quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Rio recorre à força das reservas para vencer São Bernardo por 3 sets a 0


Time de Bernardinho vacila nas duas últimas parciais, mas segura vitória ao tirar Régis, Roberta, Mara e prodígio Gabi do banco de reservas

Por GLOBOESPORTE.COM São Bernardo, SP

A palavra de ordem de Bernardinho às jogadoras do Rio de Janeiro era não subestimar o lanterna São Bernardo, para evitar surpresas como a derrota inesperada para o Minas pela quarta rodada. Na casa das adversárias, a equipe carioca conseguiu emplacar uma vitória incontestável, por 3 sets a 0 (25/12, 25/21 e 25/19), mas precisou contornar falhas na linha de passe e recorreu às reservas para passar pelo time paulista. Puxado no início por Fofão, Sarah Pavan, Natália, Logan Tom, Juciely, Valeskinha e a líbero Fabi, o Rio só evitou uma virada do Berno no segundo set após a entrada de nomes como Régis, Roberta, Gabi e Mara, que deixaram o banco para fazer a diferença em quadra.

Fabi vôlei Rio de Janeiro x São Bernardo (Foto: Luiz Doro / Adorofoto)A líbero Fabi, do Rio, foi eleita a melhor jogadora da partida (Foto: Luiz Doro / Adorofoto)

Apático no primeiro set, o São Bernardo não conseguiu se impor e foi prejudicado pelo desempenho irregular de jogadoras importantes, como Renatinha e a cubana Masso. O time comandado pelo técnico José Alexandre fez jus ao retrospecto recente - ainda não triunfou no torneio e venceu apenas dois sets nas seis partidas disputadas até então - e simplesmente não ofereceu qualquer perigo ao Rio. Confortável, o clube carioca não precisou nem mesmo se preocupar com erros sucessivos de Fofão e Logan Tom e levou apenas 21 minutos para fechar a parcial.

Na volta do intervalo, o time do ABC paulista se transformou. Masso cresceu no jogo e Renatinha finalmente mostrou a que veio. Aclamado pela torcida do ginásio Baetão, o São Bernardo aproveitou a queda de rendimento do Rio para melhorar o saque e conseguir romper o bloqueio adversário. Ao mesmo tempo, a sequência quase interminável de erros na linha de passe do visitante abriu espaço para que o Berno assumisse a frente do placar. Diante do “apagão”, Bernardinho decidiu mexer na equipe. E acertou. Em pouco tempo, Régis soube mostrar seu talento e fez o primeiro ace do segundo set para deixar o Rio novamente na frente.

Após o sufoco, o técnico carioca decidiu apostar em seu banco de reservas para sacudir as meninas do Rio. Apontada como uma das grandes promessas do vôlei brasileiro, a mineira Gabi, de apenas 18 anos, se juntou à meio de rede Mara para criar um paredão na defesa do time. As visitantes chegaram a ficar cinco pontos atrás no placar, mas bastou Gabi bloquear uma bola de Ednéia para a equipe recuperar a moral. As titulares gringas Sarah Pavan e Logan Tom também retomaram a boa atuação e o Rio corrigiu a performance oscilante para enterrar de vez o São Bernardo na lanterna da Superliga.
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2012/12/rio-recorre-forca-das-reservas-para-vencer-sao-bernardo-por-3-sets-0.html

Com grande atuação de Lucarelli, Minas bate o São Bernardo por 3 a 1


Partida marcou também a estreia do tcheco Filip na Superliga deste ano

Por Léo Simonini Belo Horizonte

Ainda sem Quiroga, vetado por causa de uma cirurgia no joelho direito, mas com o tcheco Filip, que estreou na Superliga deste ano após se recuperar de uma lesão, o Minas passou pelo São Bernardo ao vencer por 3 a 1, parciais de 25/19, 25/22, 12/25 e 25/17. Com o resultado, o Minas pula para o quarto lugar na tabela, com dez pontos, mas pode cair, já que outras partidas estão em andamento. Já o São Bernardo caiu para sexto, mas pode perder mais posições com o complemento dos jogos desta quinta-feira.


vôlei comemoração do Minas x São Bernardo (Foto: Leonardo Simonini / Globoesporte.com)Minas vence o São Bernardo por 3 sets a 1 (Foto: Leonardo Simonini / Globoesporte.com)

Se a estreia de Filip foi um ponto positivo para o time da casa, a partida de Lucarelli também mereceu destaque. O jovem, revelado pelo time minastenista, decidiu nos dois primeiros sets, com um ace e uma largadinha, respectivamente, além de ter sido peça fundamental na equipe. No fim, ele foi eleito o nome do jogo e garantiu mais um prêmio para a coleção. Pelo lado da equipe paulista, o técnico Roberlei Luiz se destacou, já que colocou em quadra os reservas Fred e Alemão, que tiveram atuação segura, apesar de ter sido insuficiente para impedir a derrota.
Lucarelli destacou a importância da vitória em casa e da volta de Filip.

- Precisávamos de uma vitória como essa, jogando bem e dentro de casa. Também tivemos o retorno do Filip, que foi importante. Tivemos muitas lesões neste início de campeonato, comigo, com o próprio Filip e também o Quiroga. Mas, agora em janeiro, creio que já estaremos com a equipe completa e poderemos ir longe nesta Superliga.

Na próxima rodada, os dois times voltam a jogar no sábado. Às 17h (de Brasília), o São Bernardo visita o Cruzeiro, em Contagem. Uma hora mais tarde, o Minas recebe o Sesi, na Arena JK, em Belo Horizonte.

Lucarelli decide em ace
No primeiro set, o Minas começou bem, impondo seu ritmo de jogo e logo abriu dois pontos de vantagem, chegando ao primeiro tempo técnico em 8 a 6. A partir daí a vantagem dos mineiros começou a se dilatar e chegou a seis pontos, quando a arbitragem marcou invasão de Joel por baixo. O camisa 8 do São Bernardo não gostou da marcação, reclamou e ainda foi advertido com o cartão amarelo, o que rendeu mais um ponto ao Minas. Os visitantes tentaram equilibrar o jogo, sobretudo com a boa participação de Pedrinho, mas, num ace de Lucarelli, até então o melhor jogador do Minas, o time fechou a parcial em 25 a 19, em quase 23 minutos.

Prata da casa volta a decidir em largadinha
Vendo que a equipe não conseguia ganhar consistência na partida, o técnico Roberlei Luiz, do São Bernardo, passou a usar o banco de reservas. Entraram no decorrer do set Alemão, Fred e Matheus. A princípio, as mexidas não surtiram muito efeito, já que o Minas chegou a abrir 19 a 13. Mas na parte final do set o São Bernardo ganhou consistência e passou a incomodar no placar, que ficou em 23 a 21, o que obrigou o técnico do Minas, Horácio Dileo, a parar o jogo. A parada surtiu efeito. Thiago conseguiu colocar a bola no chão levando a equipe ao set point. Alemão chegou a fazer mais um ponto, mas, numa largadinha espetacular, Lucarelli deu números finais ao set em 25 a 22.

Reservas inspirados
Com o time ainda modificado, o São Bernardo voltou melhor no início do terceiro set, com Alemão colocando a bola no chão sempre que acionado. Mas o camisa 18 passou a ser melhor marcado pelo bloqueio do Minas, que ainda contava com a bola de segurança em Lucarelli. Na volta da primeira parada técnica Otávio fechou a porta para Alemão e deixou o Minas com dois pontos de vantagem, em 9 a 7. O time chegou a abrir três pontos de vantagem, que poderiam ter se tornado quatro, mas o prata da casa foi bloqueado por Fred. O placar voltou a ficar apertado. Fred continuou bem no serviço e o São Bernardo passou à frente no placar em 13 a 12, obrigando Horácio a parar o jogo. O tempo não adiantou e, a partir daí, Alemão e Fred tomaram as rédeas da partida. Com o set praticamente perdido, Horácio promoveu a estreia do tcheco Filip, que recuperado de lesão, viu de dentro da quadra o São Bernardo fechar em 25 a 21.

Filip retorna, mas Lucarelli é o nome do jogo

Filip voltou entre os titulares para o quarto set. Com ele em quadra, o Minas voltou a apresentar a mesma concentração dos dois sets iniciais, apesar de os visitantes estarem equilibrando as ações. Mas o equilíbrio durou apenas até a primeira parada técnica, quando o jogo estava 8 a 6. A partir daí, os donos da casa impuseram um ritmo muito forte, liderados por Lucarelli. Também com Filip bem acionado, chegaram a abrir 19 a 10. Com a larga vantagem, o Minas administrou o placar e fechou o quarto set em 25 a 17.
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/mg/noticia/2012/12/com-grande-atuacao-de-lucarelli-minas-bate-o-sao-bernardo-por-3-1.html

Vice da Conmebol se contradiz e afirma que Sul-Americana não acabou


No Morumbi, Eugenio Figueredo disse que São Paulo era campeão. Agora, afirma que aguarda investigação para dar 'palavra final'

Por GLOBOESPORTE.COM São Paulo

Apesar de declarar o São Paulo campeão da Copa Sul-Americana em seu site oficial, a Conmebol não descarta punições severas ao clube paulista por causa da confusão ocorrida nos vestiários do Morumbi no intervalo da partida desta quarta-feira - a pena pode ser perda de pontos e, consequentemente, do título. Alegando que a última palavra fica com a direção da Confederação, o vice-presidente Eugenio Figueredo sequer referendou a decisão do árbitro chileno Enrique Osses de encerrar a partida - ele explica que o jogo foi apenas "suspenso".


Lucas São Paulo x Tigre (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)Lucas levanta a taça dada por Nicolas Leoz (Foto: Gustavo Tilio / Globoesporte.com)

– O juiz não pode finalizar nenhuma partida, apenas suspender. É a Confederação que decide. Esperamos os informes da polícia para estudar as possíveis punições. A última palavra não está dita – disse Figueredo, em entrevista à rádio uruguaia 1010 AM. Curiosamente, foi o próprio Figueredo quem disse à TV Globo, no gramado do Morumbi, que, com a desistência do Tigre, o Tricolor era o campeão.


O juiz não pode finalizar nenhuma partida, apenas suspender. É a Confederação que decide"
Eugenio Figueredo, vice da Conmebol

O regulamento da Copa Sul-Americana tem uma brecha que pode tirar a taça do São Paulo, mas isso só ocorreria se fosse comprovado que os tricolores iniciaram a confusão generalizada nos vestiários. Sem imagens, e apenas com testemunhos, a entidade não tem provas suficientes para anular a partida.

Para esses casos, a Conmebol usa o regulamento da Taça Libertadores como base para as outras competições continentais. O artigo 15.1 diz que se a partida for suspensa por causa da intervenção de espectadores ou por agressões cometidas contra o árbitro, assistentes ou equipe visitante, o clube local será castigado com a perda da partida em caso de culpa comprovada.

Por outro lado, o artigo 15.4 pode prejudicar o Tigre. Como a Conmebol diz ter garantido a segurança para os jogadores voltarem do intervalo, o clube argentino pode ser acusado de abandono de jogo. Se isso for comprovado, o Tigre perde os pontos da partida, pode levar uma multa pesada e ainda fica eliminado das próximas três competições continentais para as quais se classificar.


Vestiário do Tigre após a partida contra o São Paulo (Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)Vestiário do Tigre foi depredado durante briga
(Foto: Marcelo Prado/Globoesporte.com)

No entanto, a Copa Sul-Americana não deve sair das mãos do São Paulo. O presidente da Conmebol, Nicolas Leoz, esteve no Morumbi e até entregou a taça para os tricolores.

Todas essas decisões ficam a cargo do Comitê Executivo da Conmebol, formado por presidente, vice, e um diretor de cada país. O representante do Brasil é Marco Polo Del Nero, vice-presidente da CBF.

O São Paulo não teme qualquer sanção em relação à briga entre os seguranças tricolores e os jogadores do Tigre. Com total convicção de que foram os argentinos que iniciaram a confusão, o clube paulista apenas se preocupa com uma possível punição pela invasão de torcedores no gramado do Morumbi.

– Acredito que a preocupação seja com a invasão de campo. A confusão não vai trazer qualquer problema a nós, já que não fomos nós que iniciamos a briga – afirmou José Francisco Manssur, assessor da presidência do São Paulo.

Como o jogo acabou antes do previsto, o Tricolor não conseguiu organizar um cordão de seguranças que iria formar 15 minutos antes do término do duelo. Sem esse isolamento, ficou fácil para os torcedores pularem pelo fosso e invadirem o gramado. Os dois clubes têm três dias para relatarem suas versões dos fatos à Conmebol.

Nesta quinta-feira à noite, o site oficial da Confederação Sul-Americana emitiu uma nota oficial lamentando o ocorrido. O texto faz um resumo dos acontecimentos, mas é dúbio: explica que o São Paulo foi declarado campeão depois que o Tigre se recusou a retornar ao gramado. Em seguida, diz que aguarda a investigação dos incidentes e que vai punir "exemplarmente" os responsáveis.
Confira a nota oficial:


Investigar para esclarecer os acontecimentos e aplicar sanções
A Confederação Sul-Americana de Futebol lamenta profundamente o fato acontecido no dia 12 de dezembro, no estádio do Morumbi, na final da Copa Sul-Americana, um feito que castiga com extrema dureza o prestígio do futebol continental.

No aspecto esportivo, São Paulo FC e Tigre jogaram uma partida normal, com desdobramentos próprios de uma grande final.

O árbitro da partida, Sr. Enrique Osses, relatou em sua súmula que, após os 15 minutos de descanso, tentou persuadir por várias oportunidades a equipe do Tigre a voltar para continuar a partida. Além do tempo estipulado por regulamento, ele aguardou durante 35 minutos (na soma, 50 minutos) o retorno ao campo de jogo.

Diante da negativa dos jogadores do Tigre, que alegaram falta de garantias e agressões, o árbitro decidiu pôr fim à sua espera e aplicou o regulamento, determinando a conclusão do jogo com o resultado de 2 a 0, vigente até esse momento, e que significou a consagração do São Paulo FC como campeão do torneio.

Diante dos fatos, a Conmebol resolveu abrir um sumário informativo e está empenhada em reunir todos os informes das autoridades da partida e dos clubes envolvidos, assim como todos os elementos dos fatos ocorridos, com o propósito de construir com clareza a realidade dos acontecimentos, a fim de aplicar as sanções que correspondam a cada um.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/copa-sul-americana/noticia/2012/12/vice-da-conmebol-contraria-orgao-ultima-palavra-nao-esta-dita.html

Joias Perdidas: visto como astro no Sport, Ciro acabou esquecido no Flu


Em 2009, atacante chegou a ser comparado a Neymar e Ganso, e o Leão recusou proposta de R$ 10 milhões da Europa. Jogador está sem clube

Por Daniel Santana Recife

Em 15 minutos, um pênalti sofrido e um gol marcado. Mas não foi um gol qualquer. Surgiu de dois dribles meio desconcertados seguidos de um chute certeiro. Festa da torcida do Sport, que via um garoto humilde de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco, sair do anonimato para se tornar a maior promessa rubro-negra desde Juninho Pernambucano. Ciro Henrique Alves Ferreira e Silva tornou-se apenas Ciro depois daquele primeiro gol, justo na estreia como profissional. Na sequência, lágrimas de alguém que via sua vida mudar em um lance. Lágrimas de alguém que se via predestinado ao sucesso. E ele veio, mas ainda não na essência da palavra (assista ao gol no vídeo acima).

ciro sport (Foto: Reuters)Ciro foi a principal arma do Sport na disputa da Libertadores de 2009 (Foto: Reuters)

A cena de Ciro comemorando gols - nem sempre com o choro - se repetiu outras 52 vezes nos 132 jogos em que atuou pelo Sport (no vídeo abaixo, assista a um dos gols). Nesse período chegou a ser uma das principais promessas do futebol brasileiro. Em 2009, quando foi referência do ataque leonino na Libertadores, os holofotes estavam sobre ele. Na época, o Brasil também começava a conhecer Neymar e Ganso e logo foi feita uma comparação. O bom papel na competição ajudou a supervalorizar o então garoto de 20 anos, que hoje, aos 23, pertence a um grupo de empresários que o emprestou ao Fluminense até 2014.

  - Recebi muitas propostas, inclusive de times da Europa. A principal foi do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia. Não lembro ao certo dos valores, mas era muito, muito dinheiro. Infelizmente os dirigentes da época não perceberam que aquele era um bom negócio para mim e para o clube - desabafou Ciro.

A proposta recusada pelo Sport foi de R$ 10 milhões, que o tornaria a maior negociação do futebol nordestino. No entanto, o pedido do Leão foi de R$ 15 milhões, recusado pelos europeus.

ciro sport campeão pernambucano (Foto: Agência Estado)Após conquistar o Pernambucano, Ciro chegou a
ser chamado de rei (Foto: Agência Estado)

Depois da proposta do Shaktar vieram outras, todas novamente recusadas pelo então presidente Sílvio Guimarães. Mesmo assim, Ciro continuou jogando seu futebol. E se em 2009 ele teve nome lançado ao estrelato, foi em 2010 que se consolidou como um dos maiores artilheiros do clube nos últimos anos. Foram 13 gols no Campeonato Pernambucano, o que lhe garantiu a artilharia do torneio, e outros 16 na Série B do Brasileiro. Foi o ano de Ciro.

- Acredito que 2009 e 2010 foram os grandes anos da minha carreira. Tive continuidade, estava bem... Mas não era valorizado. Isso me deixou bastante chateado porque eu ganhava pouco em comparação com o valor de minha multa.

No entanto, Sílvio Guimarães chegou a desmentir o jogador. Ele garante que não recebeu propostas oficiais para negociar os direitos federativos de Ciro. Apenas contatos telefônicos em tom de sondagem.

Acredito que 2009 e 2010 foram os grandes anos da minha carreira. Tive continuidade, estava bem... Mas não era valorizado."
Ciro

- Havia muita especulação, mas não podia confiar apenas em contato telefônico. É claro que eu queria negociar Ciro, o Sport precisava de dinheiro. Mas quando chegava uma oferta oficiosa - que se diga - no valor de R$ 6 milhões, alguns membros da diretoria consideravam o valor irrisório e não chegávamos nem a abrir negociação.

Com relação aos salários, Sílvio Guimarães foi ainda mais incisivo. O ex-presidente relatou que em sua gestão o jogador recebeu quatro aumentos salariais e, mesmo assim, queria receber mais do que o Sport poderia pagar.

- No começo do meu mandato Ciro recebia R$ 1 mil e passou a receber R$ 26 mil ao término. O problema é que ele tinha jogado com Neymar na Seleção sub-20 e queria ganhar o mesmo que o craque do Santos, que na época recebia R$ 500 mil. Era e é um absurdo. Tanto que basta ver o momento dos dois - completou, em tom irônico.

O ressentimento com os mandatários da época, ainda perceptível, ficou bastante evidente em um episódio ocorrido ainda em 2010. Ciro marcou três dos cinco gols da goleada rubro-negra diante do América de Natal por 5 a 0, na casa do adversário. Na entrevista coletiva, o atleta desabafou e pediu aumento de salário.

- Não me arrependo do que fiz. Disse que não era valorizado, o que de fato era verdade. As propostas se acumulavam e eu precisava sair naquele momento porque vida de jogador é curta, mas não me entendiam. Adoro o Sport, sou rubro-negro de coração. Mas o que estava em jogo era meu futuro profissional - desabafou.


ciro fluminense desembarque (Foto: Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)Mesmo em baixa, Ciro chegou ao Fluminense
ainda como grande promessa do futebol
(Foto: Edgard Maciel de Sá/Globoesporte.com)

E o futuro passou a ser ingrato com Ciro. Em 2011, surgiu o primeiro grande baque na carreira. Aos 47 anos, morreu Carlos Augusto, pai e principal incentivador. O reflexo se viu em campo, quando os gols foram desaparecendo e seu futebol começou a ser questionado pela torcida.

- Meu pai era tudo para mim. Era meu conselheiro, meu amigo. Quando o perdi, fiquei sem chão. Por isso, não consegui mais fazer o que tanto gostava.

De fato, o momento pessoal ruim atrapalhou o desempenho dentro de campo. No Pernambucano daquele ano, jogou poucas partidas e fez apenas um gol. No meio do ano, já "desvalorizado", teve seus direitos federativos vendidos a um grupo de investidores por R$ 4 milhões - bem menos que a oferta do Shakhtar, segundo o próprio atleta. Os empresários, então, levaram Ciro para o Fluminense. Era a chance de dar uma guinada na carreira.


- Minha ida para o Fluminense, para o Rio de Janeiro, foi muito importante para mim, pelo momento que eu vivia. Precisava respirar novos ares. No entanto, teve um lado ruim. Lá eu tive a concorrência de jogadores muito renomados, como Fred, e acabei perdendo espaço. Além disso, tive de jogar como segundo atacante, o que não é de minha característica - argumentou, destacando ainda que suas atuações foram elogiadas pela torcida do tricolor carioca.

ciro BAHIA X SERRANO (Foto: Felipe Oliveiraújo/AGIF/AE)Emprestado ao Bahia, Ciro marcou apenas três
gols (Foto: Felipe Oliveiraújo/AGIF/AE)

O fato é que Ciro perdeu espaço e acabou emprestado ao Bahia, onde atuou na última temporada. Pelo Tricolor de Aço também não conseguiu repetir o futebol que o colocara como promessa do futebol brasileiro. O faro de artilheiro também não funcionou: foram apenas três gols durante todo o Campeonato Brasileiro.

- No Bahia eu tive chances, me dava bem com os companheiros, mas teve outra coisa que pesou: a cidade. Não consegui me adaptar a Salvador. É muito diferente do Recife. Não sei explicar bem, mas o jeito de ser das pessoas é muito diferente - pontuou o atacante.
Assédio feminino segue inabalado

Se o futebol apresentado não é o mesmo de antes - embora Ciro afirme que não tenha mudado nada nesse aspecto -, o apelo junto ao torcedor, em especial às torcedoras, segue inalterado. Ele conta que as fãs fazem loucuras para ter um autógrafo. Pedem assinatura até em peças íntimas.

Ciro com torcedores no treino do Fluminense (Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)Ciro diz que carinho dos torcedores não mudou
(Foto: Janir Junior / GLOBOESPORTE.COM)

- Já me pediram autógrafo na calcinha (risos). Mas esse carinho é bacana. Graças a Deus, minhas fãs não esqueceram de mim. Amo muito todas, porque me apoiam de forma incondicional.
E o apoio parece ser da torcida do Sport como um todo, não apenas das mulheres. Enquanto dava entrevista, o jogador foi parado inúmeras vezes por torcedores que pediam a volta de Ciro à Ilha do Retiro em 2013. Alguns torcedores do Náutico também chegaram a declarar interesse em ver o jogador com a camisa alvirrubra na próxima temporada.

- Não escondo meu amor pelo Sport. Não sei como seria jogar no Náutico ou no Santa Cruz, mas, como dizia meu pai, preciso ser profissional. Por isso, não descarto a possibilidade de defender essas equipes - disse, de forma política.
Mas o foco de Ciro, no momento, está longe de Pernambuco e até mesmo do Fluminense, que já deixou claro que pretende emprestá-lo mais uma vez. Ele tem propostas do futebol português, e, mesmo que não se mostre ansioso por jogar na Europa, entende que, independentemente do clube para o qual se transferir, vai precisar mostrar novamente o futebol que o tornou uma promessa.

- Aquele Ciro do Sport vai voltar, seja na Europa, seja no Brasil. Estou focado no meu trabalho, tanto que estabeleci minha meta para o ano que vem: terminar a temporada com 25 gols. Essa é minha ambição e vou conseguir.


FONTE:
Por GLOBOESPORTE.COM



Turma é liderada por Ju Paradela, mulher de Luis Fabiano

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

O confronto foi tenso, mas no final o São Paulo comemorou o título de campeão da Copa Sul-Americana. Os jogadores tiveram uma bela torcida para garantir a taça no final diante do Tigre. As esposas dos jogadores conferiram de perto e foram inclusive uniformizadas. Cada uma levava às costas o nome do maridão. Comandada por Ju Paradela, mulher de Luis Fabiano, a turma ainda tirou uma foto para mostrar a união no momento da decisão.

esposas de jogadores comemoram o título do São Paulo (Foto: Reprodução / Twitter)Torcida uniformizada pelos maridos  (Foto: Reprodução / Instagram)

esposas de jogadores comemoram o título do São Paulo (Foto: Reprodução / Twitter)A mensagem que vinha na parte da frente da camisa (Foto: Reprodução / Instagram)

Central do Mercado ganha programa semanal com análise de contratações


Atração vai ao ar toda quinta-feira no GLOBOESPORTE.COM com as
últimas novidades do futebol brasileiro antes dos campeonatos estaduais

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

A cobertura diária da Central do Mercado do GLOBOESPORTE.COM ganha uma novidade a partir desta quinta-feira: um programa semanal que vai trazer o panorama do futebol brasileiro. Com dois convidados por edição, a atração vai analisar as últimas movimentações dos clubes na busca para reforçar seus elencos até o dia 17 de janeiro, às vésperas do início dos principais campeonatos estaduais do país.
No programa de estreia, os repórteres Alexandre Alliati e Cássio Barco debatem sobre as apostas e recentes contratações do mercado brasileiro. Eles comentam os desfechos das negociações de Fernando Prass no Palmeiras, Rhayner no Fluminense, Bernardo no Vasco, Renê Júnior no Santos, Aloísio no São Paulo, Willian José no Grêmio, Dunga no comando do Internacional e a saída de Elkeson do Botafogo, que vai para o Guanzhou Evergrande, da China (veja no vídeo acima).

A atração também terá seções específicas para debate: as "cavadas", onde os jogadores usam declarações para tentarem se transferir para outros clubes; o "foi pra onde", que mostrará por onde andam nomes consagrados nacionalmente e que ainda estão em atividade no país; e as "novelas", com os últimos capítulos das negociações que se arrastam por longos períodos sem previsão do fim.

Assessor da presidência fala sobre ocorrido, cita episódio envolvendo Rojas, em 89, e não descarta que tenha havido armação argentina


São Paulo dá sua versão sobre briga:
'Eram 25 deles contra dez nossos'


Por Diego Ribeiro e Marcelo Prado São Paulo


Enquanto a Polícia Civil não esclarece a investigação sobre os incidentes ocorridos no estádio do Morumbi durante a final da Copa Sul-Americana, entre São Paulo e Tigre, na última quarta-feira, as duas partes que participaram da confusão dão versões bem diferentes. Depois de os argentinos se manifestarem, dizendo que foram atacados pelos seguranças do Tricolor, ameaçados com uma arma e que não havia segurança para retornar ao gramado, nesta quinta-feira foi a vez do clube do Morumbi dar a sua versão.

O assessor da presidência, José Francisco Manssur, disse que toda a confusão foi provocada pela equipe rival. E falou sobre o que observou da briga ocorrida no corredor que separa os dois vestiários.

Braço de um dos seguranças do São Paulo após o confronto no vestiário (Foto: Rubens Chiri / site oficial do SPFC)Braço de um dos seguranças do São Paulo após o confronto no vestiário do estádio do Morumbi, no intervalo da decisão de quarta (Foto: Rubens Chiri / site oficial do SPFC)

- O problema começou no gramado, quando eles cercaram o Lucas, que já havia apanhado muito no primeiro tempo. Alguns minutos se passaram e tudo acabou controlado. Quando entraram no seu vestiário, quebraram tudo que viram pela frente. Com pedaços de madeira, vieram em direção ao espaço destinado aos atletas do São Paulo, onde dez seguranças faziam a proteção. A ordem era para não deixar ninguém passar. E foi exatamente isso o que aconteceu. Foram dez nossos brigando contra 25 deles - afirmou o dirigente.
A briga teve poucos minutos de duração. Isso porque os policiais militares que estavam no gramado foram chamados. Houve novo confronto, dessa vez entre soldados e argentinos, que, na sequência, se recusaram a entrar no gramado. Na confusão, sobraram pequenas sequelas para os dois lados. No Tricolor, um segurança levou cinco pontos em um dedo, outro ficou com machucado no rosto e um terceiro sofreu um corte no braço. Do lado argentino, o volante Galmarini levou três pontos no braço e o lateral Orban teve escoriações.

Manssur seguiu atacando e insinua que os argentinos armaram toda a cena.
- Para mim, é um caso parecido com o episódio ocorrido com o goleiro chileno Roberto Rojas (que simulou ter sido atingido por um rojão e fez um corte no próprio supercílio com uma lâmina, durante jogo entre Brasil e Chile, no Maracanã, em 1989, pelas Eliminatórias para a Copa de 90). Eles disseram que o nosso segurança estava armado. Quem trabalha, quem faz jogo no Morumbi sabe que isso não é verdade. Por isso, eu não duvido de nada – afirmou o dirigente.

Placa existente no vestiário do Morumbi mostra que é proibido fazer o aquecimento no gramado (Foto: Site oficial SPFC)Placa existente no vestiário do Morumbi mostra que é proibido aquecer no gramado (Foto: Site oficial SPFC)

Placa no vestiário mostra que era proibido aquecimento no gramado
A briga ocorrida no vestiário foi o ápice de uma confusão que teve início antes mesmo de a bola rolar. Na chegada ao estádio do Morumbi, o ônibus foi apedrejado. Quando faltava meia hora para a partida começar, os argentinos tentaram entrar no gramado para fazer o aquecimento e foram proibidos pelos seguranças do São Paulo. Houve um pequeno empurra-empurra e os gringos acabaram recuando. No entanto, uma placa existente no vestiário da equipe visitante diz que é proibido realizar tal atividade. Isso, segundo Manssur, só mostra que a delegação argentina estava querendo tumultuar.

– Eles criaram confusão, provocaram tudo porque sabiam que dentro de campo não tinham como recuperar o prejuízo. Estamos absolutamente tranquilos, temos a razão nesse caso. Não provocamos nada – ressaltou o dirigente.

Confronto no gramado no intervalo da partida (Foto: Rubens Chiri / site oficial do SPFC)Confronto no gramado no intervalo da partida (Foto: Rubens Chiri / site oficial do SPFC)

Delegada diz que investigação vai continuar
A responsável pelo inquérito aberto na madrugada de quinta-feira é a delegada Margarete Barreto, do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Ela disse que os argentinos não conseguiram explicar como começou a confusão.
– Colhemos depoimentos de apenas dois jogadores, mas vamos continuar investigando o caso. Eles não souberam explicar como tudo começou, por isso pedimos exames de corpo delito. As duas partes lavraram Boletim de Ocorrência por lesão corporal e dano ao patrimônio. O clube argentino ainda pode mandar provas com imagens e laudos de exames. Já realizamos perícia no ônibus que levou a equipe ao estádio, que também estava danificado – ressaltou.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/sao-paulo/noticia/2012/12/sao-paulo-da-sua-versao-sobre-briga-eram-25-deles-contra-dez-nossos.html

Do pôquer ao título em NY, Soares evolui em busca de grandes feitos


Conquista nas duplas mistas e excelente fim de ano dá confiança, e mineiro
se mostra com condições de brigar por feitos maiores na temporada 21013

Por Alexandre Cossenza São Paulo

Em 2012, Bruno Soares conquistou cinco títulos no circuito de duplas e viveu seu momento mais brilhante ao sagrar-se campeão de duplas mistas do US Open. Ao fim de sua melhor temporada como profissional, o mineiro de 30 anos e 1,80m conversou com o GLOBOESPORTE.COM em São Paulo e lembrou do começo. Falou da grave lesão que o afastou das quadras por quase dois anos, do trabalho como administrador de academias e do dinheiro que ganhou com o pôquer para pagar as contas enquanto afastado do circuito.

Bruno Soares e Ekaterina Makarova US Open vitória (Foto: Reuters)O dia que marcou 2012: Soares é campeão de duplas mistas do US Open junto com Makarova (Foto: Reuters)

Com o tom otimista adotado em todas entrevistas - o mesmo com o qual tenta encarar o duro dia-a-dia do circuito mundial, Soares fala da caminhada que "recomeçou" com inesperada semifinal em Roland Garros/2008 e ressalta o que ninguém vê na TV, nem mesmo quando seus jogos são exibidos. Diz o quanto autoavaliou seu jogo e o que vem fazendo incessantemente para crescer e jogar no nível das melhores parcerias do mundo. Atual número 19 no ranking mundial, o brasileiro também aborda a dose de confiança que foi injetada quando triunfou ao lado da russa Ekaterina Makarova em Nova York: "Não foi coincidência eu ter jogado muito bem no fim do ano".

Prestes a começar sua primeira temporada completa ao lado do austríaco Alexander Peya, com quem levantou três troféus em 2011, Soares acredita finalmente estar no mesmo nível dos grandes e aposta que "acreditar" será o diferencial. Confira abaixo a conversa.

GLOBOESPORTE.COM: Vamos começar lembrando do começo? O que fez você escolher a dupla como meio de vida?
Bruno Soares: Eu operei a tíbia (em outubro de 2006), só que tive infecção hospitalar e voltei a operar por causa da infecção. Eu retornei ao circuito em julho de 2007 e estava sem ranking, sem nada. Nos primeiros seis meses, eu joguei vendo o que acontecia. Só que nesse ano eu ganhei três Challengers. Fiz alguns pontinhos em simples, mas nada muito animador. Já não estava muito com a mentalidade das simples. No fim do ano, quando parei, falei: "Estou bem, o físico está sentindo bem" Precisava melhorar tenisticamente, recuperar minha forma, mas deu para ver que o corpo iria aguentar. No início da pré-temporada, resolvi focar na dupla.


Estou muito motivado. Espero coisas grandes. O Alex e eu, a gente olha a chave e pode ganhar de todo mundo. O lance de acreditar, é importante para você ganhar um Masters 1.000, um Grand Slam."
Bruno Soares

E o que fez em um ano e meio parado?
Quando eu fiz ressonância, eu tinha uma fratura por estresse na tíbia e um inflamação. De acordo com todo mundo que eu consultei, fratura por estresse não tem jeito. É por volta de seis meses. E essa inflamação em três, quatro meses, deveria ceder. Seis meses depois a fratura tinha passado, só que a inflamação não. Fiquei sem saber o que fazer. Eu, minha sogra, minha esposa e minha irmã, a gente trouxe para Belo Horizonte uma franquia de academias só para mulheres chamada Curves. Comecei a trabalhar com isso. Como era academia só para mulheres, eu administrava o andamento, fazia a parte burocrática porque eu não podia ficar lá dentro. Foi uma experiência nova. Eu não sabia muita coisa, aprendi bastante. Mas continuei tratando, na esperança de voltar. Cheguei a voltar e me machuquei de novo, mas sempre trabalhando, com as academias rolando. E aí, em julho de 2007, eu voltei e fui me afastando das academias até que vendemos as duas em 2010.


E o pôquer entrou como na sua vida?
Meus amigos de tênis sempre jogavam pôquer. Eu estava em Belo Horizonte e comecei a ir. Fui aprendendo, na época do boom do pôquer, em 2003 e a gente começou a se interessar, se aperfeiçoar. Como eu tinha muito tempo livre, comecei a ler livro, estudar, entrar em site de treinamento. E comecei a jogar. Na época, eu conseguia tirar uma graninha por mês. Jogava umas cinco horas por dia. Nunca tive a intenção de viver disso, mas deu para pagar umas contas por um tempo.


Ainda dá tempo para jogar hoje?
Ainda me interessa muito! Adoro o jogo. Acho que o pôquer é um dos jogos mais fascinantes que existem. É um jogo de cartas em que a sorte conta bem pouco no longo prazo. Acompanho, vejo, leio e jogo torneios quando posso. Agora está muito difícil. Na época que eu voltei, ainda jogava nos fins de semana, mas agora está muito complicado. Quando a gente está de férias tem muito evento. A gente ainda tem nosso grupo de amigos e jogo online quando posso. É um jogo fascinante.


Você voltou a jogar full-time em 2008 e as coisas aconteceram bastante rápido, não?
Eu tive um pouco de sorte. Foi até na época que o Thomaz (Bellucci) estava nos Challengers e a gente jogou torneios junto. Ganhamos alguns e eu estava melhorando meu ranking. Um pouco antes de Roland Garros eu era top 100 e me inscrevi com o (sérvio Dusan) Vemic. A gente estava "cinco fora" (à espera de cinco desistências para entrar no torneio). Chegamos lá, nem treinamos juntos. Era quarta-feira à noite, estava indo jantar, recebi uma mensagem dizendo que tínhamos entrado. Falei com o Vemic, treinamos na quinta-feira e jogamos na sexta. E foi um ano que choveu muito. A gente jogou sexta, sábado, domingo e segunda. Em quatro dias, fomos de fora do evento para a semifinal. E a semi foi na quinta, tivemos dois dias off que me fizeram até mal.


Por quê?
Sabe quando você está sem pensar? Você entra, aquece, joga e já está naquele ritmo? Nesses dois dias, a cabeça começou a pensar demais, meio que perdi o foco do negócio. Ainda jogamos super bem na semi (Soares e Vemic foram eliminados por Pablo Cuevas e Luís Horna). Foi uma semana muito especial. A gente ganhou do Jonas Bjorkman e do Kevin Ullyett nas quartas. Na sexta à noite, toca o meu telefone. Era o Kevin me chamando para jogar com ele em Nottingham. Nunca tinha falado com o Kevin. Eu me senti extremamente honrado pelo convite. Você vê a humildade do cara. Ele era top 10 na época. Podia dizer: "Esse moleque entrou de alternate, está tendo o torneio da vida dele e cagou pra caramba". Mas me deu uma chance e me chamou. Eu ia jogar com o Thomaz. Mandei uma mensagem, e ele falou: "Nem pensa, vai lá". Acabei entrando com o Kevin e ganhamos o torneio. Aí, de antes de Roland Garros, que eu estava 94 do mundo, depois de Nottingham eu estava 36. Fui jogando e depois daí nunca mais baixei de top 35.

Bruno Soares tênis Alexander peya Tóquio final troféu (Foto: Getty Images)Ao lado de Alexander Peya (à dir.), Soares conquista o ATP 500 de Tóquio (Foto: Getty Images)

De 2009 a 2011 você fez dupla com Marcelo Melo. No fim do ano passado, você disse que queria quebrar a rotina, fazer algo diferente. Na prática, o que significa quebrar a rotina? O que fez de diferente nesta temporada?
Não é nem o que eu fiz de diferente. A gente teve dois anos muito bons, mas não teve o algo a mais. A gente ficou ali no top 30, com bons resultados, mas não teve um resultado grande. Nem uma final de Masters ou Grand Slam, nem ganhamos um ATP 500. Não que a gente não jogue bem junto, mas eu queria tentar com algum outro parceiro. Poderia pintar uma coisa diferente. Era simplesmente isso. Eu queria sentir como experiência.


Com o Eric Butorac deu certo no começo do ano. O que fez a dupla desandar?
Quando a gente terminou, não era minha ideia jogar com o Eric. Eu tinha dois caras em mente, e um deles era o Peya. E acabou que não consegui, então comecei 2012 com ele (Butorac). A gente jogou muito bem no início do ano. Não sei por que a coisa desandou. A gente passou um bom tempo jogando bem, mas sem ganhar. Foi complicando o negócio. Aí chegou a temporada de saibro, que não é boa para ele, e a coisa já não andou bem. Pintou a oportunidade de jogar com o Peya em maio. Ele terminou com o parceiro dele, e a gente começou a se falar. Eu estava no Brasil, mandei uma mensagem perguntando o que ele estava fazendo. Fomos conversando e resolvemos tentar. Aí falei com o Eric em Roland Garros, ele entendeu na boa e bola para a frente.


A autoconfiança mudou demais. Na hora H, sei que posso fazer o negócio acontecer e que vai dar tudo certo... Não foi coincidência eu ter jogado muito bem no fim do ano. Com certeza, isso vem de tudo que eu passei no US Open
"
Bruno Soares
Por que achava que poderia dar certo junto com o Peya?
Ele é completo. Ele tem o estilo de jogo, de certa forma, parecido com o meu. A gente é sólido de uma maneira geral. Ele saca bem, devolve bem, voleia bem, se mexe bem, tem uma boa segunda bola, acho que a gente encaixa no aspecto de ser uma dupla sólida, com todos os pontos bons. A gente não tem nenhum buraco aparente. O que vem acontecendo muito nos nossos jogos é que a gente vem quebrando os saques dos adversários. A gente saca legal, mas não somos grandes sacadores, então precisamos basear nosso jogo na consistência. A gente vai perder o saque um pouco mais que grandes sacadores, como Max Mirnyi e Daniel Nestor, então é importante ter essa força quando a gente devolve. Poder ter a tranquilidade para sacar e, caso perca o saque, saber que, a qualquer momento, a gente pode quebrar os caras também.


Não é o seu melhor ranking, mas podemos concordar que é sua melhor temporada?
É minha melhor temporada. Meu melhor ranking (Soares foi 14º do mundo em maio de 2009) foi resultado de uma combinação de três ou quatro resultados muito grandes e um ano consistente.

 Este ano não estou no meu melhor ranking por causa daquele espaço que tive com o Butorac, de quatro meses. De Memphis, que foi em fevereiro, até Wimbledon, em junho, não fiz praticamente nada. Mais 600 pontos e eu estaria 12, 13 do mundo. Em termos de jogo, vitórias... No fim do ano, eu e Alex ganhamos de várias duplas que estão na briga, estão entre as melhores. Ganhamos dois ATPs 500, fizemos quartas do US Open, perdemos pouquíssimos jogos. Estamos com motivação extra para a temporada 2013 ser a melhor.

E o que melhorou no seu jogo de 2009 até hoje?
O que eu quis melhorar foi meu jogo de rede. Eu sempre tive um bom voleio, sempre me mexi bem na rede, mas fazia muito de sacar e ficar no fundo, principalmente no segundo saque. Eu senti que, por mais que eu conseguisse jogar dessa forma, contra os caras top, era difícil. Eles pressionavam demais, não deixavam respirar e a coisa acabava complicando. Uma coisa que eu quis evoluir foi minha chegada na rede. Saque-e-voleio o tempo inteiro, tomar a bola no pé e fazer o primeiro voleio tirando do cara da rede. Essa transição do fundo para a rede foi o que eu mais treinei este ano, foi a grande evolução do meu jogo. Então estou procurando fazer, até nos lugares mais lentos, saque-e-voleio. Deu muito resultado. Agora eu tenho aquela confiança para dar o segundo saque, tomar a pancada no pé e tirar um bom voleio para fechar a rede. Esse foi o salto, e essa vai continuar sendo a evolução. A hora que eu ficar muito bom nesse aspecto... Eu tenho um saque bom, tenho uma boa devolução, que é meu ponto forte, tenho boa segunda bola... Acho que quando eu conseguir jogar o meu saque com uma precisão muito boa, com confiança no primeiro voleio e fechar a rede, isso vai completar. É o que eu mais tenho treinado.


E o que esperar de Bruno Soares em 2013?
Estou muito motivado. Espero coisas grandes. Quero focar nos torneios grandes. Nos 500, 1.000 e Grand Slams. Acho que eu e Alex terminamos o ano conscientes de que a gente pode ganhar um torneio grande, e isso é muito importante. Muitas vezes você está no torneio, olha a chave e pensa: "É, este lado aqui é difícil para mim. Só ganho este torneio se a chave abrir". Hoje, não. A gente olha a chave e pode ganhar de todo mundo. Esta postura, o lance de acreditar, é muito importante para você ganhar um Masters 1.000, um Grand Slam. A gente conversou muito em Paris, no fim do ano. Ele disse assim: "We belong there". Em português, é como dizer que a gente pertence, a gente faz parte das duplas tops. Eu concordo. Isto serve de motivação ainda mais nesta pré-temporada.


Bruno Soares tênis Copa Davis Rio Preto (Foto: Luiz Pires/FOTOJUMP)Soares acredita que o jogo de duplas vive ótimo
momento no circuito (Foto: Luiz Pires/FOTOJUMP)

O que mudou na relação com os fãs depois do título do US Open?
Não sei se há uma procura muito maior. O que eu vejo é que quando me apresentam, dizem: "Ah, o Bruno, campeão do US Open". Você vê que a pessoa lembra. Isso marca muito as pessoas. Já tem esse lance de conhecer a pessoa. Antes era: "Tem um tenista que joga bem, um tal de Bruno". Agora é: "O Bruno joga bem, é o cara que ganhou o US Open".

Já sente a responsabilidade de ser um dos grandes nomes do tênis no país?
Por enquanto, não. O que eu senti de impressionante foi uma mudança na postura, na minha confiança. Eu fiquei até surpreso porque não achei que seria um negócio tão rápido. A minha autoconfiança mudou demais. Na hora H, saber que posso fazer o negócio acontecer naquele momento, e que vai dar tudo certo... Isso melhorou demais. Não foi coincidência eu ter jogado muito bem no fim do ano. Com certeza, isso vem de tudo que eu passei no US Open. De todos jogos que eu fiz, de todos momentos delicados, de todos momentos sob pressão e, no fim, sair com o título em um torneio com tanta importância. Isso muda a sua postura.


Marcelo Melo costuma dizer que há pouca gente mostrando dupla. Concorda?
Em parte. Poderia ter mais, mas acho que no Brasil a maioria das pessoas reconhece a gente e sabe o valor das nossas conquistas. Eu converso com os austríacos e com o Alex e, tirando a mídia de tênis, ninguém sabe. Nesse aspecto, aqui no Brasil a gente tem uma visibilidade bacana. Eu acho que a gente tem que mudar o conceito da TV. O brasileiro gosta de torcer. Se mostrar mais jogos meus e do Marcelo na TV, vai dar ibope legal. Muitas vezes está passando um jogo e, de repente, Tursunov contra Baghdatis é um belo jogo, mas o cara olha e fala: "Não conheço esses caras. Não é o Federer nem o Nadal, vou mudar". De repente, se é o Bruno ou o Marcelo, ele diz: "Esse é brasileiro? Vou torcer". E vai assistir ao jogo. No Brasil, como o pessoal gosta de torcer, pode ser feito mais pela dupla. Pode mostrar mais e o pessoal vai gostar.


E mundialmente, como a modalidade pode crescer?
As pessoas têm que conhecer para querer assistir. Se você coloca na TV os Bryans contra Daniel Nestor e Nenad Zimonjic, e o cara não sabe quem é, não adianta. Mas se você tem divulgação e está sempre falando deles, coloca os caras na mídia, mostrando, o pessoal vai assistir. Aí o cara liga a TV e fala: "Os Bryans são os melhores do mundo, vou assistir". Ele tem razão para assistir.
 Acontece comigo em outros esportes. Eu ligo a TV e está passando basquete universitário. Não vou ver, cara. Porque nem gosto muito de basquete é não é a minha praia. Mas se está passando Miami Heat contra Boston Celtics, eu assisto ao jogo porque sei que o LeBron está lá, sei que o Leandrinho agora está no Boston. Eu tenho uma razão para assistir. É a mesma coisa no tênis. Se a pessoa só vê Nadal, Federer e Djokovic, não adianta. Só vão querer ver os caras. Falando mais, mostrando mais, as pessoas vão conhecer e querer ver. Hoje, nas simples, o estilo de jogo de todos é muito parecido. Está todo mundo muito forte, ficando no fundo e batendo na bola. Na dupla, temos de tudo. Tem os espanhóis que ficam no fundo, tem caras que jogam agressivo, tem o Leander Paes que joga com uma habilidade monstruosa, então você tem diversos estilos em um jogo extremamente dinâmico. A dupla está passando por um momento muito legal. É hora de aproveitar.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/12/do-poquer-ao-titulo-em-ny-soares-evolui-em-busca-de-grandes-feitos.html


Em noite de confusão, Federer perde na Argentina e se compara a Messi


'Já fizemos algumas coisas, mas ainda temos algumas por fazer', diz o suíço, antes de parte da arquibancada do jogo de exibição contra Del Potro cair

Por GLOBOESPORTE.COM Tigre, Argentina

confusão torcida tênis Federer na Argentina (Foto: Reprodução / LA NACION / Fabián Marelli)Queda de arquibancada faz jogo atrasar
(Foto: Reprodução / LA NACION / Fabián Marelli)

Roger Federer mal teve tempo de descansar da intensa maratona no Brasil e já seguiu para um novo compromisso na América do Sul. Na confusa noite desta quarta-feira, o suíço participou de um jogo de exibição contra Juan Martin del Potro, em Tigre, na Argentina. Antes mesmo de entrar em quadra, no entanto, uma parte da arquibancada cedeu. Cerca de 150 pessoas precisaram ser retiradas e os dois jogadores acabaram atrasando para entrar em quadra. Apesar do tumulto no início de sua visita ao país, Federer, como de praxe, foi simpático e brincou com as comparações com os craques do futebol Maradona e Lionel Messi. As informações são do jornal argentino "La Nación".

Federer e Del Potro jogo Argentina (Foto: AFP)Del Potro e Federer no jogo de exibição na Argentina, na noite desta quarta-feira (Foto: AFP)

No Brasil, Federer chegou até a se arricar com a bola nos pés. Na visita à Argentina, o assunto futebol continuou. O suíço, que foi superado de virada (6/3, 3/6 e 4/6) por Del Potro no jogo de exibição, foi questionado se estaria no mesmo nível de Maradona e Lionel Messi. 

- Maradona, por sua personalidade e pelo jeito que jogava, tem um grande lugar na história. Eu e Messi estamos em situação parecida: já fizemos algumas coisas, mas ainda temos algumas por fazer. De qualquer forma, é um orgulho ser incluído nesse grupo - afirmou, que depois da Argentina, segue para a Colômbia.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/12/na-argentina-federer-e-derrotado-por-del-potro-e-se-compara-messi.html

Decisivos na vitória do Rio, Riad e Théo enaltecem reação da equipe


Cetral foi eleito o melhor do jogo e oposto o maior pontuador com 18 pontos

Por Marcello Pires Rio de Janeiro

- O primeiro set foi tão ruim assim? A pergunta do oposto Théo após a vitória por 3 sets a 1 sobre o Vôlei Futuro reflete bem a preocupação dos jogadores do Rio de Janeiro com a atuação apática na derrota por 25 a 19 na parcial que abriu o clássico pela sexta rodada da Superliga. Maior pontuador da partida, com 18 pontos, Théo aprovou seu desempenho, mas reconheceu que ele e o jogo coletivo do time carioca ainda têm muito o que evoluir.

- Erramos demais no primeiro set, mas voltamos pressionando eles no segundo set e conseguimos virar a partida. Acho que fiz uma boa partida como todo nosso time, mas ainda temos erros para corrigir e muito mais para crescer ao longo da competição - afirmou o oposto.


Vôlei, Rio de Janeiro (Foto: Alexandre Arruda / CBV)Vitória sobre o Vôlei Futuro por 3 a 1 manteve o Rio de Janeiro na liderança (Foto: Alexandre Arruda / CBV)

Eleito o melhor em quadra, Riad concorda com o companheiro. Autor de dois pontos de saque importantes na partida, o central do Rio de Janeiro destacou a tranquilidade e o poder de reação da equipe como fatores determinantes para a virada em casa:

- Eles nos surpreenderam no primeiro set pressionando muiito no saque e com um aproveitamento ofensivo que eles nãpo vinham apresentando nos jogos anteriores. Acho que nossa maior virtude foi não se abater com a atuação do primeiro set e mostrar o mesmo espírito de grupo que tivemos contra o Sesi. 


Nossa maior virtude foi não se abater com a atuação do primeiro set e mostrar o mesmo espírito de grupo que tivemos contra o Sesi"
Riad
O central completou que mais importante que ter ganho o prêmio de melhor em quadra, foi a certeza de que seu trabalho vem sendo recompensado com boas atuações.

- Ganhar esse prêmio é sempre legal porque nos dá um estímulo a mais para continuarmos nos dedicando. Mas o que me deixa mais satisfeito é saber que meu trabalho nos treinos tem ajudado a equipe durante as partidas - afirmou Riad.

Apesar da derrota, que deixou o vice-campeão do ano passado apenas na nona colocação da Superliga masculina, Ricardinho parecia conformado.
- Essa é uma derrota normal. Meu questionamento é em relação a algumas derrotas que tivemos nas rodadas anteriores e que estão influenciando na nossa classificação - disse o capitão do time paulista.


Neymar, Daniel Dias e Alan Fonteles são indicados ao Prêmio Laureus


Jogadores do Timão são flagrados com cobertores na arquibancada, recebem assédio de japoneses e se animam com apoio da Fiel

Por Leandro Canônico e Zé Gonzalez Yokohama, Japão

Nada de descanso na chegada da delegação corintiana à cidade de Yokohama. Pouco após desembarcar na cidade que será palco da final do Mundial de Clubes da Fifa, no próximo domingo, às 8h30 (horário de Brasília), o elenco do Timão fez um rápido lanche no hotel e partiu rumo ao estádio para acompanhar o duelo entre Monterrey, do México, e Chelsea, da Inglaterra. Quase todos os jogadores estiveram presentes para a vitória dos ingleses por 3 a 1. Usaram cobertores contra o frio e ouviram vaias da torcida dos "Blues" quando foram mostrados no telão. Mas também foram bastante assediados por torcedores japoneses com a camisa do Chelsea no intervalo. O policiamento do setor chegou a ter problemas para controlar a bagunça que os fãs fizeram. 

corinthians jogadores chelsea x monterrey (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)Jogadores e comissão do Timão assistem ao jogo no estádio (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)

Assim como já havia acontecido nas quartas de final, quando os corintianos foram ao Toyota Stadium acompanhar o duelo entre Al Ahly e Sanfrecce Hiroshima, parte da delegação alvinegra optou por analisar de perto o adversário da decisão. Fábio Santos pediu atenção com Hazard e Mata, que caíram pelas pontas na partida.

- É um time forte, mas que dá para encarar. O que devemos nos preocupar mais é com os dois pontas, que são rápidos. Eles ganharam sem muita dificuldade, mas temos certeza que dá para o Corinthians jogar bem nesta final - analisou o jogador do Timão.

torcida corinthians jogadores chelsea x monterrey (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)Torcida do Corinthians marca presença no duelo
 (Foto: Marcos Ribolli/GLOBOESPORTE.COM)

Os jogadores também ficaram impressionados com a quatidade de corintianos no estádio. Ouviram a torcida cantar "Timão, êô" e gostaram do apoio mesmo fora de campo.

- É impressionante e muito importante para nós esse apoio. Esperamos que no nosso jogo seja novamente uma festa dos corintianos. Vamos jogar para fazer o nosso melhor - destacou Danilo.
Antes da viagem de trem para Yokohama, na tarde desta quinta-feira, os jogadores que não participaram da partida contra o Al Ahly fizeram um treinamento no Wave Stadium, em Kariya. Já os titulares e atletas que entraram no duelo contra os egípcios ficaram no hotel, em Nagoya, e fizeram apenas um trabalho regenerativo na piscina. O elenco do Timão volta a treinar nesta sexta às 16h (5h no horário de Brasília).

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/12/neymar-daniel-dias-e-alan-fonteles-sao-indicados-ao-premio-laureus.html

Apresentado no Palmeiras, Prass promete briga por vaga de titular


Ex-vascaíno cita tradição do Verdão na formação de goleiros e espera contribuir com a escola. Experiente, camisa 25 não se garante como titular

Por Daniel Romeu São Paulo

O Palmeiras já tem um novo goleiro para a próxima temporada: Fernando Prass. Apresentado na manhã desta quinta-feira, na Academia de Futebol, o experiente arqueiro, de 34 anos, chega ao Verdão pregando humildade e disputa por posição – mas ciente de que é o favorito para assumir a vaga de titular na Libertadores e na Série B no ano que vem. Com a camisa 25, Prass garante que a disputa da Segunda Divisão do ano que vem não influenciou na escolha, somente a tradição do Palmeiras.

fernando prass palmeiras (Foto: Daniel Romeu/Globoesporte.com)Fernando Prass é apresentado no Palmeiras (Foto: Daniel Romeu/Globoesporte.com)

Com longo histórico de formação de goleiros, o clube não contratava um jogador para o setor  há 18 anos - o último foi o paraguaio Gato Fernandez. Fernando Prass sabe que a comparação com Marcos, ídolo da torcida, será inevitável, mas tenta fugir do assunto e se diz feliz com os elogios do "Santo" em seu jogo de despedida. Titular absoluto no Vasco, conseguiu a liberação do clube carioca e espera aprender e ensinar os outros goleiros do elenco alviverde.

- Sei dessa tradição do Palmeiras, já li muita coisa a respeito. Até pelas referências de goleiros que foram formados aqui. Não é nada anormal contratar um goleiro, apesar da escola. Venho para trabalhar e para somar com a qualidade de quem está aqui. Vou aprender com eles, e eles comigo. É uma troca. Venho de fora, uma outra escola, quem sabe não possa acrescentar alguma coisa aqui para formar outros goleiros? – declarou, sem garantir-se no time titular.

- Nenhum jogador que o Palmeiras contrata vem com essa condição. Outros clubes vieram falar comigo e disseram “mas o contrato não é de titularidade”. Falei que isso não existe em lugar nenhum. E se alguém prometer isso a um jogador, ele tem que ficar com o pé atrás, desconfiado. Não bate com a verdade - completou.

fernando prass palmeiras (Foto: Daniel Romeu/Globoesporte.com)Fernando Prass posa com a camisa do Palmeiras
(Foto: Daniel Romeu/Globoesporte.com)

Com salários atrasados, Fernando Prass estava altamente insatisfeito com o Vasco e conseguiu sua liberação na Justiça. Revelado no Grêmio, o goleiro passou por Coritiba e chegou ao Vasco em 2009 – onde fez 248 jogos, em quatro anos. Antes da apresentação, o vice-presidente de futebol do Verdão, Roberto Frizzo, pediu a palavra e, apesar de não revelar detalhes, fez questão de esclarecer que nenhum outro jogador será envolvido no negócio com o Vasco. O Palmeiras é dono de 100% dos direitos econômicos do jogador, pelos próximos três anos.

A posição era uma das prioridades da diretoria alviverde na busca por reforços, já que Bruno e Deola, que atuaram a maior parte da temporada, não conseguiram convencer a torcida. O Verdão espera fechar com mais reforços experientes, em posições específicas, para reconstruir a espinha dorsal da equipe pensando em 2013. O ano atípico, com Libertadores no primeiro semestre e Série B no segundo, não pesou na escolha do goleiro, segundo ele.

- Não venho por campeonato. Venho pelo que o clube me oferece, e o que posso oferecer a ele. Vim para o Palmeiras independentemente de competição. Tem a Libertadores, mas isso não foi determinante. Só o fato do Palmeiras ser uma grande equipe, e as condições de trabalho que vou encontrar, além do interesse da diretoria – declarou Prass. 

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/palmeiras/noticia/2012/12/apresentado-no-palmeiras-prass-promete-briga-por-vaga-de-titular.html

Atuação do Chelsea contra Monterrey faz Tite pensar em mudar o Timão


Após assistir aos Blues, técnico fala em dar mais velocidade ao Corinthians. Douglas pode perder lugar para Romarinho, Jorge Henrique ou Edenílson

Por Carlos Augusto Ferrari Yokohama, Japão

Tite no jogo do Corinthians contra o Al Ahly Mundial (Foto: Getty Images)Tite pode mudar o time (Foto: Getty Images)

A boa atuação do Chelsea na vitória sobre o Monterrey deixou uma dúvida na cabeça do técnico Tite. Com as alterações feitas por Rafa Benítez nos Blues, o treinador do Corinthians passou a considerar a possibilidade de fazer ao menos uma mudança na equipe que decidirá o título mundial, domingo, às 8h30m (de Brasília), em Yokohama, no Japão.

Tite cogita colocar em campo uma formação com maior velocidade para aumentar o poder de marcação sobre a defesa adversária. Assim, Douglas passa a ser o mais cotado a perder a vaga. As opções são Romarinho, Jorge Henrique e Edenílson. Martinez, para o comandante, disputa vaga diretamente com Emerson.

- Quero analisar. Posso ter dois jogadores de velocidade na linha de três ou dois armadores. Vou pensar. Não vou esconder. Assim que tiver a posição, passo a vocês (jornalistas) – afirmou.

O que faz Tite ainda relutar sobre a troca é o porte físico dos jogadores do Chelsea. O treinador ficou impressionado com a força de alguns deles, principalmente dos defensores. Sem Douglas, o Timão perderia combate. 

- O Chelsea tem jogadores altos, de imposição física. Não é perder o lugar. A mudança está dentro do que pode ser importante para o jogo e para a equipe – ressaltou.

Tite começa a decidir a formação a partir de quinta-feira à tarde, no primeiro treino em Yokohama. O treinador, aliás, não terá muito tempo para fazer testes. Depois desse trabalho, a equipe só fará a atividade de reconhecimento no palco da decisão.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/corinthians/noticia/2012/12/atuacao-do-chelsea-contra-monterrey-faz-tite-pensar-em-mudar-o-timao.html

Mattheus vê forte concorrência na sub-20: 'Cada um lutando pelo seu'


Dos 27 pré-convocados, cinco serão cortados até o Sul-Americano. Filho de Bebeto disputa lugar com Felipe Anderson, Rafinha, Biteco, Fred e Adryan

Por Marcelo Baltar Teresópolis, RJ

A harmonia do grupo e as brincadeiras marcam os primeiros dias de treinos da Seleção sub-20 na Granja Comary. No entanto, é impossível esquecer que cinco jogadores serão cortados antes do início do Sul-Americano, que acontece entre janeiro e fevereiro, na Argentina. Dos 27 pré-convocados, apenas 22 irão ao torneio.

Na defesa, é pouco provável que haja cortes, já que foram convocados quatro zagueiros (Samir, Antônio Carlos, Dória e Luan) e quatro laterais (Wallace, Fabinho, Douglas e Mansur). A principal disputa será na linha de frente, principalmente em relação aos meias ofensivos. Para a posição, o técnico Émerson Ávila conta com seis jogadores: Felipe Anderson (Santos), Rafinha Alcântra (Barcelona), Mattheus (Flamengo), Biteco (Grêmio), Fred (Inter) e Adryan (Flamengo), que também pode atuar como atacante.

mattheus seleção brasileira sub-20 (Foto: Marcelo Baltar/Globoesporte.com)Filho de Bebeto, Mattheus poderá jogar o Sul-Americano Sub-20 (Foto: Marcelo Baltar/Globoesporte.com)

O meia Mattheus, do Flamengo, reconhece que a disputa está difícil, e a concorrência é dura. O filho do tetracampeão Bebeto garante, porém, que o clima de amizade prevalece, apesar de cada um estar buscando o seu espaço.

- Na Seleção, a briga sempre é difícil. Mas é uma briga saudável. Somos amigos, mas cada um busca seu espaço. Independente disso, todos são amigos. Sabemos a concorrência que é a Seleção, com cada um lutando pelo seu.
Mesmo perdendo as férias, Matthues garante estar feliz com a oportunidade de estar na Seleção sub-20. O meia acredita que está colhendo os frutos do bom trabalho realizado no Flamengo em 2012 e promete dedicação total para viajar com o grupo para a Argentina.

- Sempre foi um sonho estar na Seleção. É a realização de um trabalho. É o fruto de um trabalho feito no Flamengo. Estou muito contente. Preciso aproveitar a oportunidade e me dedicar ao máximo nos treinamentos para estar na lista final do Sul-Americano.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2012/12/mattheus-ve-forte-concorrencia-na-sub-20-cada-um-lutando-pelo-seu.html

Quatro grandes clubes procuraram o ASA para contratar Lúcio Maranhão


Segundo vice de futebol do Alvinegro, Atlético-PR, São Paulo, Vitória e Coritiba tentaram contratar o artilheiro por empréstimo. ASA pretende vendê-lo

Por Victor Mélo Maceió

O atacante Lúcio Maranhão ainda pode deixar Alagoas. Depois de divulgar que o centroavante ficaria no ASA para a disputa do Campeonato do Nordeste, a diretoria do clube mudou o discurso nesta quarta-feira e disse que ninguém é inegociável.

lucio maranhao ASA (Foto: Ailton Cruz / Agência Estado)Lúcio ainda é do ASA (Foto: Ailton Cruz / AE)

Vice-presidente de futebol do Alvinegro, José Oliveira declarou que o centroavante interessa a grandes clubes do país.

- Proposta concreta não há, mas confirmo que houve sondagens de Atlético-PR, Coritiba, São Paulo e Vitória. O problema é que esses clubes querem o Lúcio por empréstimo, e isso não nos interessa. Podemos até emprestá-lo desde que o clube aceite comprar um percentual do atleta - explicou Oliveira.

Destaque
Lúcio Maranhão, de 24 anos, foi o terceiro maior artilheiro da temporada no Brasil. Com 40 gols marcados, o centroavante só perdeu a disputa para os atacantes Zé Carlos, do Criciúma, que fez 41, e Neymar, do Santos, que balançou a rede 43 vezes.

Didira
Quem está numa situação parecida com a do artilheiro é o meia Didira. O jogador foi sondado por alguns clubes, mas, segundo o vice de futebol, não há propostas interessantes ao ASA.

- Se aparecer algo, ele pode sair, mas adianto que o Didira é um jogador importante para o elenco e nosso objetivo é mantê-lo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/al/noticia/2012/12/quatro-grandes-clubes-procuraram-o-asa-para-contratar-lucio-maranhao.html