quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Levir reconhece falhas, mas aposta no espírito de ressurreição do Atlético-MG

Treinador lamenta lesões em excesso e defende preparador físico, mas reconhece falta de conjunto da equipe alvinegra


Por
Belo Horizonte
 
Levir Culpi, técnico do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini/CAM)Apesar do momento ruim, Levir acredita na classificação do Galo (Foto: Bruno Cantini/CAM)


Apesar da experiência dos mais de 20 anos de dedicação ao futebol, Levir Culpi deixou escapar pelo semblante que a derrota para o Atlas-MEX, foi dolorida. Abatido com o segundo resultado adverso nesta edição da Libertadores, o treinador reconheceu que o time evoluiu pouco de uma partida para outra, além de ter voltado a destacar que tem faltado certa liga entre os jogadores.

Por outro lado, o treinador saiu em defesa do preparador físico Rodoplho Mehl, que segundo ele tem repetido o trabalho do antecessor Carlinhos Neves. Mesmo com a guarda baixa pelo time estar na lanterna do Grupo 1 da Libertadores, o treinador não jogou a toalha e mostrou acreditar no espírito de ressurreição do Atlético-MG.  

- Sim, dessa vez a torcida, em boa parte da partida, procurou jogar os jogadores para cima, mas realmente faltou coordenação tática e técnica. Empenho teve, eles se esforçaram e correram o que puderam. Sem falar que foi um confronto com um time que se posicionou bem atrás e saiu com qualidade. Com isso, a pressão pela vitória deixou nosso time com uma produtividade menor ainda - explicou o treinador as deficiências apresentadas pelo Atlético-MG.

E a falta de produtividade, segundo Levir, não está relacionada à falta de um meia de criação. Para o treinador, a fase técnica e o conjunto é que não tem ajudado.  


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- Temos jogadores com essa qualidade (de armação). O Cárdenas tem isso, foi um jogo ruim domingo e todos acharam ruim ele sair. E hoje ele entrou e todos viram a situação. É uma somatória de fatores e não estamos bem, afinados e isso tem contribuído para não obtermos melhores resultados.  

A parte física também foi colocada em xeque, uma vez que o time deu mostrar de desgaste físico excessivo na etapa final, sem falar nas inúmeras lesões neste início de temporada.  

- A cada jogo perdemos jogadores, coisa que não pode perder. Hoje o Leonardo teve uma fratura no dedo, situações no início da temporada que ajudam. Ano passado a série de lesões foi no final, mas pega jogadores em melhores condições, melhor que neste início. Mas não podemos lamentar, estamos perdendo conjunto. Teve empenho físico e pouco de empenho de conjunto.  


Veja mais da entrevista do treinador após a partida:

Cartilha de Carlinhos Neves
- O procedimento da parte física é igual ano passado, não mudou, mas acontece que estamos começando a temporada e esta aí o problema. Alguns jogadores se adaptando e chegando e não tem o mesmo nível dos outros. Com relação ao grupo, ano passado estavam todos fechados e se conheciam, e agora mudou um pouco, com saídas e chegadas. Estamos sofrendo altos e baixos, não jogamos o que podemos e temos que nos fechar se quisermos sair desse momento.


Por que o grupo não está fechado?
- Grupo fechado é o que vocês viram ano passado, com completo entendimento entre comissão, jogadores, diretoria e torcida, um time que estava junto. Agora, no momento, não estamos assim. Alguns com insegurança em alguns jogadores, não temos segurança na sequência de jogos, mas cabe a nós colocar o trem novamente no trilho.


Como se classificar?
Projeção é de vencer os jogos, mas precisamos melhorar o conjunto e a questão tática, técnica e física do time.
Levir Culpi

- Projeção é de vencer os jogos, mas precisamos melhorar o conjunto e a questão tática, técnica e física do time. São vários fatores caminhando para um lado só, será difícil, mas nada é impossível quando se fala em Atlético-MG.


Vai deixar de poupar no estadual para obter entrosamento?
- Se temos um projeto temos que continuar dentro dele. Se perde muda tudo e se ganha está bom, não é assim que funciona. Temos precauções na parte física, acompanhamos diariamente e se houver alguém que não tem condições tiramos. Temos um elenco grande, mas temos o peso de resultados ruins, e é isso que pesa no fim das contas.


Como trabalhar a cabeça dos jogadores
- Todos tristes agora, torcida, os atletas lá dentro parecia velório. E uma derrota dessa que ninguém esperava, mas as vezes começa a nascer aí a reação que o Atlético é capaz de ter, vai depender do esforço de cada um e do conjunto. Já saímos de situações mais difíceis que essa, acredito no grupo e acho que podemos dar a volta por cima.


Dátolo, meia do Atlético-MG, contra o Atlas-MEX (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)Dátolo correu bastante, mas foi pouco efeitvo (Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG)


Melhorou da estreia para hoje?
- Foi parecido, não rendemos bem lá e nem aqui também, poucas finalizações, posse de bola foi mais interessante, mas é pouco só isso. Nas ações capitais do jogo não fomos bem.


Substituição do Leandro Donizete
- A ideia foi colocar jogadores de qualidade e tocando mais a bola, com Rafael, Dátolo e Luan e ainda o Cárdenas com qualidade de toque para penetrar. Coloquei um jogador habilidoso e estava 0 a 0, automaticamente abrimos para vencer, mas infelizmente perdermos, é isso.


Vaias para Patric e Maicosuel
- Todos entendem um pouco de futebol e vê se está jogando bem ou não, o torcedor tem percepção. Mas penso que é mais fácil fazer o cara reagir torcendo para ele do que vaiando, situação difícil de contornar. Os torcedores perdem a calma e não é assim que funciona. Temos que nos fechar e é uma troca, eles se empenham, jogam bem e a torcida da força. No momento estamos desconectados.


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Galo cai diante do Atlas em casa e conhece segunda derrota no Grupo 1

Atlético-MG perde invencibilidade no Horto pela Libertadores, desde a sua inauguração, e se mantém sem pontuar. Suárez faz 1 a 0 no fim da partida 


 A CRÔNICA

por Fernando Martins Y Miguel

Favoritismo se comprova em campo. E por isso o Atlético-MG prova que não merece mais do que conseguiu até aqui no Grupo 1 da Taça Libertadores. A segunda derrota em duas rodadas, desta vez dentro de casa, por 1 a 0 para os mexicanos do Atlas, expôs o péssimo momento vivido pelo time de Levir Culpi.



Recheado de contusões, com reservas de qualidade bem inferior aos titulares e com o preparo físico questionável, o Galo repetiu a má atuação da estreia contra o Colo-Colo. Diante da torcida, conheceu outro revés na competição e vê a situação se complicar. O gol de Suárez, já no fim da partida, foi apenas uma pá de cal jogada pelos mexicanos, que se chegaram a três pontos no Grupo 1. Já o Atlético-MG se complicou, ficando na última posição, sem pontuar. Independiente Santa Fé e Colo-Colo, que ganharam na primeira rodada, se enfrentam nesta quinta.

Os próximos compromissos das duas equipes pela Libertadores serão somente em março. O Atlas volta a campo primeiro, no dia 4, contra o Colo-Colo, em Santiago, enquanto o Atlético-MG vai a Bogotá (Colômbia), dia 18, jogar contra o Independiente Santa Fé.

Atlético-MG x Atlas - lance de jogo (Foto: EFE)
Reserva de Marcos Rocha, Patric pouco 
produziu pelo Atlético-MG (Foto: EFE)


Muita chuva, muito nervosismo

A pressão pelo resultado se fez presente mais no time da casa do que nos visitantes no início da partida. Nos primeiros minutos, o Atlas surpreendeu com uma marcação forte e com saídas rápidas para o ataque. Tanto que Millar quase abriu o placar com um golaço ao dar dois dribles desconcertantes em Patric e Leonardo Silva, mas mandar para fora. Aos poucos, o nervosismo dos atleticanos e a forte chuva que caía deram uma trégua.

Isso fez com que o time de Levir Culpi melhorasse na partida e passasse a pressionar como manda a cartilha do Horto. Luan quase marcou após saída errada do goleiro Vilar, que ia entregando o ouro novamente em cobrança de falta de Dátolo espalmada em André, mas o atacante não conseguiu definir e mandou para fora.


Sem melhora na segunda etapa e o castigo

Com a ousadia de Levir Culpi ao tirar o volante Leandro Donizete e colocar o meia Cárdenas, o Atlético-MG começou o segundo tempo indo para cima, correndo contra o tempo, em busca do gol que devolveria a tranquilidade ao time e à sua apreensiva torcida. Mas, conforme os minutos iam aumentando, a ansiedade da equipe e dos torcedores se tornava um adversário tão difícil quanto o time mexicano.

O jogo se tornou aberto. Maicosuel perdeu chance incrível ao errar cabeçada na cara do gol. No lance seguinte, Millar acertou o travessão de Victor, que ainda salvou no reflexo chute de Pérez na pequena área. Se o empate era ruim, a tragédia veio aos 41 minutos. Suárez foi lançado entre a defesa e tocou rasteiro na saída de Victor. O goleiro ainda foi para a área de ataque no fim, tentando ajudar na bola aérea, mas socou a bola e ganhou cartão amarelo.

Atlético-MG x Atlas - lance de jogo (Foto: AP)
Sem jogar há um ano, Lucas Cândido entrou 
no jogo e também não ajudou muito (Foto: AP)




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Com contra-ataque mortal, Monaco abre boa vantagem sobre o Arsenal

Chamberlain dá esperança ao time inglês com gol aos 45, mas visitantes voltam a marcar aos 48 e fazem 3 a 1 em Londres; jogo de volta será no dia 17 de março


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Londres

 

Durou três minutos o sopro de esperança que Chamberlain deu à torcida do Arsenal na noite desta quarta-feira. Em um dia em que quase na deu certo para o time inglês, o gol aos 45 do segundo tempo já era uma conquista. Mas o Monaco ainda tinha mais uma carta reservada. Com mais um contra-ataque certeiro, os visitantes fizeram 3 a 1 em Londres e deram grande passo para a classificação para as quartas de final da Liga dos Campeões. O jogo de volta será no dia 17 de março, no estádio Louis II, e a equipe do principado pode até perder por 2 a 0 que ainda avança à próxima fase.

Ex-jogador do Tottenham, arquirrival do Arsenal, o búlgaro Berbatov deixou sua marca (Kondogbia e Ferreira-Carrasco fizeram os outros gols do Monaco) no primeiro confronto oficial do técnico Arsène Wenger contra o time francês que ele comandou de 1987 a 1994.

Para tentar esquecer o desempenho ruim desta quarta, o Arsenal volta a focar suas atenções no Campeonato Inglês, competição em que subiu para o terceiro lugar e enfrenta o Everton, em casa, neste domingo. O Monaco terá dois duelos consecutivos contra o Paris Saint-Germain, com duelos pelo Campeonato Francês, no domingo, e pela Copa da França, na próxima quarta-feira.

Berbatov Arsenal x Monaco (Foto: Reuters)
Berbatov comemora depois de marcar o segundo 
gol do Monaco contra o Arsenal em Londres 
(Foto: Reuters)


O Arsenal até começou bem, mas o primeiro teve poucas emoções e quase nenhum trabalho para os goleiros. Tanto que o primeiro chute no alvo saiu apenas aos 37 minutos e mexeu no placar. Touré roubou a bola no meio-campo, e João Moutinho tocou para Kondogbia, que arriscou de longe e contou com um desvio em Mertesacker para fazer 1 a 0 para os visitantes.

Arsene Wenger Arsenal x Monaco (Foto: Reuters)Arsene Wenger não esconde a decepção no banco do Arsenal (Foto: Reuters)


O time londrino voltou para o segundo tentando pressionar, mas o Monaco foi mortal no contra-ataque. Fabinho roubou a bola em sua área e fez a jogada com Martial, que avançou e rolou para Berbatov chutar forte fazer o segundo gol dos visitantes aos 7. O Arsenal até teve duas grandes chances de responder, mas nada parecia dar certo. Aos 11, Subasic espalmou o chute de Alexis Sánchez, e Giroud perdeu oportunidade incrível na sobra. Sete minutos depois, Walcott recebeu grande lançamento, mas parou na defesa do goleiro e ainda foi acertado pelo chute de Welbeck no rebote.

Apático, o time inglês não esboçava reação, mas achou um gol aos 45. Alex Ox-Chamberlain, pegou a sobra na entrada da área, cortou o marcador e chutou colocado para fazer um belo gol e dar esperança à torcida. Mas durou pouco. Aos 48, Bernardo Silva lançou para Ferreira-Carrasco avançar e chutar rasteiro cruzado. A bola ainda tocou na mão de Ospina e na trave antes de entrar para o 3 a 1.



FONTE:
http://glo.bo/1DUSD10

Com discussão entre treinadores, Leverkusen bate Atlético de Madrid

Simeone e Roger Schmidt discutem no primeiro tempo, mas se cumprimentam no fim do jogo. Em partida tensa, alemães vencem por 1 a 0, com gol de Çalhanoglu


Por
Leverkusen, Alemanha

 

Os estilos opostos de Roger Schmidt e Diego Simeone ficaram tão visíveis durante os 90 minutos do duelo entre Bayer Leverkusen e Atlético de Madrid que resultaram numa discussão acalorada entre os técnicos no jogo. Em campo, prevaleceu na ofensividade do time alemão, que venceu por 1 a 0 os colchoneros e assegurou vantagem importante nas oitavas de final da Liga dos Campeões.  O meia turco Çalhanoglu fez o gol do triunfo.


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A confusão aconteceu aos 36 minutos do primeiro tempo e foi uma extensão de um dos vários desentendimentos em campo. Papadopoulos levou cartão amarelo após entrada dura, reclamou, e Simeone, apoiado pelo auxiliar Burgos, e Schmidt passaram a discutir fora. No fim do jogo, porém, os treinadores trocaram um rápido cumprimento (veja no vídeo abaixo).


Em campo, foi possível notar a diferença entre as duas equipes. Conhecido por montar times ofensivos e rápidos, Schmidt colocou seu Leverkusen - que teve o brasileiro Wendell como titular na lateral-esquerda - no ataque, enquanto Simeone seguiu com a estratégia testada e aprovada do Atleti: marcação forte, bola parada e contra-ataque - Miranda e Siqueira foram titulares, mas o lateral foi substituído ainda no primeiro tempo, com uma lesão. No início, a vantagem foi dos colchoneros, que criaram de forma objetiva e obrigaram Leno a boas defesas.

Hakan Calhanoglu, gol do Bayer Leverkusen x Atlético de Madrid (Foto: AP)
Jogadores do Bayer Leverkusen comemoram 
o gol de Çalhanoglu (Foto: AP)


Outro ingrediente da partida foi o clima tenso entre os dois times. Por diversas vezes, os jogadores se desentenderam por causa de lances ríspidos. Pior para o Atlético, que teve Tiago expulso e ainda perdeu Godín, suspenso por receber cartão amarelo, para o jogo de volta, que acontece no dia 17 de março, em Madri.

Na maior parte dos lances que resultaram em cinco amarelos para o Atleti, o atacante Bellarabi estava envolvido. O jogador do Bayer foi o destaque da partida, mostrando velocidade e habilidade. Não à toa, saiu dos pés dele a jogada para o gol de Çalhanoglu, aos 11 minutos do segundo tempo, quando ele invadiu a área e tocou de calcanhar para o turco soltar uma bomba e balançar as redes.


FONTE:
http://glo.bo/1DWCmu2

Com passado no tênis, nº1 do mundo revela inspiração no brasileiro Ricardo

Campeão olímpico em 2008, Phil Dalhausser foi para o vôlei de praia por sugestão de um professor. Aos 35 anos, ele admite que 2016 pode ser sua última edição dos Jogos


Por
Rio de Janeiro
 


Campeão das Olimpíadas de Pequim, em 2008, do Mundial em 2007, do Circuito Mundial em 2010 e do Circuito Americano no mesmo ano, Phil Dalhausser é o atual número 1 do mundo pela Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e tido como um dos maiores de todos os tempos do vôlei de praia nos Estados Unidos. De 26 de fevereiro a 1 de março, o esportista estará na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para o desafio Melhores do Mundo, que põe frente a frente as melhores duplas americanas e as mais fortes parcerias do Brasil. Ídolo na atualidade, ele iniciou no esporte bem longe das areias e com uma bolinha muito menor que a de voleibol. O jogador de 35 anos começou no tênis, mas acabou na praia por sugestão de um professor.

- Eu cresci jogando tênis. Quando fiz 17 anos, comecei a jogar vôlei. Foi meu professor de matemática, que era técnico de vôlei. Ele me perguntou: "Por que você não vem tentar? Você é alto, pode dar certo". Na época, eu jogava beisebol também, mas estava cansado disso, era muito chato para mim e não tenho saudades. Tentei o vôlei e, como jogava tênis, tudo veio naturalmente: o jogo de pés, o saque, tudo veio bem fácil. Adoro tênis e não jogo hoje para não me machucar. Posso torcer meu tornozelo, machucar o joelho... Mas quando me aposentar, vou jogar - relatou Dalhausser.

Phil Dalhausser, Vôlei de Praia (Foto: Gabriel Fricke)
Phil Dalhausser está no Rio para o desafio 
Melhores do Mundo (Foto: Gabriel Fricke)


No Rio, ele terá a oportunidade de encarar de frente duplas de alto nível, como Emanuel e Ricardo. Os dois, aliás, são muito elogiados por Dalhausser. Apesar de reconhecer o primeiro como o maior jogador de todos os tempos no vôlei de praia, revela que sua inspiração é o segundo. Afinal, os dois são atletas de bloqueio.

(Ricardo) era o melhor bloqueador quando comecei a jogar, então sempre me inspirei nele 
Dalhausser

- Emanuel é o melhor de todos, ninguém teve uma carreira como ele, já venceu mais torneios que qualquer outro e esteve em cinco Olimpíadas, mas quando comecei a jogar o Circuito Mundial, comecei a observar o Ricardo, porque ele é bloqueador e eu também. Eu assistia ele jogando e é o cara em quem sempre me espelhei. Era o melhor bloqueador quando comecei a jogar, então sempre me inspirei nele - revelou o esportista, nascido na Suíça e dono de cidadania americana.

Quando questionado sobre a possibilidade de se aposentar após as Olimpíadas do Rio, em 2016, Dalhausser cita Emanuel novamente. Apesar de admitir que, no momento, vê a edição carioca dos Jogos como sua última participação olímpica, usa o paranaense como exemplo para mostrar que, às vezes, um planejamento pode mudar.

- A preparação com o (Sean) Rosenthal é ótima. Estamos jogando bem e tentando ficar na melhor forma para a temporada, mas se eu chegar aos Jogos no próximo ano, com 36 anos, será minha ultima edição. Não sei se vou jogar até os 40 anos, acho difícil. Ficar longe da minha família é complicado. Se eu estiver vencendo torneios aos 37, 38, talvez eu siga jogando, assim como foi com o Emanuel. Acho que se você perguntasse a ele aos 35 se continuaria jogando, ele provavelmente daria a mesma resposta. Estando no topo, é difícil parar - disse o jogador, lembrando que Emanuel pensou em parar, mas seguiu de olho em 2016.

Atualmente, Dalhausser atua ao lado de Rosenthal, mas foi com Todd Rogers que ele conquistou a medalha olímpica em Pequim 2008 e também o Mundial de Gstaad em 2007. A parceria começou por obra do destino. Quando Phil substituiu Sean Scott em uma única etapa do Circuito Americano (AVP) em 2005, Rogers percebeu que o jovem poderia se tornar um dos maiores jogadores de vôlei de praia do planeta.

jogador de vôlei Phil Dalhausser, EUA e Japão (Foto: Agência AP)
Dalhausser atuando com Todd Rogers 
(Foto: Agência AP)


Os dois passaram a jogar juntos, e Rogers assumiu também a função de treinador, tanto é que ganhou o apelido de "The Professor" (ou "O Professor"). Deu mais do que certo. Por isso, Dalhausser fala do ex-companheiro com admiração. Ele conta que, antes de atuar ao lado do californiano, já era talentoso, mas faltava profissionalismo.

- Quando começamos a jogar juntos, eu era um bom atleta, tinha habilidades boas, mas não sabia o que era ser um profissional. Ele me ensinou a ir na academia, me alongar, fazer massagem... Ele meio que ajustou minhas habilidades, me tornou mais técnico - falou Dalhausser, pai de Sebastian, de 1 ano e oito meses, e Sophia, de seis.
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Dalhausser e Rosenthal campeões do grand slam da noruega de volei de praia (Foto: FIVB)Rosenthal e Dalhausser jogam juntos no desafio Melhores do Mundo (Foto: FIVB)


Nos dois primeiros dias do desafio Melhores do Mundo (quinta e sexta), cada dupla enfrenta as adversárias do país rival, totalizando 32 partidas. Na quinta, o evento acontece de 13h às 21h45 (de Brasília). Na sexta-feira, de 12h45 às 21h30. As parcerias mais bem classificadas de cada país em cada gênero fazem as finais do domingo, a partir das 11h. As segundas duplas mais bem classificadas de cada país disputam o bronze no sábado, a partir das 12h.

Além de Phil Dalhausser e Sean Rosenthal, o time americano conta com a tricampeã olímpica Kerri Walsh e sua parceira April Ross, atual vice-campeã olímpica. Também prata em Londres, Jennifer Kessy faz dupla com Emily Day. Lauren Fendrick/Brooke Sweat e Jennifer Fopma/Summer Ross completam o time. As outras duplas americanas são, além de Jake Gib/Casey Patterson, Theo Brunner/Nick Lucena e John Hyden/Tri Bourne.

- Jogamos nesse formato no Arizona em 2009, vencemos (o Brasil) e foi muito legal torcer e jogar ao lado dos americanos. Vai ser parecido e, dessa vez, será em um lugar muito mais legal.

 Não havia muitos fãs no Arizona, mas no Rio vai estar cheio de fãs doidos pelo evento. Ricardo e Emanuel, Alison, Pedro e outros jogaram. Os caras que jogaram vão querer vingança, especialmente em casa. Vamos ver o que acontece. Prevejo ótimas partidas e esperamos ganhar.  
Eu amo jogar contra os brasileiros, porque tem uma rivalidade histórica, e os dois times jogam com vontade. Acho que será maravilhoso para nós e para os fãs - finalizou Dalhausser.



O Brasil terá Ricardo e Emanuel, Larissa (bronze em Londres 2012) e Talita, Juliana (bronze em Londres 2012) e Maria Elisa, Maria Clara e Carol, Evandro e Pedro Solberg, Thiago e Bruno Schmidt, Ágatha e Bárbara Seixas e Álvaro Filho e Vítor Felipe.

O evento, que distribui US$ 120 mil (cerca de R$ 310 mil), tem transmissão ao vivo do SporTV - os assinantes do canal também podem assistir às partidas pelo SporTV Play

Melhores do Mundo: confira perfis dos brasileiros que encaram os EUA no Rio

Emanuel, Ricardo, Talita, Larissa, Juliana, Maria Elisa, entre outros: time recebe os EUA de Walsh e Dalhausser, de 26 de fevereiro a 1 de março em Copacabana


Por
Rio de Janeiro
 


De 26 de fevereiro a 1 de março, a Praia de Copacabana receberá o desafio Melhores do Mundo, que põe frente a frente Brasil e Estados Unidos, duas das maiores potências do vôlei de praia mundial. E o time brasileiro promete. Além dos campeões olímpicos de Atenas 2004, Ricardo e Emanuel, a equipe será composta por Larissa (bronze em Londres 2012) e Talita, Juliana (bronze em Londres 2012) e Maria Elisa, Maria Clara e Carol, Evandro e Pedro Solberg, Thiago e Bruno Schmidt, Ágatha e Bárbara Seixas e Álvaro Filho e Vítor Felipe (confira detalhes dos jogadores brasileiros nas fichas abaixo).


time masculino do brasil
Emanuel e Ricardo - Volei de Praia (Foto: infoesporte)
Emanuel e Ricardo (Foto: infoesporte)


Alvaro e Vitor Felipe - Volei de Praia (Foto: infoesporte)
Álvaro Filho e Vítor Felipe - Volei de Praia (
Foto: infoesporte)

Pedro Solberg e Evandro - Volei de Praia (Foto: infoesporte)
Pedro Solberg e Evandro 
(Foto: infoesporte)

Thiago e Bruno - Volei de Praia 2 (Foto: infoesporte)
Thiago e Bruno Schmidt (Foto: infoesporte)


TIME FEMININO DO BRASIL
Larissa e Talita - Volei de Praia (Foto: infoesporte)
Larissa e Talita - Volei de Praia (Foto: infoesporte)

Juliana e Maria Elisa - Volei de Praia (Foto: infoesporte)
Juliana e Maria Elisa - Volei de Praia 
(Foto: infoesporte)

Agatha e Barbara - Volei de Praia (Foto: infoesporte)
Ágatha e Bárbara Seixas (Foto: infoesporte)

Carolina e Maria Clara - Volei de Praia (Foto: infoesporte)
Carolina e Maria Clara (Foto: infoesporte)


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Nos dois primeiros dias do desafio Melhores do Mundo (quinta e sexta), cada dupla enfrenta as adversárias do país rival, totalizando 32 partidas. Na quinta, o evento acontece de 13h às 21h45 (de Brasília). Na sexta-feira, de 12h45 às 21h30. As parcerias mais bem classificadas de cada país em cada gênero fazem as finais do domingo, a partir das 11h. As segundas duplas mais bem classificadas de cada país disputam o bronze no sábado, a partir das 12h.


O time americano conta com a tricampeã olímpica Kerri Walsh e sua parceira April Ross, atual vice-campeã olímpica. Também prata em Londres, Jennifer Kessy faz dupla com Emily Day. Lauren Fendrick/Brooke Sweat e Jennifer Fopma/Summer Ross completam o time. Campeão olímpico em Pequim 2008, Phil Dalhausser forma parceria com Sean Rosenthal. As outras duplas americanas são Jake Gib/Casey Patterson, Theo Brunner/Nick Lucena e John Hyden/Tri Bourne.

O evento, que distribui US$ 120 mil (cerca de R$ 310 mil), tem transmissão ao vivo do SporTV - os assinantes do canal também podem assistir às partidas pelo SporTV Play


FONTE:
http://glo.bo/1DUX1Nq

Wozniacki e Kvitova vão às quartas em Doha após abandono de rivais

Favoritas, dinamarquesa e tcheca avançam após estreia na competição sem disputarem partidas completas; Safarova elimina Makarova em confronto equilibrado


Por
Doha, Catar

 
Caroline Wozniacki, WTA Dubai tenis (Foto: Agência Reutes)Caroline Wozniacki, WTA Dubai tenis (Foto: Agência Reutes)


As principais cabeças de chave do WTA de Doha precisaram disputar apenas um set completo até agora para se classificarem às quartas de final da competição. Como entraram de "bye" no torneio, Petra Kvitova (4ª no ranking) e Caroline Wozniacki (5ª) estrearam direto nas oitavas e não tiveram dificuldades diante de suas adversárias, que abandonaram os confrontos no segundo set. Na próxima fase, a tcheca enfrenta a vencedora do confronto entre Karolina Pliskova e Carla Suárez Navarro. Enquanto isso, a dinamarquesa pega a ex-número 1 Victoria Azareka (48ª), que passou pela ucraniana Elina Svitolina (27ª).

A tcheca enfrentou Jelena Jankovic (23ª) e, venceu o primeiro set por 6/3 com muita dificuldade de ambas para confirmarem seus serviços. Kvitova conseguiu três quebras de saque, enquanto a rival anotou dois breaks na parcial. No segundo set, elas empatavam em 1/1, quando Jankovic abandonou o confronto após uma hora de disputa.

Wozniacki ficou ainda menos tempo em quadra. Após atropelar no primeiro set, com três quebras de serviço sobre Alexandra Dulgheru (94ª), e fechar a parcial em 6/1, ela viu a romena abandonar o confronto no segundo set com 3/0 de vantagem, tendo confirmado o seu saque e quebrado outras duas vezes.


Em confronto equilibrado, Safarova elimina Makarova

Número 9 no ranking da WTA, Ekaterina Makarova teve um embate difícil contra Lucie Safarova (15ª) nas oitavas de final da competição. O equilíbrio foi evidenciado também na partida, que durou 2h17m. A sérvia Safarova abriu 6/2 no primeiro set, mas viu a russa Makarova reagir na partida, vencendo o tie-break na segunda parcial após 7/6(5). No entanto, Safarova fez um brilhante terceiro set, anotando cinco aces e quebrou o saque da rival uma vez para fechar em 6/3.

Lucie Safarova WTA Dubai (Foto: Getty Images)
Lucie Safarova superou Makarova após 
mais de duas horas de confronto (Foto: 
Getty Images)


FONTE:

Federer anota 20 pontos consecutivos em vitória sobre Verdasco em Dubai

Suíço, que venceu o espanhol por 2 sets a 0, parciais de 6/4 e 6/3, conseguiu uma virada impressionante no primeiro set, quando perdia por 4/1 e fez sequência incrível


Por
Dubai, Emirados Árabes Unidos

 
Roger Federer x Fernando Verdasco - ATP de Dubai (Foto: REUTERS/Ahmed Jadallah)Roger Federer avançou para as quartas de final do torneio de Dubai (Foto: REUTERS/Ahmed Jadallah)


A exemplo de sua estreia, Roger Federer não levou muito tempo em quadra para conseguir vencer sua segunda partida no ATP 500 de Dubai. Porém, enquanto Youzhny foi uma presa fácil no primeiro jogo, Verdasco (31º no ranking da ATP) deu muito mais trabalho ao suíço que, no entanto, teve uma recuperação espetacular no primeiro set, quando venceu games em sequência, anotando 20 pontos consecutivos. No fim, o atual número 2 do mundo confirmou a vitória por 2 sets a 0, parciais de 6/4 e 6/3 em apenas 1 hora de partida, e chegou ao seu sexto triunfo em seis jogos contra o espanhol. Na próxima fase, Federer enfrenta o francês Richard Gasquet (27º), que superou Roberto Bautista Agut (17º). Djokovic e Murray também avançaram às quartas de final do torneio nesta quarta-feira.

Verdasco começou bem na partida, sacando forte e dificultando o serviço de Federer. Foi desta forma que o espanhol abriu 4/1 no primeiro set após quebrar o saque do suíço. No entanto, os cinco games seguintes foram avassaladores por parte do número 2 do mundo. Nada menos que 20 pontos anotados em sequência, com duas quebras e três serviços confirmados para conseguir uma virada incrível e fechar o set em 6/4 em apenas 29 minutos, média de menos de três minutos por game.


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O segundo set começou bastante disputado entre os tenistas. Federer salvou um duplo set point e conquistou a quebra sobre Verdasco, marcando o seu sexto game em sequência. No entanto, o espanhol devolveu o break logo em seguida e confirmou seu serviço para tomar a frente no placar em 2/1. O suíço voltou a quebrar o saque do espanhol no quinto game e confirmou seus serviços em pouco mais de um minuto, sempre com 40/0. No último game, conseguiu mais um break sobre Verdasco e fechou a partida em 6/3.

Mesmo que leve o título do ATP 500 de Dubai, Roger Federer não tem chances de alcançar o topo do ranking após o torneio. Como ele defende o título da competição, ele precisa justamente ser campeão para manter os 9.205 pontos, ainda longe de Novak Djokovic, que tem 13.045 pontos e foi semifinalista do mesmo torneio em 2014, quando foi eliminado por Federer.


FONTE:
http://glo.bo/1DVhWli

Nadal vence nas duplas em Buenos Aires depois de eliminação no Rio

No primeiro jogo após derrota para Fognini no Aberto do Rio, espanhol avança às quartas de final de duplas na Argentino ao lado de Mónaco. Sá também se classifica


Por
Buenos Aires

 
Na primeira vez em que entrou em quadra depois da derrota para o italiano Fabio Fognini nas semifinais do Aberto do Rio, o espanhol Rafael Nadal obteve a vitória na estreia na chave de duplas do ATP 250 de Buenos Aires. O número 4 do mundo em simples e o argentino Juan Mónaco bateram, nesta terça-feira, os tchecos Frantisek Cermak e Jiri Vesely e se classificaram para as quartas de final. As parciais foram de 4/6, 7/5 e 10-7. A parceria, que foi campeã em Doha, em janeiro, terá pela frente os argentinos Facundo Bagnis e Andrés Molteni, na quinta ou na sexta.

tenis rafael nadal juan monaco buenos aires (Foto: Divulgação / Argentina Open)
Campeões em Doha, Nadal e Mónaco venceram 
na estreia em Buenos Aires (Foto: Divulgação 
/ Argentina Open)


Ainda em busca do primeiro título em simples na temporada, Nadal estreia na noite desta quarta-feira na chave individual. O primeiro adversário do Touro Miúra no torneio argentino é o tenista da casa Facundo Argüello.

O brasileiro André Sá também se classificou para as quartas de final de duplas. O mineiro e o finlandês Jarkko Nieminen passaram pelo uruguaio Pablo Cuevas e pelo espanhol David Marrero, cabeças de chave 1, por 2 sets a 1, parciais de 5/7, 7/6(4) e 11-9. 

- Foi uma grande vitória. Eles lideravam por 7/5 e 5/2, e conseguimos salvar match point e jogamos muito bem para a virada - comentou André Sá.

Por uma vaga nas semifinais, eles podem ter de enfrentar uma parceria verde-amarela. Isso porque os próximos adversários de Sá e Nieminen virão do confronto desta quarta entre os brasileiros Thomaz Bellucci e Marcelo Demoliner e os alemães Gero Kretschmer e Alexander Satschko.


FONTE:
http://glo.bo/17V5KCM

Em apenas 1 hora, Djokovic vence cazaque e vai às quartas em Dubai


Sem dar chance de quebras, sérvio despacha Andrey Golubev por 2 sets a 0, parciais de 6/1 e 6/2; Murray também confirma favoritismo e avança na competição


Por
Dubai, Emirados Árabes Unidos

 
Depois de encontrar certa dificuldade na estreia, diante do canadense Vasek Pospisil, Novak Djokovic parece ter recuperado o ritmo de competições em seu primeiro torneio após o título no Aberto da Austrália. A vítima da vez foi o cazaque Andrey Golubev (107º no ranking), que ficou apenas uma hora em quadra diante do sérvio para ser derrotado por 2 sets a 0, parciais de 6/1 e 6/2. O número 1 do mundo agora enfrenta o vencedor de Masel Ilhan e Feliciano López nas quartas de final do ATP 500 de Dubai. Nole já venceu o torneio em quatro oportunidades - 2009, 2010, 2011 e 2013.

Novak Djokovic x Andrey Golubev no ATP de Dubai (Foto: REUTERS/Ahmed Jadallah)
Novak Djokovic venceu Andrey Golubev pela 
segunda fase do ATP 500 de Dubai (Foto:
 REUTERS/Ahmed Jadallah)


O sérvio controlou o confronto do início ao fim. Com um saque muito eficaz no primeiro set, diferente de seu jogo de estreia, Djokovic não deu uma chance de quebra sequer a Golubev e anotou 72% de acerto em seu primeiro serviço, além de conseguir conquistar 81% dos pontos logo com o primeiro saque. Para completar o serviço, o número 1 do mundo ainda foi bem nos pontos de devolução e imprimiu cinco chances de quebra sobre o adversário, conquistando duas para fechar em 6/1.

No segundo set, o primeiro serviço de Djokovic caiu bastante de produção (57% de acerto). No entanto, os pontos conquistados no segundo saque (88%) mantiveram o sérvio com total domínio do confronto. Enquanto isso, Golubev tinha bastante dificuldade em conseguir boas devoluções e com seu próprio saque. Desta forma, o cazaque viu o melhor do mundo quebrar seu serviço em mais duas oportunidades para finalizar o confronto com um 6/2 totalizando apenas 1h de partida.

Murray aplica "pneu" em português e avança

Andy Murray x João Sousa ATP de Dubai (Foto: REUTERS/Ahmed Jadallah)Andy Murray vai encarar o jovem Borna Coric nas quartas (Foto:REUTERS/Ahmed Jadallah)


Outro favorito que mostrou um tênis consistente foi Andy Murray. O britânico não encontrou dificuldades para superar João Sousa (50º) em apenas 57 minutos de partida. Sem conseguir encaixar seu melhor saque, o português foi muito mal em seu segundo serviço, vendo o atual número 3 do mundo anotar 12 pontos de devolução e conseguir três quebras em quatro oportunidades no primeiro set para aplicar um "pneu" sobre o rival, finalizando em 6/0.

No segundo set, mais duas quebras do britânico que, assim como Djokovic, não cedeu nenhum break point ao adversário durante todo o jogo e fechou em 6/2. Na próxima fase, Murray encara uma das revelações do circuito, o jovem croata Borna Coric, de apenas 18 anos.


FONTE;
http://glo.bo/17XSygA

Ferj faz raio-x da arbitragem e ratifica erros em gol do Fla e impedimentos

Documento da comissão de arbitragem da federação reconhece falhas de juízes e seus auxiliares, mas diz que percentual de aproveitamento é de 91,67% no acerto


Por
Rio de Janeiro

 
A Comissão de Arbitragem de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Coaf-RJ) divulgou um raio-x com erros de juízes até a sexta rodada da competição, e o documento divulgado pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) apontou seis falhas em especial. A mais marcante delas aconteceu no empate em 1 a 1 entre Madureira e Flamengo no último domingo, quando o árbitro Wagner do Nascimento Magalhães validou o gol do zagueiro rubro-negro Bressan. A bola, no entanto, não cruzou completamente a linha (veja no vídeo abaixo).



Os outros cinco erros apontados no documento são de impedimento. Segundo a Coaf, o Botafogo foi prejudicado em duas ocasiões na mesma partida. A arbitragem invalidou dois gols alvinegros no duelo contra o Volta Redonda, e o time de General Severiano acabou sofrendo o empate (2 a 2) nos acréscimos (veja no vídeo abaixo).


Em contrapartida, a arbitragem de Rodrigo Carvalhaes de Miranda no duelo entre Botafogo e Nova Iguaçu não viu impedimento do atacante Bill na partida, assim como não marcou pênalti de Paulo Henrique, que afastou com a mão na sequência, evitando o gol alvinegro (veja no vídeo abaixo). Dois erros num mesmo lance, e a confusão acabou fazendo justiça, já que o eventual empate dos donos da casa seria irregular – no segundo tempo, o time virou e venceu por 2 a 1.


Quem também teve o que chiar foi a torcida do Vasco. No empate em 1 a 1 com o Barra Mansa, semana passada, a bandeirinha Andréa Izaura Maffra anulou gol legal de Marcinho aos 45 minutos, em lance que daria a vitória por 2 a 1 ao Cruz-Maltino (veja no vídeo abaixo). No documento, a Coaf-RJ reconhece o erro da auxiliar.


Além dos três rivais, o Fluminense também é citado no documento – desta vez por conta de um erro a seu favor. O árbitro Philip Bennett se equivocou ao marcar impedimento inexistente no gol de Luis Felipe (veja no vídeo abaixo). Seria o empate do Bangu no começo do segundo tempo – o duelo terminou 2 a 1 para o Tricolor.


Apesar de polêmico, o clássico Fluminense x Vasco, domingo passado, não foi mencionado no raio-x. No Engenhão, o árbitro Luis Antônio Silva dos Santos, o Índio, foi alvo de reclamações por não ter marcado pênalti a favor da time de São Januário, também pela falta de critério na distribuição de cartões, mostrando em lances separados amarelo para o vascaíno Guiñazu, que poderia ter sido expulso, e um rigoroso vermelho para o tricolor Rafinha.

Nas 48 partidas da competição, 169 impedimentos foram marcados. O percentual de aproveitamento dos árbitros foi de 91,67%, enquanto o de acerto dos assistentes ficou em 96,45%.

Relatório da arbitragem da Ferj (Foto: Divulgação)
Comissão de arbitragem da Ferj mostra 
dados do relatório (Foto: Divulgação)


FONTE:

Mecânico encara seis conduções por dia e vira aposta do remo para 2016

Com jornada dupla de treino e trabalho em oficina, Michel Gomes colhe bons frutos em prova de duplas mistas e agora viaja para competir em mundial indoor


Por
Rio de Janeiro


São três conduções para ir ao treino, outras três para voltar para casa. Depois de um breve descanso no horário do almoço, oito horas de trabalho como mecânico de caminhões. Apesar da rotina de pouco sono e muito suor, o esforço de Michel Gomes está se transformando em resultados promissores no remo adaptado - sendo cotado como praticamente garantido nas Paralimpíadas de 2016. Medalhista mundial ao lado de Joseane Lima na disputa de duplas mistas da categoria TA, o atleta do Flamengo viaja nesta quinta-feira para Boston em um voo solo: vai competir pela primeira vez em um mundial indoor.

Michel Gomes REMO (Foto: Arquivo Pessoal)
Michel Gomes durante seu trabalho como 
mecânico (Foto: Arquivo Pessoal)


Michel conheceu o esporte há apenas um ano e quatro meses. Com a perna direita atrofiada pela poliomielite na infância, o mecânico não se arriscou em qualquer esporte até passar dos 30 anos. Para se livrar do sobrepeso, entrou em uma academia de musculação e foi apresentado ao halterofilismo. Passou um período treinando na Andef, em Niterói, até descobrir o remo adaptado em uma reportagem de televisão e se encantar.

Determinado a aprender a nova modalidade, Michel foi até a sede do remo do Flamengo, na Gávea, procurar um dos personagens da matéria. O técnico Franquilin Oliveira ouviu a história do rapaz, correu atrás para que a diretoria permitisse seu ingresso na equipe rubro-negra e hoje colhe os frutos pela boa aposta que fez.

-  Quando ele  veio pedindo para remar, não tínhamos um projeto aberto, só um grupo seleto. Mas fiquei muito interessado na nossa conversa, vi que ele tinha um porte interessante. Nossa diretoria abriu esse precedente e decidi pôr todas as minhas fichas nele. Expliquei que não adiantava ser fortão e não ter resistência aeróbia, que era preciso um conjunto de valências. Ele se mostrou muito dedicado e rapidamente já estava com bons resultados,  mesmo com o dia pesado que ele tem. Vi que com certeza evoluiria muito mais, e vai crescer mais ainda se puder se dedicar só ao esporte – disse o treinador.

remo paralímpico Michel Gomes (Foto: Helena Rebello)O atleta posa durante durante seu treinamento (Foto: Helena Rebello)


Se as boas colocações em competições nacionais e internacionais já são uma realidade, o retorno financeiro através do remo ainda não veio. Com um filho de 12 anos para sustentar, Michel encara uma rotina que desafia a resistência física e mental. Acorda no meio da madrugada, às 3h30m, e pega um ônibus do bairro São Bento, onde mora em Duque de Caxias, até Gramacho. De lá toma o trem até São Cristóvão, onde faz outra baldeação para finalmente tomar o rumo da Gávea.

No dia em que recebeu a reportagem do GloboEsporte.com, Michel enfrentou um problema comum em seu dia a dia. Os passageiros sentados nos assentos preferenciais ignoraram sua dificuldade de mobilidade, e boa parte do trajeto foi feita em pé. Já cansado e com dores nas pernas ao chegar ao treino, pediu a Franquilin que não pegasse tão pesado nos exercícios.

Quando volta para casa, novamente pegando três conduções, o mecânico descansa um pouco, almoça e vai cumprir seu turno como mecânico de caminhões, ofício que exerce desde os 21 anos – começou na profissão aos 12 consertando veículos de passeio. A maratona se estende no mínimo até as 22h, e só então o atleta consegue dormir.

- Estou chegando no meu limite para conciliar o trabalho com o remo, mas ainda dependo financeiramente da mecânica. Eu amo a mecânica, sinto muita satisfação quando recebo um carro parado e vejo que ele sai funcionando direitinho com o meu trabalho. Mas o remo virou minha paixão, minha realização pessoal. Eu não tinha ideia de como era o esporte, aí Deus botou isso no meu coração, encontrei a pessoa certa para me ajudar (Franquilin) e o Flamengo me abriu as portas. O meu caso com o remo é paixão, é superação. Quero mostrar para o meu filho (Walace, de 12 anos) que, se com a minha limitação eu consigo, ele não pode fazer por menos, tem que batalhar na vida. O dinheiro é consequência.


remo paralímpico Michel Gomes (Foto: Helena Rebello)
Michel também trabalha na academia em 
dia de treinamento (Foto: Helena Rebello)


Em busca das melhores condições para se desenvolver como remador, Michel espera ser contemplado em breve como um dos beneficiados do plano Brasil Medalhas 2016. Enquanto isso, segue na jornada dupla para manter sua condição de favorito, ao lado de Joseane, a uma vaga na prova de 1000m nas Paralimpíadas de 2016.

Nesta quinta-feira, no entanto, ele viajará sem a parceira de competições. Em Boston, o atleta rubro-negro vai competir no Crash B, como é conhecido o mundial de remo indoor, no domingo. Nesta modalidade ele compete com outros atletas da classe TA. Cada um fica em um ergômetro, máquina que simula o movimento da remada e fica conectada a um telão, onde barcos virtuais ilustram as posições de cada remador na disputa. Apesar da descrição lembrar uma narrativa de um videogame, Michel garante que o empenho e a emoção da briga por medalhas são os mesmos.

- Na água você está vendo o outro barco do lado, talvez puxe mais a competitividade. Não sei direito porque nunca competi no indoor, e acho que vou prestar mais atenção na orientação do meu coordenador do que na tela em si. Mas para mim vai ser como se eu estivesse na água, vou querer sempre dar o meu melhor. Tem as diferenças de peso, porque na máquina você ganha em termos de rendimento (é mais leve, então os tempos são mais baixos se comparadas as mesmas distâncias), mas minha força vai ser a mesma. Para mim as duas competições tem o mesmo valor. Vou com a maior expectativa de trazer um bom resultado.


FONTE:
http://glo.bo/1AL2UuD