terça-feira, 22 de julho de 2014

Bragantino elimina Figueirense nos pênaltis e avança na Copa do Brasil



Após vitória por 2 a 1 no tempo regulamentar, Figueira desperdiça duas penalidades e está eliminado. Braga encara São Paulo na terceira fase


 A CRÔNICA

por GloboEsporte.com

O Bragantino eliminou o Figueirense nos pênaltis e avançou à terceira fase da Copa do Brasil na noite desta terça-feira, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis-SC. No tempo regulamentar, o Figueira fez 2 a 1, igualando o placar agregado. O Braga ficou perto da classificação no tempo normal, com um gol de Cesinha no primeiro tempo. Mas nos últimos 15 minutos, Jean Carlos marcou duas vezes e levou a disputa para as penalidades. Nas cobranças, Clayton e Jean Carlos desperdiçaram, e o Massa Bruta levou a melhor, por 4 a 3.



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A classificação dá moral ao Bragantino, vice-lanterna da Série B do Brasileiro. Pela primeira vez, a equipe chega à terceira fase do torneio e, agora, vai encarar o São Paulo. O primeiro jogo está previsto para quarta-feira, 30, às 22h, em Bragança Paulista. O Figueirense se afunda na crise e o técnico Guto Ferreira, vaiado por parte da torcida, terá de aguentar mais críticas.

O Figueirense começou o jogo tomando a iniciativa do ataque, mas parava na sua falta de criatividade e na forte retranca montada pelo Bragantino. A marcação do Massa Bruta dava poucos espaços e o Figueira trocava passes no meio-campo, sem conseguir uma oportunidade clara de gol. Os visitantes jogavam por uma bola. E quando essa apareceu, não desperdiçaram. Em jogada aérea, Cesinha dominou na área e chutou. A bola passou pela linha do gol antes de Tiago Volpi defender. Na dúvida, Nunes completou para o gol, mas a arbitragem anotou Cesinha. Atrás no marcador, o Figueirense voltou a ter mais posse de bola, mas novamente, sem chegar com perigo.


Kleber jogo Figueirense x Bragantino Copa do Brasil (Foto: Thiago Pedro / Futura Press)
Kleber encara a marcação de Fabiano, 
do Bragantino (Foto: Thiago Pedro / 
Futura Press)

O confronto seguiu da mesma forma no segundo tempo: Figueirense tentando e o Bragantino matando tempo. Quando conseguia a bola, o Massa Bruta levava mais perigo nos contra-ataques do que os donos da casa. Mas a situação mudou aos 30 minutos, quando Jean Carlos ativou o modo matador.
Clayton avançou bem pela ponta e cruzou para o atacante, que só teve o trabalho de escorar para o gol. Cinco minutos depois, escanteio para o Figueira, e novamente Jean Carlos apareceu para virar o placar e levar a decisão para os pênaltis.

A precisão marcou as seis primeiras penalidades. Os atacantes bateram bem e teve direito até à provocação do atacante Nunes, ex-Avaí, que fez o "créu" para provocar o Figueirense. Na quarta cobrança do Bragantino, Yago parou nas mãos de Tiago Volpi. Mas o Figueira não soube aproveitar a vantagem. Clayton e Jean Carlos desperdiçaram suas cobranças, chutando para fora a penalidade. Melhor para o Braga, que venceu por 4 a 3 e avançou.




FONTE:

Bandeira diz respeitar organizadas e garante: "Queda não vai acontecer"

Presidente do Fla condena agressão a André Santos, mas cita que há "gente bem intencionada entre torcedores", explica alto gasto com folha e promete time na Série A


Por Rio de Janeiro

Eduardo Bandeira de Mello, presidente do Flamengo (Foto: Fabrício Marques)Eduardo Bandeira de Mello garante que Fla não vai cair na Série A (Foto: Fabrício Marques)

O Flamengo vive em estado de ebulição, é pressão de tudo quanto é lado, mas Eduardo Bandeira de Mello segue sereno, como de costume. Apesar de admitir viver o pior momento em 19 meses de gestão, o presidente rubro-negro tenta manter a calma e o equilíbrio para tirar o clube do buraco onde se encontra no futebol e corre riscos de retornar até mesmo em termos financeiros. A fala mansa e pausada são características de sua personalidade e também vão ao encontro de uma certeza do mandatário: o Fla não disputará a segunda divisão do Brasileirão em 2015. Otimismo traduzido em palavras, por mais que a tabela apresente a última colocação na competição.

- A queda não vai acontecer. Até porque, a queda traz consequências econômicas e tenho certeza de que não vai acontecer. Agora, acho que não é necessário fazer nenhum tipo de loucura, de irresponsabilidade. Não é algo da minha natureza ou das pessoas que estão no Flamengo. Estamos tentando mudar a imagem do clube, a imagem de mau pagador. Pagar impostos não é uma questão de opção de financiamento. Acho que isso é uma coisa que devemos praticar como cidadãos e como clube. A queda não vai acontecer. 
Estamos trabalhando para isso.

O fraco desempenho em campo tem transformado tudo que cerca do departamento de futebol em uma espécie de campo minado. Qualquer passo em falso pode resultar na explosão de uma bomba. Na derrota para o Internacional, no Beira-Rio, foi assim, e a vítima foi André Santos. Primeiro, foi agredido por torcedores. Depois, revelou ter ouvido da diretoria a decisão de que seu contrato será rescindido. Realidade que Bandeira de Mello não confirma, mas também não nega sob justificativa de que "todos vivem constante avaliação".

Avaliação que obriga também Ney Franco a vencer o Botafogo, domingo, no Maracanã, para seguir no cargo de treinador. O que não muda no Flamengo é a chamada política de austeridade. Bandeira deixou claro que não fará nenhum tipo de loucura para reforçar a equipe. A folha salarial atual, no entanto, aponta para números astronômicos, que não condizem com o futebol apresentado em campo. No total, quase R$ 9 milhões são gastos por mês, com cerca de R$ 5 milhões destinados ao elenco atual. O presidente se justifica:


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- É claro que é muito, mas não existe outra alternativa. A nossa folha, sem esses penduricalhos todos do passado, não é grande em relação aos outros principais clubes brasileiros. Se formos olhar os 12 grandes, eles não têm uma folha inferior. Alguns são muito superiores. O que tentamos fazer é minimizar esse custo com boas negociações. Temos conseguido isso ao longo do tempo. Algumas negociações não foram bem sucedidas, mas isso acontece com todos os clubes. Nossa filosofia é de sempre buscar o melhor pagando o menos possível.

Bandeira de Mello aproveitou o longo bate-papo com o Globoesporte.com, na sala de presidência da Gávea, nesta terça-feira, para falar ainda dos protestos de torcedores no último fim de semana. Fosse no embarque e no desembarque no Galeão, para partida com o Inter, ou após o revés no Sul, o tom foi de hostilidade, com muitas cobranças e ofensas verbais, além da já citada agressão a André Santos. O mandatário, por sua vez, evitou generalizar nas condenações e manteve o tom cordial ao falar de torcidas organizadas.

- Temos que estar preparados para conviver com isso. Sou torcedor de arquibancada e conheço esses movimentos. Temos que respeitar. Afinal de contas, no movimento de torcida organizada há gente muito bem intencionada (...) O que aconteceu com o André Santos foi extremamente desagradável, é condenável, e tenho certeza que não partiu da direção das organizadas. Sem contar que estamos falando de um jogador que estava defendendo o Flamengo. Por mais que parte da torcida possa ter restrição, violência não é o caminho e nada justifica um gesto brutal e covarde.

Eduardo Bandeira de Mello falou ainda sobre a dívida de R$ 80 milhões por conta de correção na conversão de valores em transferências de jogadores na década de 90 que bloqueou o pagamento do patrocínio da Caixa Econômica Federal, e admitiu que é necessário abreviar um acordo para que as Certidões Negativas de Débito não fiquem em risco. Na conversa, avaliou também as 24 contratações do clube em duas gestão e explicou o rumo político rubro-negro, com o distanciamento de figuras determinantes para a tão propagada Chapa Azul. 


Confira a íntegra da entrevista:

Este momento que o Flamengo está vivendo é o mais delicado de toda sua gestão? Como o presidente do clube avalia a realidade atual?
- É o momento mais delicado, principalmente porque, acima de tudo, sou torcedor. Ver o time em último lugar no campeonato é extremamente desagradável para o torcedor. O presidente sabe que muita coisa está sendo feita para reverter essa situação, que, com certeza, será revertida. Temos informações que nos permitem avaliar tudo que aconteceu neste início de campeonato e o que pode acontecer. Temos a consciência de que as coisas estão sendo bem tocadas. Para o torcedor, é difícil conviver com uma situação dessas e é preciso conviver com outros torcedores, como amigos, filhos, irmãos...

Protesto torcida desembarque flamengo Galeão (Foto: André Durão)Torcida protesta contra o time (Foto: André Durão)

A situação chegou a um ponto extremo, onde novas decepções podem gerar episódios ainda mais delicados. Qual sua posição a respeito de todos os protestos que aconteceram nos últimos dias e como isso influencia na tomada de decisões?
- Temos que estar preparados para conviver com isso. Sou torcedor de arquibancada e conheço esses movimentos. Temos que respeitar. Afinal de contas, no movimento de torcida organizada há gente muito bem intencionada. Outro dia me entregaram um manifesto pedindo uma série de coisas e fiquei impressionado de ver que não tinha nada que fosse em benefício próprio, nenhum pedido de ingresso, viagem de graça... Foram todas colocações que podemos concordar ou não, mas reivindicações sobre o time, ao desempenho, a imagem do Flamengo. As pessoas que me abordaram no embarque foram educadas. Ninguém me tratou mal ou xingou. Claro que a situação de estar em último desagrada a todos, mas não vi problema da organização das torcidas. O que aconteceu com o André Santos foi extremamente desagradável, é condenável, e tenho certeza que não partiu da direção das organizadas. Até porque, é algo que pode prejudicar muito o Flamengo, gerar punições. Sem contar que estamos falando de um jogador que estava defendendo o Flamengo. Por mais que parte da torcida possa ter restrição, violência não é o caminho e nada justifica um gesto brutal e covarde.


Como você vê o risco de rebaixamento do Flamengo atualmente? É algo que já assusta ou ainda há muito tempo pela frente?
- Nós temos que estar sempre preocupados. Pela minha natureza, sou sempre assim. Podia estar em segundo lugar que ia me preocupar com a possibilidade de não chegar em primeiro. Temos que estar sempre alerta e agindo para que nenhuma ameaça se concretize. Tenho plena confiança de que vamos sair dessa situação, vamos nos recuperar. Dizer que não estou preocupado seria contrariar minha natureza. Sou paranoico por excelência.


Um risco mais forte de queda pode fazer com que o Flamengo mude a conduta de administração desta gestão ou mesmo que isso aconteça é algo que não fará com que o clube tome medidas por maiores investimentos?
- A queda não vai acontecer. Até porque, a queda traz consequências econômicas e tenho certeza de que não vai acontecer. Agora, acho que não é necessário fazer nenhum tipo de loucura, de irresponsabilidade. Não é algo da minha natureza ou das pessoas que estão no Flamengo. Estamos tentando mudar a imagem do clube, a imagem de mau pagador. Pagar impostos não é uma questão de opção de financiamento. Acho que isso é uma coisa que devemos praticar como cidadãos e como clube. A queda não vai acontecer. Estamos trabalhando para isso. Medidas que vamos tomar que não estavam no nosso radar é abaixar o valor dos ingressos para o jogo com o Botafogo, será bem inferior. Podemos manter essa política, mesmo sabendo que é algo que vai nos causar contratempos do ponto de vista financeiro. É um sacrifício que precisa ser feito e quero pedir para o torcedor comparecer. Quem puder, que prestigie o sócio-torcedor para compensar essa perda de receita. Não é nem questão de ter direito de pedir, mas como presidente e torcedor gostaria de ver nossa torcida comparecendo e apoiando. Nada vai ser mais decisivo na recuperação do que esse apoio. A torcida pode ter restrições ao time , que certamente não está com um bom desempenho ao longo do campeonato, mas nada nos fará melhorar sem esse apoio.


Mas a diretoria diminui o preço para atrair o torcedor. Se a situação ficar melhor no Brasileiro e o time chegar novamente nas fases finais da Copa do Brasil, é um valor que pode ser mantido até como forma de gratidão?
- Podemos conversar. Não tinha pensado nisso. Acho que o que a torcida quer mesmo é ver o time vencedor. Se superarmos essa fase e conseguimos chegar no período decisivo da Copa do Brasil, como estava na final do ano passado... Mesmo com o aumento dos preços a resposta da torcida foi excelente. O que pretendemos dar em contribuição é uma recompensa interessante no ponto de vista técnico e de vantagem.
 Temos que estar preparados para os contratempos, mas não vamos mudar a nossa conduta
Eduardo Bandeira de Mello


No ponto de vista financeiro, o clube também tem tido problemas desde a revelação da nova dívida, tanto que há atrasos e o pagamento da Caixa está retido. Qual a situação de momento?
- Temos que estar preparados para os contratempos, mas não vamos mudar a nossa conduta de responsabilidade. Daqui a algum tempo, ninguém vai se lembrar disso, porque vamos conseguir controlar esse problema. Estamos trabalhando muito para em breve ter retomado o pagamento da Caixa, o que vai nos permitir voltar para uma relação relativamente confortável. São coisas que acontecem. A diferença é que em outros clubes a pessoa diz que não vai pagar mais os impostos, etc... No caso do Flamengo, estamos com esse problema, mas não deixamos de pagar um centavo de imposto. Até para mostrar para torcida que damos o exemplo, mas também para o Governo que não alteramos a filosofia.


Essa dívida coloca em risco de alguma maneira as CNDs?
- Poderia colocar se a coisa se estender por algum tempo, mas esperamos que nas próximas semanas tudo esteja equacionado.


Vocês tentam a redução ou o parcelamento desta dívida?
- Estamos buscando alternativas. Alguns clubes tiveram este mesmo tipo de cobrança e conseguiram provar na Justiça que era indevido. Podemos partir para o mesmo caminho, mas todas as alternativas estão sendo consideradas. O importante é que nenhuma dívida deixa de ser paga.


O Flamengo adota o discurso de austeridade, mas apresenta uma folha salarial no departamento de futebol de R$ 9 milhões, sendo cerca de R$ 5 milhões só com o elenco atual. Esse valor não é muito alto?
- É claro que é muito, mas não existe outra alternativa. A nossa folha, sem esses penduricalhos todos do passado, não é grande em relação aos outros principais clubes brasileiros. Se formos olhar os 12 grandes, eles não têm uma folha inferior. Alguns são muito superiores. O que tentamos fazer é minimizar esse custo com boas negociações. Temos conseguido isso ao longo do tempo. Algumas negociações não foram bem sucedidas, mas isso acontece com todos os clubes. Nossa filosofia é de sempre buscar o melhor pagando menos possível.


Das 24 contratações realizadas na sua gestão, podemos dizer que apenas Elias e Paulinho deram certo. Você diria que muitos investimentos foram errados?
- Não concordo com essa análise. Praticamente todos os clubes fizeram números semelhantes. Trouxemos esses jogadores, mas dispensamos outros tantos. O que houve foi uma renovação do elenco. Achar que só o Elias deu certo é um exagero. O Wallace deu certo e virou titular, o Léo, lateral-direito, está contundido, mas foi eleito o melhor do Brasileiro, os dois que contratamos agora (Canteros e Eduardo) são de renome internacional, o Alecsandro foi o artilheiro do Carioca, o próprio Hernane, que veio da gestão anterior, o clube tinha perdido a contratação e tivemos que contratar de novo, o Paulinho... Alguns outros, como o próprio André Santos, que foi importante na campanha da Copa do Brasil. Outros vieram para compor elenco, entram e saem do time e têm um potencial grande, caso do Gabriel, do Bruninho, que está emprestado e pode dar certo.

Ney Franco no treino do Flamengo (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)Trabalho de Ney Franco é questionado pela torcida (Foto: Marcos Tristão / Agência O Globo)


A diretoria optou pela continuidade do Ney Franco e medidas devem ser tomadas para que o time mude o panorama atual. Temos a informação de que foi decidido que o André Santos terá o contrato rescindido, além de outros nomes. Como presidente, como você vê isso? A troca de peças é a melhor alternativa?
- A troca de peças é natural. Nenhum contrato foi rescindido, mas é evidente que faz parte de um processo natural rever e renovar o seu elenco em momentos necessários. Nenhuma decisão está tomada. Tanto jogadores, como treinadores, diretores, presidentes, estão sob permanente avaliação. O futebol é dinâmico e é algo que acontece em qualquer empresa. Não é pelo fato de passarmos por um momento de crise. Avaliamos para em determinados momentos fazer, ou não, ajustes.


Alguns vice-presidentes importantes se desligaram do clube ao longo da gestão. Queria saber que tipo de influência o Wallim ainda tem no Flamengo e qual a situação do Tostes, vice de finanças, que está um pouco mais afastado por obrigações com a organização das Olimpíadas?
- Todo nosso corpo de vice-presidentes é formado por pessoas altamente bem-sucedidas na vida empresarial e que têm seus negócios para tocar. Isso foi muito dito na campanha e explicitamos que tudo seria tocado por profissionais. Desde o primeiro dia, os vices compõem um conselho de administração que atua no ponto de vista estratégico, define diretrizes, e cobra resultados. Isso vale para todos. A exceção sou eu, que decidi dar meu tempo integral para o Flamengo. Temos um corpo de profissionais altamente qualificados. Nossa administração é assim. O Wallim deixou de ser vice, mas segue nos ajudando e é parte do conselho, assim como o Tostes.


FONTE:

Presidente do Coxa descarta Adriano e critica o nível do futebol brasileiro

Vilson Ribeiro nega a possibilidade, revelada por jornalista italiano, e cita dificuldades na busca por reforços. "Para você ter uma ideia, Fred era titular da Seleção", diz


Por Curitiba

Adriano se despedindo do Flamengo (Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo)
Adriano Imperador está sem clube desde 
abril, quando foi demitido pelo Atlético-
PR (Foto: Cezar Loureiro/Agência 
O Globo)

O presidente do Coritiba, Vilson Ribeiro de Andrade, descartou a contratação do atacante Adriano Imperador. O jogador de 32 anos está sem clube desde abril, quando foi demitido pelo Atlético-PR, e estaria na mira do Coxa, segundo um jornalista italiano.

O mandatário alviverde, que foi chefe da delegação do Brasil na última Copa do Mundo, afirmou, em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com, que não há a mínima chance de Adriano jogar pelo clube do Alto da Glória:

- Você está brincando comigo? Não existe interesse nenhum do Coritiba neste jogador - falou.

Para o setor ofensivo, o grupo atual do Coritiba conta com Keirrison, Julio Cesar, Zé Love, Anderson Aquino e Geraldo. O presidente do clube diz que a diretoria tem encontrado muitas dificuldades na busca por reforços e cita Fred, o atacante titular da Seleção brasileira na última Copa do Mundo, para criticar o nível do futebol nacional:

- O mercado é muito difícil. Só para você ter uma ideia, o Fred era titular da Seleção brasileira. Com todo respeito ao jogador, mas não é do nível da Seleção. Enfim, estamos buscando reforços, mas não podemos prometer nada - completou.

Após a publicação da nota, Vilson, em novo contato com a reportagem do Globo Esporte, disse que sua declaração sobre Fred foi interpretada erradamente e fora de contexto:

- Sou amigo do Fred e sempre o defendi. Eu não quis criticá-lo de modo algum e estava falando do mercado como um todo. Apenas apontei que o mercado estava difícil e que até ele estava sendo muito criticado pela imprensa - e isso mostrava como não era fácil achar um bom jogador atualmente.

O próximo compromisso do Coritiba será contra o Grêmio, às 18h30 (horário de Brasília) de domingo, na Arena tricolor, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro


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Em seu primeiro Mundial, Nenê tenta, enfim, se tornar um ídolo no Brasil

Com carreira respeitada na NBA, pivô dos Wizards estreia na competição com o objetivo de melhorar a relação marcada por críticas e vaias com a torcida brasileira


Por São Paulo

Nenê seleção brasileira basquete (Foto: David Abramvezt)Nenê esbanja estilo após treinamento da seleção
(Foto: David Abramvezt)

Nenê tinha tudo para ser um grande ídolo do esporte brasileiro. Mas, aos 31 anos, vive uma relação de amor e ódio com a torcida nacional. O pivô traz no currículo um histórico de ausências em competições com a seleção em algumas ocasiões, seja para descansar de uma longa temporada na NBA, na qual ele atua com destaque desde 2002, ou por conta de problemas de ordem médica, como a batalha vencida contra um câncer no testículo, em 2008. O ápice do descontentamento do público brasileiro aconteceu em outubro do ano passado, quando Nenê foi bastante vaiado ao jogar, no Rio de Janeiro, uma partida de pré-temporada da NBA, entre o seu Washington Wizards e o Chicago Bulls, na Arena da Barra. A cena ficou na cabeça do paulista de São Carlos. Mas Nenê já sabe como mudar o panorama que lhe é desfavorável. É hora de brilhar no Mundial. Após ausências nas três últimas edições da importante competição, o jogador de 2,11m está confirmado na disputa deste ano, entre 30 de agosto e 14 de setembro, na Espanha.

- Temos que conquistar resultados para ganhar o torcedor brasileiro. Temos que trabalhar forte para obter um grande resultado no Mundial. Claro que eu gostaria de virar um ídolo brasileiro. Se com todos esses anos representando o país, não só aqui, como lá fora, eu ainda não sou ídolo, isso vai das pessoas quererem ver o lado negativo das coisas. Espero fazer um grande Mundial, assim como os meus companheiros. Eu vou lutar – afirmou Nenê, após o treinamento da seleção brasileira, nesta terça-feira, no Esporte Clube Sírio, em São Paulo.

Nenê seleção brasileira basquete (Foto: David Abramvezt)
Nenê espera usa o Mundial para 
melhorar a sua imagem com a torcida 
brasileira (Foto: David Abramvezt)

As vaias recebidas no Rio de certa forma serviram para fortalecer o gigante brasileiro. Na temporada 2013/2014 da NBA, ele teve um empolgante desempenho. Os Wizards pararam na semifinal da Conferência Leste, sendo eliminados pelo Indiana Pacers por 4 a 2 na série em melhor de sete jogos. Porém, Nenê fez grandes apresentações ao longo da competição, fechando a temporada com médias de 14,2 pontos e 5,5 rebotes, com direito a bater – e depois igualar – o seu recorde pessoal de pontos em um jogo (30 pontos).

- Isso (as vaias) fez parte do meu aprendizado. Essas coisas te fazem crescer. Quando você pensa em parar, isso te motiva. As águas turbulentas já passaram.


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Assim como tem se ouvido de outros jogadores da seleção treinada pelo argentino Rubén Magnano, Nenê também confia na força da equipe brasileira e prevê uma boa participação na Copa do Mundo da Espanha.

- Sabemos que com o esporte global não tem um favorito. Mas sabemos que acreditando no grupo, nós podemos ir longe. Vai ser um trabalho árduo, nada vem fácil para nós. Temos de explorar nosso talento. Vamos lutar para conseguir algo grande.

Nenê sempre foi o campeão de perseguição da torcida brasileira. Porém, em algum momento, toda a atual geração já sofreu várias críticas no Brasil. Isso foi rotina, pois, até a classificação para as Olimpíadas de Londres 2012, o país estava havia 12 anos (três edições) sem ver a seleção masculina de basquete ir aos Jogos Olímpicos. A ida e o quinto lugar conquistado melhoraram a imagem desse grupo talentoso. Porém, os principais atletas não foram para a Copa América do ano passado, na Venezuela. O resultado foi uma péssima campanha, com quatro jogos e quatro derrotas. O Mundial da Espanha é o momento perfeito para essa geração de Nenê, Anderson Varejão, Leandrinho e companhia tentar fazer com que as turbulências fiquem esquecidas no passado.

- A galera está bem madura. É o momento da nossa geração. Estamos no auge das nossas carreiras, no ápice. Sabemos bem como se deve jogar o basquete. Temos que nos impor, mas também devemos saber nos divertir dentro de quadra. Passamos por muita coisa ruim. Mas tudo isso foi necessário para chegarmos com maturidade. São marcas que nos fazem prosseguir. Quando você está fraco, quase para cair, você olha essas marcas e vai para luta. Tem uma geração que se inspira e espelha na nossa. Temos que fazer bonito e bem - concluiu Nenê.

Nenê seleção brasileira basquete (Foto: David Abramvezt)
Nenê fica pensativo durante treino da 
seleção brasileira, em São Paulo 
(Foto: David Abramvezt)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/basquete/noticia/2014/07/em-seu-primeiro-mundial-nene-tenta-enfim-se-tornar-um-idolo-no-brasil.html

Brasileiro naturalizado ucraniano é convocado para o exército do país

Paulista Edmar Lacerda, que atua pela seleção da Ucrânia, leva susto ao ser chamado para servir nos combates que ocorrem na região


Por Kharkiv, Ucrânia

Acostumado a defender a seleção da Ucrânia, o meia brasileiro Edmar Lacerda recebeu uma convocação nada agradável nas últimas semanas. O jogador foi chamado pelo exército ucraniano para atuar nos conflitos que ocorrem no país contra os separatistas de origem russa. Naturalizado ucraniano, o paulista de Mogi das Cruzes levou um susto com a intimação, mas informou que a situação já foi resolvida pelo seu clube, o Metalist Kharkiv. (Veja o vídeo acima).

- Foi há cerca de duas, três semanas. Recebi essa intimação e minha esposa, que é ucraniana, ficou surpresa. No começo, meus companheiros de clube até brincaram comigo, achando que não era verdade, mas depois que apresentei o documento todos viram que era sério. Passei para a diretoria do time e tudo foi resolvido, aparentemente foi um equívoco do exército ucraniano - disse o jogador de 34 anos, em entrevista via Skype.

Edmar vive na Ucrânia há 11 anos e é cidadão ucraniano desde 2011. Ele afirmou que a situação atual do país é inédita desde que ele chegou. Apesar do clima de tensão no território ucraniano, o meia garantiu que a cidade de Kharkiv não foi atingida pelos conflitos e que nem pensa em servir o exército, caso as disputas fiquem mais intensas.

- Eu não quero nem pensar nessa possibilidade, acho que tudo já foi resolvido e só quero pensar em jogar futebol, que é o que sei fazer. Em 2004, houve uma revolução na Ucrânia, mas foi pacífica. Eu nunca tinha visto nada parecido, mas acompanhamos a maioria das notícias pela televisão ou internet, já que a Kharkiv não está diretamente envolvida nos confrontos.


Edmar, Metalist (Foto: AP)
Edmar jogou no Tavriya Simferopol, da 
Crimeia, e atualmente defende o 
Metalist (Foto: AP)

Nos quatro primeiros anos no país, Edmar atuou no Tavriya Simferopol, da região da Crimeia, um dos locais onde a situação política é mais tensa, já que a população do local é de maioria russa. A família de sua esposa, Tatiana, é da Crimeia e recentemente todos se mudaram para Kharkiv, buscando mais segurança.

- Eles acharam melhor morar aqui e vendemos a casa na Crimeia. No período em que joguei lá era tudo muito tranquilo, diferente da situação atual.


Edmar Ucrânia e Suécia (Foto: Agência Reuters)Edmar defendeu a Ucrânia nas últimas Eliminatórias (Foto: Agência Reuters)

Perguntado sobre a situação dos jogadores brasileiros do Shakhtar Donetsk, Alex Teixeira, Fred, Dentinho, Douglas Costa, Ismaily além do argentino Facundo Ferreyra, que recentemente não retornaram à Ucrânia após um amistoso na França por não se sentirem seguros, Edmar considerou que a decisão de deixar o país é muito pessoal, mas que ele não pensa nessa possibilidade. Além dele, Cleiton Xavier, Márcio Azevedo, Diego Souza, Rodrigo Moledo e Jajá também estão no Metalist e seguem a rotina de treinos normalmente.

- Claro que sempre tem conversas sobre a situação que a Ucrânia vive, mas evitamos falar de política porque cada um tem uma opinião. Como na nossa cidade tudo está mais calmo, fica mais fácil.

Edmar fez questão de tranquilizar os familiares dele e dos demais companheiros que vivem no Brasil. Eles aguardam a definição sobre o que será feito no próximo Campeonato Ucraniano, previsto para começar nas próximas semanas.

De acordo com o jogador, algumas equipes são de cidades envolvidas nos conflitos, e o espaço aéreo de parte do país está fechado, o que dificulta o deslocamento dos times.



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2014/07/brasileiro-naturalizado-ucraniano-e-convocado-para-o-exercito-do-pais.html

Nova "estrela" do Real, James é apresentado no Bernabéu lotado

Meia colombiano é recebido por 45 mil torcedores, boa parte deles seus compatriotas, e chega com status de craque de classe mundial ao clube merengue


Por Madri, Espanha

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Com toda a pompa possível, o meia James Rodríguez foi apresentado nesta terça-feira pelo Real Madrid, no estádio Santiago Bernabéu. Recebido por 45 mil torcedores, cerca de 10 mil deles seus compatriotas, o colombiano posou pela primeira vez com a camisa 10 merengue, foi bastante aplaudido e voltou a destacar que realizou um sonho ao fechar com o clube.

- Estou feliz de estar aqui. É um sonho realizado. Espero dar muitas alegrias e ganhar títulos. Hala Madrid! – disse James, para delírio dos torcedores.

james rodriguez real madrid (Foto: AFP)
James Rodríguez posa com a camisa 
10 do Real Madrid (Foto: AFP)

Acompanhado por sua esposa, Daniela, James foi apresentado pelo presidente do Real Madrid, Florentino Pérez. Tratando o novo reforço como estrela, o dirigente explicou a decisão de buscar o colombiano como um desejo de melhorar ainda mais o elenco merengue.

- Os torcedores do Real sempre querem títulos, vitórias e os melhores jogadores. Hoje chega uma estrela que liderou uma espetacular seleção colombiana na Copa. Amigos, damos as boas-vindas a James Rodríguez – anunciou Pérez.

Depois da apresentação, James desceu as arquibancadas do Santiago Bernabéu, foi ao vestiário e retornou já vestido com o uniforme merengue. Pisou o gramado do estádio pela primeira vez como jogador do Real e chutou diversas bolas na direção dos torcedores. A empolgação dos fãs com James foi tanta que um deles chegou a invadir o gramado para tentar dar um abraço no jogador, mas acabou impedido pelos seguranças.

james rodriguez real madrid (Foto: AFP)
Já com o uniforme do Real Madrid, 
James acena para os torcedores no 
gramado do Santiago Bernabéu 
(Foto: AFP)

ZIDANE COMO ÍDOLO
Após a aparição frente aos torcedores, James, concedeu entrevista coletiva. Nela, voltou a ressaltar ser torcedor do Real Madrid e revelou que tinha Zidane como grande ídolo no futebol. 

- Sempre admirei Zidane. Minhas primeiras lembranças são Zidane, Ronaldo, Roberto Carlos. Sempre fui torcedor do Real Madrid. Sempre o acompanhei e sonhei estar aqui. 

Artilheiro da Copa do Mundo com seis gols, um deles eleito o mais bonito da competição, contra o Uruguai, James surpreendeu ao revelar que já vinha negociando com o Real Madrid antes mesmo do duelo com a Celeste. 

- Antes já vinham me seguindo e já havíamos conversado. O gol foi um bônus e me reforçou. Eu fiz tudo o que podia para estar aqui desde que soube que me queriam. Venho para ajudar. 

James Rodriguez real madrid apresentação (Foto: Agência AFP)
James mostra habilidade durante 
apresentação no Real (
Foto: Agência AFP)


FONTE:

Torcedores do Inter presos após briga são soltos e proibidos de ir a estádios

Juiz questiona valor de fiança e legalidade da manutenção dos infratores em presídio, mas determina que todos compareçam a delegacia em dia de jogos da dupla Gre-Nal


Por Porto Alegre

Detidos no Presídio Central de Porto Alegre desde domingo, 11 torcedores do Inter suspeitos de envolvimento em uma briga generalizada foram soltos nesta terça-feira por uma decisão judicial. O grupo, segundo a polícia, se envolveu em uma confusão entre torcidas organizadas que terminou em depredação de um posto de combustível, na capital gaúcha. A Justiça, contudo, decidiu obrigar os colorados a se apresentarem à polícia em cada jogo da dupla Gre-Nal.

Para o autor da decisão, o juiz da 2ª Vara Criminal e Juizado do Torcedor e Grandes Eventos, Carlos Francisco Gross, "não existe autorização legal" para que o grupo prosseguisse em celas do presídio, apesar da possível "gravidade, violência, barbárie, ausência de justificativa, risco de novas infrações e mesmo intensa rivalidade entre torcidas". O magistrado avaliou que o caso, de acordo com a legislação, prevê que os suspeitos sofram medidas alternativas como a proibição de comparecer a jogos no Beira-Rio.

O juiz ainda questionou o valor da fiança, estipulada em R$ 10 mil, e não paga pelos torcedores, o que acarretou nas prisões.

- Mostra-se desarrazoado manter a prisão somente porque não satisfeita a fiança fixada em R$ 10 mil para cada torcedor, quantia incompatível com o numerário disponível pela maioria dos cidadãos - diz a decisão.

Os envolvidos, de acordo com a Justiça, estão obrigados até o fim da tramitação do processo sobre as prisões, a comparecer e permanecer em uma delegacia duas horas antes e duas horas depois de jogos do Grêmio e Inter.


briga torcedores inter posto (Foto: Arquivo pessoal)
Briga teria envolvimento de mebros de 
torcida organizada 
(Foto: Arquivo pessoal)

MP quer cobrar torcidas

O Ministério Público (MP) defende a responsabilização das torcidas organizadas pela briga envolvendo torcedores do Inter, que invadiram uma loja de conveniência de um posto de gasolina de Porto Alegre após a vitória do Inter sobre o Flamengo por 4 a 0, pelo Brasileirão, no último domingo. De acordo com o promotor José Francisco Seabra, seis dos 11 infratores enquadrados pela Polícia Militar por crime de formação de quadrilha e dano qualificado são cadastrados como membros de organizadas do Inter.
- Dos apreendidos, seis estavam no cadastro, mas é provável que todos sejam ao menos simpatizantes com as organizadas. Como está previsto no Estatuto do Torcedor, eles responderam por crime de tumulto, formação de quadrilha e dano qualificado e poderão ter o direito de ir ao estádio suspenso. Vamos averiguar a responsabilidade das organizadas e, se for o caso, também vamos suspender as organizações - afirmou, ao GloboEsporte.com.

Organizada nega participação
guarda popular do inter nota (Foto: Reprodução/Facebook)Nota da Guarda Popular (Foto: Reprodução/Facebook)

O confronto ocorreu na Avenida Borges de Medeiros, no centro de Porto Alegre, em frente a um posto de combustível. De acordo com o major Francisco Vieira, comandante do 9º Batalhão de Polícia Militar, a briga começou por volta das 19h entre torcedores da Nação Independente, que bebiam na loja, e da Guarda Popular, que se aproximaram do local.
Eles usaram pedaços de pau e pedras. Além de causar danos, torcedores furtaram objetos e dinheiro do estabelecimento. Uma funcionária se feriu levemente ao levar uma pancada na cabeça. Os dados foram encaminhados para o setor de torcidas organizadas do Inter.

A Guarda Popular, uma das principais organizadas do clube, manifestou-se sobre o incidente em uma rede social. Segundo a nota publicada na última segunda-feira, nenhum dos integrantes da torcida participou do confronto. A Nação Independente, também citada pela polícia na confusão, não comentou o assunto publicamente.

- A imprensa está divulgando que torcedores da Guarda Popular se envolveram em uma briga pós jogo. É mentira! Nenhum dos torcedores cadastrados na torcida participaram do fato. Estávamos muito ocupados guardando nossos materiais, faixas, bandeiras e instrumentos, pois finalizada a festa no Beira-Rio, sempre ficamos mais tempo no estádio para organização de tudo. Sobre a grande homenagem ao Fernandão que organizamos, nenhum crédito a Guarda Popular na imprensa azul. Querem tirar o foco da festa que fizemos, tentando manchar o nome da torcida  - disse a publicação.


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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/rs/noticia/2014/07/torcedores-do-inter-presos-apos-briga-sao-soltos-e-proibidos-de-ir-estadios.html

Fla decide rescindir contrato de André Santos; Elano deve ser o próximo

Lateral recebe notícia dois dias após ser agredido por torcedores, mas diretoria contraria o que diz atleta. Meia também já teria chegado a acordo para acertar saída


Por Rio de Janeiro

D`Alessandro disputa de bola com André Santos (Foto: Diego Guichard/GloboEsporte.com)Contra o Inter, André Santos fez seu último jogo pelo Fla (Foto: 
DiegoGuichard/GloboEsporte.com)

A diretoria do Flamengo decidiu rescindir o contrato de André Santos. Dois dias depois de ser agredido por torcedores em Porto Alegre, o lateral foi chamado na manhã desta terça-feira pelo diretor de futebol Felipe Ximenes e comunicado da decisão. Ele vinha sendo um dos principais alvos dos torcedores diante da má fase do time, que ocupa a lanterna do Campeonato Brasileiro e não vence há oito jogos.

Em nota oficial, a diretoria se posiciona esclarecendo que "o referido contrato não foi rescindido, permanecendo totalmente em vigor" e que analisará a situação. Entretanto, André Santos confirmou a informação.

- Hoje (terça) de manhã cheguei para trabalhar no meu clube e recebi um comunicado do diretor executivo (Felipe Ximenes) de que meu contrato estava rescindido. Inclusive depois da agressão, o próprio clube me ligou perguntando se eu estava bem e tranquilo, soltaram uma nota ao meu favor no site do clube para comunicar o que tinha acontecido, sempre me ligando demonstrando preocupação comigo e hoje, a mesma pessoa, o Felipe Ximenes me chamou e me comunicou que meu contrato estava rompido - disse, via assessoria.

Ele disse que chegou a chorar quando soube da decisão. O contrato dele vence em agosto de 2015.


- Olha, eu fiquei muito surpreso. Até porque eu já estou no clube há mais ou menos um ano e se você buscar o meu histórico, eu joguei a maioria das partidas, ganhei títulos e inclusive "apanhei" pelo clube, dei o sangue, tento brigar pelo clube a todos os momentos para que eu possa ajudar a sairmos dessa situação. Sem dúvidas saio muito triste, até porque sempre gostei muito das pessoas que trabalham no Flamengo. Fiquei muito chateado, inclusive cheguei a chorar, até porque deixo muitos amigos, me identifiquei com muitas pessoas que trabalham no clube e sair dessa forma não é bom para nenhum atleta - declarou André Santos.

Em entrevista coletiva no CT rubro-negro nesta terça, o diretor executivo Felipe Ximenes preferiu não comentar sobre a rescisão de André Santos.


- Não sei quem anunciou que o André Santos rescindiu o contrato. É uma informação que eu não tenho, não tenho nenhuma posição em relação a isso - disse o dirigente.

O diretor de comunicação do Rubro-Negro, Felipe Bruno, foi sucinto: "André Santos possui contrato com o Flamengo e é jogador do clube. Qualquer mudança o clube avisa", escreveu.

O ápice da crise entre a torcida e André Santos aconteceu no último domingo. 


Após a goleada por 4 a 0 sofrida para o Internacional, ele foi agredido por rubro-negros ao sair do Beira-Rio. O jogador deixava o estádio antes dos companheiros, durante a entrevista coletiva de Ney Franco, rumo a uma van, na qual seguiria para o aeroporto.

Ele foi interpelado por rubro-negros até que um deles o acertou no rosto com um soco. O ato foi a senha para outras agressões. O camisa 27 chegou a ficar acuado contra a van enquanto recebia golpes e pontapés. Em determinado momento, conseguiu entrar no veículo, mas foi retirado à força pelos agressores. O segurança à paisana que o acompanhava também foi vítima de violência. Apesar do incidente, o lateral disse na tarde de segunda-feira que pretendia seguir no Flamengo.

- Em nenhum momento pensei em sair, em nenhum momento pensei em abandonar. Porque isso é coisa de covarde, de homem que tem medo de enfrentar os problemas. Nenhum momento isso passou pela minha cabeça. Eu tenho atitude e vou tirar o clube dessa situação - disse.


Esta é a segunda passagem de André Santos pelo Flamengo. O jogador defendeu o clube em 2005 e voltou no ano passado, indicado por Mano Menezes. Em 93 partidas no total, o lateral-esquerdo marcou cinco gols.

Elano deve ser o próximo

Atormentado por lesões desde a sua chegada, em janeiro, Elano também já vinha manifestando seu desejo de deixar o clube da Gávea. Ele conversou com Felipe Ximenes na segunda-feira e deixou a saída verbalmente encaminhada. O jogador deixou o treinamento desta terça-feira no Ninho do Urubu antes do fim.


Erazo finaliza rescisão
O zagueiro Frickson Erazo foi liberado da atividade nesta manhã porque à tarde haverá uma reunião com a diretoria do Flamengo para confirmar a rescisão contratual. Ele tem proposta de um clube espanhol.

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Bolt revela ansiedade para nova prova no Rio: ''Atmosfera foi incrível''

Jamaicano participa de nova edição do evento ''Bolt Contra o Tempo'', em agosto. Desta vez, corrida será de 100m e será disputada na praia do Leme, na Zona Sul


Por Rio de Janeiro

Usain Bolt já tem data e local marcado para sua nova visita ao Rio de Janeiro. Na contagem regressiva para a segunda edição do evento ''Bolt Contra o Tempo'', o Raio revelou que guarda boas lembranças da participação do ano passado e espera ver de novo o carinho dos fãs. Desta vez, a corrida terá 100m e será disputada na praia do Leme, Zona Sul do Rio, no dia 17 de agosto.

- Estou ansioso para voltar ao Rio para correr na praia. A atmosfera foi incrível no ano passado e espero que os fãs venham torcer e me apoiar - disse Bolt.

Usain bolt copacabana corrida (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
Usain Bolt na corrida do ano passado, 
em Copacabana (Foto: Alexandre 
Durão / Globoesporte.com)

No ano passado, o ''Bolt Contra o Tempo'' foi marcado pela prova de 150m. Campeão Olímpico e Mundial dos 100m, 200m e 4x100m, Usain Bolt vai encarar em 2014 dois atletas estrangeiros e um velocista que sairá de uma eliminatória no dia anterior. Haverá ainda a disputa dos 100m feminino e paralímpico - os nomes ainda não foram anunciados.

O multicampeão das pistas ficará no Brasil durante quatro dias e, além do desafio, ele participará de eventos com patrocinadores e atividades com a imprensa. Em 2013, Bolt deu um show de carisma, venceu a prova com facilidade e fechou a comemoração dançando funk

Usain bolt copacabana dançando (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
Usain Bolt mostrou gingado no Rio de 
Janeiro (Foto: Alexandre Durão / 
Globoesporte.com)


FONTE:

Kaká não confirma estreia contra Goiás, mas garante: “Estou bem”

Em rápida conversa com o GloboEsporte.com, meio-campista diz não saber se atuará no domingo, porém, afirma estar em boas condições


Por São Paulo

kaká são paulo treino (Foto: Rubens Chiri/Divulgação sãopaulofc.net)
Kaká foi um dos destaques do treino 
desta terça (Foto: Rubens Chiri/
Divulgação sãopaulofc.net)

Kaká ainda não garante que estreará pelo São Paulo contra o Goiás, domingo, às 16h, no Serra Dourada, pelo Campeonato Brasileiro. Após o treino desta terça-feira pela manhã, no CT da Barra Funda, o jogador se mostrou animado com o que vem mostrando nas atividades, mas não confirmou a presença na partida.

Kaká falou rapidamente com o GloboEsporte.com antes de conceder uma entrevista à apresentadora Glenda Kozlowski para o programa Esporte Espetacular, que vai ao ar no domingo. Questionado se estaria em campo no fim de semana, o meio-campista desconversou.


- Não sei - disse.

Mas está se sentindo bem fisicamente?

- Estou bem - admitiu.



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Kaká vem intercalando treinos físicos e atividades com bola para melhorar o condicionamento e ganhar ritmo. No trabalho desta terça, ele teve boa movimentação atuando ao lado de Alan Kardec e Alexandre Pato, deixando no ar a possibilidade de ser escalado por Muricy Ramalho.

O meio-campista foi apresentado à torcida no dia 6 de julho, mas preferiu ser cauteloso ao falar sobre quando poderia atuar. A ideia do presidente Carlos Miguel Aidar era de que o meia estivesse em campo diante da Chapecoense, no último fim de semana, o que foi prontamente rejeitado pelo próprio jogador.

A comissão técnica também evitou colocar uma data, mas, segundo o Aidar, ficou decidido então que ele atuaria diante do Criciúma, em 2 de agosto, já preparando uma grande festa no Morumbi. No entanto, com a pressão sobre o time após a última derrota e o bom rendimento no treino desta terça, a expectativa para a presença dele diante do Goiás aumentou consideravelmente.

Muricy Ramalho pretende usar Kaká ao lado de Ganso no meio de campo, com liberdade para se aproximar dos atacantes. O Tricolor deve trocar de o esquema 4-2-3-1 pelo 4-4-2. Com isso, Osvaldo ou Ademilson perderá a vaga na equipe.



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2014/07/kaka-nao-confirma-estreia-contra-goias-mas-garante-estou-bem.html

Oficial: Dunga está de volta à Seleção

Técnico substitui Luiz Felipe Scolari quatro anos após ter sido demitido pela CBF e vibra com nova oportunidade "É uma grande felicidade". Estreia será em setembro


Por Rio de Janeiro

Quatro anos após ser demitido por Ricardo Teixeira do comando da seleção brasileira, o técnico Dunga está de volta. Nesta terça-feira, em coletiva de imprensa na sede da CBF, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o capitão do tetra em 1994 foi apresentado como novo treinador da equipe pentacampeã. O anúncio foi feito pelo presidente da entidade, José Maria Marin, e pelo coordenador Gilmar Rinaldi. Apesar da rejeição em diversas enquetes, Dunga mostrou-se confiante em recuperar o prestígio junto aos torcedores.
- A pesquisa está aí para ser derrubada. Eu acredito muito no torcedor brasileiro, no carinho que o torcedor tem pela seleção brasileira. Como falei, não sinto essa tamanha rejeição pelo o que está se falando por onde eu passo. Toca a nós mudarmos a opinião das pessoas. Vimos que muitas enquetes que foram colocadas, as pessoas deram um jeito de mudar essas enquetes. Minha meta é mudar a maneira das pessoas pensarem a meu respeito. Nelson Mandela tinha tudo contra e conseguiu mudar a forma das pessoas de pensar com paciência. Espero que eu possa ter 1% da paciência dele. Eu não penso em mim, penso na seleção brasileira. Se a Seleção estiver bem, eu vou estar bem, estar feliz. Tem muito 
sacrifício, mas a alegria e satisfação é bem maior - disse o novo treinador.

Dunga Apresentação Brasil (Foto: André Durão)
Dunga foi apresentado pela CBF na 
manhã desta terça-feira na nova sede 
da entidade, no Rio de Janeiro 
(Foto: André Durão)

O presidente José Maria Marin explicou sua escolha pelo capitão do tetra, em 1994, dizendo que a escolha foi uma unanimidade entre ele, Del Nero, Gilmar Rinaldi.

- É um atleta que foi campeão do mundo, foi capitão de uma seleção campeã, demonstrou capacidade para dirigir a seleção brasileira. Ficou demonstrada através de números, não apenas por palavras, que possui todos os requisitos e capacidade para dirigir novamente a seleção brasileira. Foi uma escolha feita através da participação de todos que estão nesta mesa, numa demonstração de unidade e total integração, visando grandes conquistas no futuro. Um homem experimentado, tanto como atleta no campo, como fora dele. E todos nós nesta mesa depositamos total confiança na sua competência e capacidade de trabalho - disse Marin.


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Dunga agradeceu a confiança e afirmou que não vai descartar todo o trabalho da Copa do Mundo, mas deve mudar alguns pontos. Inclusive de sua personalidade.

- É uma grande felicidade. Vamos trabalhar juntos com as categorias de base, com o Gallo, e a coordenação do Gilmar. A CBF está nesse planejamento há dois anos e vamos dar sequência. Não precisamos fazer dessa Copa do Mundo terra arrasada, há coisas que podem ficar. A gente viu na Copa que é importante o talento, mas o planejamento também. Como é importante o marketing, mas que o resultado dentro de campo também.

Entre outros assuntos, o treinador elogiou bastante algumas seleções da Copa do Mundo, como Alemanha, Holanda e Colômbia; quando se equivocou e falou sobre um "Jimenez" em referência clara ao apoiador James Rodríguez, anunciado nesta terça como novo jogador do Real Madrid.

Segundo Gilmar Rinaldi, o momento é de se unir em torno do novo comandante. Baseando-se em três pilares: talento, trabalho e planejamento.
- Começamos agora efetivamente nosso trabalho. Começamos a conversar sobre a comissão técnica, que não será divulgada hoje. A ideia é justamente essa, voltar algumas coisas importantes em uma reformulação. Conversávamos que é muito importante que o jogador sinta frio na barriga na época de convocação, que mereça ser convocado, buscando o limite para merecer a convocação - analisou.

Dunga e Marin Apresentação Brasil (Foto: André Durão)
Dunga e José Maria Marin na apres
entação do novo treinador da seleção 
brasileira (Foto: André Durão)

Dunga admitiu o contato difícil com a imprensa em sua primeira passagem pela Seleção.

- Vimos como é importante o talento numa Copa, o planejamento. No futebol moderno, o marketing é importante, mas o trabalho dentro de campo também. Quanto a falar da minha pessoa, vocês me conhecem. Sabem que dificilmente algumas pessoas mudam, quanto à ética, trabalho e profissionalismo. Sei que tenho que melhorar muito no contato com os jornalistas. Por eu ser oriundo do futebol, na outra passagem, eu foquei mais no trabalho dentro de campo. Os resultados estão aí. Agora é normal que eu tenha que aprimorar o meu relacionamento da imprensa. É minha culpa pela relação que tivemos. Trabalhei para me aprimorar.

Dunga afirmou que vai realizar um trabalho em conjunto com o coordenador das categorias de base, Alexandre Gallo, e com o coordenador de Seleções, Gilmar Rinaldi. O treinador explicou a diferença de suas passagens na Seleção.
- A minha primeira passagem foi pedida para resgatar o valor da Seleção, a camisa e obter resultados. Só conseguimos isso com resultados. A segunda passagem é preparar a Seleção para a Copa de 2018. No caminho, nós vamos ter uma Copa América e vamos encontrar seleções em ótima fase. Todas as seleções melhoraram muito.

Dunga Apresentação Brasil (Foto: André Durão)
Novo treinador estava sorridente na 
coletiva de imprensa: ele comandou 
o Brasil de 2006 a 2010 
(Foto: André Durão)


Confira abaixo os principais trechos da coletiva de Dunga:

VOLTA À SELEÇÃO
O Brasil tem 200 milhões de pessoas e todos nós queremos jogar futebol. Chegar à Seleção é fantástico. E retornar à seleção é quase impossível. Como na vida não tem nada impossível. Na vida, se você fizer o seu trabalho, as pessoas vão conhecer num momento ou outro. O carinho do torcedor é o mesmo. Ele está machucado, mas a seleção significa muito para o povo brasileiro. Vamos conquistar isso através dos resultados. Vamos mostrar ao torcedor que queremos o melhor. Já temos um esboço e vocês me conhecem. Não vou vender um sonho, vou vender uma realidade. E a realidade precisa de trabalho. Não dá para criar muita expectativa no torcedor. No futebol, você precisa conquistar a torcida a cada minuto, a cada segundo. O futebol têm pessoas competentes, com muito trabalho. Já fomos os melhores e temos que resgatar essa capacidade. Temos talento para isso, mas não podemos deixar de ter a humildade de reconhecer que outras seleções fizeram um trabalho bom.

FUTEBOL ARTE
O futebol arte existe. Vai ser difícil de classificar como sempre foi. É legal, bonito, falar em futebol arte. Mas o que é arte? O goleiro fazer uma defesa é arte. O zagueiro interceptar uma bola também é. O Pelé é um mito. Não podemos achar que teremos um Pelé a cada dia. O ídolo não se cria, ele constrói isso a cada dia. O Brasil tem jogadores de grande talento, mas temos que aliar esse talento ao comprometimento, ao trabalho, ao equilíbrio emocional. O equilíbrio de mostrar as emoções no tempo certo.

ESTILO DE JOGO
O futebol muda a cada instante, a cada dia. Todos falam em futebol ofensivo e pensam que é colocar quatro ou cinco atacantes. As equipes marcam cinco, dez metros atrás da linha do meio de campo. Você cria espaços para atacar. Se em 2010, nós tivéssemos essa atitude, todos falariam que seria um futebol defensivista. Ele muda, mas não muda tanto. O importante é chegar com quatro, cinco jogadores à frente. Tem que ter movimentações, o time precisa se movimentar. Vai cair um ou outro conceito nosso. Aquela história de que o craque precisa participar do jogo cai por terra. O Robben participava do jogo, o Müller participava, o Rodriguez da Colômbia. Antigamente, você não via o goleiro participando tanto do jogo. Mas em 2014, nós vimos os arqueiros jogando quase como líberos.

BRASIL, O MELHOR?
É um trabalho de conscientização da imprensa, do torcedor. Tivemos a impressão do que é o futebol total. Não podemos passar para o torcedor que somos os melhores. Quando o adversário olha no teu olho e vê que você não quer ganhar, ele quer. Se ele vê que não quer marcar o gol, ele vai e marca. A camisa brasileira é respeitada. É verdade que eles nos respeitam, mas eles querem ganhar de nós de qualquer forma. Temos que ser mais compactos, ter mais comprometimento. Temos que ter essa percepção e não achar que vamos ganhar a Copa antes de a Copa acontecer. Não acontece nada antes de acontecer o jogo. O futebol é lindo, maravilhoso, mas antes dos 90 minutos. Depois do jogo, você precisa explicar se você ganhou ou perdeu.

EXPERIÊNCIA X JOVIALIDADE
Todas as coisas são importantes. Temos que obter resultado e formar uma seleção para 2018. É uma seleção jovem. A Holanda mesclou. Temos que passar para o publico os dois lados da moeda. O capitão da Alemanha, por exemplo, não vai jogar a próxima Copa. O importante é colocar no momento certo alguns jogadores novos com certa experiência. No caminho você precisa ter o resultado para fazer o trabalho com calma. Você não coloca o jogador apenas porque ele é novo, mas pela competência e pelo rendimento. Quando assumimos em 2010, você queria resgatar o carinho e o amor pela Seleção. Colocamos muitos jovens. Mas quem precisa se afirmar na Seleção são os próprios jogadores. Você não pode excluir pela idade, mas pelo rendimento em campo.

TREINOS FECHADOS/IMPRENSA
Isso é o futebol. É o que estamos querendo agora, sugestões como a sua, da Seleção ter um momento de privacidade para treinar algumas jogadas, treinos diferenciados. É algo que temos que fazer. Tenho que ser sincero. Não tive problema com a Globo, com A, B ou C. Tive, sim, atrito com várias pessoas. Sou gaúcho, combinado não é caro. As coisas precisam ser cumpridas. Talvez eu tenha levado muito na ponta da faca. Mas cumpri o combinado e não cumpriram comigo. Não vou mudar minha essência, que é de comprometimento, lealdade e transparência. As coisas precisam ser feitas, mas tudo conforme o planejado. Colocar no papel o espaço de cada um. Ninguém vai cercear o trabalho da imprensa, mas todos precisam entender que o objetivo maior é a Seleção. Durante a Copa, todos elogiavam que a Alemanha ia caminhar na praia. O combinado era que as entrevistas seriam depois. E ninguém ia atrás dos jogadores na caminhada.Todos precisam entender onde vai o direito e onde começa o direito dos demais. Se tiver essa compreensão de todos, vai dar certo.

MOTIVOS DO RETORNO
Lógico que a escolha para voltar foi em parte pelos números da primeira passagem e também pelo conhecimento do presidente Marín pelo o que eu tinha feito entre 2006 e 2010. Parece que todo mundo descobriu a Alemanha agora, mas eles sempre foram organizados e tiveram planejamento. Sempre tiveram centros esportivos. Morei lá e vi. É um país que tem tradição de dar importância aos esportes em geral, à formação dos atletas, convivência, educação... E agora acham que eles fizeram isso nos últimos anos? Sempre foi assim. O que aconteceu foi que a Alemanha encontrou uma geração de ótimos jogadores como já teve no passado. As peças encaixaram, deram tempo ao tempo. O resultado não veio de imediato, mas deram seguimento ao trabalho. Foi campeã com amplo reconhecimento e com futebol total. Mostrou uma forma de jogar com o goleiro-líbero, que vem do futebol de salão. Mas para colocar isso em prática é preciso ter jogadores aptos para a função. O melhor jogador alemão que é o Müller vinha atrás marcar e isso não diminuiu em nada o seu talento. E para vocês verem como é importante o planejamento para o torcedor ver o bem maior. Imagina um treinador brasileiro não colocar um jogador para bater o recorde num jogo que estava 4 a 0 (estreia contra Portugal)?. Era mais importante ter o Klose descansado para um jogo mais importante do que desgasta-lo em uma partida já decidida. Isso é planejamento e isso é inteligência do futebol. Às vezes, quem está fora não consegue entender isso. Jogador precisa ter leitura de futebol. Durante a Copa, conversei com o Arrigo Sacchi e ele sempre dizia que o jogador precisa ter inteligência de jogo. Um jogador rápido da defesa não tem que apostar corrida com o atacante. Porque uma hora ele perde. Na verdade, precisa se posicionar vem e ter inteligência para ler o jogo.

AUSÊNCIA DO FUTEBOL DESDE 2010
Não é que seja uma desilusão. Nós como ser humanos temos uma reação, um pensamento. Cada um tem uma forma de ser, um caráter, um tipo de família e essa ansiedade te deixar perplexo. Fui ao Internacional e achava que tinha de ter dado seguimento ao trabalho. Fomos campeões gaúchos e sai com o time em 5º lugar no Brasileirão. Como o meu trabalho é baseado em respeito, nas pessoas, respeitando o coletivo, nunca tive problema de relacionamento por mais que as pessoas falem. Estive na Seleção e também nunca tive problema com jogadores ou membros da comissão técnica. Agora, eu não sou de estar querendo colocar no jornal que fizeram contato comigo. Tive ofertas recentemente, mas para o torcedor entender, o que adianta eu passar que tive dez propostas e não aceitei nenhuma? Vão falar que todo mundo quer o Dunga e ele não acerta com ninguém, que quer se valorizar... Por isso fiquei quieto. Na hora que eu achar que devo tomar uma decisão, eu tomo. Fiz muitas viagens, falei com muitas pessoas que trabalham no futebol, não só no Brasil, mas fora do país também. Esse período da Copa, nas refeições, nos jogos, fazíamos reuniões mais tranquilas com Sacchi, Gullit, Bakero, falávamos das situações novas do futebol. Quais eram as virtudes, os defeitos das seleções. A única equipe que jogou ofensivamente neste Mundial foi o Chile. Eram três atacantes e marcação sob pressão. As demais equipes todos jogavam atrás, fechadinhos, buscando o contra-ataque. Todo o treinador começa organizando a parte defensiva para depois pensar na parte ofensiva. Ficar me vangloriando que fiz cursos não serve de nada. O que serve é colocar as ideias em prática. O bom treinador tem que tirar o melhor de cada jogador para o coletivo. Não adianta saber muito e não conseguir transmitir para cada um o seu melhor.

Dunga Brasil apresentação (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Ao final da coletiva, Gilmar Rinaldi, 
José Maria Marin, Dunga, Marco Polo 
del Nero e Alexandre Gallo posaram 
juntos para a foto (Foto: André Durão 
/ Globoesporte.com)