sábado, 22 de junho de 2013

Peixe x Timão: clássico mais antigo de São Paulo completa 100 anos

História registra vitória santista no primeiro duelo, em 22 de junho de 1913. No entanto, houve uma preliminar entre os times 'b', com vitória corintiana

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo





As cores são as mesmas. O branco e o preto dão o tom da rivalidade. Tão diferentes; tão iguais. Um é o time da técnica, dos meninos bons de bola, do futebol insinuante. Do Rei. Outro é o da raça, do suor, da conquista sofrida. Do povo. Santos x Corinthians, o clássico mais antigo do futebol paulista, completa 100 anos neste sábado, 22 de junho de 2013. No vídeo ao lado, a trajetória do clássico.

Uma história rica, com grandes craques, jogos inesquecíveis, tabus, títulos, risos, lágrimas. Uma história que começou em uma tarde fria e bastante chuvosa de domingo, no Palestra Itália, e cujos registros apontam para uma vitória santista, por 6 a 3.

De fato, o Peixe, que disputava o Campeonato Paulista pela primeira vez, pouco mais de um ano após ser fundado, venceu - foi o único triunfo do Alvinegro Praiano naquele estadual. Extenuado pela rotina de viagens à capital (naquela época, o percurso de 72 km entre Santos e São Paulo era feito de trem e poderia durar até seis horas), o time sucumbiu. Ficou como consolo a goleada sobre aquele que viria ser o maior rival.

O que pouca gente sabe é que houve um clássico anterior, disputado no mesmo dia, horas antes do segundo confronto. Na época, era comum as equipes mandarem dois quadros às partidas. Primeiro, jogava o que era chamado de segundo time (hoje seriam os reservas, o time B). Naquele domingo, no duelo dos segundos times, o Corinthians levou a melhor, vencendo por 2 a 0. Esse confronto caiu no limbo da história, e o que é considerado mesmo é a partida dos primeiros times.


O jornal Estado de São Paulo registrou as duas partidas da seguinte maneira (texto respeitando a ortografia da época):

"Realisou-se hontem, no ground do Parque Antarctica, o 10º match de foot ball do campeonato de 1913 da liga paulista. Mediram forças os teams do Santos Foot Ball Club e os do Sport Club Corinthians Paulista. Apesar do mau tempo e da chuva impertinente que cahiu durante todo o dia, as archibancadas do Parque comportavam regular concorrencia. O jogo dos segundos teams teve início á uma e meia da tarde e terminou com a victoria do Corinthians, por 2 goals a zero. Logo depois, iniciava-se o jogo dos primeiros teams. O team santista demonstrou desde logo sensível progresso, denotando um training acurado (...). O Corinthians, apesar de jogar bem, não se sentia bem no campo enxarcado e visivelmente cedeu terreno ao adversário (...). A's 4 horas mais ou menos terminava o jogo, com a victoria do team santista por 6 a 3."

A primeira vitória corintiana para valer viria quatro anos depois: 3 a 0, no dia 28 de julho de 1917, na Vila Belmiro.


Robinho Santos Rogério Corinthians 2002 (Foto: Ag. Estado)Robinho em ação contra o Corinthians, de Rogério: pedaladas e título (Foto: Ag. Estado)

Os números do confronto são contraditórios. O Peixe considera 308 partidas oficiais, com 124 vitórias corintianas, 87 empates e 97 triunfos santistas. Já o Timão conta 311 jogos – dois empates e uma vitória a mais do Santos.

Um clássico recheado de provocações, com tabus para os dois lados. O clube do Parque São Jorge passou 11 anos sem vencer o Peixe em jogos de Campeonato Paulista (entre 1957 e 1968). Por outro lado, a equipe do Parque São Jorge ficou invicta contra o rival entre 1976 e 1983.

No que se refere a personagens, grandes nomes fazem parte da história do duelo. Pelé foi o grande terror dos corintianos. O Rei é o maior artilheiro do clássico, com 50 gols. Ex-jogadores santistas como Coutinho, eterno parceiro do Atleta do Século, costumam dizer que, contra o Corinthians, com Pelé em campo, eram três pontos garantidos.


ricardinho corinthians renato santos semifinal paulista 13/05/2001 (Foto: agência Gazeta Press)Ricardinho no jogo em que foi responsável por muitas lágrimas santistas (Foto: agência Gazeta Press)

Por outro lado, craques corintianos também deram muita dor de cabeça aos santistas. Como esquecer do lindo gol de Marcelinho Carioca, no dia 11 de fevereiro de 1996, na Vila Belmiro, com direito a um chapéu desconcertante em Ronaldo Marconato? Lance que rendeu ao Pé de Anjo uma placa entregue pelo próprio Pelé.

Se o assunto for jogos inesquecíveis, o clássico também rende muita conversa. Um exemplo: a semifinal do Paulistão 2001, quando Ricardinho, aos 48 minutos do segundo tempo, marcou o gol que tirou o Santos da decisão. O duelo terminou 2 a 1; o empate era do Peixe. Outro: a decisão do Brasileirão 2002. No embalo das pedaladas de Robinho, o Alvinegro Praiano venceu por 3 a 2 e conquistou o título que deu fim a uma fila que durava 18 anos.

Nos últimos anos, os rivais se encontraram em várias decisões: finais dos estaduais de 2009, 2011 e 2013, com dois títulos corintianos e um santista, além das semifinais da Taça Libertadores de 2011 (com o Timão levando a melhor).

E muitos estão por vir. Santos e Corinthians ainda farão muita gente sorrir, chorar, vibrar, festejar: são 100 anos. Está só começando...



pelé santos corinthians campeonato paulista 1971 (Foto: agência Gazeta Press)Pelé em ação contra o Corinthians: Rei foi carrasco corintiano (Foto: agência Gazeta Press)

FONTE:

'Diabos vermelhos' comandam ritmo no 'amistoso' entre Japão e México

Shinji Kagawa e Chicharito Hernández, companheiros no Manchester United que ganharam música da torcida, fazem duelo particular de eliminados no Mineirão

Por J uliano Costa Belo Horizonte


Chicharito México Copa das Confederações (Foto: Getty Images)Chicharito marcou o único gol do México até agora na Copa das Confederações (Foto: Getty Images)

O Japão vai jogar de azul, o México vestirá branco, mas muitos vão com o vermelho do Manchester United ao Mineirão, neste sábado. Num “amistoso de luxo” entre as duas equipes do Grupo A já eliminadas da Copa das Confederações, todas as atenções estarão voltadas para Shinji Kagawa e Chicharito Hernández, colegas no time inglês e estrelas de suas respectivas seleções. A partida começa às 16h (de Brasília) e terá transmissão ao vivo do GLOBOESPORTE.COM e do SporTV.

– Ele é um grande centroavante. Todo o time precisa ter preocupação com ele. Espero que o Japão esteja firme na defesa e consiga parar não só ele, mas todo o ataque mexicano – disse Kagawa, em entrevista após o treino desta sexta.

Chicharito não quis contato com os jornalistas. O mexicano só fez um gol nesta Copa das Confederações, de pênalti, na derrota por 2 a 1 para a Itália, no Maracanã. Esperava-se mais. No último Campeonato Inglês, como reserva do holandês Van Persie, fez dez gols em nove jogos. Kagawa, revezando-se com o inglês Young, o português Nani e o equatoriano Valencia na luta por duas posições, marcou seis veze em 17 partidas.

Hits nas paradas de sucesso

Apesar de não serem titulares absolutos no Manchester United, Kagawa e Hernández têm a simpatia do torcedor inglês. Ambos ganharam até músicas, cantadas no estádio Old Trafford. A canção do japonês é uma adaptação de “Radio Ga Ga”, do Queen, e diz “Tudo o que precisamos é de Shinji Kagawa, Shinji Kagawa”. Já a do atacante é inspirada em “Let It Be”, dos Beatles, e faz menção ao apelido dele, “Chicharito”, algo como “pequena ervilha” para os mexicanos. Os inglês cantam: “When I find myself in times of trouble,Chicharito scores for me, Javier Hernández, Little Pea” ( “Quando me vejo com problemas / Chicharito marca para mim / Javier Hernández / Pequena ervilha”).

– Ele (Chicharito) é um grande jogador, mas temos de nos preocupar com o time inteiro do México – alertou o goleiro japonês Eiji Kawashima.

Shinji Kagawa comemoração gol jogo Itália Japão (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)Shinji Kagawa é um dos destaques do Japão diante da Itália (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
 
O técnico mexicano, Manuel de la Torre, elogiou não só Kagawa, mas também o meia Keisuke Honda, do CSKA Moscou, da Rússia.
– São dois jogadores velozes, que sabem jogar pelos cantos. Mas temos de saber que eles também acabam deixando espaços, e foi o que Brasil e Itália souberam aproveitar nos jogos contra eles.

Além de Honda e Kagawa, o Japão conta com outros jogadores conhecidos dos fãs do futebol europeu, como os laterais Uchida (Schalke) e Nagatomo (Inter de Milão) e o atacante Okazaki (Stuttgart). Os mexicanos têm Giovani dos Santos, ex-Barcelona e Tottenham, atualmente no Mallorca, da Espanha, além de Andrés Guardado, do Valencia, também da Espanha.

José Manuel De la Torre Treino méxico (Foto: Marcos Ribolli)Pressionado, José Manuel De la Torre nega caráter amistoso da partida  (Foto: Marcos Ribolli)

Amistoso de luxo?

De la Torre se irritou com um jornalista brasileiro que chamou o jogo de “amistoso”. Afirmou que se trata de “um jogo de competição” e que não há motivo melhor do que esse para manter seus jogadores motivados, apesar de reconhecer que já não há mais chance de classificação.

Alberto Zaccheroni treino japão (Foto: Marcos Ribolli)Alberto Zaccheroni elogia o time mexicano e diz que confronto será um desafio (Foto: Marcos Ribolli)

– Nós gostaríamos de ter conseguido a classificação, mas não foi possível. Caímos num grupo com seleções muito fortes. Uma concentração como essa só se vê em quartas de final de Copa do Mundo – ponderou o mexicano.
O italiano Alberto Zaccheroni, técnico do Japão, elogiou o time do México, mas fez questão de ressaltar que também não vai encarar o jogo como um mero amistoso.

– A capacidade que eles têm de mudar de um esquema para outro é grande. Nas duas partidas, o técnico deles passou por vários esquemas. A equipe toda é bastante técnica, especialmente os atacantes. Eles não desistem, jogam de forma compacta. Será um grande desafio – disse Zaccheroni.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/2013/06/diabos-vermelhos-comandam-ritmo-no-amistoso-entre-japao-e-mexico.html

Parceiros, Neymar e Balotelli dão molho carismático ao Brasil x Itália

Amigos após apenas um encontro, troca de telefones e muitas mensagens, atacantes protagonizam clássico que vale a liderança do grupo

Por Alexandre Lozetti, Carlos Augusto Ferrari e Márcio Iannacca Salvador


Neymar brasil balotelli itália (Foto: Agência Getty Images)Neymar e Balotelli se enfrentaram uma única vez: italiano fez um gol (Foto: Agência Getty Images)

Gil Cebola, Gui Pitta, Jotacê, Gustavo e Mario Balotelli... Balotelli? É isso mesmo. A lista de "parças" de Neymar ganhou a presença ilustre do astro italiano. Neste sábado, às 16h (de Brasília), os principais jogadores de Brasil e Itália vão se enfrentar na Arena Fonte Nova, em Salvador, pela Copa das Confederações. O confronto será transmitido ao vivo pela TV Globo, pelo SporTV e o GLOBOESPORTE.COM. O site também acompanha a partida em Tempo Real.

A partida marca o encontro entre os dois jogadores mais carismáticos da competição. O brasileiro tem seu nome gritado com euforia por onde passa, e o europeu demonstra seu carinho pelo país a cada mensagem nas redes sociais e a cada gesto, como ignorar o temor geral pelas manifestações e passear nas ruas de Salvador para visitar projetos solidários. De quebra, o jogão vale a primeira colocação do Grupo A do torneio. Brasil e Itália são os líderes da chave, com seis pontos, e já têm vaga na semifinal. O time canarinho, porém, tem saldo de gols superior ao dos rivais: cinco contra dois.


A amizade começou justamente após um amistoso entre as duas equipes, que terminou num empate por 2 a 2 (veja os gols ao lado). Em março, as seleções se enfrentaram em Genebra, na Suíça, e uma visita de Balotelli - autor de um gol na ocasião - ao vestiário brasileiro deu início ao contato direto entre os jogadores. Eles trocaram telefones e, desde então, se falam constantemente. Até pedidos por uma transferência foram enviados pelo goleador da Azzurra a Neymar, que optou pelo Barcelona em vez de aceitar o convite do amigo.

- Por que você não vem jogar no Milan? - convidou Balotelli.

Tweet Neymar Balotelli Twitter (Foto: Reprodução/Twitter)Neymar recepciona o amigo Balotelli logo após o italiano criar uma conta no Twitter (Foto: Reprodução/Twitter)

A amizade se intensificou e tornou-se pública na internet, instrumento adorado pelo craque brasileiro. No início de maio, Balotelli criou a sua conta no Twitter. Foi logo recepcionado por Neymar.
- Balooo... Abraço, amigo - postou o brasileiro.

A última troca de mensagens entre os dois aconteceu antes da estreia da seleção brasileira na Copa das Confederações, no dia 15 de junho. Balotelli, que chegou a postar no Twitter que “ama o Brasil”, desejou sorte horas antes do primeiro jogo do time canarinho na competição.
- Boa sorte, Hermano.

Dentro de campo, amigos resolvem para Brasil e Itália

Neymar, Brasil x México (Foto: André Durão)Neymar tem dois gols e uma assistência pelo Brasil na copa das Confederações (Foto: André Durão)

Não é a toa que, nos jogos disputados até agora, os dois foram ovacionados pelos torcedores. Eles estão entre os artilheiros da Copa das Confederações, com dois gols cada. Perdem para os espanhóis Torres (quatro) e Villa (três), e para o nigeriano Aduamadi (três). Esses tiveram a vantagem de enfrentar o frágil Taiti.

Neymar marcou dois golaços: um de pé direito, contra o Japão, e outro de esquerda, diante do México. O primeiro de Balotelli, na vitória sobre os mexicanos, esbanjou toda sua vitalidade. Ele ganhou do zagueiro e finalizou. Já no duelo com o Japão ele fez de pênalti.


O italiano faz porque arrisca. Com dez finalizações, é quem mais chutou a gol até agora na Copa das Confederações; Neymar tentou seis vezes. Mais uma prova de que, neste clássico do futebol mundial, os amigos serão amigos, mas os negócios, e a luta pela vitória serão à parte. Amizade, mesmo, só depois da competição, quando eles pretendem até viajar juntos.

Com dor no tornozelo, Paulinho está fora do jogo


Paulinho lesão treino Seleção (Foto: Wagner Carmo / VIPCOMM)Paulinho é o único desfalque de Felipão para o jogo ontra os italianos (Foto: Wagner Carmo/VIPCOMM)

O volante Paulinho é o único desfalque do técnico Luiz Felipe Scolari para o confronto deste sábado. Com uma torção no tornozelo esquerdo, o jogador foi vetado pelo departamento médico da Seleção. Hernanes será o substituto.
Além do volante, o zagueiro David Luiz poderia ser outro desfalque. Porém, 
após avaliação e constatação de uma pequena fratura no nariz, o defensor foi liberado para participar normalmente do confronto diante dos italianos.

Na atividade de sexta-feira, o Brasil iniciou o treino com a seguinte formação: Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Hernanes e Oscar; Hulk, Neymar e Fred. Na última quinta-feira, porém, o coordenador da Seleção, Carlos Alberto Parreira, admitiu que outras mudanças poderiam ser feitas para não desgastar os atletas.

Prandelli quer Itália mais equilibrada

O técnico Cesare Prandelli não confirmou o time, mas adiantou que vai dar prioridade a quem estiver em melhores condições físicas. Alguns jogadores reclamaram de dores musculares depois da suada vitória sobre o Japão, na Arena Pernambuco, e poderão ser preservados para a semifinal.

- Precisamos ter uma equipe mais equilibrada. Vamos atuar de uma forma que já atuamos. Não há segredos contra o Brasil - afirmou Prandelli.

O treinador não gostou do comportamento da equipe, sobretudo no primeiro tempo. Por isso, cogita fazer mudanças. De Rossi, suspenso pelo segundo cartão amarelo, e Pirlo, com uma lesão muscular na panturrilha direita, estão vetados. Eles devem dar lugar a Candreva e Giovinco. O último foi o autor do gol salvador diante dos asiáticos.


Cesare Prandelli treino Itália (Foto: EFE)Prandelli tem dois desfalques: De Rossi, suspenso, e Pirlo, com uma lesão na panturrilha direita (Foto: EFE)

Outro setor que poderá sofrer alterações é a defesa. Foram quatro gols sofridos em apenas dois jogos, sendo três deles apenas contra os japoneses. Barzagli, com falhas em ambas, deve ir para o banco de reservas. Assim, Bonucci formaria a dupla de zaga com Chiellini.

Ficha técnica


Brasil x Itália
Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Hernanes e Oscar; Hulk, Neymar e Fred Buffon, Maggio, Barzagli (Bonucci), Chiellini e De Sciglio; Aquilani, Montolivo, Candreva, Marchisio e Giovinco; Balotelli
Técnico: Luiz Felipe Scolari Técnico: Cesare Prandelli
Estádio: Arena Fonte Nova, Salvador (BA)
Arbitragem: Ravshan Irmatov (UZB), auxiliado por Abdukhamidullo Rasulov (UZB) e Bakhadyr Kochakarov (QUI)
Competição: Copa das Confederações. Data: 22/06/2013. Horário: 16h (de Brasília)
   
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-das-confederacoes/noticia/2013/06/parceiros-neymar-e-balotelli-dao-molho-carismatico-ao-brasil-x-italia.html