terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Por que caiu? Caiu por quê? Dossiê Botafogo II: 2013, o ano da ilusão

Campeão estadual, líder do Brasileiro, Seedorf e vaga na Libertadores. O ano em que o Botafogo emocionava o seu torcedor, mas se desestruturava fora de campo


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Rio de Janeiro

Header BOTAFOGO - Por que caiu? Caiu por quê? (Foto: Infoesporte)



Na segunda reportagem da série, o GloboEsporte.com entra no ano de 2013, quando o Botafogo parecia crescer como nunca no futebol. Com Seedorf como estrela da companhia, o time conquistou o título estadual sem precisar de final, vencendo os dois turnos. Começou o Campeonato Brasileiro jogando como favorito e abrindo frente. Fora de campo, porém, os problemas se acumulavam. O clube viu o Engenhão ser interditado e começou a perder jogadores e atrasar salários. 

       CAPÍTULO I


       CAPÍTULO II

Dossiê Botafogo Seedorf  (Foto: Editoria de Arte)Dossiê Botafogo

      CAPÍTULO III

Dossiê Botafogo Libertadores PB (Foto: Editoria de Arte)No ar: 17/12

      CAPÍTULO IV

Dossiê Botafogo Gabriel  PB (Foto: Editoria de Arte)No ar: 18/12



O ano marcou um novo estilo na administração do futebol profissional. Sidnei Loureiro, antes gerente da base, assumiu ao lado do vice-presidente Chico Fonseca. O cargo de Sidnei era gerente técnico, e em tese ele seria par do gerente de contratos Aníbal Rouxinol II. Mas Sidnei era, na realidade, o homem-forte do clube a partir de então.


1 - A ascensão de Sidnei
Homem de confiança de Assumpção, amigo do presidente desde os tempos de Copacabana, parceiro no curso de gestão esportiva, Sidnei Loureiro começou a planejar o novo desenho do futebol no fim de 2012, depois da "queda de braço" com Anderson Barros. Ele deixou Barros até o fim do ano – já sabendo que voltaria – e começou a traçar como funcionaria a nova estrutura em reuniões com Chico, Aníbal e outros assessores.
O Botafogo foi a grande oportunidade de Sidnei no futebol. Até trabalhar no clube, ele teve chances apenas em clubes de menor expressão, como Rodoviário de Piraí e Barra Futebol Clube (hoje desativados), além do Nova Iguaçu, onde foi técnico dos juvenis em 2001. Depois disso, trabalhou em times amadores da Espanha, um dos quais tinha convênio com o Real Madrid, e fez cursos de gestão e marketing esportivo. Em 2008, de volta ao Brasil, montou uma produtora de vídeos, a Sports Filme, que chegou a fazer um DVD comemorativo dos 1.000 gols de Romário.
A eleição de Maurício Assumpção mudou a história de Sidnei Loureiro. Amigo do presidente das peladas de praia, ele entrou no Botafogo em janeiro de 2009 como coordenador técnico da base. Rapidamente virou gerente e passou a chefiar o departamento. Na base, ganhou dois títulos estaduais: o sub-15 de 2009 e o de juniores de 2011 (troféu que o Botafogo não ganhava há 11 anos). Em seu currículo, lista também uma série de vitórias em curtos torneios internacionais entre 2009 e 2012.
Na prática, a troca tinha sido Anderson por Sidnei, que mandava mais do que todos os outros. Nos bastidores, cuidando de prospecção e também de contratos, Bernardo Arantes se tornou "assessor executivo", com salário de R$ 21 mil. Sidnei não parecia acreditar que sua inexperiência em relação a jogadores profissionais seria um problema.

sidnei loureiro botafogo (Foto: Satiro Sodré/SSPress)
Sidni Loureiro em entrevista coletiva: amigo da 
"Turma da Praia" cresce no Botafogo
(Foto: Satiro Sodré/SSPress)


2 – Henrique
O primeiro grande investimento da nova gestão do futebol foi no ataque: o Botafogo acertou pagar R$ 3 milhões pelos direitos de Henrique, que estava na reserva do rebaixado Sport de 2012. Nos bastidores do clube, para justificar a contratação do atacante que tinha passagem por seleções de base, o tom era de comparação:
– Ele é novo e tem potencial elevado. Não é como Rafael Marques, jogador em fim de carreira e desconhecido – disse um dos mandatários do clube em janeiro de 2013.
Henrique foi muito mal no primeiro ano, não se firmou e acabou emprestado em 2014 para o Bahia, onde também ficou na reserva e jogou muito pouco num time que também foi rebaixado. O jogador tem contrato com o Botafogo até dezembro de 2016, com salários de R$ 120 mil.

henrique botafogo (Foto: Thales Soares/GLOBOESPORTE.COM)
Henrique se apresenta: contratado por R$ 3 
milhões, atacante não rendeu (Foto: Thales 
Soares/GLOBOESPORTE.COM)


3 – Campeão estadual
O clube começou 2013 com um departamento de futebol modificado. Loureiro trouxe da base alguns homens de confiança, mas não mexeu muito na estrutura de trabalho de Oswaldo de Oliveira. Chico Fonseca tentou contratar Dagoberto. Não conseguiu. Acertou com dois jogadores que estavam em baixa no mercado,o zagueiro Bolívar e o lateral Júlio César – este último uma indicação de Loureiro.
Chico não tinha o respaldo dos jogadores. Já durante o estadual começou a ficar evidente a falta de controle. Antes de um jogo contra o Madureira, o time iniciou uma manifestação por conta do atraso de salários. Os jogadores anunciaram que não iriam se concentrar. A temporada inteira teria nesse tom, e com o apoio de Oswaldo, que tinha a confiança do grupo.
O time começou de forma irregular a Taça Guanabara. Bruno Mendes, que terminara 2012 como promessa, teve forte queda de rendimento e abriu espaço para o retorno de Rafael Marques. Com o time entrosado e arrumado, Rafael começou a jogar muito bem como "falso 9" e a fazer gols. Com Fellype Gabriel e Lodeiro pelos lados e Seedorf centralizado, a equipe ganhou uma cara. Venceu a Taça Guanabara com gol de Lucas, e conquistou o estadual com um gol de Rafael Marques. Oswaldo, ao falar nas rádios, não esqueceu dos antigos parceiros.
– Queria agradecer àqueles que nos ajudaram e não estão aqui, como o André Silva e o Anderson Barros.

Rafael Marques gol Botafogo jogo Fluminense final (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Rafael Marques: de "pior contratação de todos 
os tempos" a herói de título carioca 
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)


4 – Engenhão
A interdição do Engenhão, em março de 2013, pegou todos no clube de surpresa. E paralisou uma negociação com a Caixa Econômica Federal, que cogitava comprar os naming rights do estádio. A interdição do estádio acabou servindo também como desculpa para o fracasso financeiro. Assumpção deu várias entrevistas dizendo que o Botafogo perdeu "R$ 30 milhões". Mas, na verdade, a conta de 2012 não mostra isso. O lucro do clube com o estádio foi de R$ 4 milhões, sendo que R$ 1,8 milhão foi pago em comissões para a Pepira, empresa que o clube contratou para viabilizar o estádio.
– O que acontecerá agora com a reabertura do estádio e coexistindo com Maracanã? Se for empate temos que festejar. O Engenhão vai servir como nossa casa na Série B e pode resgatar o amor da torcida. Mas como gerador de recursos não é essa maravilha – diz um membro da nova diretoria.
A eventual venda dos naming rights poderia trazer recursos, mas vale anotar que em 2012 o Maracanã estava fechado. Ou seja, o Botafogo lucrou também com jogos de Flamengo e Fluminense no local, sem falar nos clássicos cariocas. Verdade também que o Engenhão, aberto, poderia oferecer concorrência para as altas taxas do Maracanã – o que poderia explicar o interesse recente da Odebrecht, principal sócia do Consórcio Maracanã, na gestão compartilhada do estádio.

estádio Engenhão fechado (Foto: EFE)
Fechamento do Engenhão pegou a diretoria do 
Botafogo de surpresa: baque nos rendimentos 
(Foto: EFE)


5 – Crise de autoridade
A falta de comando da diretoria se tornava a cada dia mais evidente. Na véspera da estreia do Brasileirão, o grupo se recusou a viajar para a partida contra o Corinthians, alegando atrasos salariais. Embarcou apenas no dia. Dentro de campo, porém, os jogadores continuavam a render. O time começou o Brasileirão em alto nível. Empatou fora com o Corinthians e ganhou partidas em sequência, chegando a abrir quatro pontos na liderança. Depois de uma vitória sobre o Vasco por 3 a 2, Oswaldo desabafou contra os críticos de 2012.
– Que golaço do Rafael Marques, hein? Que golaço do Rafael Marques – repetiu Oswaldo na coletiva após a partida, mencionando o terceiro gol decisivo (assista à reportagem do Globo Esporte no vídeo abaixo).



Nos bastidores, porém, as sementes do caos germinavam. O grupo tinha autoridade total sobre o vestiário. Sidnei Loureiro tinha se aproximado dos jogadores no início, compartilhando com os líderes do elenco diversas decisões – como viagens, hotéis e decisões logísticas. Mas, quando os salários atrasaram, ele se perdeu em promessas que não conseguia cumprir.
– Fomos perdendo a confiança nele. Ele prometia coisas que não chegavam – diz um jogador que deixou o clube em 2014.
– Ele tentou ser amigo dos jogadores. Quando não pôde cumprir o que prometia, eles deitaram – diz um ex-membro da comissão técnica.
A "falta de cobrança" tão criticada na gestão Anderson Barros tinha se transformado na ausência completa de autoridade. O domínio dos jogadores no vestiário esbarrava apenas em Oswaldo. Bolívar era a principal liderança – respeitada até por Seedorf – e reclamava quase diariamente dos atrasos.

jogadores Botafogo saudando torcida Maracanã (Foto: Márcio Mercante / Agência Estado)
Jogadores festejam com a torcida: vitória sobre 
o Vasco e vantagem na liderança (Foto: 
Márcio Mercante / Agência Estado)


6 – Clarence "Deus"
Seedorf não tinha vindo ao Brasil apenas para jogar. Tinha vindo em busca de oportunidades e contatos. Foi visto treinando jogadores jovens fora do horário. Trazia propostas de patrocínio para o clube (uma delas, da Emirates Airlines).
– O "negão" pensa em trabalho 24 horas por dia – comentava um dirigente.
E, no vestiário, tinha um outro tipo de atividade. Seedorf sondava alguns jogadores para assinarem contratos com seus parceiros comerciais. Fellype Gabriel, por exemplo, deixou Eduardo Uram e fechou com agentes ligados a Seedorf - Bruno Paiva e Marcelo Robalinho. Vitinho e Gabriel também foram sondados. Isso irritava os dirigentes e empresários. Mas quem iria peitar Seedorf?
– Ele se acha Deus – comentava Chico Fonseca.
Gabriel passou a ser agenciado pelo grupo ligado a Seedorf. Assim como o lateral-direito Edílson, um dos grandes amigos do holandês no elenco.

Seedorf e Vitinho no treino do Botafogo (Foto: Jorge William / Ag. O Globo)
Seedorf orienta Vitinho: holandês direcionou 
alguns para seus parceiros comerciais 
(Foto: Jorge William / Ag. O Globo)


7 – A turma da praia
O presidente nunca escondeu que levou para o clube amigos do futebol de areia de Copacabana. No primeiro mandato, os praianos ficaram apenas na base. Com a ascensão de Loureiro, a base começou a invadir o profissional. Ayrton Mandarino (capitão e volante do América do Lido, um dos times da praia de Copacabana que ligavam Mandarino, Loureiro e Assumpção) pulou de gerente comercial da base para diretor comercial do clube. Foi responsável pelo célebre contrato de "patrocínio" com a Telexfree (empresa proibida de atuar no Brasil e que foi fechada nos EUA durante o contrato) e recebeu bônus de R$ 150 mil em 2014 por ter superado meta de vendas. O  Conselho Fiscal do clube estranhou o bônus, pois considerou que a meta foi estipulada depois de fechados todos os contratos e incluia também o contrato da Viton - que já tinha comissão paga. O CF recomendará ao Conselho Deliberativo que peça o ressarcimento dos valores pagos aos cofres do clube.
Outros membros da turma da praia que entraram no Botafogo: Guga, roupeiro da base; Guguinha, analista financeiro; Johnny Rodrigues, coordenador de relações e contratos; Dilson, o Bui, responsável pelo quadro administrativo do Engenhão; Bernard Shaw, administrador do Caio Martins; Ricardo Stockler, técnico de times na praia e que ocupou por curto período o cargo de treinador do juvenil alvinegro; José Mendonça Neto, o "Neto Mendonça", fisioterapeuta; Ney Souto, gerente das categorias de base. E Rodrigo Souto, irmão de Ney, contratado em 2014 egresso da reserva do rebaixado Náutico.
Em maio de 2013, o presidente falou sobre a relação com os amigos da praia para a coluna "A pelada como ela é", de Sérgio Pugliese em O GLOBO:
– Com amigos de verdade, e ainda por cima talentosos, não temos limite.
Ayrton Mandarino também falou para a coluna.
– Continuamos o time entrosado de sempre, e com cada um apresentando resultado em suas áreas – disse.

Amigos de Mauricio Praia (Foto: Arquivo Sergio Pugliese)
Os amigos de Maurício Assumpção no futebol 
de praia, em Copacabana (Foto: Arquivo 
Sergio Pugliese)


8 – Isolamento político
Com o agravamento da crise financeira, Assumpção começou a ficar isolado politicamente. O grupo de Montenegro, que havia sido fiador de sua eleição, começou a se afastar. O Mais Botafogo, liderado por Carlos Eduardo Pereira, brigava com o presidente na justiça. A ideia de transformar o gramado de General Severiano num campo sintético provocou a ira de cardeais queridos no clube como Manoel Renha e Cláudio Good.
Os ex-jogadores homenageados começaram a se afastar também. Carlos Alberto Torres, que deixou de receber R$ 14 mil como embaixador do Engenhão quando o estádio fechou (e tinha conseguido a cessão de um novo ônibus para o clube) começou a se aproximar da oposição. Jairzinho seria outro que se afastaria da gestão com a demissão do filho (Jair Ventura). Túlio brigava publicamente com o presidente.


9 – Família próxima
O irmão de Maurício Assumpção, Luiz Alberto Salles Assumpção, postou em sua conta do facebook um ingresso da final da Copa do Mundo com chancela da CBF. Outro irmão, Marcelo, havia trabalhado no clube como repórter e tinha sido sócio da Romar, empresa da família Assumpção. Depois foi trabalhar na CSM, empresa que gerenciava a conta de Sócio-Torcedor do clube. Outro parente, o tio de Maurício, Mário Salles, também foi contratado pela CSM. A assessoria da CSM explicou suas funções:
"Marcelo Assumpção, ator e formado em coreografia, foi contratado para auxiliar a CSM no gerenciamento das aparições do mascote antes e durante a Copa do Mundo. Mario foi responsável pela logística montada para a Federação de Futebol da Austrália. Ambos passaram por um rigoroso processo de seleção e fazem parte do efetivo de mais de 15 mil pessoas que atuou com a CSM em projetos envolvendo o Mundial"
Além disso, Mário foi sócio da Finder Soluções Corporativas - empresa de consultoria - que até hoje diz contar em seu site com o Botafogo como cliente. O site tem até uma frase de Maurício Assumpção como exemplo de parceria:
“...Todo gestor precisa focar na busca por melhores resultados, sem dúvida, parceiros como a Finder nos ajudam, e muito, na melhora de nossos resultados...”.


10 – Acabou o dinheiro
A pausa para a Copa das Confederações marcou o início da derrocada técnica e institucional. O dinheiro estava no fim. Fellype Gabriel e Andrezinho saíram, sem reposição de jogadores, e a Receita Federal começou a penhorar os recursos alvinegros. O valor da transferência de Fellype Gabriel ficou preso. O clube conseguiu uma liminar que limitava as penhoras a 5% dos recursos. A situação com o TRT também começou a piorar. As penhoras se amontoavam.
Maurício Assumpção, que se orgulhava de pagar as dívidas de presidências passadas (até então algo perto de R$ 100 milhões), começava a produzir dívida nova. Para se financiar, o clube precisava vender futuro. Antecipações de cotas televisivas, de patrocínio e de uniforme eram a regra. Maurício apostava na vinda do Proforte – e esperava por ele desde 2012. Mas ele não saía. E a operação do clube começava a ficar inviável.

Fellype Gabriel treino Botafogo (Foto: Guilherme Pinto / Ag. O Globo)
Fellype Gabriel e Andrezinho no treino: dupla 
deu adeus e não houve reposição (Foto: 
Guilherme Pinto / Ag. O Globo)


11 – O Caso Vitinho
Sem Fellype Gabriel, Oswaldo lançou o garoto Vitinho como titular, e sua entrada no time evidenciou a inexperiência da gestão do futebol profissional. Ele era a maior promessa do clube desde 2012, mas tinha quebrado o pé numa pelada e ficado seis meses parado. O clube cuidou dele e achou que o jogador levaria isso em conta ao renovar seu contrato. No início da temporada, Vitinho recebeu a promessa de passar de R$ 6 mil para R$ 15 mil em janeiro de 2013, mas começou a conviver com jogadores com salários bem mais altos.
Após a atuação da revelação na semifinal da Taça Guanabara, em maio de 2013, seu pai foi até General Severiano pedir aumento. Vitinho queria três anos de contrato com R$ 50 mil de salário no primeiro ano, R$ 70 mil no segundo e R$ 90 mil no terceiro. O clube fez jogo duro. Um mês depois, em julho, a promessa era titular fazendo a diferença e chamando atenção. Ambidestro, ele finalizava de longe com rara precisão.
Vendo a valorização, o clube resolveu aumentar seu salário. Mas era tarde. A Traffic, que cuidava de sua carreira, disse que não aceitava mudar a multa rescisória. A multa era de 10 milhões de euros. O Botafogo queria aumentá-la para 30 milhões, mas não teve sucesso. Na semana do jogo decisivo contra o Cruzeiro, o clube viu Vitinho deixar a concentração após uma derrota para o Atlético-PR, em Curitiba, e seguir para a Rússia. A última cartada da diretoria foi oferecer R$ 250 mil mensais – cinco vezes mais do que os R$ 50 mil pedidos pelo pai do atleta três meses antes. Vitinho preferiu a Rússia.
– Ele foi ganhar R$ 500 mil em dia, sem falar nas luvas. Aqui eram R$ 250 mil que iriam atrasar todo mês – disse uma pessoa ligada ao jogador e que acompanhou a negociação.


Vitinho Cska Treino (Foto: Reprodução / Site oficial do Cska)
Vitinho enfrenta o frio da Rússia: Botafogo 
perdeu sua revelação (Foto: Reprodução 
/ Site oficial do Cska)


12 – Protestos públicos
Mesmo com o dinheiro de Vitinho, os salários continuavam a atrasar. O time, muito enfraquecido, patinava no Brasileiro. Na Copa do Brasil, foi eliminado pelo Flamengo com uma goleada – o que piorou terrivelmente o clima. Os jogadores começaram a externar a crise e a entrar em campo com faixas anunciando atraso salarial.
Oswaldo começou a buscar peças de reposição em diversas direções e jogadores sem experiência – como Hyuri e Otávio – chegaram a virar titulares. O time caiu de produção no Brasileiro e ameaçou, mais uma vez, ficar fora da Libertadores.


faixa protesto time Botafogo (Foto: Vitor Silva / SS Press)
Jogadores do Botafogo entram em campo com 
faixa de protesto por atrasados (Foto: Vitor 
Silva / SS Press)


13 – Proibido entrar dirigente
A falta de autoridade com os jogadores chegou ao auge no segundo semestre. Em agosto, após nova promessa não cumprida, os jogadores informaram que não aceitavam mais a presença da diretoria nos vestiários.
– É lugar de jogador – disse Seedorf.
Em outras palavras, os dirigentes foram sumariamente proibidos de entrar em dependências do clube pelos atletas. Apesar do recado, Maurício e Chico foram ao vestiário após uma vitória. Irritado, Seedorf passou ao lado deles, ainda nu, e falando alto.
– Já falei que não quero diretoria aqui. É lugar de jogador!
Maurício e Chico nada disseram. O constrangimento foi evidente.


chico fonseca bolivar botafogo apresentação (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)
Chico Fonseca e Bolívar: clima ficou ruim após 
promessas não cumpridas (Foto: Thales 
Soares / Globoesporte.com)



14 - A semente de Duda
Em setembro de 2013, no auge da crise salarial, o presidente Maurício Assumpção deu uma entrevista falando que o clube deveria investir na formação de novos treinadores de futebol. Que deveria investir na "prata da casa" também para comandar times. Para bom entendedor, o recado estava claro: o próximo técnico do time seria Eduardo Hungaro, homem de confiança de Sidnei Loureiro, com quem tinha trabalhado no Rodoviário de Piraí no passado.
Duda, aos 48 anos, tinha como única experiência profissional uma passagem anônima pelo Sertanense, time da terceira divisão de Portugal. O investimento preconizado por Assumpção, porém, ficaria apenas em Duda. Dois ex-técnicos dos juniores, Anthony Santoro e Jair Ventura, foram demitidos no fim de 2013 - apesar de terem mais currículo que Húngaro. Anthony tinha passagens pelas categorias de base de Flamengo e Fluminense. Jair já tinha passado por seleções de categorias inferiores.


Eduardo Hungaro (Foto: Satiro Sodré)
Eduardo Hungaro durante treino: Maurício 
começa a sinalizar que dará chance ao 
treinador (Foto: Satiro Sodré)


15 – A vaga sonhada
Com muita dificuldade, o clube chegou à última rodada sem depender apenas de si para garantir a vaga na Libertadores. No Brasileirão, precisava vencer o Criciúma em casa e torcer para que o Goiás não vencesse o Santos no Serra Dourada. Os resultados vieram. O Santos derrotou o Goiás por 3 a 0, e o Botafogo venceu, com gol de Seedorf e 30 mil alvinegros no Maracanã. A vitória foi comemorada como um titulo, mas a classificação, ainda assim, não estava garantida.
O Botafogo havia terminado o campeonato em quarto lugar, o que asseguraria passagem à fase preliminar da Libertadores. Mas a Ponte Preta estava na final da Copa Sul-Americana, contra o Lanús. A conquista do título garantiria ao time de Campinas o lugar na principal competição do continente e tiraria a vaga alvinegra.  Após empate em 1 a 1 no primeiro jogo, o time argentino venceu o segundo por 2 a 0 e faturou o título. O Botafogo, enfim, estava na Libertadores após 18 anos, o que ofuscou boa parte dos problemas estruturais que já eram evidentes.


Lodeiro jogo Botafogo contra Criciúma (Foto: Vitor Silva / SS Press)
Lodeiro comemora seu gol na vitória por 3 a 0 
sobre o Criciúma: vaga na Libertadores 
(Foto: Vitor Silva / SS Press)


AMANHÃ: DOSSIÊ BOTAFOGO III - SURREALISMO E DESCONTROLE


FONTE:
http://glo.bo/1wCjCva

Mesmo sem a Liga Mundial, Nuzman garante teste para o Maracanãzinho

Antes de cerimônia no Rio, presidente do COB evita se aprofundar sobre imbróglio entre CBV e FIVB, mas se diz surpreso com punições a Bernardinho e jogadores


Por
Rio de Janeiro
 
Após o imbróglio que tomou conta do vôlei nacional com denúncias à gestão anterior da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), e a desistência da entidade em receber as finais da Liga Mundial em 2015, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) garantiu a realização de um evento-teste no Maracanãzinho, ginásio que será a casa do vôlei de quadra nos Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Quem deu a garantia foi o presidente Carlos Arthur Nuzman, que nesta terça-feira, antes da cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico, no Rio de Janeiro, ainda se disse surpreso com as punições dadas ao técnico Bernardinho e jogadores da seleção masculina.

- O desejo de cada confederação de organizar ou não competições é dela. Para o evento-teste não muda, porque nós vamos organizar o evento que for, não importa o nível das equipes, o importante é o funcionamento da operação. No ano de 2015 temos que estar preocupados com a operação dos Jogos. Vão ter esportes que vão ter competições internacionais e esportes que terão competições nacionais - explicou o dirigente.

Nova iluminação do Maracanãzinho (Foto: Divulgação )
Maracanãzinho será a casa do vôlei de quadra 
nos Jogos do Rio em 2016 (Foto: Divulgação )


Nuzman se disse ainda surpreso com as suspensões a Bernardinho e três jogadores do Brasil, divulgadas pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) no mesmo dia em que ocorreu a divulgação de um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), a respeito das irregularidades na instituição no período em que foi presidida por Graça.

- O voleibol é um esporte hoje tremendamente popular, um exemplo para o país de profissionalismo e trabalho, e isso é importante para que possamos ter o voleibol de volta ao seu caminho, com importância para os atletas, treinadores e torcedores. Mas também queria falar sobre as punições que aconteceram. Quero dizer que para mim foi uma surpresa muito grande. Não conheço o processo, então não posso opinar, mas a minha surpresa é que foi imediatamente às questões que surgiram.


Prêmio Brasil olímpico - Carlos Arthur Nuzman  (Foto: André Durão )
Nuzman participou da cerimônia do Prêmio 
Brasil Olímpico nesta terça-feira, no Rio 
(Foto: André Durão )


Confira outros trechos da entrevista:

Espera por retorno da verba do principal patrocinador do vôlei

- Espero que essa suspensão seja temporária, porque o que nos preocupa é o trabalho das seleções brasileiras para os Jogos Olímpicos de 2016, porque estarão em jogo quatro medalhas que o voleibol tem, no masculino e feminino na quadra e na praia. É óbvio que isso nos deixa preocupados e espero que o Banco do Brasil possa rever, estabelecer as suas regras, e com isso possa seguir adiante.

Rixa CBV x Ary Graça?

- Questões pessoais não entro no mérito. Falo em termos institucionais, essa questão de um ou de outro não.

Intervenção

- O COB não tem por hábito intervir, apenas age quando há necessidade de poder mexer e mudar a parte da regulamentação de administração, o que esteja vacante, ou a pedido, como foi o caso da Confederação Vela. Esse não é o caso.

Voleibol exemplo independente do caso
- É indubitável que o voleibol é um exemplo dentro do esporte brasileiro, não só pelas suas conquistas mas pela forma como se estruturou e cresceu, disso não tenho a menor dúvida disso.



saiba mais

Arthur Zanetti, Martine Grael e Kahena Kunze vencem Prêmio Brasil Olímpico

Campeão olímpico nas argolas leva prêmio pela segunda vez, enquanto dupla da vela debuta com o troféu. Lais Souza é homenageada e Flavia Saraiva é Atleta da Torcida


Por
Rio de Janeiro



Arthur Zanetti, Martine Grael e Kahena Kunze foram os grandes vencedores da 16ª edição do Prêmio Brasil Olímpico, na noite de gala do Comitê Olímpico do Brasil (COB), realizado na noite desta terça-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Ídolo da ginástica artística, campeão olímpico, mundial e vice-campeão mundial em 2014 nas argolas, Zanetti levou o prêmio pela segunda vez (ele já havia sido premiado em 2012). Martine e Kahena, campeãs mundiais neste ano na classe 49erFX da vela, receberam seu primeiro troféu do Prêmio Brasil Olímpico, mas mantiveram a tradição da modalidade, que no ano passado teve Jorge Zarif premiado. A noite também foi de homenagens para o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, que levou o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, maior honraria do esporte brasileiro, e a ex-ginasta Lais Souza, responsável por anunciar o prêmio de Atleta da Torcida, novidade da festa em 2014.

Arthur Zanetti levou a melhor sobre Marcus Vinicius D'Almeida, do tiro com arco, e Thiago Splitter, do basquete. Já Martine e Kahena venceram a judoca Mayra Aguiar e Ana Marcela Cunha, da maratona aquática. Os vencedores foram escolhidos por um júri de especialistas no esporte, com transmissão ao vivo do SporTV.

Arthur Zanetti, prêmio Brasil Olímpico (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Arthur Zanetti, Aldo Rebelo, Pezão, Martine 
Grael, Nuzman e Kahena no ato final do 
Prêmio Brasil Olímpico 2014
(Foto: André Durão 
/ Globoesporte.com)


- Para falar a verdade, é mais difícil estar aqui do que competindo. Quero agradecer a todos que votaram. Estou muito feliz pelo resultado. Quero agradecer a minha família. Cheguei aqui por conta deles. A todos os meus amigos, que treinam comigo e me incentivam, a todos os meus patrocinadores, sem eles, com certeza, nenhum atleta estaria aqui. Muito obrigado - disse Arthur Zanetti, dizendo-se nervoso.

Surpresas com o prêmio, Martine Grael e Kahena Kunze misturaram suas falas, com o microfone trocando de mãos. Elas disseram que não esperavam a conquista, mas agradeceram a todos que apoiam a vela e dividiram o prêmio com os demais atletas presentes.

Prêmio Brasil olímpico - Arthur Zanetti (Foto: André Durão )Zanetti com o prêmio de melhor do ano na ginástica artística (Foto: André Durão )


- Uma grande honra receber esse prêmio, não estávamos esperando. É uma surpresa muito grande. Dividiria com todos os atletas que estão aqui pelo esforço e dedicação. Todos merecem. Não posso deixar de agradecer a todas as pessoas que fazem parte do nosso esporte - disseram Martine e Kahena.

Pela primeira vez o Prêmio Brasil Olímpico também premiou o Atleta da Torcida, que teve votação pela internet, nas redes sociais. O esportista "mais popular" no mundo virtual foi Flavia Saraiva, da ginástica artística, de 15 anos, com 23% dos votos. Flavinha recebeu prêmio de R$ 30 mil e troféu e foi anunciada por Lais Souza, também homenageada da noite.

Flavia ganhou três medalhas nas Olimpíadas da Juventude em Nanquim, na China. Concorreram Cesar Cielo (natação), Diego Hypolito (ginástica artística), Isaquias Queiroz (canoagem velocidade), Marcus Vinícius D’Almeida (tiro com arco), Matheus Santana (natação), Tiago Splitter (basquete), Aline Ferreira (luta), Flavia Saraiva (ginástica artística), Larissa e Talita (vôlei de praia), Martine Grael e Kahena Kunze (vela), Mayra Aguiar (judô) e Sheilla Castro (vôlei). Assista a mais vídeos do Prêmio Brasil Olímpico no catálogo de vídeo dos SporTV.COM.

Dois jovens dos Jogos Escolares da Juventude também foram homenageados, em lembrança que se estendeu a todos os atletas que participaram das duas edições realizadas em 2014, de 12 a 14 anos e de 15 a 17 anos. Fabrício Ruan Rocha, do badminton, e Rafaela Raurich, da natação, receberam placas do COB. Os estrangeiros Morten Soubak, técnico da seleção feminina de handebol, e Jesus Morlán, técnico da canoagem de velocidade, receberam os prêmios de melhores técnicos do ano em modalidades coletivas e individuais.
lais souza emociona presentes


O momento de maior emoção do Prêmio Brasil Olímpico ficou por conta da homenagem do Comitê Olímpico do Brasil (COB) à jovem Lais Souza. No início do ano ela sofreu acidente em Salt Lake City, nos Estados Unidos, enquanto treinava em uma pista de esqui para as Olimpíadas de Inverno de Sochi, na Rússia.

Lais fraturou a terceira vértebra e ficou tetraplégica. Sorridente, Lais foi a responsável por anunciar o prêmio de Atleta da Torcida, dado para Flavia Saraiva, da mesma modalidade que ela começou sua carreira no esporte. Ela recebeu aplausos e emocionou a todos, levando a judoca Mayra Aguiar ao choro. 

- Vou chorar. Nessa noite especial, gostaria de agradecer a todas as instituições que me ajudaram e continuam me ajudando. A todos que rezaram pela minha melhora, mas hoje estou representando a torcida do Brasil, para quem votou para os nossos atletas. Estou muito ansiosa para saber quem é o grande campeão dessa noite - disse Lais, levando ao choro alguns dos atletas presentes. 

Lais Souza, prêmio Brasil Olímpico (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Lais Souza ao lado de Flavia Saraiva no 
Theatro Municipal (Foto: André Durão 
/ Globoesporte.com)


Em seguida, Fernanda Gentil, que dividiu a apresentação do evento com Otaviano Costa, levou até Lais o nome do premiado, e ela foi a responsável por ler o nome do vencedor. Lais, que pode dar nome a uma lei de apoio aos atletas nacionais, está de volta ao Brasil depois de meses de tratamento nos Estados Unidos, em Miami, onde recebeu doses de células-tronco. Ela vai seguir seu tratamento no país. Como ginasta, Lais representou o Brasil em competições como os Jogos Pan-americanos (2003 e 2007), e Olimpíadas (2004 e 2008).

vanderlei cordeiro é aplaudido de pé

Prêmio Brasil olímpico - Vanderlei Cordeiro de Lima (Foto: André Durão )Vanderlei Cordeiro ao lado de Torben Grael (Foto: André Durão )


Medalhista de bronze nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, o ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima foi aplaudido de pé pelos atletas e dirigentes presentes no Theatro Municipal. O ex-atleta recebeu a maior honraria do esporte brasileiro, o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, em respeito a sua carreira e feitos enquanto competidor. 


No telão, sua trajetória, desde o começo no esporte, foi mostrada, com grande destaque para os Jogos de 2004, quando Vanderlei liderava a prova da maratona e acabou atrapalhado por um torcedor, ficando com o bronze e ganhando mais tarde a medalha Pierre de Coubertin, dada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) pelo seu espírito olímpico. Torben Grael foi o responsável por entregar o troféu para Vanderlei.

- Só queria dividir esse prêmio com todas as pessoas que fizeram parte da minha vida e da minha história. Minha família, meus treinadores, colaboradores no clube. Tudo que significou hoje, devo ao esporte. Obrigado ao esporte, ao Brasil. E saudações olímpicas a todos vocês, muito obrigado - disse Vanderlei Cordeiro de Lima.

Homenagens aos jovens de Nanquim

Antes do início da premiação dos destaques nas 43 modalidades em 2014, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) prestou homenagem aos 97 atletas que representaram o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, no mês de agosto. Um vídeo foi exibido no telão, mostrando o resultado do Time Brasil, que mais que dobrou seu recorde de medalhas, com 6 ouros, 8 pratas e um bronze. Os atletas presentes na premiação subiram ao palco e receberam placas pela participação e resultados conseguidos.

Brasil Olímpico - Atletas Jogos da Juventude  (Foto: André Durão )
Jovens do Time Brasil que esteve em Nanquim 
são homenageados (Foto: André Durão )


Hugo Calderano foi bronze no tênis de mesa. Marcus Vinícius D'Almeida foi prata no tiro com arco. Bianca Rodrigues, prata nas equipes continentais do hipismo. Matheus Santana foi prata no revezamento misto e nos 50m livre da natação, sendo ouro nos 100m livre. Orlando Luz foi prata no simples e ouro nas duplas com Marcelo Zormann, no tênis. No vôlei de praia feminino, Duda e Paty foram ouro. No taekowondo, Edival Marques foi ouro, assim como Layana Colman, no judô. Ela também foi prata nas equipes continentais. Flávia Saraiva, na ginástica, conquistou três medalhas, sendo prata na trave, ouro no solo e prata no individual geral.


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confira os melhores do ano em cada modalidade

Atletismo – Fabiana Murer
Badminton – Lohaynny Vicente
Basquete – Tiago Splitter
Boxe – Robson Conceição
Canoagem Slalom – Ana Sátila
Canoagem Velocidade – Isaquias Queiróz
Ciclismo BMX – Renato Rezende
Ciclismo Estrada – Rafael Andriato
Ciclismo Mountain Bike – Henrique Avancini
Ciclismo Pista – Flavio Cipriano
Desportos na Neve – Isabel Clark
Desportos no Gelo – Isadora Williams
Esgrima – Renzo Agresta
Futebol – Neymar Junior
Ginástica Artística – Arthur Zanetti
Ginástica de Trampolim – Camila Lopes Gomes
Ginástica Rítmica – Angélica Kvieczynski
Golfe – Rafael Becker
Handebol – Eduarda Amorim
Hipismo Adestramento – João Victor Oliva
Hipismo CCE – Márcio Carvalho Jorge
Hipismo Saltos – Álvaro Affonso de Miranda Neto (Doda)
Hóquei Sobre Grama – Bruno Mendonça
Judô – Mayra Aguiar
Levantamento de Peso – Fernando Reis
Lutas – Aline da Silva Ferreira
Maratona Aquática – Ana Marcela Cunha
Nado sincronizado – Giovana Stephan
Natação – Matheus Santana
Pentatlo Moderno – Yane Marques
Polo Aquático – Felipe Perrone
Remo – Fabiana Beltrame
Rúgbi – Julia Sardá
Saltos Ornamentais – Cesar Castro
Taekwondo – Edival Marques (Netinho)
Tênis – Marcelo Melo e Bruno Soares
Tênis de Mesa – Hugo Calderano
Tiro com Arco – Marcus Vinícius D´Almeida
Tiro Esportivo – Rodrigo Bastos
Triatlo – Pâmela Oliveira
Vela – Martine Grael e Kahena Kunze
Vôlei de praia – Juliana e Maria Elisa

Vôlei – Fabiana Claudino


FONTE:
http://glo.bo/1GNpOC4

Bota confirma René Simões e o apresenta nesta quarta-feira

Técnico chega ao Alvinegro para substituir Vagner Mancini, que não renovou, e terá a missão de levar o Glorioso novamente para a Série A


Por
Rio de Janeiro



René Simões Botafogo (Foto: Assessoria de Imprensa / Botafogo FR)
René Simões na sede do Botafogo, em General 
Severiano(Foto: Assessoria de Imprensa / BFR)


A diretoria do Botafogo confirmou nesta terça-feira a contratação do técnico René Simões, que passou o dia no clube para acertar os últimos detalhes de seu contrato.  Ele será apresentado nesta quarta-feira, em General Severiano, e ocupará o cargo deixado por Vagner Mancini, que não renovou com o clube. Sua missão de levar o Glorioso de volta para a Série A do Campeonato Brasileiro depois do rebaixamento deste ano, além de liderar uma grande reformulação no elenco e lidar com os problemas financeiros enfrentados pelo Alvinegro.

Apesar de alguma rejeição interna, René Simões, que completa 62 anos nesta quarta, é visto como um profissional experiente e capaz de motivar os jogadores neste momento de reformulação e incertezas. Ele conta com um apoio importante, o de Carlos Alberto Torres, nomeado Embaixador do Futebol do Botafogo e quem indicou sua contratação.

René já conquistou o título da Série B em 2007 quando dirigia o Coritiba. No Rio, ele foi técnico do Fluminense, entre 2008 e 2009, e diretor de futebol do Vasco em 2013. O técnico tem ainda como destaque em sua carreira o fato de ter classificado a Jamaica para a Copa do Mundo de 1998 e ter conquistado a medalha de prata com a seleção brasileira feminina nas Olimpíadas de Sidney, em 2000.

A ideia inicial da diretoria do Botafogo era acertar primeiro com o novo diretor de futebol. Anderson Barros, que estava no Coritiba, era o favorito a assumir o cargo, mas o fato de ele ter trabalhado no Bota durante a gestão de Maurício Assumpção pesou contra ele, que acertou nesta terça-feira com o Vitória. 



FONTE:
http://glo.bo/13v6EVj

Com três gols de Pedro, Barça faz 8 a 1 no Huesca e avança na Copa do Rei

Brasileiro Adriano também deixou sua marca na goleada do time catalão no Camp Nou. Equipe de Luis Enrique aguarda a definição do adversário nas oitavas


Por
Barcelona, Espanha


O Huesca bem que tentou diminuir a vantagem assegurada pelo Barcelona no jogo de ida da Copa do Rei - 4 a 0.  Mas a opção pela iniciativa na partida não surtiu o efeito desejado. Em nova goleada, nesta terça-feira, o time catalão acabou aplicando 8 a 1 no adversário e assegurando a vaga nas oitavas de final da competição. Os gols foram marcados por Pedro (três vezes), Iniesta, Sergi Roberto, Adriano, Adama e Sandro. Carlos David descontou.

Barcelona x Huesca - comemoração gol (Foto: AFP)
Pedro comemora um dos três gols que marcou 
no jogo (Foto: AFP)


 Se o Huesca entrou em campo no primeiro tempo com a esperança de reverter a desvantagem no confronto, o Barcelona logo avisou que o tal sonho não seria possível. O time visitante bem que tentou sair para o jogo e garantir seu gol. Aos seis minutos, Esnaider chegou a mandar uma bola na trave, mas parece que a "provocação" serviu como combustível para os catalães. Aos 19, Pedro abriu a contagem. Rafinha, um dos destaques da partida, fez lançamento para Munir, que encontrou Pedro dentro da grande área. O atacante mandou de cabeça sem chance para o goleiro Jiménez.

Pedro não cansou do papel de protagonista. Novamente, aos 25, ele recebeu levantamento de Iniesta e marcou mais um: 2 a 0. O terceiro surgiu sem chance para o Huesca respirar. Aos 28, Montoya fez cruzamento da ponta direita. Com classe, Sergi Roberto mandou rasteiro para o gol com o pé direito. O autor do terceiro foi o responsável pela jogada inicial do quarto aos 39. O meia mandou para Iniesta, que, na entrada da grande área, chutou com categoria no canto direito. Aos 42, chegou o quinto. Pedro marcou mais um, desta vez, um chute forte da intermediária.


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 O Barcelona diminuiu o ritmo no segundo tempo, mas, mesmo assim, aumentou o placar. Adriano recebeu belo lançamento de Sergi Roberto e mandou para o gol de Jiménez. E quem achava que o show havia terminado com a saída de Iniesta no começo da etapa complementar, enganou-se. Adama protagonizou o grande momento do jogo ao passar por três defensores e mandar na saída do goleiro do Huesca: 7 a 0. Sandro ainda teve tempo de marcar o oitavo em chute cruzado depois de mais um belo passe de Rafinha. O Huesca descontou com Carlos David aos 42 e comemorou como se fosse a conquista de um título.

Barcelona x Huesca - comemoração gol Adriano (Foto: AFP)
Adriano comemora gol marcado pelo 
Barcelona (Foto: AFP)


Nas oitavas de final, o clube catalão tem pela frente o vencedor do confronto entre Elche e Valladolid. Na primeira partida, as duas equipes empataram em 0 a 0. O jogo de volta ocorre na próxima quinta, dia 18.


FONTE:
http://glo.bo/1GNdim2

"Em casa", Real goleia Cruz Azul e vai à final para festa da torcida marroquina

Cristiano Ronaldo passa em branco, mas merengues vencem mexicanos com facilidade e apoio fanático dos torcedores em Marrakesh: 4 a 0 na primeira semifinal


Por
Marrakesh, Marrocos


O duelo entre Real Madrid e Cruz Azul não foi bem um jogo de futebol. Estava mais para um encontro romântico entre o time espanhol e dezenas de milhares de apaixonados marroquinos, ávidos para ver de perto uma das melhores equipes do mundo. O fanatismo foi recompensado com sobras: os merengues bateram os mexicanos por 4 a 0, em Marrakesh, e temperaram o triunfo com doses de bom futebol suficientes para agradar aos fãs. Esta foi a 21ª vitória seguida do time de Carlo Ancelotti, que agora está a três do recorde do Coritiba no "Guinness Book" (24 em 2011).

Sergio Ramos, Benzema, Bale e Isco fizeram os gols da partida. Cristiano Ronaldo, o mais festejado pelos torcedores, não balançou as redes, mas encantou os fãs de outras maneiras: deu toques de efeito, tentou uma finalização de letra que arrancou aplausos da arquibancada e fez a assistência para o gol do companheiro galês.

Sergio Ramos, gol Real Madrid x Cruz Azul (Foto: EFE)
Sergio Ramos comemora após marcar de cabeça 
o primeiro gol do Real Madrid no Mundial de 
Clubes (Foto: EFE)


A vitória assegurou a vaga na decisão do Mundial de Clubes para o Real Madrid. No próximo sábado, também em Marrakesh, os merengues enfrentam o vencedor da partida entre San Lorenzo e Auckland, que acontece na quarta-feira, às 17h30 (de Brasília) na cidade (a partida terá transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento em Tempo Real no GloboEsporte.com).

Real domina e constrói goleada

Cristiano Ronaldo do Real Madrid, Rojas e Giménez do Cruz Azul (Foto: EFE)Cristiano Ronaldo deu duas assistências, mas passou em branco na estreia do Real (Foto: EFE)


Desde que chegou ao Marrocos, o Real Madrid recebeu mostras do carinho que teria quando entrasse em campo. Tudo isso se confirmou: 34.862 torcedores encheram as arquibancadas, cantaram e apoiaram como qualquer aficionado espanhol. Esperavam um espetáculo, que não aconteceu, mas desfrutaram de um triunfo contundente dos merengues.

O Cruz Azul, destinado a ser coadjuvante neste encontro entre torcida e Real Madrid, até tentou estragar a festa. Mesmo com a clara superioridade merengue, os mexicanos encontraram espaços na defesa e chegaram com certa frequência no primeiro tempo.

Entretanto, quando estavam em boas condições, os jogadores cementeros pareciam afetados, sem acreditar que podiam fazer o gol. Assim, Torrado teve sua cobrança de pênalti defendida por Casillas quando o time já perdia por 2 a 0, Pavone perdeu uma chance dentro da área a sós com o goleiro, Rojas desistiu de finalizar quando estava livre...


Gols, jogadas de efeito e festa na arquibancada

O Real, soberano, construiu o placar com naturalidade. Sergio Ramos, de cabeça após cruzamento de Kroos, abriu os trabalhos aos 14 minutos do primeiro tempo; Benzema ampliou aos 35, completando cruzamento de Carvajal. No início da segunda etapa, aos cinco minutos, Cristiano Ronaldo cruzou da esquerda na cabeça de Bale, que mandou para as redes.

A partir daí, o jogo virou definitivamente festa. O Real seguiu dominando, o Cruz Azul perdeu o pouco ímpeto que tinha, e os marroquinos puderam comemorar à vontade. Enquanto alternavam entre gritos de olé, olas e cânticos em árabe, os merengues tocavam a bola com elegância e buscavam jogadas de efeito. Uma delas deu certo aos 27 minutos: Isco recebeu na entrada da área, fez fila entre marcadores e chutou no canto para definir a goleada.

Bale gol Real Madrid (Foto: EFE)
Bale marca o terceiro da goleada espanhola 
sobre o Cruz Azul em Marrakesh 
(Foto: EFE)


FONTE:

Flu confirma negociação do lateral-direito Bruno com o São Paulo

Vice de futebol do Fluminense, Mario Bittencourt diz que tendência é que o jogador vá para o Morumbi. Negociação está em fase final


Por
Rio de Janeiro

Bruno Treino Fluminense (Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C. )
Bruno no treino: de saída 
(Foto: Nelson Perez /
Fluminense F.C. )


Depois de Carlinhos, o São Paulo deve ter outro ex-lateral do Fluminense em seu grupo a partir de 2015. Nesta terça-feira, o vice de futebol do clube carioca, Mário Bittencourt, afirmou que o clube negocia a saída do lateral-direito Bruno com os paulistas.

- O Bruno está em negociação de saída para o São Paulo. A tendência é de que haja compensação financeira ao Fluminense – resumiu Bittencourt.

O camisa 2 tem contrato com o Fluminense até o fim de 2015, mas as partes estão próximas de um acordo. Bruno foi indicado pelo técnico Muricy Ramalho. Contratado no início de 2012, o jogador disputou 146 partidas. Foram 72 vitórias, 35 empates e 39 derrotas. Nas Laranjeiras, conquistou o Carioca e o Brasileirão de 2012.


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A lateral direita foi uma das carências do Fluminense em 2014. Único jogador da posição, em alguns momentos Bruno teve de ser substituído por volantes no setor. Jean, Rafinha e Edson foram improvisados.

Wellington Silva, que estava emprestado ao Inter, retorna ao Fluminense na próxima temporada e deve assumir a posição.


FONTE:
http://glo.bo/1ABRGH7

Projetos, custos e prazos: especial acompanha as obras do Rio 2016

GloboEsporte.com mostra o andamento das construções das arenas esportivas espalhadas por quatro diferentes regiões da Cidade Maravilhosa


Por
Rio de Janeiro

Faltando pouco menos de 600 dias para os Jogos Olímpicos de 2016, o GloboEsporte.com lança nesta terça-feira um especial sobre o andamento das obras esportivas para as primeiras Olimpíadas e Paralimpíadas na América do Sul. Vamos acompanhar de perto as construções das novas arenas, as reformas nas instalações, bem como os prazos de entrega, custos, detalhes dos projetos, quem paga e quem executa.  


Ao todo, 33 instalações localizadas em quatro regiões da cidade - Barra da Tijuca, Deodoro, Maracanã e Copacabana – vão receber atletas de 41 modalidades olímpicas e 23 paralímpicas na luta por medalhas. São 14 instalações definitivas em construção, quatro temporárias, 11 que precisam de reforma ou adaptações e seis temporárias. Os gastos chegam, por enquanto, a R$ 2,34 bilhões no Parque Olímpico, R$ 2,9 bilhões da Vila dos Atletas e R$ 835,8 milhões em Deodoro, com recurso dos governos federal e municipal, e parceria público-privada.

instalações do Parque Olímpico Rio 2016 (Foto: André Durão)
Parque Olímpico em dezembro: coração dos 
Jogos está com as obras no prazo, segundo 
prefeitura (Foto: André Durão)


De acordo com a Empresa Olímpica Municipal (EOM), todas as obras de responsabilidade da Prefeitura estão no prazo. Porém, de acordo com o o secretário nacional de alto rendimento do Ministério do Esporte, Ricardo Leyser, o velódromo preocupa. Deodoro, que já foi uma grande preocupação, está dentro do prazo estipulado. 

As atualizações no especial do GloboEsporte.com estão previstas o início de cada mês - ou de acordo com acontecimentos importantes, como por exemplo a atualização da Matriz de Responsabilidades (documento que informa as etapas das obras), uma etapa significativa alcançada pela obra, a visita de dirigentes do COI, greve de operários ou relatório de órgãos fiscalizadores, como Ministério Público, Tribunal de Contas da União ou Ministério do Trabalho.   

Circuito de canoagem slalom (Foto: André Durão)
Circuito de canoagem slalom: obra mais 
complexa dos Jogos já não preocupa 
tanto (Foto: André Durão)


Instalações dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016:

- Definitivas em construção (14): Arena Carioca 1, Arena Carioca 2, Arena Carioca 3, Centro de Tênis, Velódromo, Campo de Golfe, IBC, MPC, Vila dos Atletas, Arena da Juventude, Centro de BMX, Centro Olímpico de Hóquei, Estádio de Canoagem Slalom e Estádio de Deodoro.
- Temporárias em construção/a construir (4): Arena do Futuro, Estádio Aquático, Arena de Vôlei de Praia e Pista de Mountain Bike.

- A reformar ou sofrer adaptações (11): Arena do Rio, Parque Aquático Maria Lenk, Estádio da Lagoa, Marina da Glória, Centro Aquático de Deodoro, Centro Olímpico de Hipismo, Centro Olímpico de Tiro, Parque Aquático Julio De Lamare, Estádio Olímpico João Havelange, Maracanã e Maracanãzinho.

- Precisam apenas de instalações temporárias (6): Pavilhão 2, Pavilhão 3, Pavilhão 4, Pavilhão 6, Forte de Copacabana e Parque do Flamengo.
- Pronta: Sambódromo.


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