terça-feira, 28 de agosto de 2012

Andrezinho faz exame e previsão é de 20 dias fora do time do Botafogo


Meia sofreu forte torção no tornozelo direito contra o Flamengo e aumentou o número de desfalques para o confronto com o São Paulo, no Morumbi

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Andrezinho deixa o Engenhão de muletas, Botafogo (Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)Andrezinho deixa o Engenhão de muletas
(Foto: Richard Souza / Globoesporte.com)

O Botafogo vai ficar sem seu artilheiro pelos próximos 20 dias. O meia Andrezinho, autor de sete gols no Campeonato Brasileiro, foi submetido a um exame de ressonância magnética nesta terça-feira, que constatou uma lesão ligamentar no tornozelo direito, fruto de uma forte torção, em um problema semelhante ao do atacante Rafael Marques.

Andrezinho se machucou durante o clássico com o Flamengo, domingo, no Engenhão. O jogador já estava fora dos planos para o confronto com o São Paulo, quinta-feira, no Morumbi, e dece desfalcar o time ainda nos próximos cinco jogos.

O técnico Oswaldo de Oliveira tem problemas, inclusive, para escolher o seu substituto. Fellype Gabriel, com uma lesão na panturrilha da perna direita, e Vítor Júnior, em recuperação de uma contratura na coxa direita, também estão fora. Com isso, Cidinho deve ser a opção para a posição.
Além dos três meias e de Rafael Marques, o Botafogo também não poderá contar com o zagueiro Antônio Carlos, com um estiramento na coxa direita, e o lateral-direito Lucas, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. Brinner e Lennon devem ser os seus substitutos.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/andrezinho-faz-exame-e-previsao-e-de-20-dias-fora-do-time-do-botafogo.html

Roddick faz 20 aces e estreia no US Open com vitória sobre compatriota


Número 5 do mundo, Jo-Wilfried Tsonga também vence em sets diretos

Por SporTV.com Nova York

Andy Roddick soube aliar a potência dos saques à sua experiência e venceu sem sustos seu primeiro desafio no US Open. Diante do jovem qualifier Rhyne Williams, de 21 anos e número 283 do mundo, o veterano, a dois dias de completar 30 anos, disparou 20 aces e aplicou 6/3, 6/4 e 6/4 para garantir seu lugar na segunda rodada.

Andy Roddick tênis US Open 1r (Foto: Getty Images)Andy Roddick tenta repetir a ótima campanha do US Open no ano passado (Foto: Getty Images)

Williams, que fazia sua estreia em Grand Slams, foi agressivo e disparou 30 golpes indefensáveis, mas cometeu 23 erros não forçados. Roddick, por sua vez, acumulou 37 e 14, respectivamente. O ex-número 1 do mundo cedeu dois break points, mas salvou-se de ambos e construiu sua vantagem com três quebras - uma em cada set.

Em sua 13ª participação no US Open, Roddick, campeão em 2003, tenta repetir a bela campanha do ano passado, quando derrotou o espanhol David Ferrer e alcançou as quartas de final. Atual número 21 do mundo, o americano enfrentará na próxima fase o vencedor do jogo entre o argentino Carlos Berlocq e o australiano Bernard Tomic.

 Tsonga confirma favoritismo

Sexto colocado no ranking mundial e cotado como azarão na luta pelo título em Nova York, Jo-Wilfried Tsonga venceu, nesta terça, seu primeiro desafio. O francês fez 6/3, 6/1 e 7/6(2) sobre o eslovaco Karol Beck e passou para a segunda rodada. Seu próximo oponente será outro eslovaco: Martin Klizan (52), que derrotou o colombiano Alejandro Falla por 6/4, 6/1 e 6/2.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/roddick-faz-20-aces-e-estreia-no-us-open-com-vitoria-sobre-compatriota.html

Arnaldo Cezar Coelho critica 'troca de móveis' na Conaf e auxiliares extras


Comentarista diz que falta critério, mas divide culpa por falhas com jogadores e técnicos. Confira erros grosseiros no primeiro turno

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro 

Aristeu Tavares, Marin e Edson Resende, CBF (Foto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)Marin (centro) promoveu Aristeu Tavares (esquerda)ao topo da Comissão Nacional de ArbitrageFoto: Marcelo Baltar / Globoesporte.com)

O primeiro turno do Campeonato Brasileiro de 2012 chegou ao fim com equívocos claros da arbitragem em grande parte das 19 rodadas. Na 18ª, um gol com três impedimentos no mesmo lance foi a gota d’água para a troca de comando na Comissão Nacional de Arbitragem de Futebol (Conaf). Saiu Sérgio Corrêa, entrou Aristeu Tavares com a missão de reduzir erros e renovar o quadro. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), José Maria Marin, chegou a falar em “erros dolosos” ao explicar a medida. Mas as falhas grosseiras e as polêmicas seguiram na rodada que encerrou o turno.

- Foi uma atitude rápida e completa. Tenho certeza de que estamos aprimorando a arbitragem. Errar é humano. Não imagino um juiz perfeito, mas precisamos distinguir erros naturais dos dolosos. Isso não pode existir. Assumo a responsabilidade - afirmou Marin após a mudança promovida na Conaf.

O ex-árbitro e comentarista da Rede Globo Arnaldo Cezar Coelho discorda. Acha que a mudança foi feita na hora errada e da forma errada.


- A direção da CBF mudou a comissão de arbitragem como se muda a casa, pega os móveis do quarto e bota na sala. As pessoas são as mesmas, só foram remanejadas. Foi inoportuna a substituição nesse período. Poderiam esperar um momento, não logo após o Corinthians ser prejudicado com aquele gol. Hoje, por exemplo, o Atlético-MG vai mostrar que houve falta (no lance do gol do Cruzeiro) e vão querer mudar o quê? De novo muda a comissão?
Apesar das críticas ao que qualifica como falta de critério dos árbitros, Arnaldo vê um problema maior do que meramente deficiência técnica. Para o comentarista, dirigentes, técnicos e jogadores também são culpados pelos recorrentes erros de arbitragem. Ele crê que os juízes estão inseguros para tomar decisões.

- Em relação aos árbitros o mais grave é a falta de critério. Mas o mais grave é a falta de colaboração. Ninguém quer colaborar para que haja um bom espetáculo, uma boa arbitragem. Todos são culpados, os jogadores, os técnicos e os árbitros. Sinto que os árbitros estão inseguros. O cara escuta o reserva, escuta o assistente, escuta o auxiliar atrás do gol, é muita insegurança. Se é para mudar, tem de ser um choque. É difícil apitar bem onde ninguém colabora - analisou.

Arnaldo destacou um fato em particular, o arremesso de objetos ao gramado no clássico entre Cruzeiro e Atlético-MG, no último domingo. Um copo d'água chegou a atingir o árbitro da partida, Nielson Nogueira Dias, e um pedaço de bolo causou a expulsão de Bernard e Leandro Guerreiro.

- Você viu? Entraram com uma faixa pedindo que nada fosse jogado no campo. Viu o que jogaram? Então é difícil apitar bem onde ninguém colabora. No jogo lá de Belo Horizonte, só falaram da arbitragem. Ninguém falou da atitude do Bernard de querer ficar discutindo por causa de um bolo, mostrando copo para o juiz, aí foi brigar com o cara porque tinha um bolo no campo e os dois queriam pegar o bolo, ninguém quer colaborar. Ficar brigando pelo bolo? E dirigente de clube não fala nada, não vai acontecer nada.

Os auxiliares atrás dos gols, usados pela primeira vez no Campeonato Brasileiro deste ano, também não foram poupados por Arnaldo.

- Acho que estão atrapalhando mais do que ajudando, porque os lances mais difíceis eles não estão esclarecendo.

Alguns dos erros cometidos ao longo da primeira metade foram graves, como a anulação de um golaço de Barcos, do Palmeiras, contra o Botafogo, quando tinha defensores alvinegros bem à frente, ou a simulação de Ibson, que se atirou e convenceu o homem do apito a dar o pênalti que garantiu a vitória do Flamengo sobre o Bahia.

Outros, porém, de maior dificuldade para os responsáveis por conduzir a partida geraram polêmica e acabaram ganhando eco pelas circunstâncias da tabela, como o gol mal anulado de Fred, do Fluminense, contra o Atlético-MG, pela 13ª rodada. A partida terminou 0 a 0, e a vitória teria dado a liderança aos tricolores. O atacante estava na mesma linha do defensor mineiro, num lance mais complexo de ser assinalado com precisão (relembre aqui).

A relação de vídeos abaixo relembra os erros mais grosseiros da arbitragem em cada rodada do primeiro turno. Aqueles que não dão margem para debate.

RODADA 1
Vasco 2 x 1 Grêmio

Miralles marcou, mas o árbitro Célio Amorim anulou o lance. O goleiro vascaíno Fernando Prass se chocou com seu companheiro Rodolfo e a bola sobrou para o argentino tocar para a rede. Só o juiz viu falta na jogada. Aos tricolores, restaram  as reclamações.                                             
                                                                                                                                                                RODADA 2
Grêmio 1 x 0 Palmeiras

No último lance da partida em que o Grêmio bateu o Palmeiras, no Olímpico, Gilberto Silva derrubou Henrique dentro da área. Mas o árbitro Marcelo de Lima Henrique não assinalou o pênalti.    
                                                                                                                                          
Flamengo 3 x 3 Internacional


No empate com o Internacional, Ibson reclamou muito com o árbitro André Luiz de Freitas Castro querendo a marcação de um pênalti aos 37 minutos do primeiro tempo. Após passe de Kleberson, o meia rubro-negro chutou para o gol. A bola tinha endereço certo, mas bateu no braço de Nei, que pulou para tentar bloquear o chute, e foi para fora. O juiz sinalizou escanteio.                                                  

RODADA 3
Santos 1 x 1 Fluminense


 No empate entre Santos e Fluminense, Jaílson Freitas teve atuação desastrosa. No primeiro tempo, Adriano derrubou Carlinhos fora da área e o árbitro marcou o pênalti. Na etapa final, Lanzini lançou Jean, que chutou rasteiro. Após rebote de Aranha, Samuel Rosa cabeceou para o gol. Porém, foi marcado o impedimento inexistente.                                                

RODADA 4
Cruzeiro 1 x 0 Sport


 Na vitória do Cruzeiro sobre o Sport por 1 a 0, o goleiro Magrão usou as mãos fora da área e não punido pelo árbitro Raphael Claus. Mateus fez um bom lançamento para Fabinho. Sem marcação, o atacante partiu em direção ao gol do Leão e tentou passar pelo camisa 1, que colocou a mão na bola e saiu jogando.                                          

Palmeiras 0 x 1 Atlético-MG


 A vitória por 1 a 0 do Atlético-MG sobre o Palmeiras, que deixou o Galo na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, poderia ter sido maior. Curiosamente, as duas jogadas envolveram o estreante da noite: Ronaldinho Gaúcho. Aos 15 minutos do segundo tempo, o camisa 49 lançou o atacante Jô, que disputou a bola com o zagueiro Henrique e marcou. No entanto, o árbitro da partida, Márcio Chagas da Silva, enxergou falta inexistente do centroavante atleticano no defensor.

Catorze minutos mais tarde, Ronaldinho Gaúcho bateu falta, o goleiro Bruno não segurou e o zagueiro Rafael Marques mandou para o fundo da rede do Verdão. Novamente, o gol não valeu. Desta vez, por impedimento também equivocado.

RODADA 5
Bahia 2 x 1 Sport


O Bahia venceu o Sport por 2 a 1 em Pituaçu, mas o resultado poderia ter sido diferente se a arbitragem marcasse um impedimento claro no primeiro gol do time baiano. Após lançamento de Jones, o atacante Elias recebeu em posição irregular, invadiu a área e abriu o placar na sua estreia pelo Tricolor.

RODADA 6
Atlético-MG 5 x 1 Náutico


Na estreia de Ronaldinho Gaúcho em Minas, o Galo conquistou uma bela vitória contra o Timbu, por 5 a 1. No segundo gol do Atlético-MG, no entanto, um erro do árbitro Raphael Claus acabou beneficiando o Galo. Jô fez boa jogada pela esquerda, driblou o marcador, caiu fora da área e não sofreu falta alguma. Equivocadamente, foi marcado o pênalti, convertido por R49.                                
                                               
RODADA 8
Botafogo 3 x 0 Bahia


No segundo tempo da partida entre Botafogo e Bahia, no Engenhão, aos 21 minutos, o atacante Cidinho marcou um gol, que seria o seu terceiro e o quarto do Botafogo. No entanto, foi marcada falta sobre o goleiro Marcelo Lomba e o gol foi anulado. Porém, Lomba se chocou com um defensor do Bahia, não com o atacante alvinegro.                                   
 
RODADA 9
Bahia 1 x 2 Flamengo


O Flamengo conseguiu sair com uma vitória por 2 a 1 sobre o Bahia em Pituaçu com a ajuda de um equívoco do árbitro Franciso Carlos do Nascimento. No segundo tempo, Ibson entrou na área adversária, passou por Fabinho e atirou-se ao chão. O pênalti foi marcado, e Renato converteu.                               
 
RODADA 11
Figueirense 0 x 2 São Paulo


Aos 34 minutos do segundo tempo, quando já vencia a partida por 1 a 0, o São Paulo reclamou de pênalti não marcado pelo árbitro Anderson Daronco sobre o atacante Willian José.
  
RODADA 13
Cruzeiro 2 x 1 Palmeiras


O juiz Fabrício Neves Corrêa errou ao marcar pênalti a favor do Cruzeiro na partida que acabou 2 a 1 para o time da casa. Quando o jogo ainda estava empatado em 0 a 0, o árbitro apontou para a marca de cal depois que João Vitor, do Palmeiras, derrubou Montillo. A falta, porém, aconteceu fora da área, e o time mineiro aproveitou o vacilo da arbitragem para abrir o placar.                                          
 
RODADA 15
Botafogo 1 x 2 Palmeiras


O Palmeiras venceu o Botafogo no Engenhão e poderia ter saído do estádio com um gol a mais no placar. Aos 31 minutos do segundo tempo, Barcos fez um golaço, mas o assistente Antônio Guimarães Lugo errou de forma grosseira e marcou impedimento do atacante, que tinha defensores adversários bem à frente.
 
RODADA 17
Cruzeiro 1 x 1 Fluminense


Paulo Henrique de Godoy teve atuação desastrosa ao não marcar dois pênaltis, um para cada equipe. No primeiro tempo, Wallace empurrou Éverton dentro da área. O jogo seguiu. Depois, na etapa final, Ceará desequilibrou Thiago Neves e, na sequência, derrubou Rafael Sobis também dentro da área. No entanto, o juiz mandou o jogo continuar.                 
 
RODADA 18
Santos 3 x 2 Corinthians


Um lance capital na derrota diante do Santos na última rodada do primeiro turno não será esquecido pelos corintianos tão cedo. No segundo gol do Peixe, três impedimentos seguidos foram ignorados pela arbitragem. O lateral-esquerdo Léo cruzou, Bruno Rodrigo, avançado, desviou e Durval, em posição irregular, finalizou. Quando a bola estava entrando, o atacante André, também adiantado, tocou com a cabeça para garantir que entraria.                                           

RODADA 19
Vasco 1 x 2 Fluminense


O clássico entre o segundo e o então terceiro colocados do Brasileirão foi repleto de polêmicas da arbitragem comandada por Marcelo de Lima Henrique. Duas delas, bem graves.  Na primeira Tenorio, impedido, muito à frente dos defensores tricolores, recebeu a bola e iniciou tabela. Ele deu um lençol em Diego Cavalieri e acertou o travessão na conclusão de cabeça.        

Na segunda, após cruzamento do vascaíno Dedé, Carlinhos esticou o braço para interceptar a trajetória da bola. O árbitro, no entanto, ignorou a penalidade máxima para o Vasco. Instantes depois, o Fluminense desempataria o jogo, com um gol de falta de Thiago Neves.
                   
Cruzeiro 2 x 2 Atlético-MG

Em jogo recheado de polêmicas, não faltaram expulsões, discussões e objetos atirados ao gramado. E no último lance, não deixou de faltar também um erro grosseiro da arbitragem. Aos 56 minutos do segundo tempo, Montillo entrou de carrinho no atleticano Guilherme e cometeu uma falta clara, que só o árbitro Nielson Nogueira Dias não viu. Na sequência, o mesmo Montillo cruzou para Matheus empatar o clássico mineiro.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2012/08/arnaldo-cezar-coelho-critica-troca-de-moveis-na-conaf-e-auxiliares-extras.html

Promessas da Taça BH treinam com profissionais do Botafogo



Depois de Sassá, Oswaldo integra seis jogadores da equipe que disputava a competição de juniores ao grupo principal

Por Thales Soares Rio de Janeiro

vitinho botafogo treino (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Vitinho treina no Botafogo
(Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

Com a eliminação do time de juniores do Botafogo da Taça BH, a comissão técnica dos profissionais convocou mais seis jogadores do grupo para integrar o grupo. Nesta terça-feira, já treinaram sob o comando do técnico Oswaldo de Oliveira o zagueiro Vinícius, o lateral-direito Gilberto, o volante Dedé, os meias Octávio e Gegê e o atacante Vitinho.

Deste grupo, Vinícius e Vitinho foram os jogadores que passaram mais tempo com os profissionais. Além deles, Sassá já havia sido convocado dos juniores durante a disputa da Taça BH depois da lesão de Rafael Marques no confronto com o Palmeiras.

A próxima competição dos juniores é a Taça Octávio Pinto Guimarães, que começa em meados de setembro. Até lá, esses jogadores trabalharão com os profissionais, que voltam a jogar quinta-feira, contra o São Paulo, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro.
Clique e confira os vídeos do Botafogo


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/promessas-da-taca-bh-treinam-com-profissionais-do-botafogo.html


Elkeson explica discussão com Seedorf no clássico com Flamengo



Atacante foi pedir ao holandês para que Amaral cobrasse uma falta da intermediária de ataque no confronto com o Fla, domingo passado

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Elkeson e Seedorf no treino do Botafogo (Foto: Fábio Castro / Agif)Elkeson e Seedorf se alongam no treino do
Botafogo (Foto: Fábio Castro / Agif)

No empate em 0 a 0 com o Flamengo, domingo, no Engenhão, uma rápida discussão entre Elkeson e Seedorf chamou a atenção no segundo tempo. Naquele momento, havia uma cobrança de falta da intermediária e o atacante parecia pedir para bater, no entanto, quem acabou chutando foi o volante Amaral.

Elkeson explicou nesta terça-feira o que aconteceu naquele momento. Na verdade, ele foi falar para Seedorf deixar Amaral cobrar a falta, querendo passar ao holandês uma das características do volante, conhecido pelo chute de longa distância. Ele acabou mandando para fora.

- A gente conhece a característica do Amaral. Fui conversar com o Seedorf, pois achava que naquele momento seria a melhor opção. Já vimos o Amaral fazer gols assim. Não foi nada demais - disse Elkeson.

Seedorf tem servido como guru para os companheiros nesses quase dois meses de trabalho como jogador do Botafogo. Com o currículo que tem, o holandês conquistou o respeito pelo tratamento dado aos outros jogadores.

- A gente sempre conversa antes dos jogos com o Seedorf. Ele apresenta uma coisa nova. Todo mundo o respeita muito. Tenho muita admiração por ele - afirmou Elkeson.
O próximo jogo do Botafogo é contra o São Paulo, quinta-feira, no Morumbi, pelo Campeonato Brasileiro. O time ocupa a sétima colocação na competição, com 28 pontos.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/elkeson-explica-discussao-com-seedorf-no-classico-com-flamengo.html

Túlio deve realizar treinos no Caio Martins, onde tem muitas recordações


Atacante faz exames médicos durante esta semana e inicia as atividades no campo na próxima semana. Estreia será dia 15, contra o Tupi

Por Fred Huber e Thales Soares Rio de Janeiro

 Depois do anúncio do projeto "Túlio a 1000 - 7 gols de Solidariedade", na segunda-feira, Túlio se prepara para viver novamente com mais intensidade o dia a dia do Botafogo. Nesta semana, o atacante, de 43 anos, fará exames médicos para iniciar sua preparação para entrar em campo. O primeiro amistoso está marcado para o dia 15 de setembro, em Juiz de Fora, contra o Tupi.

Por enquanto, Túlio tem feito um trabalho na academia por conta própria, mas deve iniciar os treinamentos no campo na próxima semana. As atividades serão feitas com o time sub-23 que o Botafogo formará para o projeto do milésimo gol de seu ídolo. O local da maioria dos treinos deve ser no Caio Martins, em Niterói. Desta forma, o jogador não ficaria ligado ao time principal, o que poderia ser uma pressão extra em cima do trabalho do técnico Oswaldo de Oliveira.

 O estádio de Niterói traz muitas recordações para o atacante e para a torcida alvinegra. No início da trajetória do atacante no clube, muitos jogos eram disputados lá. Alguns deles ficaram marcados na memória. Em 1994, por exemplo, o artilheiro fez três na vitória sobre o São Paulo por 4 a 0 (Rogério Pinheiro fez o outro). Em 1998, Túlio voltou a marcar em uma vitória por 3 a 0 sobre o time paulista (França e Bruno Quadros também fizeram).

 Em 1998, o time lutava contra o rebaixamento e Túlio ajudou com um belo gol na vitória por 3 a 1 sobre o Palmeiras (Bebeto e França também marcaram). Naquele dia, o técnico Valdir Espinosa fazia aniversário e foi homenageado pelo irreverente jogador no fim da partida (assista no vídeo acima).

Apesar da vontade da maioria da torcida de ver Túlio novamente no time principal do Botafogo, ainda não há uma definição sobre o que irá acontecer. Certo é que ele será inscrito como jogador do clube. A chance existe quando o atacante chegar ao gol 999. Seu desejo é marcar o milésimo no Engenhão, em um jogo com a equipe profissional.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/tulio-deve-realizar-treinos-no-caio-martins-onde-tem-muitas-recordacoes.html

Projeto de xadrez faz escola do AM ter aluna nas Olimpíadas Escolares


Jéssica Souza, de 13 anos, representará o Ceti Elisa Bessa Freire, da Zona Leste de Manaus. Escola usa a modalidade como instrumento pedagógico

Por GLOBOESPORTE.COM Manaus

Jéssica_Xadrez (Foto: Divulgação/SEDUC)Jéssica com a medalha de ouro nos Jogos Escolares
do Amazonas (Foto: Divulgação/SEDUC)

Investindo no xadrez como ferramenta pedagógica para mais de 50 alunos, uma escola localizada na periferia de Manaus, no bairro Jorge Teixeira 4, na Zona Leste, tem colhido bons frutos para o esporte amazonense. Inaugurado há pouco mais de um ano, o Centro de Educação de Tempo Integral – Ceti Elisa Bessa Freire terá uma representante na principal competição escolar de 2012. Trata-se de Jéssica Souza, de apenas 13 anos, que adquiriu a vaga nos jogos escolares do Amazonas.

A aluna-atleta conquistou a medalha de ouro na categoria individual infantil do xadrez, nos Jogos Escolares do Amazonas - JEA's 2012, e representará o Amazonas nas Olimpíadas Escolares, que será realizada no segundo semestre, em Poços de Caldas-MG e em Cuiabá-MT.

Jéssica, que treina há mais de três anos, usa o xadrez como meio para adquirir disciplina e concentração.


- Busquei no xadrez a disciplina e a paciência que eu precisava. Hoje, passados três anos de treinos, vejo que o esporte me proporcionou mais do que eu buscava, despertando em mim, a boa índole e o desejo de superar desafios - revela.

Xadrez do Amazonas (Foto: Divulgação/Seduc)Xadrez é utilizado como instrumento pedagógico na escola (Foto: Divulgação/Seduc)

Além de Jéssica, o Ceti conquistou troféus de primeiro lugar por equipe na categoria infantil, feminino, e troféu de terceiro lugar por equipe no infantil, masculino.

Segundo a gestora da escola, professora Maria Carneiro, o projeto de xadrez também tem contribuído de maneira significativa para a qualidade do aprendizado para os alunos da escola.

- Somadas às demais ações pedagógicas planejadas pela escola, o projeto de xadrez desempenhou um papel importante, pois além de levar os alunos a uma maior concentração, potencializa o aprendizado em várias disciplinas.
 
FONTE:
http://globoesporte.globo.com/am/noticia/2012/08/projeto-de-xadrez-faz-escola-do-am-ter-aluna-nas-olimpiadas-escolares.html

Torcida Jovem do Flamengo está suspensa dos estádios, diz MP-RJ


Torcida organizada não poderá ir aos jogos por período de seis meses.
Medida foi tomada após assassinato de torcedor do Vasco.

Bernardo Tabak Do G1 RJ

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) informou que a Torcida Jovem do Flamengo (TJF) vai ser impedida de frequentar os estádios de futebol do país. Integrantes da TJF são investigados pelo assassinato de Diego Leal, torcedor do Vasco, de 30 anos, que foi morto após uma briga com flamenguistas, no dia 19 de agosto. A reportagem do G1 entrou em contato com a TJF pelo telefone, mas um integrante da torcida, que atendeu ao telefone, não quis dar informações e desligou.

A suspensão foi concretizada em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) asssinado entre o MP e a TJF e tem validade de seis meses. Nesse período, os torcedores não poderão ir aos jogos com faixas, bandeiras, camisas e instrumentos com alusão à torcida organizada. O promotor Pedro Rubim esclareceu que a medida não impede que um membro da TJF compareça aos estádios descaracterizado.

O MP-RJ trabalha com a hipótese de o assassinato de Diego Leal ter sido um ato de vingança pela morte de um torcedor do Flamengo em maio deste ano. Na ocasião, o flamenguista Bruno de Santana Saturnino teria sido reconhecido por vascaínos como integrante da TJF. Ele foi agredido e morreu dias depois no Hospital Salgado Filho, no Méier, subúrbio do Rio, por traumatismo craniano.

Já o vascaíno Diego Leal foi morto a tiros e facadas em Tomás Coelho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, antes do clássico entre Flamengo e Vasco, no estádio do Engenhão. Dois suspeitos de assassinar o vascaíno foram presos.

Na agressão a Leal, torcedores do Flamengo no entorno teriam gritado seguidamente “bonde do feio”, em alusão ao apelido de Bruno Saturnino. O Ministério Público ainda investiga se o crime foi ato coletivo de vários membros da TJF.

A chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Martha Rocha, entrou com representação na Procuradoria Geral de Justiça do Ministério Público para suspender a entrada da torcida Jovem Fla nos estádios. O motivo foi a morte de Diego Leal. Para a delegada, a medida evitará novos confrontos.

Na última terça-feira (21),  o MP suspendeu a torcida organizada Força Jovem, do Vasco, de frequentar estádios por seis meses, por conta da morte de um torcedor do Flamengo em maio. Bruno Saturnino era integrante da torcida Jovem Fla.

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FONTE:
http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2012/08/torcida-jovem-do-flamengo-esta-suspensa-dos-estadios-diz-mp-rj.html

Kim Clijsters deslancha no segundo set e supera americana de 16 anos


Em seu torneio de despedida, tenista belga e ex-número 1 do mundo tem dificuldades na primeira parcial, mas vence Victoria Duval por 2 sets a 0

Por SporTV.com Nova York

Ex-número 1 do mundo, Kim Clijsters (25ª) começou bem a sua participação no Us Open. A tenista belga, que disputa o último torneio de sua carreira, teve dificuldades no primeiro set, mas deslanchou no decorrer do jogo para bater a americana Victoria Duval, convidada de 16 anos e estreante em Grand Slams, por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 6/1, em 51 minutos.

Concentrada, Clijsters se impôs no início do jogo e quebrou o saque de Victoria logo no primeiro game. Tranquila, ampliou a vantagem depois de confirmar o serviço seguinte. A americana, no entanto, encaixou o saque no terceiro game e apostou em bolas rápidas para quebrar o serviço da belga e empatar o jogo em 2/2.

Sacando bem, Victoria não se intimidou em quadra e assumiu a dianteira no placar ao ganhar o quinto game. Com golpes firmes, Clijsters confirmou o saque e deu o troco ao quebrar o serviço da americana em seguida para fazer 4/3. A partir daí, a belga apenas administrou com calma a diferença e conseguiu outra quebra no nono game para cravar 6/3 em 27 minutos.

Kim Clijsters, Us Open (Foto: Agência Reuters)Kim Clijsters devolve bola na partida de estreia contra a americana Victoria Duval (Foto: Agência Reuters)

No set seguinte, Victoria teve o serviço quebrado no quarto game. A desvantagem de 4/1, após Clijsters encaixar mais uma vez o saque, atrapalhou qualquer chance de reação da americana, que chegou a subir bem à rede e acertar golpes firmes quando estava sacando. A belga jogou com inteligência, quebrou o serviço de Victoria no sexto game e sacou para confirmar o triunfo na estreia por 6/1, após mais 24 minutos.

Tricampeã do Us Open (2005, 2009 e 2010), Clijsters, de 29 anos, pega na próxima rodada quem passar do duelo entre a americana Samantha Crawford e a britânica Laura Robson.
Despedida do circuito profissional no Us Open

A belga decidiu se aposentar por causa de inúmeros problemas de saúde, como uma contusão no quadril e uma lesão no tornozelo, sofrida no Australian Open, em janeiro. Esta é a mesma justificativa de sua primeira aposentadoria, em 2007.

Neste meio tempo, a tenista cuidou de sua vida pessoal e teve uma filha, mas decidiu retornar ao circuito profissional em 2009, após participar, como convidada, da partida de inauguração do teto retrátil de Wimbledon. No ano passado, ao recuperar a primeira posição do ranking, ela se tornou a primeira mãe a alcançar o topo do tênis mundial.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/kim-clijsters-deslancha-no-segundo-set-e-supera-americana-de-16-anos.html

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Na briga pelo número 1, Radwanska estreia com vitória no US Open


vanovic também confirma favoritismo e supera adolescente ucraniana

Por SporTV.com Nova York

Agnieszka Radwanska tênis US Open 1r (Foto: Reuters)Radwanska passou menos de uma hora em
quadra nesta terça-feira (Foto: Reuters)

Agnieszka Radwanska começou sua participação no US Open sem dar chances a uma zebra. Atual número 2 do mundo e brigando pela liderança do ranking, a polonesa perdeu apenas dois games e derrotou a russa Nina Bratchikova (91 do mundo) por 6/1 e 6/1, em 54 minutos.

A partida só teve um pouco de emoção no começo do segundo set, quando Bratchikova saiu na frente ao quebrar o saque de Radwanska. A polonesa, contudo, logo retomou o controle da partida, vencendo os seis games seguintes e completando a vitória.

Radwanska é uma das três tenistas que podem sair de Nova York na liderança do ranking mundial - a número 1, Victoria Azarenka, e a número 3, Maria Sharapova, são as outras duas. Para chegar ao topo, Radwanska precisa pelo menos alcançar a final. Neste caso, a polonesa também terá de torcer para que Azarenka não passe das quartas e Sharapova não seja campeã.

Confira as chances de cada tenista na briga pelo número 1

Ivanovic supera adolescente
Ex-número 1 e atual 13ª colocada no ranking, Ana Ivanovic avançou sem problemas à segunda 
rodada em Flushing Meadows. Por 6/3 e 6/2, a sérvia superou a ucraniana Elina Svitolina (176 do mundo), de 17 anos, que veio do qualifying. Sua próxima adversária em Nova York este ano será a sueca Sofia Arvidsson, que estreou derrotando a japonesa Kimiko Date-Krumm por 6/4 e 6/2.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/na-briga-pelo-numero-1-radwanska-estreia-com-vitoria-no-us-open.html

Bellucci perde dois tie-breaks e sai do US Open novamente na estreia


Brasileiro jamais passou da segunda rodada no Grand Slam americano

Por SporTV.com Nova York

Pelo segundo ano seguido, a passagem de Thomaz Bellucci pelo US Open foi curta. O número 1 do Brasil e 40 do mundo perdeu um equilibrado jogo com dois tie-breaks e foi eliminado pelo espanhol Pablo Andujar, 37 do ranking. As parciais do duelo foram 7/6(5), 3/6, 7/6(1) e 7/5.

Em 2011, Bellucci também foi derrotado na estreia em Nova York. Na ocasião, vislumbrando um duelo com Roger Federer na segunda rodada, o paulista abriu 2 sets a 0 em cima do israelense Dudi Sela, mas cedeu a virada e voltou ao Brasil sem encarar o craque suíço.

O triunfo de Andujar nesta terça-feira foi seu primeiro sobre Bellucci. Até então, o espanhol acumulava três derrotas em três jogos com o brasileiro. Andujar agora marca um encontro com o compatriota Feliciano López na segunda rodada em Flushing Meadows. Número 31 do mundo e cabeça chave 30 do US Open, López estreou com vitória na segunda-feira, quando derrotou o holandês Robin Haase por 6/3, 7/5 e 6/2.

Andujar brilha nos tie-breaks

O primeiro set não começou bem para Bellucci, que teve seu saque quebrado no sexto game. Andujar abriu 5/2 e teve a chance de sacar para fechar a parcial no nono game. O brasileiro, contudo, devolveu a quebra e igualou o placar. Com a partida equilibrada, a decisão só veio no tie-break. Bellucci abriu 3/0, com um mini-break de vantagem, mas não conseguiu manter a dianteira. Andujar empatou. O paulista sacou em 5/5 e teve a chance de chegar ao set point, mas perdeu o ponto, dando a vantagem ao rival. O espanhol converteu com o saque e fechou o set em 7/6(5).

A resposta de Bellucci veio rápida, com uma quebra logo no segundo game da segunda parcial. Sem um grande aproveitamento no serviço (50% no segundo set), o brasileiro manteve a vantagem a duras penas. No sétimo game, precisou salvar um break point antes de confirmar o saque. No nono, com o placar mostrando 5/3, Andujar teve mais dois break points. Bellucci, outra vez, salvou-se e fez 6/3, empatando a partida.

No terceiro set, Bellucci encontrou seu primeiro saque. Com mais de 60% de aproveitamento, o brasileiro jamais foi ameaçado. Andujar, por sua vez, via seu rendimento cair. Mesmo assim, o espanhol, com 48% de aproveitamento de primeiros serviços, salvou dois break points e conseguiu forçar mais um tie-break. Até então, Andujar havia vencido apenas seis pontos com sua devolução - Bellucci somava 16. No game de desempate, porém, o espanhol sacou melhor, quando Bellucci não encaixou seu serviço. Por 7/1, o número 37 do mundo voltou a ficar à frente no placar.

No quarto set, Bellucci saiu na frente, quebrando Andujar e abrindo 2/0. Na hora de confirmar seu serviço e disparar na frente, entretanto, o brasileiro falhou. Seu adversário devolveu a quebra e empatou a parcial em 2/2 pouco depois. O número 1 do Brasil ainda teve outra chance de quebra no sexto game, mas não aproveitou. Andujar, que sacava melhor, pressionava mais o serviço de Bellucci. O paulista ainda salvou dois break points no nono game, mas sucumbiu no 11º, quando foi quebrado de zero. Na hora de fechar, Andujar não bobeou e selou a fatura em 7/5 no quarto set.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/US-Open/noticia/2012/08/bellucci-perde-dois-tie-breaks-e-sai-do-us-open-novamente-na-estreia.html

Um ano de emoções para Cristóvão, de auxiliar a técnico: 'Eu me superei'



Treinador se diz orgulhoso de trabalho desenvolvido no Vasco desde afastamento de Ricardo Gomes: 'O cara tem de ter alguma coisa'

Por GLOBOESPORTE.COM* Rio de Janeiro

No momento em que Ricardo Gomes deixava o Engenhão numa âmbulância após sofrer um acidente vascular cerebral, Cristóvão Borges começava a sua luta pela sobrevivência profissional. Diferentemente do treinador do Vasco, que passou a travar uma dura e bem-sucedida luta pela vida, o então auxiliar assumiu a carreira de comandante efetivo da equipe cruz-maltina. Tudo isso aconteceu em 28 de agosto de 2011, e um ano depois, ele mostra que as coisas correram da melhor forma possível. Para aumentar a satisfação, Ricardo venceu sua batalha e já pensa na volta ao trabalho em 2013.

Cristóvão está muito longe da tranquilidade. Mas firmou-se como um treinador de fato, mantendo o Vasco num alto nível de competitividade. Ele admite que sua vida mudou completamente em apenas um ano. Ficaram mais raras as aparições para o futevôlei com os amigos na praia do Leblon, Zona Sul do Rio de Janeiro. O cinema e os shows em família foram muitas vezes vencidos pelo cansaço. As saídas, antes anônimas, agora são marcadas pelo assédio. Nos estádios, chegou ao fim o tempo da tranquilidade de observar um jogo da cabine. À beira do campo, os aplausos convivem com os xingamentos da torcida e até mesmo com as "cornetadas" do filho vascaíno.


Cristóvão Vasco entrevista especial (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)Em visita à redação do GLOBOESPORTE.COM, Cristóvão Borges repassou o seu primeiro ano como treinador no Vasco (Foto: Gustavo Rotstein / Globoesporte.com)

Mas ele não reclama. Em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM, garante estar orgulhoso da ascensão meteórica desde agosto do ano passado e se diz pronto para lidar com a fase atual, uma das mais complicadas desde que assumiu o comando do Vasco. Em seus planos estão a permanência em São Januário e a certeza de que vai celebrar uma nova conquista, agora como treinador principal. E usa a convivência de 30 anos no mundo da música para falar da expectativa de levantar a taça:

- Essa conquista vai acontecer e eu quero tocar nessa banda - disse ele, que comandou o Vasco em 74 partidas, com 40 vitórias, 17 empates e 17 derrotas (61,7% de aproveitamento).
Embora certo de que vai caminhar com as próprias pernas, Cristóvão não esconde o desejo de reviver a dupla com seu amigo, com quem mantém uma forte ligação, mas exclusivamente no plano pessoal.

- O futebol precisa do Ricardo Gomes.

GLOBOESPORTE.COM - Já parou para pensar de que forma sua vida mudou nesse período de um ano? Quais são os pontos altos do seu trabalho e as dificuldades?
Cristóvão Borges - Ainda não parei para fazer uma reflexão completa. Mas quando me vejo pensando nisso, volto lá no início. Foi um momento triste, pesado. Quando chego aqui e me vejo completar um ano, é algo que me dá orgulho. Eu me superei e sei disso. No começo tudo era difícil, complicado. Não se imaginava, e nem eu, que pudesse seguir em frente e que o desempenho fosse ser mantido nesse nível. O saldo é altamente positivo, e isso se deve a um monte de fatores: apoio da diretoria, união entre time e torcida, trabalho com a comissão técnica, e o grupo de jogadores, que é meu maior orgulho. Esses caras são demais. Vivemos muitas dificuldades no dia a dia. 
Sabemos o que a diretoria sofre por causa do pagamento de dívidas antigas, e isso interfere em tudo.

Em que momento você sentiu que houve uma mudança de interino para técnico efetivo do Vasco?
- Ninguém me passou isso oficialmente, mas esse sentimento de quem acompanha de fora e observa é o mesmo que o meu. A função de interino é para dar um tempo até se arrumar
uma solução. À medida que o tempo foi passando, a regularidade continuou num momento difícil, com Brasileiro e Sul-Americana. O Vasco manteve um ritmo alucinante, que foi inacreditável. Eu me sentia efetivo, porque estava sustentando algo muito difícil. A expectativa de todos era grande, mas ninguém apostava que aquele cara daria certo. Era natural pensar assim. Afinal, não sabiam quem eu era. Fui sentindo, e quando acabou a temporada daquela maneira, aí sim tudo se confirmou. Não somente pelo contrato assinado e renovado, mas por ter terminado o ano com a possibilidade de ser campeão. Ali foi a confirmação.


Depois de muito tempo trabalhando em parceria, foi difícil trilhar um caminho diferente do Ricardo Gomes? Chegaram a conversar sobre isso?
Hoje eu paro para olhar e digo que tenho muito orgulho desse trabalho que fiz"
Cristóvão

- Difícil, não. Foi diferente, pelos anos todos em que trabalhamos juntos e pelas circunstâncias em que assumi. Anteriormente, poucas vezes tive de substituí-lo. Lembro que numa ocasião e ele me disse: "Faz do seu jeito". Ele defende essa tese e eu concordo que tem de ser assim. Quando ele estava no hospital e já podia conversar, nós não falávamos sobre tática ou escalação. Ele diz que quem não está no dia a dia não pode dar palpite. Assim ele é, assim ele faz. Até hoje o Ricardo nunca soube o time que vai jogar. Ele não se interessa. Depois das partidas nós conversávamos, mas nem faz parte da nossa relação tirar qualquer dúvida. Logo que ele saiu do CTI e foi para o quarto, uma vez tirei o campinho da mochila e disse: "Vamos trabalhar!". E ele respondeu: "Não, não... Minha vida está muito boa" (risos).

Imaginou que ficaria tanto tempo no comando do Vasco e conseguindo manter a equipe nesse nível?
- Nada, nada, nada, não fazia ideia, jamais pensei nisso ou vislumbrei qualquer coisa parecida. Não tinha como. Foi uma situação de emergência, e no meio dela vi que o Ricardo demoraria a voltar e que eu ficaria mais um tempo. Procurei manter o que ele vinha fazendo até então. Era um grupo forte, de caráter forte e aí tive de me mostrar. Era a oportunidade que eu tinha para seguir. E fui fazendo, mas não parava para pensar e não imaginava. Queria resolver aquelas coisas. No começo foi duro, pesado, era uma responsabilidade grande. O Vasco é um clube de expressão, com muita cobrança, muita pressão. Não esperava em momento algum passar por aquilo. E hoje, sim, eu paro para olhar e digo que tenho muito orgulho desse trabalho que fiz e que todos fizeram comigo. Porque eu me superei em todos os sentidos.

Que tipo de mudança sua rotina sofreu desde que assumiu o comando do Vasco?


Felipe e Cristovão, treino do Vasco (Foto: Ivo Gonzalez / Agência o Globo)Cristóvão com Felipe: relação de 'amor e ódio'
(Foto: Ivo Gonzalez / Agência o Globo)

- Sempre quis me preparar bem para ser capaz quando tivesse a oportunidade. Eu sou assim: quero aprender o tempo inteiro. Sabia da diferença que a minha vida sofreria. Hoje vejo um monte de treinadores que jogaram comigo, como o Cuca e o Bonamigo. Eu acompanho esses caras. Estou há 30 anos no futebol e sei como é estressante essa vida. O futebol leva a saúde dos caras, o processo de envelhecimento é grande, e eu não queria isso, não. Nunca foi algo que pensei ser meu maior desejo. Uma das coisas em que mais investi na minha vida esportiva foi a condição de ter uma boa qualidade de vida. E hoje essa qualidade caiu bastante. Passei a tomar muitos cuidados com a saúde, porque é altamente desgastante e acho muitas vezes desumano. Não somente pelo que aconteceu com Ricardo. Tem a rotina, a cobrança... Não é reclamação, é constatação. Tem alguma coisa errada? Quem é o treinador? A culpa é dele. É algo cultural e eu acho desumano, injusto. Mas é assim. Outra coisa: para mim, todo treinador ganha pouco.
Mas também existe o lado bom, não?
- Ao mesmo tempo é fascinante, um prazer. É como ter um filho: você cria algo, trabalha para ver dar resultado e no fim consegue fazer aquilo ser realizado. Isso é demais em qualquer profissão. E com o treinador é desgaste quarta, domingo... É muita coisa, e precisa dar resultado. Mas agora já faz um tempo que sei que é o que eu quero. Não tem volta, não.

Sente saudade da vida que levava anteriormente? Entre o lado bom e ruim da fama, o saldo é positivo?
- Agora é diferente, mas não é ruim. A exposição é absurda. Em qualquer lugar que vou, sou reconhecido. Eu adorava ficar na minha, tranquilo. Agora não é assim, mas não reclamo. Isso tem um preço e eu paguei vários. Sou treinador, com muita responsabilidade, e respondo por muitas coisas. Tenho de colocar minhas ideias e pôr em prática aquilo em que eu acredito.

Você continua com os mesmos hábitos dos tempos de auxiliar ou deixou de fazer alguma atividade nos tempos livres?
Já tive desavenças e brigas com alguns jogadores, e tudo tem de ser resolvido cara a cara"
Cristóvão

- Presto atenção para fazer o máximo de coisas que eu sempre fiz. Jogo futevôlei sempre que tenho meu tempo livre. Na folga, estou lá na minha rede no Leblon. E, quando alguém vem falar de futebol no meu descanso, meus amigos já mudam de assunto. Gosto muito de praia e de exercício, e eu preciso disso. Faço musculação no clube quando não estou esgotado. Fora isso, adoro cinema, restaurantes e shows. Amo música.

Sua esposa é empresária de Zeca Pagodinho. Você sempre conviveu com artistas da música. Acha importante circular num meio que não é o do futebol?
- Já convivi muito com essas pessoas. São 30 anos já. Ela foi empresária de nomes como Cidade Negra, O Rappa, Lenine... Aí a gente acaba convivendo com eles. Sou muito próximo do Luiz Melodia. Gabriel Pensador é padrinho do meu filho e eu sou padrinho do filho dele. Isso é bom para poder desligar. Por isso faço questão. Tem de ter isso, ou então fica pesado demais.


Como é desenvolver um trabalho tendo de lidar com os ídolos Juninho e Felipe e o que eles representam para a torcida?
- Chega o momento em que você tem de substituir um ídolo num jogo. Fazer o torcedor compreender isso é quase impossível, imagina nesse meu início. Para ele é incompreensível. Aí eu sou visto como arrogante, pedante e abusado. Na compreensão de alguns, é isso. Essa é uma parte delicada e difícil para mim. Mas são essas coisas que me deixam feliz. Sei que o mais experiente dos experientes treinadores teria problemas para resolver isso, e eu acho que até então resolvi bem. Consegui fazer com que eles jogassem, convivessem e nós seguíssemos trabalhando juntos.

Você sempre fala de sua proximidade com Felipe, mas o jogador já reclamou do treinador publicamente algumas vezes. É uma relação de amor e ódio?


Cristovão Borges, Vasco x Fluminense (Foto: Marcelo Fonseca / Agência Estado)Cristovão comanda o Vasco contra o Flu: técnico
enfrenta momento mais complicado em 12meses (Foto: Marcelo Fonseca / Agência Estado)

- É por aí. Ele não sabe lidar com essa relação, com o sentimento, e ao mesmo tempo acha que tem de jogar sempre, que não pode sair. Esse não é o pensamento só dele, mas de todos os jogadores. Eu até estimulo a competição para o grupo crescer. Mas esperar o reconhecimento quando o atleta tem de aguardar a sua vez é zero. Nesse momento tem as reclamações também e tem o momento do jogo. Tenho de fazer coisas boas e ruins o tempo todo. Errei muitas vezes, mas minha conta é grande e cabe tudo. Qualquer coisa, pode colocar no meu baú (risos). Sou mais velho também, posso ser pai do Felipe. Acho que seria quebra de hierarquia se interferisse no trabalho e na obediência das coisas que eu quero. Há questões internas, mas não só com o Felipe. Com outros também. Já tive desavenças e brigas com alguns jogadores, e tudo tem de ser resolvido cara a cara. Mas nada que tenha interferido no andamento do dia a dia.

Nunca pensou em escalá-lo como uma espécie de ponta pela direita, como ele atuou no Flamengo em 2004?
- Isso já faz oito anos, e ele já não tinha 18 durante esse período no Flamengo. Antigamente, ele aplicava o drible, tirava o marcador e o deixava para trás. Agora, ele dribla, passa e depois o marcador pode estar lá de novo.

Pela sua personalidade, fica difícil imaginar, mas já levantou a voz numa discussão com algum jogador?
- Tem muita gente que faz as coisas para todo mundo ver. Eu acho desnecessário. Sou direto, cara a cara ,e já houve alterações, sim. No treino e no intervalo de algumas partidas
.
O Vasco vive um momento de queda. Você tem em mente quais os motivos?
- Não é o desgaste, pois o time está muito bem fisicamente. Ganhamos alguns jogos em circunstâncias complicadas. É uma série de fatores: adversários dificílimos, como Corinthians, Atlético-MG, Flamengo e Fluminense. Anteriormente a isso, veio uma fase de equilíbrio, sem sofrer gols em vários jogos. Mas ultimamente os gols marcados diminuíram também. O time voltou a tomar gols e a dificuldade em marcar se manteve. Além disso, começamos a perder jogadores. O Eder Luis não vinha em bom momento, mas é um jogador importantíssimo. Qualquer rival se preocupa com o nosso lado direito por causa ele. O Tenorio estava voltando, vindo em uma série boa, mas sentiu de novo. Agora, está de volta. Isso veio junto das dificuldades naturais e coincidiu com esse período ruim.

Até que ponto a saída de jogadores negociados influenciou?
- A diretoria está trabalhando muito. Mas temos consciência da nossa realidade, que é a das dívidas antigas a serem pagas. Quando o Vasco estava na Segunda Divisão não tinha capacidade econômica nenhuma. Foram feitas parcerias que comprometeram o clube durante o período, mas se faziam necessárias para montar um time forte que pudesse voltar à Série A. Quando começou a melhorar, mais ou menos na época em que a gente chegou ao clube, essas parcerias e o pagamento das dívidas continuaram. Muitos jogadores foram negociados sem que o Vasco tivesse direito a quase nada. Ainda assim, a diretoria busca melhoras para a estrutura. Agora vamos poder treinar no CFZ. Mas tudo custa tempo, e o Vasco fica refém disso. Os jogadores são de uma entrega total mesmo com atraso o tempo inteiro. Quisemos contratar muitos que na hora de barganhar economicamente, não tínhamos como bancar. Foi problemático. Estamos pagando um pouco com a perda desses jogadores porque é recente. A perda veio em um momento duro. Todos sabem a realidade. Não sei quanto tempo vai demorar para a capacidade de investimento poder acompanhar o ganho de terreno que o Vasco vem tendo nesse período.

Diante disso, por que tão poucos jogadores da base são aproveitados nos profissionais?
Para mim, todo treinador ganha pouco"
Cristóvão

- Esse é o trabalho, a ideia e o desejo. Essa dificuldade de investimento do clube na base paga por tudo isso que falei anteriormente. Dentro disso, a diretoria já conseguiu um local de treinos para os profissionais e em breve vai inaugurar o CT de Itagauaí. Por isso eles sofrem. O trabalho que era para ser feito mais cedo sofre um atraso. Sempre que é possível, fazemos treinamentos contra a base. Assim, foi possível observar de maneira mais próxima alguns jogadores de talento. Fizemos trabalhos especiais e observamos nas competições
.
E você, chegou a receber propostas durante esse período? Ficou balançado?
- Tive sondagens quando acabou a temporada. Apareceram alguns clubes que queriam conversar, mas nada de proposta concreta. Fora do Brasil, sim, houve uma proposta do mundo árabe. Mas a minha análise é que estou tendo uma grande oportunidade em um clube de expressão. É uma chance única e vou continuar aproveitando da melhor forma possível aqui no Brasil. Como sou iniciante, tenho que mostrar meu trabalho, e, por quanto mais tempo eu puder mostrá-lo, mais importante será para a minha carreira. Isso é mais importante do que trabalhar em outro lugar nesse momento. É significativo ser treinador do Vasco. Se eu cumprir bem essa tarefa, qualquer coisa depois disso vai ser boa, com certeza. Não tenho pressa e nem ansiedade. Tenho de trabalhar para fazer bem feito.

Como é ser chamado de burro e lidar com xingamentos da torcida?
- Nunca pensei nisso, não. Só sei que é horrível (risos). A torcida é exigente sempre, e num time desse porte, que passou por algum trauma e sofrimento recente, fica maior. A
autoestima melhora com o tempo. Ninguém se acostuma com coisa ruim. Qualquer desequilíbrio causa essa sensação. Essa reclamação é do desejo de não querer voltar.

Quando era auxiliar, o que não imaginava que um treinador vivia?
- Você não imagina que tudo era daquele tamanho. A crítica, a manifestação de insatisfação... Não imaginava que fosse de forma tão exacerbada. As cobranças de torcedores na rua são sempre em tom ameno e de brincadeira. O futebol, por ser popular, faz com que todos se sintam íntimos de você. Eles não têm meias palavras. Uns ficam com receio de serem indelicados, mas querem mostrar as suas ideias. Acham que enxergam algo que você não vê. Ele imagina que você não está vendo tal jogador treinando. E eu levo na boa. São situações espirituosas e engraçadas.

Em casa você também sofre essas cobranças e as “cornetadas”?
- Meu filho é vascaíno doente, e ele sempre disse que um dia eu trabalharia no clube. Ele me corneta. Mas hoje coloco uma distância, porque já me irritou um pouco. Nem sempre jantamos no mesmo horário, mas quando fazemos as refeições, ele e minha mulher começam a fazer perguntas. Não são como as de vocês jornalistas, são mais de curiosidade. Digo a eles: “Acabei de dar entrevista e vocês querem me entrevistar de novo?” De sacanagem, meu filho já perguntou se Felipe e Juninho podem jogar juntos. Fiquei seis meses respondendo a isso, mas de vez em quando eu me vingo. Uma vez, vi na televisão uma senhora na rua responder a essa pergunta e ela explicou melhor do que eu. Aí eu vibrei (risos).

Indisciplina e comportamento inapropriado dos jogadores fora dos gramados são questões que o preocupam?


ricardo gomes cristovão borges vasco treino (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)Cristovão com Ricardo Gomes em uma das visitas
do amigo: sonho de reeditar a dupla de sucesso noVasco (Foto: Marcelo Sadio / Site Oficial do Vasco)

- Os mais jovens me preocupam mais, e converso sempre. Mas era outra atitude na minha época, as lideranças eram diferentes e isso ajudava a resolver os problemas. Mas já vivi como auxiliar a situação de alguém chegar sem condições de treinar. No Vasco, não. O jogador precisa de orientação e não de castigo. Por isso a preocupação. O experiente é difícil fazer mudar de ideia. Essa não deixa de ser uma relação de paizão. Aqueles que têm experiência podem contribuir. Digo que eram lideranças diferentes, porque hoje o futebol ficou muito profissional e há aquele negócio de querer cuidar de tudo. Os jogadores estão centralizando muitas coisas. Antigamente eram menos preocupações. A experiência de jogador me faz não ter preocupação em relação a que jogador vou encontrar. A passagem pelo Vasco foi boa para isso também. Como auxiliar e jogador, já convivi com todos os tipos de atletas.

Andrade, comandante do Flamengo campeão brasileiro de 2009, disse uma vez que há preconceito com treinadores negros. Concorda? O que fazer para mudar esse panorama?
- Acho estranho haver poucos técnicos negros. Tem de ter alguma razão para isso. Por ser negro, acompanhei o Andrade reclamando, e talvez ele tenha alguma razão. Pelo fato de haver poucos, a tolerância pode ser diferente. Tenho uma grande oportunidade no Vasco e o que posso fazer por isso? Dar certo. Não vejo necessidade de levantar uma bandeira. A maior ajuda que posso dar é realizar de forma positiva o meu trabalho. Porque é uma lacuna. São pouquíssimos, então ajudaria bastante. Mas o mundo vive outro momento. O presidente da maior nação do mundo é negro, isso é quebrar muitos obstáculos. Depois dessa realização ele não precisa fazer mais nada.

Este ano serviu como uma espécie de cartão de visitas do seu trabalho. Está satisfeito com ele?
- Muito satisfeito. Independentemente da maneira que foi, para chegar a um ano de Vasco, o cara tem de ter alguma coisa. Não tem como. Se não tiver algo, não dura um mês.

Onde espera estar daqui a um ano?
- Espero estar em um grande clube e com um título na bagagem. Passamos perto. Foi por muito pouco no ano passado, e imagino o porquê. Se não tivéssemos tantos problemas
financeiros e uma capacidade de investimento maior, hoje estaríamos com esse título.


E esse grande clube poderia ser o Vasco?
- Gostaria muito que fosse o Vasco. Gostaria muito porque sei o motivo de ainda não termos conquistado outro título. Mas essa conquista vai acontecer e eu quero tocar nessa banda.
Chegou a conversar sobre uma possível renovação de contrato?
- Ainda não conversei porque futebol tem muitas coisas. Por exemplo, um turno do Brasileiro é uma eternidade. A gente vive o dia a dia com dificuldades e resolvendo problemas.

E pensa futuramente em trabalhar com o Ricardo Gomes no Vasco de alguma maneira?
- Vamos ter que dar um jeito de formar isso, porque essa força seria importante. O futebol precisa do Ricardo Gomes.

*Participaram da entrevista: André Casado, Gustavo Rotstein, Luciano Mello, Luciano Ribeiro e Rafael Cavalieri

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/vasco/noticia/2012/08/um-ano-de-emocoes-para-cristovao-de-auxiliar-tecnico-eu-me-superei.html

http://globoesporte.globo.com/futebol/noticia/2012/08/calendario-de-2013-tera-extensao-da-copa-br-e-folga-na-das-confederacoes.html


Treinador assinou contrato até dezembro deste ano e tem como missão evitar o rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro

Por Raphael Carneiro Salvador

O novo treinador do Bahia está definido. Pouco menos de um dia depois de Caio Júnior anunciar a decisão de deixar o clube, a diretoria confirmou o acerto com Jorginho. O treinador assinou contrato até dezembro deste ano e tem como missão evitar o rebaixamento na Série A do Campeonato Brasileiro.

O novo técnico e o auxiliar Ânderson Lima vão se encontrar com o elenco do Bahia em São Paulo, onde o Tricolor vai enfrentar o Santos pela 20ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Como o treinador havia adiantado, pode até ficar no banco de reservas já nesta quarta-feira. A expectativa é de que Jorginho seja apresentado na próxima quinta-feira, já que deve voltar de São Paulo com a delegação tricolor.

Técnico Jorginho, do Atlético-PR, no jogo contra o América-MG (Foto: Gustavo Oliveira/Site Oficial do Atlético-PR)Jorginho pode ficar no banco de reservas nesta quarta-feira (Foto: Gustavo Oliveira/Site Oficial do Atlético-PR)

Jorginho conquistou o título da Série B do ano passado no comando da Portuguesa, mas foi demitido este ano. No Atlético-PR, ficou por apenas nove partidas na disputa da Segunda Divisão. Além das duas equipes, ele passou ainda por União Mogi-SP, Palmeiras, Goiás e Ponte Preta.

Jorginho será o terceiro treinador do Bahia nesta temporada. Desde que o Tricolor retornou para a Série A do Campeonato Brasileiro, já são oito técnicos em apenas dois anos. Desde o início do ano passado, o treinador que teve o melhor aproveitamento no clube foi Vagner Benazzi, que foi demitido após 13 partidas, com 69,2% de aproveitamento dentro de campo.

Em seguida vem Paulo Roberto Falcão, com 36 jogos e 53,7%. Joel Santana aparece na quarta colocação com 48,4% de aproveitamento em 22 jogos. Chiquinho de Assis está logo atrás do carioca. Efetivado por apenas três jogos, o auxiliar técnico conseguiu 44,4%. René Simões aparece na antepenúltima colocação com 37,5% de aproveitamento em 24 partidas disputadas. Ele está à frente somente de Caio Júnior (30%) e Rogério Lourenço, que, em cinco jogos, teve aproveitamento de 26,6%.

Situação delicada

A missão de Jorginho à frente do Bahia não será nada tranquila. O Tricolor terminou o primeiro turno da competição fora da zona de rebaixamento, com apenas um ponto a mais que o Palmeiras – primeiro clube no Z-4.

O aproveitamento do Bahia no Brasileiro é de 29,4%. Nos 19 jogos já disputados, o Tricolor conseguiu 17 pontos. O ponto fraco da equipe foi o estádio de Pituaçu, onde ganhou apenas uma partida. Os dois outros triunfos foram conquistados como visitante.

Clique aqui e assista a vídeos do Bahia

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/bahia/noticia/2012/08/bahia-anuncia-contratacao-de-jorginho-para-substituir-caio-junior.html