domingo, 4 de novembro de 2012

Jefferson lamenta bobeada no fim: 'Não podemos tomar um gol desses'


Falha da defesa que resultou no gol de empate do Palmeiras aos 45 do segundo tempo irrita o goleiro do Botafogo

Por GLOBOESPORTE.COM Araraquara, SP

 O goleiro Jefferson teve trabalho durante toda a partida contra o Palmeiras. Obina, Marcos Assunção, Maikon Leite, Patrick, todos esses jogadores levaram perigo ao gol do Botafogo. Mas aos 45 minutos da segunda etapa, a zaga alvinegra parou e deixou Barcos receber lançamento de Juninho, dominar no peito e acertar um belo chute no ângulo (assista acima)

Vale ressaltar que o técnico Oswaldo de Oliveira tirou Lodeiro aos 26 minutos do segundo tempo para colocar Brinner e fortalecer a zaga. Após o empate em 2 a 2, o goleiro Jefferson saiu irritado com a facilidade que o argentino teve para fazer o segundo gol alviverde.
- O resultado foi justo porque o Palmeiras pressionou o segundo tempo todo. Mas não podemos tomar um gol desses, o Barcos é inteligente, tem categoria. Ele não pode ter esse espaço todo para finalizar - afirmou o goleiro à Rádio Globo.

O argentino virou um carrasco do Botafogo. Nos últimos quatro jogos entre as duas equipes, o Pirata marcou seis vezes.

O elenco alvinegro volta para o Rio de Janeiro e ganha a segunda-feira de folga. Todos se reapresentam no Engenhão na próxima terça para começar a semana de treinamentos visando à partida contra a Portuguesa, no próximo sábado, às 19h30m, no Estádio João Havelange.
Com 51 pontos, o Alvinegro segue oito pontos atrás do São Paulo, último time na zona de classificação à Taça Libertadores. Restam quatro rodadas para o fim.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/11/jefferson-nao-podemos-tomar-um-gol-desses.html

Barcos brilha no fim, mas Verdão e Bota empatam e se complicam

Pirata faz dois e dá empate ao Palmeiras contra o Alvinegro. Paulistas continuam afundados no Z-4, e cariocas veem Libertadores mais longe


 A CRÔNICA
por Diego Ribeiro

O gol tardio de Barcos não enganou a torcida do Palmeiras, que vaiou o time ao final do empate em 2 a 2 com o Botafogo, neste domingo, em Araraquara. Ao Alvinegro, que vencia até os 45 do segundo tempo, fica o gosto amargo de perder a chance de se aproximar do São Paulo, último que se classificaria para a Taça Libertadores da América. No fim do duelo, ficou ruim para os dois lados – um pouco pior para o Verdão.

O empate deixou o Palmeiras com 33 pontos, algo que fica ainda mais grave com a vitória do Sport sobre o Vasco por 3 a 0. O Verdão continua na 18ª posição, mas agora a três pontos do 17º colocado. De bom, só Barcos. Com os dois gols marcados neste domingo, o Pirata chegou aos 27 na temporada e atingiu a meta estabelecida em sua chegada. Só não há clima para o churrasco prometido para celebrar o feito. O drama alviverde é tão grande que vários torcedores passaram o segundo tempo chorando na Arena da Fonte. O rebaixamento está cada vez mais difícil de ser evitado.

O Botafogo lamentou demais o gol sofrido no fim. O time foi aos 51 pontos e continua a oito do São Paulo, que também empatou neste domingo – com o Fluminense, no Morumbi. Lodeiro foi o melhor do lado alvinegro, fazendo um gol e dando o passe para Elkeson marcar o segundo.
Maurício Ramos inventa, Barcos não

Fazer o simples nem sempre é tão fácil. O Palmeiras de Gilson Kleina é capaz de provar isso. No discurso, tudo muito bonito: não inventar, tocar fácil, fazer o básico... Na prática, inventa-se. E muito. Sabendo disso, o Botafogo de Oswaldo de Oliveira se portou de maneira correta, esperando a primeira falha palmeirense para armar o contra-ataque.

O Verdão, mais uma vez, foi superior ao seu adversário durante o primeiro tempo. A irritação deu lugar à paciência, virtude que até o esquentadinho Luan teve ao se livrar da marcação e deixar Patrick Vieira na cara do gol, aos 16 minutos. O garoto não apresentou a mesma calma, e o chute foi para fora. Mesmo assim, a postura animou o pequeno público presente em Araraquara – uma decepção, já que o time precisa demais do apoio do torcedor.

jogo Palmeiras e Botafogo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Palmeirenses tentam evitar, sem sucesso, o gol de Lodeiro (Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Tudo ia bem, até que Maurício Ramos não fez o simples. Justo ele, que durante a semana cobrou tranquilidade dos seus companheiros. Aos 21, resolveu sair jogando, Andrezinho roubou, quatro botafoguenses dispararam e, segundos depois, Lodeiro aproveitava o rebote da trave para fazer 1 a 0. O Botafogo, sim, fazia o básico. Uma aula de contra-ataque na Arena da Fonte.
A torcida ensaiou um protesto, gritando que se o Palmeiras não ganhasse o “bicho ia pegar”. Até ela se lembrar de que o artilheiro Barcos gosta demais de enfrentar o Botafogo. Só depois do gol é que o Pirata acordou, buscou jogo, tentou tabelas. Mesmo assim, nada levava perigo à meta de Jefferson.

Sem imaginação no meio-campo, sobrou para a bola parada de Marcos Assunção. Aos 28, cobrança de escanteio na cabeça de Patrick Vieira, que desviou para Barcos empatar, quase debaixo das traves. Atenção aos números: 26 gols na temporada, a um de sua meta anual e do prometido churrasco – e o quinto gol no Alvinegro em quatro duelos. Tudo porque Barcos fez, pasmem, o simples.

Barcos comemora gol do Palmeiras contra o Botafogo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Barcos vibra com o gol de empate ainda no primeiro tempo (Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Verdão martela, e Alvinegrosó vai na boa
O Botafogo começou o segundo tempo com marcação no campo de ataque, pressionando a saída de bola alviverde. Sempre com seu bloco de quatro jogadores bem definido: Andrezinho, Fellype Gabriel e Lodeiro em linha, e Bruno Mendes mais avançado. O sistema dinâmico deu tão certo que o segundo gol quase saiu logo aos 3 minutos, quando Andrezinho cruzou e Lodeiro exigiu defesa difícil de Bruno.

Mais ligado, o Alvinegro, enfim, descobriu o caminho para irritar um Palmeiras que vive altos e baixos na parte psicológica. Gesticulando muito, Oswaldo pedia para seus jogadores rodarem a bola de um lado a outro do campo. Luan foi o primeiro a ficar nervoso: bateu boca com rivais e foi advertido verbalmente pelo árbitro Elmo Resende Cunha.

Quando Gilson Kleina mandou Maikon Leite para o aquecimento, a sensação era de que ele sacaria seu jogador mais irritado. No entanto, o palmeirense ousou e tirou Artur, deixando a equipe com três atacantes para tentar retomar as rédeas do jogo. No plano tático, deu certo. O Verdão passou a pressionar, mandar no jogo. O panorama era todo alviverde. Faltou técnica.

Jogadores do Botafogo comemoram gol (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Elkeson, Bruno e Renato após o segundo gol
(Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

De novo, o “simples” não apareceu. Luan, duas vezes, Maikon Leite e Patrick Vieira tiveram a bola do jogo quase na pequena área, em lances semelhantes. Nas quatro vezes, eles tentaram fazer uma jogada mais bonita e perderam suas oportunidades. A torcida, claro, voltou a pegar no pé. Pediu Obina, vaiou o árbitro, pressionou.

O castigo foi duro, quase um nocaute. De novo, Maurício Ramos, em dia para ser esquecido. Aos 18 minutos, ele perdeu uma disputa com Lodeiro, que cruzou na cabeça de Elkeson – o atacante acabara de entrar no lugar de Fellype Gabriel: 2 a 1 para o eficiente Botafogo.

Nos 30 minutos que sucederam o gol de Elkeson, o pesadelo das chances perdidas se repetiu no Palmeiras. E tome bola na trave de Maikon Leite, defesa de Jefferson em chute do mesmo atacante, tropeço de Patrick Vieira com o gol vazio, bola de Barcos que a zaga salva em cima da linha...O Palmeiras martelava, martelava, martelava... Torcedores se desesperavam nas arquibancadas. Nas finalizações, um verdadeiro massacre. Tinham sido 21 tentativas de gol verde contra sete do Alvinegro. Aos 45 minutos, Barcos, apareceu - de novo! - na sua missão de salvador. O argentino dominou no peito dentro da área, deixou a bola pingar e encheu o pé esquerdo no ângulo de Jefferson.

O placar de 2 a 2, como mandante, ainda pode ser considerado um resultado negativo. Mas pelo que o Palmeiras jogou e se dedicou, o torcedor ainda tenta manter um fiozinho de esperança nas quatro partidas finais para não ser rebaixado. Já o Botafogo, a oito pontos do G-4, vê a vaga na Libertadores ficar cada vez mais complicada.

Barcos comemora gol do Palmeiras contra o Botafogo (Foto: Marcos Ribolli / Globoesporte.com)Barcos, o nome do jogo, é abraçado pelos companheiros (Marcos Ribolli / Globoesporte.com)

Na próxima rodada, o Botafogo recebe a Portuguesa, sábado às 19h30m (horário de Brasília), no Engenhão. No domingo, o Palmeiras pega o Fluminense às 17h, no Prudentão, em Presidente Prudente.


Frio desde pequeno, Cavalieri lembra fase no Liverpool: 'Cheguei a chorar'


Treinado pelo pai nos campos de pelada, discreto camisa 12 do Flu quer esquecer passado na Europa e se consolidar como ídolo nas Laranjeiras

Por Rafael Cavalieri e Eric Faria Rio de Janeiro

Diego Cavalieri s no treino do Fluminense entrevista (Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)Diego Cavalieri revelou que chorou na Inglaterra
(Foto: Rafael Cavalieri / Globoesporte.com)

Grande parte das crianças brasileiras já sonhou em algum momento em se tornar jogador de futebol. As camisas 9 ou 10 são as opções naturais. Diego Cavalieri, no entanto, não teve escolha. Desde criança, a convivência com o pai Antônio Carlos o levou para debaixo das traves. Mazola, como era conhecido, não deu sorte no futebol, mas treinou o filho, que se tornou um dos melhores da posição no Brasil na atualidade. Falecido em 2009, ele segue sendo a principal inspiração para o camisa 12 tricolor, que assumiu papel de protagonista na impecável campanha do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Além da conquista de seu primeiro título nacional, Cavalieri, tem outras duas metas nas Laranjeiras: garantir um lugar no hall dos grandes goleiros do clube carioca e esquecer a frustrante passagem pelo Livepool, entre 2008 e 2010, quando amargou a reserva na Inglaterra:

- Cheguei a chorar - recorda Cavalieri.
O treinamento, no entanto, começou muito antes do Fluminense, do Liverpool ou até mesmo de entrar para as categorias de base do Palmeiras. Diego Cavalieri costumava acompanhar o pai nas peladas que disputava com os amigos. Além de observar os movimentos de Mazola, acabava se arriscando nos intervalos. Mesmo diante de pessoas muito mais velhas e com chutes fortes, encarava as bolas e realizava alguns dos milagres que hoje a torcida do Fluminense tanto comemora.

Cheguei a chorar e a me perguntar: "Será que estou fazendo algo de errado? Será que desaprendi?"."

Cavalieri, sobre a passagem pelo Liverpool
- Meu pai brincava muito comigo. Ele chegou a jogar pelo Santo André, mas teve de largar tudo quando meu avô morreu. Só que mesmo assim acabava me treinando. Chegava nas peladas para os amigos e mandava chutar forte mesmo que eu ia me virar. Aquilo já foi um aprendizado. Não tinha diferença de idade, ele sempre dizia para eu dar meu jeito. E isso de certa forma me ajudou. Em 2009, estava na Inglaterra e ele faleceu. Mas tenho certeza de que ainda está me acompanhando - relembrou Diego, que é pai de Enzo, de um ano e dois meses, e que espera não ver seguindo o mesmo caminho, apesar de garantir o apoio caso seja a sua escolha.

Hoje, Diego Cavalieri é uma realidade. E aos poucos vai consolidando sua posição entre os grandes goleiros do Fluminense. Para muitos tricolores, ele já é o maior da posição desde Paulo Victor, ídolo da década de 80. Caso conquiste o Campeonato Brasileiro, seu segundo título pelo clube - o primeiro foi o Carioca neste ano -, já pode entrar na galeria, apesar de ele ainda achar que é pouco.

Diego Cavalieri fluminense coritiba (Foto: Agência AFP)Diego Cavalieri rezando antes de jogo pelo Fluminense (Foto: Agência AFP)

- Eu vi alguma coisa do Paulo Victor desde que cheguei ao Flu. Alguns jogos históricos. Foi um goleiro importante e tive o prazer de conhecê-lo pessoalmente. O Castilho é difícil ver, mas sei das histórias, como a que ele amputou parte do dedo. Foram goleiros importantes para o clube, que fizeram grandes trabalhos e entraram para história porque venceram. No futebol é isso o que marca. E o jogador corre atrás para ter a sua história - explicou.
Frieza marca personalidade

Além da simplicidade nas defesas, sejam elas simples ou até as consideradas milagrosas, um traço marcante de Diego Cavalieri é a frieza. Exemplo claro disso foi a reação após defender um pênalti em um Fla-Flu no Engenhão lotado aos 40 minutos do segundo tempo. Punhos cerrados e nem ao menos um sorriso após o lance que ajudou a definir a vitória tricolor por 1 a 0. Fatos como esse renderam ao camisa 12 o apelido de Homem de Gelo entre alguns torcedores. Ele explica que sempre foi assim.

Diego Cavalieri na partida do Fluminense contra o Flamengo (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)Diego Cavalieri na partida do Fluminense contra o Flamengo (Foto: Dhavid Normando / Photocamera)

- Dificilmente eu comemoro muito, ou extravaso... E vou continuar da mesma maneira. É uma característica minha. Sempre fui assim mesmo fora de campo. A gente sabe da nossa responsabilidade e da pressão. Esse jeito me ajuda a manter o foco - explicou.

Apesar de dizer que sempre foi assim, as dificuldades que passou no período em que atuou no futebol europeu ajudaram a moldar sua personalidade. Contratado pelo Liverpool após boas temporadas pelo Palmeiras, acabou recebendo raras oportunidades, que o desanimaram bastante. De lá foi para o modesto Cesena, da Itália, mas as sonhadas chances também não apareceram. Foi um período de aprendizado e questionamentos até aparecer o Fluminense.

Diego Cavalieri, goleiro do Liverpool (Foto: AFP)Diego Cavalieri em jogo pelo Liverpool (Foto: AFP)

- Cheguei a chorar e me perguntar: "Será que estou fazendo algo de errado? Será que desaprendi?". Quando você passa dois anos e meio sem aparecer, as coisas ficam complicadas. Zeraram meus bons anos pelo Palmeiras. Mas apareceu o Fluminense e fiquei feliz com a oportunidade e com a grandeza do clube. Fui recebido de braços abertos, estou feliz, adaptado e tentando manter essa tradição de grandes goleiros.

Frio e sério. As características são marcantes e estão presentes. Mas será que a torcida tricolor não vai ver Diego Cavalieri vibrar que nem um maluco nem mesmo no jogo que consolidar a tão sonhada conquista do Campeonato Brasileiro? Pode até ser, mas o paredão tricolor não garante.
- Se a gente realmente conquistar, eu não sei dizer como vai ser. Sou tranquilo e discreto. Não dá para fazer uma previsão. Na hora vem e a gente faz. Vamos ver o que acontece (risos).

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/programas/esporte-espetacular/noticia/2012/11/paredao-desde-crianca-cavalieri-sonha-com-idolatria-tricolor.html

‘Muito animado’, Federer mira viagem ao Brasil: ‘Vou me divertir bastante’


Suíço diz esperar ‘vibe incrível’ nos jogos de exibição em São Paulo, mas dá a entender que não quer o ATP Finals disputado no Rio: 'Em Londres está bom'

Por Cahê Mota Direto de Londres

Faltando pouco mais de um mês para desembarcar no Brasil pela primeira vez, Roger Federer já tem uma missão bem definida para os dois jogos de exibição que fará em São Paulo: se divertir. Em Londres para a disputa do ATP Finals, que reúne os melhores tenistas da temporada, o suíço sorriu ao ser questionado sobre a expectativa de passar pelo país entre os dias 6 e 8 de dezembro, quando enfrentará Thomaz Bellucci e Jo-Wilfried Tsonga, no Ibirapuera. Após rodar o mundo, ele festeja a oportunidade de receber carimbos inéditos no passaporte.


Roger Federer ATP Finals Londres (Foto: AFP)O suíço Roger Federer durante a entrevista coletiva deste domingo em Londres (Foto: AFP)

- Estou muito animado. Nunca estive no Brasil, nem na Argentina, nem na Colômbia... São lugares em que estarei até o fim da temporada e será tudo muito novo para mim. É o tipo de coisa que não acontece todos os dias. São países empolgantes. Já estive em 40 ou 50 países na minha vida e é por isso que eu amo minha profissão, amo jogar tênis. Conhecer novos lugares, novas pessoas, atmosferas diferentes... Espero uma vibe incrível e tenho certeza de que vou me divertir bastante. Espero proporcionar um bom show para quem for me ver jogar - afirmou Federer neste domingo.
Além de Federer e Tsonga, também estarão no evento paulista Maria Sharapova, Caroline Wozniacki, Serena Williams, Victoria Azarenka, David Ferrer e os irmãos Bob e Mike Bryan. Antes de sair de férias e poder "se divertir" na América do Sul, porém, o suíço defenderá seu título no ATP Finals a partir de terça-feira. Seis vezes campeão da competição, ele estreia contra o sérvio Janko Tipsarevic, que substitui o lesionado Rafael Nadal.


Aqui em Londres, o torneio atende a todas as nossas necessidades. É um sucesso entre jogadores, torcedores e imprensa, que está em peso. Tudo funciona bem, além da cidade ter outros inúmeros aspectos que não vou me aprofundar. É uma questão da ATP, mas se continuar aqui será bom. Se optarem por mudar, é importante ter certeza de que irá para um bom lugar, que faça sentido para o tênis, para os negócios, o calendário..."
Roger Federer

Com a posição de número 1 do ranking mundial perdida para Novak Djokovic, Federer se manteve firme diante de perguntas sobre a importância do torneio em solo londrino na definição do melhor da temporada. Educado, elogiou Djoko e previu uma disputa equilibrada na competição que "encerra a temporada em grande estilo".

- O real número 1 sabemos que será o Novak. Não ha discussão sobre isso. O ranking define bem como você jogou por um determinado período e pode mudar já em dois meses, com o Australian Open. Estar aqui é um bônus para os jogadores top se enfrentarem e terminarem a temporada em grande estilo. São dois grupos difíceis para todos.

Em sua quarta edição na North Greenwich Arena, em Londres, o ATP Finals tem sido pleiteado por autoridades do Rio de Janeiro, que gostariam de receber o evento a partir de 2014. Federer, por sua vez, acredita que uma mudança deve ser muito bem pensada para que não afete o já apertado calendário atual, que teve o Masters 1000 de Paris encerrado neste domingo, véspera da abertura do Finals.

- Aqui, o torneio atende a todas as nossas necessidades. É um sucesso entre jogadores, torcedores e imprensa, que está em peso. Tudo funciona bem, além da cidade ter outros inúmeros aspectos que não vou me aprofundar. É uma questão da ATP, mas se continuar aqui será bom. Se optarem por mudar, é importante ter certeza de que irá para um bom lugar, que faça sentido para o tênis, para os negócios, o calendário... Tenho certeza que a ATP tomara a decisão certa.

Seguro nas palavras, Federer encarou um tema polêmico e em evidência após o banimento do ex-ciclista Lance Armstrong do esporte: o controle antidoping. Assim como Andy Murray já tinha dito na véspera, o tenista se mostrou incomodado com o baixo número de exames em sua modalidade e pediu mudanças para evitar dúvidas sobre a honestidade do esporte.

- Estou sendo menos testado do que há sete, oito anos, e não sei qual o motivo, as razões. Deveríamos ter mais exames, sobretudo de sangue. Não temos testes o bastante durante o ano. Devemos aumentar. É um item chave para mostrar que o esporte é limpo. Temos uma boa história neste sentido e é importante deixar claro que continuaremos assim - afirmou Federer, revelando ter realizado dez exames antidoping neste ano.

Confira a programação dos jogos no evento em São Paulo:
6 de dezembro19h30m - Bob/Mike Bryan x Bruno Soares/Marcelo Melo
Não antes de 21h30m - Roger Federer x Thomaz Bellucci


7 de dezembro19h30m - Maria Sharapova x Caroline Wozniacki
Não antes das 21h30m - Thomaz Bellucci x Jo-Wilfried Tsonga


8 de dezembro19h - Serena Williams x Victoria Azarenka
Não antes das 21h - Roger Federer x Jo-Wilfried Tsonga


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/11/muito-animado-federer-mira-viagem-ao-brasil-vou-me-divertir-bastante.html

Ferrer espanta a zebra, vence em Paris e leva seu primeiro título de Masters


Espanhol derruba Janowicz em dois sets e comemora triunfo na França

Por SporTV.com Paris

Aos 30 anos, David Ferrer carregava nasa costas um rótulo elogioso, mas incômodo: o melhor tenista do mundo que jamais ganhou um torneio Masters 1.000. A partir de agora, será preciso encontrar outra frase para definir o espanhol que ocupa o quinto lugar no ranking mundial. Diante da sensação polonesa Jerzy Janowicz, Ferrer se impôs na final em Paris. Não quis saber de dar espaço para a zebra, venceu por 2 a 0 (6/4, 6/3) e finalmente levantou o troféu que lhe faltava. Na verdade ainda lhe falta um Grand Slam, mas isso é outra história. Por hoje, o espanhol só quer saber de festa, como ficou claro ao se jogar no chão, emocionado, após o último ponto.

Antes da vitória deste domingo, Ferrer acumulava três bolas na trave em Masters. Perdeu as finais de 2010 em Roma, 2011 em Monte Carlo (ambas para o compatriota Rafael Nadal) e 2011 em Xangai, para Andy Murray. Desta vez, ele não tinha um medalhão pela frente, mas a zebra assustava. Janowicz saiu do quali em Paris e derrubou tenistas do calibre de Murray para chegar à decisão. Número 69 do mundo, não conseguiu se impor sobre o espanhol, que manteve a boa fase neste ano.


David Ferrer Masters 1.000 de Paris (Foto: Getty Images)Ferrer vibra muito após a vitória sobre Janowicz na final deste domingo, em Paris (Foto: Getty Images)

Agora Ferrer tem 72 vitórias em torneios da ATP em 2012, a melhor marca entre todos os tenistas - Novak Djokovic é o segundo, com 70. Este é seu sétimo título no ano, superando os seis de Roger Federer, que não disputou a competição em Paris.

Durante os oito primeiros games do set inicial, equilíbrio total, com os dois tenistas confirmando seus serviços sem muitos percalços. A primeira chance de quebra foi de Janowicz, no nono game, mas Ferrer salvou o break point. Não só salvou como conseguiu uma quebra logo em seguida para fechar a parcial em 6/4.

No segundo set, o polonês parecia disposto a reagir. Quebrou o serviço o espanhol logo no terceiro game, mas a resposta foi imediata. Ferrer devolveu a quebra para empatar em 2/2 e conseguiu outra dois games depois. Dali em diante, bastou controlar o ritmo e a tensão do primeiro título de Masters. A consagração veio no nono game, e após o ponto final o espanhol desabou. Claramente emocionado, ficou caído na quadra, para depois levantar e vibrar muito com a torcida. Não é todo dia que acontece, principalmente para Ferrer, que agora tira o peso das costas e passa a mirar nos Grand Slams.


David Ferrer Masters 1.000 de Paris (Foto: Getty Images)Emocionado, o espanhol David Ferrer festeja o título no chão da quadra em Paris (Foto: Getty Images)

FONTE:

Solberg e Schmidt batem Emanuel e Alison e levam segundo título juntos


Sem entrarem em quadra, Harley e Benjamin faturam o terceiro lugar da etapa

Por Helena Rebello Direto de Campinas, SP

A vontade de Alison era visível. Afastado desde setembro devido a uma infecção, o capixaba lutou o quanto pôde para voltar ao pódio ao lado de Emanuel. Conseguiu, mas não no lugar mais alto. Na decisão do Open de Campinas, os campeões mundiais viram Bruno Schmidt e Pedro Solberg, melhores fisicamente no conjunto, vencerem por 2 sets a 0 (em parciais de 21/19 e 21/18) e faturarem o segundo título da dupla na temporada 2012/2013 do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia. Os dois também haviam vencido a disputa na estreia da parceria, em Goiânia.

- Nós sabíamos que eles estavam por cima pelo jogo que fizeram na noite de sábado (contra Ricardo e Pedro Cunha). Mas isso nos deu ainda mais vontade de ganhar. Conseguimos canalizar isso em quadra e nosso jogo funcionou bem. Ser um título sobre eles só abrilhanta ainda mais o nosso feito - disse Bruno Schmidt, eleito o melhor jogador em quadra em votação pela internet.

emanuel, pedro solberg e alison vôlei de praia campinas (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)Pedro Solberg sobe no bloqueio: título conquistado em Campinas (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)

Harley e Benjamin ficaram com o terceiro lugar desta etapa sem nem entrarem em quadra. Com dores no joelho, Ricardo apresentou um atestado médico à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e deu a vitória aos adversários.

Emanuel e Bruno Schmidt foram os mais acionados no princípio do jogo, e o brasiliense levou a melhor. No bloqueio, Pedro Solberg deixou seu time pela primeira vez com dois pontos de vantagem em 7/5. Aos poucos, os campeões mundiais foram induzindo os rivais ao erro, e a dianteira trocou de lado repetidas vezes. Quando Solberg bloqueava com perfeição, Emanuel dava o troco esbanjando categoria. Quando Alison dava pancada de um lado, Bruno Schmidt se esticava para defender no fundo. Em uma cravada, Pedro Solberg conseguiu a vantagem exata para fechar o set: 21/19.

Na segunda parcial, o carioca e Bruno Schmidt abriram dois pontos já com 4/2. A dianteira foi bem administrada até o bloqueio de Alison aparecer. Mesmo sem pontuar, o Mamute amortecia para Emanuel iniciar o contra-ataque. E assim os campeões mundiais alcançaram a igualdade em 10 pontos. Do outro lado da rede, porém, Pedro Solberg mostrou que também bloqueia com eficiência. Bruno Schmidt, com força ou com jeito, alargou a vantagem para cinco pontos em 18/13. O brasiliense, cortando em cima de Alison, assegurou o segundo título da parceria: 21/18.
 
FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-brasileiro-de-volei-de-praia/noticia/2012/11/solberg-e-schmidt-batem-emanuel-e-alison-e-levam-segundo-titulo-juntos.html

Em Campinas, Ju/Larissa vira sobre Lili/Rebecca e fatura 4º título seguido


Talita e Maria Elisa levam o terceiro lugar com vitória sobre Ângela e Neide

Por Helena Rebello Direto de Campinas, SP

No início, o susto. Com ótimos saques, Lili e Rebecca tornaram-se as únicas a vencerem um set sobre Juliana e Larissa no Open de Campinas. O sonho do primeiro título da dupla, porém, chegou ao fim no tie-break. Por 2 sets a 1, com parciais de 17/21, 21/15 e 15/7 as líderes do ranking mundial ampliaram a série invicta para 19 jogos e conquistaram o quarto título em quatro etapas da temporada 2012/13 do Circuito Brasileiro.

A campanha das campeãs mundiais também teve vitórias sobre Rachel/Leize, Ângela/Neide, Izabel/Pri Lima e Talita/Maria Elisa. Apesar da derrota na decisão, este foi o melhor resultado de Rebecca e Lili desde que formaram a parceria, há dois meses. O terceiro lugar ficou com Talita e Maria Elisa, que venceram Ângela e Neide de virada. O jogo teve parciais de 12/21, 21/17 e 16/14.

vôlei de praia Juliana e Larissa Campinas (Foto: Divulgação/CBV)Juliana e Larissa são campeãs pela quarta vez seguida (Foto: Divulgação/CBV)

- Já estava feliz por ter sido campeã, e ser a melhor jogadora é um bônus. É muito difícil jogar de manhã depois de jogar de noite no dia anterior, mas fiquei muito emocionada quando ouvi a torcida gritando meu nome e senti que não podia decepcioná-los. Dali tirei forçar para correr atrás do resultado - disse Juliana, eleita o destaque da partida em votação popular pela internet.

vôlei de praia Juliana e  Lili Campinas (Foto: Divulgação / CBV)Juliana e Lili disputam a bola na rede
(Foto: Divulgação / CBV)

Saque de Rebecca faz a diferença


vôlei de praia fila torcida Campinas (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)Antes da final, a torcida fez fila em Campinas para ver a partida (Foto: Helena Rebello/Globoesporte.com)

Juliana inaugurou o placar no set de desempate, e a dupla abriu três pontos em ataque para fora de Lili (6/2). O técnico Elmer solicitou tempo, mas a pausa não mudou os rumos da partida. Suas comandadas salvaram um match point mas, a essa altura, já era tarde para reverter o placar. Com um largada no fundo de quadra, Juliana selou a vitória e a conquista do quarto título seguido da parceria: 15/7.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-brasileiro-de-volei-de-praia/noticia/2012/11/em-campinas-jularissa-vira-sobre-lilirebecca-e-fatura-4-titulo-seguido.html

Sem Falcão e com estrelas cobertas na camisa, Brasil domina Líbia: 13 a 0


Do hotel, craque vê vitória fácil da seleção na segunda rodada do Mundial de futsal na Tailândia; líder do grupo C, equipe volta à quadra na quarta-feira

Por SporTV.com Korat, Tailândia

Foi um domingo de estrelas ausentes no Mundial de futsal na Tailândia. No uniforme da seleção brasileira, duas das seis estavam cobertas por um esparadrapo amarelo após a pressão da Fifa, que não reconhece os títulos de 1982 e 1985. Falcão, que deveria envergar a camisa, não estava sequer no ginásio. Com uma lesão na panturrilha esquerda, a estrela maior do futsal brasileiro ficou torcendo no hotel. E nem precisou torcer tanto. Com um primeiro tempo agressivo, o Brasil abriu 5 a 0 sobre a Líbia e escancarou a porteira para assegurar a vitória por 13 a 0.

Agora a seleção lidera o grupo C, com seis pontos, e já está classificada para a próxima fase. O próximo desafio é na quarta-feira, às 8h (de Brasília), contra Portugal. Os brasileiros jogam pelo empate para garantir a primeira colocação do grupo a caminho do mata-mata. O SporTV transmite ao vivo, e o SporTV.com acompanha tudo em Tempo Real.

gabriel futsal brasil x libia mundial (Foto: Getty Images)Gabriel parte para o abraço: vitória tranquila do Brasil sobre a Líbia neste domingo(Foto: Getty Images)

- Estou muito feliz pelo resultado, sabendo do empate de Portugal com o Japão. Os gols foram frutos da equipe toda. Portugal precisa da vitória, mas estamos preparados. Se jogarmos desse jeito, é difícil ganhar da gente - afirmou o artilheiro Fernandinho, autor de quatro gols na partida, em entrevista ao SporTV.

Além dos quatro de Fernandinho, o Brasil contou com três gols de Jé, dois de Rodrigo, um de Gabriel, um de Neto. um de Rafael e um contra de Rahoma.

Ritmo forte desde o início
Mesmo sem Falcão, o Brasil abriu a partida tentando impor seu ritmo. E com menos de dois minutos, carimbou a trave em chute de Wilde. A Líbia tentava responder nos contra-ataques, mas de forma tímida, sem grandes sustos para o goleiro Tiago. Do outro lado, Bensaed já trabalhava um bocado. E foi buscar a bola na rede pela primeira vez aos seis minutos de partida, quando Gabriel soltou um petardo na gaveta: 1 a 0 Brasil.

O gol deixou mais tranquila a seleção, que tinha demorado o dobro do tempo para abrir o placar na estreia contra o Japão. Estreante em Mundiais, Rodrigo apareceu duas vezes para ampliar a contagem: escorou dentro da área aos oito e acertou uma bomba aos dez, contando com a colaboração do goleiro líbio, que viu a bola passar entre as pernas e morrer mansa no fundo do gol.

Com 3 a 0 no placar, o Brasil continuava pressionando. O quarto gol saiu aos 15, quando Neto fez tabelinha com Fernandinho e concluiu bem. Dois minutos depois, o próprio Fernandinho fez o seu. Melhor jogador da Liga da Rússia, ele chutou forte na diagonal. A Líbia ainda carimbou a trave brasileira, mas o susto não alterou a conta no primeiro tempo: Brasil 5 a 0.

vinicius futsal brasil x libia mundial (Foto: Getty Images)Vinicius domina a bola diante de um rival da Líbia:
atuação tranquila do Brasil (Foto: Getty Images)
Porteira aberta

No segundo tempo, a equipe africana trocou o goleiro Bensaed por Al Sharif para tentar segurar o ataque verde-amarelo. E no início até deu certo. Em ritmo morno, o Brasil não conseguia levar perigo, e foi a Líbia que conseguiu assustar primeiro: Hasan chutou, e Tiago defendeu com o peito. Aos cinco minutos, saiu o sexto gol, de forma inusitada. Al Sharif interceptou um chute cruzado e deu azar: a bola bateu no companheiro Rahoma e entrou.

Aos dez, Fernandinho recebeu sozinho e teve frieza para finalizar por baixo do goleiro. No lance seguinte, ele roubou uma bola e rolou macia para Jé fazer 8 a 0. Fernandinho apareceu de novo para fazer o nono, em chute que desviou no defensor e no goleiro. E novamente aos 14 minutos, desta vez para fazer um lindo gol de letra e chegar à dezena. Jé fez o 11º e o 12º. Rafael Rato marcou o 13º e fechou a tampa. Sem Falcão, sem estrelas, sem sustos: goleada brasileira na Tailândia.

Brasil: Tiago, Ari, Vinicius, Neto e Wilde. Entraram: Franklin, Rafael Rato, Gabriel, Simi, Jé, Fernandinho e Rodrigo. Técnico: Marcos Sorato
Líbia: Bensaed, Hasan, A. Fathe, Rahoma, Aghila. Reservas: Al Sharif, Faraj, Rageb, Sherad, R. Fathe, Al Wahishi, Shames. Técnico: Pablo Prieto

Sobre o Mundial:
Sediado na Tailândia, nas cidades de Bangcoc e Korat, o Mundial de Futsal 2012 é disputado por 24 seleções, maior número de participantes da história da competição. As equipes estão divididas em seis grupos. Os dois primeiros de cada chave garantem vaga nas oitavas de final, assim como os quatro melhores terceiros colocados. Clique aqui e confira a tabela completa da competição, que vai até o dia 18 de novembro. Os jogos estão sendo disputados nas cidades de Bangcoc e Korat.


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/mundial-de-futsal/noticia/2012/11/sem-falcao-e-com-estrelas-cobertas-na-camisa-brasil-domina-libia.html

Vettel sai de último para o pódio e se mantém líder em dia de vitória de Kimi


Em uma das provas mais emocionantes do ano, Alonso chega em segundo em Abu Dhabi e diminui diferença na luta pelo título. Felipe Massa é sétimo

Por GLOBOESPORTE.COM Abu Dhabi, Emirados Árabes

A promessa era de muita emoção para o GP de Abu Dhabi. Desclassificado do treino de sábado, o líder do campeonato Sebastian Vettel (RBR) largava dos boxes, enquanto seu rival na briga pelo título, Fernando Alonso (Ferrari), partia em sexto. E a corrida deste domingo fez jus à grande expectativa criada. Aconteceu de tudo no circuito de Yas Marina. Acidentes na largada, decolagem espetacular, duas entradas de safety car, abandono de líder e triunfo inédito de Kimi Raikkonen e Lotus desde os retornos de piloto e escuderia à Fórmula 1. Mas as atenções estavam voltadas mesmo para o disputa do campeonato. Inspirado, Vettel fez uma linda corrida de recuperação e saiu de último para conseguir um improvável lugar no pódio, em terceiro, após ultrapassar Jenson Button no apagar das luzes. Uma atuação para espantar de vez as insinuações de que seria apenas um “carrinho” veloz na Fórmula 1.

O vice-líder Alonso mostrou a raça costumeira. Com uma Ferrari limitada, batalhou durante toda a corrida e chegou em segundo, diminuindo a diferença para o alemão da RBR na classificação de 13 para dez pontos. Um pódio com três campeões mundiais, digno de uma prova que entra para a história da categoria máxima do automobilismo mundial.

Dia movimentado também para os brasileiros, que terminaram na zona de pontuação. Felipe Massa chegou em sexto com sua Ferrari, mas teve a corrida prejudicada ao rodar pouco depois de levar um toque de Mark Webber, da RBR. Já para Bruno Senna, a prova foi ainda mais agitada. Foi acertado por Nico Hulkenberg na largada e caiu para último. Assim como Vettel, precisou escalar o pelotão e conseguiu um belo oitavo lugar.

Raikkonen fernando alonso vettel abu Dhabi fórmula 1 (Foto: AFP)Pódio de campeões consagra um emocionante GP de Abu Dhabi de Fórmula 1 (Foto: AFP)

A primeira vitória de Raikkonen desde seu retorno à F-1 após dois anos no mundial de rali fez o “Homem de Gelo” quebrar o frigidez. O finlandês celebrou no pódio com muito champanhe, mas manteve um sorriso discreto para não perder o costume nem a fama. O resultado vem na mesma semana de sua renovação com a Lotus para 2013 e consagra a regularidade de um piloto que pontuou em 17 dos 18 GPs. Ele havia batido na trave diversas vezes durante a temporada e dizia que não se sentiria 100% feliz enquanto não subisse no topo do pódio. Foi seu 19º triunfo na carreira. O último havia sido no GP da Bélgica de 2009. A prova marcou também a 80ª vitória da marca Lotus na categoria, encerrando um jejum de 25 anos desde o feito de Ayrton Senna no GP dos EUA de 1987.

Kimi herdou a primeira posição de Lewis Hamilton. O britânico, que seguirá para a Mercedes no ano que vem, largou na pole e rumava para uma sólida e tranquila vitória. Mas viu o sonho de triunfar em sua antepenúltima prova na McLaren ir embora ao abandonar a prova na 21ª volta, com problemas mecânicos.

Com a terceira colocação, Vettel alcança os 255 pontos, enquanto Alonso chega aos 245. Restam dois rounds na luta para ver quem será consagrado tricampeão mundial: o GP dos Estados Unidos, no dia 18 de novembro, e o GP do Brasil, que fecha a temporada uma semana depois. Confira a classificação completa do Mundial de Pilotos.

Nada decidido também no Mundial de Construtores.  A perspectiva era que a RBR encerrasse a disputa entre as equipes neste domingo. Mas a 14 voltas do fim, Mark Webber abandonou a prova após se envolver um acidente com Sergio Pérez (Sauber), Romain Grosjean (Lotus) e Paul di Resta (Force India), adiando a decisão. O time austríaco tem 422 pontos, 82 a mais que a Ferrari e a tendência é que assegure o título na próxima etapa. Veja a

Primeira volta emocionante

As atenções na largada estavam voltadas não só para as primeiras posições, mas para os boxes, de onde largava Vettel. No pelotão da frente, Hamilton manteve a ponta, enquanto Webber largou muito mal e foi superado por Raikkonen e Maldonado. Após partir em sexto, Alonso superou Button e partiu para o ataque ao australiano da RBR. Era muito importante se livrar rapidamente do companheiro de equipe de seu rival na briga pelo título. E a ultrapassagem veio logo na primeira volta, na curva 11. Massa ganhou a posição de Nico Rosberg e assumiu o sétimo lugar.
Enquanto isso, no pelotão intermediário, Bruno foi acertado por Nico Hulkenberg. Após o alemão da Force India se enroscar com seu companheiro Paul di Resta e Kamui Kobayashi (Sauber), acabou sobrando para o brasileiro, que caiu para as últimas posições. Hulk deixou a prova. Chamado de “maluco da primeira volta”, Romain Grosjean provou do próprio veneno. Foi tocado por Rosberg e teve um pneu furado.

Tanta confusão foi melhor para Vettel. Partindo do pit lane, o alemão fechou a volta de abertura em 20º, à frente de Hulkenberg, Di Resta, Grosjean e De la Rosa. Mas não passou ileso. Tocou na Williams de Bruno ao tentar ganhar mais uma posição e danificou a asa dianteira de sua RBR. Apesar do problema, a equipe decidiu manter o piloto na pista.

E Vettel continuou sua escalada. Superou Bruno na terceira volta, Narain Karthikeyan, Charles Pic, Timo Glock e Vitaly Petrov nas passagens seguintes, para chegar a 15º. O brasileiro da Williams também aproveitava o caminho aberto pelo alemão e subia na classificação.

Rosberg levanta voo

Na nona volta, um acidente impressionante. A HRT de Karthikeyan teve problemas e ficou ainda mais lenta do que o normal. Rosberg não percebeu e, literalmene, atropelou o carro do indiano. O alemão levantou voo com sua Mercedes e atingiu com força a barreira de proteção. Safety car na pista.

 Vettel acerta placa e leva susto

Com isso, Vettel subiu para a 11ª posição. A entrada do carro de segurança juntou o grid novamente. Melhor para o alemão. Ele aproveitou o safety car para ir para os boxes e trocar a asa dianteira danificada e voltou para o fim do pelotão, em 21º. Antes do safety car sair, o alemão levou mais um susto: foi fechado por Ricciardo enquanto os pilotos aqueciam os pneus e para não atingir a STR, atropelou uma placa do lado da pista.

Na relargada, na 15ª volta, Hamilton voltou a manter a liderança com tranquilidade, seguido por Raikkonen e Maldonado. Já Alonso precisou segurar a pressão de Webber. Button, Massa, Pérez, Kobayashi e Schumi completaram os dez primeiros.

Buscando recuperar, mais uma vez, o terreno perdido, Vettel buscou uma ultrapassagem dupla: superar Grosjean enquanto este passava Pic. O piloto da Marussia ficou para trás, enquanto o da Lotus fez jogo duro. Insistente, Vettel até usou uma parte de fora da pista para superar o francês. Grosjean reclamou da manobra do alemão no rádio e a RBR, por precaução, pediu para o piloto devolver a posição. Porém, três curvas depois, Vettel recuperou a colocação.

Líder Hamilton abandona

E como se não bastasse todas as emoções da prova, mais uma surpresa. O passeio de Hamilton na ponta foi interrompido por um problema mecânico na McLaren na 21ª volta. O inglês abandonou a corrida e o finlandês Raikkonen herdou a primeira posição. Melhor para Alonso, que naquele momento, em terceiro, assumia a liderança do campeonato. E o espanhol foi mais além: ultrapassou Maldonado e assumiu o segundo lugar.

Com a queda do rendimento da Williams, o venezuelano recebeu pressão também de Webber. O australiano tentou uma difícil manobra por fora. Teve a porta fechada, foi tocado e rodou, caindo para sétimo. Logo depois, Maldonado perdeu a terceira colocação para Button. Já Felipe chegou a ficar em quinto, mas perdeu lugar para Pérez e foi para sexto.

Na 24ª volta, Vettel entrou na zona de pontuação, ao passar Ricciardo e assumir o 10º lugar. Duas passagens depois, Kobayashi abriu a rodada de pit stops.

 Webber força e Massa roda

Não satisfeito em se precipitar ao tentar dar o bote em Maldonado, Webber tentou manobra muito semelhante sobre Massa e saiu da pista. Quando voltou, lançou o carro para cima do brasileiro, que se assustou e rodou. Após o incidente, Massa resolveu antecipar a parada nos boxes, voltando em 15º.

Vettel passou Schumacher e, com alguns pilotos indo para os boxes, subiu para sétimo. Na 29ª volta, Alonso foi para os boxes e voltou em sétimo. Vettel, a essa altura, era o quinto colocado, logo atrás do parceiro Webber. A expectativa era se a RBR faria o tão contestado jogo de equipe. Após pedir para o australiano não forçar caso fosse atacado pelo alemão, a escuderia mandou o piloto para os boxes, acabando com as preocupações.

Líder da prova, Raikkonen parou nos boxes duas passagens depois e manteve a primeira posição. E o segundo, quem era? Sebastian Vettel, que herdou também as posições Button e Maldonado, que foram para os pits.

Aí a dúvida passou a ser a seguinte: a 20 voltas do fim da prova, Vettel, que havia parado durante a entrada do safety car, faria mais um pit stop? Era preciso administrar o desgaste dos pneus macios. Bruno Senna adiou ao máximo a ida aos boxes e chegou a aparecer em quinto. Após a parada, voltou em 13º, logo atrás do compatriota Felipe Massa.

Com pneus mais desgastados, Vettel começou a ver a aproximação de seu rival Alonso. Ciente da queda de rendimento, a RBR chamou o alemão para o segundo pit stop na 38ª volta. Após um pequeno problema na troca do pneu traseiro direito, o alemão retornou à pista com compostos macios em quarto, a 24s do líder Raikkonen e atrás também de Alonso e Button.

E foi então que um novo safety car juntou outra vez o pelotão, ajudando novamente Vettel. Foi em razão de uma batida envolvendo Pérez, Grosjean e Webber. O mexicano duelava com Di Resta, quando saiu da pista e retornou tocando na Lotus do francês. Com o abandono do australiano, a RBR perdeu a chance de conquistar o Mundial de Construtores de forma antecipada.

 Vettel passa Button e sobe ao pódio

As posições se mantiveram na nova largada. Mas a monotonia acabou rapidamente. Vettel partiu para cima de Button em busca do terceiro lugar, enquanto Alonso caçava Raikkonen na briga pela vitória. Após um lindo duelo, o alemão da RBR arriscou tudo, passou o britânico e arranjou um lugar no pódio, algo difícil de imaginar antes da corrida. Raikkonen administrou a vantagem sobre Alonso e garantiu sua primeira vitória no retorno a Fórmula 1.

Confira o resultado final do GP de Abu Dhabi:
1 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - 1h45m58s667
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 0s852
3 - Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) - a 4s163
4 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 7s787
5 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - a 13s007
6 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 20s076
7 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 22s896
8 - Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) - a 23s542
9 - Paul di Resta (ESC/Force India-Mercedes) - a 24s160
10 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) - a 27s400
11 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 28s000
12 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Ferrari) - a 34s900
13 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) - a 47s700
14 - Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) - a 56s400
15 - Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - a 56s700
16 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) - a 1m04s500
17 - Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) - a 1m11s500

Não completaram:
Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) - na volta 42
Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - na volta 38
Mark Webber (AUS/RBR-Renault) - na volta 38
Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - na volta 20
Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) - na volta 8
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - na volta 8
Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) - na volta 1


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/motor/formula-1/noticia/2012/11/vettel-sai-de-ultimo-para-o-podio-e-se-mantem-lider-em-dia-de-vitoria-de-kimi.html

'É um dia que vai ficar marcado para o resto da minha vida', afirma Neymar


Reverenciado pelos torcedores rivais, craque se emociona no fim do jogo em Minas Gerais: 'Hoje eu considero a torcida do Cruzeiro minha segunda casa'

Por GLOBOESPORTE.COM Santos, SP

Neymar não para de surpreender. A lista de feitos do jovem jogador do Santos e da Seleção Brasileira é cada vez mais extensa. Os três gols marcados, além da assistência que deu para Felipe Anderson, fizeram Neymar ser ovacionado pela torcida rival na vitória por 4 a 0, no Independência. Milhares de cruzeirenses se levantaram para aplaudir o craque do Peixe e, mais ainda, para gritar o nome de santista durante alguns minutos.

Pouco depois da partida, o craque do Santos, que já havia saído emocionado dos gramados, foi ao Twitter agradecer a recepção dada em Minas Gerais pelos torcedores celestes.
- Hoje é um dia que vai ficar marcado pro resto da minha vida. Obrigado torcida cruzeirense por me deixar emocionado !! Sem mais.

Logo após o apito final do árbitro, Neymar deu uma entrevista emocionada ao SporTV. Além dos torcedores, o cruzeirense Montillo foi outro que elogiou bastante o jogador do Peixe.


 - Agradeço os elogios do Montillo. Ele é um craque. Receber um elogio de um fenômeno desses é uma satisfação muito grande. Hoje é um dia histórico na minha vida. Estou muito emocionado. Dá até vontade de chorar. Tudo que a torcida do Cruzeiro fez hoje eu vou lembrar para o resto da minha vida. Hoje eu considero a torcida do Cruzeiro minha segunda casa. Muito obrigado aos cruzeirenses pelo carinho (veja os gols da partida no vídeo acima).

Antes de ir para o vestiário, uma criança com a camisa do Cruzeiro despertou a atenção de Neymar, que se aproximou e autografou a camisa do Santos, que estava por baixo do uniforme azul celeste do garoto.

- Nunca aconteceu isso. Foi a primeira vez. A sensação é maravilhosa. É de onde eu trago essa alegria para jogar futebol. Eu dei risada de um menininho que estava com a camisa do Cruzeiro por cima e a do Santos por baixo. Ele pediu para eu autografar. Independente da rivalidade entre os times isso é gostoso no futebol. A torcida demonstrou o respeito que tem por outros jogadores.


Neymar agradece a torcida do Cruzeiro no Twitter (Foto: Reprodução/Twitter)Neymar agradece a torcida do Cruzeiro no Twitter (Foto: Reprodução/Twitter)

FONTE:

Fellype Gabriel mantém mistério e descarta problema de entrosamento


No treino de reconhecimento do gramado em Araraquara, meia esteve entre os titulares. Porém, ele não confirma qual a preferência do técnico Oswaldo

Por Cleber Akamine Araraquara, SP

Fellype Gabriel no treino do Botafogo (Foto: Cleber Akamine / Globoesporte.com)Fellype Gabriel treina em Araraquara
(Foto: Cleber Akamine / Globoesporte.com)

O mistério sobre o substituto de Seedorf no meio-campo botafoguense para a partida deste domingo, contra o Palmeiras, às 17h (horário de Brasília), permanecerá até a divulgação da súmula oficial de jogo. Mesmo sendo o escolhido pelo técnico Oswaldo de Oliveira para compor o time titular neste sábado, durante o treino de reconhecimento do gramado da Arena da Fonte, em Araraquara, Fellype Gabriel garante que não há confirmação por parte da comissão técnica.

- Ainda não está resolvido. O Vitor treinou uma vez entre os titulares e eu treinei também. Acho que a equipe ainda não está definida, mas estou preparado para jogar. Se precisar, vou fazer o meu melhor e espero que a gente consiga o resultado - comentou o meia, que disputa a vaga com Vitor Junior, destaque do treino coletivo realizado na última quinta-feira ao marcar dois gols.
Independentemente de quem ocupe o lugar de Seedorf, o Botafogo estará bem servido. Fellype Gabriel acredita que os dois estão prontos para compor o meio-campo, sem que o time sofra com a falta de entrosamento.

- A gente está bem adaptado. Já conhecemos a forma de jogar. É mais uma opção do Oswaldo mesmo. O jeito que ele quer que a gente se comporte. Seja que for, vamos procurar fazer o melhor e colocar em prática o que foi feito durante a semana. Sabemos que será um jogo complicado, já que a situação do Palmeiras é bastante difícil. Eles vão vir com tudo e temos que estar preparados para fazer um bom jogo e conquistar a vitória aqui - disse.

Papo com Seedorf
A presença do meia Seedorf, em Araraquara, para acompanhar a partida contra o Palmeiras neste domingo é dada como "quase certa" pela comissão técnica do Botafogo. A informação entre jogadores e membros da comissão técnica é de que o craque holandês vá ao interior de São Paulo para incentivar os companheiros nos vestiários e também nas arquibancadas na Arena da Fonte.
Para o meia Fellype Gabriel, substituir a principal estrela botafoguense é uma responsabilidade, mas não deve ser encarado como um peso a mais.

- Lógico que é um cara referência dentro do clube, diferenciado. A gente sempre está conversando com ele. Eu, particularmente, procuro conversar bastante. Mas jogamos diversas partidas sem ele e também fomos bem. É um jogador que tem qualidade, um craque, mas acho que quem for substitui-lo vai fazer o melhor dentro de campo para suprir a ausência dele.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/11/fellype-gabriel-mantem-misterio-e-descarta-problema-de-entrosamento.html

Por sonhos distantes, Palmeiras e Botafogo duelam em Araraquara


Verdão entra pressionado neste domingo, na Arena da Fonte, pois crê que derrota decreta rebaixamento. Alvinegro ainda mira a Libertadores

Por GLOBOESPORTE.COM Araraquara, SP

Montagem, Barcos e Bruno Mendes (Foto: Editoria de Arte / Globoesporte.com)Hernán Barcos e Bruno Mendes, esperanças de gol
(Montagem: Editoria de Arte / Globoesporte.com)

A cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, Palmeiras e Botafogo ainda alimentam seus sonhos mais positivos. Mas neste domingo, às 17h (horário de Brasília), em Araraquara, pelo menos um dos rivais voltará à dura realidade da reta final de 2012. As últimas fichas serão jogadas no gramado da Arena da Fonte: o Verdão ainda respira na luta contra o rebaixamento, enquanto o Alvinegro se agarra às remotas esperanças de conseguir uma vaga na Libertadores.

Não está fácil. Para o Palmeiras, são necessárias pelo menos quatro vitórias para tentar escapar. Com 32 pontos, o time de Gilson Kleina está a cinco do Bahia, que enfrenta a Portuguesa também neste domingo, mas às 19h30m. Existe até a possibilidade de a diretoria alviverde emplacar um incentivo extra para os jogadores da Lusa. A famosa mala branca.

Em campo, Kleina tenta fazer seu time esquecer a polêmica do gol de mão de Barcos contra o Internacional. O caso foi ao STJD e o jogo está suspenso até que o pedido de impugnação do duelo, feito pelo Palmeiras, seja julgado no dia 8 de novembro. Desta vez, não há problemas. Apenas o lateral-esquerdo Leandro, machucado, é desfalque, o que vai impedir o técnico de repetir a escalação pela primeira vez em 11 jogos no comando do Verdão.

Para o Botafogo, o panorama é ainda mais complicado. Apesar da boa fase no Brasileirão, o time de Oswaldo de Oliveira está com 50 pontos e precisa tirar oito de diferença para o São Paulo, quarto colocado e último classificado para a Taça Libertadores do ano que vem. O Tricolor enfrenta o líder Fluminense, no Morumbi, no mesmo horário do duelo em Araraquara.

Pela segunda vez no campeonato, o Botafogo emplacou três vitórias seguidas, e ainda conseguiu o feito inédito de ficar dois jogos seguidos sem sofrer gols. Com o bom momento do atacante Bruno Mendes e mesmo na ausência de Seedorf, o técnico Oswaldo de Oliveira demonstra confiança na conquista de um bom resultado. 

O time, inclusive, viajou um dia antes do normal para fazer um treinamento no palco do confronto deste domingo. Nos últimos jogos, o Alvinegro mostrou uma capacidade de administrar o resultado em confronto com adversários na mesma situação do Palmeiras, que tem sido uma pedra no sapato em 2012. 

A Rede Globo transmite a partida para todo o estado de São Paulo, com exceção da região de Araraquara. O Premiere exibe para todo o Brasil. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances em Tempo Real, com vídeos exclusivos.

header as escalações 2
Palmeiras: o técnico Gilson Kleina confirmou o time com apenas uma mudança em relação àquele que perdeu por 2 a 1 para o Internacional, sábado passado. Na lateral esquerda, Juninho vai substituir o machucado Leandro. De resto, tudo igual: Bruno, Artur, Maurício Ramos, Henrique e Juninho; João Denoni, Marcos Assunção, Wesley e Patrick Vieira; Luan e Barcos.

Botafogo: sem poder contar com Seedorf, o técnico Oswaldo de Oliveira aposta na força de seu grupo para dar sequências aos bons resultados das últimas rodadas. São quatro jogos de invencibilidade, sendo três vitórias seguidas. O time deve entrar em campo com Jefferson, Lucas (Jadson), Antônio Carlos, Dória e Márcio Azevedo; Gabriel, Renato, Andrezinho, Lodeiro e Fellype Gabriel; Bruno Mendes. 

quem esta fora (Foto: arte esporte)
Palmeiras: Leandro, com uma lesão muscular na coxa esquerda, e Thiago Heleno, com dores no quadril. Além deles, ainda há Valdivia e Fernandinho, que têm lesões mais graves no joelho e só voltam a jogar em 2013. 
Botafogo: os volantes Marcelo Mattos e Lucas Zen, submetidos a cirurgias no púbis e joelho esquerdo, respectivamente, só voltam a jogar ano que vem. Com uma lesão na coxa direita, Seedorf está fora. Já o lateral-direito Lucas é dúvida, pois se recupera de uma virose e pode desfalcar o time. 

header pendurados (Foto: ArteEsporte)
Palmeiras: Barcos, Leandro Amaro, Luan, Márcio Araújo, Marcos Assunção, Maurício Ramos, Román, Valdivia e Wellington. 
Botafogo: Dória, Elkeson, Gabriel, Jefferson, Lennon, Seedorf e Vítor Júnior. 

header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Elmo Alves Resende Cunha (GO) apita a partida, auxiliado por Altemir Hausmann (Fifa/RS) e Kleber Lucio Gil (SC). Elmo Alves arbitrou 12 jogos no Brasileirão, marcou 467 faltas (média de 38,9 por jogo), aplicou 59 amarelos (média de 4,9 por jogo), cinco vermelhos (média de 0,42 por jogo) e um pênalti (média de 0,08 por jogo). O campeonato tem média de 4,96 amarelos, 0,27 vermelho, 36,9 faltas e 0,22 pênalti. O árbitro apitou um jogo dos cariocas na Série A deste ano: Botafogo 1 x 1 Internacional (24ª rodada).

header fique de olho 2
Palmeiras:
pivô da polêmica do jogo contra o Internacional, Barcos está mordido após ter sido “condenado” pelo gol de mão marcado no Beira-Rio. Com 25 gols, a dois de atingir sua meta para a temporada, o Pirata enfrenta neste domingo sua maior vítima. São quatro gols em três jogos contra o Botafogo. 
Botafogo: impossível não chamar a atenção para o atacante Bruno Mendes, de apenas 18 anos. Em cinco jogos com a camisa do Botafogo, três deles como titular, ele marcou cinco gols. 


header o que eles disseram

Gilson Kleina, técnico do Palmeiras: "A pontuação que podemos fazer é limitada, só há mais 15 pontos em disputa. Toda partida é decisiva, mas nossa sobrevivência passa por esse jogo do Botafogo. Diante disso, temos de trabalhar para manter o equilíbrio emocional".
Oswaldo de Oliveira, técnico do Botafogo: "Há sempre a argumentação de que o Palmeiras precisa muito desse resultado. Da nossa parte, temos trabalhado conscientizando a equipe da necessidade de ver esse jogo como decisivo, contra um adversário que está se esforçando muito. Essa foi a nossa batida durante a semana".
header números e curiosidades
* Quem tem vantagem? Confira o histórico do confronto na Futpédia.
* A Arena da Fonte, em Araraquara, será o sétimo estádio diferente em que o time manda um jogo contra o Botafogo, em Brasileiros. Antes disso, já houve duelos no Palestra Itália, Pacaembu e Morumbi, além das cidades de São José do Rio Preto, Limeira e Presidente Prudente. Pela Sul-Americana, também houve confronto na Arena Barueri.

* Os últimos cinco duelos tiveram um vencedor – três vezes o Palmeiras, duas o Botafogo. O último empate registrado foi em 2010, um 0 a 0 no Engenhão.

* O Palmeiras sempre venceu o Botafogo nos três jogos realizados no interior: 2 a 1 em Prudente (1995), 3 a 1 em Limeira (1997) e 1 a 0 em São José do Rio Preto (2011).

header último confronto v2


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2012/11/por-sonhos-distantes-palmeiras-e-botafogo-duelam-em-araraquara.html

Com bagagem na Seleção, Julio César mira 2014: 'Não preciso ser testado


Goleiro diz que técnico Mano Menezes já conhece seu trabalho e que boas atuações no QPR podem garantir retorno. No futuro, objetivo é ser dirigente

Por Márcio Iannacca Rio de Janeiro

Julio Cesar goleiro Queens Park Rangers (Foto: Getty Images)Julio César em ação pelo QPR (Foto: Getty Images)

Não faz tanto tempo que Julio César está vivendo em Londres. Mas, ao atender o celular, demonstrou que já arranha o idioma da terra da rainha. Antes de dizer "alô", trocou algumas palavras com um interlocutor que estava em sua casa. Contratado pelo Queens Park Rangers após sete temporadas no Inter de Milão, o goleiro, de 33 anos, aceitou o desafio de atuar em um clube de médio porte na Inglaterra para abrir portas. Não apenas dentro de campo, mas também fora das quatro linhas. O objetivo de vida do arqueiro é amplo, e o exemplo a ser seguido é Leonardo, atual diretor esportivo do Paris Saint-Germain.
  
- Pode ser, pode ser, pode ser (seguir os passos de Leonardo). O fato de falar o italiano, o português e, agora, o inglês, vai me dar várias oportunidades depois que parar de jogar bola. Até mesmo no Queens Park Rangers, fazendo com que esse projeto se torne realidade, eu posso ser lembrado por eles (dirigentes) lá na frente - disse o arqueiro, que assinou por quatro temporadas com o QPR.

Mas o objetivo mais próximo de Julio César é voltar à seleção brasileira. Sem saber muito os motivos que levaram o técnico Mano Menezes a deixar seu nome fora das últimas listas, o arqueiro prefere pensar que não precisa mais ser testado ou observado por tudo o que já fez com a amarelinha. Por toda a trajetória de conquistas usando a camisa da equipe nacional. A expectativa é voltar a ser chamado nos próximos compromissos do time, assim como ocorreu no passado com Ronaldinho Gaúcho e Kaká.

- Pelo fato de já me conhecer como goleiro. Pelo fato de ter muitos jogos pela Seleção. Acho que sou um jogador que não preciso mais ser testado, observado. É o meu pensamento. A preocupação do Mano é ver o Julio César jogando bem, tendo boas atuações, mantendo o profissionalismo. O Mano gosta de jogador profissional dentro e fora de campo

A adaptação à Inglaterra não foi problema. De acordo com Julio César, os filhos Cauet, de 8 anos, e Giulia, de 5, não tiveram dificuldades com o idioma. Estudaram em uma escola internacional na Itália durante a passagem do goleiro pelo Inter de Milão. E é justamente a oportunidade de falar fluentemente o inglês que também atraiu o arqueiro, que não cansou de afirmar durante a entrevista que "pensa muito no futuro".


Neymar é o maior ídolo do futebol brasileiro. Está subindo de produção. É um craque"
Julio César

- Morar em Londres foi o primeiro motivo para aceitar o projeto. A qualidade de vida maravilhosa e a oportunidade que estou dando para a minha família de crescimento cultural, de vida, também foram importantes na decisão. Até para mim mesmo. O QPR me apresentou um projeto bem bacana, e a minha maior motivação é que esse projeto se torne realidade. O fato de aprender o inglês, um outro idioma, também motiva. Seria mais uma porta que estaria aberta. Foi mais pensando no meu futuro após o futebol.

O goleiro pensa no futuro após pendurar as chuteiras. Mas, dentro de campo, apesar da campanha ruim do Queens Park Rangers, Julio César tem sido um dos destaques da equipe. Foi eleito o melhor da partida no empate por 0 a 0 com a Chelsea, em sua estreia pelo QPR, e na derrota por 1 a 0 para o Arsenal, na semana passada. Em nove rodadas, o time não venceu ainda, empatou três, e ocupa a lanterna. Neste domingo, vai encarar o Reading, às 11h30m (de Brasília), no Loftus Road, em Londres.

- A diretoria contratou 11 jogadores, e colocar 11 jogadores para jogar, arrumando um time que se encaixe, leva tempo. Demora um pouco até achar a identidade do time. Estamos no caminho certo, apesar de não termos conquistado nenhuma vitória no Campeonato Inglês. Fizemos bons jogos contra os times grandes e infelizmente o resultado não veio. Não adianta jogar bem, porque no final o que conta é o resultado - disse o arqueiro.

No bate-papo com o GLOBOESPORTE.COM, Julio César não fugiu das perguntas. Falou de seleção brasileira, do sonho de jogar uma Copa do Mundo, principalmente a do Brasil, em 2014, e da esperança de ver seu nome nas próximas listas de Mano Menezes. O goleiro comentou ainda a vontade de vencer com a camisa do Queens Park Rangers, relembrou das cobranças após o Mundial da África do Sul e rasgou elogios ao atacante Neymar, do Santos.
- Neymar é o maior ídolo do futebol brasileiro. Está subindo de produção. É um craque.


Montagem Julio Cesar goleiro (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)Julio Cesar em imagens no Fla, Inter, Seleção e QPR (Foto: Montagem sobre foto da Getty Images)

Confira abaixo os principais trechos da entrevista com o goleiro:
GLOBOESPORTE.COM: Como está a adaptação a Londres?
JULIO CÉSAR: A minha adaptação está ótima. Estou super feliz de morar em Londres. Minha família está bem. Meus filhos já falavam inglês por terem estudado na Itália (morou por sete anos no país) em uma escola internacional. Não estamos tendo problema de adaptação. No meu caso, só a língua mesmo. Falo bem pouco inglês. Vou começar a estudar ainda. Estou naquele período de mudança, de comprar móveis. Dia livre é para resolver essas coisas. Agora, por exemplo, o cara está aqui resolvendo internet, telefone... Instalando essas coisas.


E dentro de campo? O futebol inglês é muito diferente do italiano?
O futebol é um pouco menos técnico. Muita bola na área, muita bola alta, pelo fato de os jogadores serem altos. Falo isso dos times menores daqui. Os times maiores têm suas qualidades, é claro.



O Manchester United é um namoro antigo. Com o Arsenal, nessa última janela, nós chegamos a conversar e eles ficaram felizes com a minha possível ida. No fim, não deu certo e fui para o QPR"
Julio César

O holandês Van der Sar tem uma história de sucesso na Inglaterra. Do Fulham, ele foi para o Manchester United e se tornou um dos goleiros mais respeitados do mundo. Pensa em seguir caminho parecido com o dele? Sair de um clube menor para uma das potências da Premier League.

O Manchester United é um namoro antigo. Com o Arsenal, nessa última janela, nós chegamos a conversar e eles ficaram felizes com a minha possível ida. No fim, não deu certo e fui para o QPR.
 Estou vivendo um momento especial no futebol inglês. Quando você começa a fazer um bom trabalho, os grandes (clubes) aparecem em cima de você. Mas, ao mesmo tempo, eu vim para cá pelo fato de ter tido um projeto que eu quero que se torne realidade. Pode ser que amanhã o QPR se torne um Manchester City, um Chelsea... Há uns anos, não se ouvia muito falar desses times. Os investidores chegaram, investiram... O City, no ano passado, ganhou o campeonato e poucos falavam nisso. É dia após dia. Quero continuar tendo boas atuações. Trabalhar para ver o meu time vencer. Se chegarem propostas da Inglaterra ou de fora, seria uma coisa muito legal para mim.

A federação inglesa (FA) assinalou um gol contra seu pelo Campeonato Inglês. A forma como o assunto foi abordado no Brasil te incomodou?
Deram o gol para mim? Então eu fiz um gol na minha carreira (risos). Fico triste como enfatizam a situação. A manchete é “Julio César faz gol contra”... Poderia ser abordado de outra forma. Podiam colocar que dei azar e a bola entrou. Parece que eu chutei a bola contra o meu próprio gol. Foi um lance de azar.


Acredita que as notícias vinculadas ao seu nome têm uma repercussão maior?
Quando você ganha muito, a cobrança aumenta. Isso é normal. Cada vez que atinge um degrau acima do que você está, a responsabilidade também cresce. Eu me sinto bem hoje. Estou feliz com os jogos que estou fazendo. Outro dia disseram que eu não estava feliz na Inglaterra e isso não é verdade. Estou muito feliz com as minhas atuações, com o momento que estou vivendo no clube, tenho feito bons jogos, ajudando naquilo que está sendo possível. Mas, o resultado não está sendo positivo. Mas fiz a escolha correta ao acertar com o QPR.


Por que acha que isso acontece?
Pelo fato de ter feito um bom trabalho, por ter vencido tanto, por ter chegado tão longe, pelo respeito internacional ser grande. O meu nome é respeitado no futebol europeu, no futebol mundial. Por isso, as coisas têm uma dimensão um pouco maior do que com os outros. Isso acontece com qualquer jogador que atua em clube grande. Todo atleta que atinge um nível alto passa por isso. Não acontece apenas comigo.



julio cesar brasil treino (Foto: Mowa Press)Julio César em ação durante treino da seleção brasileira - última convocação do arqueiro do Queens Park Rangers foi para amistoso contra a Alemanha, em Stuttgart, em agosto de 2011 (Foto: Mowa Press)

Nesse curto período que atuou pelo QPR, você já enfrentou o Chelsea e foi destaque. Quais dicas pode dar ao Corinthians, que pode encarar os Blues no Mundial de Clubes?
Sou péssimo para dar dicas. Não gosto muito. O que eu posso dizer é que, como brasileiro e por ter vencido em 2010 com o Inter de Milão, desejo toda a sorte do mundo ao Corinthians. Sei que essa competição no Brasil é almejada por todos. É vista de maneira mais importante até que a Libertadores. Na Europa, a Liga dos Campeões é o top. Os brasileiros que jogam fora ficam embasbacados como o futebol europeu não dá muito importância para esse tipo de competição, como é o Mundial. Quando eles chegam, claro que querem ganhar. Mas não é prioridade. Se perder, não vai ficar aquele sentimento ruim. No Brasil, quando se perde, o pessoal costuma pensar: “Quando vamos chegar lá de novo?”. O caminho é difícil. É preciso ir bem no Brasileirão, vencer a Libertadores... É um trajeto longo. Desejo toda sorte ao Corinthians no fim do ano e que eles consigam comemorar como eu comemorei.


Falando em Inter de Milão, ficou chateado com a maneira como saiu do clube?
Fiquei incomodado pela forma como foi. Conversei com o presidente e ficou tudo bem. O mais importante é que saí de lá e deixei uma porta aberta.



Meu sonho é ganhar a Copa do Mundo e eu vou brigar por isso"
Julio César

Copa de 2014? É o seu norte na carreira?
Meu sonho é ganhar a Copa do Mundo e eu vou brigar por isso. Tenho que manter o que estou fazendo no QPR. O treinador da Seleção não vai ver se o time está ganhando ou não, mas vai ver o desempenho do goleiro dele. Se o goleiro está tendo boas atuações ou não, se está vivendo um bom momento.


Aconteceu algo para o Mano deixar de te convocar? O que acha?
Pelo fato de já me conhecer como goleiro. Pelo fato de ter muitos jogos pela Seleção. Acho que sou um jogador que não preciso ser mais testado, observado. É o meu pensamento. A preocupação do Mano é ver o Julio César jogando bem, tendo boas atuações, mantendo o profissionalismo. O Mano gosta de jogador profissional dentro e fora de campo. (NR: a última convocação de Julio César foi para o amistoso contra a Alemanha, em Stuttgart, em agosto de 2011. No confronto, o time canarinho foi derrotado por 3 a 2).


O grupo já está fechando na sua opinião?
O Mano está num período em que ainda não tem o grupo todo certo. Tem alguns nomes, mas ainda está no processo de montar o elenco. O que dificulta também é o fato de não ter eliminatórias. Dificulta um pouco a criação de uma identidade da Seleção. Ter ficado fora das eliminatórias atrapalha um pouco.


Estipulou um prazo para voltar à Seleção?
Não tenho prazo. Estou naquele momento em que estou pensando no meu clube, em ter boas atuações. Seleção é conseqüência do que o jogador faz no clube. Se for convocado, vou ficar feliz porque eu quero voltar. Todo jogador gosta de jogar pela Seleção, eu amo jogar pela Seleção. Tenho essa situação de querer voltar, é o único título que me falta (Copa do Mundo). E seria uma chance única de ganhar uma Copa disputada no Brasil. Vou ficar aguardando. Se rolar, vai ser ótimo. Mas, se não rolar, não será o fim do mundo. Penso muito no meu futuro, depois da Copa de 2014, tem muita coisa para acontecer. Mas quero muito estar na Copa.



Julio Cesar derrota Brasil jogo Holanda (Foto: Reuters)Julio César chora após a eliminação da Seleção da Copa do Mundo de 2010 (Foto: Reuters)

Aquele lance com o Felipe Melo na Copa do Mundo de 2010 que ocasionou o gol de empate da Holanda - a Seleção foi eliminada nas quartas de final do torneio após derrota por 2 a 1 - ainda mexe com você?
Temos que tirar algo positivo dessas situações que acontecem em nossas vidas. Tive força para dar a volta por cima. Foi um momento triste para mim, para a Seleção. O torcedor estava confiante, o grupo tinha vencido a Copa das Confederações, tinha sido primeiro nas eliminatórias... Todos estavam confiantes. Voltando para o gol, aquela foi uma situação que me deixou triste. A Seleção poderia ter chegado à final, poderia ter disputado o título. Mas o gol não foi determinante para a nossa eliminação. A Holanda empatou e nós não soubemos lidar com o gol de empate. Ficamos desconcentrados. Foi um lance achado pela Holanda. Não foi um gol que eles mereceram. Eu e Felipe Melo fomos na bola, ninguém achou nada e acabou entrando. Nem a Holanda esperava. Eles ficaram surpresos pelo lado positivo e nós, pelo negativo. Foi um lance tão banal que a Seleção não soube se comportar em campo com o gol sofrido. Ficamos assustados dentro do jogo porque o time estava muito bem na partida.

Voltaria a atuar no Brasil?
Sim, um dia. Mas não sabemos o dia de aman


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/futebol-internacional/futebol-ingles/noticia/2012/11/com-bagagem-na-selecao-julio-cesar-mira-2014-nao-preciso-ser-testado.html