em uma situação assim, são situações em que não tem direito a errar. Errou, você paga. Nós temos errado nesses dois últimos jogos. A tabela diz por si. Momento que tem que ter cabeça tranquila. Me sinto muito responsável, me sinto capaz. Desde que assumi, quando o presidente depositou confiança em mim, não me arrependi em momento algum. As pessoas confiaram em mim, então pensei em assumir a responsabilidade, por causa do carinho que tenho por esse clube. A gente tem que aumentar nosso nível de rendimento, de resultado. Ou ganha ou já era.


Saiba mais:
Abatido, Tiago Real pede desculpas e diz: "Estamos envergonhados"Fique por dentro das notícias do esporte baiano
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(OBS. DO BLOG:
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/bahia/noticia/2015/11/charles-aponta-falta-de-tranquilidade-do-time-e-avisa-jogar-toalha-jamais.html

Empate na Fonte Nova complica Bahia e decreta o rebaixamento do ABC


BRASILEIRÃO - Série B 2015 - 35ª RODADA



Tricolor vacila outra vez em casa e desperdiça chance de colar nos quatro primeiros colocados da Série B. ABC mostra valentia, mas vai disputar a Série C em 2016



Por
Salvador


Frustração é apenas umas das palavras que podem ser usadas para definir o sentimento de Bahia e ABC após o empate em 2 a 2, na Arena Fonte Nova. Basta olhar a tabela e executar contas simples para entender o motivo. O resultado da partida, disputada na noite desta terça-feira, deixa o Tricolor ainda mais longe do acesso e rebaixa o Mais Querido para a terceira divisão do futebol nacional. Uma noite melancólica, para ser esquecida por baianos e potiguares.

A três rodadas do fim da Série B, o Bahia é o sétimo colocado e está distante três pontos do quarto colocado, o Santa Cruz. Vencer na próxima rodada, contudo, não é o suficiente para voltar ao G-4, já que o Tricolor baiano tem número de triunfos inferior ao dos pernambucanos. O ABC, que ocupa a 18ª posição, tem 29 pontos, 11 a menos do que o Ceará, primeira equipe fora da zona do rebaixamento. Restam apenas nove pontos em disputa. 

O ABC volta a campo na sexta-feira. A equipe encara o Mogi Mirim, às 21h (horário de Brasília), no Frasqueirão. Depois de dois jogos em casa, o Bahia sai para encarar o Boa Esporte no sábado, às 17h30, no Municipal de Varginha.

Bahia x ABC Série B (Foto: Estadão Conteúdo)
Bahia e ABC ficaram no empate na Arena 
Fonte Nova (Foto: Estadão Conteúdo)


Gols, insatisfação e vaias na Fonte

O Bahia entrou em campo “mordido”, como se diz na gíria. Era nítido que a derrota diante do Santa Cruz, nessa mesma Arena Fonte Nova, ainda mexia com o brio dos jogadores. Para não dar nova chance ao azar, os donos da casa partiram para cima. Com um minuto, Roger já perdia grande chance de abrir o placar. Convivendo com o fantasma de um rebaixamento dado como certo, o ABC não se intimidou com a pressão e tentou chegar pelo lado esquerdo de ataque, aproveitando espaços entre o lateral Cicinho e Gabriel Valongo. Mas foi mesmo o Tricolor que balançou as redes. Kieza, sempre ele, aproveitou boa jogada de Eduardo e abriu o marcador. O gol deu uma acalmada no ânimo dos baianos, que praticamente pararam de jogar. Melhor para a equipe potiguar que, com cada vez mais espaço, passou a incomodar. O empate veio com Pingo, que acertou um belo chute de fora da área. 

O gol do ABC dividiu os torcedores. Enquanto alguns tentavam apoiar, outros não poupavam nas vaias. O principal alvo das queixas foi o lateral Cicinho, que não gostou e fez um gesto com as mãos como quem diz: “Podem vaiar mais”. A atitude enfureceu a torcida, que continuou pegando no pé do atleta. Até o técnico Charles, que tentou defendê-lo, foi vaiado. Dentro de campo, o Bahia não fazia por merecer outro gol, mas acabou marcando com Roger, aproveitando outra assistência de Eduardo. A alegria do torcedor do Bahia durou pouco. Valente, o Mais Querido chegou novamente ao empate com Bismark, que recebeu de Ronaldo Mendes, driblou o goleiro e mandou para as redes, isso aos 41 minutos. Ao final da primeira etapa, vaias. Muitas vaias.


Fim de jogo melancólico na Fonte

A alegria do torcedor do Bahia começou antes de a bola rolar, quando o placar anunciou a troca de Cicinho por Railan. Embalados pelos gritos de “Eu acredito!”, o time da casa tentou pressionar, porém sem o mesmo ímpeto do primeiro tempo. Ainda assim, o Tricolor criou ótimas oportunidades.
 A primeira em uma cabeçada de Roger que Saulo fez grande defesa. A segunda, uma chance de tirar o fôlego da torcida. Tiago Real puxou contra-ataque e passou para Maxi. O argentino, sozinho, invadiu a área e deu um toque por cima do goleiro. A bola saiu caprichosa pela linha de fundo. O desespero ofensivo do Bahia, que muitas vezes atacava sem organização, deixava espaços. E o ABC mantinha o contra-ataque engatilhado. O que faltava era um pouco de capricho no momento de definir a jogada. Reginaldo desperdiçou ótima chance de virar o placar após passe de Romarinho. A tônica do jogo não mudou. O Bahia atacava desordenadamente. O ABC não tinha pernas para aproveitar os espaços e matar o jogo. E assim foi até o apito final de Heber Roberto Lopes. Um fim de jogo melancólico para baianos e potiguares.


FONTE: