segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Vasco entra nesta terça com ação para levar pontos de jogo de Joinville

Presidente Roberto Dinamite assina recurso, e diretoria decide ir ao STJD para evitar queda. Vice de futebol diz que árbitro foi pressionado a reiniciar a partida

Por Rio de Janeiro

Roberto Dinamite coletiva do Vasco  (Foto: Luiz Ackermann / Agência O Globo)Roberto Dinamite deu sinal verde para a investidaao STJD (Foto: Luiz Ackermann / Agência O Globo)
 
O que era um estudo virou um recurso, e na tarde desta segunda-feira, poucas horas depois de chegar de Joinville, a diretoria do Vasco decidiu entrar com ação no Superior Tribunal de Justiça Desportiva para ganhar os pontos da partida contra o Atlético-PR. Com a bola rolando, o clube paranaense ganhou por 5 a 1. A partida, no entanto, ficou paralisada por mais de 70 minutos, acima do limite máximo permitido para adiamento ou suspensão, segundo Regulamento Geral de Competições da Confederação Brasileira de Futebol – o prazo das diretrizes da CBF fala em 30 minutos de paralisação e mais 30 de acréscimo. O Vasco vai tentar provar que o clube causador da paralisação – no caso, o Atlético-PR – era responsável pela segurança do jogo. Sendo assim, seria declarado perdedor pelo placar de 3 a 0.

O vice-presidente de futebol do Vasco, Ercolino de Luca, confirmou que o recurso vascaíno será apresentado nesta terça-feira no tribunal desportivo.

– Vamos tentar entrar com o recurso. Está dentro da lei, do artigo que diz o limite para acréscimo. O clube tentou que a partida não reiniciasse, mas o árbitro foi pressionado a continuar o jogo – diz o dirigente, referindo-se a ações de dirigentes do Atlético-PR e da CBF. – Ele não queria voltar com a partida. Disse que poderia ser responsabilizado pelo que acontecesse.

O diretor jurídico do Vasco, Gustavo Pinheiro, aguardou apenas o retorno do presidente Roberto Dinamite de Curitiba, e a estratégia foi aprovada depois de poucos telefonemas entre a cúpula do futebol. O mandatário vascaíno assinou o recurso, e o clube entra nesta terça-feira com a ação no STJD, ainda dentro do prazo de 48 horas após a partida.

No artigo 19 do regulamento de competições da CBF, entre os motivos previstos para uma partida ser adiada, interrompida ou suspensa estão: "falta de garantia", "conflitos ou distúrbios graves, no campo ou no estádio", "procedimento contrário à disciplina por parte dos componentes do clubes e/ou de suas torcidas" e ainda "ocorrência extraordinária que represente uma situação de comoção incompatível com a realização ou continuidade da partida". No parágrafo único, as diretrizes da CBF preveem que o jogo interrompido pode ser suspenso se a causa da paralisação não acabar em 30 minutos, com possibilidade de acréscimo de mais 30 minutos, caso o árbitro entenda que o motivo da paralisação será resolvido. 

A partida entre Atlético-PR e Vasco foi paralisada aos 17 minutos do primeiro tempo, quando o time carioca perdia por 1 a 0. A briga entre torcidas organizadas na arquibancada e os atendimentos de feridos paralisaram o jogo por 73 minutos, diz o árbitro na súmula da partida. Treze minutos a mais do que o previsto no regulamento da competição. O texto diz que o árbitro pode, "a seu critério", suspender o jogo mesmo que o chefe de segurança ofereça garantias.
Paulo Schmitt, procurador-geral do STJD, diz que é prematuro dizer se o Vasco tem chance de sucesso em sua empreitada.

- Tem que aguardar o protocolo e encaminhamento à Procuradoria para análise. Tentar rediscutir resultado de jogos após o encerramento do campeonato passa a idéia de desespero por tudo o que não se fez dentro dos gramados durante o ano para salvar do rebaixamento, no caso. Mas é precipitado falar sem avaliar os documentos e argumentos dos interessados.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2013/12/vasco-entra-na-terca-com-acao-para-ganhar-pontos-do-jogo-de-joinville.html

Má gestão, problemas internos, crise financeira: os motivos para a queda

Salários atrasados, influência política e saída de diversos titulares desde a eliminação da Libertadores, em 2012, demarcam caminho para a tragédia anunciada em campo

Por Rio de Janeiro

O segundo rebaixamento do Vasco em apenas cinco anos pode ser explicado através do acúmulo de problemas na segunda administração do presidente Roberto Dinamite. Crise financeira sem fim, falta de credibilidade no mercado e uma série de escolhas equivocadas - no âmbito administrativo e técnico - levaram o clube a perder jogadores de qualidade que formaram o time campeão da Copa do Brasil e vice do Brasileiro de 2011 em pouquíssimo tempo. 

A análise fria desta nova tragédia esportiva em São Januário leva, em sua origem, para o meio do ano de 2012. Quando o goleiro Cássio, do Corinthians, espalmou o chute de Diego Souza e, minutos depois, Paulinho eliminou o Vasco nas quartas de final da Libertadores, o trem-bala da Colina começou a desmoronar pouco a pouco. Um ano e meio depois, a goleada para o Atlético-PR atira o clube para a Série B e entristece milhões de torcedores.

O GloboEsporte.com lista abaixo os principais fatores que levaram o clube à nova queda para a Segundona. Sem rumo e com futuro ameaçado, a nau cruz-maltina vai para uma nova viagem pelo interior do Brasil e busca outro lema para reviver os dias de glória.

CRISE FINANCEIRA
Roberto Dinamite Cristiano Koehler Vasco Coletiva (Foto: Fred Huber) 
Roberto Dinamite e Cristiano Koehler não conseguiram
 contornar os problemas a tempo (Foto: Fred Huber)

O bloqueio das receitas por conta das dívidas com a Fazenda Nacional começou em agosto de 2012. Os reflexos foram sentidos imediatamente, mas tiveram efeito devastador ao longo desta temporada. Salários atrasados viraram regra em São Januário, deixando funcionários, jogadores e comissão técnica insatisfeitos - Paulo Autuori pediu demissão alegando que a diretoria não cumpriu a promessa de regularizar a situação. O fator extracampo foi assunto em entrevistas e reuniões de vestiário, tomando o lugar do foco absoluto para os jogos. Isso sem contar na falta de credibilidade no mercado para contratar bons reforços. No último mês de outubro, finalmente o acordo com o órgão do Governo foi assinado e livrou o clube da asfixia financeira. Tarde demais.

  
CONTRATAÇÕES EQUIVOCADAS
Renê Simões coletiva Vasco (Foto: Ivo Gonzalez / Agencia O Globo) 
Renê Simões viu as contratações fracassarem e, sem 
ambiente, acabou demitido (Foto: Ivo Gonzalez / 
Agencia O Globo)

Foram nada menos do que 23 caras novas chegando sem parar entre janeiro e outubro - quando Francismar, do Boa Esporte, assinou contrato. Poucos se firmaram, alguns foram embora antes do fim do campeonato, e o saldo negativo caiu, principalmente, na conta do ex-diretor René Simões, que foi anunciado no fim de 2012 para gerir o futebol do Vasco. Em meio à grave crise financeira, ele reforçou a equipe na base de troca-troca e com nomes quase sem expressão. O objetivo era reduzir despesas. Entre as escolhas mais contestadas estão o goleiro Michel Alves e o atacante Robinho, que veio como um agrado ao zagueiro Dedé, vendido semanas depois. Contestado e sem harmonia no dia a dia, René foi demitido, e Ricardo Gomes, que já trabalhava em conjunto, assumiu sua função. Os insucessos não pararam. Investimentos como Rafael Vaz e Montoya não vingaram, e André até fez gols, mas esteve às voltas com polêmicas por excesso na noite carioca. Terminaram como titulares: Fagner, Cris, Guiñazu, Pedro Ken e Edmílson.

TROCA DE TÉCNICOS
Montagem Vasco Gaúcho, Paulo Autuori, Dorival Júnior e Adilson Batista (Foto: Montagem sobre foto da Agência Estado) 
Gaúcho, Autuori, Dorival e Adilson foram os técnicos 
do ano da 2ª queda (Foto: Montagem sobre foto da 
Agência Estado)

O diretor de futebol Ricardo Gomes foi quem fez a análise: com quatro treinadores no comando do clube na temporada, ficou difícil para o time ter um rumo em 2013. O Vasco iniciou a temporada com uma tentativa caseira, Gaúcho, demitido ainda no Carioca. Depois, como esperança de fortalecimento, o badalado Paulo Autuori foi contratado. A campanha já não era boa, e o treinador saiu após a quebra da promessa de colocar salários em dia no meio do ano.
Comandante da campanha de retorno ao Vasco para a Primeira Divisão, em 2009, Dorival Júnior foi contratado. Ele orientou o time, em sua segunda passagem, por três meses e meio. O técnico deixou o clube na 18ª posição da tabela do Campeonato Brasileiro, na zona de rebaixamento, quando faltavam sete rodadas para o fim da competição. As constantes mexidas que fazia nos titulares incomodavam torcedores e dirigentes. O sistema defensivo jamais se acertou. O maior exemplo foi a rotação de Pedro Ken, que atuou nas quatro posições do meio de campo.

Adilson Batista foi a bola da vez já em novembro, em busca da salvação. Seu aproveitamento foi razoável, com três vitórias nas seis primeiras rodadas. Em nova filosofia, ele optou por esquemas táticos cautelosos, utilizando três zagueiros e três volantes. A equipe mostrou mais consistência e se apoiou ofensivamente na fase de Marlone e Edmílson. O desfecho com a goleada sofrida para o Atlético-PR, no entanto, freou a arrancada e impediu que o Vasco atingisse seu objetivo.

GOLEIROS

Em 2013, o Vasco viveu um intenso rodízio no gol, que só trouxe insegurança e ansiedade para os arqueiros cruz-maltinos Michel Alves, Diogo Silva e Alessandro, de estilos e origens distintas. O último começou - e terminou - o ano como titular, mas perdeu a vaga para Michel Alves depois de 15 jogos. No Brasileiro, a princípio houve a manutenção. Seis rodadas depois, porém, ele já dava lugar a Diogo Silva, beneficiado com a chegada de Dorival Júnior. Foram 15 rodadas como titular, até que uma trapalhada contra o São Paulo, seguida de queixa a respeito do comportamento da torcida, forçou nova mudança. Mas Michel Alves ficou apenas dois jogos no posto novamente, e Diogo Silva voltou. Só que outras duas falhas contra o Botafogo fizeram o técnico retornar com Alessandro, que permaneceu no gol até o fim da competição nacional.

Foram pelo menos dez pontos perdidos no Brasileirão por causa das falhas de goleiros. Diogo Silva ocupou a meta vascaína em 22 ocasiões, tendo sofrido 22 gols. Já Michel Alves foi titular em oito jogos e foi vazado 17 vezes. Alessandro, por sua vez, buscou a bola no fundo da rede em 12 oportunidades em oito partidas. No total, o Vasco sofreu 61 gols no Brasileirão, tendo a terceira pior defesa da competição, atrás apenas do lanterna Náutico (79) e do Criciúma (63).

SAÍDA DE JOGADORES


Fernando Prass, Fagner, Renato Silva, Rodolfo e Thiago Feltri (Felipe); Nilton, Rômulo, Juninho Pernambucano e Diego Souza; Eder Luis (Carlos Alberto) e Alecsandro. Essa foi a base do Vasco da campanha da Libertadores de 2012, que acabou em eliminação pelo Corinthians nas quartas de final, em gol de cabeça de Paulinho aos 42 do segundo tempo. Mais de uma dezena de jogadores deixou o clube a partir daquela derrota até o fim do ano e iniciou a derrocada.

Sem receitas devido ao bloqueio financeiro, a diretoria não conseguiu reposição à altura. Ao longo desta temporada, o cenário se repetiu - mesmo que em escala menor. A dupla de zaga, Dedé e Douglas, foi vendida; Eder Luis, quando melhorava seu rendimento, foi emprestado; Alisson foi liberado de volta ao Cruzeiro em posição carente no elenco. O próprio Marlone, oficialmente ainda sob contrato, já foi negociado com um grupo de investidores enquanto a bola rolava. Além disso, os lucros foram relativamente baixos, já que as multas não eram altas e o clube não tinha poder de barganha. A perda técnica com a saída de Dedé jamais foi reparada.
FALTA DE COMANDO NO FUTEBOL
José Hamilton Mandarino vasco (Foto: Globoesporte.com) 
Após sair, José Hamilton Mandarino não teve substituto
 na vice-presidência por mais de um ano (Foto: 
Globoesporte.com)

O ex-vice-presidente de futebol José Hamilton Mandarino deixou o cargo em setembro de 2012. Não houve substituto imediato na pasta. Oficialmente, o presidente Roberto Dinamite acumulou o cargo, como aconteceu também em 2008, no ano do primeiro rebaixamento. Deputado estadual e presidente do clube, com compromissos institucionais, Dinamite nem sempre podia viajar com a equipe ou dar o suporte necessário para o departamento.
No fim de setembro, após o clube entrar na zona de rebaixamento e a pressão aumentar em São Januário, conselheiros sugeriram o vice-presidente geral Antônio Peralta e Ercolino de Luca como segunda opção. Peralta declinou do convite, e Ercolino, cotado anteriormente, acabou aceitando. O diretor de futebol Ricardo Gomes, inexperiente no cargo, tentava de todo modo acalmar o vestiário, contornar os casos de indisciplina e a crise financeira, mas a falta de maior sustentação e até erros de logística eram críticas constantes em especial de Dorival Júnior.

CLIMA POLÍTICO

Isolado politicamente e alvo da torcida pela péssima campanha no Brasileiro e pelo desmonte do time campeão da Copa do Brasil, o presidente Roberto Dinamite viu ressurgir no cenário político de São Januário o ex-presidente e desafeto Eurico Miranda. Atual presidente do Conselho de Beneméritos, o cartola mobilizou seus seguidores para uma polêmica campanha de associação em massa visando as eleições de 2014, ainda sem data. A estratégia, que inclui pagamento a muitos sócios que depois tentaram e não conseguiram cancelar o cadastro no quadro associativo do clube, passa por pagamento de matrícula e mensalidades.
Outro candidato, Roberto Monteiro, vice-presidente do Conselho Deliberativo, usou da mesma estratégia e conseguiu apoio de nomes importantes do clube, como do ex-vice de futebol Mandarino. Em jogos dentro de São Januário, houve princípio de briga e confusão com seguranças de Eurico e torcedores, que antes hostilizavam Roberto Dinamite. O clima na Colina ferve meses antes da eleição.



FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2013/12/ma-gestao-problemas-internos-crise-financeira-os-motivos-para-queda.html

Petraglia sugere briga premeditada e diz que lugar do Vasco é na Série B

Presidente do Atlético-PR culpa Eurico Miranda pela briga em Joinville: 'Herança de dirigentes que investem, prestigiam e dão dinheiro para torcidas organizadas'

Por Curitiba

O presidente do Atlético-PR, Mario Celso Petraglia, subiu o tom e atacou duramente o Vasco após o confronto entre as torcidas dos clubes na última rodada do Brasileirão.

O dirigente levantou a hipótese de a briga ter sido premeditada pelos vascaínos para tentar levar a decisão da partida para a Justiça Desportiva. Ao defender sua tese, ele também disse que o Vasco volta para o lugar dele, a Série B do Brasileiro. 

- Toda essa coisa que vimos aqui infelizmente é herança desses dirigentes que investem, prestigiam, dão dinheiro e ingressos para essas torcidas organizadas. Vieram de forma premeditada para criar dificuldades para que o jogo não terminasse e para que fôssemos ao tapetão, que seria a última esperança deles de não voltarem para o lugar deles, que é a Segunda Divisão. Porque esse time do Vasco, com todo respeito às tradições da instituição Vasco da Gama, mas com os últimos dirigentes que tenho acompanhado nesses 20 anos que tenho de futebol brasileiro, o que vi a forma como esse clube foi aviltado, saqueado e destruído. Está aí o resultado: em cinco anos essa segunda queda e vai ficar aí nesse iôiô aí, nesse sobe e desce, porque não tem nenhuma estrutura, não se organizou e não se modernizou - falou o presidente do clube paranaense em entrevista à rádio oficial do clube logo após a partida.


Petraglia ainda fez questão de criticar publicamente Eurico Miranda, ex-presidente do Vasco. Segundo ele, na penúltima rodada do Brasileiro de 2004, na qual o Cruz-Maltino venceu o Furacão por 1 a 0 e tirou os rubro-negros da liderança, houve um tratamento totalmente inadequado dos mandantes com o Atlético. Dito isso, tratou o jogo deste domingo como um troco.

- Vimos aqui no último jogo um time correndo, passando por cima de um adversário. Infelizmente essa alegria foi dividida com uma tristeza muito grande de vermos esses vândalos, esses arruaceiros, essa herança do Eurico Miranda de 2004, quando fomos jogar lá uma das finais do Campeonato Brasileiro daquele ano. Ele abriu os portões (para a torcida), fomos mal-atendidos, mal recebidos, não tivemos condições de aquecer no campo. Ele nos trancou naquele vestiário ridículo daquele estádio ultrapassado. Foi lamentável aquele jogo e nós acabamos perdendo o campeonato. Mas hoje esta aí, a bola é redonda e o troco veio de cinco. Hoje sobrou mais um para o caixão do Seu Eurico Miranda - disparou.

Apesar das muitas críticas ao Vasco, o presidente atleticano também foi duro com "vândalos infilitrados" na torcida rubro-negra. Criticou o Ministério Público de Santa Catarina, que, segundo ele, foi o responsável pelo fato de a Polícia Militar local ter se restringido à segurança externa, e voltou a atacar a torcida cruz-maltina.

- Temos também que pensar no nosso problema, o da nossa torcida organizada que nos tirou absurdamente da Vila Capanema. Alguns vândalos que se infiltram na torcida vieram aqui brigar novamente. O que tinham de ir atrás correndo desses mercenários que vieram aqui tentar ajudar seu clube de forma desonesta? Por que nossos meninos tinham de invadir o outro lado. 

Infelizmente outro absurdo é não ter polícia no estádio, o Ministério Público de Santa Catarina determinou absurdamente que a PM do estado ficasse do lado de fora num jogo que teríamos 15 mil adversários jogando suas vidas.

A confusão começou aos 16 minutos do primeiro tempo, quando o Furacão já vencia por 1 a 0 - no fim, fez 5 a 1. Os torcedores do Vasco invadiram o setor destinando à torcida mandante. Depois, eles recuaram, e atleticanos foram para o setor visitante. Ao todo, quatro torcedores ficaram feridos. O presidente do Atlético-PR criticou a ausência de policiais no estádio:

 
- Como que a gente vem mandar (o jogo) aqui em Santa Catarina em condições de ter seguranças próprios se eles não têm o poder de polícia? Aquele grupo de marginais e quantos seguranças teriam que ter? E quem paga isso? O ingresso a cinquentão? - completou.

Mario Celso Petraglia, presidente do Atlético-PR (Foto: Fernando Freire) 
Mario Celso Petraglia critica ex-presidente do Vasco 
(Foto: Fernando Freire)

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-pr/noticia/2013/12/presidente-do-atletico-pr-poe-culpa-da-briga-na-heranca-de-eurico-miranda.html

Advogado do Atlético-PR teme pena exemplar após briga: 'Preocupa'

Clube pode perder até 20 mandos de campo por pancadaria na arquibancada da Arena Joinville durante o jogo contra o Vasco

Por Curitiba

O advogado do Atlético-PR, Domingos Moro, teme uma punição exemplar ao clube pelas confusões durante o jogo contra o Vasco, domingo, na Arena Joinville. Pela denúncia feita pelo STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) nesta segunda-feira, o Rubro-Negro pode perder até 20 mandos de campo. O advogado mostra preocupação:

- Evidente que (a denúncia) preocupa. É mais que um campeonato inteiro. Isso é complicado. O Atlético receber uma punição exemplar é uma possibilidade. É difícil porque as imagens falam por si. Vamos ver, analisar bem o caso e preparar a defesa - falou o advogado do clube paranaense em entrevista por telefone ao GloboEsporte.com.

confusão torcida Atlético-PR e Vasco jogo (Foto: Gustavo Rotstein) 
Advogado do Atlético-PR teme punição exemplar
 (Foto: Gustavo Rotstein)

Domingos Moro, porém, pede calma e diz que vários fatores precisam ser analisados. Ele questiona, por exemplo, a ausência de policiais entre as torcidas dentro da Arena Joinville. O advogado do Atlético-PR também cita a estrutura da Arena Joinville:

- (A briga) É algo que tem que se evitar de qualquer maneira. Mas é necessário analisar bem as imagens. Como começa? Como continua? Uma série de questões precisa ser avaliada: a questão das torcidas, a questão da polícia de Santa Catarina, a questão da Arena Joinville, já que vários objetos ali eram do estádio. Como os torcedores pegaram eles? Ou como entraram no estádio com eles? Enfim, são vários fatores que precisam ser cuidadosamente analisados.

O Furacão será julgado em três artigos do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva): no artigo 191 por "deixar de cumprir ou dificultar o cumprimento de medidas para garantir a segurança dos torcedores"; no artigo 211 por "deixar de manter o local indicado para a realização da partida com infra-estrutura necessária a assegurar a plena garantia e segurança para a sua realização" e no artigo 213 por "deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens na praça de desporto".

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-pr/noticia/2013/12/advogado-do-atletico-pr-teme-pena-exemplar-apos-briga-preocupa.html

Furacão vai à Libertadores e rebaixa Vasco em jogo com briga de torcidas

Rubro-Negro constrói goleada por 5 a 1 em segundo tempo trágico para cariocas e garante terceiro lugar. Em 18º, Cruz-Maltino amarga nova queda

A CRÔNICA 
 
por GloboEsporte.com2351 comentários
 
Em meio à confirmação da classificação do Atlético-PR para a Libertadores, com a impiedosa goleada por 5 a 1, dois capítulos tristes do futebol brasileiro foram escritos neste domingo: a briga entre torcedores, que interrompeu o jogo em Joinville por uma hora e dez minutos, e o segundo rebaixamento do Vasco, que precisava vencer e sucumbiu à limitação técnica que assombrou o time ao longo do Campeonato Brasileiro. O artilheiro Ederson foi o herói da tarde, com três gols, e Marcelo e Paulo Baier completaram a grande exibição.

O resultado deixou o Furacão na terceira posição, com 64 pontos. Terá de passar pela chamada Pré-Libertadores antes de entrar na fase de grupos. Já o Cruz-Maltino repete o calvário de cinco anos atrás e vai colher os cacos de uma péssima temporada, imerso em crises extracampo. O time fechou o nacional em 18º lugar, com 44 pontos. Se vencesse, ultrapassaria Fluminense e Criciúma e fugiria da degola.

O que marcará a partida, no entanto, não é o desfecho de cariocas ou paranaenses. A bola parou aos 17 minutos do primeiro tempo por causa de cenas de selvageria na arquibancada envolvendo um grupo de atleticanos e outro de cruz-maltinos. Foram trocas de socos e pontapés mesmo em quem estava caído e desacordado. A Polícia Militar, que só apareceu depois de alguns minutos do início da confusão, justificou que a segurança foi feita por uma empresa privada e contratada pelo mandante do jogo.

Quatro pessoas removidas pela equipe médica foram hospitalizadas, três delas em estado grave, mas não correm risco de morte, segundo a direção do Hospital São José, em Joinville. Os jogadores mostraram abalo ao ver a situação. O zagueiro Luiz Alberto, por exemplo, chorava.

confusão torcida Atlético-PR e Vasco jogo (Foto: Gustavo Rotstein) 
Briga generalizada terminou com quatro feridos 
gravemente em Joinville (Foto: Gustavo Rotstein)
 
Primeira etapa manchada e de três gols
O jogo começou com atraso de apenas dois minutos em relação ao horário marcado, evitando prática comum em rodadas decisivas. Mas a batalha de Joinville - denominada pelos atletas vascaínos e que ganhou triste ar literal - levaria mais de três horas para terminar. Para apimentar a dramática situação do Vasco e clarear o cenário para o Atlético-PR, Paulo Baier bateu falta logo aos três minutos, a bola passou rente a Manoel e Renato Silva e morreu no canto esquerdo, após Alessandro não alcançar.

Não houve muito futebol até a paralisação por conta do grave episódio na arquibancada. Marcação cerrada, faltas e times nervosos davam o tom. Aos 17, a interrupção aconteceu, e a bola só voltou a rolar, com os cariocas a contragosto, uma hora e dez  minutos depois. Mas os ânimos não haviam sido totalmente acalmados. Ficou claro o reflexo das cenas no nível de concentração dos jogadores. A partida ficou repleta de erros e impedimentos, sem respeito a esquemas táticos.

Como consequência disso, chances claras de gol foram criadas, tornando a partida aberta. Ederson e Everton perderam para o Furacão, em sequência, e pelo lado cruz-maltino, sempre com Marlone puxando jogada pela esquerda, dois bate-rebates na marca do pênalti não tiveram conclusão. Mas o Vasco insistiu e chegou ao empate através de Edmílson, de ombro e no susto, após cruzamento forte de Yotún, aos 39. Só que mal deu para celebrar. Em contra-ataque, Baier achou Ederson na área, que, de cabeça, marcou após escorregão de Alessandro: 2 a 1.

Ederson comemoração Atlético-PR contra Vasco (Foto: Heuler Andrey / Agência Estado) 
Ederson comemora um de seus três gols da vitória 
impetuosa (Foto: Heuler Andrey / Agência Estado)
 
Goleada impiedosa do Furacão
Na volta do intervalo, Adilson Batista tirou Wendel e colocou Bernardo para tentar reverter o quadro que já indicava o caminho da Série B. Mais técnico, o Rubro-Negro sentia a reação vascaína a cada ação sua. Pesou, no entanto, a falta de organização e qualidade dos cariocas. Aos 18, Paulo Baier arrancou, tocou para Ederson, que achou Marcelo sozinho. O atacante ainda se enrolou antes de tocar por baixo do braço de Alessandro e praticamente definir os objetivos.
A festa da torcida do Atlético-PR, com a provável classificação à Libertadores, contrastava com o desespero devido ao iminente rebaixamento do outro lado - agora bem separados e sob vigilância. No gramado, para o Vasco, não havia esperança. Elétrico até o fim, Adilson Batista pingava de suor na luta para rearrumar seus comandados e resolveu trocar Marlone por Tenorio, mas o máximo que obteve foi uma cabeçada perigosa de Edmílson. Muito pouco para quem precisava de três gols.

Leve, o Furacão não tinha nada a ver com isso e permanecia em busca de mais gols. Por ironia, esbarrou em Alessandro, que fez três grandes defesas após falhas anteriores, sublinhadas por um campeonato inteiro sem um camisa 1 de confiança. Mas não foi possível evitar outro do irresistível Ederson, aos 36. A essa altura, poucos torcedores vascaínos sobravam - e estes não acreditavam no destino. E o golpe derradeiro saiu em seguida, também com o artilheiro Ederson, que fechou a competição com 21 gols.

 
FONTE:
 

De saída, Cristóvão dá adeus: 'Onde estiver, estarei torcendo pelo Bahia'

Ex-técnico divulga nota na qual afirma que desligamento do Tricolor foi resultado de acordo com a diretoria e agradece à torcida, funcionários do clube e Anderson Barros

Por Salvador

Cristóvão Borges (Foto: Rafael Santana)Em nota oficial, Cristóvão se despede do Bahia (Foto: Rafael Santana)
 
O técnico Cristóvão Borges já fala como ex-treinador do Bahia. Um dia após comandar o time na última rodada do Campeonato Brasileiro, ele se reuniu com a diretoria tricolor e acertou sua saída do Fazendão de forma amigável, na manhã desta segunda-feira. Pouco depois de o clube anunciar oficialmente a decisão, o treinador se despediu através de uma nota oficial.
Cristóvão Borges assumiu o Bahia no fim de maio, e comandou o clube no Brasileirão e na Copa Sul-Americana. Ao todo, foram 42 partidas: 14 triunfos, 13 empates e 15 derrotas, aproveitamento de 43,6%. Em nota, ele agradeceu à torcida do Bahia, aos profissionais do clube e à diretoria tricolor, com quem garante ter tido uma relação pautada no respeito e no profissionalismo.

– Depois de me reunir com a diretoria do Bahia, decidimos, em comum acordo, pela minha saída do comando técnico do time. A reunião foi bastante respeitosa e profissional, assim como fora toda a relação que mantive com essa diretoria - diz a nota.

Ao longo desta semana, Cristóvão já havia deixado sua permanência no Bahia em 2014 em aberto por conta de divergências com a atual diretoria. Ele ratificou essa posição. 

– Chegamos a essa decisão por divergirmos em alguns pontos ligados ao planejamento para 2014 – afirma.

Nos bastidores, o que se comenta é que Cristóvão teria condicionado sua permanência à de Anderson Barros, diretor de futebol, o que foi negado pela diretoria tricolor – Barros foi demitido. Em um dos parágrafos, chama a atenção o agradecimento especial que o ex-treinador do Bahia faz ao antigo diretor de futebol.

– Por fim, quero agradecer a Anderson Barros por todo este período de convivência, feito de muita parceria, confiança no trabalho que estávamos desenvolvendo e de profissionalismo - diz.

Confira a nota na íntegra:
Depois de me reunir com a diretoria do Bahia, decidimos, em comum acordo, pela minha saída do comando técnico do time.
 
A reunião foi bastante respeitosa e profissional, assim como fora toda a relação que mantive com essa diretoria.
 
Chegamos a essa decisão por divergirmos em alguns pontos ligados ao planejamento para 2014.
Agradeço ao Esporte Clube Bahia por ter me dado a honra de comandar a agremiação onde iniciei minha vida esportiva e saio com a sensação de dever cumprido, desejando muito sucesso ao Esquadrão de Aço na próxima temporada.
 
Não posso deixar de fazer um agradecimento especial ao torcedor do Bahia, que mesmo nos momentos difíceis, soube nos apoiar, respeitar e incentivar nossos jogadores.
 
Agradeço também aos funcionários do clube, que sempre me trataram com carinho e cordialidade, formando uma grande equipe de trabalho.
 
Por fim, quero agradecer a Anderson Barros por todo este período de convivência, feito de muita parceria, confiança no trabalho que estávamos desenvolvendo e de profissionalismo.
 
Onde eu estiver, estarei torcendo pelo Bahia e desejando tudo de melhor para este clube que está em minha vida há anos e estará para sempre.
 
Um abraço,
Cristóvão Borges

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/bahia/noticia/2013/12/de-saida-cristovao-da-adeus-onde-estiver-estarei-torcendo-pelo-bahia.html

Conca desembarca para o Mundial e lamenta queda do Flu: 'Foi duro'

Reforço do Tricolor para 2014, argentino chega ao Marrocos e mostra abatimento: 'Estava viajando durante o jogo'. Guangzhou enfrenta o Al Ahly no sábado

Por Direto de Agadir, Marrocos

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Depois do Raja Casablanca e de Auckland City, o Guangzhou Evergrande foi o terceiro time a desembarcar em Agadir para a disputa do Mundial de Clubes. Como esperado, o trio “brasileiro” estava presente na delegação que chegou ao Marrocos na tarde desta segunda-feira. O intruso entre os atacantes Muriqui, ex-Atlético-MG, e Elkeson, ex-Botafogo, é o astro do time: o argentino Darío Conca, que não estava nos melhores dias. Reforço do Fluminense já anunciado para o próximo ano, o craque da equipe do técnico italiano Marcello Lippi não escondeu o abatimento com o rebaixamento do Tricolor para a Segunda Divisão do futebol brasileiro na véspera.

- Foi duro. Estava no avião (saindo da China) durante o jogo e só soube da notícia depois – afirmou o meia durante o pouco concorrido desembarque, sob olhares de alguns curiosos e da imprensa asiática.

Chegada Guangzhou (Foto: Victor Canedo) 
Muriqui e Conca desembarcam para a disputa do 
Mundial (Foto: Victor Canedo)

Conca e o Guangzhou Evergrande treinam já nesta segunda num campo anexo ao Estádio de Agadir. Toda a delegação está hospedada num luxuoso hotel no centro da cidade. O Monterrey, do México, e o Al Ahly, do Egito, também são aguardados nos próximos dias.

A missão dos chineses é contra os egípcios, no sábado, às 14h (de Brasília), pelas quartas de final do Mundial de Clubes. Quem avançar enfrentará o Bayern de Munique em semifinal do dia 17, também em Agadir. Do outro lado da chave, o Atlético-MG aguarda o vencedor de Monterrey e Raja Casablanca ou Auckland City. Este será o primeiro duelo do torneio, já na quarta-feira, às 17h30 (de Brasília).

Chegada Guangzhou (Foto: Victor Canedo) 
Conca é a estrela do Guangzhou, mas já acertou com o 
Flu para a temporada de 2014 (Foto: Victor Canedo)

Chegada Guangzhou (Foto: Victor Canedo) 
Elkeson é outro brasileiro do elenco
 (Foto: Victor Canedo)
 
FONTE:
 

Vestiário após rebaixamento tem discurso de Fred e choro de Gum

Cavalieri resume 'clima de velório', e Rafael Sobis é um dos que fica mais abalado com queda tricolor. Pelo menos metade da delegação não deve voltar para o Rio

Por Salvador

Clima de velório. Assim o goleiro Diego Cavalieri definiu o vestiário do Fluminense na Arena Fonte Nova após o rebaixamento tricolor para a Série B do Campeonato Brasileiro. De nada adiantou a vitória sobre o Bahia na última rodada. Com o triunfo do Coritiba sobre o São Paulo, o Tricolor caiu ainda dentro de campo. No apito final, o atacante Rafael Sobis precisou ser consolado pelo volante Edinho e até por adversários (veja no vídeo acima). Mas foi na intimidade do vestiário que o elenco mais sofreu. Aparados por praticamente todos os membros da diretoria, vários jogadores choraram a queda. Nem mesmo Gum, conhecido por sua dedicação e o apelido de guerreiro, conseguiu segurar as lágrimas.

Ao lado de Sobis, o camisa 3 era um dos mais abatidos. Quase todos os dirigentes também resumiram em lágrimas a sua tristeza pelo resultado final do ano. Fred- que já havia chorado no camarote durante o jogo - não conseguiu se segurar no vestiário, assim como o jovem apoiador Robert, que aos 17 anos fez sua estreia no time profissional justamente no jogo que decretou o rebaixamento. Auxiliar técnico e filho de Dorival Júnior, Lucas Silvestre era outro que estava inconsolável. Ao treinador, restou o sentimento de impotência: seu desempenho positivo à frente da equipe, com três vitórias, um empate e 66% de aproveitamento em cinco partidas, não foi suficiente para salvar o Fluminense.

- O clima estava horrível, de velório mesmo. É hora de pensarmos no que fizemos de errado e tentar corrigir. Teremos uma responsabilidade enorme em 2014 - disse Cavalieri, o único a falar com a imprensa na saída do estádio.

Discursos na roda de oração
seguranças vestiário fluminense fonte nova (Foto: Marcelo Baltar)Vários homens fizeram a segurança do vestiário do Flu, mas nenhum incidente foi registrado com o time na Arena Fonte Nova (Foto: Marcelo Baltar)
 
A diretoria tricolor estava em peso no vestiário representada pelo presidente Peter Siemsen, pelo diretor executivo de futebol Rodrigo Caetano, pelo gerente de futebol Marcelo Teixeira, pelo supervisor Rodrigo Henriques e pelo vice-presidente de relações institucionais Alexey Dantas. A reunião pós-jogo foi marcada também por discursos de peças-chaves do departamento de futebol.

Antes de puxar a roda de oração, o capitão Fred foi um dos que pediram a palavra. E tratou de tentar animar seus companheiros com uma missão: reerguer o Flu em 2014.

- O futebol é igual à vida. Uma hora estamos lá em cima, na outra lá embaixo. Lutamos muito contra o Bahia e não foi por causa desse jogo que caímos. Agora vamos trazer o Fluminense de volta para a Série A no ano que vem - disse no vestiário o camisa 9, que não joga desde o dia 31 de agosto por causa de lesões e acompanhou a rodada final de um camarote na Fonte Nova.

Além do capitão, pelo menos mais três pessoas fizeram discursos no vestiário: Gum, Caetano e Peter. Ao presidente, coube a promessa de dedicação total para reverter a situação atual.

Lutamos muito contra o Bahia e não foi por causa desse jogo que caímos. Agora vamos trazer o Fluminense de volta para a Série A no ano que vem 
Fred
 
 - É nas adversidades que a gente cresce. Fomos campeões no ano passado e vamos nos unir novamente. O grupo está todo junto. O momento é de adversidade, mas a diretoria vai sempre dar todo o apoio necessário. Vou me dedicar ainda mais para tirar o Fluminense dessa situação - garantiu Peter a seus jogadores.

Entre os funcionários fixos do clube, o roupeiro Denílson, há mais de 20 anos nas Laranjeiras, era o mais abalado. Apesar de toda a tristeza, o Fluminense já começou a pensar em 2014 após o apito final na Fonte Nova. Nesta segunda-feira está prevista uma reunião para começar a traçar o planejamento do clube visando a próxima temporada.

Depois do jogo, o elenco entrou de férias e só deve se reapresentar por volta do dia 9 de janeiro para o início da pré-temporada. A preparação tem boas chances de acontecer em Mangaratiba, assim como em 2011 e 2012. A delegação tricolor tem retorno ao Rio marcado para o início da tarde desta segunda-feira. Mas como os jogadores já estão liberados, a tendência é que metade sequer retorne para a capital carioca.

FONTE
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2013/12/vestiario-apos-rebaixamento-tem-discurso-de-fred-e-choro-de-gum.html

Não teve jeito: Fluminense vence o Bahia em Salvador, mas é rebaixado

Samuel marca o gol da virada para os cariocas quase ao mesmo tempo em que queda é decretada por causa da vitória do Coritiba

A CRÔNICA
 
por GLOBOESPORTE.COM

Luto em verde, branco e grená: o Fluminense jogará a Série B em 2014. A bola ainda rolava em Salvador para o confronto com o Bahia quando chegou a notícia de que todo esforço seria em vão. Com o apito final para São Paulo 0 x 1 Coritiba, em Itu, pouco importou a vitória de virada por 2 a 1 na Fonte Nova - gols Samuel e Wagner, enquanto Barbio abriu o placar. Pela primeira vez na história, um campeão brasileiro está rebaixado no ano seguinte à conquista.

A queda remete o Fluminense ao período mais triste de sua história, quando caiu por três anos seguidos - 1996 (permaneceria na elite, após virada de mesa), 97 e 98 - e chegou ao fundo do poço na Série C. Desde então, com o retorno direto da Terceira para Primeira Divisão, em 2000, o Tricolor conquistou dois títulos brasileiros e protagonizou uma reação heroica em 2009, mas desta vez não foi possível. Com 46 pontos, a Série B é o destino do 17º colocado na tabela de classificação. Fred, figura maior do elenco carioca, torceu de um camarote, gritou e chorou com o fim trágico de temporada.

- Estamos conscientes de que temos que nos reerguer. Rever o que fizemos de errado, para não errar novamente. Ter a consciência de que a Série B é muito difícil, complicadíssima. No ano que vem temos que entrar, claro, para vencer todos os campeonatos, mas principalmente para levar de novo para a Série A - disse o goleiro Cavalieri.

O Bahia, por sua vez, só queria saber de festejar. Já salvo da degola depois da vitória sobre o campeão Cruzeiro, há uma semana, o time da Boa Terra viu o torcedor lotar a Fonte Nova e tripudiar sobre o rival carioca. Com 48 pontos, o Esquadrão de Aço termina a competição na 14ª posição.
Wagner jogo Fluminense contra Bahia (Foto: Ricardo Ayres / Photocamera) 
Wagner, que marcou o primeiro gol do Flu, lamenta queda 
para Série B (Foto: Ricardo Ayres / Photocamera)
 
Flu atrasa, Bahia joga
A necessidade de uma combinação de resultados para evitar a queda fez com que o Fluminense atrasasse o início da partida, assim como aconteceu no jogo que garantiu a salvação em 2009.

Com os jogadores do Bahia já em campo, os cariocas enrolaram no vestiário, e a bola rolou oito minutos depois do horário previsto. A esta altura, o Atlético-PR já tinha feito um gol no Vasco, e o São Paulo pressionava o Coritiba. Cenário interessante para o time das Laranjeiras, que precisava fazer sua parte.

Fazer a sua parte, entretanto, parecia ser exatamente o mais difícil para o Fluminense. Pressionado, não conseguia se impor mesmo com a obrigação de vencer e via um Bahia, tranquilo, dominar as ações. Marquinhos Gabriel, Fernandão e William Barbio colocavam correria no ataque, enquanto o time carioca se mostrava refém de chutes de Rafael Sobis ou bolas aéreas. Na melhor chance, o peso da responsabilidade parece ter influenciado a postura do jovem Kenedy, que preferiu tentar o cruzamento em vez de chutar. Neste instante, Lucas Claro abriu o placar para o Coritiba, em resultado que decretava a queda do Flu.

Se o Tricolor carioca parecia apático, o Bahia jogava solto. Herói na semana passada, contra o Cruzeiro, Talisca travou um duelo com Diego Cavalieri, que impediu o gol em três chutes de fora da área.  Aos 42, porém, não teve jeito. Marquinhos Gabriel arrancou em velocidade pela esquerda, passou com muita facilidade pela marcação e rolou na medida para William Barbio marcar.

Fred torcida jogo Fluminense (Foto: Edgard Maciel de Sá) 
Fred acompanha partida e chora com o rebaixamento 
em camarote na Fonte (Foto: Edgard Maciel de Sá)
 
De Itu chega a notícia: o Fluminense está rebaixado

Com a corda apertadíssima no pescoço, o Fluminense, enfim, acordou na volta para o segundo tempo e partiu para cima do Bahia. Samuel entrou na vaga de Igor Julião, e Sobis passou a ser o “faz tudo” da equipe. Incansável, ele corria de um lado para o outro, armava, concluía e até buscava a bola na defesa, lá atrás, com Diego Cavalieri. Aos quatro, ele invadiu a área, driblou Lomba e chutou para fora com o gol vazio. Seis minutos depois, se redimiu em boa jogada que Wagner concluiu para o fundo das redes: 1 a 1.

O empate fez com que o Flu se mandasse todo para o campo de ataque. Era necessário virar e torcer para o São Paulo fazer um gol no Coritiba. Da arquibancada, Fred incentivava e chorava. Com o celular na mão, acompanhava a rodada dramática sem poder ajudar por conta de uma lesão na coxa. Até que aos 37 minutos a contagem regressiva chegou ao fim com tristeza tricolor.

A bola ainda rolava em Salvador, mas em Itu o Coxa comemorava o 1 a 0 que o mantinha na Série A e rebaixava o Flu. Ironia do destino, quase que simultaneamente, Samuel escorou cobrança de falta para virar o placar na Fonte Nova.

A partir daí, pouco importava o que acontecia no gramado. Cariocas choravam, baianos tiravam sarro, e os jogadores deixavam o tempo passar até o apito final de Leandro Vuaden. Quinze anos depois de cair para Série C, o Fluminense está na Segunda Divisão do futebol brasileiro. E o golpe fatal foi dado pelo Coritiba, aquele mesmo do jogo da heroica salvação em 2009.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogo/brasileirao2013/08-12-2013/bahia-fluminense.html

Pacotão do Tricolor: derrota tem tapa de Fabuloso e bobeadas da defesa

Em disputa no primeiro tempo, Luis Fabiano acerta golpe em Leandro Almeida e é advertido com cartão amarelo. Nem bola na trave de Ganso anima São Paulo

Por Itu, SP

O São Paulo se despediu de 2013 com derrota. Neste domingo, a equipe do técnico Muricy Ramalho foi superada pelo Coritiba, que venceu por 1 a 0 no estádio Novelli Júnior, em Itu, e conseguiu se manter na Série A do Campeonato Brasileiro do ano que vem.
Apesar de já não ter nenhuma pretensão no Brasileirão, o Tricolor entrou em campo com força máxima. Nos primeiros minutos, Ganso até acertou o travessão e deu indícios de que a partida seria equilibrada. O sistema defensivo, porém, voltou a apresentar falhas e acabou prejudicando o bom desempenho são-paulino na última rodada do torneio nacional.

01
GANSO E O TRAVESSÃO


Melhor jogador do São Paulo em Itu, Paulo Henrique Ganso até tentou levar o Tricolor ao ataque. O meia deu bons dribles, com direito até a chapéu em Alex, e criou a melhor chance da equipe na partida. No início do jogo, o camisa 8 passou pela marcação e carimbou o travessão.

02
BOBEADA DA ZAGA


Luccas Claro conseguiu marcar, aos 28 minutos do primeiro tempo, o gol que garantiu o Coritiba na Série A do Campeonato Brasileiro. E contou com contribuição a defesa do São Paulo. Edson Silva não subiu e perdeu disputa com Leandro Almeida, que escorou para o meio da área. Na sequência da jogada, Antônio Carlos furou antes do defensor do Coxa completar para o gol.

03
antônio carlos x ceni


Uma arrancada de Lincoln pela direita, no segundo tempo, quase protagonizou uma cena vexatória para a defesa do São Paulo. Após o meia cruzar rasteiro, Antônio Carlos tentou desviar e acabou jogando contra o próprio gol. Rogério Ceni nada conseguiu fazer e só acompanhou a bola tocar na trave.

04
calma, fabuloso


Luis Fabiano e os cartões foram um problema sério para o São Paulo durante grande parte da temporada. E, neste domingo, o atacante por pouco não foi para o vestiário mais cedo. No primeiro tempo, o atacante disputou jogada com Leandro Almeida pelo alto e acabou acertando um tapa no defensor do Coxa. Pela jogada, Fabuloso foi advertido com cartão amarelo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2013/12/pacotao-do-tricolor-derrota-tem-tapa-de-luis-fabiano-e-bobeadas-da-defesa.html

Coritiba apresenta o novo treinador na próxima quinta-feira no Couto Pereira

Nome de Dado Cavalcanti pode ser confirmado no clube paranaense, além do novo superintendente de futebol - contratado para o lugar de Felipe Ximenes

Por Curitiba

Dado Cavalcanti Paraná (Foto: Rafael Les) 
Dado Cavalcanti é o favorito para ser o novo treinador do Coritiba em 2014 (Foto: Rafael Les)
Com a permanência na Série A, o Coritiba já está livre para divulgar o nome do novo treinador contratado para a próxima temporada. Só que o mistério continua. Pelo menos, o clube paranaense anunciou uma nova data para acabar com o suspense.

Na tarde de quinta-feira, o Verdão vai apresentar oficialmente o treinador que vai substituir Tcheco no comando coritibano. O nome mais cotado é do ex-paranista Dado Cavalcanti, que saiu do rival em busca de um projeto maior. Apesar do favoritismo, o nome de Claudinei Oliveira também entra na lista de opções, após a demissão no Santos.

O perfil procurado pelo clube é o mesmo de Marquinhos Santos, um técnico jovem, que esteja no início da carreira profissional, mas já tenha apresentado resultados, assim como Dado fez no Mogi Mirim e Paraná Clube. 

Além do técnico alviverde, o Coritiba pode divulgar também o nome do novo superintendente de futebol. Alex Brasil, que também estava no Paraná, continua como o favorito, mas perdeu força dentro do Coritiba.

Os jogadores do Coxa já entraram de férias e só se reapresentam em janeiro. Enquanto isso, a diretoria e o novo superintendente vão trabalhar sobre a montagem do novo grupo para 2014.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/coritiba/noticia/2013/12/coritiba-apresenta-o-novo-treinador-na-proxima-quinta-feira-no-couto-pereira.html

Tcheco se despede do comando do Coxa invicto e com dever cumprido

Ex-capitão do Coritiba consegue evitar rebaixamento, após assumir o time com apenas três rodadas para o final. Interino consegue duas vitórias e um empate

Por Itu, SP

Acabou a missão para Tcheco. Com uma vitória salvadora sobre o São Paulo, o técnico interino do Coritiba terminou a missão de cabeça erguida. O ex-capitão coxa-branca não perdeu um jogo nos três que ficou no comando do Verdão, mas o principal trunfo foi tirar o grupo paranaense da zona de rebaixamento. 

Tcheco conseguiu duas vitórias e um empate, interrompendo a sequência de duas derrotas em casa e um clima ruim no vestiário. Apesar do sucesso, o treinador não continua no cargo. Não por insatisfação da diretoria, mas um próprio pedido do jogador aposentado, que quer estudar mais. Aliás, o técnico coxa-branca já está definido e será apresentado na quinta-feira. O favorito é Dado Cavalcanti, enquanto Claudinei Oliveira (ex-Santos) corre por fora. Tcheco continua como auxiliar no ano que vem.

Na final da Copa do Brasil do ano passado, Tcheco pendurou as chuteiras e fez uma promessa: não seria técnico de futebol tão cedo. Mas no domingo pela manhã, após a derrota para o Criciúma no sábado, o então auxiliar técnico recebeu uma ligação especial do presidente Vilson Ribeiro de Andrade. Com o apoio do grupo, o dirigente pediu para Tcheco assumir o Coxa e salvar da Série B. Ele não teve como recusar. Abraçou a ideia com sucesso.

 Foi um título.Tem um valor imenso isso para mim
Tcheco
 
 A comemoração de Tcheco foi como tivesse conquistado um título, tamanha a responsabilidade que ele tinha nos ombros. As noites sem sono e o apoio dos torcedores valeram a pena na visão do jovem treinador, que volta para a cadeira de auxiliar.

- Foi um título.Tem um valor imenso isso para mim. Conseguimos fazer certinho o que foi pensado e treinado durante a semana - disse, ainda na saída de campo do Estádio Novelli Júnior.
O jovem treinador do final do Campeonato Brasileiro ainda tenta entender a conquista. Ele não esqueceu de agradecer a entrega dos jogadores, tanto na raça, como na parte técnica.

- Ainda não caiu a ficha. Esse jogo foi de muita entrega de todos os jogadores. Eles marcaram muito bem, fizeram tudo que conversamos. O grupo se uniu. Nos fechamos, sem individualidade. Todos fizeram isso de coração e isso foi fundamental nessas últimas rodadas.

Feliz com a sensação de dever cumprido, Tcheco reafirmou a posição dele com o Coritiba e diz que continua na comissão técnica para a próxima temporada.

- Eu tenho que terminar esse ano colaborando no que me cabe. Eu continuo no Coritiba.
O Coritiba não só escapou da Série B, como avançou na classificação. O Verdão terminou o Campeonato Brasileiro 2013 na 13ª colocação, com 48 pontos - ultrapassando Bahia, Internacional e Criciúma na rodada final. 

Tcheco, técnico do Coritiba, em entrevista (Foto: Fernando Freire) 
Tcheco entrega o cargo de forma invicta e com o dever 
conquistado (Foto: Fernando Freire)
 
FONTE:

Coxa faz sua parte, bate o São Paulo e garante permanência na Série A

Com gol de Luccas Claro no primeiro tempo, Coritiba bate o Tricolor no estádio Novelli Júnior, em Itu, e se afasta da zona de rebaixamento

A CRÔNICA 
 
por GLOBOESPORTE.COM

O Coritiba está garantido na Série A do Campeonato Brasileiro do ano que vem. Na tarde deste domingo, o Coxa venceu o São Paulo por 1 a 0 no estádio Novelli Júnior, em Itu (SP), e, sem depender de qualquer outro resultado, afastou o risco de queda que rondava o clube nas últimas rodadas.

Bem que o Tricolor de Paulo Henrique Ganso tentou complicar a situação dos paranaenses. Nos primeiros minutos, os paulistas pressionaram e chegaram até a acertar o travessão de Vaná, mas o Coxa soube controlar a situação. Apostando na experiência de Alex e nas bolas aéreas, o Verdão ficou em situação mais tranquila no fim do primeiro tempo, quando o zagueiro Luccas Claro abriu o marcador.

Na segunda etapa, o Coritiba redobrou atenção no meio de campo e contou com a pouca inspiração do São Paulo para controlar a partida. Sob o comando de Alex, que carimbou o travessão de Ceni, os paranaenses evitaram avanços do Tricolor e garantiram permanência na Série A do Brasileirão.

O resultado, que rebaixou o Fluminense para a Segundona, levou o Coxa aos 48 pontos, na 14ª colocação. O São Paulo fechou sua participação na competição nacional com 50 pontos, na 9ª posição.

Douglas jogo São Paulo e Coritiba (Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press) 
Carlinhos tenta passar pela marcação do são-paulino 
Douglas (Foto: Rodrigo Villalba / Futura Press)
 
Pelo alto, Coxa consegue vantagem
Sem pretensões na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro, o São Paulo entrou em campo sem querer saber da delicada situação do Coritiba. Com força máxima e pressão nos minutos iniciais, o Tricolor mostrou aos paranaenses que não iria aliviar. Antes dos dez minutos, Paulo Henrique Ganso teve duas boas chances para abrir o marcador. Na melhor, aos sete, cortou o defensor dentro da grande área e mandou a bola no travessão.

Precisando vencer para não depender de nenhum outro resultado, o Coxa tentou responder e chegar mais no ataque, principalmente nos cruzamentos de Alex para a grande área. Quando colocou a bola no chão, aos 26, Júnior Urso fez boa tabela com Victor Ferraz e chutou por cima do gol de Ceni.

Dois minutos depois, o Coritiba conseguiu dar mais tranquilidade ao seu torcedor. Em mais um cruzamento para a área, desta vez em lançamento de Carlinhos, Leandro Almeida ganhou disputa com Edson Silva e escorou para o meio da área. Antônio Carlos furou e a bola encontrou Luccas Claro, que bateu forte e venceu Rogério Ceni.

Coxa se fecha e garante vitória
Nada de administrar a vantagem. Assim o Coritiba voltou para a segunda etapa, buscando definir sua permanência na Série A. Aos três minutos, Julio César aproveitou a sobra na grande área e bateu forte, de pé esquerdo. A bola passou perto, e assustou Rogério Ceni. Mas o susto maior saiu aos nove minutos. Gil puxou contra-ataque pela direita e cruzou rasteiro. A bola passou por toda a grande área e encontrou Alex, na esquerda, que completou de pé esquerdo e mandou a bola no travessão.

Mais animado no campo de ataque, o São Paulo tentou sair mais para o jogo na segunda etapa. Com Silvinho na vaga de Welliton, e mais tarde Aloísio no lugar de Ademilson, o técnico Muricy Ramalho tentou mexer com a equipe, que caiu bastante de produção depois do gol alviverde na primeira etapa.

Quase sempre pela esquerda, o São Paulo passou a assustar mais com as mudanças. Aos 28, Reinaldo bateu cruzado e quase venceu Vaná. Na jogada seguinte, Aloísio cruzou para a área e o fez defesa em dois tempos. Mas a "reação" tricolor parou por aí. O Coxa soube administrar a vantagem e por pouco não aumentou o placar, quando Antônio Carlos desviou cruzamento de Lincoln contra o próprio gol e acertou a trave. Mas não fez falta. Vitória alviverde e permanência garantida na elite do Brasileirão.

 
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‘Bruxo’ Márcio Corrêa extrai a força do Criciúma para fugir do rebaixamento

Preparador físico contribui com ‘mágica’ da permanência do Tigre a partir da essência de comandados e ingredientes de sua experiência de 20 anos no futebol

Por Criciúma, SC

O chamamento de ‘bruxo’ por colegas de trabalho não é por acaso, ainda que ele passe longe da alquimia. Márcio Corrêa é homem da ciência, e do esporte. Porém tem sob a manga a mágica para fazer o Criciúma arrancar para a permanência na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. Com o preparador físico, o time correu até se garantir na elite nacional. O gaúcho de Porto Alegre ajudou a espantar o ‘monstro’ chamado rebaixamento com a extração do que cada atleta poderia ofertar de melhor. Fez da cabeça caldeirão e do conhecimento ingredientes para a poção do Tigre para completar a principal tarefa do ano.

Márcio Corrêa preparador físico Criciúma (Foto: João Lucas Cardoso) 
Márcio Corrêa, o 'bruxo' que dispensa a mágica: 
ciência aplicada ao esporte 
(Foto: João Lucas Cardoso)

A manipulação de quem acredita ser um preparador de atletas, e não apenas físico, fez surgir dos atletas doses de disposição, vontade e atitude em campo. Para um estudioso da preparação física, força seria pouco. Márcio Corrêa buscou na essência dos jogadores do Criciúma a cura para o rebaixamento. E na hora certa.

- Para que as coisas se revertessem resolvi adotar métodos diferenciados de treinos, visando sempre extrair o melhor de cada jogador e o que realmente cada um seria capaz de colaborar. Cada atleta tem sempre algo a ser potencializando e que muitas vezes não é explorada na devida forma – acredita o ‘bruxo’.

Márcio Corrêa desembarcou no Heriberto Hülse um dia depois do técnico Argel Fucks. Juntos, tinham 13 rodadas para fazer com o Criciúma deixasse a zona de rebaixamento. Cada um em sua área, tinham em comum o desafio de reverter o quadro que se desenhava de rebaixamento e fazerem com que a equipe atingisse a principal meta do ano. A aposta do clube para a reta final foi providencial. Ganhariam o reconhecimento de surgirem no local e hora certa.

Márcio Corrêa preparador físico Criciúma Argel (Foto: João Lucas Cardoso)Com Argel edita dobradinha salvadora para o Criciúma Argel (Foto: João Lucas Cardoso)
 
- Sinceramente eu acho que chegaram na hora exata. Se não fossem eles, não sei se o Tigre chegaria em condição de garantir a permanência. Todo mundo dava o Criciúma como morto. Eles chegaram e conseguiram trazer este brio ao time e ressuscitar o Criciúma, para aqueles que diziam que tínhamos perdido. Conseguiram levantar o Criciúma. Contou muito o trabalho do Márcio. Ele é um excelente profissional, sempre escuta a gente. O encontro frequentemente lendo livros, dá para ver que estuda muito – afirma o zagueiro Ewerton Páscoa.  

Especializado em fazer render
Os 20 anos dedicados ao futebol não servem para que o ‘bruxo’ tenha fórmulas prontas. A experiência ajuda no trato com os jogadores, e não à toa é reconhecido por comandados como um homem de diálogo. É na academia e na pesquisa que se mantém em dia com os avanços na área em que trabalha, além de participações em seminários ou estágios. Por isso, o ex-goleiro Danrley, hoje deputado federal, não fica surpreso com os avanços do Criciúma com o profissional que o comandou no Grêmio, em 2003.

Márcio Corrêa preparador físico Criciúma Henik (Foto: João Lucas Cardoso)Papo com os atletas: o diálogo é uma de suas marcas (Foto: João Lucas Cardoso)
 
- Não me surpreende a arrancada do Criciúma porque o Márcio é um profissional que tem muito conhecimento sobre preparado. Se era isso que faltava ao time, ele é responsável pela ascensão que teve. É um cara que sabe o tempo de cada. Se precisa individualizar o trabalho com algum atleta, ele vai e faz. Ele é capaz de fazer os jogadores tenham condições de render mais – conta o amigo.

Da experiência de seis anos entre trabalhos e estágios em clubes da Ásia, Europa e América Latina, Márcio Corrêa recolocou no Criciúma trabalhos físicos voltados a situações de jogos. Os treinamentos de força e velocidade em caixas de areia ou tiros de mil metros não estão na cartilha do ‘bruxo’ moderno – o que considera como bobagens. A atividade tem bola e implica nos comandados a elevação da capacidade para situações corriqueiras ao longo nos 90 minutos.

- Nossa metodologia de uma forma geral está baseada nas atividades e deslocamentos que ocorrem nos jogos, sempre procurei entender os exercícios de jogo para as cargas que eu aplicasse nos treinamentos se tornasse atraentes e satisfatórias para o rendimento competitivo, ou seja, treino o que acontece durante o jogo. Fiquei muito satisfeito ao ver a disposição de toda a equipe depois de nossa chegada, buscamos um rumo novo para o grupo, traçamos um objetivo mútuo para cada partida a ser superada. Ficou evidenciada ao público a mudança de atitude e da qualidade de jogo da equipe. Por exemplo, na vitória contra o Coritiba, fora de casa (na 35ª rodada), nós fizemos o gol e continuamos atacando o adversário até o final do jogo. Contra o Atlético-PR, em casa (na rodada anterior), fizemos outra partida belíssima de empenho total de todos os atletas. Mantivemos uma intensidade competitiva  – celebra o preparador.  

Volta, e por cima
O retorno de Márcio Corrêa ao Heriberto Hülse ocorreu cerca de seis meses depois que partiu. Ele esteve na comissão técnica do ano anterior, na campanha do acesso. Mas também não resistiu aos maus resultados da equipe nos primeiro trimestre. Porém, só ele voltaria rapidamente. O trabalho na campanha do acesso fez com o presidente Antenor Angeloni o escolhesse para tentar dar a força que o Criciúma precisava para arrancada.

Márcio Corrêa preparador físico Criciúma (Foto: João Lucas Cardoso)Arranca junto: Márcio Corrêa corre com os jogadores do tigre (Foto: João Lucas Cardoso)
 
Foi um curto período longe do estádio criciumense, mas ainda assim o preparador acredita ter se deparado com um Tigre diferente, porém igualmente desafiador. Se antes ele tinha que lutar pelo sonho do acesso, desta vez era para dar fim a um pesadelo.

- Quando cheguei ao clube para finalizar a temporada de 2013 o encontrei muito diferente do que deixei, quando praticamente lideramos todo o Campeonato Brasileiro da Seérie B e fomos vice-campeões. Agora a historia era outra, era lutar contra o monstro do rebaixamento. Isso é uma situação absolutamente difícil e desagradável, mas somos profissionais e vivemos de desafios. 

Missão dada e cumprida. Nas nove primeiras partidas desde seu retorno, o Criciúma apresentava sinais de crescimento e amealhava alguns pontos. A partir da 33ª rodada, o Tigre disparou. Chegou na última rodada precisando apenas de um empate e com a notável invencibilidade de sete partidas. Perdeu a partida final, mas o esforço não foi em vão porque o Vasco caiu e carimbou a permanência do Carvoeiro na primeira divisão.

- A prova de que o trabalho deu certo é o aproveitamento de praticamente 60% desde que assumimos a preparação dos atletas juntamente com o Argel. Foram muito boas as apresentações do Criciúma nos últimos jogos. Além disso, o que vinha ocorrendo de lesões também retrocedeu muito. No departamento médico estiveram praticamente jogadores reincidentes de lesões anteriores, quando nem mesmo estávamos de volta ao clube.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/criciuma/noticia/2013/12/bruxo-marcio-correa-extrai-forca-do-criciuma-para-fugir-do-rebaixamento.html