domingo, 18 de agosto de 2013

Loffredo: 'São Paulo está se empenhando em ser rebaixado'

Comentarista do SporTV afirma que diretoria não parece ter percebido o risco que o clube corre. 'Está seguindo a cartilha do rebaixamento'

Por SporTV.com Rio de Janeiro

O São Paulo vive uma situação difícil no Campeonato Brasileiro, sem vencer há 11 rodadas e em penúltimo lugar na classificação, com apenas dez pontos em 13 jogos. Neste domingo, o Tricolor Paulista tenta quebrar a série negativa na partida contra o Flamengo, em Brasília. Na opinião do comentarista do SporTV André Loffredo, o Tricolor "não tem time para ser rebaixado", mas a diretoria "está seguindo a cartilha do rebaixamento".


- Pode até não cair, mas está fazendo exatamente o que todas as grandes equipes fizeram nos anos em que foram rebaixadas. E agora o passo seguinte da diretoria do São Paulo é achar que o time não está correndo risco. Quando se começa a achar que não está correndo risco e não se concentra no objetivo de tirar o time daquela situação, acha que o objetivo vai além, pode complicar - disse o jornalista.

Para Loffredo, o treinador Paulo Autuori e os atletas parecem ter mais consciência do risco que o time corre que os dirigentes.

- Me parece que o Paulo Autuori e os jogadores estão conscientes que a situação do São Paulo neste ano é esta: lutar contra o rebaixamento. Me parece que os dirigentes não têm esse pensamento. E isso é mais um passo na cartilha do rebaixamento. Pode não acontecer, mas o São Paulo está se empenhando em ser rebaixado.

Flamengo e São Paulo se enfrentam no estádio Mané Garrincha, às 16h.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/programas/troca-de-passes/noticia/2013/08/loffredo-sao-paulo-esta-se-empenhando-em-ser-rebaixado.html

Harfouch monta ‘harém’ na Meia com Alfradique, Flávia Rubim e Fe Pontes

No pelotão EU ATLETA do evento deste domingo no Rio de Janeiro, cada um conta sua experiência (ou falta dela) nas provas de corrida de rua

 Por Rio de Janeiro

Mouhamed Harfouch já chegou avisando que, para fazer 5km, vai precisar de um skate. Aos 35 anos, o ator que ficou conhecido como o Homem Bomba Hussein de Pé na Jaca, diz que é mais habilidoso em esportes com bola, mas a boa companhia o inspirou a tentar a sorte na Meia Maratona do Rio de Janeiro, neste domingo. Harfouch estava bem cercado por Monique Alfradique, Flávia Rubim e Fernanda Pontes no pelotão EU ATLETA.

- Você vai sair de casa a essa hora não é só para correr, é para estar bem acompanhado, e vamos ver o que consigo fazer - disse.

Bem diferente das acompanhantes, Monique Alfradique corre desde os 16 anos e mostrou preparo físico ao desfilar em todas as escolas de samba de São Paulo no Desafio do Faustão.

Corrida 5Km eu atleta meia do rio de janeiro (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)Harfouch no meio das atrizes no evento deste domingo (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
 
- Antes corria até provas de 16km, mas tive uma lesão no joelho e fiquei parada. Mas gosto muito de correr e fazer boxe também, é bom para quebrar um pouco o jeito menininha - contou, para susto de Harfouch, que brincou dizendo ter medo da atriz.

O joelho também impede que Flávia Rubim, de Malhação, corra com a regularidade que gostaria. A atriz faz exercícios na areia e Cross Fit, mas estava afastada por conta de uma lesão de ligamentos.

- Além do joelho, que é um problema antigo, tive uma lesão no tornozelo e fiquei de muletas por dois meses. ompletar os 5km foi uma grande vitória - comemorou.

Corrida 5Km eu atleta meia do rio de janeiro (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)Harfouch e Flávia Rubim fizeram os 5km em 35 minutos (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
 
**Mais reportagens sobre a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro em breve**

 
FONTE:

Recheado de carrascos, Flamengo tenta afundar ainda mais o São Paulo

Quatro titulares do Rubro-Negro tiveram passagem pelo Corinthians, com bom aproveitamento diante do rival. Times se enfrentam neste domingo

Por GLOBOESPORTE.COM Brasília

Jogador/treinador Jogos pelo Corinthians contra o São Paulo Gols
Felipe (goleiro) 8 jogos (4 vitórias e 4 empates) 5 gols sofridos
Chicão (zagueiro) 11 jogos (7 vitórias, 1 empate e 3 derrotas) 1 gol marcado
Elias (volante/meia) 7 jogos (6 vitórias e 1 empate) 5 gols marcados
André Santos (lateral/meia) 4 jogos (2 vitórias e 2 empates) 1 gol marcado
Mano Menezes (técnico) 7 jogos (4 vitórias e três empates)    
O Flamengo já andou tendo um caso com a zona de rebaixamento. Passou pelas últimas quatro posições em cinco rodadas (2ª, 3ª, 4ª, 6ª e 10ª). Mano Menezes foi encontrando melhores formas de formar a equipe e hoje a 11ª posição, com 18 pontos, não é o que a torcida sonha, mas já não é tão desesperadora. Enquanto isso, o São Paulo transformou um flerte que teve início na 9ª rodada em um namoro duradouro, e os paulistas vivem situação conturbada. A última vez que venceram na competição foi na segunda partida, na goleada (5 a 1) contra o Vasco, quando o treinador Paulo Autuori, atual comandante tricolor, dirigia os cariocas. A chance, tanto para os rubro-negros alçarem voos mais altos, como para os tricolores respirarem um pouco mais aliviados é neste domingo, no Mané Garrincha, em Brasília, às 16h (horário de Brasília).
Para calafrio do lado preto, branco e vermelho do jogo, alguns carrascos do passado podem aparecer como fantasmas mais assustadores ainda no atual momento. Quatro jogadores que devem iniciar a partida como titulares, mais o técnico Mano Menezes, conhecem bem o São Paulo do tempo em que defendiam o Corinthians. E o retrospecto é totalmente favorável aos ex-corintianos. Somente Chicão foi derrotado pelo Tricolor (veja os retrospectos na tabela acima).

Mas Chicão foi também quem mais enfrentou o adversário. Fez gol e tudo. No Brasileiro de 2009, marcou de falta um dos gols na vitória por 3 a 1. Por falar em falta, virou o cobrador oficial do Flamengo logo após a estreia. Pudera: fez o gol no empate por 1 a 1 com o Goiás em uma bonita cobrança. Está mantido no time. Luiz Antônio entra na vaga de Léo Moura, vetado com lesão na coxa, e Hernane está mantido no ataque, mesmo com o boliviano Marcelo Moreno à disposição de Mano Menezes.

Para amenizar a crise do Tricolor paulista, Paulo Henrique Ganso pode ser uma saída. Paulo Autuori garantiu que o meia será o titular contra o Fla. A tensão, no entanto, não deixa o Morumbi. Durante a semana o técnico falou sobre a possibilidade de rebaixamento e garantiu que vai até o fim com a equipe. O São Paulo a maior crise de sua história no Campeonato Brasileiro e Paulo Autuori sabe que precisa quebrar imediatamente a série de tropeços para não se complicar ainda mais.

A Globo transmite a partida para Globo para SP, RJ (menos Rio de Janeiro), MG, ES, RS, SC, GO, MT, MS e Regiões Norte e Nordeste. O jogo será exibido para todo o país pelo PremiereFC, em sistema pay-per-view, e acompanhado em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM com vídeos exclusivos.
header as escalações 2

Flamengo: Mano Menezes testou Marcos González ao lado de Chicão na zaga, mas disse que só decidira entre o chileno e Wallace momentos antes da partida. Já Luiz Antonio foi confirmado e atuará improvisado na vaga de Léo Moura, na lateral direita. Marcelo Moreno, que está à disposição após duas semanas, ficará no banco de reservas, com Hernane mantido no ataque da equipe. Assim, o Flamengo deve entrar em campo com Felipe, Luiz Antonio, Chicão, González (Wallace) e João Paulo; Cáceres, Elias, André Santos e Gabriel; Nixon e Hernane.
São Paulo: Paulo Autuori não revelou a formação, mas adiantou que Ganso voltará a ser titular no meio de campo. Lucas Evangelista, Jadson e Osvaldo são os candidatos a sair. O lateral-direito Douglas cumpriu suspensão e deve voltar na vaga de Reinaldo, desgastado fisicamente. Assim, Clemente Rodríguez passaria para a esquerda. A provável formação é a seguinte: Rogério Ceni, Douglas, Rodrigo Caio, Rafael Toloi e Clemente Rodríguez; Wellington, Fabrício, Lucas Evangelista e Ganso; Osvaldo (Jadson) e Aloísio.
quem esta fora (Foto: arte esporte)

Flamengo: o lateral-esquerdo Ramon e o lateral-direito Léo Moura, com lesão na coxa.
São Paulo: os zagueiros Edson Silva (inflamação no joelho direito) e Paulo Miranda (lesão na coxa esquerda), além do centroavante Luis Fabiano (lombalgia).
header pendurados (Foto: ArteEsporte)
Flamengo: Elias, Hernane, Léo Moura e Luiz Antonio.
São Paulo: Lúcio, Luis Fabiano, Paulo Henrique Ganso e Rodrigo Caio.
header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Ricardo Marques Ribeiro (Fifa/MG) apita o jogo, auxiliado por Guilherme Dias Camilo (MG) e Marrubson Melo Freitas (DF). O árbitro trabalhou em quatro partidas neste Brasileiro. Ricardo Marques aplicou 4,8 cartões amarelos em média e nenhum vermelhos. Ainda marcou média de 35,8 faltas por jogo e assinalou dois pênaltis (0,5 por partida). O campeonato tem média de 4,2 cartões amarelos e 0,3 cartões vermelhos. São 33,8 faltas em média por partida e 0,2 pênalti por confronto.
header_estatisticas (Foto: arte esporte)
Flamengo: a equipe de Mano Menezes está há quatro jogos invicta neste Brasileiro. Além disso, ainda não foi derrotada em partidas no Mané Garrincha: foram cinco jogos, com duas vitórias e três empates. O Flamengo é uma das equipes que mais sofrem faltas no campeonato e pode se aproveitar das bolas paradas para finalizar ao gol do São Paulo, principalmente com André Santos e Chicão, especialistas na função. Apesar de ser o segundo time que mais finaliza, o aproveitamento é baixo: em média, a equipe precisa de 12 arremates para marcar um gol.
São Paulo: o aproveitamento do Tricolor é melhor fora de casa neste Brasileirão. Dos 10 pontos conquistados, seis foram ganhos em partidas como visitante. A equipe tem a pior média de passes errados do Brasileirão, com 35,8 por partida. O time também precisa se atentar ao posicionamento ofensivo, já que lidera o número de impedimentos assinalados, com 48 (média de 3,7 por jogo). Além disso, é um dos que mais sofrem faltas na competição (média de 18,9 por partida), o que pode ser um prato cheio para Rogério Ceni.
header_na_historia (Foto: arte esporte)
Athirson ainda estava iniciando a carreira de jogador profissional. Assim como Denilson e Dodô. Os três começaram no banco. O primeiro, à espera de uma chance no Flamengo. Os outros dois queriam ajudar o São Paulo na noite da estreia de Silas pelo Tricolor. Mas deu Athirson. No dia 11 de outubro de 1997, o lateral-esquerdo entrou no lugar de Evandro e fez o gol da vitória, no Maracanã. Na ocasião, o Flamengo, comandado por Paulo Autuori, hoje técnico do São Paulo, encerrou um jejum de quatro jogos sem vencer o adversário. Veja aqui a ficha do jogo na Futpédia.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/08/recheado-de-carrascos-flamengo-tenta-afundar-ainda-mais-o-sao-paulo.html

Por vaga no G-4, Timão e Coritiba duelam em 'jogo de seis pontos'

Concorrentes diretos na parte de cima da tabela, paulistas e paranaenses se enfrentam para incomodar líderes e recuperar embalo no Brasileiro

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

Dois pontos separam Corinthians e Coritiba na tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Enquanto o Timão, fora do G-4, acumula 22, o Coxa, dentro da zona de classificação à Taça Libertadores da América, tem 24. Donos de campanhas semelhantes na competição nacional, as equipes se enfrentam neste domingo, às 16h (horário de Brasília), no estádio do Pacaembu, para retomar o caminho das vitórias e se aproximar da ponta. Ambos são, ao lado de Botafogo e Internacional, os times que menos perderam no Brasileirão: saíram de campo sem nenhum ponto apenas duas vezes no torneio.

Sem perder desde a sétima rodada, o Alvinegro ficou no empate sem gols com o Fluminense na última quarta-feira. Já o Alviverde se salvou da derrota contra a Portuguesa em casa no minuto final, arrancando um ponto da partida. Um vacilo neste domingo pode custar caro a ambos os times: do primeiro ao décimo colocado, todos podem terminar a rodada no G-4.

A TV Globo transmite a partida para o estado do Paraná, enquanto o PremiereFC 3 transmite para todo o Brasil. O GLOBOESPORTE.COM acompanha o confronto em Tempo Real, com vídeos exclusivos, a partir das 15h30m.

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Corinthians: Tite fez algumas mudanças no setor ofensivo. Paolo Guerrero, cansado por causa de uma longa viagem com a seleção peruana, fica no banco. Pato continua como titular. No meio, Renato Augusto e Danilo jogam juntos. Por isso, Romarinho foi sacado - por opção técnica. Ibson foi confirmado como substituto de Guilherme. O time: Cássio; Edenílson, Gil, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Ibson; Renato Augusto, Danilo e Emerson; Alexandre Pato.
Coritiba: o técnico Marquinhos Santos depende do departamento médico para escalar o Coxa. A tendência é que Júnior Urso retorne no meio-campo, enquanto Keirrison deve ficar no banco de reservas. Arthur pode ser a novidade no ataque, ao lado de Bill - já que Deivid está fora. A provável escalação deve contar com Vanderlei; Victor Ferraz, Luccas Claro, Chico e Diogo; Júnior Urso, Gil, Bottinelli e Robinho; Zé Rafael (Arthur) e Bill.

quem esta fora (Foto: arte esporte)
Corinthians: os volantes Guilherme (lesão muscular na coxa esquerda) e Guilherme Andrade (recuperando-se de cirurgia no pé direito) são os desfalques.
Coritiba: Alex, Deivid, Leandro Almeida, Lincoln, Geraldo, Willian, Raul Ibérbia e Sérgio Manoel estão em tratamento médico. Emerson pediu para ficar de fora, pois quer acertar os detalhes da transferência para o Atlético-MG.

header pendurados (Foto: ArteEsporte)

Corinthians: Danilo, Douglas e Paulo André.

Coritiba: Bill, Chico, Deivid e Gil.

header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Péricles Bassols Cortez (Fifa/RJ) apita o jogo, auxiliado por Kleber Lucio Gil (SC) e Nadine Camara Bastos (SC). O árbitro trabalhou em cinco partidas neste Brasileiro, inclusive Bahia x Corinthians, na 6ª rodada. Péricles Bassols aplicou 5,0 cartões amarelos em média e um vermelhos (0,2 por partida). Ainda marcou média de 42 faltas por jogo e não assinalou pênaltis. O campeonato tem média de 4,2 cartões amarelos e 0,3 cartões vermelhos. São 33,8 faltas em média por partida e 0,2 pênalti por confronto.

header_estatisticas (Foto: arte esporte)

Corinthians: o Timão está há sete partidas sem perder. Porém, seu último revés foi justamente jogando no Pacaembu, diante do Atlético-MG, na 7ª rodada. Falando no estádio, o clube tem um amplo retrospecto favorável diante do Coxa em Campeonatos Brasileiros. Foram dez jogos, com oito vitórias, um empate e uma derrota, esta em 1971. A equipe alvinegra é dona da melhor defesa da competição, com apenas seis gols levados, sendo apenas dois sofridos em casa. Porém, é o segundo time que menos gols marcou (13), e o quarto time que menos finaliza, com média de dez arremates por confronto.

Coritiba: o Coxa é o rei dos empates jogando fora de casa. Em seis partidas, foram quatro igualdades, uma vitória e uma derrota. Sem Alex, a equipe perde sua principal referência na hora de marcar. O meia foi responsável direto por nove dos 19 tentos no Brasileirão, sendo seis gols marcados e três passes para gols dos companheiros. Apesar de o Corinthians ser um time que chuta pouco, é bom o Coxa se resguardar, pois sua defesa tem sofrido com os ataques adversários. O goleiro Vanderlei é o que mais fez defesas difíceis neste campeonato: foram 32, média de 2,3 por confronto.

header_na_historia (Foto: arte esporte)
O Corinthians tinha um time forte no Brasileirão de 2005. Não à toa ficou com o título, em uma temporada memorável de Tevez. No dia 3 de agosto, pela 17ª rodada da competição nacional daquele ano, o atacante brilhou: marcou duas vezes na vitória por 3 a 0 sobre o Coritiba - Bobô completou o placar. Veja a ficha técnica do jogo no Futpédia.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/08/por-vaga-no-g-4-timao-e-coritiba-duelam-em-jogo-de-seis-pontos.html

'Bolt das maratonas', Mutai desvia de poças d'água e vence a Meia do Rio

Homem mais rápido do mundo em provas de longa distância, queniano ignora pista molhada e garante o título com folga e direito a recorde

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Geoffrey Mutai chegou ao Brasil com status de estrela. Não era para menos. Com o "pé nas costas", o homem mais rápido do mundo em provas de longa distância fez jus às comparações com o Usain Bolt. Depois de provar as delícias da culinária brasileira, o queniano também pôde experimentar neste domingo o gostinho de vencer pela primeira vez a Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro. Nem as poças d'água depois de uma madrugada chuvosa atrapalharam o maratonista. Decidido, impôs um ritmo forte e não quis nenhuma companhia por perto. Como se estivesse passeando pela Cidade Maravilhosa, correu boa parte do percurso sozinho até cruzar, soberano, a linha de chegada em primeiro lugar. Em sua estreia, ainda bateu o recorde da prova.

Mutai meia maratona do rio de janeiro (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com) 
Com tranquilidade, Mutai cruza em primeiro a Meia do Rio (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
 
O melhor brasileiro foi Giovani dos Santos. O corredor fechou a prova em quarto lugar. Ainda que sonhasse bater Mutai, ele comemorou o resultado.

- Acho que a gente tem de ficar satisfeito com o tempo. Eu queria abaixar o tempo. Tem de subir de degrau em degrau. Competir com esses quenianos , atual recordista mundial, é uma honra – disse, em entrevista à TV Globo.

A chuva que caiu na madrugada deste domingo tentou atrapalhar a festa de Mutai. O tempo mais frio e a enorme quantidade de poças d'água pela orla carioca foram alguns dos impecilhos para os atletas da XVII Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro. O queniano mais veloz do mundo em provas longas, porém, tirou de letra. No início do percurso, se manteve junto com o primeiro pelotão, mas não demorou muito para se destacar do grupo. Depois, foi só abrindo cada vez mais distância até cruzar, com muita vantagem, em primeiro lugar. Com o tempo de 59m56 bateu o recorde da prova.

  
Mutai carrega no currículo o melhor tempo em maratonas, com 2h03m02s, marca conquistada em Boston, em 2011. Também é campeão das provas de Nova York, em 2011, e de Berlim, no ano passado. O queniano ficou animado com o convite de correr pela primeira vez no Brasil. Fez questão de provar a culinária brasileira e distribuiu elogios às praias e mulheres do país.

Geoffrey Mutai Cristo atletismo (Foto: Divulgação) 
Geoffrey Mutai ficou encantado com o Cristo Redentor na sua primeira vez no Brasil (Foto: Divulgação)
 
O evento, que costuma atrair atletas do país e do mundo inteiro, reuniu cerca de 20 mil corredores profissionais e amadores pela orla da zona sul carioca. A largada da Meia Maratona foi em São e a chegada no Aterro do Flamengo, em um percurso de 21.097m.

Domínio queniano também no feminino
Entre as mulheres, mais uma vez o Quênia mostrou sua força nas provas de longa distância. O pódio foi dominado por corredoras do país. Uma das favoritas ao título, Nancy Kipron levou a melhor, com o tempo 1h11s06. Campeã da São Silvestre 2012, Maurine Kipchumba acompanhou o ritmo de sua compatriota até os últimos metros, mas perdeu o fôlego e terminou em segundo (1h11s07). A brasileira Cruz Nonata foi a melhor corredora da casa, em quarto lugar.

nancy kipron meia maratona do rio de janeiro (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)Nancy Kipron cruza a largada em primeiro lugar (Foto: Alexandre Durão / Globoesporte.com)
 
FONTE:

Aos 80, maior artilheiro de uma Copa revela: 'Quase joguei no Botafogo'

Lenda do futebol, francês Just Fontaine celebra carreira, relembra semifinal contra o Brasil em 58 e fala como seguiu no futebol após a aposentadoria

Por Igor Castello Branco Rio de Janeiro

Rua Franc, 13. A casa no centro de Toulouse, no Sul da França, é simples e confortável, e pertence a um senhor que tem presença obrigatória em toda publicação sobre a história da Copa do Mundo. Em cima da lareira, uma Chuteira de Ouro, honraria pela façanha que nenhum outro jogador conseguiu superar até hoje. É o cartão de visitas de Just Fontaine cujo número da residência jamais será sinônimo de azar. Pelo contrário. É uma predileção e um velho companheiro que garantiu sua consagração: o maior artilheiro de uma Copa do Mundo. Mais de meio século depois de marcar 13 gols na edição de 1958, na Suécia, ele ainda é o detentor de um dos recordes mais antigos do futebol. Aquele foi o único Mundial disputado pelo lendário atacante da seleção francesa, que às vésperas de completar 80 anos (no domingo) revelou ao SporTV que esteve bem perto de defender o Botafogo e relembrou o capítulo mais nobre de sua carreira - marcada por muitos gols, porém encerrada de forma triste e precoce.

- São 80 anos. Ainda me sinto um garoto. Tudo vai muito bem. E lembro de tudo como se fosse ontem. Em 1959, um ano depois de eu ter vivido meu auge na Copa da Suécia, o Botafogo ligou para o presidente do Reims porque queria me contratar.  A transferência, infelizmente, não aconteceu porque Kopa (um dos grandes craques da equipe) já havia saído alguns anos antes para Real Madrid. E o presidente não queria que outro atacante da equipe saísse. Tanto que eu tinha um contrato de três anos, assinado. Acho que o dinheiro era pouco para garantir a transferência, não sei. Nesse período de “indecisão”, já em 1960, quebrei minha perna (dupla fratura na perna direita) e não pude seguir com a minha carreira depois. Eu gostaria muito de ter jogado no Brasil porque adoro o futebol brasileiro - afirmou.

As rugas no rosto denunciam a passagem do tempo. São 80 anos bem vividos, maturados entre a agitação de Toulouse e a tranquilidade paradisíaca da Côte d'Azur, balneário francês, onde se refugia para lembrar dos bons momentos que viveu no futebol. Just Fontaine envelheceu, mas não para de sorrir, carrega a alegria característica dos atacantes. É eterno. Há mais de 50 anos, a cada edição de Copa do Mundo, o nome de Justo, como era carinhosamente chamado pelos franceses, sempre é mencionado. Ágil e veloz, ele era um finalizador nato, bom cabeceador e surpreendentemente com os dois pés.

Na Copa da Suécia, marcada especialmente pelo surgimento de Pelé, surpreendeu o mundo, vivendo o auge de uma fase que havia começado dois anos antes na mítica equipe do Reims da década de 1950. 
E foi por suas atuações históricas com a camisa da seleção francesa, ao lado de Raymond Kopa (o maior craque francês da época), Roger Piantoni e cia., que o goleador ridicularizou as probabilidades e afrontou as expectativas negativas de um país que tentava sustentar um colonialismo fracassado na África. Assim edificou um mito, assim ascendeu ao restrito mundo dos imortais

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- Aquele foi o mais belo dos sonhos. Bom... Eu achei, por muito tempo, que alguém fosse capaz de bater meu recorde, mas já se passaram 55 anos e até agora nada. Atualmente, eu começo a duvidar dessa possibilidade. É muito difícil. Naquela época, o gol era a nossa maior riqueza, mas sinceramente eu não estava pensando e nem estava focado na artilharia. Aconteceu naturalmente. Lembro-me de todos os que marquei, desde o primeiro ao último jogo. Aliás, todos foram muito bonitos. Mas até hoje guardo um carinho especial pelo gol que fiz contra o Brasil (risos). Até enfrentar a gente na semifinal, Pelé e companhia ainda não tinham sofrido nenhum. E eu fui o responsável por vazar a meta canarinha. A imprensa falou muito daquele gol - afirmou, em entrevista por telefone.

Just Fontaine (Foto: Arquivo / GLOBOESPORTE.COM) 
Just Fontaine fala com o SporTV.com por telefone direto de Toulouse (Foto: Arquivo / GLOBOESPORTE.COM)
 
Do Mundial de 58 exala nostalgia. Mas tudo começou de forma meio desacreditada, sem grandes pretensões, lembra Fontaine.

- A equipe que estreou na Copa do Mundo, contra o Paraguai, não tinha feito um jogo junta. Eu e o Kopa, por exemplo, nunca tínhamos estado lado a lado antes do Mundial. Por isso, nosso grupo foi para Suécia três semanas antes do início do torneio para se preparar melhor, realizando alguns amistosos lá. Ninguém acreditava na gente. Nem os torcedores, nem a imprensa e nem a própria federação, que só fez uniformes para os três primeiros jogos da competição. Achavam que seríamos eliminados na primeira fase. Só a gente (os jogadores) acreditava. Montamos uma boa equipe, muito ofensiva.

Curiosamente, assim como alguns dos maiores jogadores da história da seleção francesa, Just Fontaine tem sangue estrangeiro. Natural de Marrakech, no Marrocos, de pai francês e mãe espanhola, ele iniciou sua carreira profissional aos 17 anos no USM Casablanca em 1950. Nas duas temporadas seguintes, o atacante ajudou o time marroquino a faturar o bicampeonato nacional e a ganhar a Copa dos Campeões do Norte da África (extinto torneio entre os campeões das colônias francesas - Marrocos, Argélia e Tunísia), chamando a atenção de clubes europeus.
Em julho de 1953, um mês antes de completar 20 anos, rumou para a França e foi jogar pelo Nice, clube pelo qual foi campeão da Copa da França (1953/54) e do Campeonato Francês (1955/56). Em 1956, assinou com o clube mais poderoso do futebol francês da época, o Reims, que havia perdido Raymond Kopa para o Real Madrid. Na equipe vermelha e branca, desfilou todo seu talento, mostrou instinto de goleador e foi peça fundamental na conquista de três campeonatos franceses (1957/58, 1959/60 e 1961/62) e uma Copa da França (1957/58). Além disso, chegou a ser vice-campeão da Liga dos Campeões 1958/59, sendo o artilheiro do torneio com dez gols.

Just Fontaine (Foto: Arquivo / GLOBOESPORTE.COM) 
Just jogou no poderoso Reims da década de 50  (Foto: Arquivo / GLOBOESPORTE.COM)
 
- Quando eu era jovem no Marrocos, gostava muito de jogar basquete (pela manhã) e futebol (à tarde) aos domingos. Nasci em Marrakech, mas mudei para Casablanca, a maior cidade do Marrocos, onde estudei no Liceu Lyautey. Nesse período mais ou menos, o USM Casablanca, um clube local, se propôs a pagar meus estudos, e acabei virando jogador. No meu país natal, ganhei títulos importantes, e um empresário quis me levar para a França por causa das boas atuações na Copa dos Campeões do Norte da África. Aí tive uma discussão muito dura com o Casablanca para comprar o meu passe e acabei conseguindo. Na França, fiz muito sucesso no Nice e depois assinei com o Reims, que era a base daquela seleção francesa de 1958. Nesses dois clubes, consegui me aprimorar tecnicamente e virei um grande goleador.

Embora nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1958 não tenha sido utilizado, Just Fontaine foi convocado para o Mundial por Albert Batteaux, que se dividia na função de técnico do Reims e da seleção francesa. Às vésperas do torneio, um fato mudou para sempre sua trajetória na seleção francesa, e para melhor. Atacante titular dos Bleus nos jogos de qualificação, René Bliard se machucou e não pôde ir para a Suécia. E o escolhido para substituir o craque? Um atacante de instinto matador e habilidoso que naquele instante começaria a maior aventura de sua vida. O nome dele: Just Fontaine, de 24 anos, artilheiro do Campeonato Francês de 1957/1958, com 34 gols em 26 jogos.

A partir deste episódio, a carreira de Just, embora de curta duração em âmbito internacional, tornou-se lendária. Pouco mais de 55 anos depois de fazer história na Suécia, ele ainda guarda doces lembranças do tempo que colocou seu nome na galeria dos notáveis e revela seu “segredo” para ter alcançado um ótimo desempenho na Copa de 58.

- Quando chegamos ao aeroporto de Estocolmo, na Suécia, o treinador disse que queria falar comigo e avisou que eu seria o titular, ocuparia a vaga de centroavante do René Bliard, que, inclusive, era meu companheiro no Reims. Fiquei bem entusiasmado. Eu tinha muita confiança no que podia fazer em campo, mas esse episódio acabou sendo muito importante para minha carreira. Foi formidável. Agora... acho que para alcançar aquele recorde na Copa do Mundo, minha grande vantagem foi ter operado o menisco em dezembro de 1957. Como voltei a jogar apenas em fevereiro do ano seguinte, tive um período de repouso que me permitiu estar mais inteiro do que os outros (atletas) em junho.

“Fresco” por causa de uma pausa de inverno não planejada para uma operação no joelho, o camisa 17 foi o artilheiro da Copa do Mundo de 1958: três gols na goleada de 7 a 3 sobre o Paraguai; dois na derrota de 3 a 2 para a Iugoslávia; um na vitória de 2 a 1 sobre a Escócia; dois nos 4 a 0 frente à Irlanda do Norte; um na derrota para o Brasil por 5 a 2 e quatro contra a Alemanha na partida que decidiu o terceiro lugar, vencida pelos franceses por 6 a 3. Ao todo, foram 13 gols – sete de perna direita, cinco de canhota e um de cabeça – em seis jogos. Uma marca sublime.

Como recompensa pela façanha, um jornal sueco deu um fuzil para Fontaine, simbolizando o título de artilheiro, já que naquela época ainda não havia um prêmio formal para destacar tal feito (a chuteira de ouro exposta em sua sala foi conseguida em 1998, graças a uma solicitação de Gary Lineker, artilheiro do Mundial de 1986, junto à Adidas, patrocinadora do prêmio). O número 13 tantas vezes associado aos dissabores impostos pelo azar foi neste caso motivo de glorificação para o atacante do Reims.

- Com a bola nos pés, eu só tinha olhos para o gol. Essa era minha maior virtude. Um fato curioso que aconteceu naquela Copa foi que bem perto da estreia eu fiquei sem uma de minhas chuteiras. E, na época, não tínhamos patrocinador. O que fazer? Felizmente, o Stéphane Bruey, que era reserva, também calçava 41 e me emprestou as dele. Quando acabou o campeonato, devolvi o par. Acho engraçado pensar que alguns dos meus gols foram inspirados pela soma de dois espíritos dentro do mesmo sapato. E detalhe: eu ainda poderia ter feito mais um gol numa cobrança de pênalti contra a Alemanha no último jogo, mas o Kopa tinha sido o escolhido para bater e não me ocorreu de pedir para cobrar.

Just Fontaine (Foto: Arquivo / GLOBOESPORTE.COM) 
Em cima da lareira, Chuteira de Ouro é o cartão de visitas de Fontaine (Foto: Arquivo / GLOBOESPORTE.COM)
 
Para se ter uma ideia da grandeza deste feito, basta lembrar que apenas Ronaldo (15 gols), Gerd Müller (14) e Miroslav Klose (14) estufaram as redes mais vezes do que o francês, com a diferença de que cada um disputou duas ou mais edições do torneio. Logo atrás de Fontaine, aparece Pelé, que anotou 12 gols, com quatro participações na competição (1958, 1962, 1966 e 1970).

Naquela época, apesar da magnitude do feito, o ex-jogador não dimensionou o tamanho de sua proeza, mas hoje atribui grande parte de seus gols ao fluxo constante de passes precisos de Raymond Kopa, eleito o melhor jogador do torneio, e ao futebol vistoso desempenhado pela França naquela Copa.

- Não tínhamos relação pessoal, mas tínhamos uma química muito boa em campo. Além disso, a equipe praticava um futebol ofensivo. Em seis partidas, chegamos a fazer 23 gols. Eu e o Kopa, inclusive, ficamos no mesmo quarto na concentração, mas nos víamos pouco. Tínhamos ritmos de vida completamente diferentes. Eu acordava e dormia cedo, ele dormia tarde e acordava tarde. Mas, no campo, nos entendíamos sem trocar uma palavra. Ele driblava, levantava a cabeça e a bola vinha na medida. Parecíamos almas gêmeas.

Ao longo da campanha, Just Fontaine brilhou, colecionou muitos gols, partidas inesquecíveis, amigos, vitórias, mas teve de amargar a decepção da semifinal perdida para o Brasil (por 5 a 2). O tom de voz tranquilo muda ao falar sobre o revés contra o esquadrão canarinho, sua maior mágoa.

- A vitória contra o Paraguai nos deu muita confiança. Quando fomos enfrentar o Brasil, não podíamos ficar só olhando. O Brasil de 1958 foi a equipe mais completa que já vi. Era o time mais forte em todos os sentidos. Tanto que não levou gol nos quatro primeiros jogos. Tinha jogadores como Nilton Santos, Djalma Santos e Garrincha, que fazia o que queria com os adversários. O Didi era o maestro. E o ataque tinha o Pelé, que já era espetacular. A gente sabia que não era superior, mas eram 11 contra 11. Ou melhor, foi até um certo momento do jogo. Ter aberto o placar teve um gostinho especial. No entanto, acabamos ficando com um a menos (Robert Jonquet se lesionou numa disputa com Vavá no fim do primeiro tempo e na época não tinha substituição) e jogamos assim durante todo o segundo tempo. Infelizmente, não deu para gente.
Vavá e Pelé Brasil França Copa 1958 (Foto: Getty Images) 
Com Pelé, Brasil vence a França por 5 a 2 na semfinal da Copa do Mundo de 1958 (Foto: Getty Images)
 
Na contramão dos louros que a façanha pôde proporcionar, o futuro do goleador, amplo e esplêndido, tornou-se cinzento. Dois anos depois da aventura na Suécia, Fontaine marcou contra o Chile, em Paris, os seus gols de número 29 e 30 com a camisa da seleção. Seriam os últimos. O motivo? Em março de 1960, em jogo válido pelo Campeonato Francês, Sikou, jogador do Sochaux, acertou um carrinho violento em Fontaine, que saiu de campo com dupla fratura na perna direita (lesão na tíbia e no perônio). Após nove meses de recuperação, o jogador do Reims voltou aos gramados graças à coragem e ao trabalho, mas a perna cedeu novamente no mesmo lugar durante um encontro com o Limoges FC, realizado em 1º de janeiro de 1961, e nunca mais foi o mesmo.

Resultado: Fontaine tinha 28 anos quando sua carreira chegou oficialmente ao fim em 5 de julho de 1962, poucas semanas depois da conquista do Campeão Francês 1961/62, seu último título.
- Foi um assassinato. Tenho as imagens do lance até hoje, mas não as vejo porque isso me faz muito mal. Perdoei o rapaz que me fez isso, mas lamento não ter continuado. Quase joguei no Botafogo! De 1959 para 1960, Botafogo e Barcelona queriam me contratar e chegaram a fazer propostas oficiais por mim. Com o Botafogo de Garrincha e Nilton Santos, aliás, as conversas estavam adiantadas. Sempre fui um admirador do futebol brasileiro, mas infelizmente não pude ir. O motivo? Além do presidente do Reims ter feito jogo duro, deixei de ser o atacante que era e passei a sentir medo dentro de campo por causa da lesão. Aos 28 anos, não deu mais para continuar. Desisti. Não conseguia jogar mais futebol. 

Após o fim prematuro da carreira, o ícone continuou vivendo e respirando futebol, sempre reverenciado por sua façanha. Inicialmente, fundou a União Nacional dos Futebolistas Profissionais, o sindicato dos jogadores da França, brigando por garantias e contratos melhores para a classe. Depois, aventurou-se como treinador e comentarista. E foi atuando à beira do gramado, numa nova função, que Fontaine alcançou outro recorde, ao qual considera uma "majestosa piada".

Just Fontaine frança (Foto: Getty Images) 
Just Fontaine marcou 30 gols em 21 jogos pelaFrança entre 1953 e 1960 (Foto: Getty Images)
 
- Em 1967, fui o técnico mais meteórico da história da seleção francesa. Após dois amistosos perdidos (Romênia e Rússia), eu já estava fora. Não resisti. Mais um recorde... (risos). Depois, treinei o Luchon, o Paris Saint-German, o Toulouse e a seleção do Marrocos. No PSG, fui muito bem. Aliás, fui o primeiro técnico do Paris Saint-Germain. Quando cheguei, o clube estava na Segunda Divisão. Eu fui o treinador responsável por levar o PSG à elite futebol francês em 1974/75 e ninguém pode apagar isso. Desde então, o clube nunca mais desceu e é bem provável que isso não aconteça tão cedo. Naquela época, apesar da grande contribuição de Daniel Hechter (presidente do clube), nossos recursos eram bem limitados. Agora, se eu tivesse esse aporte financeiro do Catar, tudo seria mais fácil (risos).

Naquele tempo, o futebol não lhe dera alegrias financeiras, apenas fama, faixas, taças e medalhas, mas garante que corria atrás da bola porque era a sua grande paixão. Hoje, bem melhor de vida e dono de duas lojas de roupa de grife em Toulouse, onde fixou residência, passa temporadas na Côte d'Azur, onde estende uma rede na varanda e aproveita o verão, comtemplando a bela vista que sua casa à beira-mar proporciona.

- Ainda recebo cartas de fãs e sou procurado por muitos jornalistas. Prefiro estar de fora e tentar ajudar com as minhas opiniões. Ao longo da minha carreira, ganhei o suficiente para viver bem e ter esse pequeno luxo. Soube administrar o dinheiro depois que parei de jogar, porque nunca fui gastador. Desde 1975, tenho minha casa em Toulouse, onde vivo ao lado da minha esposa Arlette. São 51 anos de casamento. Na época, quando comprei essa casa, eram dois números: o 11 e o 13. Como adquiri os dois e passei a ser o proprietário, nem preciso dizer qual número escolhi para ser meu endereço não é (risos) - concluiu.

Just Fontaine (Foto: Arquivo / GLOBOESPORTE.COM) 
Just Fontaine ainda guarda memórias de uma época de glórias (Foto: Arquivo / 
 
 
 
GLOBOESPORTE.COM)

Infográfico Just Fontaine (Foto: Editoria de arte / Globoesporte.com)

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/programas/sportv-news/noticia/2013/08/aos-80-maior-artilheiro-de-uma-copa-revela-quase-joguei-no-botafogo.html

De olho na tabela, Julio Cesar diz que Bota cria maturidade no Brasileiro

Lateral-esquerdo ainda lamenta o empate com o Internacional, mas ressalta importância de pensar apenas no confronto com a Portuguesa

Por Thales Soares Rio de Janeiro

O Botafogo vem de três empates seguidos no Campeonato Brasileiro, sempre saindo na frente de seus adversários. O último deles, quinta-feira, contra o Internacional, no Maracanã, aconteceu apenas aos 49 minutos do segundo tempo, o que deixou os jogadores extremamente frustrados com o resultado. (Confira os gols do empate com o Colorado no vídeo acima)

No entanto, o outro lado da questão é valorizado pelo lateral-esquerdo Julio Cesar. Para ele, o time vem adquirindo maturidade nesse momento do Campeonato Brasileiro para saber encarar as dificuldades de se manter a liderança da competição.

- A gente fica chateado pela forma que a equipe atuou, um grande jogo, contra uma grande equipe. Levar gol no último minuto é doído. Mas não tem tempo para lamentação. Não é só o Botafogo que está perdendo pontos. Corithians, Cruzeiro e Internacional também perderam. Esse campeonato é difícil e, mesmo com estes tropeços, somos líderes. Está chegando o momento crucial da competição, o importante é que estamos no bolo, criando maturidade, daqui a pouco vai virar e quem vai fazer gol no final será o Botafogo - afirmou Julio Cesar.

Julio Cesar botafogo treino (Foto: Satiro Sodré / SSPress) 
Julio Cesar acredita que os gols sofridos no fim dos jogos está dando maturidade ao Botafogo, e que isso não se repetirá mais. (Foto: Satiro Sodré / SSPress)
 
Na sequência do Campeonato Brasileiro, o jogador ainda acredita que a gangorra seguirá aprontando. O Botafogo perdeu apenas dois jogos na competição e vem construindo uma excelente campanha com o mando de campo, com cinco vitórias e dois empates, o melhor aproveitamento da competição como mandante ao lado do Cruzeiro.

- Tem sido assim desde o começo, esse perde e ganha, muitos empates. Campeonato Brasileiro não existe igual, é muito disputado. Você entra com 10 favoritos, é bem diferente. O mais importante é o Botafogo estar focado no seu desempenho e na sua regularidade. Em pouquíssimas partidas atuamos mal este ano, mesmo nas derrotas. Nossa equipe está bem centrada, bem ciente que tem que manter seu padrão de jogo - disse Julio Cesar.

O Botafogo volta a jogar neste domingo, contra a Portuguesa. A partida, válida pela 15ª rodada do Brasileirão, acontece às 16h, no estádio do Canindé, em São Paulo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2013/08/de-olho-na-tabela-julio-cesar-diz-que-bota-cria-maturidade-no-brasileiro.html

Lusa e Botafogo fazem jogo das vítimas de gols nos minutos finais

Paulistas e cariocas têm, somados, 14 pontos a menos na conta por causa de gols sofridos nos minutos finais. Partida será às 16h no Canindé

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

Para acompanhar o jogo entre Portuguesa e Botafogo neste domingo, às 16h (de Brasília), no Canindé, é melhor manter os olhos no campo até o último segundo de jogo. Gols sofridos nos minutos finais assombram os dois times neste Brasileiro, e, se o hábito se mantiver, como aconteceu na última rodada, a expectativa é de um duelo recheado de emoções pela 15ª rodada.
O Botafogo luta para se manter na liderança, e a situação poderia estar bem mais tranquila se não tivesse deixado a vitória escapar no finzinho contra Flamengo (1 a 1), Atlético-MG (2 a 2) e Inter (3 a 3), este na quinta-feira. Seriam mais seis pontos, que colocariam o Alvinegro com 32, contra 25 do Cruzeiro.
Na Portuguesa, a situação é ainda mais grave. De 14 rodadas, em cinco o time sofreu gols decisivos após os 40 minutos do segundo tempo - Náutico (2 a 2), Atlético-PR (2 a 3), Criciúma (1 a 1), Vitória (1 a 2) e Coritiba (1 a 1), na última quinta-feira. E em apenas um jogo sentiu o sabor inverso ao marcar nos acréscimos (o gol do goleiro Lauro, no empate com o Flamengo). São oito pontos desperdiçados que fazem muita falta para o time, que soma 13 e luta para fugir da zona de rebaixamento. Apesar de viver situação complicada na tabela, a Lusa tem conseguido tirar pontos dos times que brigam por título. Foi assim contra o Cruzeiro, Coritiba, Corinthians e Inter.
A TV Globo transmite a partida para a cidade do Rio de Janeiro e Distrito Federal. O jogo será exibido para todo o país pelo PremiereFC, em sistema pay-per-view, e acompanhado em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM com vídeos exclusivos.


header as escalações 2

Portuguesa: Guto Ferreira deve quebrar a cabeça para escalar a Portuguesa neste domingo. Talvez por isso tenha preferido não revelar a formação. O departamento médico segue cheio e, para piorar, Cañete, Diogo, Gilberto e Moisés Moura estão suspensos. Por outro lado, o meia Souza e o lateral-esquerdo Rogério estão de volta. A provável Lusa tem: Lauro; Luis Ricardo, Gustavo Tabalipa, Valdomiro e Rogério; Ferdinando, Jean Mota, Moisés e Souza; Bruno Moraes e Neilson.

Botafogo: Oswaldo de Oliveira terá retornos importantes para esta partida. Jefferson e Lodeiro, que defenderam a seleção brasileira e uruguaia, respectivamente, estão de volta, assim como Gilberto, que cumpriu suspensão na partida contra o Inter. Seedorf está confirmado. A equipe deve entrar em campo com: Jefferson, Gilberto, Bolívar, Dória e Julio Cesar; Marcelo Mattos, Gabriel, Lodeiro, Seedorf e Vitinho; Rafael Marques.


quem esta fora (Foto: arte esporte)

Portuguesa: Cañete, Diogo, Gilberto e Moisés Moura estão suspensos. Henrique, Ivan, Bruninho, Lucas Silva, Muralha, Washington, Romão e Diego Viana estão no departamento médico.
Botafogo: a equipe não tem suspensos para este jogo. Lucas, que se recupera de uma cirurgia no tornozelo esquerdo, e Cidinho, que operou o joelho, estão fora.

 

header pendurados (Foto: ArteEsporte)
Portuguesa: Bruninho, Correa, Ferdinando, Luis Ricardo e Valdomiro.
Botafogo: Dória, Julio Cesar, Lodeiro, Lucas, Renan, Seedorf e Vitinho.

 

header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Alicio Pena Junior (MG) apita o jogo, auxiliado por Katiuscia Berger Mendonça (SC) e Bruno Boschilia (PR). O árbitro trabalhou em quatro partidas neste Brasileiro. Alicio Pena Junior aplicou 5,3 cartões amarelos em média e três vermelhos (0,8 por partida). Ainda marcou média de 33,5 faltas por jogo e não assinalou pênaltis. O campeonato tem média de 4,2 cartões amarelos e 0,3 cartões vermelhos. São 33,8 faltas em média por partida e 0,2 pênalti por confronto.

 

header_estatisticas (Foto: arte esporte)
Portuguesa: desde 1992, a Lusa não é derrotada pelo Botafogo no Canindé em jogos de Campeonato Brasileiro. Desde então, foram cinco partidas disputadas, com três vitórias e dois empates. Até o momento, a equipe marcou 16 gols, e metade deles teve participação direta de algum dos suspensos para a partida deste domingo (Gilberto, Moisés Moura, Cañete e Diogo). Além disso, é o terceiro que menos chuta no Brasileirão (média de 9,8 finalizações por jogo). Com isso, pode encontrar dificuldades em marcar gols no Alvinegro.
Botafogo: dono do segundo melhor ataque do Brasileirão, com 24 gols marcados, o Botafogo é também o quarto time que mais finaliza no campeonato, com média de 14 arremates por jogo. O aproveitamento também é alto: marca, em média, um gol a cada oito finalizações. As únicas derrotas do time foram em dois dos sete jogos fora de casa (ainda com três empates e duas vitórias). Um dado positivo é que o Alvinegro fez gol em todas as partidas do campeonato.

 

header_na_historia (Foto: arte esporte)
O Botafogo era o atual campeão brasileiro. O adversário era a Portuguesa, a futura finalista da competição. E a Lusa foi com tudo para cima do time de Túlio Maravilha e companhia. Caio, Alexandre Gallo e Rodrigo Fabri (duas vezes) marcaram. Zé Carlos descontou para o Glorioso. Porém, o jogo não terminou com 90 minutos. Com cinco atletas expulsos (Wilson Gottardo, Souza, França, Otacilio e Wilson Goiano), os cariocas ficaram com número inferior ao exigido em campo, e o árbitro José Carlos Marcondes apitou o fim da partida, com 4 a 1 no placar. Veja aqui a ficha do jogo na Futpédia.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2013/08/lusa-e-botafogo-fazem-jogo-das-vitimas-de-gols-nos-minutos-finais.html

Chael Sonnen surpreende e finaliza Maurício Shogun no primeiro round

Brasileiro se descuida no jogo de solo e sofre uma guilhotina a segundos do fim do round. Americano vence pela primeira vez um campeão do UFC

Por Boston, EUA

  O que parecia impossível aconteceu. Com uma atuação sólida e segura, Chael Sonnen dominou e finalizou Maurício Shogun com uma guilhotina aos 4m47s do primeiro round na luta principal do UFC Fight Night Combate - Shogun x Sonnen, em Boston. O brasileiro não conseguiu se livrar do wrestling de Sonnen, foi dominado desde o começo e foi obrigado a desistir do combate após cometer um erro e expor o pescoço ao americano no fim do primeiro round. Após a luta, Sonnen desafiou publicamente outro brasileiro, Wanderlei Silva, para uma luta daqui a três meses.

- Essa luta é dedicada a minha avó Nathalie. Eu prometi que venceria Shogun hoje, e consegui. Estou na campanha por consciência contra o câncer. Eu sou o cara do momento. O que você vê é o que você tem. Se você quiser vencer Chael Sonnen, você tem que ser mau. Wanderlei Silva, 1,90m, 93kg. Até eu te conhecer, eu não sabia que podiam juntar tanta m*** tão alto! Wanderlei, em três meses, você contra o cara mau - disse Sonnen após a luta.

chael Sonnen Mauricio shogun UFC fight night (Foto: Agência Getty Images) 
Chael Sonnen finaliza Mauricio Shogun com uma guilhotina no primeiro round em Boston (Foto: Getty Images)
 
A luta começou com Sonnen buscando encurtar a distância para levar Shogun para o chão. O brasileiro tentou defender, mas ficou por baixo do americano, levantando-se rapidamente e derrubando o rival, ficando por cima. Sonnen tentou aplicar a guilhotina e buscou as costas de Shogun, que defendeu-se, mas foi derrubado novamente, mais uma vez ficando por baixo. O americano se mantinha no topo, e golpeava sem força, mas sempre pontuando.A dois minutos do fim do round, Sonnen fez postura e aplicou alguns socos em Shogun, que voltou a ficar por baixo no chão, defendendo-se como podia, envolvendo a cintura do americano com os braços.

Ao tentar levantar-se do solo, Shogun deixou o pescoço à mostra e Sonnen encaixou uma guilhotina. O brasileiro ainda tentou se defender, mas o golpe estava muito bem ajustado, e Maurício Shogun não teve outra opção a não ser desistir do combate, cedendo a vitória ao falastrão.

Banner Combate (Foto: Combate)
 

'Especialista em cotoveladas' espera por duelo com Neymar, sem cai-cai

Famoso por deixar olho de Cristiano Ronaldo roxo e quebrar nariz de argentino, David Navarro diz para craque se mirar em Messi e evitar quedas

Por Cláudia Garcia, especial para o GLOBOESPORTE.COM Barcelona, Espanha

David navarro levante (Foto: Agência Getty Images) 
David Navarro em ação pelo Levante: fama pelo estilo duro (Foto: Agência Getty Images)
 
Do alto de seu 1,88m de altura, o zagueiro David Navarro, de 33 anos, é dos mais temidos da Espanha. Não pela sua habilidade em desarmar atacantes, tampouco pela eficiência nas bolas aéreas. O jogador do Levante, adversário do Barcelona neste domingo, às 14h (de Brasília), no Camp Nou, pela primeira rodada do Campeonato Espanhol, foi protagonista de diversas entradas duras e agressões a adversários nos últimos anos, especialmente com cotoveladas. Neymar que se cuide quando entrar em campo para sua estreia oficial.

O espanhol não faz questão de esconder sua forma bruta de jogar, apesar de negar a fama de desleal. Titular do setor direito da defesa do time de Valência, deve encarar justamente Neymar, escalado na pré-temporada no lado esquerdo do ataque catalão, mas que deve começar no banco de reservas, segundo insinuou o técnico Gerardo Tata Martino na véspera da partida. Observador do estilo do brasileiro, o rival mandou um conselho claro ao craque da Seleção: não quer cai-cai.

- É um grande jogador, mas tem de se adaptar ao futebol espanhol. Você vê o Messi, nunca está sozinho, sempre conduz a bola no meio de três ou quatro jogadores, sofre alguns toques, mas raramente cai. O Neymar está sempre caindo, talvez o futebol brasileiro seja diferente - afirmou o zagueiro por telefone ao GLOBOESPORTE.COM.

David navarro levante lionel Messi barcelona (Foto: Agência Getty Images) 
David Navarro usa o braço para conter Messi: respeito ao estilo do argentino (Foto: Agência Getty Images)
 
Apesar de ter estudado o estilo de jogo do camisa 11 do Barça, Navarro admite não ter um plano específico para travar Neymar. O zagueiro tranquiliza o ex-santista sobre as duras faltas e assegura que a cotovelada que deu em Cristiano Ronaldo no confronto com o Real Madrid na temporada passada foi involuntária.

- Esse incidente foi involuntário. Eu não quero machucar colegas de profissão, muito menos o Messi, o Cristiano e o Neymar. Mas, infelizmente, são coisas que, por vezes, acontecem no futebol. Não me considero um zagueiro agressivo, demonstro confiança em campo, é o estilo espanhol. Com Neymar, simplesmente vou tentar evitar que ele chegue na bola, tenho de me antecipar. Mas não será só o Neymar em campo. Xavi, Iniesta e Messi são craques e estarão lá também, vou estar atento a todos - afirmou Navarro.

Cristiano Ronaldo olho inchado (Foto: EFE) 
Cristiano Ronaldo com o olho inchado depois de encarar David Navarro no Espanhol (Foto: EFE)
 
Apesar de recusar o rótulo de jogador agressivo, o currículo de Navarro demonstra precisamente o contrário. O zagueiro espanhol protagonizou várias agressões voluntárias em sua carreira. A cotovelada em Cristiano Ronaldo deixou o português sem enxergar do olho direito durante alguns dias. No intervalo, o craque teria desmaiado no vestiário, forçando uma substituição.

Na temporada passada, Navarro repetiu a agressão em Sapunaru, do Zaragoza. Dois anos antes, a vítima foi Llorente, num lance idêntico, uma cotovelada. O ex-atacante do Athletic Bilbau chegou a ficar desacordado durante alguns instantes no gramado.

Figo e Messi também sofreram duras agressões das chuteiras de Navarro, mas não ficaram machucados. Porém, foi durante as oitavas de final da Liga dos Campeões de 2006/2007, quando defendia o Valencia, que Navarro protagonizou uma das cenas mais violentas do futebol europeu nos últimos anos. No fim do confronto com o Internazionale, o zagueiro entrou em campo e deu um soco no argentino Nicolás Burdisso, que ficou com o nariz quebrado em vários pontos.

 Companheiros de time do sul-americano, Ibrahimovic e Córdoba chegaram a perseguir o agressor, que correu para fora do campo e escapou ileso. Depois, a UEFA suspendeu o jogador por sete meses.

Uma punição que pouco ou nada alterou o comportamento de David Navarro em campo. Um zagueiro que Neymar terá oportunidade de conhecer em sua estreia no Espanhol, seja como titular ou do banco de reservas.

Barcelona com mesma cara, Levante renovado
Sob o comando também de um novo técnico, Joaquin Caparrós, o Levante vai tentar surpreender o Barcelona em casa e mudar uma história que nos últimos 50 anos foi sempre favorável ao anfitrião. Há meio século o time de Valência não pontua na Catalunha.

David navarro levante fabregas barcelona (Foto: Agência Getty Images) 
David Navarro se joga com tudo para evitar a conclusão de Fàbregas (Foto: Agência Getty Images)
 
O último confronto, na temporada passada, aconteceu antes das semifinais da Liga dos Campeões. Lesionado, Messi não entrou em campo, e Fàbregas foi o autor do gol da vitória por 1 a 0. Apesar do jejum, o Levante tem conseguido impor seu jogo na casa do adversário, criando bastante dificuldades ao time catalão. Nos últimos três anos, as vitórias do Barça no Camp Nou foram todas por apenas um gol de diferença.

Neste domingo, a pressão é maior, porque a partida marca a estreia dos dois treinadores. O espanhol Joanquín Caparrós trocou o Mallorca pelo Levante no ano em que se assume como treinador mais experiente do Espanhol. Em 13 anos de carreira, o técnico já comandou Sevilla, Villarreal, La Coruña e Athletic de Bilbao. Do outro lado do gramado estará Tata Martino, um argentino que nunca dirigiu um clube europeu. Um duelo interessante, visto do banco, em que nenhum dos dois vai querer arriscar muito.

Tata Martino deve escalar o time habitual do Barça, com Messi, Alexis Sanchez (ou Neymar) e Pedro como titulares, Xavi, Iniesta e Busquets no meio de campo e Daniel Alves, Jordi Alba, Piqué e Mascherano à frente de Valdés. O brasileiro é a única dúvida entre os 11. Quase certo é que o craque não vai jogar os 90 minutos, porque ainda não está 100% fisicamente e também para se poupar para o jogo de ida da Supercopa da Espanha, na quarta-feira, contra o Atlético de Madri, na capital espanhola.

treino Barcelona   (Foto: MIguel Ruiz / FC Barcelona) 
Treino do Barcelona no sábado: Neymar, com a bola, é a única dúvida (Foto: MIguel Ruiz / FC Barcelona)
 
Do lado do Levante, há muitas novidades. O time vendeu e contratou vários jogadores neste mercado. Alguns dos principais reforços vão entrar em campo como titulares. Entre os atacantes, Xumetra, goleador da segunda divisão no ano passado, o espanhol David Barral, o camaronês Aloys Nong e o senegalês Baba Diawará disputam vaga, sendo que este último é o que tem mais chances de jogar desde o início, apesar de se ter juntado ao novo time apenas na sexta-feira.

O ex-jogador do Ordusport da Turquia servirá para dar experiência no ataque. No meio de campo, Andreas Ivanschitz, o "Beckham austríaco", e Sérgio Pinto, ambos provenientes do futebol alemão, são as novidades. Na defesa, o time joga com os seus históricos Pedro López e Juanfran, ao lado de David Navarro. A única novidade será Pallardó.

Reforços jovens e experientes que não intimidam o estreante Tata Martino. O argentino lembrou a importância de vencer na estreia numa liga em que há apenas dois favoritos, como Barcelona e Real Madrid, e por isso um simples empate pode mesmo custar o título.

- Conheço bem o treinador do Levante, é o que mais experiência tem neste campeonato e merece todo o respeito. O Levante já tinha uma equipe competitiva, fez várias alterações, saíram uns, entraram outros, mas o time continua forte. Nós temos de vencer para ganhar confiança e abrir um caminho de vitórias no Espanhol. No ano passado, o Barcelona iniciou com seis vitórias consecutivas que depois valeram o título.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-espanhol/noticia/2013/08/especialista-em-cotoveladas-espera-por-duelo-com-neymar-sem-cai-cai.html

Apesar da derrota na estreia, Jorginho elogia motivação do elenco do Náutic

Treinador destaca ainda reconhecimento da torcida que aplaudiu esforço do time mesmo perdendo por 1 a 0 para o Flu: 'Poucas vezes eu vi isso' acontecer'

Por Daniel Gomes São Lourenço da Mata, PE

A estreia foi com derrota, mas o discurso é de otimismo. Mesmo vendo o Náutico ser batido por 1 a 0 pelo Fluminense, na Arena Pernambuco, o técnico Jorginho ganhou motivação para começar a briga para livrar a equipe do rebaixamento. O placar foi adverso, mas o empenho do time na partida mereceu reconhecimento do treinador e dos próprios torcedores que chegaram a aplaudir o time ao final da partida.

- Aprendi a ter confiança independente do que venha a acontecer na frente. Você não pode perder a confiança. Os atletas lutaram, mas o mais importante foi que eles conseguiram jogar futebol. Jogaram bem porque encontraram o Fluminense que joga e também deixa jogar. Se fosse com outro time, talvez fosse diferente. Podia ser mais guerra e mais entrega do que qualquer outra coisa. Pecamos nas finalizações e quem não faz, dá a chance ao outro fazer.

A derrota contrastou com os aplausos em reconhecimento ao esforço do Náutico no fim do jogo. Jorginho frisou o comportamento do torcedor, mas ressaltou que as atuações precisam ser transformadas em resultados positivos.

- Eu fiquei triste com a derrota. Visto a camisa do Náutico. Se eu tenho condições ou não, eu sou Náutico e tenho de ter apoio. Agora, fiquei feliz demais com o torcedor do Náutico. Poucas vezes eu vi isso acontecer. Talvez uma vez só, quando eu ainda dirigia a Portuguesa. Eles aplaudiram porque viram o jogo bonito que o Náutico fez. Se isso está bom? Não. É muito pouco para o que nós queremos. Se vamos conseguir? Não tenho bola de cristal. Mas vamos nos empenhar para alegrar ao torcedor alvirrubro.

jorginho náutico (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press) 
Iniciando o trabalho, Jorginho tenta motivar time contra o Flu (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
 
Ainda conhecendo a equipe, o treinador pediu paciência ao time durante a partida. Ele viu os jogadores afobados em darem uma resposta rápida com o passar do tempo e afirmou que isso não pode se repetir durante o campeonato.

- Passamos por uma verdadeira maratona até chegar em Criciúma. Foram 11 horas de viagem. Tive um dia de trabalho e tive que fazer algo em 15 minutos para enfrentar um time de muita qualidade. Se você for comer um mingau quente, a chance de queimar a língua é grande. Por isso que temos que comer pelas beiradas. Por isso que pedi paciência. Tudo tem seu momento.

Paciência com o ataque jovem
Com a derrota para o Fluminense, o Náutico chegou ao terceiro jogo seguido sem marcar (o último gol a favor foi na derrota de 2 a 1 diante do Goiás). Os números preocupam o treinador, até porque a equipe só marcou oito gols e tem o pior ataque da competição. No entanto, Jorginho lembra que tem um ataque jovem e que o torcedor precisa ter um pouco mais de paciência.

- Vejam bem, contra o Fluminense, tivemos chances de fazer os gols. Mas em muitas vezes, nem tínhamos centroavantes envolvidos. Temos que ter calma e poder tentar. O Rogério tem apenas 22 anos e uma grande responsabilidade. O Maikon Leite tem 24 anos. O Tiago Real também passou por muitas dificuldades. É uma pressão grande em cima deles. Quero que isso seja dividido.

O novo técnico afirmou ainda que deve intensificar os trabalhos de finalização com o grupo. E não ficará restrito aos atacantes.

- Estamos tentando arrumar esta engrenagem. Não podemos ter um time que carregue demais a bola. Ainda estou conhecendo o time como um todo. Quero que todo mundo saiba fazer gols. E todos tiveram oportunidades. Isso é importante. Independente da posição, quero que quem tiver em condições, tenham a frieza de tentar e concluir.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/nautico/noticia/2013/08/apesar-da-derrota-na-estreia-jorginho-elogia-motivacao-do-elenco-do-nautico.htmlNTE: