domingo, 30 de novembro de 2014

Marcelo garante vitória do Atlético-PR sobre o Goiás na despedida da Arena

Em jogo para cumprir tabela, Furacão cresce no segundo tempo e mantém o oitavo lugar no Campeonato Brasileiro. Goiás fica na 13ª posição


 A CRÔNICA


por Fernando Freire


O Atlético-PR despediu-se da Arena da Baixada com festa. Venceu o Goiás por 1 a 0 na noite deste domingo, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro. E, apesar de ter ficado longe do G-4, recebeu os aplausos da torcida no fim. O atacante Marcelo marcou o gol decisivo aos 16 minutos do segundo tempo. Com isso, o Furacão segue no oitavo lugar, agora, com 53 pontos. O Esmeraldino fica na modesta 13ª posição, com 46 pontos.

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O primeiro tempo teve pouca emoção. Ficou concentrado no meio-campo, com raros lances de perigo. O Furacão cresceu no segundo tempo e chegou ao gol com Marcelo, que vinha sendo cobrado pela torcida e comemorou de forma tímida. Os mandantes pressionaram, mas ficaram no 1 a 0 mesmo. No fim, o zagueiro Jackson e o volante Thiago Mendes ainda foram expulsos.

Na última rodada, o Atlético-PR visita o Palmeiras, que luta contra o rebaixamento. O Goiás recebe a Chapecoense, que apenas cumpre tabela. Os jogos estão marcados para as 17h (horário de Brasília) de domingo, dia 6.

Comemoração do Atlético-Pr contra o Goiás (Foto: Geraldo Bubniak / Agência estado)
Jogadores celebram Marcelo, autor do gol 
contra o Goiás (Foto: Geraldo Bubniak 
/ Agência estado)


Furacão cresce no segundo tempo e vence

Atlético-PR e Goiás protagonizaram um primeiro tempo com pouca emoção na Arena da Baixada. O time da casa jogava com apenas um meia de criação e três atacantes, o que deixava Bady sobrecarregado. No lance mais perigoso, o atacante Marcelo invadiu a área, mas, cara a cara com Renan, bateu em cima do goleiro. Depois, arriscou de fora da área e, mais uma vez, parou no camisa 1. Por outro lado, os visitantes contavam com três volantes e depositavam suas fichas no trio Ramon, Erik e Samuel. Eles trocavam passes e rondavam a área rubro-negra, mas sem conseguir levar perigo ao gol adversário.

Apoiado pela torcida, o Atlético-PR voltou sem mudanças, mas com uma postura mais ofensiva. Dellatorre cabeceou rente à trave após cobrança de falta. Depois, Bady e Hernani arriscaram de longe, para fora. A presão deu resultado aos 16. O lateral-esquerdo Natanael deu lançamento preciso, e Marcelo bateu firme para fazer 1 a 0. O Goiás até ameaçou com Samuel, que quase marcou um golaço de longe. Mas, depois, sentiu a pressão. Deu espaços para o Furacão, que quase ampliou com Cléo, Marcos Guilherme e Nathan. No fim, o Esmeraldino ainda teve dois expulsos: o zagueiro Jackson e o volante Thiago Mendes. Aí o Rubro-Negro só esperou o apito final para comemorar a vitória na despedida da Baixada em 2014.




FONTE:

Mano reclama de pênaltis do Flu e dispara: "Arbitragem teve um lado"

Técnico do Corinthians diz que time teve erros e acertos, mas condena decisões do árbitro Wilton Pereira Sampaio. Fluminense venceu por 5 a 2 com dois pênaltis


Por
Rio de Janeiro



O técnico Mano Menezes, do Corinthians, dividiu a análise da derrota para o Fluminense, por 5 a 2, neste domingo, no Maracanã. Primeiro ele falou sobre bola rolando, aspectos técnicos e táticos do jogo, e depois criticou a polêmica arbitragem de Wilton Pereira Sampaio. O juiz marcou dois pênaltis a favor do Tricolor carioca, sendo o segundo de forma equivocada. Fábio Santos derrubou Kenedy fora da área, aos 20 minutos do segundo tempo, mas o árbitro assinalou penalidade máxima. Três minutos antes, Conca havia sofrido falta de Gil dentro da área, lance que também originou pênalti. Nas duas oportunidades Fred fez os gols. O treinador foi expulso de campo por reclamação.



- O que descontrolou mesmo foram as duas penalidades máximas. Muito próximas. Revendo as imagens, temos a mesma opinião que tivemos durante o jogo: nenhuma das duas foi. O árbitro estava com vontade de marcar. A arbitragem teve um lado. Ela não errou num lance isolado. O segundo pênalti foi fora da área, mas é um lance no limite que é sujeito a erros. O que você não pode é cometer sucessivos erros nos 90 minutos só para um lado. É por isso que reclamamos, e por isso os jogadores estavam muito nervosos em campo. Acabamos perdendo um pouco desse controle. Aconteceu isso hoje - disparou Mano.

Na análise da bola rolando, Mano fez ponderações sobre o desempenho do time. Houve espaço para elogios e críticas. 

- Iniciamos bem o jogo, com controle e chegada na frente. Tivemos um gol e outras oportunidades para fazer mais. A partir da metade do primeiro tempo, começamos a errar muito na transição das jogadas. O Fluminense cresceu um pouco e fez o gol de empate. Numa falta desnecessária que cometemos, Sobis cobrou e fizemos um gol contra (de Ralf). Esses erros nos custaram caro porque devolvemos o jogo a eles. No segundo tempo voltamos muito bem. Em cinco minutos perdemos três oportunidades. Depois sofremos um gol meio acidental, que começou numa tentativa de cruzamento - completou.

A derrota para o Fluminense deixou o Corinthians com 66 pontos na tabela do Campeonato 
Brasileiro, na quarta posição. O Internacional tem o mesmo número de pontos, mas leva vantagem no número de vitórias.

 O Timão encerra sua participação contra o Criciúma, domingo que vem, na Arena.

Mano Menezes, Fluminense X Corinthians (Foto: Alexandre Loureiro / Agência estado)
Mano Menezes foi expulso pelo árbitro Wilton 
Pereira Sampaio contra o Flu (Foto: 
Alexandre Loureiro / Agência estado)


Veja os principais trechos da entrevista coletiva de Mano Menezes:

Faltou maturidade ao time
- Há muitas equipes maduras que também sofrem neste momento. Quando você se sente desrespeitado de forma frequente dentro do mesmo jogo, aqueles que são ganhadores se revoltam mais porque não aceitam isso. Não é normal. Acontecer a mesma coisa durante 90 minutos não é normal. O jogo de hoje não foi normal.


Poderia ter matado o jogo
- Quando nos referimos à arbitragem, no dia seguinte as pessoas sempre dizem que só reclamou de arbitragem. Não tenha dúvida que também tivemos nossos erros, senão o jogo não terminaria 5 a 2. No primeiro tempo, exageramos na preciosidade, fizemos escolhas erradas. O jogo estava à nossa feição. Mas um gol muda tudo, e demos a oportunidade ao Fluminense. Eles foram competentes, mas claro que com um empurrãozinho considerável. Amanhã, alguém vai dizer que o árbitro também deu um pênalti que não foi para o Corinthians. Mas em que altura ele deu o pênalti? A vaca já tinha ido para o brejo. Aí, diz que dá para os dois lados. É isso que incomoda nesse tipo de arbitragem. Situações que acontecem a favor e contra. Hoje foi contra.


Jogo contra o Criciúma: aceita ser fora da Arena
- Temos de jogar no nosso estádio porque temos esse direito. O que vai ser decidido na semana a respeito da segurança não podemos interferir. É bom jogar na sua casa, não tenha dúvida disso. Estamos vacinados contra essas questões de lanterna, time desclassificado. Sabemos que precisamos jogar bem para vencer o Criciúma. Estamos jogando bem e vamos construir essa vitória, não tenha dúvida.


Vaga direta ou não
- Ela vale muito. Vamos lutar por ela porque dá uma segurança para o planejamento. Você já tendo decidida uma Libertadores dentro dos grupos, muda os investimentos. Fazer investimentos para dois jogos traz um risco maior. Tudo isso se decide na última rodada. Queríamos ter encaminhado hoje, mas não conseguimos fazer.


Expulsão no segundo tempo
- Até fiz questão que o árbitro me dissesse, porque eu não sabia exatamente o que tinha acontecido. Por isso, o esperei. Ele disse que eu desrespeitei a arbitragem. Não sei onde desrespeitei. Reclamei como todo mundo estava reclamando naquela hora.


FONTE:

Frustrado, Cristóvão fala sobre indefinições no Fluminense para 2015

Situação do elenco vira assunto até na concentração e técnico diz que o clube tem encontrado dificuldade para se acertar com o patrocinador


Por
Rio de Janeiro


Cristovão Borges, Fluminense X Corinthians (Foto: Matheus Andrade / Photocamera)Cristovão lamenta ficar fora da Libertadores (Foto: Matheus Andrade / Photocamera)

Se 2014 já está no passado para o Fluminense, o futuro ainda segue indefinido diante de um série de contratos a expirar e a negociação com a patrocinadora. Essas questões envolvem também o trabalho no campo, que mesmo com a vitória por 5 a 2 sobre o Corinthians, neste domingo, no Maracanã, termina sem conseguir a vaga na Taça Libertadores do ano que vem.

O Fluminense já entrou em campo sabendo que não teria mais chances de classificação. Terminar a competição dessa forma deixou um ar de lamentação entre os jogadores e a comissão técnica. Cristóvão esperava mais e por isso deixou o Maracanã frustrado com a campanha na competição, que terá como último capítulo o confronto com o Cruzeiro, no Mineirão, no próximo fim de semana.


- Fica uma frustração bem grande. Passamos algumas frustrações durante o campeonato. Nós temos a convicção de que poderíamos ir mais longe, temos equipe para isso. Oscilações em momentos decisivos prejudicaram. É frustrante, sim. Bastante - afirmou Cristóvão.

Diante desse cenário e da manifestação de Fred sobre o que será feito para o ano que vem, Cristóvão demonstrou entendimento da situação. Jogadores importantes, como Cavalieri, Gum e Carlinhos terão seus contratos encerrados no fim da temporada.

- Conversamos algumas vezes essa semana, inclusive na concentração antes do jogo. Falamos sobre a situação, as coisas que já falamos durante a semana. Por conta da dificuldade que o Fluminense tem encontrado nesse acerto com a patrocinadora isso fez com que muitas coisas ficassem indefinidas. Foi sempre assim, está desse jeito, muito a definir. Isso se deve à dificuldade de o clube viver essa nova realidade. Ano passado foi isso, esse ano uma sequência. Na próxima temporada, vai viver a nova realidade - comentou o treinador.


Confira a entrevista completa:
Pontos perdidos contra pequenos
Foi um risco que nós assumimos da filosofia de jogo. Fazer com que entendessem jogar propondo o jogo o tempo inteiro. A equipe é muito técnica e ofensiva. Em alguns momentos, poderíamos mudar de estratégia em relação a isso. A gente sempre jogou da mesma forma dentro e fora. Sempre buscando a vitória, sem retranca, procurando futebol ofensivo e organização. Isso é uma vitória, uma coisa que foi importante realizar isso, ver no campo isso. Nesses momentos, olhando hoje, poderíamos ter feito diferente, sim. Mas valeu a pena.


Diálogo sobre os problemas
São inteligentes (jogadores), esclarecidos, conversa clara, objetiva. O que eles falaram, o que se falou, é que muitos desses jogadores ficaram durante esse tempo todo sem a situação definida. Isso causa incômodo a todo mundo. Vamos terminar assim. É a dificuldade que se teve com a nova realidade. O Fluminense, eu espero, que se planeje dentro do que vai se viver. Não é mais uma equipe com a capacidade de investimento.


Dá para seguir competitivo?
Em relação ao patamar, até isso é difícil porque não sei. Única certeza é que não vai ser tão forte quanto hoje. Não vai ser. Vai ser uma aposta. As coisas têm de ficar claras para assumir essa condição. Podemos fazer planejamentos, mas a torcida vem para cobrar o time que ganhou dois Brasileiros. Não dá para dar explicações. Quem trabalha tem que resolver isso. Vai continuar, e a realidade tem que ser clara. Nem tudo está claro. Não vai ser mais forte que hoje, não.


O que vai pesar para permanecer?
Clareza. Clareza no projeto. A cobrança não muda. O Fluminense é time de tradição, de ponta, campeão. Não vai entrar para ser mais ou menos. Se for diferente disso, tem que ser claro para todo mundo. Para todos. Isso só funciona se todos estiverem juntos e assumirem para poder segurar. Sendo claro, tem que apostar e bancar.


Libertadores escapou por pouco
É muito pouco o que faltou. Um time como o Fluminense não pode faltar esse pouco. E aí estão várias razões. Foi a não capacidade de fortalecer um pouco. Sou cobrado o campeonato todo por um jogador de velocidade. Procuramos, mas, na hora de fechar, não tivemos


Consegue definir o Fluminense de 2014?
O time todo mundo sabe qual é. Ainda não compreendi, converso com pessoas que conhecem o Fluminense, mas não consegui entender essa coisa que acontece de vez em quando que a equipe se transforma negativamente. Tivemos alguns episódios na temporada que foram decisivos. Não cheguei à conclusão nenhuma disso não.


FONTE:
http://glo.bo/1vyilVs

Fred desabafa, critica "politicagem", revela dívida e não garante que fica

Artilheiro do Brasileirão deixou o campo após a goleada sobre o Corinthians comentando o momento complicado do clube para a próxima temporada


Por
Rio de Janeiro


Os dois gols marcados sobre o Corinthians não foram suficientes para acalmar Fred. Depois de ser alvo de protestos nas Laranjeiras no último sábado, o atacante divulgou uma nota criticando a atitude do grupo de torcedores. Na saída do campo após a goleada de 5 a 2 sobre o Timão, ele voltou a comentar a atitude dos torcedores no treinamento. (Confira a primeira parte do desabafo no vídeo abaixo)

- Quero fazer um desabafo. Há seis anos estou no clube. Me desgastei sempre para defender os jogadores. Mas algumas vezes a imprensa, como agora na Globo.com, eles têm de ter responsabilidade e entender que aquele bando de 10 pessoas que foram fazer aquela palhaçada não representa a torcida do Fluminense. Fizeram matéria tendenciosa. Da forma que fizeram, é uma falta de respeito. Tem de analisar toda a história. Sei que o torcedor está do meu lado. Aquilo é coisa mandada. Vou sempre me desgastar pelo clube. Se forem mandar fazer sacanagem comigo, estou de peito aberto. Mas se estiver ruim, pego a minha viola, coloco no saco e vou embora, porque estou aqui para defender o Fluminense.




Durante seu desabafo, o atacante citou o GloboEsporte.com, que noticiou o protesto ocorrido nas Laranjeiras. Ele ainda revelou que está há 20 meses sem receber direitos de imagem. Fred afirmou que está sendo alvo de opositores.

 "Eu tenho 20 meses de direitos de imagem atrasado e nunca falei para ninguém. Mesmo assim me dedico."

- Há grupos de opositores que fizeram sacanagem comigo. Tenho 20 meses de direitos de imagem atrasados, mas se a torcida estiver de saco cheio, pego minhas coisas e vou embora. Me garanto dentro e fora de campo. A minha revolta maior é com aquele babaca do GloboEsporte.com que fez a matéria armada. “Posiciona para fazer a foto, vem de lá para fazer o vídeo”. Foi assim. Eu estou me matando, velho. O grupo inteiro, não só eu. A comissão técnica ralando para caramba e estamos sozinhos nessa. Eu domino no peito, mas divido a responsabilidade também, porque tem gente que não faz nada aqui dentro. Eu tenho 20 meses de direitos de imagem atrasado e nunca falei para ninguém. Mesmo assim me dedico. Mas a minha indignação é com aquela palhaçada que aconteceu. Vocês têm que noticiar, mas ter responsabilidade para, no mínimo, analisar a situação. Aquele protesto é da torcida do Fluminense? Pergunto para os senhores. É um bando de imbecis. Aquilo lá é coisa armada. Mas se quiserem, vamos para o pau. Tinha moleque lá com short do Santos. Não representa minha torcida. Respeito muito a verdadeira torcida e quando tem coisa manipulada, eu vou para dentro.

Fred, Fluminense X Corinthians (Foto: Andre Durão)
Fred reclama do impedimento marcado que 
anulou um gol seu quando o jogo ainda 
estava 1 a 0 para o Corinthians. Atacante 
viria a marcar duas vezes, de pênalti, 
na segunda etapa da partida, ajudando 
o Flu a golear. (Foto: Andre Durão)

Assim como após a partida contra o Sport, Fred voltou a minimizar a posição do Flu na tabela, longe de qualquer disputa pelo título e fora do G-4 . O capitão lembrou que o clube vive um momento complicado fora de campo e que as longas novelas nas renovações de contrato de muitos jogadores foi um problema no grupo.

 "Nós jogadores estamos nos dedicando desde o início, e sozinhos"
- Frustação é uma palavra que é forte para esse grupo pelos problemas que nós enfrentamos, pelas dificuldades. Por esse grupo e essa comissão caminharem sozinhos o ano inteiro, com todos os problemas internos que nós tivemos. Há seis, sete meses atrás, eu como capitão, eu representava o meu grupo de jogadores e sempre briguei pelo meu grupo. Eu cheguei para diretoria e falei: "o nosso grupo precisa renovar o contrato, porque são sete, oito jogadores de pura qualidade, campeões dentro do clube, que já passaram dificuldades e sabem o que eles tem que fazer aqui dentro, tem uma história bonita e faz parte de uma base vencedora aqui dentro". Então, antes, era ruim para quem estava com o contrato acabando. Hoje, por causa de politicagem, por causa dessas palhaçadinhas que a gente tem fora de campo e que a imprensa, que foi o caso da Globo.com, deu a maior ênfase para aquela palhaçada forjada... Hoje, quem tem contrato no clube que está pensando: "Eu que vou ter que sofrer aqui ano que vem, né?" Porque nós não sabemos o que vai acontecer. Então, não existe frustração, porque esses jogadores... Nós jogadores estamos nos dedicando desde o início, e sozinhos. Maioria das vezes sozinhos. Então, não existe frustração para gente. A gente sai daqui de cabeça erguida. Falamos lá dentro que tem uma maioria de jogadores que pode ser o último jogo aqui no Maracanã. Para gente jogar por nós, pelas nossas famílias, pelo nosso empenho, pela união que nós fizemos aqui.

Fred comemora gol do Fluminense contra o Corinthians (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
Fred comemora um de seus gols na goleada do 
Fluminense sobre o Corinthians (Foto: Nelson 
Perez / Fluminense FC)


Fred também voltou a mostrar preocupação com o planejamento do clube para a temporada 2015. O atacante falou na saída de jogadores e colocou em dúvida o potencial dos jogadores da base para aguentar a pressão e até mesmo sua permanência nas Laranjeiras. Sem o apoio da Unimed, a diretoria do Fluminense vai apostar nos jogadores que ainda têm contrato com o clube e em atletas formados no Tricolor.

 "Será que a molecada da base vai botar a camisa e jogar?"
 - O que eu estou torcendo porque eu criei um carinho muito grande por esse clube, é que pro o ano que vem as coisas melhorem, que haja planejamento, que melhore alguma coisa. Mas do jeito que está, vão sair oito jogadores, não sabemos qual vai ser a comissão do ano que vem... Então, quem está acabando o contrato vai embora. Quem tem contrato, está desesperado porque não sabe: "vou ficar aqui e o que vai acontecer ano que vem?" A gente tem exemplos. Não dá para falar se eu fico. Eu tenho contrato mais um ano. Será que vai acontecer o quê com o Fluminense no ano que vem? O que que vai acontecer com a gente? Vão sair aí oito jogadores. A mulecada da base tem uma qualidade imensa, mas será que eles vão colocar a camisa e jogar? Será que o torcedor vai ter paciência para essa reformulação e a saída desses jogadores que eles chamam de mercenários?



Voltando a citar o atraso em seus pagamentos, Fred ainda defendeu os companheiros de clube dos xingamentos de "mercenários", se disse sempre pronto a defender o Fluminense e ainda cobrou da diretoria mais presença e organização.

- No meu caso, eu tenho vinte meses de contrato de imagem atrasados. Nunca falei para ninguém. Resolvi internamente. Aí eles vão lá, fazem a palhaçadinha de grupo que faz palhaçada para falar que eu sou mercenário? Meu salário é muito bom, tenho vinte meses de imagem atrasado, que é uma grana muito grande, mas mesmo assim eu me dedico diariamente por isso aqui. E me exponho por causa do meu grupo e por causa desse clube. Então, quando vai falar de Fluminense, eu vou querer entrar na frente. Por isso que me desgasto, mas a diretoria tem que estar mais presente, tem que estar mais organizado pro futebol do Rio não ficar ruim. E eu me preocupo com meu lado. Não sei como vai ser aqui ano que vem.

Artilheiro isolado do Brasileirão com 17 gols, o atacante lembrou o momento difícil que viveu depois da Copa do Mundo, quando foi apontado, ao lado de Felipão, como principal culpado pela fraca campanha da seleção brasileira. (Veja a segunda parte do desabafo no vídeo acima)

- Eu estou feliz por isso (artilharia do Brasileirão). Essas vitórias, esses gols e esse momento de voltar por cima realmente. Porque foi um momento delicado esse ano para mim. Mas um mês não ia jogar por terra todo meu empenho, todo meu suor e sacrifico e qualidade. Por isso sou muito grato a todos os jogadores, grato ao Fluminense por tudo que fizeram, pela torcida de verdade. Eu vou continuar sempre trabalhando para defender o clube, para fazer meus gols e conseguir o máximo possível para gente.

NOTA DA REDAÇÃO: 
O GloboEsporte.com repudia as infelizes insinuações de Fred. Na manhã de sábado, como em todos os dias, nosso repórter esteve nas Laranjeiras para cobrir o treino do Fluminense com a missão de mostrar o que acontece dentro e fora de campo. Se torcedores fazem uma manifestação contra a principal estrela do time, o nosso dever é informar, como fizemos.


FONTE:
http://glo.bo/1v05oir

Fluminense goleia, mas Corinthians se garante na Libertadores

Em jogo tenso, com erro de arbitragem e discussão entre Mano Menezes e torcedores, Tricolor leva melhor por 5 a 2 e garante triunfo no 2º tempo


 A CRÔNICA


por GloboEsporte.com


O Fluminense entrou em campo neste domingo, no Maracanã, pela penúltima rodada do Brasileirão, apenas para cumprir tabela. Afinal, já não tem mais chances de classificação à Taça Libertadores. O Corinthians ainda brigava para tentar se garantir na competição continental, e conseguiu, mesmo perdendo. O Alvinegro até começou bem, abrindo o placar logo no início, mas o Tricolor virou, venceu por 5 a 2. Fred (2), Ralf (contra), Edson e Conca marcaram para a equipe das Laranjeiras. Guerrero e Danilo descontaram para o Alvinegro, que ainda perdeu um pênanlti. O Corinthians se classificou graças à derrota do Grêmio para o Bahia, em Salvador.


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Os corintianos deixaram o gramado reclamando muito da arbitragem de Wilton Pereira Sampaio, que marcou penalidade inexistente a favor do Fluminense (a falta de Fábio Santos em Kennedy foi fora da área). Mano Menezes, que acabaria expulso por reclamação, ainda discutiu com um torcedor e avisou que está mesmo deixando o clube.

Com o resultado, o Corinthians segue com 66 pontos, em quarto lugar. A vaga no G-4 está garantida. O que falta definir é a posição. O Inter, também com 66, está em terceiro. Quem terminar o Brasileiro "no pódio" vai direto para a fase de grupos da Libertadores. Quem ficar em quarto terá de disputar a fase prévia da competição. Na última rodada, o Corinthians joga contra o Criciúma, em São Paulo. Já o Inter pega o Figueirense, em Santa Catarina. O Fluminense, com 61, cumprirá tabela com o campeão Cruzeiro, em Belo Horizonte.

Fred comemora gol do Fluminense contra o Corinthians (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)
Fred comemora gol do Fluminense contra o 
Corinthians (Foto: Nelson Perez / Fluminense FC)


O jogo

O Corinthians foi melhor durante boa parte do primeiro tempo. Com marcação firme no meio-campo, a equipe paulista dificultava as ações do Fluminense, que tinha mais a bola mas tocava de lado, sem conseguir furar o bloqueio alvinegro. Quando teve a bola nos pés, o Timão mostrou qualidade no passe e entrosamento. O gol de Guerrero, logo aos 4 minutos, mostrou isso: lindo passe de Renato Augusto para Malcom, que tentou marcar com um leve toque de bico. Cavalieri espalmou, e a bola sobrou para o peruano abrir o placar. Como a entrada da área do Corinthians estava congestionada, o Flu tentava pelo alto. Aos poucos, foi se aproximando do gol. Fred chegou a marcar aos 35, mas estava impedido e teve o lance anulado. Aos 39, de tanto insistir, os cariocas chegaram ao empate: Sobis cobrou falta da esquerda, e Ralf subiu para cortar, mas fez contra.

O segundo tempo foi todo do Fluminense. O Corinthians entrou em parafuso e passou a apresentar falhas defensivas. O Tricolor se aproveitou e desandou a marcar gols. A virada surgiu pelo alto, onde o Timão era mais vulnerável. Aos 12, Carlinhos cruzou da esquerda, e Edson subiu mais que Fábio Santos para marcar. Nervosos, os alvinegros perderam o controle. Aos 17, Gil derrubou Conca na área: pênalti, que Fred converteu. A essa altura, Mano Menezes era xingado e discutia com torcedores corintianos no Maracanã. A um deles, respondeu, de acordo com relato do repórter Bruno Laurence, da TV Globo:

- Pode deixar que já, já eu vou sair - disse, dando a impressão de que se referia à sua saída do Corinthians. Depois, ele explicou que estava falando sobre sua saída de campo, pois previa sua expulsão.

O Fluminense, se aproveitando dessa pane dos corintianos, fez mais um, aos 25, novamente com Fred cobrando pênalti. Aliás, uma jogada bem polêmica e que acabou provocando a expulsão do técnico corintiano. Fábio Santos derrubou Kennedy fora da área, mas a arbitragem assinalou a penalidade. Inconformado, Mano reclamou muito. O jogo ficou paralisado por cinco minutos até que o treinador deixasse o campo. Os últimos minutos foram alucinantes: aos 37, o Corinthians teve pênalti a favor, mas Cavalieri defendeu cobrança de Fábio Santos. No minuto seguinte, Danilo diminuiu de cabeça, após cruzamento de Jadson - dois reservas que haviam acabado de entrar. O Timão poderia até ter empatado a partida, mas Cavalieri fez duas grandes defesas. No fim, o Flu, mesmo com um a menos (Marlon foi expulso), conseguiu chegar ao quinto gol, com Conca, já aos 46.

Renato Augusto, Fluminense X Corinthians (Foto: Andre Durão)
Renato Augusto lamenta chance perdida para 
o Timão no Maracanã (Foto: Andre Durão)




FONTE:

No adeus de Kaká, Ceni erra feio, e São Paulo e Figueirense empatam

Goleiro aplica chapéu na intermediária, perde a bola e leva gol por cobertura, estragando a festa para o meia, que se despede do Tricolor


Por  
  São Paulo


  • lance capital
    39 do 2º tempo

    Aos 41 anos, Ceni protagonizou  lance de juvenil. Na intermediária, aplicou chapéu em Marcão, mas perdeu a bola para Mazola, que empatou o jogo com o gol vazio.
  • ovacionado
    Kaká

    O meia foi aplaudido de pé ao ser substituído por Pato, aos 36 do segundo tempo. Foi o último jogo do meia no Morumbi. Ele agora vai para o Orlando, dos EUA.
  • de férias
    Figueirense

    Com 46 pontos, sem risco de rebaixamento e longe do grupo de classificação à Libertadores, o Figueira tentava apenas mostrar um bom papel. Conseguiu.
O jogo era de festa para Kaká. Emprestado pelo Orlando City até 31 de dezembro, o meia fez, contra o Figueirense, sua última partida pelo Tricolor no Morumbi, na tarde deste domingo. Saiu ovacionado de campo, aos 36 minutos do segundo tempo, substituído por Pato. E viu do banco de reservas um de seus melhores amigos no futebol, o capitão Rogério Ceni, estragar um pouco o clima de comemoração na casa tricolor. Com uma falha grotesca do goleiro são-paulino, o Figueirense empatou o jogo por 1 a 1, diminuindo a festa da torcida tricolor.

Kaka, São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)
Kaká agradece o carinho da torcida na despedida 
do Morumbi, no jogo contra o Figueira (
Foto: Marcos Ribolli)


O que animava os são-paulinos era o sistema de som do Morumbi, que ia informando os gols do Fluminense sobre o Corinthians, no Maracanã. Com a derrota do rival alvinegro por 5 a 2, o São Paulo, mesmo com o empate em casa, assegurou a segunda colocação no Brasileirão, qualificando-se diretamente para a fase de grupos da Libertadores.


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No fim, fogos de artifício saudaram a vaga tricolor e o adeus de Kaká. Emocionado, o meia agradeceu o carinho. Ele jogou com a braçadeira de capitão, uma cortesia de Rogério Ceni, que queria homenagear o amigo. O goleiro, porém, acabou falhando feio no gol de empate do Figueira. Na intermediária, o goleiro aplicou um chapéu em Marcão, mas esticou demais a bola, perdendo a posse para Mazola. Com o gol vazio, o meia, revelado no próprio São Paulo, mandou por cobertura para empatar a partida, aos 39 do segundo tempo. Edson Silva, de cabeça, havia aberto o placar pouco antes, aos 24.

- Tentei cavar, mas ela foi longa, e o jogador deles aproveitou e fez o gol. O erro foi meu - disse Rogério Ceni, que volta a campo no próximo domingo, na despedida do time do Brasileirão em Recife, contra o Sport. O Figueirense pega o Internacional no mesmo dia - o jogo será na Arena Condá, em Chapecó.

São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)
Muita luta: Thiago Heleno e Alan Kardec 
disputam a bola no alto  (Foto: 
Marcos Ribolli)


O jogo

Como nenhum dos dois times tinha grandes aspirações, o jogo parecia um grande amistoso, em ritmo lento. O gramado irregular do Morumbi também parecia prejudicar as ações ofensivas. O São Paulo tinha Kardec pela direita, Luis Fabiano centralizado e Kaká na esquerda, com Ganso armando por trás. Mas a movimentação era pouca, quase nula. E o Tricolor só assustou em cobranças de falta, com Rafael Toloi. O Figueira tentava chegar nos contra-ataques. Faltava velocidade, porém, à dupla Pablo e Marcão.

O segundo tempo foi um pouco mais movimentado, com espaços para os dois lados. Pablo teve a melhor chance, aos 4. Luis Fabiano respondeu aos 5 e aos 10. Com a notícia de que o Corinthians perdia para o Flu no Rio, a insatisfação da torcida são-paulina foi diminuindo. 

Como a segunda colocação já estava garantida, a expectativa era apenas com um gol que pudesse coroar o bom momento da equipe. E ele veio aos 24 minutos, com Edson Silva completando de cabeça o escanteio cobrado por Osvaldo. A festa estava armada. Kaká foi substituído aos 36 e saiu aplaudido de pé, ovacionado. A vitória parecia garantida. Mas a falha de Ceni acabou comprometendo o resultado. Mazola fez golaço por cobertura aos 39 - e depois quase virou aos 44, com chutaço na trave. O empate acabou sendo mais justo.

Rogério Ceni São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)
Rogério Ceni estreia uniforme na despedida 
de Kaká do Morumbi (Foto: Marcos Ribolli)
 


FONTE:
http://glo.bo/1vyeWpF

No adeus de Kaká, Ceni erra feio, e São Paulo e Figueirense empatam

Goleiro aplica chapéu na intermediária, perde a bola e leva gol por cobertura, estragando a festa para o meia, que se despede do Tricolor


 A CRÔNICA


por Juliano Costa


O jogo era de festa para Kaká. Emprestado pelo Orlando City até 31 de dezembro, o meia fez, contra o Figueirense, sua última partida pelo Tricolor no Morumbi, na tarde deste domingo. Saiu ovacionado de campo, aos 36 minutos, substituído por Pato. E viu do banco de reservas um de seus melhores amigos no futebol, o capitão Rogério Ceni, estragar um pouco o clima de comemoração na casa tricolor. Com uma falha grotesca do goleiro são-paulino, o Figueirense empatou o jogo, em 1 a 1, diminuindo a festa da torcida tricolor.

Kaka, São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)
Kaká se despede do Morumbi, no jogo entre 
São Paulo e Figueirense 
(Foto: Marcos Ribolli)

O que animava os são-paulinos era o sistema de som do Morumbi, que ia informando os gols que o Fluminense enfilerava frente ao Corinthians, no Maracanã. Com a derrota do rival alvinegro por 5 a 2, o São Paulo, mesmo com o empate em casa, assegurou a segunda colocação no Brasileirão, qualificando-se diretamente para a fase de grupos da Libertadores.


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No final, fogos de artifício saudaram a vaga tricolor e o adeus de Kaká. Emocionado, o meia agradeceu o carinho. Ele jogou com a braçadeira de capitão, uma cortesia de Rogério Ceni, que queria homenagear o amigo. O goleiro, porém, acabou falhando feio no gol de empate do Figueira. Na intermediária, o goleiro aplicou um chapéu em Marcão, mas esticou demais a bola, perdendo a posse para Mazola. Com o gol vazio, o meia, revelado no próprio São Paulo, mandou por cobertura para empatar a partida, aos 39 do segundo tempo. Edson Silva, de cabeça, havia aberto o placar pouco antes, aos 24.

- Tentei cavar, mas ela foi longa, e o jogador deles aproveitou e fez o gol. O erro foi meu - disse Rogério Ceni.

O São Paulo se despede do Brasileirão em Recife, enfrentando o Sport, no domingo. Já o Figueirense pega o Internacional no mesmo dia - o jogo será na Arena Condá, em Chapecó.

São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)
Thiago Heleno e Alan Kardec disputam a 
bola no alto  (Foto: Marcos Ribolli)


O jogo

Como nenhum dos dois times tinha grandes aspirações, o jogo parecia um grande amistoso, em ritmo lento. O gramado irregular do Morumbi também parecia prejudicar as ações ofensivas. O São Paulo tinha Kardec pela direita, Luis Fabiano centralizado e Kaká na esquerda, com Ganso armando por trás. Mas a movimentação era pouca, quase nula. E o Tricolor só assustou em cobranças de falta, com Rafael Toloi. Já o Figueira tentava chegar nos contra-ataques. Faltava velocidade, porém, à dupla Pablo e Marcão.

O segundo tempo foi um pouco mais movimentado, com espaços para os dois lados. Pablo teve a melhor chance, aos 4. Luis Fabiano respondeu aos 5 e aos 10. Com a notícia de que o Corinthians perdia para o Fluminense no Rio, a insatisfação da torcida são-paulina foi diminuindo. Como a segunda colocação já estava garantida, a expectativa era apenas com um gol que pudesse coroar o bom momento da equipe. E ele veio aos 24 minutos, com Edson Silva completando de cabeça o escanteio cobrado por Osvaldo.

A festa estava armada. Kaká foi substituído aos 36 e saiu aplaudido de pé, ovacionado. A vitória parecia garantida. Mas a falha de Rogério Ceni acabou comprometendo o resultado. Mazola fez um golaço por cobertura aos 39 - e depois quase virou aos 44, com um chutaço na trave. O empate acabou sendo o resultado mais justo.

Rogério Ceni São Paulo X Figueirense (Foto: Marcos Ribolli)
Rogério Ceni estreou novo uniforme 
(Foto: Marcos Ribolli)





FONTE:

Com a vida resolvida, Chapecoense e Cruzeiro ficam no empate por 1 a 1

Chape joga com permanência garantida e se despede de casa, enquanto Cruzeiro coloca “mistão”; em sua estreia, garoto Hugo Ragelli marca


 A CRÔNICA


por Laion Espíndula


Cruzeiro e Chapecoense entraram em campo na tarde escaldante deste domingo com a vida resolvida. De um lado, o campeão com duas rodadas de antecedência, que foi a campo com um time misto, ainda mais depois da desgastante final contra o Atlético-MG, pela Copa do Brasil. Do outro, o mandante do confronto, que garantiu o principal objetivo do ano, a permanência na Série A. Diante deste cenário, o que se viu na Arena Condá foi um duelo de festa. Em despedida da sua torcida, o Verdão do Oeste abriu o placar no primeiro tempo. Na etapa final, o time mineiro deixou tudo igual e se aproxima de bater o recorde de pontos corridos do Campeonato Brasileiro no atual formato, com 20 clubes.


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Duas curiosidades marcaram o confronto pela penúltima rodada da competição nacional. Bruno Rangel marcou pela segunda vez desde que voltou à Chape, na metade deste ano.  E os dois gols do atacante saíram justamente contra o Cruzeiro. O primeiro foi na partida em Minas Gerais. E o camisa 9 repetiu a dose em casa. A Raposa viu brilhar a estrela do garoto Hugo Ragelli. Na estreia como profissional, o jogador balançou as redes com apenas um minuto em campo.

O resultado mantém, até o momento, a Chapecoense na 14ª posição do Brasileiro. O time tem 43 pontos. O Cruzeiro segue líder, com 77, e precisa vencer o próximo compromisso para atingir a marca de maior número de pontos na competição - em poder do São Paulo em 2006, com 78 pontos. Pela última rodada do torneio nacional, os dois times voltam a campo no próximo domingo, às 17h. O time celeste recebe o Fluminense no Mineirão, enquanto o Verdão tem duelo com o Goiás, fora de casa.

Neilton e Fabiano, Chapecoense X Cruzeiro (Foto: Alexandre Schneider / Getty Images)
Com domínio em cada etapa, Chape e 
Cruzeiro empatam (Foto: Alexandre 
Schneider / Getty Images)


O jogo

O forte calor em Chapecó atrapalhou um pouco o desenvolvimento da partida no primeiro tempo. Os jogadores sentiram a alta temperatura e fizeram um confronto lento nos 45 minutos iniciais. Com o apoio da torcida e sem qualquer preocupação, a Chapecoense apresentou maior posse de bola e fechou bem o meio-campo, enquanto o Cruzeiro arriscava idas ao ataque com Marlone.

Logo no início da partida, o meia Camilo cobrou escanteio na medida para Bruno Rangel, mas o cabeceio saiu por cima do gol. O time celeste surpreendeu com boa saída aos 17 minutos, Lucas Silva deixou Neilton cara a cara com o goleiro Danilo. O atacante deu um toque leve, mas a bola foi para fora. Logo depois, Tiago Luis meteu uma bomba de fora da área e obrigou Elisson a fazer ótima defesa. Só que o goleiro não conseguiu salvar aos 40, quando Wanderson saiu do meio, tabelou com Camilo, ganhou de Manoel na área e cruzou rasteiro para trás, onde estava Bruno Rangel sozinho. Daí era só tocar para as redes e comemorar o 1 a 0.

O cansaço bateu na Chapecoense no segundo tempo. O time do técnico Celso Rodrigues pouco conseguiu fazer depois do intervalo e foi inferior ao Cruzeiro. Logo no início da etapa final, o treinador colocou o goleiro Nivaldo no lugar de Danilo, atendendo a um pedido da torcida da Chape. Há oito anos no time verde e branco, Nivaldo é um dos ídolos do clube e foi uma forma de homenagem ao jogador.

Aos 13 minutos, o arremate de Camilo para fora foi praticamente o último para os mandantes A partir daí, o técnico Marcelo Oliveira passou a apostar nos garotos, e o Cruzeiro tornou-se superior no confronto. E foi dos pés de um menino que o campeão igualou. Aos 26, Hugo Ragelli, em sua primeira participação, iniciou bela jogada até chegar a bola a Judivan, que devolveu para o jovem tocar de cabeça para a meta. Os mineiros seguiram em cima, mas pararam nas defesas de Nivaldo, que garantiu o 1 a 1.





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Apagou: Santos vence e rebaixa o Botafogo com dois gols de Damião

Com futebol inofensivo, Alvinegro carioca chega à 22ª derrota ao longo de todo o Campeonato Brasileiro e vai disputar a Série B pela segunda vez


 A CRÔNICA


por GLOBOESPORTE.COM


Aconteceu de novo com o Botafogo. Os resultados de sábado até ajudaram, mas com as próprias pernas o alvinegro não conseguiu se manter na elite do futebol brasileiro. No clássico que em outros tempos era símbolo da era de ouro do futebol brasileiro - dos dias mais gloriosos do alvinegro carioca -, o time de Garrincha, Nilton Santos, Jairzinho, Gérson e de tantos craques, caiu pela segunda vez para a Série B do futebol brasileiro. O time que mais perdeu no campeonato chegou à 22ª derrota em 37 jogos e, com 33 pontos, deu adeus à Primeira Divisão. O Santos, de férias, venceu a partida por 2 a 0 - gols de Leandro Damião, aos dois e aos 44 minutos do segundo tempo - na Vila Belmiro e chegou aos 50 pontos.


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Foi a queda anunciada de um clube que vinha em frangalhos desde o início da temporada, no fim da gestão Maurício Assumpção, que saiu da presidência na última semana. Carlos Eduardo Pereira assume o clube na Série B e com a responsabilidade de reestruturar desde as finanças até montar um time, já que mais de 10 atletas estão em fim de contrato.

As modificações ao longo do ano foram muitas. Do time que perdeu para o Santos neste domingo, apenas Jefferson e Gabriel estavam em campo na estreia no Brasileiro. Uma equipe toda modificada - seja por negociações ou vontades presidenciais -, com garotos que fazem suas primeiras partidas pelo Botafogo e um técnico que já tentou de tudo um pouco, não foi capaz de ameaçar o Santos no alçapão da Vila.

O discurso de Jefferson, na saída para o intervalo, mostrava que a queda estava a caminho:
- Estamos muito devagar. Parece que eles estão lutando por título, Libertadores... - disse, entre o desânimo e o nervosismo, o goleiro.

Bandeira Botafogo Vila Belmiro (Foto: Mauro Horita / Agência estado)
Torcedor do Botafogo ajeita a faixa: tristeza 
pelo segundo rebaixamento (Foto: 
Mauro Horita / Agência estado)


Primeiro tempo já anunciava a queda

No jogo da vida para o Botafogo, o time de Vagner Mancini parecia quase morto desde o início. Com menos de um minuto quase sofreu gol no primeiro dos 18 passes errados do time no primeiro tempo. Robinho arriscou de longe, e a bola passou à direita do gol de Jefferson, que estava praticamente batido no lance.

O goleiro do Botafogo e da seleção brasileira ainda teria um pouco de sorte e trabalharia bem mais. Aos nove minutos, David Braz perdeu um gol fácil na cara de Jefferson. Pouco depois, após linda caneta de Robinho em Dankler, o goleiro botafoguense encaixou chute colocado do atacante santista. No fim do primeiro tempo, Andreazzi afastou mal e Gabriel cabeceou na trave. Jefferson, que não podia fazer nada, apenas olhou.
Mas Dankler não. Com o dedo em riste, ele foi para cima do jovem meia do Botafogo, que reagiu empurrando o zagueiro. A turma do deixa disso logo evitou uma briga que poderia render duas expulsões e piorar ainda mais as coisas.

Damião entra, liquida jogo e o Botafogo
Leandro Damião comemora gol do Santos contra o Botafogo (Foto: Mauro Horita / Agência estado)
Leandro Damião comemora gol do Santos 
contra o Botafogo: algoz (Foto: Mauro 
Horita / Agência estado)


O mesmo Dankler, que por pouco não brigou com o companheiro de equipe, dançou de vez quando Leandro Damião, que entrou para o segundo tempo, o driblou duas vezes dentro da área. O atacante do alvinegro praiano bateu no cantinho, sem chance para Jefferson: 1 a 0 para o Santos aos dois minutos da etapa final.

Vagner Mancini havia feito todas as substituições permitidas até os 11 minutos de segundo tempo. Entraram Murilo, Gegê e Maikon para que o Botafogo ameaçasse um pouco mais o Santos. E nada mudou. Quem continuou trabalhando mesmo foi Jefferson. Até os 30 minutos, os santistas perderam, pelo menos, três chances. Numa delas, o ex-botafoguense Renato, de cabeça, obrigou Jefferson a fazer mais uma grande defesa.

Sem força, o Botafogo era praticamente inofensivo. André Bahia e Gegê tentaram, mas sem ameaçar Aranha. No contra-ataque, o Botafogo escapava de levar gol graças a uma certa displicência santista. Mas Damião tinha vontade. O atacante, reserva durante quase todo o Brasileiro, tentou duas vezes até encher o pé e mandar de vez o Botafogo para a Segunda Divisão. Era um triste, mas previsível desfecho para o Alvinegro carioca.




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Jaque vibra com volta às quadras com vitória do Minas: "Nada é por acaso"

Após um ano e meio sem clube, bicampeã olímpica estreia por Minas neste sábado. Jogadora destaca felicidade pelo retorno e promete empenho para adquirir ritmo ideal


Por
São José dos Campos, SP


Jaque Jaqueline Minas x São José Superliga (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)Jaque estreou por Minas neste sábado, em São Josédos Campos (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)


O sorriso largo após a partida contra o São José denunciava o que a ponteira Jaqueline sentiu neste sábado, 29. Depois de um ano e meio sem clube, a atleta da seleção brasileira estreou por Minas nesta tarde e ajudou a equipe mineira a vencer as joseenses por 3 sets a 1, em São José dos Campos, interior de São Paulo, pela Superliga Feminina 2014/2015.

Além da alegria pelo resultado, Jaque comemorou a "volta por cima" que deu na carreira. Após deixar o Osasco na metade de 2013, e se afastar das quadras para realizar o sonho de ser mãe, a jogadora bicampeã olímpica enfrentou dificuldades para encontrar uma equipe brasileira nesta temporada.

– Não imaginava que iria voltar a jogar. Mas nada na minha vida é por acaso. Aprendi muito com tudo isso que aconteceu comigo, assim como com outras coisas que já passei e dei a volta por cima. Coloquei a cabeça no lugar e vi que não era daquela maneira. Eu tinha que esperar e tudo iria acontecer. Mas a equipe do Minas me deu a mão, deu toda a força e só tenho a agradecer. Foi bom demais (a estreia). Fiz só quatro treinos, depois de dois meses parada. Estar voltando a jogar depois de quatro treinos, até eu fiquei impressionada. Mas o grupo me ajudou muito. Estou muito feliz – comemorou a atleta.

Jaque Jaqueline Minas x São José Superliga (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)
Jaque se concentra durante aquecimento antes 
da vitória de Minas (Foto: Danilo Sardinha
/GloboEsporte.com)


No embate contra São José, Jaque entrou no decorrer do terceiro set e foi até o fim da partida. No período em que esteve em quadra, marcou seis pontos de ataque (três no terceiro set e três no quarto). Foram seis pontos, aliás, exaltados pela jogadora. Após dois meses parada, voltou a treinar a pouco tempo e promete empenho para readquirir a condição física ideal.
– Vai demorar ainda (para atingir o ritmo ideal de jogo). Uns dois meses. Mas só por ter feito esses pontinhos, ter passado tudo na mãozinha, está bom demais (risos). Estou muito feliz – disse a camisa 8.

Jaque Jaqueline Minas x São José Superliga (Foto: Danilo Sardinha/GloboEsporte.com)
Jaque marcou seis pontos na vitória de Minas 
sobre São José (Foto: Danilo Sardinha/
GloboEsporte.com)


Esta foi a primeira vitória de Minas na Superliga. Com o triunfo, a equipe deixou a lanterna da competição e passou para a oitava colocação, com quatro pontos. Jaque acredita na reação do time mineiro.

– É um time forte. Eu não estava acompanhando muito bem, até porque não sabia se iria jogar nesta temporada. Mas foi chegando um jogadora em um momento, outra depois... Isso dificulta para o entrosamento. Agora parou. O grupo é esse. Temos que nos entrosar. Sabemos que será sempre difícil, porque a responsabilidade é nossa. Mas vamos com tudo. Estou muito feliz. Quero muito ajudar esta equipe. Contribuir com o melhor – destacou.

O Minas volta a jogar na próxima terça-feira, 2, quando recebe o Maranhão, às 19h30, na Arena Minas Tênis Clube.


FONTE:
http://glo.bo/1uYHDaq

Com show de Ana Paula, Brasil vence Espanha e conquista título em Málaga

Jogadora supre ausências de Duda e Karol, e Seleção desbanca donas da casa por 24 a 20, levantando a taça com 100% de aproveitamento na competição


Por
Málaga, Espanha


Nem as ausências de Duda, melhor jogadora do mundo, e Karol, que vinha sendo um dos destaques da Seleção, foi capaz de parar o Brasil no handebol. Em Málaga, a equipe comandada por Morten Soubak conseguiu vencer as donas da casa em uma bela virada no segundo tempo por 24 a 20. O triunfo deu à equipe o troféu de campeão do Torneio Internacional da Espanha com 100% de aproveitamento. A equipe ainda superou Tunísia e Polônia na competição amistosa.

Desta vez quem brilhou foi Ana Paula. A central fez a função de armadora pela esquerda, em substituição à lesionada Duda, e não decepcionou. Ela foi responsável por metade, ou seja 12 dos 24 gols da equipe na partida, comandando a reação do Brasil para virar o jogo no segundo tempo.

- Foi uma partida difícil, em que a Espanha ficou na frente boa parte do jogo. No segundo tempo, quando conseguimos melhorar nossa defesa e sair em alguns contra-ataques, viramos e administramos o placar. No final, venceu quem errou menos. Estou feliz pela conquista e vamos continuar nossa preparação para as próximas competições - disse Ana Paula.


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A Espanha deu bastante trabalho. Neste ano, as espanholas tiveram um ano de preparação para o Campeonato Europeu de Handebol, competição que vão disputar em dezembro. Enquanto isso, as brasileiras, sem torneios oficiais, disputaram apenas amistosos. Com muita intensidade, as espanholas apostaram nos contra-ataques e saíram em vantagem no primeiro tempo. Apesar disso, as brasileiras conseguiram acertar a defesa e fizeram uma segunda etapa excelente, virando o jogo e garantindo o título.

Ana Paula foi a melhor em quadra na vitória do Brasil (Foto: Divulgação)
Ana Paula foi a melhor em quadra na vitória 
do Brasil (Foto: Divulgação)


o jogo

O início de confronto mostrou a dificuldade do Brasil em superar as ausências de Duda e Karol, lesionadas. A armação foi um problema e equipe de Morten Soubak errou muitos passes. A defesa também deu espaços e a Espanha se aproveitou, abrindo vantagem na partida. Comandadas por Cabral, as espanholas conseguiram segurar bem as brasileiras com uma defesa forte e saindo em velocidade, algo que o time verde e amarelo fez bem nos outros dois jogos.

Apesar de abrir 9 a 6 no placar, a Espanha viu o Brasil crescer no fim da primeira etapa, acertar melhor a marcação, e chegou a empatar o confronto em 11 a 11. No entanto, em uma linda jogada individual de Cabral, as espanholas garantiram a frente do placar na ida para o intervalo, marcando 12 a 11 a três segundos dos 30 minutos.

Seleção feminina de handebol comemora o título na Espanha (Foto: Divulgação)
Seleção feminina de handebol comemora o 
título na Espanha (Foto: Divulgação)


Na volta para o segundo tempo, o Brasil entrou no jogo. Mesmo com algumas trocas do treinador brasileiro, a equipe esteve mais sólida, principalmente na defesa. Com poucos erros atrás, as espanholas tiveram muita dificuldade no arremesso e a equipe brasileira passou a encontrar os contra-ataques e marcar com maior facilidade. Com a boa participação de Ana Paula, muito precisa nos arremessos, o time tomou a frente do placar em 15 a 14.

Com a vantagem, as brasileiras passaram a controlar bem a partida, defendendo com muita força, em especial a pivô Tamires. As espanholas mostraram certo descontrole e, com muitos erros na frente, permitiram que as brasileiras apostassem nos contra-ataques para abrir vantagem e fechar o confronto em 24 a 20, levantando a taça de campeãs.

tabela do torneio internacional da Espanha

Sexta-feira
Brasil 35 x 23 Tunísia
Espanha 23 x 17 Polônia

Sábado
Brasil 33 x 22 Polônia
Espanha x Tunísia

Domingo
Polônia x Tunísia
Brasil 24 x 20 Espanha


as brasileiras
Goleiras: Bárbara “Babi” Arenhart (HCM Baia Mare-Romênia), Jéssica Silva de Oliveira (Concórdia-SC) e Mayssa Pessoa (CSM Bucaresti-Romênia).
Pontas: Alexandra do Nascimento Martinez (HCM Baia Mare-Romênia), Célia Costa Coppi (São Bernardo-SP), Fernanda França da Silva (CSM Bucaresti-Romênia), Jéssica da Silva Quintino (MKS Selgros Lublin-Polônia) e Samira Pereira da Silva Rocha (OGC Nice-França).
Armadoras: Amanda de Andrade (Concórdia-SC), Deonise Fachinello (CSM Bucaresti-Romênia), Eduarda “Duda” Amorim Taleska (Gyori Audi Eto KC-Hungria), Jaqueline Anastácio (Ringkobing Handbold APS-Dinamarca), Karoline “Karol” de Souza (Nykobing F. Handboldklub-Dinamarca) e Moniky Novais Bancilon (ES Besancon Feminin-França).
Centrais: Ana Paula Rodrigues Belo (CSM Bucaresti-Romênia), Francielle Gomes da Rocha (Hyppo No-Áustria) e Mayara Fier de Moura (Nykobing F. Handboldklub-Dinamarca).
Pivôs: Daniela Piedade (Siofok KC-Hungria), Elaine Gomes Barbosa (Nykobing F. Handboldklub-Dinamarca), Fabiana “Dara” Diniz (Nantes Loire Atlantique-França) e Tamires Morena Lima de Araújo (Vila Olímpica/Manoel Tubino-RJ).


FONTE:
http://glo.bo/1vxLjEV

Dagoberto sincero: orgulho do penta, reserva incômoda e planos de partir

Atacante faz planos de deixar o Brasil, mas quer cumprir contrato com o Cruzeiro até o fim. E comenta polêmica recente com Leandro Donizete no final da Copa do Brasil


Por
Belo Horizonte



O atacante Dagoberto entrou, definitivamente, para a história do Cruzeiro no domingo passado: conquistou, pela segunda vez seguida, o Brasileirão com o time mineiro. Cravou também o nome dele no futebol brasileiro, com cinco títulos. Ídolo da torcida, mas reserva no time de Marcelo Oliveira, o jogador, de 31 anos, concedeu entrevista exclusiva ao Globoesporte.com, nesta semana, na Toca da Raposa II. Falou da felicidade em vestir a camisa celeste, da insatisfação com a reserva, da confusão com o atleticano Leandro Donizete na final da Copa do Brasil e do desejo de deixar o Brasil em 2016, quando encerra o contrato dele com o Cruzeiro. 

Dagoberto falou muito mais. Esclarecido e franco, não fugiu às perguntas. Disse não entender a opção do treinador em deixá-lo no banco, ainda que o argumento seja que ele marca pouco. Afinal, ‘nunca marcou’. Sempre jogou. E isso costumava bastar. Disse, no entanto, respeitar a decisão do comandante e comentou que o carinho do torcedor foi determinante para ter aceitado a reserva.

- É difícil... Eu já tentei algumas vezes, mas... Claro que não estou feliz. Não sou hipócrita também.

Mas eu respeito.

Dagoberto com o filho, Mateus (Foto: Reprodução SporTV)Dagoberto comemora o quinto título brasileiro com o filho Mateus (Foto: Reprodução SporTV)


Dagoberto, no entanto, quer recuperar a titularidade em 2015, que pode ser o último ano dele no Cruzeiro e no futebol brasileiro. Quer também o sexto título nacional. Embora já esteja cheio de orgulho por entrar na história com cinco conquistas, quer mais. Afinal, como se costuma dizer, o que vale mesmo é o quadro na parede.

- Estou muito feliz e bastante orgulhoso, porque é uma marca espetacular, que ficará para sempre na história do futebol brasileiro, e meus filhos poderão se orgulhar de mim. Confira a entrevista:  

Já deu para digerir essa derrota na Copa do Brasil? O que foi determinante para o Cruzeiro não ter ficado com a taça?
- Sou muito claro. Vejo que foi um ano muito desgastante. Nós lutamos muito pelas duas competições. O Brasileirão terminou antes, é um campeonato que tem um peso muito forte, né? Na Copa do Brasil, o primeiro jogo nos deixou numa situação muito adversa. Nos doamos muito contra Santos e Grêmio, fora de casa, e fomos para o tudo ou nada contra o Goiás. Conseguimos o título no domingo e nos concentramos. No futebol existe um vencedor. Saímos de cabeça erguida e muito. Foi um ano maravilhoso. Não é em todos os campeonatos que se vai ter êxito. A equipe está de parabéns.

  
Esse desgaste do Cruzeiro foi um dos motivos para a superioridade do Atlético-MG nos dois jogos?
- O futebol é muito nivelado. O Atlético-MG fez dois belos jogos. Tem o Tardelli, que hoje está acima da média e é um jogador que faz uma grande diferença no elenco deles, que é um elenco qualificado e mereceu. Simplesmente, mereceu.


Os dois clássicos da final foram muito pacíficos dentro de campo. A única pequena confusão foi entre você e o Leandro Donizete (veja no vídeo acima). O que aconteceu?
- Acho que clássico já tem isso. Não digo confusão, acho que ele entrou numa maldade muito grande no lance. No clássico, os nervos ficam à flor da pele, ainda mais em uma decisão. É coisa do jogo, acontece. Ele foi expulso. No calor do jogo acaba falando muita coisa, depois acaba repensando e vê que falou muitas besteiras. Clássico é isso. Eles saíram vitoriosos, e acho que eles deveriam ter uma postura de comemorar. O lance foi muito feio, ele foi na maldade, veio para machucar. Mas eu não falei nada, não comentei nada, porque não sou de ficar falando de companheiro de profissão, pois acho antiético. Segue o baile. Não tenho problema algum.  


Alguns times já conquistaram dois brasileiros seguidos, como Palmeiras, Internacional, Corinthians, São Paulo e, agora, o Cruzeiro. Mas não é algo comum. Porque é tão difícil ganhar dois anos consecutivos?
- O Hernanes tinha uma frase no São Paulo: ganhar campeonato, título, todos ganham; bicampeão, poucos. E o tri ele falou que era só o São Paulo. É para poucos. Dois anos seguidos no nível que está o futebol brasileiro é muito difícil. É para se dar os parabéns para este elenco. É o que vai ficar marcado. Esta semana o torcedor já esqueceu da Copa do Brasil, nem lembra mais. Mas sabe do êxito que foi ter conquistado o Brasileiro, porque o campeonato que realmente interessa é o Brasileiro.

Dagoberto, atacante do Cruzeiro (Foto: Tayrane Corrêa)Dagoberto avalia a perda do título para o rival: "Simplesmente, mereceu" (Foto: Tayrane Corrêa)


Ganhar cinco também não deve ser coisa fácil...
Estou muito feliz e bastante orgulhoso, porque é uma marca espetacular, que ficará para sempre na história do futebol brasileiro, e meus filhos poderão se orgulhar de mim. Ganhar um Brasileiro já é superdifícil, porque nosso futebol é muito equilibrado. Imagina conquistar cinco vezes e ser lembrado como uma dos jogadores que mais títulos possui! É algo sensacional, que me deixa emocionado. Eu me considero um cara abençoado e só tenho a agradecer a Deus por tudo o que Ele tem feito por mim e por minha família.


Quando você saiu do Inter e veio para o Cruzeiro, já imaginava que o clube iria montar esse time e que conseguiria tanto sucesso?
- O Cruzeiro vinha de dois anos ruins. Quando conversei com o Alexandre (Mattos, diretor de futebol), o foco foi esse. ‘Qual o objetivo de vocês?’. Ele me passou um projeto ambicioso, de lutar por títulos. E ali que agarrei a ideia. Minha forma é essa, de buscar sempre estar no topo. O futebol é coletivo, mas tem que ter peças individuais que façam a diferença, como o Cruzeiro tem.  
O campeonato de 2014 foi mais difícil que o de 2013?
Bem mais. Ganhamos com duas rodadas de antecipação, mas o segundo turno foi bem mais difícil. Acho que no ano passado não estavam com os olhos no Cruzeiro. Este ano sim. Mesmo assim ganhamos. E é por isso que temos que dar os parabéns ao grupo. Foi diferente. Todo mundo estava de olho, e nós fomos lá e conquistamos.  


Individualmente foi uma boa temporada?
Agradeço a Deus todos os dias pelo dia que está me dando. Então, tenho que agradecer por mais este ano que Ele tem me proporcionado. É um ano que vai ficar na história, uma marca histórica. E eu me considero um cara privilegiado de estar num elenco desses. Chegar numa certa idade e estar em um nível que, no meu ponto de vista, ainda tenho futebol para muitos anos ainda, para levar por uma longa data. Então sou um cara privilegiado e abençoado por Deus.  

Dagoberto, atacante do Cruzeiro (Foto: Tayrane Corrêa)
Atacante faz planos de jogar fora do Brasil a 
partir de 2016, após deixar o Cruzeiro 
(Foto: Tayrane Corrêa)


Você está com 31 anos. Já faz planos de encerrar carreira?
Eu dei uma entrevista para uma colega sua, e acho que ela me entendeu errado. Eu falei que estava acabando o ciclo no Brasil. Eu tenho contrato até o ano que vem no Cruzeiro e quero pensar em uma cultura nova para os meus filhos. Jogar em um outro país para buscar novos ares. Não que eu esteja pensando em aposentadoria, longe disso. Estou com 31 anos e amo fazer o que eu faço. Então, há um longo caminho, mas creio que o ciclo no Brasil se acaba daqui um ano. 

  
E você segue no Cruzeiro em 2015?
Eu tenho contrato até o fim do ano que vem. Não sei qual os planos da diretoria. Mas isso é de menos. O mais importante é marcar história, como vem sendo.  


Você se destacou muito cedo, sempre foi protagonista nos times que passou, e não jogou fora do país. Por quê?
Essa é uma pergunta que muita gente me faz. Eu tive "n" propostas. Mas o futebol brasileiro ficou muito interessante. Não era preciso sair do Brasil para fazer a vida. E com filhos pequenos se coloca muito no papel, pensa-se muito. Ir para Ucrânia, Rússia, de onde surgiram propostas muito fortes, para ganhar três vezes o que ganhava aqui no Brasil... Mas qualidade de vida não tem valor para mim. Eu vejo que, hoje, nos estamos preparados para encarar um mundo árabe ou os Estados Unidos. Eu e minha família estamos muito preparados. Temos conversado muito, mas em outros momentos não estávamos. Surgiram propostas, mas escolhi o melhor.  

dagoberto cruzeiro x gremio (Foto: GUSTAVO THEZA/BRAZIL PHOTO PRESS/Agência Estado)Cruzeiro foi o quarto time de Dagoberto (Foto: Gustavo Theza/Brazil Photo Press/Agência Estado)

Por outro lado, você só defendeu quatro clubes na carreira. Foi uma escolha?
Só no Inter foi um pouco atípico, de ficar apenas um ano. São coisas do futebol, que a gente, às vezes, não entende. Quando surgiu a oportunidade do Cruzeiro...  Saí e vim para um time que ganhou dois Brasileiros seguidos. Você vê que é Deus colocando o melhor. A carreira do jogador de futebol, quando fica pingando em qualquer time, acaba não se firmando. Passei seis anos no Atlético-PR, que agradeço de coração. E se tem um time que eu voltaria a jogar, é o Atlético-PR. Por todo carinho que tem, pois foi onde comecei. Lá teve uma pessoa que foi muito triste o que ele fez e enquanto ele estiver lá não há desejo de voltar. Mas se um dia ele sair, e o Atlético-PR abrir as portas novamente, eu ficaria muito feliz e voltaria. O São Paulo foram cinco anos maravilhosos, foi inesquecível pelos títulos e por tudo que vivi. Poucos times, porém muito intensos. Aqui é um carinho muito grande, maravilhoso. O que fica é isso.  


No Cruzeiro, você é um dos mais aplaudidos quando o telão anuncia a escalação, mesmo que no banco de reservas. Para você, qual o motivo dessa identificação da torcida?
Às vezes eu me faço essa pergunta também. A galera do meu prédio tem um carinho muito grande. No meu primeiro jogo, fiz o gol da vitória contra o rival, na reabertura do Mineirão. O torcedor ficou muito feliz com a minha vinda para cá. Eles sempre falam que eu fazia gols no Cruzeiro, que dava raiva neles. Quando tem isso junto, sempre se faz máximo para tratar bem. E a recíproca é muito verdadeira. Vou levar para o resto da vida o que aconteceu após o título de 2014, isso que aconteceu depois da derrota na quarta-feira (torcida comemorou título do Brasileiro enquanto o Atlético-MG vibrava com conquista da Copa do Brasil). Isso não tem preço! Muitas vezes eu optei de não sair por isso. O dinheiro não ia me dar o que eu queria. Eu agradeço muito, de coração, por esse carinho que o torcedor tem.  


Todo jogo, em qualquer situação, no início do segundo tempo, a torcida pede a sua entrada. Isso é algo que agrada?
Eu vejo que a palavra de Deus não vai dar o fardo maior que se pode carregar. A torcida acredita muito no futebol de "n" jogadores: Éverton Ribeiro, Fábio, Dedé. Fico muito feliz com isso, é um aditivo para entrar e dar o melhor. Claro que, sem o ritmo de jogo, é muito difícil entrar quinze, dez minutos. Eu creio que Deus prepara tudo de uma forma muito boa. Isso me serviu de um aprendizado para crescer como ser humano e profissional. Respeito todos. Claro que quero jogar, mas respeito a opinião, a posição. E fico muito grato. Acho que isso é o aditivo maior. Talvez eu não teria cabeça de continuar até o ano que vem se eu não tivesse esse retorno que o torcedor me dá. Isso é muito gostoso e fico muito feliz por isso.  


Mas te incomoda a reserva? Você consegue entender a escolha do treinador?
É difícil. Eu já tentei algumas vezes, mas... Falava-se: ‘não volta para marcar’. Eu nunca voltei para marcar. Nos clubes que eu joguei, eu sempre recompus. Acho que é uma questão do meu estilo de jogo. Se eu der dois piques lá atrás, não consigo criar jogadas para os atacantes, ou eu fazer jogadas. É uma questão de recomposição, como faço há treze anos. Mas eu respeito. Claro que não estou feliz. Não sou hipócrita também. Mas eu respeito. Respeito a posição e estou trabalhando para buscar meu lugar novamente. Acho que o título coroa muitas coisas. É muito gostoso e é isso que importa no final, independentemente de quem jogue.  

Dagoberto Cruzeiro e Grêmio (Foto: Marcos Ribolli)
Dagol é um dos jogadores mais queridos pela 
torcida, que sempre pede a entrada dele nos 
jogos (Foto: Marcos Ribolli)


Pode ser um reflexo desse esquema com três meias, que está "na moda"?
Acho que é muito por isso. Não adianta querer falar que vou fazer isso. Nunca fiz isso, não é meu estilo de jogo fazer isso. Recomposição é uma coisa. É claro que o Willian faz de uma forma maravilhosa, o Marquinhos... o Alisson, mas é um menino que está com 19, 20 anos. Temos que parar e analisar muitas coisas. É o futebol moderno que falam. Fiz história onde passei por jogar dessa maneira. No ano passado joguei assim. Mas eu respeito. Trabalhei da mesma forma, buscando meu espaço.


Você diz que quer ficar no Cruzeiro em 2015. O que espera da próxima temporada? 
- Acho que agora temos que curtir este ano. Isso é mais alguma coisa do Alexandre (Mattos) e diretoria, de buscar novos jogadores. Não sei também qual vai ser o projeto deles. Tem uma Libertadores aí, e temos que entrar muito forte.


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