sábado, 11 de agosto de 2012

Djokovic vence duas e faz duelo sérvio pela semifinal em Toronto


Número 2 do mundo segue no Masters 1000 após bater o americano Querrey e o alemão Haas. Compatriota Tipsarevic é o próximo rival

Por SporTV.com Toronto, Canadá

Novak Djokovic precisou jogar duas vezes nesta sexta-feira para carimbar seu passaporte às semifinais do Masters 100 de Toronto. O número 2 do mundo inicialmente eliminou o americano Sam Querrey por 2 sets a 0 (parciais de 6/4) e depois bateu o alemão Tommy Haas por 2 a 1 (6/3, 3/6 e 6/3).

Djokovic, Master 1000 de Toronto (Foto: Getty)Para passar à semifinal em Toronto, Djokovic abriu os trabalhos derrotando o americano Querrey (Foto: Getty)

Na próxima fase, Djoko irá encontrar o compatriota Janko Tipsarevic, que despachou o croata Marin Cilic nas quartas de final por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/4. Na outra semi estarão frente a frente o americano John Isner (11º do ranking) e o francês Richard Gasquet (21º). Isner foi outroa a atuar duas vezes no dia, inicialmente superando Philipp Kohlschreiber- ALE (6/7-3, 6/4 e 6/4) e depois Milos Raonic-CAN (7/6 e 6/4). Já Gasquet tirou Tomas Berdych-TCH (6/4 e 6/2).

Para despachar Querrey (35º do mundo), Djokovic precisou de 1h15m, tendo melhor aproveitamento no saque e encaixando com mais eficiência o primeiro serviço.

Já no duelo seguinte, contra Haas (25º do mundo), o sérvio teve muito mais trabalho. Após vencer o primeiro set por 6/3, viu o alemão igualar a fatura levando a parcial pelo mesmo placar. No set decisivo, Djokovic voltou a sobrar, superando o rival novamente por 6/3. Em função do adiamento de quinta,Tommy Hass também teve de entrar em quadra duas vezes nesta sexta. Em sua primeira partida, venceu o tcheco Radek Stepanek por 2 a 1 ( 2/6, 6/4 e 6/1).

Confira os duelos desta sexta:
  Novak Djokovic (SRV) 2 x 0 Sam Querrey (EUA) – 6/4 e 6/4
Tommy Haas (ALE) 2 x 1 Radek Stepanek (TCH) – 2/6, 6/4 e 6/1
Manoel Granollers (ESP) 2 x 0 Jeremy Chardy (FRA) – 6/1 e 6/4
Janko Tipsarevic (SRV) 2 x 0 Marin Cilic (CRO) – 6/2 e 6/4
Mardy Fish (EUA) 2 x 1 Juan Monaco (ARG) – 2/6, 6/1 e 6/4
Richard Gasquet (FRA) 2 x 0 Tomas Berdych (TCH) – 6/4 e 6/2
John Isner (EUA) 2 x 1 Philipp Kohlschreiber (ALE) – 6/7(3), 6/4 e 6/4
John Isner (EUA) 2 x 0 Milos Raonic (CAN) – 7/6 e 6/4
Novak Djokovic (SRV) 2 x 1 Tommy Haas (ALE) – 6/3, 3/6 e 6/3


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/masters-1000/noticia/2012/08/djokovic-encontra-tipsarevic-em-duelo-servio-na-semi-em-toronto.html

Gasquet elimina Isner e avança à final do Masters 1.000 de Toronto


Tenista francês tentará seu primeiro título em um torneio deste porte

Por GLOBOESPORTE.COM Toronto

Richard Gasquet tênis Toronto semi (Foto: Reuters)Gasquet espera Djokovic ou Tipsarevic na final
do Masters 1.000 de Toronto (Foto: Reuters)

Cinco anos depois, Richard Gasquet está de volta à final de um torneio da série Masters 1.000. O francês, atual número 21 do mundo, alcançou a decisão em Toronto, neste sábado, ao derrotar o americano John Isner (11 do) em dois sets, por 7/6(3) e 6/3, em 1h20m.

Ex-top 10, o francês tentará levantar, neste domingo, seu primeiro troféu em um evento deste porte. Gasquet alcançou duas finais, mas saiu derrotado em ambas. Em 2005, na cidade alemã de no saibro de Hamburgo, foi derrotado por Roger Federer. Em 2006, no mesmo torneio de Toronto, tombou novamente diante do suíço, que liderava o ranking na época.

Desta vez, Gasquet enfrentará o vencedor do jogo entre os sérvios Novak Djokovic, atual vice-líder do ranking mundial, e Janko Tipsarevic, nono colocado na lista da ATP. Contra Nole, o francês venceu apenas um em sete confrontos. Diante de Tipsarevic, o retrospecto de Gasquet é melhor: duas vitórias em dois jogos.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/masters-1000/noticia/2012/08/gasquet-elimina-isner-e-avanca-final-do-masters-1000-de-toronto.html

Radwanska tomba em Montreal e perde chance de se tornar número 1


Chinesa Na Li cede só três games e vai às semifinais do torneio canadense

Por GLOBOESPORTE.COM Montreal

Quando Maria Sharapova e Victoria Azarenka desistiram do WTA de Montreal, Agnieszka Radwanska ficou com o caminho livre. Caso conquistasse o título do torneio, assumiria a liderança do ranking mundial. A polonesa, contudo, não conseguiu aproveitar a oportunidade.

Neste sábado, diante de Na Li (11 do mundo), Radwanska venceu apenas três games. Em 1h10m, por 6/2 e 6/1, a chinesa triunfou e avançou às semifinais do torneio canadense.
Foi a segunda vez que a tenista polonesa, atual terceira colocada no ranking, teve a chance de se tornar número 1 do mundo. Há cerca de um mês, no Torneio de Wimbledon, Radwanska precisava levantar o troféu para chegar ao topo. A atleta de 23 anos alcançou a final e venceu um set contra Serena Williams, mas acabou sucumbindo à superioridade da americana.

Na Li, por sua vez, encerra o sábado com duas vitórias. Mais cedo, derrotou a italiana Sara Errani (9) por 6/4 e 6/2. Nas semifinais, a chinesa espera para conhecer sua próxima adversária, que sairá do jogo entre a italiana Roberta Vinci (28) e a tcheca Lucie Safarova (23).

Outros jogos de quartas de final que serão disputados ainda na noite deste sábado colocarão a austríaca Tamira Paszek (43) diante da tcheca Petra Kvitova (6) e a canadense Aleksandra Wozniak (55) contra a dinamarquesa Caroline Wozniacki (8). Por causa do mau tempo durante dois dias em Montreal, a programação do torneio está atrasada e a final será na segunda-feira

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/08/radwanska-tomba-em-montreal-e-perde-chance-de-se-tornar-numero-1.html

Oswaldo de Oliveira ensaia jogadas com Amaral entre titulares no Bota


No campo anexo do Engenhão, time treina sob sol forte e ignora final olímpica entre Brasil e México

Por Vicente Seda Rio de Janeiro

amaral botafogo (Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)Amaral no treino do Bota deste sábado
(Foto: Vicente Seda / GLOBOESPORTE.COM)

Após musculação e palestra com vídeos da Portuguesa, adversária deste domingo, o Botafogo foi ao campo anexo do Engenhão por volta das 9h45m deste sábado. O holandês Seedorf, porém, só apareceu 30 minutos depois, intensificando os trabalhos na academia. Oswaldo de Oliveira não quis saber da final olímpica entre Brasil e México, que começou enquanto os alvinegros ainda estavam no gramado. Os titulares só começaram a deixar o campo às 11h20m, e alguns deles não esconderam a curiosidade.

- Quanto está o jogo? - perguntou Renato

No treino, foi feito um rápido aquecimento sob sol forte para então ser iniciado um trabalho tático. Oswaldo conversou com um grupo com mais de 11 jogadores, no qual estava Amaral, que deve estrear como titular neste fim de semana, antes de começar a ensaiar jogadas. Neste grupo também estavam os laterais Márcio Azevedo e Lucas. Ao que tudo indica, Lima ficará na reserva.

O uruguaio Lodeiro, que também deverá ficar no banco, participou da atividade revezando com Andrezinho as cobranças de escanteio para treinar o posicionamento de ataque e defesa. Em seguida, as bolas alçadas começaram a partir da intermediária, com meias e atacantes avançando em velocidade para finalizar. Do outro lado do campo, o restante do elenco treinou arremates. O time alvinegro para enfrentar a Portuguesa no Canindé deverá ser escalado com Jefferson; Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Márcio Azevedo; Amaral, Renato, Seedorf, Andrezinho e Fellype Gabriel; Elkeson.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/oswaldo-de-oliveira-ensaia-jogadas-com-amaral-entre-titulares-no-bota.html

Amaral treina chutes de longa distância e aguarda oportunidades


Com batida forte, volante deixa cobranças de falta com Seedorf e Andrezinho, mas pretende usar o 'canhão' neste domingo

Por Vicente Seda Rio de Janeiro

Amaral, Botafogo (Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)Amaral deve fazer sua estreia neste domingo
(Foto: Vicente Seda / Globoesporte.com)

O volante Amaral sequer tenta tirar o lugar de Andrezinho e Seedorf como principais cobradores de falta do Botafogo. Mas tem como arma os chutes de longa distância. Ele trabalhou o fundamento neste sábado, na última atividade antes da partida contra a Portuguesa, no Canindé, e espera ter chance de usar o seu "canhão" em bolas paradas longe da área.

- As cobranças de falta tem de deixar para Andrezinho e Seedorf, mas quando estiver um pouco mais distante do gol, quem sabe não tenho oportunidades?

Ele entra para dar mais consistência à defesa, que vem sendo criticada pela torcida alvinegra.
- É a função que faço melhor, é o que sei fazer, marcar forte, coberturas, espero ajudar a defesa e os laterais, mas também dar um suporte para o pessoal do meio.

Ao comentar sobre a final olímpica entre Brasil e México, que acontecia no momento em que concedia entrevista coletiva, disse não estar acompanhando as competições em Londres. Ele respondeu sobre o treino no mesmo horário da decisão.

- A gente gosta de ver, fica um pouco ansioso para assistir. Mas eu até prefiro treinar, não estou nem acompanhando muito as Olimpíadas.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/amaral-treina-chutes-de-longa-distancia-e-aguarda-oportunidades.html

Bicicleta ou voleio: Renato contesta Seedorf em brincadeira no treino


Jogadores do Botafogo recorrem ao GLOBOESPORTE.COM para tirar a dúvida sobre lance do holandês durante atividade técnica na sexta-feira

Por Pedro Veríssimo e Thales Soares Rio de Janeiro

O técnico Oswaldo de Oliveira não é adepto dos famosos rachões, mas em alguns treinamentos costuma fazer atividades técnicas disfarçadas de brincadeiras. Na tarde de sexta-feira, mais uma vez, ele dividiu os jogadores em três grupos e o gol no cruzamento valia uma pontuação, com o de bicicleta valendo mais.

Numa dessas jogadas, Seedorf fez um golaço, mas criou uma polêmica entre os companheiros. O holandês recorreu ao vídeo gravado pela reportagem do GLOBOESPORTE.COM para tirar a dúvida se havia sido ou não de bicicleta, mas não conseguiu convencer o volante Renato.
- Como não foi. Tem de saber que daqui dá a impressão de ser mais - justificou Seedorf para Renato.

Numa analogia olímpica com o judô, o volante retrucou e comparou o gol marcado por Seedorf com um voleio de Elkeson, que também aconteceu na atividade.

- Tem de cair de costas. É igual ao ippon. Foi de lado, no máximo um wazari - brincou Renato.
Oswaldo também entrou na brincadeira. No momento da conclusão de Seedorf, ele validou o gol como se tivesse sido de bicicleta. Depois, confessou que sua atitude foi para estimular os outros jogadores.

- Normalmente, sou mais exigente com esse tipo de lance. Acho que é preciso ser realmente por cima da cabeça. Mas estavam errando tanto, que eu quis ajudar o treinamento e mexer com os outros para tentarem o mesmo recurso. O do Elkeson foi parecido também, meio de lado, meio de bicicleta - comentou Oswaldo.

O Botafogo entra em campo neste domingo, às 18h30 (de Brasília), para enfrentar a Portuguesa, no Canindé, pelo Campeonato Brasileiro. O time está na sétima colocação, com 23 pontos.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/bicicleta-ou-voleio-renato-contesta-seedorf-em-brincadeira-no-treino.html:

Londres, dia 15: um sábado para amadores em Londres


Brasil ganha, com o vôlei, uma das três medalhas de ouro em disputa no sábado. Futebol masculino e Esquiva Falcão são prata

Por Alexandre Alliatti Rio de Janeiro

Vôlei, Comemoraçao do Brasil x eua (Foto: Agência Reuters)Brasileiras, eufóricas, comemoram ouro. 'Fazemos
por amor', diz Fabi (Foto: Agência Reuters)

Uma das músicas cantadas por Paul McCartney na cerimônia de abertura das Olimpíadas foi “The End”. É uma letra curta, mas grande o suficiente para passar a mensagem de que, no final das contas, o amor que uma pessoa recebe é o mesmo que ela oferece. Neste sábado, quando o Brasil tanto se encantou com a vitória da seleção feminina de vôlei e tanto torceu por Esquiva Falcão, voltou à tona a ideia de esporte amador - essa expressão tão usada para designar aquelas modalidades que não têm o mesmo profissionalismo do futebol. Amador, ao pé da letra, é aquele que ama. Ou aquele que faz algo por amor. Talvez aí esteja a explicação para o bicampeonato olímpico do vôlei. E talvez aí esteja a diferença na visão de boa parte dos brasileiros sobre a prata de Esquiva e a do futebol masculino. É como se o boxeador recebesse de volta o amor que oferece ao esporte, parafraseando Paul. E os jogadores, não – embora as lágrimas deles na derrota para o México alertem que as críticas podem ser injustas.

Em uma linha imaginária que colocasse o mais extremo amadorismo de um lado e o mais completo profissionalismo do outro, Esquiva ficaria em uma ponta, e a seleção masculina de futebol em outra. Neymar e seus colegas têm tudo aquilo que falta a Esquiva. E ambos são prata – o que explica o sentimento de orgulho com o boxeador e de frustração com os jogadores. No meio do caminho entre eles, está o vôlei feminino – já muito longe da penúria do boxe amador, mas também a léguas do conforto do futebol. Para renascer nos Jogos Olímpicos, radicalizar seu jogo, passar pela Rússia do jeito que passou (salvando seis match-points) e depois bater os Estados Unidos na final, não bastaria às atletas brasileiras ter profissionalismo. Elas precisariam também de amadorismo.

- Nós fazemos isso por amor, gente. Nós amamos o vôlei – resumiu Fabi ao SporTV logo depois da conquista.

O Brasil começou o sábado com chances de ganhar mais três medalhas de ouro. Garantiu a do vôlei, com vitória de 3 sets a 1 sobre as americanas. No futebol, a sina olímpica persiste depois da derrota de 2 a 1 para o México. O país continua sem jamais ter conquistado um ouro no esporte. Já no boxe, Esquiva perdeu por muito pouco. Levou 14 a 13 do japonês Ryota Murata.


medalha de ouro vôlei feminino Olimpíadas 2012 (Foto: Reuters)Brasileiras no pódio: bicampeãs olímpicas com vitória de 3 a 1 sobre os EUA (Foto: Reuters)

Das cinzas, nasce o ouro


vôlei Zé Roberto brasil olimpíadas 2012 (Foto: AFP)José Roberto Guimarães é o primeiro brasileiro
tricampeão olímpico (Foto: AFP)

Há pouco mais de uma semana, soaria exagero prever que a seleção feminina de vôlei seria bicampeã olímpica. A primeira fase do Brasil não foi boa. Nos cinco jogos iniciais, foram duas derrotas. A classificação dependeu, por uma ironia do destino, dos Estados Unidos. Se as americanas perdessem para a Turquia, a equipe de José Roberto Guimarães estaria automaticamente eliminada já na etapa de classificação. Mas elas venceram. E acabaram pagando caro pelo profissionalismo. Pagaram com o título.

O Brasil renasceu das cinzas de diferentes formas. No campeonato, dada a situação na primeira fase; nas quartas de final, quando a Rússia teve a bola do jogo seis vezes; e na final, depois de um primeiro set avassalador das americanas.

O Brasil começou mal o jogo. Muito mal. Levou 25 a 11 – uma surra. Mas teve forças para reagir, vencer os três sets seguintes, ganhar o jogo, ganhar o ouro: 25/17, 25/20, 25/17. Jaqueline, 
gigantesca, fez 18 pontos. Hooker, a tão temida craque americana, marcou 14.

A vitória eternizou de vez o treinador da geração mais vitoriosa do vôlei feminino brasileiro. José Roberto é a primeira pessoa nascida no país a ter três medalhas de ouro. Além das duas conquistas com as mulheres, levou os homens à vitória em Barcelona 1992.
De orgulho e dor


Esquiva Falcão medalha de prata (Foto: Reuters)Esquiva Falcão morde medalha de prata após
disputa de final inédita (Foto: Reuters)

Doeu a prata de Esquiva Falcão. Por toda a trajetória de vida dele, pelo exemplo de superação de um atleta saído da pobreza para chegar a uma final olímpica, doeu a derrota por apenas um ponto. E doeu mais ainda por saber que ela foi resultado de uma punição. O brasileiro perdeu dois pontos por, na visão da arbitragem, atrasar o combate ao abraçar o japonês repetidas vezes.
Foi uma luta muito equilibrada. Ryota Murata, com uma guarda que parecia intransponível, venceu o primeiro round por 5 a 3. O brasileiro ficou mais vivo no segundo assalto. Venceu por 5 a 4. Ficou tudo para os últimos minutos. E Esquiva foi novamente melhor, mas a punição jogou tudo pelo ralo.

Assim, os filhos de Touro Moreno voltam para o Brasil com uma prata e um bronze – o de Yamaguchi Falcão. Esquiva foi o primeiro boxeador do país a chegar a uma final olímpica. Ficou orgulhoso, mesmo com a derrota por tão pouco na final.
- Não estou triste. Entrei para a história com a prata. Estou muito feliz com meu resultado. O ouro não veio, mas a prata está valendo ouro – disse ele.

De onde mais se esperava...


medalha Brasil futebol Lucas, Neymar, Damião, Hulk, Oscar (Foto: Getty Images)Jogadores brasileiros olham medalha de prata em
Londres depois de derrota (Foto: Getty Images)

Era da seleção masculina de futebol que mais se esperava um ouro, o que quase soa como contradição, já que isso jamais aconteceu. As quedas precoces de Espanha e Uruguai, concorrentes fortes, fez aumentar a convicção. Mas, de novo, não deu.

E por uma bobagem. Sabe-se lá como poderia ter sido o jogo se Rafael não tivesse passado tão mal para Sandro logo no início do duelo. Em inacreditáveis 29 segundos, o México já estava na frente. Mas restava uma partida inteira para virar. Em vão.

O Brasil foi além de não conseguir empatar: levou o segundo, por Peralta, o mesmo que havia feito o primeiro. Rafael, após dar um toque de letra quando o Brasil já afundava rumo ao vice, quase levou um cascudo de Juan, indignado com o lance do colega. E ainda teve o gol de Hulk, aos 46 minutos do segundo tempo – beirou a crueldade, por dar a esperança do 2 a 2. Oscar, no último lance da partida, quase empatou de cabeça. O quase foi aquilo que definiu quem seria ouro e quem seria prata.

Encerrada a partida, parte do elenco desabou no gramado. Os jogadores pareciam incrédulos. Neymar, sumido no jogo, ficou com o olhar perdido, tentando entender o que acontecera. Lucas chorou. E todos eles, alinhados no pódio, tiveram que ver a festa mexicana.
Até logo, Usain Bolt


Bolt, Atletismo, 4x100 (Foto: Getty Images)Bolt conquista seu terceiro ouro em Londres, agora
nos 4x100m (Foto: Getty Images)

O grande astro do atletismo nos Jogos Olímpicos de 2012 deu seus últimos passos em Londres neste sábado. E com vitória, como de hábito. Usain Bolt ajudou a Jamaica a se tornar bicampeã e quebrar o recorde mundial, que era dela própria, nos 4x100m. Ele foi o responsável pelos últimos metros e deu um jeito de facilitar uma disputa que era complicada contra os americanos, que ficaram com a prata. O bronze foi para Trinidad e Tobago.

Foi a sexta medalha de ouro de Bolt em Olimpíadas. Ele é bicampeão nos 100m e nos 200m, além dos dois títulos no revezamento. Em Pequim e em Londres, o cenário foi o mesmo: três disputas e três ouros para o fenômeno.


Os donos da casa também puderam comemorar. Mo Farah, já campeão nos 10.000m, ganhou neste sábado os 5.000m. Foi ovacionado pelo público. Nos 4x400m para mulheres, os Estados Unidos amenizaram a decepção do revezamento masculino e ficaram com o ouro.
Já no basquete não existe concorrência para os americanos. A seleção feminina garantiu o ouro ao vencer a França por 86 a 50. A Austrália ficou com o bronze.

No handebol, as algozes da seleção brasileira ficaram com o topo do pódio. A Noruega ganhou o ouro ao bater Montenegro por 26 a 23. É o bicampeonato olímpico das nórdicas.
O dia também foi de disputas no taekwondo. A brasileira Natália Falavigna não deu sorte. Ela foi derrotada pela sul-coreana In Jong Lee por 13 a 9 já na primeira luta. E ainda se machucou. Mesmo que fosse para a repescagem (caso sua adversária avançasse até a final), não poderia lutar, por causa da lesão na perna direita. Foi uma fratura.

O taekwondo também reservou uma das cenas mais curiosas do dia. Na categoria acima de 80 quilos, o italiano Carlo Molfetta teve que encarar um adversário 20cm maior que ele. Daba Modibo Keita, de Mali, tem 2,03m, contra 1,83m do europeu. Adivinha quem ganhou?
Sim, Molfetta. Na comemoração, ele fez o sinal de um raio, mesmo gesto de Usain Bolt após suas conquistas. Mereceu...


taekwondo, Keita e  Carlo Molfetta, Londres 2012 (Foto: Agência AFP)Carlo Molfetta encara gigante e se dá melhor no taekwondo (Foto: Agência AFP)

FONTE:

Russa fatura ouro na marcha atlética e quebra recorde mundial da prova


Elena Lashmanova assume a liderança da prova nos minutos finais e surpreende adversárias. Campeã olímpica fica com a medalha de prata

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra



Elena Lashmanova marcha londres 2012 olimpiadas (Foto: Reuters)Elena Lashmanova assume a liderança no final da prova e fatura medalha de ouro (Foto: Reuters)

Depois de 18km percorridos pelas atletas, tudo indicava que Olga Kaniskina ia voltar ao topo do pódio. Na dianteira desde início da prova, a campeã olímpica de Pequim não teria sustos. Entretanto, sua compatriota Lashmanova assumiu a vice-liderança a partir do 14km e esperou os metros finais para surpreender e ultrapassar a favorita.
A última das 55 atletas a cruzar a linha de chegada foi a venezuelana Milangela Rosales, com o tempo de 1h42m46. A Sabine Krantz, da Alemanha, e Sholpan Kozhakhmetova, do Cazaquistão, não conseguiram concluir a prova.

Johanna Jackson (Grã-Bretanha), Yeongeun Jeon (Coreia do Sul), Mirna Ortiz (Guatemala) e Claire Tallent (Austrália) foram desclassificadas durante a competição.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/russa-fatura-ouro-na-marcha-atletica-e-quebra-recorde-mundial-da-prova.html

Juan minimiza discussão com Rafael no fim do jogo: 'Está tudo resolvido'


Zagueiro pede desculpas ainda no vestiário ao lateral, que foi substituído
no lance seguinte por Mano Menezes, e diz que bate-boca faz parte do jogo

Por Márcio Iannacca Direto de Londres, Inglaterra

Juan minimizou a discussão com Rafael, que ocorreu no fim da decisão olímpica contra o México, neste sábado, no estádio de Wembley, em Londres. Quando a seleção brasileira já estava perdendo por 2 a 0, na decisão do torneio masculino de futebol das Olimpíadas, os dois trocaram insultos e gestos agressivos, depois que o zagueiro reclamou de uma boa perdida pelo lateral. Logo depois, o camisa 2 acabou sendo substituído pelo técnico Mano Menezes. O meia-atacante Lucas foi quem entrou em seu lugar.

Juan e Rafael, Brasil e mexico (Foto: Agência AFP)Juan (4) reclama do lateral Rafael no fim da decisão da medalha de ouro nas Olimpíadas (Foto: Agência AFP)

Apesar do problema, Juan preferiu classificar o incidente como parte do futebol.

- Foi coisa do jogo mesmo. Tinha acabado de roubar a bola, tinha dado a vida, e ele acabou perdendo. Mas acontece. São situações do jogo. Nós estávamos de cabeça quente. Já pedi desculpa e está tudo resolvido.

Na partida deste sábado, a Seleção acabou derrotada pelo México e ficou com a medalha de prata da competição. Mesmo assim, Juan considera o resultando importante.

- Era o objetivo que o nosso grupo tinha (medalha de ouro), e acho que a medalha de prata, mesmo sendo o segundo lugar, foi importante para nós. Vou pensar na Seleção, nas próximas partidas. Vamos ver o que vai acontecer daqui para frente.

A Seleção volta a campo na próxima quarta-feira, em Estocolmo, para encarar a Suécia. Além de 16 atletas que disputaram as Olimpíadas, outros seis jogadores vão se juntar à delegação na capital sueca. O confronto será transmitido ao vivo pela TV Globo, Sportv e GLOBOESPORTE.COM.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/juan-minimiza-discussao-com-rafael-no-fim-do-jogo-esta-tudo-resolvido.html

Na raça e com um a menos, Vitória vira para cima do América-MG: 2 a 1

Time baiano chega à vice-liderança da Série B do Campeonato Brasileiro, enquanto o Coelho, após cinco rodadas sem vencer, segue em sétimo luga


 A CRÔNICA
por Fernando Martins Y Miguel
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Milagres estreia mal no comando do América-MG (Foto: Fernando Martins / Globoesporte.com)Milagres estreia mal no comando do América-MG
(Foto: Fernando Martins / Globoesporte.com)

Mesmo com um jogador a mais durante grande parte do jogo - o goleiro Deola, do Vitória, foi expulso por reclamação ainda no primeiro tempo -, o América-MG não conseguiu encerrar o jejum de vitórias. Na tarde deste sábado, no Estádio Independência, em Belo Horizonte, pela 16ª rodada da Série B do Campeonato Braisleiro, o time mineiro chegou à quinta partida sem vencer. Apesar da desvantagem numérica, o Vitória se superou. Na raça, o time baiano buscou o empate e, no fim, virou o placar para 2 a 1.

O gol do Coelho foi de Alessandro. Pedro Ken e Marcelo Nicácio marcaram na reação do Rubro-Negro baiano. Com o resultado, o Vitória, na vice-liderança, foi para 35 pontos ganhos, um atrás do primeiro colocado, o Criciúma. O América-MG, com a derrota, estaciona nos 26 pontos, em sétimo lugar. Na próxima rodada, a 17ª, o Coelho vai a Natal, onde encara o ABC, no Frasqueirão, nesta terça-feira, às 21h50m (de Brasília). No mesmo dia, o Vitória entrará em campo, às 19h30m (de Brasília), no Barradão, onde receberá o Guaratinguetá.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/tres-vezes-bolt-jamaica-e-ouro-e-quebra-recorde-mundial-nos-4x100m.html



Três vezes Bolt: Jamaica é ouro e quebra recorde mundial nos 4x100m


Fenômeno jamaicano ajuda seu país a vencer a final da prova. Ele repete Pequim e sai sem tropeços de Londres: três disputas, três vitórias


Usain Bolt, Atletismo, 4x100m (Foto: Agência Reuters)Usain Bolt voa para superar EUA e dar ouro para
a Jamaica (Foto: Agência Reuters)

Onde tem Usain Bolt, tem vitória. Foi assim em Pequim 2008: três disputas, três ouros. E foi assim em Londres 2012: mais três disputas, mais três ouros. O fenômeno jamaicano ajudou seu país a ser novamente campeão nos 4x100m neste sábado. E a quebrar o recorde mundial: 36s84. A marca anterior era de 37s04, da própria Jamaica, em 2001.

Com isso, Bolt engordou seu currículo: é bicampeão olímpico no revezamento, nos 100m e nos 200m. A prata ficou com os Estados Unidos, com 37s04 (o antigo recorde mundial), e o bronze foi para Trinidad e Tobago, com 38s12. O quarteto do Canadá foi desclassificado por irregularidade em uma das passagens.


A vitória da Jamaica passou diretamente por Bolt. Nas três primeiras trocas de bastão, foi forte a disputa. Mas Yohan Blake, o terceiro dos jamaicanos, já deu sinais de vitória ao disparar contra Tyson Gay, dos Estados Unidos. A passagem dele para Bolt não foi das melhores - ele chegou a trocar a peça de mão no início de sua corrida. Mas o homem mais rápido do mundo teve tempo de sobra para garantir a vitória. Passou feito um raio por Ryan Bailey.

Os dois primeiros representantes jamaicanos foram Nesta Carter e Michael Frater. Eles duelaram com os americanos Trell Kimmons e Justin Gatlin.


Bolt, 4x100m (Foto: Agência Reuters)Bolt cruza a linha à frente de Ryan Bailey, dos Estados Unidos (Foto: Agência Reuters)

Depois da prova, Bolt pediu o bastão ao árbitro como lembrança. O juiz não aceitou. E foi vaiado pelo público. Minutos depois, na área interna do estádio, um segundo fiscal entregou o cobiçado bastão ao velocista jamaicano, que em retribuição, lhe deu um autógrafo.

Bolt e seus colegas deram a habitual volta olímpica no estádio. Muito aplaudidos, rumaram até o placar onde estava sinalizado o recorde mundial. Antes de deixar o local, Bolt ainda deu um beijo na pista onde virou o principal nome do atletismo nos Jogos Olímpicos de Londres.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/tres-vezes-bolt-jamaica-e-ouro-e-quebra-recorde-mundial-nos-4x100m.html

squiva sofre punição, não consegue revanche e fica com a prata no boxe


Brasileiro perde dois pontos no 3º round, é derrotado pelo japonês Murata, algoz no Mundial de 2011, mas faz melhor campanha de um pugilista do país

Por Gabriele Lomba Direto de Londres

Ryota Murata entrou sorrindo no ringue do Complexo Excel. E saiu dali da mesma maneira, apesar da mancha roxa no lado direito do rosto. De roupa vermelha, Esquiva Falcão buscava uma revanche contra seu carrasco no Mundial do ano passado. Do bronze em Baku ao posto de campeão olímpico, faltavam apenas três rounds. Uma punição no último, porém, desmoronou seus sonhos. Perdeu dois pontos e a chance de conquistar a medalha de ouro: 14 a 13, apenas um de vantagem para o japonês. Esquiva teve que se contentar com a prata em Londres, o que lhe rendeu a melhor campanha de um pugilista do país nas Olimpíadas.
Esquiva saiu do ringue contrariado. Os dois mereciam levar punição, pedia. Reclamou, ficou triste e, só então, decidiu tentar esquecer. E curtir a medalha, histórica.

- Tomei a punição e não achei justa. Os dois estavam agarrando. Os dois estavam cansados no finalzinho. Ele foi favorito, era medalha de prata no Mundial, e isso me desfavoreceu mais ainda. Foi um pontinho que o chefe tirou de mim. Infelizmente, hoje não deu. Não estou triste, entrei para a história com a prata. Estou muito feliz com meu resultado. O ouro não veio, mas a prata está valendo ouro. Minha cidade deve estar em alegria, a galera deve estar feliz. Quando eu subir no pódio vai cair a ficha. O voo direto agora é de volta para o Brasil, para o meu pai, minha mãe e minha namorada. É uma medalha que foi ganha e meu filho vai ficar muito feliz também - disse ao SporTV.

Esquiva Falcão medalha de prata (Foto: Reuters)Japonês fica com a vitória, e Esquiva Falcão leva a prata na categoria médio (Foto: Reuters)

O Brasil não conquistava uma medalha olímpica no boxe desde os Jogos da Cidade do México, em 1968, quando Servílio de Oliveira foi bronze no peso-mosca. Em Londres 2012, a melhor campanha da história, com três medalhas. Além da prata deste sábado, Adriana Araújo ficou com o bronze na estreia do boxe feminino em Olimpíadas e Yamaguchi Falcão - irmão de Esquiva - também garantiu o terceiro lugar na categoria meio-pesado.
Irmãos Falcão, a saga
Yamaguchi estava ali, na arquibancada. Touro Moreno, o pai obstinado que driblou todas as dificuldades possíveis por um sonho, quase chegou a tempo para ver tudo de pertinho. Recebeu um convite de véspera, mas, sem passaporte, ficou mesmo no Brasil.

A saga dos Falcão. Quase um filme. A mais genuína das muitas histórias do país em Londres. No ringue, uma letra, em um gesto com os braços, a resume: "T". Para contá-la em palavras, as frases por vezes saem truncadas, interrompidas pela emoção e pelo que a infância pobre os abnegou. Esquiva e Yamaguchi não precisam de muito vocabulário para contar o que sentem. Só querem retribuir, a cada luta, a cada vitória, a insistência do velho pugilista. Lutam por um ideal, por um sonho construído antes mesmo de eles nascerem.

- Quando o Touro fala alguma coisa, não se engana - diz Yamaguchi.

Esquiva Falcão medalha de prata (Foto: Reuters)Esquiva Falcão conquista a primeira prata do Brasil no boxe olímpico (Foto: Reuters)

Todas as vezes que Touro Moreno, ex-lutador, hoje aos 75 anos, caminhou até o telefone público da rua para falar com os filhos, fez das palavras injeção de ânimo. Lembrava que tinha levado a Londres duas cartas e que uma delas iria brilhar. As duas brilharam. Classificados às semifinais, os dois não esmoreceram. Não se satisfaziam com os dois bronzes. Ali, já tinham entrado para a história. Quebravam, junto com Adriana Araújo, um jejum de 44 anos sem medalhas para o país no boxe.


Yamaguchi garantiu sua medalha depois de uma vitória épica sobre o atual campeão mundial, o cubano Julio La Cruz Peraza. Depois, perdeu para o britânico Anthony Ogogo. Restava a ele o bronze. Derrotado, agradeceu a cada um dos quatro setores da arquibancada. Voltará àquele palco no domingo, para o pódio, no Dia dos Pais.


Esquiva Falcão x Ryota Murata boxe (Foto: Reuters)Esquiva Falcão acerta o japonês (Foto: Reuters)

Para Esquiva, as Olimpíadas começaram depois. O sorteio das chaves favoreceu, e ele descansou na primeira rodada. Com a vaga direta nas oitavas, o capixaba não tomou conhecimento de Soltan Migitinov na estreia. Ele venceu o atleta do Azerbaijão por 24 a 11 e garantiu presença nas quartas. No caminho para a medalha olímpica estava o húngaro Zoltan Harcsa. Nova vitória (14 a 10), a vaga na semi e, pelo menos, o bronze garantido. Mas Esquiva queria mais. Lutando contra a torcida local e contra Anthony Ogogo, ele ganhou a luta (16 a 9) e os britânicos, que se renderam a ele.

A luta da prata
Nas arquibancadas do Complexo Excel, o carinho do irmão Yamaguchi e o apoio dos torcedores britânicos. No Brasil, a torcida de familiares e amigos no Espírito Santo.

Guardas fechadas e cautela. A luta que definiu o campeão dos pesos-médios começou com os dois atletas se estudando muito. Enquanto o japonês tentava encurtar a distância, o brasileiro buscava atacar. Mas foi Murata que acertou um bom cruzado para abrir vantagem de dois pontos no primeiro round: 5 a 3.


Em desvantagem, Esquiva partiu para o ataque. O japonês fechou bem a guarda e evitou os golpes. O juiz chamou a atenção do brasileiro por abaixar a cabeça e agarrar o adversário. Mas o capixaba continuou a atacar e diminuiu na diferença no placar para um ponto: 5 a 4 no segundo assalto.


A decisão ficou para o terceiro e último round. Esquiva perdia a luta por um ponto, mas sofreu um golpe forte logo no início do período. Não veio do japonês, mas do juiz, que puniu o brasileiro por agarrar o rival. Dois pontos de graça para o vice-campeão mundial Murata. Esquiva precisava, então, tirar três pontos de vantagem. Ele correu atrás, encurralou o japonês nas cordas, mas só conseguiu fazer 5 a 5 no round final - o que não foi suficiente para a virada.

 - Fiquei triste por ter perdido pelas mãos do árbitro, mas depois logo fiquei feliz. Eu e meu irmão fizemos história aqui.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/esquiva-nao-consegue-revanche-contra-japones-e-fica-com-prata.html

Brasil renasce após o primeiro set, domina as americanas e é bi no vôlei


Batida por 25/11 no início, seleção feminina busca forças, repete resultado de Pequim e faz de Zé Roberto Guimarães o único brasileiro tricampeão olímpico

Por Rodrigo Alves e Danielle Rocha Direto de Londres

Se houvesse nocaute no vôlei, a final olímpica de Londres teria durado apenas 21 minutos. Foi o tempo que as americanas gastaram para carimbar nas brasileiras um primeiro set avassalador, com incríveis 15 pontos de diferença. Mas a disputa não era de boxe e, além do mais, as meninas que vestiam amarelo neste sábado conhecem muito bem a receita para ficar de pé antes que a contagem chegue a dez. O contragolpe foi imediato na segunda parcial, e, dali para a frente, a torcida que lotou a Arena em Londres viu um Brasil gigante. Valente. Campeão. Bicampeão olímpico. A vitória na final por 3 a 1 (11/25, 25/17, 25/20, 25/17) mostra que os Estados Unidos não são imbatíveis. Que Hooker não é inalcançável. Que as meninas não têm medo de bicho-papão. E que José Roberto Guimarães é o único dos 200 milhões de brasileiros capaz de encher o peito e dizer que tem três ouros em Olimpíadas. Para um grupo tão acostumado a viradas heroicas, nada mais adequado do que festejar a conquista trocando o tradicional peixinho por cambalhotas em série no chão da quadra, diante de um ginásio lotado e eufórico.



Não é do feitio de Zé Roberto encher o peito para alardear qualquer feito pessoal. Ele prefere entrar na festa com as jogadoras na quadra, mergulhar no peixinho, extravasar no grito. Ajoelhou-se no chão, vibrou muito com cada atleta e, enfim, respirou aliviado após sua campanha mais dramática. Campeão em 1992 com os homens e em 2008 com as mulheres, Zé carregou este grupo na ponta dos dedos até o título em Londres. Ficou por um fio na primeira fase, de calculadora na mão, torcendo - ironia das ironias - por uma vitória das americanas na última rodada para sobreviver.
Sobreviveu e, mais que isso, cresceu. Derrubou a Rússia em jogo espetacular nas quartas, salvando seis match points no tie-break. Arrasou o Japão na semi, com um 3 a 0 sem ressalvas. E marcou para este sábado o reencontro com os EUA, quatro anos depois de batê-las em Pequim. Desta vez, o favoritismo estava do outro lado da rede, com todos os confrontos recentes pendendo para o lado americano. O primeiro set arrasador deixou a torcida com o estômago na boca. Mas a reação provou que, quatro anos depois, as brasileiras ainda são as melhores jogadoras de vôlei do planeta.

- A gente joga por amor. Sabemos que em alguns momentos a gente não conseguiu fazer o melhor e as críticas foram importantes pra gente ver que as pessoas acreditavam na gente. Não posso deixar de agradecer a esse grupo que foi incrível. Nas horas mais incríveis, a gente se uniu, se honrou - disse a líbero Fabi ao SporTV.


Fernanda, Final do Vôlei, Brasil e Eua (Foto: Agência AFP)Fernanda Garay solta o braço: ela foi um dos
destaques do Brasil na final (Foto: Agência AFP)

Nocaute no início


Nervosa, assim como a torcida, a seleção não conseguia se encontrar no início da decisão. Até fez 1/0 com uma largadinha de Sheilla, mas as americanas entraram com o pé na porta e jeitão de favoritas. Abriram 6/1 com o luxo de não precisar de nenhum ponto de Hooker. Zé Roberto parou o jogo, os ânimos se acalmaram um pouco, mas só um pouco. Se na primeira parada o placar era de 8/3, na segunda já era de 16/7. Tonto em quadra, o Brasil viu as rivais abrirem 22/8 e praticamente só conseguiam pontuar nos erros do outro lado da rede, como os dois em sequência que deixaram o placar em 22/10. Nada aconteceu além disso. Em apenas 21 minutos, fim de papo, com incríveis 25/11.

Quando pareciam mortas, as meninas de Zé Roberto renasceram do nada e abriram a segunda parcial vencendo por 3/0. Ainda viram as rivais empatando logo em seguida, mas conseguiram se manter à frente, até com certa folga. Quando Garay soltou o braço e fez 11/6, o técnico Hugh McCutcheon parou para conversar com suas atletas. Zé estava mais calmo, e o time também, a ponto de segurar a reação e abrir de novo para 18/12, em bom momento de Jaqueline. As nocauteadas da vez eram as americanas, que não acharam as bolas e viram o Brasil igualar o jogo com a autoridade de um 25/17.


Thaisa Menezes, Final do Vôlei, Londres 2012  (Foto: Getty Images)Thaisa chega ao bicampeonato, assim como Sheilla, Fabiana, Fabi, Paula e Jaqueline (Foto: Getty Images)

"O campeão voltou", gritava a torcida em altos decibéis numa arquibancada completamente tomada pelo amarelo, com pequenos focos de azul, vermelho e branco. O Brasil estava em casa, e motivado. Abriu o terceiro set vencendo por 6/2. Com autoridade, foi conduzindo bem a vantagem e segurou uma forte reação americana na metade da parcial. Na segunda parada, vencia por 16/13. Com Akinradewo virando todas, não foi fácil arrastar o set até o fim. Mas deu. Com Jaque, Garay e Sheilla largando o braço no ataque, veio o que ninguém imaginava após aquele primeiro set: 25/20 e uma virada na raça.

Na quarta parcial, nada de apagão. Concentrado, o time brasileiro sabia que do outro lado da rede não haveria entrega, mas manteve a cabeça no lugar para chegar à primeira parada técnica com 8/6. Com a capitã Fabiana crescendo, o que já estava bom ficou ótimo nos 16/10. Zé mandou à quadra Natália, outro símbolo de reação no grupo. Quase cortada por uma lesão na canela, ficou até o fim, entrou poucas vezes, mas é tão campeã quanto qualquer outra. Àquela altura, as americanas até ensaiavam uma reação, mas já não pareciam tão ameaçadoras. E o Brasil segurou até o fim, com a pancada de Garay que imortalizou o momento: 25/17, 3 a 1, ginásio histérico.
Festa dupla para as bicampeãs Sheilla, Fabiana, Fabi, Paula Pequeno, Thaisa e Jaqueline. Festa inédita para Dani Lins, Fernanda Garay, Fernandinha, Natália, Tandara, Adenízia. Festa mais do que merecida para Zé Roberto, ou apenas Zé. O único Zé tricampeão olímpico.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/brasil-renasce-apos-o-primeiro-set-domina-americanas-e-e-bi-no-volei.html

 

Alemã em pele de americana, Hooker aponta sua mão pesada para o Brasil


Nascida em Frankfurt, atacante é a principal arma da seleção dos Estados Unidos para impedir o bi olímpico verde-amarelo na final deste sábado

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Com status de astro do basquete na Universidade de St. Mary, o americano Ricky Hooker não chegou a brilhar na carreira profissional. Foi até escolhido para jogar na NBA pelo San Antonio Spurs no início dos anos 80 e acabou cruzando o Atlântico para tentar a vida na Europa. Em 1987, teve uma filha em Frankfurt, mas logo levou a menina de volta aos Estados Unidos. Vinte e quatro anos depois, a decisão respinga no Brasil. Se Ricky tivesse seguido a vida na Alemanha, a nossa seleção feminina de vôlei teria uma missão bem mais tranquila neste sábado, às 14h30m, na final dos Jogos Olímpicos de Londres. Do outro lado da quadra não estaria Destinee Hooker, alemã naturalizada americana e considerada por muitos a melhor jogadora em atividade no planeta.

vôlei Destinee Hooker EUA coreia do sul londres 2012 (Foto: Agência Getty Images)Só dá ela: Hooker é a maior pontuadora da seleção americana em Londres (Foto: Agência Getty Images)

Se a oposta não estivesse lá, aliás, provavelmente os Estados Unidos também não estariam. Maior pontuadora do seu país, ela tem média de 21 nas sete partidas disputadas até agora na Inglaterra. Contra o Brasil, na primeira fase, 23 pontos e uma vitória com autoridade. Agora, na final, fome de vingar as companheiras que estavam em Pequim 2008 e foram derrubadas pela equipe verde-amarela. O SporTV transmite a partida ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real.

A Hooker está sobrando. Em todos os momentos difíceis dos Estados Unidos, a bola vai para ela. É uma jogadora que tem atuado muito à vontade. Nos momentos decisivos, a nossa atenção tem que ser nela"
José Roberto Guimarães, técnico da seleção

Zé Roberto de olho nela
Enquanto as americanas perseguem seu primeiro ouro olímpico, o técnico brasileiro José Roberto Guimarães vai em busca do seu terceiro. Mas sabe que é preciso tentar alguma estratégia mirabolante para ao menos frear a principal jogadora do outro lado da rede.

- A Larson está bem, a Logan dá um volume de jogo enorme ao time, mas a Hooker está sobrando. Em todos os momentos difíceis dos Estados Unidos, a bola vai para ela. É uma jogadora que tem atuado muito à vontade. Nos momentos decisivos, a nossa atenção tem que ser nela - avisa Zé Roberto, que pode se tornar o único brasileiro tricampeão olímpico, apesar de oficialmente não receber as medalhas como técnico.

Detalhes nas mãos da jogadora de vôlei Destinee Hooker do EUA (Foto: Agência Reuters)Marca registrada: os esparadrapos nos dedos sempre trazem uma mensagem (Foto: Agência Reuters)

Mesmo nunca tendo disputado as Olimpíadas, Hooker sabe o sabor de derrubar um treinador de ponta no Brasil. Na última Superliga, defendendo Osasco, atropelou na final o Rio de Janeiro de Bernardinho, que também está na final em Londres, à frente da seleção masculina, contra a Rússia. Agora a alemã-americana tenta fazer o mesmo com Zé Roberto. Em Londres, ela é a segunda maior pontuadora do torneio, atrás apenas da coreana Kim. Soma 147 pontos e tem o melhor aproveitamento de ataque da competição.

O bloqueio sul-coreano não foi páreo para a oposto Hooker (Foto: REUTERS/Ivan Alvarado)A americana prefere dar o crédito às companheiras
de equipe (Foto: REUTERS/Ivan Alvarado)

Com tantos olhos voltados para ela, a oposta prefere desviar o foco, tirar o peso das costas e ficar leve para subir e soltar o braço. Repassa o mérito para a levantadora Lindsey Berg e acredita que o time precisa se manter no trilho para vencer o Brasil.

- Eu devo muito ao meu time e principalmente à Lindsey, que é uma grande levantadora. É muito bom ter um elenco assim. Precisamos ficar concentradas umas nas outras em vez de olhar para os pequenos problemas. Temos o que é necessário para vencer a final, e espero que a gente consiga chegar ao topo - afirmou Hooker, que recentemente atacou de modelo posando sem roupa para fotos e é conhecida por sempre escrever uma mensagem nos esparadrapos que usa nos dedos das mãos.

Fora da quadra, a americana não costuma levar desaforo para casa. Já se envolveu em algumas confusões que lhe custaram trocas de clube. Dentro das quatro linhas, sem mistério: é ela que ataca. Sem piedade. Azar do Brasil que o tal Ricky Hooker não caiu da amores pela Alemanha.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/alema-em-pele-de-americana-hooker-aponta-sua-mao-pesada-para-o-brasil.html

Vitória do México sobre o Brasil em Londres repercute nas redes sociais


Atletas usam Twitter para comentar o resultado do futebol olímpico

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

A derrota da seleção brasileira por 2 a 1 para México na final das Olimpíadas já repercute nas redes sociais. Diante fracasso de Neymar e Cia em Wembley, o ex-jogador e comentarista Caio Ribeiro foi o primeiro a se manifestar. Através de seu Twitter pessoal, ele questionou Mano Menezes por só ter colocado Lucas no fim da partida, quando os mexicanos já tinham vantagem no placar.

- Como é que é? 2 a 0 para o México, 40 minutos do segundo tempo e entrar o Lucas? Entendi... - postou Caio.
Caio Ribeiro twitter Seleção (Foto: Reprodução / Twitter)Caio Ribeirousa seu Twitter para comentar a escolha de Mano Menezes (Foto: Reprodução / Twitter)

Jogador do Manchester United, o mexicano Chicharito Hernandez ‏foi um dos primeiros a comemorar a vitória de seu país. Eufórico, ele usou seu twitter para mostrar sua emoção.

- Viva México! Medalha de ouro no futebol! Obrigada, Obrigada, Obrigada! Orgulho de ser mexicano nas horas boas e nas ruins - publicou.
Nome de peso do futebol mexicano, o zagueiro Rafa Márquez também soltou sua emoção no microblog.

- Vamos México! Que grande! Muitas felicidades para a seleção, equipe e todo o corpo técnico. São um orgulho para todo o México - postou.

Mano é alvo de críticas
Os torcedores brasileiros também não perdoaram Mano Menezes. Poucos minutos após o fim do jogo, a hastag #ErrarÉoMano e #ForaMano já estavam no trend topics do Twitter brasileiro.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/apos-derrota-caio-ribeiro-usa-seu-twitter-para-cornetar-selecao.html

Brasil falha muito, perde para México e sonho do ouro vira prata de novo


Mexicanos vencem por 2 a 1 e conquistam lugar mais alto do pódio. Jogadores da Seleção lamentam muito depois da primeira e fatal derrota

Por Márcio Iannacca Direto de Londres, Inglaterra

Como nos últimos 60 anos, o Brasil iniciou o torneio de futebol masculino das Olimpíadas de Londres garimpando pela medalha de ouro. E o garimpo da equipe de Mano Menezes ia bem. Com cinco vitórias, todas por três gols, a Seleção chegou neste sábado à decisão no estádio de Wembley embalada e favorita. Mas na última etapa do trabalho, garimpou errado. No último passo, em vez de encontrar o esperado ouro, achou pela terceira vez a prata. Com muitas falhas individuais e graças a uma atuação objetiva do México, que venceu por 2 a 1 com direito a gol aos 29 segundos.

Assim como em 1984, em Los Angeles, e em 1988, em Seul, a seleção brasileira ficou com o vice-campeonato olímpico (o país ainda tem duas medalhas de bronze, em 1996, em Atlanta, e 2008, em Pequim). A esperança de que a geração de Neymar & cia. acabasse com esse jejum e conquistasse o título que falta à galeria da Seleção era grande, mas o México, com um time bem entrosado - apesar do desfalque de Giovani dos Santos -, começou a acabar com o sonho verde e amarelo de maneira relâmpago.[

O gol de Peralta, aos 29 segundos do primeiro tempo, desestabilizou o time de Mano Menezes. A falha do lateral-direito Rafael no lance abateu o grupo, que chegou a ter o comando da partida novamente, mas não foi efetivo como o adversário, que com Peralta assegurou o título ao fazer 2 a 0 aos 29 minutos do segundo tempo. Com essa vantagem, o México apenas administrou, enquanto os brasileiros se desesperaram. Juan, aliás, chegou a dar uma dura em Rafael após passe de letra já perto do apito final.

Valente, o Brasil foi para o tudo ou nada e diminuiu com Hulk, aos 46. Animado, o time verde e amarelo pressionou e teve uma chance (literalmente) de ouro com Oscar, na pequena área, mas o meia, sozinho, cabeceou para fora. Sem a tão sonhada medalha, a Seleção segue a preparação para a Copa do Mundo de 2014 já na próxima quarta-feira, contra a Suécia, em Estocolmo. O jogo é amistoso.

Neymar na final Brasil x México futbeol (Foto: AFP)Fim! Neymar, o principal astro da seleção brasileira, desaba no gramado de Wembley (Foto: AFP)
Falha relâmpago

O Brasil nem teve tempo de se encontrar em campo e logo de cara levou o gol mais rápido da história de uma final de torneio Fifa. Aos 29 segundos, Rafael errou passe na intermediária, Sandro estava desatento, e Aquino deu um leve toque até Peralta. O atacante recebeu na entrada da área e chutou colocado para vencer Gabriel, que estava mal colocado. O lance desarticulou por completo o time canarinho, que não conseguia chegar com força ao ataque.

Oribe Peralta comemora gol do México contra o Brasil final (Foto: AFP)Mexicanos comemoram gol contra a Seleção
(Foto: AFP)

O que ficava latente também era a distância entre as linhas de marcação da Seleção. Enquanto os mexicanos faziam rapidamente a recomposição, os brasileiros tinham dificuldade, facilitando a maior posse de bola dos rivais. A primeira chance clara da equipe canarinho aconteceu aos 19. Damião recebeu pela ponta e cruzou para Oscar. O apoiador girou no marcador e chutou em cima de Corona.

Preocupado com o andamento da partida, Mano Menezes colocou Hulk no aquecimento. Aos 31, o atacante entrou na partida na vaga de Alex Sandro. Dois minutos depois, Fabian fez jogada pelo meio e arriscou de fora da área. A bola passou por cima do gol. Inconformado com os espaços dados pela defesa, Thiago Silva deu uma dura nos companheiros, principalmente na dupla de volantes.

A entrada de Hulk deu uma melhorada no desempenho da Seleção. Aos 37, o atacante soltou a bomba da intermediária e o goleiro Corona espalmou para o lado. Na sobra, Damião finalizou e a bola voltou a raspar no arqueiro. Quase o empate. E mostras de que alteração havia surtido efeito.

No lance seguinte, aos 40, Damião recebeu na área e tocou para Marcelo já dentro da área. O lateral chegou batendo de primeira e a bola passou à direita do goleiro. No fim do primeiro tempo, Neymar ainda fez jogada individual e arriscou de fora da área. Mas a bola saiu pela linha de fundo.

Neymar na final Brasil x México futbeol (Foto: AFP)Neymar disputa bola com mexicano durante a disputa da medalha de ouro olímpica (Foto: AFP)
Prata de novo

Antes mesmo do pontapé inicial para o segundo tempo, os jogadores da Seleção fizeram uma corrente na intermediária de defesa. Faltavam 45 minutos para o olimpo ou para o fracasso, a medalha de prata. Logo no primeiro minuto da etapa final, Hulk arrancou pela direita, passou por dois marcadores e foi derrubado na lateral da área. A cobrança parou na zaga mexicana, mas era um bom sinal para uma equipe que iniciou mal a decisão das Olimpíadas.

Oribe Peralta comemora segundo gol do México contra o Brasil final (Foto: Reuters)Peralta, o carrasco da seleção brasileira
(Foto: Reuters)

Mas ficou apenas no quase... O Brasil voltou a ter dificuldades para chegar ao gol mexicano. Neymar teve uma boa oportunidade aos 14. O atacante aproveitou sobra dentro da área, mas errou o alvo. A bola passou por cima do gol. Três minutos depois, Thiago Silva falhou e a bola sobrou para Fabian. O meia-atacante foi atrapalhado por Gabriel. Na sobra, finalizou de bicicleta e acertou o travessão.
O Brasil seguia com problemas, não conseguia criar os lances. Aos 25, Mano sacou Sandro e apostou na entrada de Alexandre Pato. A equipe passou até a jogar mais no campo do México, mas pecava pelo nervosismo, cometia erros bobos, principalmente em trocas de passes. E foi em um erro de marcação que o time da América Central fez o segundo gol.

Aos 29, em falta cometida por Marcelo na lateral, os mexicanos souberam aproveitar a bobeada da defesa, e Peralta fez o segundo, deixando cada vez mais distante o sonho do ouro olímpico. A partir daí, o nervosismo falou mais alto e a Seleção pouco criou para tentar diminuir o prejuízo.

No fim, Rafael cometeu mais um erro na lateral ao tentar um passe calcanhar. O lance originou uma falta na lateral da área da Seleção. Em seguida, Mano sacou o jogador para a entrada de Lucas. Foi aí que o atleta do Manchester United discutiu com Juan ainda no gramado de Wembley. Thiago Silva deu uma dura no companheiro, que deixou o campo batendo palmas.

Já nos acréscimos, a zaga deu um chutão e a bola sobrou para Hulk dentro da área. O jogador tocou na saída do goleiro e diminuiu para o Brasil. Oscar, no último minuto, teve a bola do jogo, mas, sozinho na pequena área, cabeceou para fora. No fim, festa do México que, assim como o Brasil, jamais havia conquistado a medalha de ouro no torneio de futebol masculino das Olimpíadas.

BRASIL 1X2 MÉXICO
Gabriel; Rafael (Lucas), Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Pato), Romulo, Alex Sandro (Hulk) e Oscar; Neymar e Leandro Damião. Corona, Israel Jimenez (Vidrio), Salcido, Mier e Reyes; Chavez, Herrera, Aquino (Ponce) e Enriquez; Peralta (Raul Jimenez) e Fabian.
Técnico: Mano Menezes Técnico: Luis Fernando Tena
Gols: Peralta, aos 29 segundos do primeiro tempo; Peralta, aos 29, e Hulk, aos 46 minutos do segundo tempo.
Cartões amarelos: Marcelo, Leandro Damião (BRA); Reyes, Jimenez, Vidrio (MEX)
Público: 86.162 pessoas.
Local: Wembley, em Londres (Inglaterra). Árbitro: Mark Clattenburg (Inglaterra). Auxiliares: Stephen Child (Inglaterra) e Simon Beck (Inglaterra).

   FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/falhas-fatais-atrapalham-e-brasil-termina-garimpo-com-outra-prata.html

Com 'estômago fervendo', Vissotto torce pelas pancadas de Wallace


Fora da semi e da final, oposto da seleção de vôlei fica de uniforme no banco incentivando o mais novo: 'Ele entrou e arrebentou'

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Quando Leandro Vissotto entrou em quadra na sexta-feira com uniforme de jogo, uma pulga se instalou atrás da orelha de cada torcedor que lotava a Arena de Vôlei. Ao longo do jogo contra a Itália, no entanto, a dúvida foi se dissipando. Foi ali no banco que ele ficou o tempo todo, torcendo e dando instruções para o jovem Wallace, que começou como titular e teve ótima atuação na partida que levou o Brasil à final dos Jogos de Londres. Não dava mesmo: com uma ruptura no músculo da coxa direita, Vissotto está fora dos reta final das Olimpíadas. Na verdade, não exatamente fora. Dentro, mas com outro papel.

Wallace, Vôlei, Brasil x Itália (Foto: Agência Reuters)Wallace teve boa atuação contra a Itália e arrancou elogios de Leandro Vissotto (Foto: Agência Reuters)

- Minha participação agora é outra, torcendo. Wallace entrou e arrebentou. É sofrimento demais ficar ali fora, fico com o estômago fervendo. Ajudei até onde pude nas quartas de final contra a Argentina. Agora tento passar para o Wallace como estão marcando o bloqueio, dou algumas dicas durante o jogo - explicou o oposto após a vitória tranquila por 3 a 0.

Até saírem os primeiros pontos, a gente fica meio tenso. Com o decorrer do jogo, fica mais fácil. Com o Vissotto é sempre bom, eu sempre peço pra ele me dar uns toques durante o jogo"
Wallace

O Brasil volta à quadra no domingo, às 9h, para enfrentar a Rússia na decisão olímpica. A vitória vale o terceiro ouro para a seleção verde-amarela, que já foi campeã em 1992 e 2004. O SporTV transmite ao vivo, e o GLOBOESPORTE.COM acompanha tudo em Tempo Real.

Após um ace italiano logo no primeiro ponto da semifinal, Wallace se agigantou. O paulista de 25 anos soltou duas pancadas e colocou o Brasil na frente. Começava ali um jogo muito mais fácil do que se imaginava, com atuação de gala da equipe de Bernardinho e direito a um segundo set impecável pelo placar de 25/12. Com 12 pontos, o jogador do Cruzeiro não esquece a ajuda de Vissotto.

Leandro Visotto caído na partida de vôlei do Brasil contra a Argentina (Foto: Reuters)Vissotto no chão contra a Argentina: o oposto está
fora da final contra a Rússia (Foto: Reuters)

- Até saírem os primeiros pontos, a gente fica meio tenso. Com o decorrer do jogo, fica mais fácil. Com o Vissotto é sempre bom, eu sempre peço pra ele me dar uns toques durante o jogo. Não é qualquer um que joga uma final olímpica. Fico feliz por fazer parte desse grupo que eu sempre via pela TV - afirmou Wallace.

Bernardinho elogiou mais uma boa atuação de Wallace, mas lembrou que o oposto costuma se cobrar muito e não vai descansar enquanto não corrigir cada erro.
- Ele foi excelente, e pode ser ainda melhor. Fica se remoendo com os erros, sabe que tem deficiências, é lógico, ainda é novo, tem muita coisa para melhorar. E os caras vão marcá-lo mais agora. Mas vamos deixá-lo tranquilo - afirmou o treinador.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/com-estomago-fervendo-vissotto-torce-pelas-pancadas-de-wallace.html