quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Rei das assistências, Éverton Ribeiro é o mais solidário com Lucas Lima e Alex

Meia do campeão Cruzeiro dá 89 passes para finalizações e 11 viram gols. Marca do armador do Coritiba aponta como sua aposentadoria poderia ser deixada para depois


Por
Rio de Janeiro

Header Espião Estatístico 3 (Foto: Infoesporte)


Éverton Ribeiro
Ninguém fez mais assistências para gols no 
Brasileirão-2014

lucas lima
Categoria e vigor físico para empurrar o Santos 
para o ataque

alex
Sua qualidade técnica e solidariedade vão deixar saudades


Eles são canhotos e não têm apenas isso em comum: não aparecem no topo da lista da artilharia, mas lance após lance vão trabalhando para que seus companheiros a construam, como Éverton Ribeiro deixou evidente ao longo do Brasileirão, com 89 passes para finalizações, das quais 11 resultaram em gols para o Cruzeiro.

O Espião Estatístico computou ataque por ataque para descobrir quem eram os jogadores que mais passes para finalizações realizaram ao longo da competição, o que resultou na lista abaixo. Curiosamente, a liderança é de um jogador que está no auge de sua carreira, na segunda colocação, um novato, o santista Lucas Lima, e na terceira, o experiente Alex, do Coritiba, que acaba de anunciar sua aposentadoria.

Solidários Brasileirão-2014 final (Foto: GloboEsporte.com)

Éverton Ribeiro

Éverton Ribeiro em ação pelo Cruzeiro diante o Palmeiras (Foto: Reprodução/Premiere)
Éverton Ribeiro enfrentando o Palmeiras 
(Foto: Reprodução/Premiere)


Aos 25 anos, o cruzeirense viveu um ano inesquecível com a conquista do bicampeonato do Brasileirão e sua segunda escolha seguida como craque da competição. Seus colegas Marcelo Moreno e Ricardo Goulart marcaram cada um 15 gols, empatados na terceira colocação da artilharia. Dos 30 gols, seis saíram diretamente do meia para que completassem para o gol. E no que dependeu de Éverton Ribeiro, a dupla cruzeirense poderia ter deixado Fred, do Fluminense, para trás. O meia fez mais 14 assistências aéreas e 15 rasteiras para finalizações deles. Se não aproveitaram, não foi por falta de oportunidade, com certeza.

Lucas lima

lucas lima santos x coritiba (Foto: Getty Images)
Lucas Lima em partida contra o Coritiba 
(Foto: Getty Images)


Aos 24 anos, disputou apenas seu segundo Brasileirão, sendo que em 2012 participou de 14 jogos pelo Internacional, quatro apenas como titular. Ano passado, disputou a Série B com o Sport, equipe que ajudou a levar para a Série A. No Santos, é um dos líderes técnicos de uma jovem equipe em formação. Mostrou versatilidade, com assistências rasteiras e aéreas praticamente na mesma proporção, conquistadas com muita determinação ofensiva. Além das 77 bolas que colocou para finalização diretamente, ainda colocou mais 18 bolas que foram finalizadas após rebatidas das defesas ou assistências de outros parceiros.

Alex

alex coritiba x criciúma (Foto: Divulgação Coritiba)Alex antes de cobrança de falta (Foto: Divulgação Coritiba)


Completou 37 anos em setembro passado, mas sua importância para o Coritiba deixa claro que o craque decidiu deixar os gramados apesar de ainda ter muito futebol para mostrar. Ser o terceiro jogador que mais deixou os colegas em condições de concluir a gol entre mais de 800 atletas, é uma evidência inquestionável de que há motivos suficientes para ele ser considerado um dos últimos craques do futebol brasileiro. Colocou 65 bolas para serem finalizadas diretamente pelos colegas de Coritiba, além de outras quatro conclusões que saíram após rebatidas. Vai fazer falta. Para o Coritiba, sem sombra de dúvida.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Bruno Marques, Eduardo Sousa, Igor Gonçalves, Leandro Silva, Pedro Lopes, Pedro Venancio, Roberto Teixeira e Valmir Storti.


FONTE:
http://glo.bo/1GqQbgY

Robinho não descarta deixar o Santos para jogar nos Estados Unidos

Atacante tem contrato até a metade de 2015 e vai aguardar resultado das eleições do clube, no próximo sábado, para definir seu futuro


Por
Barueri, SP



O futuro do atacante Robinho é incerto. O contrato de empréstimo do jogador com o Santos acaba em 30 de junho de 2015 e ainda não houve, segundo ele, conversas com os dirigentes do Peixe para estender seu vínculo. Pouco antes de disputar uma partida beneficente nesta quinta-feira, em Barueri, o camisa 7 garantiu que deseja permanecer, mas não descartou uma transferência para o Orlando City, dos Estados Unidos, quando questionado sobre se poderia seguir o caminho de Kaká.

- É possível (ir para o Orlando), como também é possível eu continuar no Peixe. Quero permanecer na minha casa. Todo mundo sabe que o Santos é a minha casa. Vamos esperar as eleições de sábado, mas meu objetivo é continuar - afirmou o jogador.

A saída de Robinho pode ser antecipada por conta de uma cláusula no contrato do atacante. Caso o Milan, detentor dos direitos do camisa 7 do Peixe, receba uma proposta interessante, pode liberá-lo para outro clube, mesmo antes do fim do empréstimo.

Ainda ter certeza sobre onde jogará em 2015, o jogador, de 30 anos, já pensa na pré-temporada.

- Hoje em dia, eu estou velho e não posso jogar tantas peladas de fim de ano. É bom poder ajudar os outros com o que gostamos de fazer, mas tenho de descansar porque ano que vem o bicho que pega - disse.



FONTE:
http://glo.bo/1GqHh37

Botafogo avança com René Simões, mas espera definição de diretor

Cruzeiro demonstra interesse em empréstimo de Gabriel, com Alvinegro recebendo Dagoberto e Borges com salários pagos pelo campeão brasileiro


Por
Rio de Janeiro


rene simoes restaurante (Foto: Janir Junior)
René Simões iniciou conversas com Botafogo 
(Foto: Janir Junior)


Depois de iniciar a repaginação do elenco, anunciando a saída de 17 jogadores que não terão seus contratos renovados, o Botafogo avançou na composição de diretoria e comissão técnica. O clube se aproximou de René Simões, que por enquanto é o único treinador que teve conversas com a diretoria. A definição do comandante, entretanto, será tomada depois da chegada do diretor de futebol, que vai substituir o demitido Wilson Gottardo.

O nome de Anderson Barros continua a ser falado em General Severiano, mas não é unanimidade entre os dirigentes. Alguns defendem uma atuação maior de Carlos Alberto Torres na função, o que, em teoria, seria menos oneroso ao clube. Por outro lado, outros defendem a volta de Barros, que esteve no clube de 2009 a 2012 – quando foi demitido pelo presidente Maurício Assumpção –, conseguindo formar elencos competitivos com poucos recursos e iniciou seu trabalho remontando um elenco que tinhas poucas peças – cenário semelhante ao atual.

Uma das tarefas do novo diretor de futebol, além de remontar o elenco, será analisar o interesse do Cruzeiro em Gabriel. O clube mineiro deseja contar com o volante, mas atualmente não conta com recursos para comprar os 70% de direitos econômicos que pertencem ao Botafogo.
 Por isso, pretende contratar o jogador por empréstimo de um ano, cedendo os atacantes Dagoberto e Borges pelo mesmo período e custeando seus salários.

As conversas ainda não entraram em termos oficiais e, assim, as partes analisam a questão, que ainda não chegou aos empresários de Gabriel. O volante tem vínculo com o Botafogo até dezembro de 2015 e, portanto, pode assinar um pré-contrato com outro clube a partir do fim de junho.

Paralelamente o Botafogo segue avançado nas renovações de André Bahia, Helton Leite e Andreazzi. As conversas estão adiantadas, e a tendência é que na próxima semana o clube confirme a permanência dos três jogadores que terão contratos encerrados no próximo dia 31.


FONTE:
http://glo.bo/13dWsAA

Para Dennis, McLaren terá em 2015 a "dupla mais forte da Fórmula 1 atual"

Com Fernando Alonso e Jenson Button, equipe inglesa contará com dois campeões mundiais, assim como a Ferrari, que terá Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen


Por
Woking, Inglaterra

Fernando Alonso e Jenson Button - pilotos da McLaren-Honda em 2015 (Foto: Divulgação)
Fernando Alonso e Jenson Button formarão 
dupla de campeões mundiais na McLaren-
Honda em 2015 (Foto: Divulgação)


saiba mais

Com a escolha de Jenson Button para ser companheiro de Fernando Alonso a partir de 2015, a McLaren contará com dois campeões mundiais na nova era com motores Honda. Presidente da companhia e responsável pela palavra final, Ron Dennis, que rebaixou o novato Kevin Magnussen para o cargo de piloto reserva, exaltou a força da nova dupla. Para ele, o time britânico tem agora a melhor formação da categoria. Além da McLaren, apenas outra escuderia contará com dois campeões no ano que vem, a Ferrari, que terá o tetra Sebastian Vettel ao lado de Kimi Raikkonen.

- A política da McLaren sempre foi de reunir a mais forte dupla possível. E com Fernando e Jenson, acreditamos firmemente de que é isso o que temos. Posso assegurar que agora, em termos de magnitude, temos a melhor dupla da atual Fórmula 1 – disse Dennis.


Jenson Button e Fernando Alonso serão os pilotos da McLaren em 2015 (Foto: Divulgação)
Ron Dennis (dir.) com Button, Magnussen, 
Alonso e diretor esportivo da Honda (esq.) 
(Foto: Divulgação)



Juntos, os experientes pilotos somam exatos 500 GPs, 57 vitórias e três títulos. Bicampeão com a Renault em 2005 e 2006, Alonso tem 32 triunfos e 97 pódios na F-1. Campeão pela Brawn em 2009, Button, por sua vez, venceu 15 corridas e chegou entre os três primeiros 50 vezes. Dennis defendeu a escolha dos dois veteranos. O espanhol, de 33 anos, e o inglês, de 34, formarão a dupla mais velha do grid no ano que vem:

- Ele (Alonso) tem 33 anos, que, para um atleta com a condição física que ele tem, se trata de um piloto de Fórmula 1 no auge. Além disse, tem idade suficiente para ser experimentado e perito, mas ainda jovem o suficiente para ser entusiasta e energético. Por isso, acredito firmemente que ele nos proporcionará experiência, competência, entusiasmo e energia para fazer a McLaren avançar no caminho certo para o sucesso nas próximas temporadas. Quanto a Jenson, com 34 anos anos, ele é tão apto quanto Fernando, mais ainda mais experiente ao participar de 266 GPs. Além de ser campeão mundial, é um dos mais rápidos e suaves do grid – argumentou.

Confira o grid da Fórmula 1 para 2015:

Mercedes
Lewis Hamilton (Inglaterra)
Nico Rosberg (Alemanha)

RBR-Renault
Daniel Ricciardo (Austrália)
Daniil Kvyat (Rússia)

Williams-Mercedes
Felipe Massa (Brasil)
Valtteri Bottas (Finlândia)

Ferrari
Sebastian Vettel (Alemanha)
Kimi Raikkonen (Finlândia)

McLaren-Honda
Fernando Alonso (Espanha)
Jenson Button (Inglaterra)

Force India-Mercedes
Nico Hulkenberg (Alemanha)
Sergio Pérez (México)

STR-Renault
Max Verstappen (Holandês)
Carlos Sainz Jr. (Espanha)

Lotus
Romain Grosjean (França)
Pastor Maldonado (Venezuela)

Sauber
Felipe Nasr (Brasil)
Marcus Ericsson (Suécia) 


FONTE;

'Tridente' do Barça diz presente, e Suárez comemora noite estrelada

Uruguaio agradeceu aos torcedores após marcar seu primeiro gol no Camp Nou. Foi a primeira ocasião também que ele, Neymar e Messi marcaram a mesma partida


Por
Barcelona, Espanha


O tridente do Barcelona teve sua primeira noite afiada. O apelido dado ao trio de ataque formado por Lionel Messi, Luisito Suárez e Neymar foi propício na noite da última quarta-feira, quando cada um do trio deu uma 'espetada' no rival PSG, na vitória por 3 a 1 pela Liga dos Campeões da UEFA.


Depois de ver o PSG abrir o placar com Ibrahimovic, o Barcelona respondeu com os gols de Messi para empatar, Neymar para virar, e Suárez para fechar o caixão. O trio atuou tão bem que dificulta a missão de destacar um de outro pela atuação que deixou o Barça em primeiro lugar do grupo F. Embora seja possível dizer que a noite foi mais especial para o uruguaio.

Suárez fez o último da partida, em rebote de Sirigu após chute de Neymar, e marcou seu primeiro gol no Camp Nou, depois de ter tido gol anulado por colocar a mão na bola. Assim, foi a primeira vez que os três membros do tridente marcaram todos no mesmo jogo - e o uruguaio ainda deu uma assistência para o gol de Messi, sua sexta na temporada.


Messi, Neymar e Suarez, Comemoração do Barcelona contra o Sporting (Foto: Getty Images)
O "Tridente" fez a diferença, e o Barça terminou 
a fase da Champions na ponta de seu grupo 
(Foto: Getty Images)


- Não sei se é um prêmio, mas obviamente que isso me dá tranquilidade e confiança. Aqui no Barcelona sempre são exigentes, e era isso o que esperavam da gente - disse o atacante, ainda no campo, em entrevista ao Canal+. Minutos depois ele foi mais efusivo em publicação no twitter:

- Linda noite de futebol em nosso estádio e com nossa torcida. Muito obrigado a todos - agradeceu Suárez na rede social.

Agora o uruguaio possui dois gols nesta Champions, pois havia feito o primeiro na goleada por 4 a 0 contra o APOEL, fora de casa. Ainda em fase de adaptação ao futebol espanhol, Suárez fez somente oito partidas oficiais com a camisa do Barcelona.



FONTE:
http://glo.bo/1GofiRB

Empresário diz que Sobis tentará rescisão amigável com Flu e Unimed

Ao citar conversa com Celso Barros, após fim da parceria entre clube e empresa, Jorge Machado diz que procura "nova vida" para o atacante tricolor


Por
Rio de Janeiro


Rafael Sobis, Fluminense X Chapecoense (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)Rafael Sobis não deve permanecer no Flu (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)


Se antes o tom era de dúvida, agora há a certeza. Rafael Sobis, nas palavras do empresário Jorge Machado, procura nova vida: o 2015 não será no Fluminense. Um dia após o anúncio do fim da parceria entre clube e Unimed, o agente do atacante revelou que as partes buscam uma rescisão amigável.  

O contrato de Sobis termina em 19 de julho do ano que vem - ou seja, pode assinar com outra equipe no próximo mês. O atleta tem seus vencimentos divididos entre clube e empresa. No encerramento do Brasileirão, o camisa 23 deixou claro que pode sair e se queixou da falta de estrutura do clube. A diretoria tricolor não fará força para segurá-lo, afinal, recebe R$ 450 mil.    

- Ontem (quarta-feira) falei com o doutor Celso (Barros, presidente da Unimed), agradeci por todo carinho que deu ao Rafael. Foi um clube que, no momento pior da vida dele, vindo de uma lesão, o acolheu. E o Sobis tem o maior respeito por isso. É um jogador que tem de 28 para 29 anos e precisa dar seguimento. Nesse momento, entra o Jorge Machado empresário. Vejo uma dificuldade muito grande na renovação dele. Acho difícil ele continuar. Tem contrato até metade do ano, se nada acontecer ele vai cumprir. Mas está partindo para uma rescisão amigável. Ele está esperando resposta do pessoal do Fluminense, da Unimed, porque tem lá suas garantias. Não podemos reclamar de nada porque nesses quatro, cinco anos tudo foi cumprido e não tem como ser diferente. Já estou procurando uma nova vida para o Rafael, desde que aconteça uma rescisão amigável dentro do Fluminense – disse Jorge Machado em entrevista à Rádio Brasil.
  
Sobis viveu um ano de altos e baixos. Ora titular, ora reserva, não foi unanimidade com Renato Gaúcho e Cristóvão Borges. Ambos escalaram o atacante fora de posição muitas vezes para que ele pudesse ajudar na marcação dos laterais adversários. Chegou ao Fluminense em julho de 2011. No clube, conquistou o Carioca e o Brasileirão de 2012. São 175 partidas e 41 gols marcados. O grupo tricolor volta aos treinos em 7 de janeiro.


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Esquiador encara fenda incrível no Alasca, sai ileso e ainda ganha prêmio

Californiano Cody Townsend, de 31 anos, desce as montanhas Tordrillo, nos Estados Unidos, em um vídeo de tirar o fôlego já assistido mais de 2,4 milhões de vezes


Por
Alasca, Estados Unidos


O californiano Cody Townsend, de 31 anos, está acostumado a encarar gigantescas montanhas em suas expedições para esquiar. Mas, desta vez, o americano enfrentou um desafio realmente assustador, saiu ileso e ainda conquistou um prêmio por isso. O esquiador foi às montanhas Tordrillo, no Alasca, e encarou uma fenda de tirar o fôlego. Toda a aventura está registrada em um vídeo (assista à descida de Townsend nos Estados Unidos). Intitulada "Dias da minha juventude", a produção já tem mais de 2,4 milhões de visualizações.

Cody Townsend Esqui na neve (Foto: Divulgação / Red Bull)
Cody Townsend encara desafio em montanha 
no Alasca (Foto: Divulgação / Red Bull)



O desafio demorou apenas 30 segundos, de acordo com o próprio esportista em entrevista ao diário britânico "Daily Mail". No último sábado, ele recebeu o Powder Awards em Salt Lake City por esquiar a fenda mais desafiadora de 2014. Apesar da premiação, ele garantiu que, em toda sua vida, nunca esquiou para receber uma honraria dessas e que o esporte é sua paixão desde a infância.

Cody Townsend Esqui na neve (Foto: Divulgação / Red Bull)
Californiano sempre encarou desafios, mas 
nada como a fenda no Alasca (Foto: 
Divulgação / Red Bull)


FONTE:

Peter tenta manter ídolos e diz que Unimed quis sair: "A vida continua"

Presidente do Fluminense admite perder alguns jogadores após fim de parceria, fala de adaptação a orçamento menor e confirma contrato com novo patrocinador


Por
Rio de Janeiro


peter siemsen fluminense presidente frame (Foto: Diego Rodrigues)
Peter, em entrevista nas Laranjeiras 
(Foto: Diego Rodrigues)


A grande movimentação e as pouco mais de 100 de pessoas no salão nobre das Laranjeiras na manhã desta quinta-feira evidenciavam a importância do que estaria por vir. Por 15 anos, Fluminense e Unimed quase se confundiam no imaginário dos torcedores. A parceria, iniciada em 1999, rendeu contratações de peso, títulos e um trânsito regular do presidente da cooperativa de médicos, Celso Barros, no departamento de futebol. O vínculo tinha validade até 2016. A empresa optou por encerrá-lo antes. E o mandatário do clube, pego de surpresa, sem citar o nome da cooperativa no início do seu discurso, se pronunciou. 

- Foi uma luta muito dura. É a luta dos bastidores, da organização. Pagamentos de dívidas. Foi a prioridade número um nos meus últimos quatro anos. Isso não aparece, ninguém gosta. Torcedor e imprensa gostam do jogo e das polêmicas, mas alguém tem de fazer. Se não chegamos ao ideal, caminhamos muito. O futuro passa por alguns pontos fundamentais. O futuro passa por alguns pontos fundamentais. Pelas características do mercado atual, a base é importante. Esse trabalho é feito aqui - afirmou o presidente.

A notícia movimentou os bastidores do Fluminense na quarta-feira, quando a patrocinadora confirmou o que já vinha sendo especulado nos últimos meses – em agosto, a empresa anunciara uma redução dos investimentos. Em novembro, dias antes do prazo para rediscussão do contrato, comunicou que não mais ajudaria com a contratação de reforços. O clube agradeceu pela década e meia que resultou em títulos relevantes, com os dois Brasileirões (2010 e 2012), e disse que trabalhou para minimizar os prejuízos. Mas as dúvidas começaram a surgir. 

Os atletas têm vínculo trabalhista com o clube. Vamos honrar os compromissos. Eles (jogadores) são importantes, têm história aqui, e queremos que fiquem, que se sintam bem aqui"
Peter Siemsen


O GloboEsporte.com apurou que agora ex-parceira notificaria os atletas para informar que não pagará mais direitos de imagens (a sua parte nos salários), mas a posição oficial do presidente da empresa, Celso Barros, é de que todos os acordos serão cumpridos. A saída da Unimed causou medo com o risco de um desmanche, apesar de o clube ter fechado no mesmo dia um patrocínio master com uma empresa de bebidas, que ocupará o principal espaço na camisa tricolor.

Durante a entrevista, o vice de projetos especiais do clube, Pedro Antônio, foi à mesa do presidente, colocou um copo do Matte Viton, produto do novo patrocinador. No Twitter do clube, enquanto Peter Siemsen falava, imagens das novas camisas (tricolor, branca, laranja e de goleiro) eram publicadas. O acordo foi confirmado no mesmo dia em que o encerramento do antigo vínculo foi anunciado. E, no discurso, ao menos, há confiança por parte do clube para um futuro melhor. Mas a realidade ainda é uma incógnita.


Confira os principais trechos da entrevista coletiva.

Fim da parceria após 15 anos
A rescisão foi um opção da Unimed. Quem pode responder é a própria. Eu me mantive aberto a soluções boas a todas as partes. Minha maior preocupação é o torcedor, mas queria algo bom ao patrocinador e ao clube. Procurei o melhor. Foi uma escolha da patrocinadora. Não tenho dúvida de que valeu a pena. Falo como torcedor, pelos 15 anos. Como dirigente, lamento que o trabalho de recuperação não tenha sido feito antes. Poderíamos estar em melhor fase.


Jogadores sob contrato
Os atletas têm vínculo trabalhista com o clube. Vamos honrar os compromissos. Eles (jogadores) são importantes, têm história aqui, e queremos que fiquem, que se sintam bem aqui. Antes (do fim da parceria com a Unimed), alguns saíram. É algo normal. Não queremos perder ninguém, mas o mercado pode apresentar propostas. É natural. Vamos manter os ídolos e construir novos. Estive algumas vezes com três executivos da Unimed. É claro que tive preocupação quanto à manutenção do cumprimento dos contratos dos jogadores. Mas volto a dizer: foi uma rescisão unilateral. Então, tive de me fiar na palavra deles. A Unimed, na minha gestão, sempre honrou seus contratos. E acredito que o fará. Não foi nada negociado. A Unimed rescindiu. A responsabilidade é dela.


Atletas com contratos encerrados
A rescisão para nós poderia ocorrer no ano que vem, mas veio antes. Estamos nesse processo de reorganização. Se for para trabalhar na manutenção de um ou alguns, deve ocorrer nos próximos dias. Estamos trabalhando. O orçamento é diferente. Os próximos dias vocês irão saber.


Renovação antecipada com Fred
É difícil falar sobre o fim de 2015. A necessidade dos times se apresentam durante a temporada. Sobre os jogadores que tem fim de contrato no ano que vem, como é o caso de Fred, vamos trabalhar pelo rendimento dele, pela nossa necessidade e pela vontade dele. É claro que não descarto renovar com ele.


Novo patrocinador
Assinamos ontem (quarta-feira). Foi um dia bacana. Será a Viton 44. Algumas marcas delas serão utilizadas, e vamos valorizar a marca do nosso novo patrocinador. Vai ser um patrocínio master. Não é exclusivo e o contrato é de dois anos. O valor é sigilo. Nenhum patrocinador assina contrato sem sigilo. Todos têm cláusula. Pelo clube, não teria problema, mas faz parte do mercado.


Nova Camisa do Fluminense (Foto: Divulgação/Fluminense)
Fluminense divulga camisas com a marca 
do novo patrocinador do clube 
(Foto: Divulgação/Fluminense)


Relação com patrocinadores
Outro ponto fundamental é que o Fluminense se torna cada vez mais um porto seguro a patrocinadores. A que ontem terminou (Unimed) e também a da Adidas. Temos tradição nisso. Vamos reforçar e querer novas parcerias longas. Queremos isso. Temos seriedade, e isso nos permitiu conter o crescimento da dívida, até a reduzindo.


Novas contratações
O Fluminense trabalha hoje dentro de um novo modelo. Queremos um modelo sustentável. E, dentro dele, há espaço para grandes contratações, sim.


Folha salarial
Hoje, talvez a grande dificuldade seja fazer uma grande aquisição, mas a remuneração, direitos de imagem e salário... o custo não é tão grande como vocês imaginam. No fundo, a folha do Fluminense talvez não estivesse nem entre as cinco primeiros do Brasil.


Atraso de salários
Comparado ao mercado, foram atrasos bem insignificantes em termos de salário. Praticamente um mês uma vez e oito dias na outra. E só os salários mais altos, os mais baixos estavam em dia. O que ficou para trás foram os direitos de imagem, durante um período em que estávamos arrumando a casa em relação à parte fiscal. Foi muito duro para nós. Estivemos muito próximos do equacionamento total da dívida no fim de 2012 e por um comportamento da área pública, não conseguimos. O Fluminense sofreu de uma forma injusta e isso criou um desequilíbrio no mercado do futebol, porque se deu para alguns e para outros se negou sem o menor pudor, sem justificativas técnicas. O Fluminense é um clube com receita até menor que outros, mas foi maltratado. Quando a gente vê tantos problemas no Brasil, não se surpreende. Mas vamos sair mais fortes. Equacionamos finalmente a dívida fiscal, com dois anos de atraso, só por conta da área pública.


Campanha no Brasileirão
Deixamos de ser campeões e lutamos pelo sexto lugar, uma posição honrosa. Mas o mais importante, para mim, é a conexão com a torcida.


FONTE:
http://glo.bo/1GobmQL

Cria do North Shore, John John cura lesão e freia ansiedade: "Meu quintal"

Um dos favoritos ao título na última etapa do WCT, em Pipeline, que define campeão mundial, havaiano diz que não há como prever futuro e fala do amor por onda grande


Por
Direto de Oahu, Havaí

John John Florence ovacionado no WCT Rio (Foto: Divulgação/ASP)John John Florence é um dos favoritos a vencer o Pipe Masters, no Havaí (Foto: Divulgação/ASP)


Filho de surfistas, nascido e criado no North Shore da ilha de Oahu, o havaiano John John Florence subiu pela primeira vez em uma prancha aos seis meses de vida, usando um colete salva-vidas, ao lado pai. Aos três anos, já ia sozinho. A praia de Banzai Pipeline é como o seu quintal de casa. Atual campeão da Tríplice Coroa Havaiana, o atleta de 22 anos não pôde defender o título nesta temporada por conta de uma lesão na coxa, sofrida durante um treino, que o fez desistir de disputar as duas primeiras etapas da competição, os WQSs de Haleiwa e de Sunset. Mas John John se curou e está pronto para disputar o Pipeline Masters, na "Meca" do surfe.

A última das 11 paradas do Circuito Mundial de Surfe (WCT) definirá o campeão mundial de 2014. O brasileiro Gabriel Medina, o australiano Mick Fanning e o americano Kelly Slater brigam pelo caneco. O campeonato foi adiado nesta quarta; a janela de espera vai até dia 20.
O Gabriel está surfando sob muita pressão em Pipeline, o Mick tem tido um ano muito consistente e o Kelly é o Kelly, você nunca sabe o que ele vai fazer. Vai ser um evento divertido de se ver"
John John Florence

- A minha perna esta está bem melhor agora e eu estou muito feliz de poder voltar para a água. Tenho treinado e é maravilhoso estar surfando de novo. Ainda sinto algumas dores, mas mal posso esperar para disputar o Pipe Masters. Quero que comece logo, é o meu evento preferido no ano. Estou ansioso para a estreia. Pipeline é o quintal da minha casa, sempre surfei nessa praia e quero muito ser campeão. Tudo o que eu quero é vencer - contou John John Florence, que ocupa a quarta colocação do ranking mundial e venceu a etapa francesa em Hossegor.

Espetacular nos tubos e aéreos, o menino prodígio do Havaí diz que não há como apontar o campeão da temporada e tudo pode acontecer nas ondas perfeitas e tubulares de Pipeline.

- Não sei quem vai ganhar este ano, é difícil saber. O Gabriel, o Kelly e o Mick são excelentes surfistas. O Gabriel está surfando sob muita pressão em Pipeline, o Mick tem tido um ano muito consistente e o Kelly é o Kelly, você nunca sabe o que ele vai fazer. Vai ser um evento divertido de se ver - analisou John John, eleito o melhor surfista do ano em uma prêmio de uma revista especializada em surfe a partir de uma votação popular. 

John John Florence WCT Taiti (Foto: Divulgação/ASP)
Cria do North Shore, John John Florence é 
conhecido pela habilidade nos tubos e aéreos 
(Foto: Divulgação/ASP)


Apaixonado por ondas grandes, o havaiano foi um dos convidados a disputar evento em homenagem a Eddie Aikau, em Waimea. O ex-surfista e salva-vidas, mito dos grandes mares no arquipélago da Polinésia, morreu precocemente, aos 31 anos, em 1978. O campeonato que leva seu nome não é realizado desde 2009. Se as condições forem favoráveis, a disputa que conta com nomes como Carlos Burle, Jamie O'Brien, Bruce Irons e Sunny Garcia será realizada. 

- O Eddie Aikau é ídolo para os havaianos e disputar o evento é um sonho para todos nós, desde que somos crianças. É maravilhoso fazer parte dele, é um evento incrível. Eu tento surfar ondas grandes sempre eu posso. É sempre divertido. As melhores que eu surfei foram em Jaws, na ilha de Maui, e em Teahupoo, no Taiti. É uma sensação muito louca surfar ondas grandes. Se você cresce aqui no Havaí, acho que você aprende a surfar qualquer tipo de onda - finalizou.

o que medina precisa para ser campeão mundial

- se for eliminado até a terceira fase => precisa que Kelly Slater não vença a etapa e que Mick Fanning não chegue às semifinais. Se Fanning for eliminado nas quartas, decide o título da temporada numa bateria homem a homem com o brasileiro.

- se for eliminado na quinta fase => Mick Fanning não pode chegar à final;
- se for eliminado nas quartas ou nas semifinais => Mick Fanning não pode vencer a etapa;
- se chegar à final => conquista o título, independentemente da campanha de seus rivais



FONTE:
http://glo.bo/136XVZk

Por milagre, Slater dá "tiro no escuro" e traça plano para pressionar: "Blefar"

Onze vezes campeão mundial diz que já duvidou de si mesmo, lembra conselho de Rickson Gracie para se aposentar e de quando achou bola de golfe que lhe traria sorte


Por
Direto de Oahu, Havaí

Há sempre uma luz no fim do túnel, principalmente, para alguém com o brilho de Kelly Slater.
Onze vezes campeão do mundo e dono de sete vitórias no Pipeline Masters, o surfista de 42 anos segue vivo na busca pelo seu 12º caneco. Para ele, apenas a vitória interessa e, ainda assim, terá de torcer por uma combinação de resultados. Se Gabriel Medina avançar à quarta fase, o americano perde as chances de ir ao topo mais uma vez. O outro candidato é o australiano Mick Fanning, que defende o título e luta pelo tetracampeonato. Para Slater, a sua missão é como um tiro no escuro, afinal, os seus dois rivais têm melhores condições. Em tom de brincadeira, ele disse que era hora de começar a blefar.

Kelly Slater Pipe Masters última etapa do WCT no Havaí Surfe (Foto: Pedro Gomes / Photography)
Kelly Slater no Pipe Masters, última etapa do 
WCT (Foto: Pedro Gomes / Photography)


No ano passado, eu achei uma bola de golfe e botei o numero 12 nela. Na hora, eu pensei: 'Esta coisa está rindo para mim'. Quando você fica tão perto por três anos seguidos, às vezes, imagina: 'Será que eu devo parar de tentar mais um título?' Mas, depois você pensa de novo e fala: 'Não, se tenho oportunidade, eu vou seguir em frente'
Kelly Slater

 - Sei que as minhas chances são mínimas, vou dar um tiro no escuro. Tenho dois caras na minha frente. Está tudo contra mim. Preciso começar a blefar para eles soltarem suas cartas (risos). Mesmo se eu ganhar e o Gabriel ficar em nono, eu perco. E o Mick é muito experiente, determinado e perigoso. Sabe exatamente o que fazer e como deixar os seus adversários em uma situação complicada nas baterias. Vocês (jornalistas) não viram em Portugal? Bastou eu e o Gabriel cairmos na terceira fase para ele ir lá e ganhar. Ele não se abala pela pressão. O Mick nunca ganhou aqui, mas tem vindo mais ao Havaí e costuma ficar entre os melhores, já esteve em final, ficou em terceiro, quarto... Tudo pode acontecer - avaliou o americano.

Slater lembra que, ano ano passado, quando chegou ao Havaí, encontrou no chão uma bolinha de golfe e escreveu o número 12 em cima dela. Ele acreditava que poderia lhe trazer sorte, mas, ao ver Mick Fanning avançar para a semifinal, perdeu a sua chance de erguer o caneco. Ainda assim, assombrou os rivais em um mar histórico e venceu a etapa pela sétima vez na carreira. Bateu na trave na briga pelo título da temporada, assim como nos dois últimos anos (em 2012, o campeão foi o australiano Joel Parkinson). A lenda do surfe chegou a duvidar de si mesmo, mas, acredita que, se tem a oportunidade de brigar pelo título, não tem por que parar de competir.

- No ano passado, eu achei uma bola de golfe e botei o numero 12 nela. Na hora, eu pensei: "Esta coisa está rindo para mim". Quando você fica tão perto por três anos seguidos, às vezes, imagina: "Será que eu devo parar de tentar mais um título? Mas, depois você pensa de novo e fala: "Não, se eu tenho essa oportunidade, eu vou seguir em frente" - revelou.


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Há seis anos, Kelly encontrou o brasileiro Rickson Gracie, lutador de jiu-jítsu e MMA, que o aconselhou a se aposentar. Na época, ele tinha "apenas" oito títulos mundiais. Slater não desistiu e continuou no topo, se renovando com as novas gerações, fazendo mágica e sempre tirando um coelho da cartola, como o aéreo 720º ou 540º, que surpreendeu a todos na etapa portuguesa, vencida por Fanning.

- Quando eu encontrei o Rickson, ele falou: "Você deve parar, já tem oito títulos mundiais e está apenas se expondo. Esses caras podem te vencer, você fez muito pelo esporte". E há não muito tempo o encontrei novamente e falei: "Ei, se eu fosse escutar os seus conselhos, não teria mais três mundiais (risos)". A vida é assim: você ganha e você perde. Nos dois últimos anos, perdi por uma bateria, e já ganhei também por uma bateria três ou quatro vezes - contou o americano. 

pipeline: "como andar de bicicleta"

surfe Kelly Slater nas quartas do Pipeline Masters (Foto: ASP)Para Kelly Slater, que se recupera de lesão, surfar em Pipeline é como andar de bicicleta (Foto: ASP)


O americano, que fraturou dois dedos do pé direito em Fiji, ainda se recupera da lesão e diz estar "enferrujado". Na terça-feira, surfou escondido em uma praia em Haleiwa, longe dos holofotes, como costuma fazer durante as etapas, e viu que ainda não está 100%. Apesar das dores, diz que surfar em Pipeline é como andar de bicicleta.  

- Estou meio enferrujado, vou testar meus equipamentos, mas o mais importante para mim é estar em cima da prancha. Eu não fico preocupado com manobras ou outra coisa, eu quero apenas sentir o timing da onda, e como a minha prancha reage. Posso até fazer algumas manobras, mas vou pegar tubos. Estou tentando entrar no timing, recuperar os músculos, mas eu me senti ok (surfando em Haleiwa), bem, é como andar de bicicleta - finalizou.

A janela de espera do Pipeline Masters começou na segunda-feira, mas até agora apenas a triagem foi iniciada - parou antes da final. Os dois primeiros colocados entrarão na chave principal, que pode ser disputada até dia 20.

o que medina precisa para ser campeão mundial
- se for eliminado até a terceira fase => precisa que Kelly Slater não vença a etapa e que Mick Fanning não chegue às semifinais. Se Fanning for eliminado nas quartas, decide o título da temporada numa bateria homem a homem com o brasileiro.

- se for eliminado na quinta fase => Mick Fanning não pode chegar à final;
- se for eliminado nas quartas ou nas semifinais => Mick Fanning não pode vencer a etapa;
- se chegar à final => conquista o título, independentemente da campanha de seus rivais

Líderes dividem mansão: Mick fica na suíte máster; Medina sem videogame

Em frente a Pipeline, casa tem clima de tranquilidade e rotinas diferentes: na briga pelo título mundial, brasileiro e australiano se encontram mais na água


Por
Direto de Oahu, Havaí


Convivendo sob o mesmo teto em frente à praia de Pipeline, o australiano Mick Fanning e o brasileiro Gabriel Medina deixam a rivalidade apenas na água. O clima entre os dois principais candidatos ao título mundial é de tranquilidade. Os dois fazem sempre questão de valorizar a amizade, o carinho e a admiração que têm um pelo outro. Os aussies Matt Wilkinson e Owen Wright também estão hospedados no local por terem o mesmo patrocinador. A mansão de madeira tem três andares, com jardim e vista para o mar. Fica ao lado do palanque do Pipe Masters, última etapa do Circuito Mundial de Surfe (WCT). O americano Kelly Slater também está na briga pelo caneco, embora com menos chances. 

Casa Gabriel Medina, Pipeline (Foto: Pedro Gomes)
Casa de Gabriel Medina e Mick Fanning em 
Pipeline (Foto: Pedro Gomes)


Medina e Fanning têm evitado o assédio e passam a maior parte do tempo dentro de casa, saindo na maioria das vezes para surfar, mas têm rotinas diferentes. O brasileiro conta que tem encontrado mais o adversário no mar do que em casa, por incrível que pareça. Eles até dividiram a mesma onda em um dos treinos - um foi para o lado esquerdo e o outro para o direito. Ao contrário dos últimos anos, Gabriel esqueceu de trazer o seu videogame e tem chamado o técnico e padrasto, Charles Rodrigues, para brincar de luta para driblar o tédio. Ele também gosta de navegar pela internet nas horas vagas.

Gabriel Medina e Mick Fanning na sala de estar da casa que estão hospedados no Havaí (Foto: Reprodução/Instagram)
Gabriel Medina e Mick Fanning na sala de 
estar da casa que estão hospedados no 
Havaí (Foto: Reprodução/Instagram)


Gabriel Medina faz treinamento funcional nos jardins de sua casa (Foto: Reprodução/Instagram)
Gabriel Medina faz treinamento funcional 
nos jardins de sua casa (Foto: 
Reprodução/Instagram)


- Tenho ficado muito em casa, conversando com o meu pai, chamo ele para brincar de lutinha, mas ele arrega (risos). Acabei esquecendo meu videogame, eu costumo jogar quando estou concentrado. Mas tenho treinado bastante - contou Gabriel, que é hiperativo. 

Gabriel Medina casa Pipeline Havaí (Foto: Reprodução/Instagram)Medina na varanda da casa em Pipeline (Foto: Reprodução/Instagram)


A casa onde estão dois dos possíveis campeões mundiais de 2014 nunca foi tão vigiada, e o padrasto colocou até um aviso em uma das portas pedindo privacidade a amigos e jornalistas.

Nos três anos em que chegou ao topo do mundo do surfe (2007, 2009 e 2013), Fanning ficou na suíte máster, destinada ao principal surfista da marca. Para evitar um mal estar, o patrocinador ofereceu uma outra casa para Medina e sua família, mas ele disse que sentia confortável no quarto do ano passado. Um dos seus lugares preferidos no lar provisório é a sacada da varanda, onde pode avaliar as condições do mar e também os treinos de outros surfistas.

Bem-humorado, o jovem de 20 anos cobrou que o rival preparasse o café da manhã e prometeu que faria um jantar se conquistasse o inédito título para o Brasil no surfe. Fanning foi uma espécie de professor de Medina nos últimos anos, dando dicas e tirando dúvidas do menino prodígio. Gabriel acompanhou de perto a conquista do tricampeonato mundial do australiano e diz que se inspirou na história em busca do seu primeiro título. 

Gabriel com o celular e o computador: passatempos quando não está no mar (Foto: Reprodução/Instagram)Gabriel se diverte com celular computador quando não está no mar (Foto:Reprodução/Instagram)

- O Mick viveu uma situação parecida no ano passado, eu acompanhei tudo e isso me inspirou. Sempre o tive como um ídolo. Tanto ele como o Kelly têm mais experiência, já passaram pelo que eu estou vivendo. Mas eu sou jovem, ainda tenho muitos de carreira para conseguir esse título. Eu quero ganhar mais do que nunca, ele também, e sei que não vai dar mole. Tenho treinado forte e feito a minha parte. Independentemente da competição, o Mick é um bom amigo. Vou preparar um jantar se eu ganhar, mas ele está me devendo um café da manha - disse Gabriel.

O australiano conta que ainda não preparou nenhuma refeição para Medina, mas, se o fizer, o amigo terá de lavar a louça. Ele conta que os dois não se veem com tanta frequência, mas revelou que estará disponível para ajudá-lo no que for necessário. 

Matti Wilkinson na cozinha da casa que divide com Fanning e Medina (Foto: Reprodução/Instagram)Matti Wilkinson na cozinha da casa que divide com Fanning e Medina (Foto: Reprodução/Instagram)


- Se eu estiver sentado perto de alguém e tiver de dar algum conselho, vou fazer, independentemente de ser meu possível adversário. Eu gosto de ver pessoas alcançando seu máximo potencial. Se Gabriel conquistar coisas e brilhar, eu me sinto honrado. Será incrível. Mas ainda tem de chegar e fazer isso dentro da água. Mesmo que alguém tenha dito algo, não significa que vai acontecer. Tem de ir atrás. E acho que é isso que ele está fazendo. Tem trabalhado duro. Somos amigos, não é como se estivéssemos querendo nos matar (risos).

Gabriel Medina, Pipeline (Foto: Pedro Gomes)
Charles Rodrigues, pai e técnico de Gabriel, 
Jadson André e Medina olham treino de 
Fanning (Foto: Pedro Gomes)

Casa Gabriel Medina, Pipeline (Foto: Pedro Gomes)
Casa dos dois candidatos ao título fica na 
beira do mar (Foto: Pedro Gomes)


o que medina precisa para ser campeão mundial
- se for eliminado até a terceira fase => precisa que Kelly Slater não vença a etapa e que Mick Fanning não chegue às semifinais. Se Fanning for eliminado nas quartas, decide o título da temporada numa bateria homem a homem com o brasileiro.

- se for eliminado na quinta fase => Mick Fanning não pode chegar à final;
- se for eliminado nas quartas ou nas semifinais => Mick Fanning não pode vencer a etapa;
- se chegar à final => conquista o título, independentemente da campanha de seus rivais


FONTE:
http://glo.bo/1GkVNsZ

Após saída do patrocinador, risco de desmanche assombra o Fluminense

Apesar de terem contrato, Fred, Conca, Henrique, Rafael Sobis, Walter, Jean, Wagner e Cícero passam a ter futuro incerto nas Laranjeiras


Por
Rio de Janeiro


Jogadores Fluminense campo (Foto: Richard Souza)Oito jogadores têm vínculo com a Unimed 
(Foto: Richard Souza)


A quarta-feira, dia 10 de dezembro, marca o início de novos tempos no Fluminense. Novos e incertos. Após 15 anos de sucessos, fracassos, carinhos e rusgas, a Unimed deixa o clube e um gigantesco ponto de interrogação paira sobre as Laranjeiras. A pergunta que foi feita várias e várias vezes ao longo da relação agora precisa de uma resposta convincente e rápida do presidente Peter Siemsen. Há vida sem a patrocinadora? O mandatário tricolor concederá entrevista coletiva no fim da manhã desta quinta-feira, às 11h, nas Laranjeiras, para falar sobre o futuro do clube, e o GloboEsporte.transmitirá ao vivo, acompanhando também em Tempo Real.

O clima de incerteza que os atletas viveram ao longo de toda a temporada sobre a continuidade ou não da parceria só piorou com a notícia da ruptura. Sem o aporte financeiro que já lhe deu grandes times e títulos, o Fluminense precisa se reinventar para tentar evitar um desmanche no seu grupo profissional. Buscar alternativas para gerar receitas capazes de manter o processo de reorganização das finanças, a principal bandeira da diretoria, mas garantir um elenco forte e um time competitivo para 2015.


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São oito os jogadores com vínculo com a Unimed: Fred, Conca, Henrique, Rafael Sobis, Walter, Jean, Wagner e Cícero, que passaria a receber direitos de imagem da cooperativa a partir do ano que vem. Os demais já recebem valores que representam de 50% a 80% de seus vencimentos. Caso a empresa não pague, os jogadores teriam de ir à Justiça. O presidente da antiga patrocinadora, Celso Barros, espera que eles busquem outras equipes, o que o livraria da obrigação de cumprir com os pagamentos. 

E é exatamente esse o ponto que mais pode sangrar sem o patrocinador. Ao anunciar o fim do contrato com o clube, Celso deixou em dúvida o futuro de alguns dos principais jogadores do plantel tricolor, já que eles ainda têm contrato de direito de imagem com a empresa. Segundo o GloboEsporte.com apurou, a Unimed não cumprirá os acordos, pois atravessa grave crise financeira. Celso, no entanto, garante que honrará os compromissos:

- Eu garanto: a Unimed vai cumprir todos os seus contratos com os jogadores do Fluminense. Os contratos serão honrados. Mesmo que a parceria tenha sido encerrada, mesmo que a marca da Unimed não esteja estampada no uniforme do clube.

Casos de Fred e Conca são os mais delicados. Sobis não deve ficar
Todos os jogadores citados na reportagem são ou foram titulares do Fluminense em boa parte do ano, formam a base da equipe e estão entre os mais talentosos e experientes. O maior temor, no entanto, cerca dois nomes: o atacante Fred e o meia Darío Conca. 


Contratos acabam em 2015
Fred
Wagner
Walter
Rafael Sobis
Robert

Contratos mais longos
Henrique - 30/06/2016
Conca - 8/01/2017
Jean - 31/12/2017
Cícero - 30/06/2018

A dupla tem o maior salário do elenco. Fred recebe R$ 950 mil, enquanto o argentino ganha R$ 750 mil. O contrato do camisa 9 termina em dezembro de 2015. O de Conca é mais longo: vai até janeiro de 2017. Até lá, a Unimed teria de pagar R$ 7,8 milhões a Fred e R$ 12 milhões a Conca. O centroavante estaria na mira do Cruzeiro, enquanto o camisa 11 tem sondagem de fora do Brasil. 

Disposto a vê-los fora do Fluminense, Celso Barros não dificultaria uma negociação. Vale lembrar: em ambos os casos, a Unimed Participações tem direito a 80% dos direitos econômicos dos atletas. A possibilidade de a dupla se despedir é real e passa a ganhar corpo. 

Quem não deve iniciar 2015 no Fluminense é Rafael Sobis. O atacante tem contrato com o clube até 19 de julho do ano que vem. Ou seja, pode assinar com outra equipe no próximo mês. Segundo o agente do jogador, Jorge Machado, Rafael está em dúvida sobre a sua permanência. No encerramento do Brasileirão, o camisa 23 deixou claro que pode sair e se queixou da falta de estrutura do clube. A diretoria tricolor não fará força para segurá-lo. Sobis recebe R$ 450 mil e uma renovação está praticamente descartada. 

Diego Cavalieri Treino Academia Fluminense (Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C. )Diego Cavalieri Treino Academia Fluminense (Foto: Nelson Perez / Fluminense F.C. )


Clube tenta manter Gum e Cavalieri 

Definida a saída da Unimed, o Fluminense agora sabe que não terá ajuda para tentar manter dois de seus principais jogadores. O zagueiro Gum e o goleiro Diego Cavalieri ficarão sem contrato a partir de 31 de dezembro e aguardam uma solução do clube durante as férias.

A negociação com Cavalieri se arrasta há pelo menos quatro meses. Em agosto, a pedida salarial de R$ 500 mil do goleiro assustou a diretoria tricolor, que pisou no freio. Depois, ele reduziu em R$ 100 mil, mas as tratativas pararam por conta do caso Unimed, que pagava direitos de imagem ao jogador. Agora, se quiser segurar o camisa 12, o Fluminense precisará achar uma solução sozinho. Ele já foi sondado por Palmeiras e Santos.

Foi também em agosto que Gum sofreu uma grave lesão. A fratura na perna esquerda o afastou dos gramados e colocou em dúvida sua permanência nas Laranjeiras. Relacionado por Cristóvão Borges na última rodada do Brasileirão, contra o Cruzeiro, ele aguarda uma posição do clube. A renovação, que já foi muito provável, agora é incerta. São muitas as dúvidas em torno do Fluminense e, pelo menos por ora, poucas respostas.


FONTE: