domingo, 15 de junho de 2014

Roger Federer bate colombiano e é heptacampeão na grama de Halle

Suíço vence Alejandro Falla e fatura pela sétima vez o ATP de Halle, na Alemanha, mas, em parceria com Chiudinelli, perde final de duplas para Begemann e Knowle


Por Halle, Alemanha

 Roger Federer, campeão do ATP de Halle tenis (Foto: AFP) Roger Federer é campeão em Halle
(Foto: AFP)

Bottmingen, na Suíça, é o local de residência de Roger Federer. Porém, a centenas de quilômetros dali, a cidade de Halle, na Alemanha, poderia muito bem ser a casa do suíço. Neste domingo, ele conquistou pela sétima vez o ATP de Halle, ao vencer o colombiano Alejandro Falla por 2 sets a 0, parciais de 7/6(7-2) e 7/6(7-3).

A experiência em decisões pesou muito na final na grama alemã. Roger Federer disputava sua 117ª decisão em torneios da ATP enquanto Falla, número 64 do ranking mundial, estava apenas pela segunda vez na disputa de um título. O suíço foi muito mais tranquilo nos dois tie breaks enquanto Falla cometeu alguns erros em momentos decisivos. É o 79º título da carreira de Federer.

O primeiro set poderia ter sido mais fácil para o suíço. Após um jogo igual até o oitavo game, Federer quebrou o saque do colombiano, abriu 5 a 4 e sacou para fechar o set. Mas, Falla devolveu a quebra e empatou a parcial. O jogo foi para o tie break e prevaleceu a experiência de Federer, que venceu por 7-2.

O tenista com maior número de semanas na liderança do ranking mundial começou com tudo e venceu o primeiro game do segundo set, no saque de Falla. O colombiano, porém, devolveu a quebra logo em seguida, após um longo game e empatou a parcial. Os dois confirmaram seus serviços até o início do segundo tie break da partida. Federer não deu chances para Falla, abriu 3 a 0 logo no início e garantiu a vitória com 7-3.

O cabeça de chave número 1 da competição era Rafael Nadal, espanhol que lidera o ranking mundial. Na grama alemã, porém, o "touro" não obteve muito sucesso e acabou eliminado na primeira rodada por Dustin Brown, abrindo o caminho para o título de Federer.

 Roger Federer, campeão do ATP de Halle tenis (Foto: AFP) 
Roger Federer volta os olhos para 
Wimbledon, em que tentará o octa 
(Foto: AFP)

Nesta semana, Federer fez “jornada dobrada” em Halle. Além do torneio de simples, ele disputou a chave de duplas, chegando à final em ambas. Mas nem tudo foi perfeito para o suíço. Em parceria com o compatriota Marco Chiudinelli, Federer teve quatro match points, mas não conseguiu fechar a partida, perdendo a taça para Andre Begemann e Julian Knowle por 2 sets a 1 (1-6, 7-5, 12-10).

O próximo passo de Federer é o Grand Slam de Wimbledon, no qual busca seu oitavo título e apagar a má campanha do ano passado, quando foi eliminado na segunda rodada. 


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/06/roger-federer-bate-colombiano-e-e-heptacampeao-na-grama-de-halle.html

Sorte no jogo e no amor: Dimitrov é campeão sob os olhares de Sharapova

Com a namorada Maria Sharapova na arquibancada, búlgaro Grigor Dimitrov derrota espanhol Feliciano Lopez e vence ATP 250 de Queen´s, em Londres


Por GloboEsporte.com

Muitos homens acreditam que o búlgaro Grigor Dimitrov é a pessoa mais sortuda do mundo por ter Maria Sharapova ao lado. E a sorte que acompanha o tenista no amor, acompanhou também nas quadras de Londres neste domingo, na final do ATP 250 de Queen´s, contra o espanhol Feliciano Lopez. Após mais de 2h30 de jogo, o búlgaro venceu por 2 sets a 1, parciais de 6-7 (10-8), 7-6 (7-1) e 7-6 (8-6) e chegou ao quarto título da carreira.

Grigor Dimitrov (Foto: Getty Images)
Grigor Dimitrov precisou de mais de 
2h30 para vencer Lopez e conquistar 
o título (Foto: Getty Images)

Cada tenista sacou 18 vezes na partida e foi quebrado apenas uma vez, ambos no terceiro set. Nas duas primeiras parciais, Lopez e Dimitrov venceram todos os games em seu saque.
O primeiro set foi marcado pelo equilíbrio. Os dois tenistas sacavam bem e não davam chances de quebra. No tie-break, o espanhol conseguia abrir 5-2, mas o adversário não se rendia. Com um erro não forçado, veio o empate (5-5). Dimitrov salvava três set points. Lopez não daria mais uma chance: venceu o tie break por 10-8 e abriu um set a zero.

Maria Sharapova na arquibancada (Foto: Getty Images)Maria Sharapova passou frio na arquibancada(Foto: Getty Images)

A segunda parcial foi pelo mesmo caminho, mas com final diferente. Nenhuma quebra de serviço e mais um tie break na grama londrina. Desta vez, no desempate, o búlgaro não deu chances ao espanhol, 7-1.

No terceiro set, Dimitrov quebrou o saque do espanhol, que logo deixou tudo igual na parcial. Os dois tenistas seguiram confirmando seus serviços até chegarem à disputa de mais um tie break. Melhor para Dimitrov, que venceu a partida e deixou a arquibancada mais bonita, com o sorriso de Maria Sharapova.

Dimitrov havia eliminado na semifinal o suíço Stanislas Wawrinka, que era o principal favorito ao título do torneio disputado na grama. A conquista do búlgaro mostra sua versatilidade, já que esse ano foi campeão no saibro de Bucareste, na Romênia, e na quadra dura de Acapulco, no México.  


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2014/06/sorte-no-jogo-e-no-amor-dimitrov-e-campeao-sob-os-olhares-de-sharapova.html

Talita e Taiana ficam com a medalha de prata no Grand Slam de Moscou

Americanas April Ross e Kerri Walsh vencem dupla brasileira por 2 sets a 1


Por Moscou


Talita e Taiana entraram em quadra motivadas pela vitória de virada sobre as espanholas Liliana Fernández e Elsa Baqueriz, na semifinal. Mas não tiveram a mesma sorte na decisão. Neste domingo, no Grand Slam de Moscou, as brasileiras ficaram com a medalha de prata. Apesar de terem reagido no segundo set, as atuais campeãs do Circuito Mundial acabaram derrotadas pelas americanas April Ross e Kerri Walsh por 2 a 1 (21/17, 22/24, 15/13). O bronze foi conquistado pelas holandesas Meppelink e Van Iersel.

vôlei de praia talita e Taiana Grand Slam de Moscou (Foto: FIVB)
Walsh levou a melhor na final do Grand 
Slam russo (Foto: FIVB)

Foi o segundo troféu das medalhistas olímpicas Ross e Walsh, que já haviam conquistado o Open de Fuzhou, na China, na primeira etapa do Circuito. Além de um prêmio de mais de R$ 127 mil, elas também somam 800 pontos na briga pelo título da temporada. As brasileiras recebem 720 pontos no ranking e uma premiação de cerca de R$ 95 mil.


O jogo
A partida começou equilibrada, com as parcerias alternando a liderança do placar. Até que as americanas encaixaram uma boa sequência de saques e chegaram a abrir 10/5. Talita/Taiana melhorou o passe e encostou (18/17), mas Ross e Walsh mantiveram a vantagem e fecharam o set em 21/17.

A segunda parcial começou com erros dos dois lados. A disputa ficou equilibrada até o 16º ponto das dupla dos EUA, que abriu vantagem de três pontos. As brasileiras não se desconcentraram , cresceram no jogo, corrigiram os erros na defesa e viraram (19/18).  Ross e Walsh salvavam set points até que, em um ataque errado de Ross, Talita e Taiana fecharam: 24/22.

O tie-break manteve a tônica dos outros sets, com as duas duplas aproveitando ataques, sem deixar o adversário abrir dois pontos. As americanas aproveitaram um erro de ataque, fizeram outro ponto de bloqueio e abriram dois de vantagem, fechando a partida em 15/13.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2014/06/talita-e-taiana-ficam-com-medalha-de-prata-no-grand-slam-de-moscou.html

Torcedores tietam namoradas de atacantes italianos na Arena Amazônia

Fanny Neguesha e Carolina Marcialis, namoradas de Balotelli e Cassano, respectivamente, mostram simpatia com dupla brasileira durante clássico em Manaus


Por Manaus, AM

Beleza, sorriso e simpatia poderiam descrever a dupla de mulheres presente no confronto entre Itália e Inglaterra, na Arena Amazônia, em Manaus, no sábado. Fanny Neguesha e Carolina Marcialis, noiva de Balotelli e esposa de Cassano, respectivamente, foram bastante assediadas durante o clássico europeu na capital amazonense. E não pouparam elegância e cordialidade. 

Manaus Italia x Inglaterra noiva do balotteli (Foto: Divulgação)
Fanny Neguesha, noiva de Balotelli,
 tira foto com fã italiano 
(Foto: Divulgação)

Sentadas no nível inferior do estádio, as musas foram abordadas por fãs de vários países que estavam localizados próximos a seus assentos. Gustavo França e Danilo Cestaro resolveram aproveitar a proximidade e não se intimidaram nem um pouco ao pedir registros pelo momento. 

Manaus Italia x Inglaterra mulher do cassano (Foto: Divulgação)Esposa de Cassano também mostrou 
simpatia ao atender fãs na Arena 
Amazônia (Foto: Divulgação)

- Estávamos sentados em cadeiras muito próximas. Eu (Danilo Cestaro) sou da Itália, mas moro no Brasil desde os dois anos e falo um pouco o idioma, então fui pedir uma foto com elas - contou o rapaz.

Além das beldades, outro casal foi reconhecido pelos dois amigos: Fabio e Lucia Chiellini. Os pais do zagueiro titular da Itália também foram bastantes receptivos quanto à nova idolatria. De acordo com Cestaro, a percepção de que o casal era realmente pai e mãe do zagueiro ocorreu por meio de uma conversa informal.

- Eles (família Chiellini) estavam muito perto de mim também. Começamos a conversar e foi quando eles disseram que eram pais do Chiellini. Não podia deixar essa oportunidade escapar - ilustrou.

Manaus Italia x Inglaterra pais do chiellini (Foto: Gabriel Mansur)
Amigos tiram foto com pais de Chiellini 
(Foto: Divulgação)


* Por Gabriel Mansur, com supervisão de João Paulo Maia.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/am/copa-do-mundo/noticia/2014/06/torcedores-tietam-namoradas-de-atacantes-italianos-na-arena-amazonia.html

Com fratura, fisioterapeuta terá que voltar à Inglaterra para fazer cirurgia

Após exagero na comemoração de Sturridge contra a Itália, Gary Lewin tem problema no tornozelo diagnosticado: "Estou absolutamente desapontado por ter que voltar"


Por Rio de Janeiro

 
O exagero na comemoração do gol de Sturridge deixou sequelas no fisiotera inglês, Gary Lewin. Ele, que torceu o tornozelo ao celebrar o tento de empate da Inglaterra contra a Itália, em Manaus, terá que retornar ao seu país para realizar uma cirurgia. Neste domingo, foi constatada uma fratura e um deslocamento de seu tornozelo. Ele foi tratado pelo médico do English Team, Ian Beasley, mas não foi o suficiente. De cadeira de rodas, Gary deixou no fim da tarde deste domingo o hotel onde a seleção inglesa está hospedada no Rio de Janeiro, na Zona Sul da cidade.

- Eu estou absolutamente desapontado por ter que voltar para casa. Todo o trabalho duro, planejamento e preparação foi feito para esse torneio. A Inglaterra tem uma grande equipe de suporte que continuará dando um excelente suporte aos jogadores e a comissão técnica. Eu queria agradecer aos meus colegas e os médicos da Fifa na Arena da Amazônia pelo excelente tratamento. E, claro, desejo à Inglaterra o melhor para o resto do torneio - declarou o fisioterapeuta, ao site oficial da FA, a Associação de Futebol da Ingalterra.


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O time inglês conta com outro fisioterapeuta na delegação, Steve Kemp. Ele permaneerá com a equipe no Brasil e ocupará as funções deixadas pelo colega. Após a derrota para a Itália por 2 a 1, o técnico inglês, Roy Hodgson, comentou o episódio e revelou a preocupação com o colega.

- Foi um momento muito triste para a gente. Ele torceu o tornozelo depois de pular. Foi levado para o hospital. Acho que o médico conseguiu consertar.
Acho que acabou a Copa para o Gary. É muito triste para ele e para o time. Temos outro fisioterapeuta conosco, o Steve, que vai assumir no lugar dele.

Quem também se solidarizou com o companheiro foi o capitão do time, Steven Gerrard. O volante postou uma mensagem de apoio ao fisioterapeuta em seu perfil oficial no instagram.

- Todos os nossos pensamentos estão com nosso fisioterapeuta Gary Lewin depois do acidente no jogo da noite passada. Queria desejar a ele uma rápida recuperação - declarou o camisa 4.

A Inglaterra fez um leve trabalho na academia neste domingo, já no Rio de Janeiro. O próximo adversário inglês é o Uruguai, nesta quinta-feira, às 19h, em São Paulo.

Gary Lewin Inglaterra x Italia (Foto: Getty Images)
Gary Lewin, fisioterapeuta inglês, terá 
que retornar ao seu país para fazer 
cirurgia (Foto: Getty Images)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/inglaterra/noticia/2014/06/com-fratura-fisioterapeuta-tera-que-voltar-inglaterra-para-fazer-cirurgia.html

Quebra de protocolo: hinos de França e Honduras não tocam no Beira-Rio

Jogadores perfilam, mas trilhas nacionais não soam em Porto Alegre


Por Porto Alegre

Nem o famoso hino da Marselhesa, nem a trilha hondurenha. A estreia de França e Honduras foi marcada por uma quebra no protocolo neste domingo, no estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. As duas equipes perfilaram, mas os hinos não soaram (veja o vídeo). Os jogadores se cumprimentaram depois do ocorrido e deram início à partida sem mais problemas. A informação preliminar da Fifa dá conta de que houve uma queda no sistema de som do estádio.

- A FIFA e o Comitê Organizador Local (COL) lamentam que o sistema de áudio para os hinos nacionais das seleções não tenha funcionado corretamente antes do jogo entre França e Honduras. Estamos avaliando a causa do ocorrido - diz comunicado da entidade.

time da França posado perfilado jogo Honduras (Foto: EFE)
Franceses perfilam, mas hino da 
Marselhesa não toca no Beira-Rio 
(Foto: EFE)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/06/quebra-de-protocolo-hinos-de-franca-e-honduras-nao-tocam-no-beira-rio.html

Carisma alemão x raízes portuguesas: seleções disputam carinho de baianos

Países devem protagonizar um racha nas arquibancadas da Fonte Nova nesta segunda-feira. Melhor do Mundo, Cristiano Ronaldo agradece o apoio dos brasileiros


Por Salvador

Schweinsteiger em passeio no treino da Alemanha (Foto: AP)Schweinsteiger sorri ao lado de índios da tribo Pataxó: carisma alemão no Brasil (Foto: AP)

Conhecido como um povo hospitaleiro, os baianos vivem um dilema antes da estreia de Alemanha e Portugal na Copa do Mundo de 2014. Por quem torcer na partida desta segunda-feira na Arena Fonte Nova? Os alemães parecem ter deixado a personalidade fria na Europa. Desde que chegaram ao Brasil, já receberam a visita de índios da tribo Pataxó em um treino aberto, passearam de veleiro em Santa Cruz Cabrália e visitaram uma escola municipal. Sem falar no vídeo em que o goleiro Neuer e o volante Schweinsteiger aparecem com a camisa do Bahia cantando o hino. Já Portugal tem o melhor jogador do mundo e uma ligação profunda de colonizador com o país.

Até o idioma é o mesmo, fruto da chegada de Pedro Álvares Cabral em 1500. Passados mais de 500 anos do descobrimento, outro português famoso tenta se dar bem no Brasil. Ídolo do Real Madrid, Cristiano Ronaldo arrasta uma legião de fãs por onde passa. Muitos deles estarão na Fonte Nova para apoiar Portugal. O capitão lusitano fez questão de agradecer o carinho, mas mostrou curiosidade para saber quem terá mais torcida nesta segunda.

- Em termos de torcida, o povo brasileiro tem apoiado não só a mim, mas toda a seleção. Tem sido espetacular, e espero que seja assim em toda a Copa do Mundo. Começa amanhã (segunda-feira) para nós, e que sintamos um carinho especial dentro do estádio. Não sei quem vendeu mais ingressos, tenho curiosidade de saber, mas quero dizer muito obrigado aos brasileiros por apoiar a seleção onde estamos e aqui também. Que isso aconteça no jogo para darmos alegria ao povo - frisou.

No lado alemão, até a cor da camisa ajuda. O segundo uniforme da seleção para a Copa foi inspirado na camisa do Flamengo. As cores são as mesmas ainda do Vitória, um dos mais importantes clubes de Salvador. Mas o apoio extra que os tricampeões esperam deve mesmo vir dos torcedores do Bahia. Tudo graças a um vídeo gravado para o zagueiro Dante.

- Quem eles (torcedores brasileiros) vão apoiar eu não sei. Portugal e Brasil tem fortes ligações. Mas posso dizer que tentamos conquistar o carinho das pessoas na Bahia. Por isso fizemos aquele vídeo para o Dante. Espero que ele tenha gostado - disse o goleiro Manuel Neuer, que joga com o brasileiro no Bayern de Munique.

cristiano ronaldo em campinas (Foto: Reprodução / Facebook)
Cristiano Ronaldo atrai legião de fãs por 
onde passa com a seleção de Portugal 
(Foto: Reprodução / Facebook)

Já o técnico Joachim Löw foi surpreendido com o possível apoio dos torcedores do Bahia depois de dizer que "Portugal pensa que está em uma segunda casa"

- Se vocês (jornalistas) estão dizendo, então é muito melhor. Não sabia disso. É uma informação que vamos levar para os jogadores. Mas vamos esperar para ver. Deixando a brincadeira de lado vamos ver realmente a equipe que eles estarão torcendo. Mas se for assim será uma grande alegria e honra - avisou.


Alemanha e Portugal se enfrentam nesta segunda-feira, às 13h (de Brasília), na Arena Fonte Nova, em Salvador, em confronto que vai marcar a abertura do Grupo G da Copa do Mundo.


F9NTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-do-mundo/noticia/2014/06/carisma-alemao-x-raizes-portuguesas-selecoes-disputam-carinho-de-baianos.html

Torcedores do Japão dão show de educação e limpam estádio após jogo

Japoneses juntaram e ensacaram o lixo produzido durante a festa nas arquibancadas


Por Recife

A derrota para a Costa do Marfim, por 2 a 1, na estreia da Copa do Mundo, neste último sábado, não deixou os torcedores japoneses contentes. Apesar disso, a torcida nipônica deu um show de educação e civilidade após o apito final na Arena Pernambuco, no Recife: alguns ajudaram a coletar e ensacar o lixo produzido por eles durante a festa nas arquibancadas.

Torcida do Japão limpando Arena Pernambuco  (Foto: Reprodução / Facebook)
Torcida do Japão limpa a Arena 
Pernambuco (Foto: 
Reprodução / Facebook)

Torcida do Japão limpando Arena Pernambuco  (Foto: Reprodução / Facebook)
Torcida do Japão limpa a Arena 
Pernambuco (Foto: 
]Reprodução / Facebook)

Torcida do Japão limpando Arena Pernambuco  (Foto: Reprodução / Facebook)
Torcida do Japão limpa a Arena 
Pernambuco (Foto: 
Reprodução / Facebook)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/japao/noticia/2014/06/torcedores-do-japao-dao-show-de-educacao-e-limpam-estadio-apos-jogo.html

Stoichkov diz que hexa do Brasil está na mão da Fifa: "Depende de Blatter"

No Brasil para comentar a Copa, ex-jogador da Bulgária, conhecido pelo estilo polêmico, critica presidente da entidade por aplaudir a Seleção


Por Rio de Janeiro


Maior jogador do futebol búlgaro e uma das estrelas do "dream team" do Barcelona ao lado de Romário, no início da década de 90, Hristo Stoichkov também entrou para a galeria dos jogadores mais polêmicos do mundo. Aos 48 anos, o ex-atacante mostra que mantém o estilo fora de campo. No Brasil, atuando como comentarista da TV Univision, dos Estados Unidos, Stoichkov afirmou que as chances da seleção brasileira conquistar o hexacampeonato passam pela vontade da Fifa. Além de sugerir interferência da entidade, ele criticou o presidente Joseph Blatter por vibrar com os gols da Seleção na estreia contra a Croácia.

- Depende de Blatter, depende muito de Blatter. Não é correto um presidente festejar gols do Brasil. É algo muito patético, não deveria ser assim. Como na primeira partida, no pênalti a favor do Brasil. São coisas que passam na Fifa e sabemos como são. O Brasil não precisa disso, não necessita de ajuda para chegar à final - afirmou.

Hristo Stoichkov, ex-jogador da Bulgária e BarcelonaRE (Foto: Paola Loewe/SporTV)
Hristo Stoichkov foi um dos artilheiros 
da Copa de 1994, ao lado de Salenko 
(Foto: Paola Loewe/SporTV)

As insinuações do búlgaro não são de hoje. Estrela da seleção da Bulgária na campanha histórica de 1994, ano em que chegou à semifinal e o Brasil comemorou o tetracampeonato, Stoichkov reclamou de interferência da arbitragem na semifinal, vencida pela Itália por 2 a 1. As críticas à Fifa são estendidas ao ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira.

- A Copa de 94 é a melhor que a Bulgária já jogou. É uma lástima que um desgraçado, o árbitro francês Joel Quiniou, a pessoa mais odiada do meu país, não me deixou jogar a final contra o Brasil. Mas isso é parte da Fifa, sabendo como ela conduz toda disputa para cada equipe chegar no Mundial. Brasil e Itália não jogavam uma final há 24 anos. Então, para Havelange, Teixeira e Blatter, todos esses bandidos, tinha que ser assim - disparou.

Naquele ano, a Seleção conquistou o título ao vencer a Itália nos pênaltis. A Bulgária terminou em quarto lugar, após perder por 4 a 0 para a Suíça na disputa pelo terceiro lugar.

Bolão Campeão: dê palpites sobre os jogos da Copa e concorra a TVs

Stoichkov e Begiristain barcelona  (Foto: Agência Getty Images)
Stoichkov, pelo Barcelona, com Begiristain: 
títulos espanhois e da Champions 
(Foto: Agência Getty Images)


FONTE:

Messi responde gritos de Neymar com golaço, e Argentina bate Bósnia

Craque tinha atuação modesta até ser provocado e responde jogada ao seu estilo. Brasileiros adotam Bósnia e avisam: "A sua hora vai chegar"


 A CRÔNICA

por Cahê Mota

Brasileiros, o recado está dado: não provoquem o garoto. Não provoquem Lionel Messi. A estreia na Copa do Mundo caminhava para ser modesta. Depois de um sono profundo no primeiro tempo, o craque despertava lentamente, até que veio o deboche. Na arquibancada, surgiu o grito de Neymar. Em campo, surgiu o gol. Um gol bem ao esitlo Messi, e que garantiu o protagonismo, a festa e os três pontos para Argentina contra a Bósnia: 2 a 1, diante de um Maracanã que pulsava ao som da rivalidade entre brasileiros e argentinos, e fará aniversário de 64 anos marcado pela arte de mais um gênio que debutava em seu gramado sagrado.

E que marca. Messi tinha atuação longe de seu padrão de qualidade. Com a Argentina recuada, pouco apareceu na etapa inicial, mas crescia aos poucos. Sabella desfez a escalação defensiva e mandou para campo Higuaín, formando o badalado quadrado mágico. O Argentina passava a ter cara de Argentina, mas faltava Messi ter cara de Messi. Após cobrança de falta ruim, os brasileiros provocaram: "Ole, ole, ole, ola, Neymar, Neymar!". De forma instantânea o craque recebeu na intermediária, estufou o peito, tabelou com Pipita, fez dois bósnios trombarem e chutou com precisão. Gol. Golaço! E aquela mesma canção do início da jogada passou a ter outro reverenciado. Kolasinac, contra, logo no início do jogo, e Ibisevic, completaram o placar. O que todos vão falar da estreia de Argentina e Bósnia, porém, é do gol de Messi.

Com o resultado, os hermanos, que ouviram do público brasileiro que "sua hora vai chegar", largam na frente no Grupo F, e voltam a jogar no próximo sábado, contra o Irã, em Belo Horizonte. Antes disso, porém, os iranianos estreiam nesta segunda, diante da Nigéria, na Arena da Baixada, em Curitiba. Já nigerianos e bósnios medem forças também no sábado, na Arena Pantanal, em Cuiabá.

Pressionada pela torcida, Argentina é salva por uma canelada
Apatia, impotência e, acima de tudo, sorte. A Argentina que entrou em campo no Maracanã não tinha criatividade, não tinha Messi inspirado, não tinha nem o apoio da arquibancada que se esperava. Menos mal que a reza e as bençãos do Papa Francisco devem ter contribuído para que encontrassem a canela de Kolasinac pelo caminho. E rápido. Pressionados pelas vaias do público brasileiro desde o primeiro toque na bola, os hermanos foram presenteados pelo gol contra bósnio logo no terceiro minuto. Após cobrança de falta de Messi pela esquerda, Rojo desviou de cabeça sem direção, a bola tocou no atrapalhado zagueiro adversário e entrou mansa no gol de Begosiv. E o que os argentinos têm de bom para contar sobre o primeiro tempo para por aí.

O esquema precavido, com uma linha de cinco defensores no fundo, até fazia com que o time de Sabella tivesse a posse de bola, mas isso não quis dizer nada. A maior parte dos 55% do tempo em que a tiveram em seus pés foi no campo defensivo, sem espaços para penetrar numa bem postada defesa bósnia. Era como se o treinador confiasse na genialidade do trio formado por Messi, Di María e Agüero. Mas nada acontecia. O craque do Barcelona parecia sem confiança e abusava dos toques para trás. Sempre com marcação dobrada, não criou nada além da cobrança de falta para o gol e recuava na linha de meio-campo em busca de espaços que a Bósnia não permitia que ele achasse. Agüero e Di María também sofriam com a força física dos rivais, e a melhor opção eram os avanços de Zabaleta pela direita.

Se para muitos o sistema com três zagueiros e dois laterais sem muita aptidão ofensiva minava o poder da Argentina, curiosamente foi exatamente através de Rojo que chegou ao gol e com Zabaleta causou os maiores problemas para o adversário. Já os bósnios, de maneira surpreendente, não perdiam a calma. Com a maioria do Maracanã a seu favor, trocavam passes pacientemente diante de uma Argentina quase toda atrás da linha da bola - menos Messi e Agüero. O público carioca já aos 15 minutos começou a gritar "olé", e Pjanic organizava as ações ofensivas. Como esperado, as melhores chances surgiram no jogo aéreo. Ao término da etapa inicial, as estatísticas comprovavam que a Bósnia usou melhor o tempo em que teve a bola aos seus pés: seis finalizações contra quatro.

A inoperância argentina e a paciência da Bósnia em alguns momentos tornavam o jogo monótono. A torcida, porém, nunca deixou que ficasse chato. Tradicionalmente barulhentos, os hermanos tentavam tomar conta do Maracanã com seus gritos tradicionais, mas a todo instante eram abafados pelos brasileiros a favor dos bósnios. Virou um Brasil x Argentina na arquibancada. Os alvicelestes puxaram cantos provocativos, como o que diz que Maradona foi maior que Pelé. Os brasileiros rebatiam com bom humor e chegaram a cantar em alto e bom som o "Domingo, eu vou ao Maracanã...", com um poderoso grito de Bósnia no final.

Em campo, o panorama pouco mudava: a Argentina esbarrou na má atuação de suas estrelas, e a Bósnia trocou passes e tentou cruzamentos. Diante do panorama, os volantes tentaram levar o time de Sabella ao ataque. Maxi Rodriguez e Mascherano arriscaram de fora da área, e o ex-jogador do Corinthians até levou perigo. Mas a melhor chance foi dos bósnios, com Lulic, que obrigou Romero fazer boa defesa em cabeçada. Sentindo-se em casa, o debutante em Mundiais sufocava a favorita Argentina.

Quadrado mágico muda o jogo, e Messi cala brasileiros com golaço
Na volta para o segundo tempo, todo panorama do jogo mudou. Em campo, a Argentina era outra. Era a verdadeira Argentina. Aquela que venceu com facilidade as eliminatórias sul-americanas para Copa do Mundo. Aquela do tão badalado quadrado mágico. Higuaín entrou em campo e se juntou a Agüero, Di María e Messi. Ficou mais fácil para todo mundo. Quer dizer, menos para Bósnia. A equipe até tentou manter a pressão nos minutos iniciais, se mandou para o ataque, passou a arriscar mais de fora da área. Mas o rival que tinha pela frente em nada lembrava o do primeiro tempo.

Com Pipita e Kun a sua frente para servir e Di María mais participativo, Messi entrou no jogo. Armava pelo meio, tentava tabelas, e acionou Agüero duas vezes em sequência dentro da área. Atrás no placar, a Bósnia naturalmente também se expunha mais e dava mais espaços na defesa. Era tudo que os quatro homens de frente da Argentina queriam. O Messi que voltava no meio-campo para receber a bola passou a ter o auxílio de Fernando Gago, que entrou na vaga de Maxi Rodriguez. Os dois tabelavam curto, e o capitão argentino partia em disparada, como tanto fez com a camisa do Barcelona.

A primeira finalização aconteceu aos 18 minutos, em cobrança de falta. E poucas vezes um chute ruim para fora foi tão determinante. A reação da torcida brasileira foi rápida, começou a gritar o nome de Neymar. Messi, por sua vez, foi mais rápido ainda. Alguns torcedores ainda tentavam entender o canto para fazê-lo ganhar força quando o camisa 10 recebeu na intermediária e arrancou. Higuaín, como um legítimo pivô, fez o chamado um-dois, e devolveu para seu capitão. Messi puxou para canhota, fez dois adversários se chocarem e chutou chapado, no cantinho. Bola na trave, no fundo da rede e vibração efusiva. Começava ali a Copa para o craque quatro vezes melhor do mundo.

A partir daquele momento, o Maracanã passou a ser azul e branco. A mesma canção que provocava, passou a ser de reverência. Saiu Neymar, entrou Messi. Calaram-se os brasileiros. Empolgaram-se os argentinos. Se curvando na arquibancada com os braços para o alto, os hermanos gritavam: 
"Meeeeeeessi! Meeeeeeeessi". O time incendiou a torcida, e a torcida incendiou o time. Como se cambaleasse, a Bósnia se perdeu em campo e sofria com a velocidade dos contragolpes da Argentina. Messi, Agüero, Di María e Higuaín se buscavam, aceleravam o jogo, simplificavam com toques rápidos até a área. Kun chutou para fora boa chance, a zaga rival afastou dois bons cruzamentos, mas estava evidente: com seus quatro homens de frente juntos, os argentinos são muito fortes.

Aos 39, Ibisevic recebeu na área e tocou na saída de Romero. O goleiro ainda resvalou na bola, que entrou lentamente. Os brasileiros se agitaram novamente no Maracanã, mas a Bósnia já não tinha mais forças para buscar o empate. Agüero deu lugar a Biglia, foi vaiado, e fez o tempo andar. Com dois tempos completamente distintos, a Argentina venceu e, pelo que fez nos 45 minutos finais, convenceu. Aos cariocas, resta esperar uma possível final. O desejo já foi manifestado com gritos de "Argentina, pode esperar, a sua hora vai chegar". Aí, será para valer. Aí, Messi terá com Neymar uma disputa em campo.




FONTE:

Sem hino e com tecnologia: França vence Honduras em dia de Benzema

Problema no som e primeiro lance influenciado por câmeras marcam jogo no Beira-Rio. Atacante francês se destaca com dois gols na vitória por 3 a 0


 A CRÔNICA

por Jorge Natan

A tarde de domingo no Beira-Rio esteve bem longe de ser comum. O primeiro jogo da Copa do Mundo em Porto Alegre reservou mais do que gols, festa de torcidas e elementos costumeiros em outras partidas do Mundial. A França venceu Honduras por 3 a 0, com um show de Karim Benzema, que fez dois gols e foi o autor da finalização de um outro, atribuído a Valladares, contra. 
Mas o duelo ficará marcado mesmo é pela influência da tecnologia da linha do gol em um lance decisivo pela primeira vez, assim como a ausência dos hinos nacionais das duas seleções antes do começo da partida. Houve falha no sistema de som.


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O resultado deixa o time de Didier Deschamps na liderança do Grupo E da Copa do Mundo, com três pontos (três gols de saldo). A Suíça vem em segundo, após a vitória por 2 a 1 sobre o Equador, neste domingo. Na próxima rodada, os franceses pegam os suíços na sexta-feira, na Arena Fonte Nova, em Salvador. Os hondurenhos pegam os equatorianos no mesmo dia, na Arena da Baixada, em Curitiba.

Benzema gol França x Honduras (Foto: Getty Images)
Benzema vibra ao lado de companheiros: 
camisa 10 é destaque na vitória francesa
(Foto: Getty Images)

Da ausência dos hinos ao grito de gol
Uma falha no sistema de som do Estádio Beira-Rio fez com que os dois hinos nacionais não fossem executados, como manda o protocolo estabelecido pela Fifa. A torcida compensou com gritos intensos nas arquibancadas e a famosa "ola" pouco antes de a bola rolar. Em campo, Honduras teve a primeira chegada ao ataque, arrancando suspiros dos fãs - que não hesitaram em vaiar assim que os franceses tomaram a posse de bola. Em cinco minutos, até mesmo gritos de "olé" surgiram para apoiar os hondurenhos.

Passada a empolgação inicial dos latino-americanos, os franceses se soltaram. Três cobranças de falta de Valbuena pela direita causaram alvoroço na zaga adversária: uma delas foi completada com um chute de Matuidi, que explodiu no travessão após defesa de Valladares, aos 14. Na lateral do campo, os técnicos mostravam seus estilos: Didier Deschamps assistia a tudo do banco de reservas, de onde se levantava raras vezes. À sua direita, Luis Suarez passava o tempo todo junto à beira da área técnica, como se desejasse chegar mais perto de seus comandados.

O travessão mostrou que queria o papel de protagonista quando Evra apareceu pela esquerda e cruzou para Griezmann cabecear na moldura, aos 22. Quando Pogba atingiu Wilson Palacios - após pisão do adversário - os jogadores hondurenhos deixaram o banco de reservas e clamaram pela expulsão do francês. Os torcedores nas arquibancadas, se pudessem, teriam feito o mesmo, mas apenas vaiaram a pequena confusão que se formou e rendeu cartões amarelos para os dois.

Honduras reclamação gol França (Foto: AFP)
Hondurenhos apontam para o telão: 
análise do lance de gol em duas 
fases gerou dúvida (Foto: AFP)

Quando o jogo esfriou, a torcida tratou de aquecê-lo com mais uma sequência de "olas". Os times responderam e campo e lançaram-se ao ataque, com a França tendo novamente as melhores chances. Valbuena chegou a estar livre na área, 40, mas preferiu o cruzamento ao chute e foi travado. Logo depois, veio o lance que mudou a história do jogo. Wilson Palacios chegou com o ombro nas costas de Pogba na área, cometeu pênalti e recebeu o segundo cartão amarelo. Benzema cobrou firme no canto direito de Valladares e abriu o placar. A torcida francesa completou com o que faltou no começo do jogo: o hino nacional, a famosa Marselhesa, cantado à capela.

Tecnologia entra em campo pela primeira vez
Os primeiros minutos da etapa final certamente entrarão para a história do futebol. Aos 2, Benzema completou cruzamento chutando na trave, e a bola seguiu paralelamente ao gol. O arqueiro Noel Valladares se esticou e alegou ter evitado que ela ultrapasse a linha final completamente. O árbitro brasileiro Sandro Meira Ricci deu o gol para os franceses - e aí que a história foi feita. O replay do lance apareceu nos telões do Beira-Rio e causou reações inéditas tanto em campo quanto nas arquibancadas.

A torcida vibrou quando a expressão "no goal" apareceu - o lance foi avaliado em dois momentos, o primeiro quando a bola bateu na trave. Os jogadores hondurenhos se desesperaram diante do juiz. A imagem seguiu até mostrar que, após a bola bater no goleiro, ela cruzou a linha do gol. A expressão "goal", então, esfriou os latino-americanos e fez Benzema comemorar sem peso na consciência - apesar de o gol ter sido atribuído a Noel Valladares, contra. 

Depois das emoções diferentes vividas por atletas e torcedores, o duelo ficou morno. A França passou a atacar sem afobação, deixando claro que pouparia fôlego para a maratona no restante do Mundial. Os hondurenhos, com um jogador a menos e dois gols atrás no placar, tinham mais vontade do que técnica. Matuidi animou a torcida com um chute que balançou a rede pelo lado de fora, aos 19 minutos e iniciou uma sequência ofensiva dos Bleus.

Enquanto os torcedores alternavam momentos de silêncio e euforia, Benzema mostrou por que carrega a camisa 10 francesa. O atacante do Real Madrid voltou a ser decisivo depois de pegar sobra de bola na área, após chute forte de Matuidi, e encher o pé para marcar o terceiro gol francês, aos 26. 

Animada, a França ainda buscou o quarto gol apostando nos cruzamentos pelo alto. Ele não veio, o que não fez a menor diferença para os franceses nas arquibancadas. "Qui ne saute pas n'est pas français!" (Quem não pula não é francês!), gritavam eles. Depois de uma tarde tão intensa, quem seria capaz de não pular?




FONTE:

Arredores do Maracanã têm menino dividido e provocações argentinas

Pequeno Felipe Alejandro exibe camisa metade amarelinha e metade "albiceleste". Torcedores citam lance polêmico da estreia do Brasil e exibem faixa: "Não foi pênalti"

Por Rio de Janeiro

A torcida argentina chegou cedo ao Maracanã neste domingo. A partida contra a Bósnia só começa às 19h (de Brasília), mas centenas de "hermanos" se aglomeravam ao redor do estádio desde manhã. Os portões foram abertos pouco depois de 16h. Entre a multidão, um menino chamava a atenção: a camisa metade amarelinha, metade "albiceleste".

- Sou brasileiro, mas também sou argentino. Meu pai é argentino. Aí juntei as duas numa só – disse o pequeno Felipe Alejandro, exibindo um nome para lá de esquisito na parte de trás da camisa: "Mear Jr", uma mistura de Messi com Neymar.



menina felipe camisa brasil e Argentina maracanã (Foto: Thiago Dias)
Filho de brasileira e argentino, Felipe 
exibe camisa "meio a meio" das duas 
seleções (Foto: Thiago Dias)

menina felipe camisa brasil e Argentina maracanã (Foto: Thiago Dias)
Felipe mostra o nome “Mear Jr”, mistura 
de Messi com Neymar Jr 
(Foto: Thiago Dias)

O uniforme de Felipe é exclusivo, pois foi o próprio quem comprou as camisas e fez a junção, cortando as duas ao meio. Mas o menino deve ser o único dividido no estádio. Os argentinos cantavam, dançavam e praticavam seu esporte preferido: provocar os brasileiros.


Um grupo exibia a seguinte faixa em uma das muretas ao redor do Maracanã: "Não foi pênalti", com o desenho de um japonês. A referência era clara ao pênalti marcado por Yuichi Nishimura para o Brasil, contra a Croácia, em lance polêmico envolvendo Fred.



torcida Argentina maracanã (Foto: Thiago Dias)
Torcedores argentinos provocam 
brasileiros com faixa de "Não foi pênalti" 
(Foto: Thiago Dias)

Apesar de a camisa 10 argentina atualmente ser de Lionel Messi, os torcedores demonstram devoção a outro craque: Diego Maradona. Várias bandeiras com o rosto do ídolo foram trazidas, além de músicas que sempre o colocam acima de Pelé.


TORCIDA ARGENTINA MARACANÃ ARGENTINA X BOSNIA (Foto: Thiago Dias)
Encontro de gerações: Messi e Maradona 
são os ídolos de uma nação 
(Foto: Thiago Dias)

Argentinos vibram com "Maradona brasileiro"

Para aumentar a festa da torcida argentina, um sósia de Maradona apareceu e contagiou a turma com sua semelhança. Morador de Bangu, Gil de Oliveira deixou toda modéstia de lado ao se comparar com o ex-jogador.

- Sou sósia faz muito tempo. Sou muito parecido e tenho um futebol parecido, só que eu sou destro. A recepção está sendo maravilhosa. Acho que o importante é trabalhar para unir as pessoas, levar paz e brincar. Se Deus quiser verei Brasil e Argentina na final.



torcedores no maracanã - argentina x bósnia-herzegovina (Foto: André Durão)
Sósia de Diego Maradona, Gil de Oliveira 
faz a festa da torcida argentina no 
Maracanã (Foto: André Durão)

Os torcedores cantam músicas tradicionais da Argentina e também mostram muitos cartazes em alusão a um possível título em terras brasileiras. Um deles tem escrito: "Vocês colocam a Copa e nós colocamos o vinho". Alan Taboas está confiante com o ataque da seleção e espera encontrar o anfitrião na final.

- Temos uma defesa não muito boa, mas o ataque é maravilhoso. Estamos confiantes, pois temos o melhor do mundo e um grupo fácil. Vamos chegar a grande decisão com o Brasil e venceremos de 2 a 1. Vou dar um gol de Neymar para vocês ficarem contentes - brincou ele.



torcedores no maracanã - argentina x bósnia-herzegovina (Foto: André Durão)
Torcida faz a festa nos arredores do 
Maracanã antes de Argentina x Bósnia 
(Foto: André Durão)

Em música, argentinos lembram Copa de 90 e preveem título no Maracanã


Os cânticos parecem infinitos. Um atrás do outro, letra na ponta da língua. A festa já começa no metrô, a caminho do Maracanã (veja o vídeo). Todos sabem todos os gritos. Apaixonados por futebol, os argentinos não perdem uma oportunidade de exaltar suas glórias e provocar o Brasil em nas músicas para sua seleção. Com a Copa do Mundo sediada no maior rival, eles acharam companhia para o tradicional "Maradona é maior que Pelé": agora, é Messi quem dita o ritmo.

Concentrados em um bar na Rua Eurico Rabelo, em frente à entrada da imprensa, os argentinos aproveitam cada câmera ligada para demonstrar sua paixão à "albiceleste". Na letra feita especialmente para a Copa no Brasil, a torcida lembra os carrascos brasileiros da Copa de 1990 e sonham com o título no dia 13 de julho, no Maracanã.

Confira a letra:

Brasil, decime que se siente (Brasil, me diz o que sente)
Tener en casa a tu papá (Ter em casa teu papai)
E juro que aunque pasen los años (E juro que mesmo que passem os anos)
Nunca les vamos a olvidar (Nunca vamos deixar esquecer)
Que el Diego Maradona los gambeteo (Que Diego Maradona os driblou)
El Canni los vacuno (E Cannigia os espetou)
Están llorando desde Italia hasta hoy (Estão chorando desde a Itália até hoje)
A Messi lo vás a ver (Messi, vocês vão ver)
La Copa nos va a traer (A Copa vai nos trazer)
Maradona es más grande que Pelé (Maradona é maior do que Pelé)



torcedores argentinos no maracanã - argentina x bósnia-herzegovina (Foto: André Durão)
Casal de torcedores argentinos faz festa 
nos arredores do Maracanã 
(Foto: André Durão)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/argentina/noticia/2014/06/entre-provocacoes-e-menino-dividido-argentinos-lotam-arredores-do-maracana.html

Suíça vira para cima do Equador com gol de contra-ataque nos acréscimos

Último lance faz calar os equatorianos, maioria em Brasília. Sul-americanos têm a chance da vitória, mas desperdiçam e sofrem gol no contragolpe


 A CRÔNICA


por Diego Rodrigues

Parecia correr debaixo das camisas vermelhas da suíça o sangue vermelho latino. Sua torcida, minoria no Mané Garrincha, era abafada pelos sul-americanos que torciam pelo Equador. Mas a Suíça foi quem teve mais garra até o último minuto. Calou o estádio, e fez isso aos 47 minutos do segundo tempo. Mehmedi havia empatado o jogo após Enner Valencia abrir o placar. 
Coube a Seferovic, outro que saiu do banco de reservas, decretar o triunfo suíço por 2 a 1 num contragolpe fulminante, logo após o Equador ter a chance da vitória. Calou o estádio. Mudou o jogo. O primeiro empate na Copa do Mundo aconteceria neste domingo, em Brasília, mas os europeus foram mais empolgados em campo, e largaram na frente do Grupo E.


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França e Honduras complementam a rodada da chave ainda neste domingo, em Porto Alegre. A Suíça volta para Porto Seguro, na Bahia, para se preparar para o encontro com a França, sexta-feira, às 16h, na Fonte Nova. O Equador embarca rumo a Viamão, no Rio Grande do Sul, e volta a campo também na sexta, às 19h, na Arena da Baixada, em Curitiba, onde pega Honduras.
As arquibancadas avermelhadas sugerem uma predileção à camisa dos suíços. Mas nem mesmo o atraso para a entrada das torcidas por conta de longas filas permitiu que a maioria das cadeiras do Mané Garrincha logo fossem pintadas em amarelo. Um amarelo que lembra e se confunde com o das camisas da seleção brasileira, também espalhadas pelo estádio. O pequeno vermelho ficou concentrado num canto, espremido, quase na bandeira de escanteio, e em um bloco perto da área central. Apesar da variedade de línguas dos suíços, era possível traduzir apenas o espanhol, sílaba por sílaba: “Vamos, equatorianos! 
Essa tarde, nós temos que ganhar.” E insistiam: “Sí, se puede.”

Seferovic suiça x equador (Foto: AFP)
Seferovic é festejado após fazer o gol 
da virada da Suíça (Foto: AFP)

Quem com ferro fere...
Os equatorianos foram acreditando, acreditando. Até Caicedo roubar a bola de Von Bergen com quatro minutos. Os primeiros “óóó”, deram lugar ao “aaah” quando o atacante não deu seguimento à jogada. Bola pela linha de fundo. Mas a Suíça sabe se comportar. É fria. É a número seis do ranking da Fifa. Acalmou os ânimos. Como se cada um tivesse um fone de ouvido para esquecer o que se passava nas arquibancadas, abaixaram a poeira e ficaram com a posse de bola.

O Equador, ou “La Tri”, se encolheu na defesa. Estava no script. O técnico Reinaldo Rueda, um dia antes, avisara: é preciso explorar os contra-ataques. Ele sabe que seus convocados têm pouca experiência em Copas - apenas três dos titulares já disputaram uma - apesar da média de idade ser de 27 anos. 
Deixou Montero encarregado de ser o motorzinho na ligação da defesa para o ataque. Tentou duas vezes. Em vão.

Aí veio a ironia do destino: o treinador equatoriano, que tanto falou sobre atenção à bola parada na defesa, viu Ayovi cobrar falta na cabeça de Enner Valencia, que não é o famoso do Manchester United, abrir o placar. A gélida Suíça deu de ombros. Pressão, bola parada, chutes de fora, defesas do goleiro adversário. Deu 10 chutes contra quatro de “La Tri”, encerrou a etapa inicial com 60% de posse de bola. Mas com um gol sofrido, algo não muito comum, já que, nas duas últimas Copas, sofrera apenas um em sete jogos.

mehmedi gol suiça x equador (Foto: AFP)
Mehmedi cabeceia no meio da defesa do 
Equador: era o gol do empate da Suíça 
(Foto: AFP)

Dedo do técnico
Bastou começar o segundo tempo para a preocupação prévia do técnico Reinaldo Rueda se justificar. A bola parada suíça realmente funciona. No tabuleiro da partida, Ottmar Hitzfeld soube manejar melhor suas peças. Um pouco de sorte, é verdade. Trocou Stocker por Mehmedi. Ganhou um escanteio com dois minutos de jogo. No mesmo canto esquerdo das tribunas de imprensa onde sofrera o gol de Enner Valencia, saiu a cobrança, e gol de quem? Mehmedi, de cabeça. Os pontuais torcedores europeus já estavam em seus devidos lugares para comemorar. Enquanto isso os fãs sul-americanos pareciam ainda em clima de intervalo, voltando lentamente para a arquibancada.

Shaqiri, atleta do Bayern de Munique e principal nome suíço, era o encarregado por pensar o jogo e achar alternativas para a virada. Recebeu algumas faltas. Fruto da vontade de voltar à frente do placar dos adversários. Sem muitas alternativas, os equatorianos acordaram. Enner Valencia mandou bem rente ao travessão. Os números de posse de bola foram se equiparando. Voltava o canto de fé: “Sí, se puede”. O que não “puede” é mandar para a rede em posição irregular. E o gol de Drmic, que daria a virada para a suíça, foi anulado por impedimento duvidoso.

E toma lá, toma cá. Shaqiri desceu em contra-ataque, quase marcou. O goleiro Benaglio sai mal do gol, Enner Valencia por pouco não aproveita. Santo Von Berger, que estava no lugar certo para salvar. Numa falta que desviou na barreira, os equatorianos voltaram a assustar. Mas o desfecho estava guardado para o último lance. O Equador teve a chance da virada com Arroyo. Demorou, tentou o drible, e foi desarmado por Behrami. O suíço não se contentou e foi ao ataque. Levou a falta, caiu, levantou e seguiu no lance. 
Armou o contragolpe mortal que acabou no gol da virada, marcado por Seferovic, após cruzamento de Rodríguez. Festa vermelha em Brasília.



Entorno do Beira-Rio tem alagamento, entulho e vira piada no dia da estreia

Chuva de sábado deixou parte próxima ao estacionamento alagada nas proximidades com a Avenida Edvaldo Pereira Paiva


Por Porto Alegre
Beira-Rio pré-jogo (Foto: Luiza Carneiro/G1)
Entorno do estádio registrou pontos de 
alagamento nas proximidades do 
estacionamento (Foto: Luiza Carneiro/G1)

A poucas horas de abrir as portas para receber seu primeiro jogo da Copa do Mundo, o estádio Beira-Rio ainda dá sinais de obras no seu entorno. Na área do estádio, há pontos de alagamento próximo ao estacionamento devido à chuva que caiu no sábado na capital gaúcha. Às 16h deste domingo, França e Honduras marcam a estreia de Porto Alegre no Mundial.
 
Alagamento no Beira-Rio vira piada nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)Alagamento no Beira-Rio vira piada nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)

Os principais sinais de alagamento aparecem no estacionamento construído ao lado do próprio estádio, de frente para a Avenida Edvaldo Pereira Paiva. Os incidentes viraram, inclusive, piadas nas redes sociais. Na esquina da rua A, que fica entre o estádio e o Parque Marinha do Brasil, alguns entulhos e restos de obras eram encontrados também na esquina com a Edvaldo Pereira Paiva.

França e Honduras se enfretam nesta domingo, às 16h, no Beira-Rio. Será o primeiro jogo de Copa do Mundo em Porto Alegre em 64 anos. Os problemas no entorno do estádio foram uma das principais polêmicas no Rio Grande do Sul antes do Mundia.

Depois de uma longa negociação, Inter e prefeitura de Porto Alegre optaram por uma solução provisória para os entulhos que se acumulavam ao lado do Beira-Rio. A solução encontrada foi patrolar as sobras da obra e só depois da Copa encontrar uma solução definitiva para o problema.



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Com gol, Balotelli dribla relação difícil com os italianos, e Brescia o aplaude

Cidade do camisa 9 para para assistir à estreia da Itália contra a Inglaterra na Copa


Por Brescia, Itália

 
Em todos os cantos da Itália, Mario Balotelli é alvo de críticas dos torcedores que nem sempre apreciam o seu comportamento exuberante e as suas polêmicas fora do campo como as fotos que publica fora de hora no twitter, as Ferraris mal estacionadas no centro de Milão, os acidentes, as brigas em boites, o estranho relacionamento com a filha Pia. Situações que degradaram aos poucos uma relação desde sempre conflituosa entre Balotelli e os italianos. A consequência é que muitos torcedores não veem com bons olhos o simbolismo de Balotelli na Azzurra.

A Copa do Mundo do Brasil é um teste de fogo para o camisa 9 que já venceu a primeira batalha. No final do jogo contra a Inglaterra, que a Itália venceu por 2 a 1 com gol do craque, Mario Balotelli mandou calar os críticos na  Itália. Mas não em Brescia. Ele sabe que ali na sua cidade é amado por todos, protegido e defendido com unhas e dentes pela população que o vê como ídolo e exemplo para todos os garotos.

- Ele faz bem em ser assim, marrento, manda calar os outros, é isso aí. Nós, brescianos, somos assim e depois? - comentou Luca de 19 anos, um vizinho do craque e da família Balotelli.

Balotelli, primeiro jogador negro da história da seleção italiana

Nasceu em Palermo, filho de pais ganeses, que logo se mudaram para a cidade do norte da Itália (Brescia) e, por falta de condições econômicas, entregaram o garoto para adoção. A família Balotelli ficou com o garoto e o levou para viver em Concesio - um bairro da periferia de Brescia. Foi ali, neste bairro, que se resume a duas ou três ruas com e com uma população muito religiosa, que o garoto Mario Balotelli cresceu e aprendeu a jogar futebol no campo do oratório (como os italianos chamam o espaço lúdico ao lado da igreja). 


brescia Balotelli (Foto: Claudia Garcia)
Oratório da igreja de Concesio, bairro 
em que o craque Balotelli viveu e ainda 
frequenta (Foto: Claudia Garcia)

Os pais adotivos ainda moram na mesma casa de sempre, Balo tem o seu quarto na residência simples de Concesio e é ali que ele volta sempre que sente falta do carinho dos pais adotivos, Silvia e Franco. No ano passado, mal aterrissou na Itália, depois de abandonar a Copa das Confederações por lesão, Mario Balotelli foi visitar os pais em Concesio. No dia da sua estreia na Copa do Mundo, a reportagem do GloboEsporte.com procurou conversar com a família Balotelli, mas a resposta foi um redondo não.

- Neste momento, não estamos interessados, não queremos falar. Boa tarde, respondeu a mãe Silvia que é o grande apoio de Balotelli. São assim, os pais e os três irmãos adotivos muito raramente acenam aos jornalistas, dizem os vizinhos que eles culpam os jornalistas de difamarem a imagem do jogador e prejudicarem a sua carreira. E os Balotelli já transmitiram esse síndrome do pavor pela mídia a toda a cidade.


brescia Balotelli (Foto: Claudia Garcia)
Olhos vidrados na televisão para a 
estreia de Balotelli e cia diante da 
Inglaterra, pela Copa 
(Foto: Claudia Garcia)

- Eu não vou falar com vocês por respeito à orientação dos senhores Balotelli. Eles nos pediram para não conversarmos com a imprensa nem contar detalhes da vida dele, porque sempre aparecem aqui jornalistas - comentou Claudia, uma amiga de Balotelli e responsável pelo oratório da Igreja onde o centroavante da azzurra cresceu.

O GloboEsporte.com tentou também contatar os pais biológicos do craque, os Barwuah que viviam ali na zona norte de Brescia, mas segundo a vizinhança teriam se mudado recentemente para Inglaterra. Com este casal ganês, Mario não tem qualquer relação. Não gostou da atitude dos pais biológicos e os culpa de o terem abandonado. Por isso, pediu aos adotivos que retirassem o Barwuah do seu nome e hoje quer ser chamado só de Balotelli. Mas com os irmãos biológicos, Enock, Abigail e Angel, a história é outra e a relação sempre foi ótima. Aliás, Enock e Mario não se desgrudam. O irmão, o segue em Milão e também em Brescia, onde ainda reside e joga futebol em um time pequeno da região. Foi para estes três irmãos, para toda a família Balotelli e para os amigos que Mario dedicou a vitória de ontem diante da Inglaterra.


Balotelli itália gol inglaterra arena amazonia (Foto: Agência Getty Images)
Balotelli comemora o gol e o dedica aos 
amigos e familiares que moram em 
Brescia (Foto: Agência Getty Images)

- Quero dedicar este gol e esta vitória à minha família, aos meus amigos que sei que estão em Brescia, em frente da televisão torcendo por mim - declarou o camisa 9, após o jogo de Manaus à televisão italiana.

E eles estavam. Todos eles. Enock acompanhou o encontro com outros amigos de Mario num bar em Brescia. Os Balotelli, trancados a sete chaves em casa, também viram o jogo e, toda a Brescia, se sentou em frente à televisão à meia-noite em Itália para torcer pelo seu craque. O Globoesporte.com acompanhou o duelo com alguns amigos e conhecidos de infância de Balotelli no oratório da Igreja de Concesio, onde craque deu os primeiros toques na bola e aprendeu a jogar, até assinar pelo profissional do Lumezzane aos 15 anos de idade.

A amiga Claudia organizou uma noite especial para torcer pelo ídolo.

- Decidimos transmitir o jogo aqui ao vivo com esse telão para que todos esses garotos que sonham em ser Balotelli possam ver os jogos de Itália. São todos bem-vindos, disse a responsável do espaço.

E muitos deles apareceram com bola debaixo do braço para jogarem no intervalo, camisas de Balotelli vestidas, mas nem muitas, porque não é costume os italianos andarem enfeitados com as cores da Azzurra pelas ruas.

- Não ligamos muito a isso. Quem vai ao estádio sim, mas pelas ruas não gostamos de nos vestir com a camisa da seleção. Vamos ver se ganha e passa às oitavas de final. Aí, sim, já nos entusiasmamos um pouco mais - disse um torcedor. 


Alessandro amigo Balotelli (Foto: Claudia Garcia)Alessandro, amigo Balotelli, diz que Balotelli é um fenômeno (Foto: Claudia Garcia)

Mas, mesmo assim, o apoio a Balotelli não faltou.

- Vamos Mario, Brescia está com você. Ele é criticado, mas é um fenômeno, não há nada a dizer - comentou Alessandro, de 17 anos, que conheceu o atacante no oratório e encontra Mario, por vezes, sempre que este aparece ali no bar para comprar chicletes e balas.

O amigo de Balotelli, Serafino, também apareceu para assistir ao jogo com a galera. Serafino vai completar 19 anos, é mais novo que Mario mas também joga no Lumezzane, clube onde o camisa 9 da Itália atuou até ser contratado pelo Inter de Milão. Mas a história de Serafino é bem diferente daquela do jogador eleito o melhor em campo no clássico do último sábado. O jovem bresciano está procurando emprego porque a sua carreira como jogador não decolou e nem acredita que pode decolar. Mas Mario será sempre um ídolo.

- O que posso dizer é que Mario é um garoto de ouro, é verdade que é um pouco maluco, sempre foi assim, mas tem um coração enorme, e é um exemplo para todos nós de Brescia e para toda a Itália. Ele era tranquilo. Quando tinha 13, 14 anos já era enorme, muito melhor do que os outros e por isso nem precisava jogar muito para ganhar de todo o mundo aqui, roubava a bola a quem queria, mas era muito humilde, brincava com todos os garotos e ainda hoje é assim. Ele aparece com a sua Ferrari, mas entra aqui, fala com todo o mundo, cumprimenta, se diverte com coisas simples. É Mario - afirmou Serafino que se lembra de jogar com o agora craque da Azzurra ali no campinho pelado de Concesio.


Casa Balotelli e Fanny brescia (Foto: Claudia Garcia)
Casa de Mario Balotelli e a noiva Fanny 
Neguesha em Brescia 
(Foto: Claudia Garcia)

É Mario. É Balotelli. O garoto grande conhecido em todo o mundo que sempre que pode volta aqui a Brescia, à sua casa, ao seu mundo, no único canto de um país onde não se sente estranho, um país que está pronto a apoiá-lo na Copa, mas que também o insulta com palavrões e comentários racistas. A relação entre a Itália e o primeiro negro da história da seleção vai ser sempre assim difícil, estranha, mas não em Brescia, ali é a sua casa, ali ele é aceito. A propósito, o outro craque da Azzurra, Andrea Pirlo também é bresciano e já agora, Cesare Prandelli também é. Pura coincidência?

- Claro que não, nós somos os melhores de Itália. Força Mario! Força Brescia, gritou um torcedor antes do início do jogo.

Com o triunfo, a Itália ficou com três pontos no Grupo D da Copa, atrás apenas da Costa Rica, que venceu o Uruguai, devido ao saldo de gols. Na próxima rodada, nesta sexta-feira, encara os costarriquenhos na Arena Pernambuco, às 13h (de Brasília).



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecoes/italia/noticia/2014/06/com-gol-balotelli-dribla-relacao-dificil-com-os-italianos-e-brescia-o-aplaude.html