quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Juliana e Larissa são recebidas com faixas, flores e até banda no Ceará


Após a conquista do bronze nas Olimpíadas, dupla passa alguns dias em Fortaleza antes de ir à Polônia, onde disputa 10ª etapa do Circuito Mundial

Por GLOBOESPORTE.COM Fortaleza, CE

Juliana e Larissa vôlei de praia (Foto: CBV)Após a conquista do bronze inédito, Juliana e
Larissa são recebidas com festa (Foto: CBV)

Depois de oito anos de dedicação, a volta para casa com a sensação de dever cumprido e a medalha de bronze no pescoço. As brasileiras Juliana e Larissa desembarcaram, nesta sexta-feira, em Fortaleza (CE), cidade onde construíram uma história marcada por vitórias e superação. As atletas foram recebidas pelos amigos, familiares e torcedores, com faixas e flores no Aeroporto Internacional Pinto Martins. A comemoração teve até uma banda de música. Na próxima quinta-feira, a dupla parte para um novo desafio na Polônia. Em busca do hepta no Circuito Mundial, a equipe vai disputar o Grand Slam de Stare Jablonki, 10ª etapa da temporada.
Juliana, que defendeu o Brasil nas Olimpíadas pela primeira vez, comentou sobre a experiência e agradeceu o carinho dos brasileiros e, mais especificamente, dos cearenses.

- Disputar as Olimpíadas é algo diferente e ganhar uma medalha torna essa participação diferenciada e representa muito para nós. Eu sou de Santos e a Larissa é do Espírito Santo, mas nos consideramos cearenses. Fortaleza representa uma grande virada na nossa vida e é uma satisfação enorme levar o nome do Ceará pelo mundo afora.

Em sua segunda participação nos Jogos, depois do quinto lugar ao lado de Ana Paula, em 2008, Larissa comemorou a conquista da inédita medalha olímpica pela dupla, que é hexacampeã do Circuito Mundial, bicampeã pan-americana, pentacampeã brasileira e campeã mundial.

- São oito anos juntas, várias competições, e só agora conseguimos jogar juntas uma Olimpíada. O sentimento em 2008 não foi o mesmo porque não tinha a Juliana ao meu lado. No fim do último jogo, nos abraçamos, olhamos uma para outra e não precisamos dizer nada. Já tínhamos ganhado tanta coisa, mas realmente a Olimpíada tem um gostinho especial. Merecíamos fechar o ciclo olímpico com esta medalha, que, para nós, tem gosto de ouro - observa Larissa.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/juliana-e-larissa-sao-recebidas-com-faixas-flores-e-ate-banda-no-ceara.html

‘Por mim, o Emanuel jogaria mais 100 anos', diz a mulher, Leila, emocionada


Sem saber se segue até os Jogos de 2016, jogador recebe apoio da família. ‘Talvez eu não seja capaz de aguentar mais quatro anos nesse pique’, afirma

Por Bianca Rothier Direto de Londres

Emanuel e Leila vôlei de praia (Foto: Bianca Rothier / TV Globo)Emanuel e a mulher e ex-jogadora de vôlei,
Leila (Foto: Bianca Rothier / TV Globo)

Desde que deu a primeira entrevista coletiva na chegada a Londres, há quase 20 dias, Emanuel foi bombardeado de perguntas sobre seu futuro no vôlei praia. Todas as vezes, indicou que os Jogos do Rio, em 2016, estavam longe demais e que era hora de dar mais atenção à família. Mas, ao assistir de perto à conquista da terceira medalha olímpica da carreira do jogador, a própria família diz que não imagina vê-lo longe das quadras.

- Por mim, o Emanuel joga até os 100 anos. Eu adoro vê-lo jogar. Mas ele que tem que decidir se aguenta - afirmou a mulher dele, a ex-jogadora Leila, sem conter o choro.

Com a medalha de prata no pescoço, Emanuel foi recebido pela família, com palmas e lágrimas.
- É muita emoção para o meu coração, eu sofro num jogo assim, mas como vai ser sem isso? - perguntou o pai, seu Fernando.

Nem Emanuel sabe. Logo depois de sair do pódio, perguntado sobre uma sexta participação olímpica, ele afirmou:

- Não sei se vou ter saúde. Talvez eu não seja capaz de suportar mais quatro anos nesse pique.

Emanuelo e o pai Seu Fernando vôlei de praia (Foto: Bianca Rothier / TV Globo)Emanuel abraça o pai, Seu Fernando, após levar a
medalha de prata (Foto: Bianca Rothier / TV Globo)

Cada vez mais emocionado, Emanuel pareceu também mais balançado.

- Quando falo em 2016, poxa, no meu país, eu até gostaria. Mas o esporte é tempo - interrompeu as palavras para tentar segurar as lágrimas.

Minutos depois, reconheceu: ainda não há nada definido.

- Eu não tenho decisão. Eu funciono muito através de Olimpíadas. Eu gosto muito de estar em Olimpíadas. Mas o esporte tem tempo limite. Talvez eu não esteja apto a jogar. 43 anos? Seria um grande desafio - disse o jogador, de 39 anos.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/por-mim-o-emanuel-jogaria-mais-100-anos-diz-mulher-leila-emocionada.html

Rainhas do futebol: EUA vencem o Japão e conquistam o tetra olímpico


Ameaçadas de desemprego, Solo & cia. derrotam as atuais campeãs mundias por 2 a 1 em Wembley e levam, mais uma vez, a medalha de ouro

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra

Os Estados Unidos provaram nesta quinta-feira que, pelo menos quando são as mulheres em campo, eles são o país do futebol. Em um Wembley abarrotado com mais de 83 mil pagantes e quase 90 mil presentes, as americanas venceram o Japão por 2 a 1 e conquistaram sua quarta medalha de ouro olímpica – a terceira seguida.

Na revanche contra o Japão, que venceu os EUA na final da Copa do Mundo no ano passado, as musas Hope Solo e Alex Morgan foram muito bem, mas quem brilhou foi a camisa 10 Lloyd. Com dois gols, ela comandou a vitória americana em Wembley. Ogimi descontou para as japonesas.

Carli Lloyd, EUA x Japão, Futebol Masculino (Foto: Agência Reuters)Carli Lloyd comemora o primeiro gol das americanas (Foto: Agência Reuters)


O título olímpico talvez ajude a mudar o destino da categoria nos EUA. O fim da liga profissional (WPS) em janeiro deste ano abalou o futebol feminino no país. Marta, por exemplo, voltou para a Suécia. Na seleção americana, só seguem empregadas as sete jogadoras de clubes que passaram a disputar ligas semiprofissionais: Hope Solo, Alex Morgan, Sydney Leroux e Megan Rapinoe (Seattle Sounders), Tobin Heath (New York Fury), Becky Sauerbrunn (DC United) e Heather O'Reilly ( Boston Breakers). A atacante Abby Wambach, eleita a terceira melhor do mundo em 2011, e a meia Lloyd, destaque da decisão olímpica, estão sem time, por exemplo.

Gol-relâmpago

Com Wembley lotado e a medalha de ouro em jogo, a partida começou em um ritmo alucinante. Mais agressivas, as americanas tomaram a iniciativa, partiram para cima e foram recompensadas logo aos sete minutos. Após boa jogada pela esquerda, Alex Morgan cruzou na medida e Lloyd cabeceou com força: 1 a 0.

O gol americano, porém, não desanimou as japonesas, que passaram a ter o controle do jogo. Sawa e Ogimi entraram em ação e, juntas, criaram as melhores chances do Japão, mas esbarraram na “muralha” Hope Sole. Em grande noite, a goleira-musa foi a principal responsável pelos EUA irem para o intervalo com a vantagem no placar.

Musa salva

Primeiro, Sawa descolou lindo passe em profundidade para Kawasumi, que bateu na saída de Solo. Rampone salvou quase em cima da linha. Na sobra, Ogimi chutou à queima-roupa, mas Solo se jogou e fiz linda defesa.

Hope Solo, EUA x Japão, Futebol Masculino (Foto: Agência Reuters)Hope Solo fez três grandes defesas e conquistou sua terceira medalha de ouro (Foto: Agência Reuters)

Mal deu tempo de as americanas respirarem, e a dupla japonesa voltou a aprontar. Desta vez, Sawa cruzou para Ogimi livre na área. A atacante cabeceou forte, mas Solo se esticou toda e conseguiu espalmar. A bola explodiu no travessão, e Ogimi chutou o rebote para fora. O Japão voltou a esbarrar na trave logo em seguida. Aos 33, Miyama chutou de primeira da entrada da área e carimbou o poste.
Apesar do claro domínio japonês, os EUA quase ampliaram, por acaso. Após cruzamento, Iwashimizu tentou cortar de cabeça, mas mandou na própria trave e, por pouco, não marcou contra.
Lloyd amplia, e Solo brilha

Um golpe rápido e preciso. Com a mesma estratégia da primeira etapa, os EUA chegaram rapidamente ao gol no início do segundo tempo. Logo aos oito, Lloyd arrancou um pouco depois do meio de campo, deixou para trás duas japonesas e bateu da entrada da área: 2 a 0 e ouro bem encaminhado.
Se não se abateu com o primeiro gol americano, o Japão sentiu o golpe no segundo. Visivelmente nervosas, as japonesas passaram a errar passes fáceis, ao mesmo tempo em que ficaram bastante vulneráveis na defesa, cedendo espaços para os contra-ataques americanos.

Um lance confuso, no entanto, deu novo ânimo às atuais campeãs mundiais. Após bate-rebate na área, a bola sobrou limpa para Ogimi, que mandou para o fundo da rede. O gol animou o Japão, mas não o suficiente para superar Hope Solo. Naquele que pode ter sido o lance de ouro, a goleira voou, a sete minutos do apito final, para defender um chute de Tanaka e garantir seu terceiro título olímpico e o quarto dos EUA.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/rainhas-do-futebol-eua-vencem-o-japao-e-conquistam-o-tetra-olimpico.html

Brasileiras estão na final do revezamento 4x100m


Ana Cláudia Silva, Franciela Krasucki, Evelyn Carolina e Rosângela Santos fazem o sexto melhor tempo geral, com quebra de recorde sul-americano

Por GLOBOESPORTE.COM Londres, Inglaterra

Com direito a quebra de recorde sul-americano, o Brasil passou à final do revezamento 4x100m. A equipe - formada por Ana Cláudia Silva, Franciela Krasucki, Evelyn Carolina e Rosângela Santos - terminou em quarto lugar na primeira das duas baterias eliminatórias, com o tempo de 42s55, que garantiu a sexta vaga para a briga por medalha, nesta sexta-feira, às 16h40m (de Brasília).

Sem contar com as estrelas Carmelita Jeter e Alyson Felix, os Estados Unidos venceram a bateria na qual o quarteto brasileiro competiu. As americanas fecharam a prova com tempo de 41s64, seguidas por Trinidad e Tobago (42s31) e Holanda (42s45), ambas equipes batendo seus recordes nacionais.

Revezamento feminino 4x100 Rosangela Santos e Evelyn Dos Santos  (Foto: EFE)Rosangela Santos e Evelyn Dos Santos pelo Brasil no revezamento 4x100m (Foto: EFE)

Como não conseguiram a classificação direta para a final, as brasileiras tiveram que aguardar os resultados da série seguinte para saber se avançariam com uma das duas últimas vagas restantes. A segunda prova foi vencida pelas ucranianas, com 42s36, seguidas pelo time da Jamaica (42s37) e as alemãs (42s69). Na comparação dos tempos, as brasileiras se classificaram com o sexto melhor tempo e as nigerianas fecharam a lista da final com o tempo de 42s74.

- Chegar a uma final olímpica não é para qualquer um. Estou no céu - disse Franciela Krasucki, que abriu o revezamento para o Brasil, em entrevista ao SporTV.

Das quatro atletas brasileiras, apenas Franciela ainda não havia entrado na pista do Estádio Olímpico. Ana Cláudia participou das preliminares dos 200m, e Rosângela Santos e Evelyn Carolina passaram para as semifinais dos 100m e dos 200 m, respectivamente. As duas quebraram seus recordes pessoais nas provas, com 11s17 de Rosângela e 22s82 de Evelyn.
Em Pequim 2008, a equipe brasileira, formada por Lucimar Moura, Rosemar Coelho Neto, Thaíssa Presti e Rosângela Santos, foi à final do revezamento 4x100m e terminou em quarto lugar, ficando a dez centésimos da medalha de bronze. No Mundial de Daegu 2011, o Brasil terminou em oitavo lugar e bateu o recorde sul-americano nas semifinais, com 42s92.
A final do revezamento 4x100m será nesta sexta-feira, às 16h40m (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV e em Tempo Real pelo GLOBOESPORTE.COM.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/brasileiras-estao-na-final-do-revezamento-4x100m.html

Botafogo tem encontro de uruguaios em treino no Engenhão


Meia Lodeiro participa de coletivo com time de juniores, que conta com o seu compatriota Tellechea, de 19 anos, contratado recentemente pelo clube

Por Thales Soares Rio de Janeiro

lodeiro, treino do Botafogo (Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)Lodeiro em ação no treino do Botafogo
(Foto: Thales Soares / Globoesporte.com)

O treinamento do Botafogo nesta quinta-feira, no campo anexo do Engenhão, reservou um encontro entre uruguaios. Nicolás Lodeiro participou de seu primeiro coletivo no clube numa atividade com os juniores, que conta com o seu compatriota Matías Tellechea, de 19 anos, contratado recentemente pelo Alvinegro, que foi revelado pelo Cerro Largo, do Uruguai. Quem também esteve presente no treinamento foi o volante Amaral, outro recém-contratado.

Lodeiro deve fazer sua estreia pelo Botafogo neste domingo, contra a Portuguesa, no Canindé, pelo Campeonato Brasileiro. O jogador chegou a ficar concentrado com o time antes da derrota por 2 a 1 para o Palmeiras, quarta-feira, no Engenhão, mas apenas para se ambientar.

Já Tellechea participou do treinamento junto com o grupo que disputará a Taça BH de Juniores, que começa no dia 15 de agosto. O Botafogo está no Grupo C da competição, com Corinthians, Bahia, Paysandu, Palmeirense-MG e Ouro Preto-MG.

No time que vai disputar a Taça BH, o Botafogo deve contar com a presença de Vitinho e Sassá, que desceram dos profissionais para os juniores. Vitinho está inscrito pelo clube entre os 25 jogadores da Copa Sul-Americana.


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/botafogo-tem-encontro-de-uruguaios-em-treino-no-engenhao.html

Rafael Marques sofre sob a sombra de Loco Abreu no Botafogo


Em seu começo no clube, atacante chega a sete jogos com o time sem fazer gols. Com ele em campo, companheiros também não balançam a rede

Por Thales Soares Rio de Janeiro

Rafael Marques, Botafogo x Figueirense (Foto: Wagner Meier / AGIF)Rafael Marques em campo, placar em branco
(Foto: Wagner Meier / AGIF)

Rafael Marques disputou contra o Palmeiras seu sétimo jogo com a camisa do Botafogo, três deles como titular, mas ainda não conseguiu comemorar um gol jogando. Com ele em campo, o time ainda balançou a rede. Sua participação vem sendo acompanhada dos gritos por Loco Abreu, emprestado pelo clube ao Figueirense antes da chegada do atacante, que defendia o Omiya Ardija, do Japão, e foi uma indicação do técnico Oswaldo de Oliveira.

Na derrota para o Palmeiras, quando foi chamado por Oswaldo, já precisou ouvir vaias, gritos de burro direcionados ao treinador e a manifestação a favor de Loco, que deixou o clube dizendo não se encaixar no sistema de Oswaldo. Enquanto isso, o uruguaio perdia para o Flamengo e provoca a torcida do antigo rival beijando o escudo do Botafogo, que carrega em uma camisa que usa por baixo do uniforme.

Para defender Rafael Marques, até Seedorf se manifestou, pedindo o apoio dos torcedores ao companheiro, pois não adiantaria gritar por Loco, que agora defende outro clube. Oswaldo já fez o mesmo, mas a arquibancada do Engenhão manteve o comportamento dos outros jogos.

Números de Rafael Marques
7 jogos
237 minutos
6 finalizações
7 faltas recebidas
8 passes errados
2 impedimentos

- O Rafael ainda vai evoluir. É preciso trabalhar para se adaptar. Fazer trocas com o campeonato em andamento é muito difícil. Algumas aconteceram além da nossa expectativa e para isso é preciso tempo de treinamento, o que não acontece. Os jogadores estão procurando se estabelcer e se esforçam muito. Com o passar do tempo e dos jogos vamos crescer - explicou Oswaldo.

No total, Rafael Marques jogou 237 minutos. Nesse tempo, conseguiu finalizar seis vezes, sendo três em sua estreia no empate em 0 a 0 com o Santos, na Vila Belmiro, quando ficou mais tempo em campo (87 minutos). Na derrota por 1 a 0 para o Vasco, entrou apenas nos cinco minutos finais, quando não preencheu qualquer item estatístico.

O próximo jogo do Botafogo é contra a Portuguesa, domingo, no Canindé. Oswaldo ainda vai estudar a melhor escalação para o confronto, e Rafael Marques segue sendo considerado por ele um jogador importante, que ainda dará frutos ao clube. O jogador, de 29 anos, tem contrato até 31 de dezembro de 2015.

Clique e assista a vídeos do Botafogo

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/rafael-marques-sofre-sob-sombra-de-loco-abreu-no-botafogo.html

Londres, dia 13: quando detalhes são coisas muito grandes para esquecer


Brasil perde ouro no vôlei de praia e deixa de ganhar medalha no taekwondo por detalhes. Bolt vence mais uma e avisa: ‘Sou uma lenda’

Por Alexandre Alliatti Rio de Janeiro

Alison e Emanuel medalha de prata vôlei de praia olimpíadas 2012 (Foto: Reuters)Alison e Emanuel exibem medalha de prata em
Londres (Foto: Reuters)

Detalhes tão pequenos, avisou Roberto Carlos (o cantor, não o ex-lateral-esquerdo), são coisas muito grandes para esquecer. Ô, se são. A matemática, essa traiçoeira, gosta de mostrar seu valor em Olimpíadas: um pedaço de centímetro aqui, uma fatia de segundo ali, uma bobagenzinha de nada acolá. E assim, num piscar de olhos, lá se vai uma medalha. Que o diga o brasileiro Diogo Silva, quarto colocado no taekwondo. Que o digam Alison e Emanuel, medalha de prata no vôlei de praia.

Há detalhes que valem quatro anos. Para o bem e para o mal. Nesta quinta-feira, foi para o mal – pensando no nosso umbigo brasileiro, claro. Pequenos detalhes tiraram Diogo Silva primeiro da final, depois do pódio. Pequenos detalhes transformaram em prata o ouro que parecia reluzir para Alison e Emanuel. Quase.

Mas também há detalhes que são grandes demais para esconder. Usain Bolt voltou a ganhar. Com tempo de sobra. Já era bicampeão nos 100m, e agora é nos 200m. E a seleção feminina de vôlei também escancarou superioridade. Encontrou espaço para dar, vender e emprestar na quadra adversária: 3 sets a 0 sobre o Japão e vaga na final.

Bolt, 200 m (Foto: Agência Reuters)Bolt pede silêncio no instante em que cruza linha de chegada dos 200m (Foto: Agência Reuters)

Por segundos

Diogo Silva golpe final Jogos de Londres (Foto: Alberto Pizzoli/AFP)No último segundo, Diogo Silva leva golpe de
americano e perde bronze (Foto: Alberto Pizzoli/AFP)

Nos três minutos de cada round, um segundo pode valer uma eternidade. Diogo Silva dorme nesta quinta-feira sabendo disso melhor do que ninguém. Ao chegar às semifinais do taekwondo e encarar o iraniano Mohammed Bagheri Motamed, vice-campeão mundial, ele teve que congelar os ponteiros para, nos instantes finais, faltando três segundos, encaixar um golpe surreal, coisa de filme de artes marciais, e empatar a batalha em 5 a 5 – ele perdia por 5 a 1, e o golpe rodado na cabeça do adversário valeu quatro pontos. Foi por muito pouco, no detalhe, que ele conseguiu levar a disputa ao golden score, uma espécie de prorrogação.

Nela, os detalhes voltaram a prevalecer. Nenhum dos atletas pontuou. A decisão caiu no colo da subjetividade dos árbitros. Eles teriam que analisar os prós e contras de cada um e indicar quem merecia vaga na final. E optaram pelo iraniano. Uma injustiça, na visão do brasileiro, que adotou uma espécie de protesto sócio-político para questionar a decisão.

- O Irã dá até petróleo para ele (Motamed). Estamos falando de astro, como Kobe Bryant, LeBron James. Toda fonte de recursos de lá vai para o taekwondo. Lutei contra o Neymar, praticamente. Foi o árbitro que tomou a decisão. Não perdi a luta. Numa semifinal de Jogos Olímpicos, seria melhor o árbitro rever, analisar melhor e não tomar a decisão com emoção. (…) Estamos falando de astros e operários. Eu sou operário. Ele tem investimento comparável a Michael Phelps, a LeBron James. Eu tenho investimento comparável a atleta de categoria de base. Talvez um dia poderemos competir de astro para astro.

Restou a luta pelo bronze para Diogo. E detalhes que sequer podem ser contados em um piscar de olhos foram decisivos. O brasileiro acertou um golpe no americano Terrence Jennings quando a luta se encaminhava para o final, novamente com empate. Era esperar o golden score mais uma vez. Ou não. Faltando menos de um segundo, o adversário atingiu a cabeça do paulista. 

Repitamos: faltava menos de um segundo. Foi no exato instante em que o cronômetro migrou do um para o zero. Naquele triz, Diogo perdeu a medalha.

Diogo silva disputa Bronze, taekwondo londres 2012 (Foto: Agência AFP)Brasileiro voa contra americano e consegue empate, mas perde por detalhe (Foto: Agência AFP)

Chateado, mas orgulhoso, o brasileiro encerrou sua participação com o quarto lugar. E com mais um desabafo.

- Eu tenho quase certeza de que o placar tinha zerado (antes do golpe final). Eu não vi a luta em câmera lenta, mas eu tenho certeza que o placar tinha zerado. Os pontos só podem ser dados ao final do primeiro e do segundo round, é uma regra mundial. Eles mudaram só para os Jogos Olímpicos. Eu acho que você tem que ter poder político. Nosso esporte não tem poder político. As decisões são tomadas por membros do comitê internacional e pela federação internacional. O Brasil não tem nenhuma pessoa lá, não temos nenhum árbitro internacional, nenhum manager – disse ele ao SporTV.

O ouro ficou com o turco Servet Tazeguil. Mohammed Bagheri Motamed levou a prata.
Por centímetros

Alison e Emanuel vôlei de praia olimpíadas 2012 (Foto: Getty Images)Alison e Emanuel não conseguem superar força
da dupla alemã (Foto: Getty Images)

Alguém teria que vencer. E vencer por detalhes, por muito pouco, por centímetros. Alison e Emanuel deram provas, ao longo dos Jogos, de que eram uma dupla muito, muito, muito forte. Mas os alemães Brink e Reckermann, campeões mundiais em 2009, ofereceram os mesmos avisos. Por exemplo: eliminaram Ricardo e Pedro Cunha nas quartas de final.

Foi tão equilibrado quanto poderia ser. No primeiro set, vitória dos alemães – 23/21; no segundo, troco dos brasileiros – 21/16. Tie-break. E um sofrimento danado…

Alison e Emanuel começaram melhor o set final. Mas os adversários reagiram. E abriram vantagem. Tudo parecia perdido quando eles alcançaram 14 a 11. Mas a dupla brasileira salvou o primeiro match-point. E o segundo. E o terceiro. Incrível: 14 a 14.

Quando bateu o otimismo, veio a queda. Os dois pontos seguintes foram dos alemães. O último foi um ataque para fora de Emanuel. Por centímetros. Por detalhes. Enquanto os alemães comemoravam, eufóricos, os brasileiros olhavam para a marca da bola na areia, alegando que tinha sido dentro. Mas não foi. Por alguns grãos, não foi.
Por uma eternidade

Bolt 200m máquina fotográfica (Foto: Reuters)Bolt pega máquina de fotógrafo e faz imagens de
Blake após ganhar outro ouro (Foto: Reuters)

Usain Bolt sobra. Mesmo nesta quinta-feira, quando mais pareceu ameaçado, o jamaicano teve tempo de brincar. Cruzou a linha dos 200m com o indicador na frente da boca, como se pedisse silêncio ao estádio. É a quinta medalha olímpica dele: duas nos 100m, duas nos 200m, outra nos 4x100m.
Bolt é o primeiro homem na história a conquistar dois títulos seguidos nos 100m e nos 200m. Não ter quebrado os recordes mundial e olímpico não é grande problema: as marcas anteriores são dele mesmo. O fenômeno venceu com 19s32. E viu dois compatriotas chegarem pouco depois dele. Seu maior concorrente, Yohan Blake, ficou com a prata, com 19s44. Warren Weir foi bronze, com 19s84.
No sábado, Bolt buscará seu sexto ouro – o terceiro em Londres. Mas a vitória nos 4x100m será apenas enfeite. Ele já conseguiu o que queria, como disse depois de fazer flexões, brincar com o público e tirar fotos de Blake com uma máquina tomada emprestada de um jornalista:

- Agora eu sou uma lenda.

Por uma imensidão

Vôlei Feminino, Brasil x Japão (Foto: Agência Reuters)Brasil faz grande partida e supera Japão por 3 a 0
(Foto: Agência Reuters)

É bem verdade que a vitória histórica sobre a Rússia nas quartas de final, depois de salvar seis match-points, havia dado moral às brasileiras. Mas soaria otimismo exagerado esperar uma vitória tão fácil sobre o Japão. Sheilla, Jaqueline, Dani Lins e sua turma passearam nas semifinais: 3 sets a 0.

Venceram por uma imensidão. As parciais escancaram a superioridade: 25/18, 25/15, 25/18. Fabiana e Sheilla foram as maiores pontuadoras da partida – 13 cada, seguidas por Thaisa, com 12, quatro deles de bloqueio.

A final será sábado. E contra o osso mais duro de roer. Os Estados Unidos chegaram lá ao fazer 3 sets a 0 na Coreia do Sul – parciais de 25/20, 25/22 e 25/22. Hooker, a craque do time, fez 24 pontos. Quase um set inteiro…
Resultados dos brasileiros

poliana okimoto maratona aquática londres 2012 (Foto: Satiro Sodré / Agif)Poliana Okimoto tem hipotermia e não completa prova da maratona aquática (Foto: Satiro Sodré / Agif)

Poliana Okimoto chegou a Londres como candidata a figurar no pódio da maratona aquática. Mas parou em uma adversária sempre temida por ela: a hipotermia (quando a temperatura do corpo fica abaixo de 35 graus). Na quinta das seis voltas, a brasileira desistiu. Ao sair do lago, a atleta teve um desmaio e foi levada de cadeira de rodas para o centro médico. Ela passa bem.
No atletismo, o Brasil avançou à final dos 4x100m para mulheres. A equipe verde-amarela, formada por Ana Cláudia Silva, Franciela Krasucki, Evelyn Carolina e Rosângela Santos, terminou em quarto na primeira bateria e avançou para a decisão com o sexto melhor tempo do dia - 42s55. As mais rápidas foram as americanas, com 41s64.

No decatlo, Luiz Alberto de Araújo não teve bom desempenho nas três provas que disputou na manhã desta quinta-feira e caiu para a 17ª colocação geral. Ao fim do dia, perdeu mais um pouco de espaço e encerrou sua participação em 19º. O ouro foi para o americano Ashton Eaton.
O dia também apresentou brasileiros na canoagem. Erlon Silva e Ronilson Oliveira disputaram a final B da categoria C2 (canoa para duas pessoas) de 1.000m, ficaram em segundo e, assim, fecharam sua participação nos Jogos de Londres com a décima colocação.
O país do futebol (feminino)

Carli Lloyd, EUA x Japão, Futebol Masculino (Foto: Agência Reuters)Carli Lloyd faz dois gols e dá medalha de ouro aos
EUA no futebol (Foto: Agência Reuters)

Os Estados Unidos são o país do futebol. Do futebol feminino. As americanas conquistaram nesta quinta-feira seu quarto título olímpico, o terceiro consecutivo. Elas garantiram o ouro ao bater o Japão por 2 a 1. A camisa 10 Lloyd fez os dois gols da conquista. Ogimi descontou. O bronze ficou com o Canadá.

A potência olímpica também está na final do basquete feminino. Favoritas ao título, as americanas bateram a Austrália por 86 a 73 e agora pegam a França, que fez 81 a 64 na Rússia. A decisão será no sábado.

No handebol, a Noruega, algoz do Brasil nas quartas de final, bateu a Coreia do Sul por 31 a 25 e garantiu vaga na final. As atuais campeãs olímpicas e mundiais defenderão seu reinado contra Montenegro, que bateu a Espanha por 27 a 26. O ouro será decidido no sábado.

atletismo Ofentse Mogawane áfrica do sul 4x400m londres 2012 (Foto: Agência Getty Images)Ofentse Mogawane é atendido após queda
(Foto: Agência Getty Images)

O atletismo, além do passeio de Bolt, teve dois momentos marcantes. No revezamento 4x400m, a África do Sul ganhou lugar na final graças ao tapetão. A equipe africana havia sido eliminada na classificatória, por causa de um tropeço de Ofentse Mogawane. Ele deixou o bastão cair e não teve como passá-lo para Oscar Pistorius, o atleta que corre com próteses. Mas os sul-africanos entraram com recurso, e foi observado que Mogawane caiu porque foi empurrado pelo queniano Vincent Kiliu. Com isso, a final da prova, nesta sexta-feira, terá nove equipes.

Nos 800m, o queniano David Rudisha se superou. Com 1m40s91, conquistou o ouro e bateu sua marca anterior, o ex-recorde mundial, que era de 1m41s01. Campeão do mundo nos 800m, o atleta de 23 anos é filho de Daniel Rudisha, um corredor de 400m que levou a medalha de prata nos Jogos de 1968, na Cidade do México.

Foi um ouro batizado por um padre. Rudisha despertou a atenção do religioso irlandês Colm O´Connell quando tinha 14 anos e participava de uma competição escolar de 200m. O garoto, saído de uma tribo em que as pessoas vivem em pequenas cabanas feitas de esterco de vaca e estacas de madeira, foi convidado pelo padre a participar de um treinamento especial em um dos 120 campings criados por ele no Quênia. Não poderia ter dado mais certo.

David Rudisha cravou 1m40s91 e bateu o próprio recorde (Foto: Reuters)David Rudisha crava 1m40s91 e bate o próprio recorde em Londres (Foto: Reuters)

Ainda em recuperação, Rafael Nadal fica fora também de Cincinnati


Ex-número 1 do mundo não disputa torneios desde o revés em Wimbledon

Por GLOBOESPORTE.COM Cincinnati, EUA

Uma semana depois de anunciar sua desistência do Masters 1.000 de Toronto, Rafael Nadal deu outra notícia ruim a seus fãs. Ainda sem estar 100% recuperado da tendinite nos joelhos, o tenista espanhol avisou que não disputará o Masters 1.000 de Cincinnati, que tem seu início marcado para a próxima segunda-feira.

"Olá a todos. Uma nova mensagem para anunciar algo que não me faz feliz. Infelizmente, não vou competir em Cincinnati na semana que vem. Ainda não estou pronto para jogar. Tenho muitos fãs em Cincy e guardo momentos inesquecíveis, como o de 2008. Vou continuar minha recuperação e treinar. Obrigado!", escreveu Nadal em sua página no Facebook.

Em 2008, Nadal venceu 32 partidas seguidas no circuito mundial e, ao alcançar as semifinais do Masters de Cincinnati, garantiu sua chegada ao posto de número 1 do mundo. O espanhol no entanto, não foi campeão naquele ano. Ele foi derrotado nas semifinais por Novak Djokovic.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/masters-1000/noticia/2012/08/ainda-em-recuperacao-rafael-nadal-fica-fora-tambem-de-cincinnati.html

Tommy Haas bate David Nalbandian e encara Gilles Simon na 2ª rodada


Alemão supera argentino em 2h22m e avança. Canadense Milos Raonic estreia com vitória sobre Viktor Troicki e pode ter Andy Murray pela frente

Por SporTV.com Toronto, Canadá

Se fosse quase uma década atrás, o duelo entre Tommy Haas e David Nalbandian atrairia a atenção do público assim como fazem hoje Roger Federer, Novak Djokovic, Rafael Nadal e Andy Murray. No entanto, o tempo passou para os dois, que não são mais o segundo e o terceiro melhores tenistas do mundo, melhores colocações que já alcançaram no ranking da ATP. Nesta terça-feira, eles protagonizaram uma disputada partida de 2h22m pela primeira rodada do Masters 1.000 de Toronto, que terminou com vitória do alemão sobre o argentino, por 2 sets a 1.

Tênista Tommy Haas (Foto: Agência Reuters)O veterano Tommy Haas rebate a bola durante a vitória sobre David Nalbandian (Foto: Agência Reuters)

Aos 34 anos e atual número 25 do mundo, Haas começou se impondo em quadra e venceu o primeiro set com facilidade por 6/2. Nalbandian, que tem 30 anos e atualmente é o 38º do ranking, recuperou-se no segundo e, após o empate em 6/6, venceu o disputadíssimo tie-break por 13/11. No terceiro e decisivo set, Haas não se deixou abater e fez 6/3. Com o triunfo, o alemão se classificou para enfrentar o francês Gilles Simon na segunda rodada.

Atleta da casa, o canadense Milos Raonic contou com o apoio da torcida para derrotar o sérvio Viktor Troicki por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 6/4. Ele vai enfrentar na terceira rodada o vencedor de Andy Murray x Flavio Cipolla, que ocorre nesta quarta-feira. Além de Murray, os outros astros do torneio também vão à quadra somente nesta quarta, pela segunda rodada: Novak Djokovic estreia contra Bernard Tomic; e o francês Jo-Wilfried Tsonga pega o compatriota Jeremy Chardy.

Outros resultados de terça-feira:
J. Monaco 2x0 V.Pospisil - 7/5 e 6/4*
M. Fish 2x0 M. Ebden - 6/2 e 6/0*
S. Querrey 2x0 J. Melzer - 6/3 e 6/2
R. Stepanek 2x0 A. Dolgopolov - 6/3 e 6/1
M. Granollers 2x1 S. Stakhovsky - 4/6, 6/4 e 6/3
M. Youzhny 2x0 K. Anderson - 6/1 e 7/6(3)
M. Kukushkin 2x0 F. Dancevic - 6/3 e 7/5
J. Benneteau 2x0 W.Odesnik - 6/4 e 6/4
F. Fognini 2x1 Y. Lu - 7/6(7), 5/7 e 7/6(5)


* Confrontos válidos pela segunda rodada. Os demais foram pela primeira.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/masters-1000/noticia/2012/08/tommy-haas-bate-david-nalbandian-e-encara-gilles-simon-na-2-rodada.html


Cachorros de Murray usam medalhas e tiram onda postando foto no Twitter


Maggie May, que tem conta no microblog, e Rusty ganham fama mundial

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

Um dia depois de conquistar o ouro em simples e a prata nas duplas mistas das Olimpíadas de Londres 2012, Andy Murray deu as medalhas para seus cachorros, Maggie May e Rusty, um casal de border terriers que o tenista divide com a namorada, Kim Sears.

Maggie May cachorro Andy Murray medalhas (Foto: Reprodução de Twitter)
Maggie May, que tem até conta no Twitter e mais de nove mil seguidores, "postou" a foto tirada ao lado de Rusty, que ficou com a medalha de prata. A cadela até fez piada: "Só conferindo para garantir que Rusty com certeza ficou com a prata, obviamente".

Maggie May cachorro Andy Murray medalhas (Foto: Reprodução de Twitter)
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FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/cachorros-de-murray-usam-medalhas-e-tiram-onda-postando-foto-no-twitter.html

Com infecção estomacal, Sharapova desiste de disputar WTA de Montreal


Número 2 do mundo, russa afirma que contraiu infecção em Londres, onde foi medalha de prata nos Jogos Olímpicos. Voskoboeva entra em seu lugar

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

Maria Sharapova tênis Wimbledon Londres 2012 2r (Foto: Reuters)Sharapova ficou com a prata em Londres após ser
derrotada por Serena Williams  (Foto: Reuters)

Medalha de prata nos Jogos Olímpicos de Londres, Maria Sharapova já se encontrava no Canadá para a disputa do WTA de Montreal. No entanto, a russa informou, nesta quarta-feira, que não participará mais da competição em razão de um vírus estomacal que contraiu na Inglaterra. Com a desistência da número 2 do mundo, a liderança do ranking está garantida para Victoria Azarenka na próxima semana.

Sharapova havia dito na última terça que gostaria de fazer uma boa campanha em Montreal para superar a decepção com a derrota para Serena Williams na final olímpica por 6/0 e 6/1. Porém, na manhã de quarta, não se sentiu bem e cancelou o treino. Ela estrearia na competição na quinta. Quem ocupará o lugar da russa será a cazaque Galina Voskoboeva, que havia sido derrotada na última rodada do qualificatório. A “sortuda”, número 57 do mundo, estreará direto na segunda rodada contra a vencedora do duelo entre a norte-americana Christina McHale e a holandesa Arantxa Rus. O torneio distribuiu US$ 2.168.400 em prêmios.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/08/com-infeccao-estomacal-sharapova-desiste-de-disputar-wta-de-montreal.html

Em dia desastroso, Ivanovic leva bicicleta e dá adeus em Montreal


Italiana Roberta Vinci elimina ex-número 1 do mundo em apenas 44 minutos

Por GLOBOESPORTE.COM Montreal

Ana Ivanovic tênis Montreal  (Foto: AP)Ana Ivanovic deixou a quadra desolada  (Foto: AP)

Durou apenas 44 minutos o sofrimento de Ana Ivanovic nesta quinta-feira, no WTA de Montreal. Em um dia péssimo e cometendo muitos erros, a ex-número 1 do mundo jamais se encontrou em quadra e teve de deixar o torneio de bicicleta (6/0 e 6/0). Sem perder nenhum game, a italiana Roberta Vinci, 28ª do ranking, avançou às oitavas de final.

Ao fim do duelo, Ivanovic computava 33 erros não forçados. Sem conseguir sequer confirmar seu serviço, a sérvia venceu, ao todo, 21 pontos - contra 52 da adversária.
- Ela não teve um bom dia, mas eu joguei muito bem, não errei nada. Acertei todas as bolas. A quadra é tão rápida e não é fácil jogar aqui. Acho que hoje foi o meu dia - disse Vinci após o duelo.

A próxima oponente da italiana será a vencedora do jogo entre a alemã Angelique Kerber, cabeça de chave número 6, e a russa Ekaterina Makarova.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2012/08/em-dia-desastroso-ivanovic-leva-bicicleta-e-da-adeus-em-montreal.html

Dores no joelho tiram Andy Murray do Masters 1.000 de Toronto


Por WO, canadense Milos Raonic avança às quartas de final no Canadá

Por SporTV.com Toronto, Canadá

Andy Murray tênis Montreal 2r (Foto: Getty Images)Andy Murray sentiu dores na vitória sobre o italiano
Flavio Cipolla em Toronto (Foto: Getty Images)

Três dias depois de conquistar duas medalhas olímpicas nos Jogos de Londres 2012, Andy Murray já estava em outro continente, disputando uma partida em outro tipo de piso. A sequência de jogos provocou dores no joelho esquerdo do tenista britânico, que se viu forçado a abandonar o Masters 1.000 de Toronto, no Canadá. O número 4 do mundo fez o anúncio nesta quinta-feira.
Em entrevista coletiva, Murray explicou que começou a sentir dores nesta quarta, durante a partida contra o italiano Flavio Cipolla. O escocês afirmou também que voltará às quadras na próxima semana, no Masters 1.000 de Cincinnati.

O maior beneficiado com a desistência de Murray foi o canadense Milos Raonic, 24º do ranking. Por WO, o tenista da casa avança às quartas de final para enfrentar o vencedor do jogo entre o americano John Isner e o alemão Philipp Kohlschreiber.

FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/masters-1000/noticia/2012/08/dores-no-joelho-tiram-andy-murray-do-masters-1000-de-toronto.html

Após prever medalhas, pai de irmãos Falcão diz: 'Pelo menos um ouro virá'


De origem humilde, ex-lutador, hoje com 75 anos, revela que os irmãos Yamaguchi (até 81kg) e Esquiva Falcão (até 75kg) até passaram fome

Por Bruno Marques e Sidney Magno Novo Serra, ES

Julio la Cruz Peraza e Yamaguchi Falcao Florentino, Brasil x Cuba, Boxe (Foto: Agência Reuters)Capixaba derrotou o cubano e garantiu pelo menos
a medalha de bronze (Foto: Agência Reuters)

A vitória de Yamaguchi Falcão (até 81kg) sobre o cubano Júlio La Cruz Peraza por 18 a 15 nesta quarta-feira, pelas quartas de final de Londres 2012, não foi especial apenas porque ajudou a consolidar a quebra do tabu de 44 anos do boxe brasileiro sem medalhas em Olimpíadas. Tampouco porque seu irmão, Esquiva Falcão (até 75kg), também já garantiu no mínimo o bronze - ambos lutam suas semifinais na próxima sexta-feira. Ter dois irmãos medalhistas é fato raro e curioso também. Mas a conquista ganha ainda mais peso pela trajetória de vida dos dois.

Quem chega na casa da família Falcão no bairro de Jacaraípe, Serra, município da Grande Vitória, mal pode crer que dali sairiam dois medalhistas olímpicos. No fundo de um enorme terreno baldio, a moradia sem acabamento tem como vizinha apenas algumas árvores e um ringue improvisado, já cercado pelo mato, mas que ajudou a alimentar o sonho de quem um dia passou até fome. Não é vergonha. É verdade. A alegria de Touro Moreno, ex-lutador, hoje com 75 anos, é a de quem fez do boxe a única herança possível para seus filhos.

A pobreza, aliás, não ficou totalmente para trás. O telefone de Touro Moreno segue sendo público, um "orelhão" que fica a poucos metros da casa. E ele não parou de tocar nesta quarta. Do outro lado da linha, um orgulhoso senhor de cabelos brancos que nos seus áureos tempos de pugilista e praticante de luta livre sempre foi "duro na queda", mas que dessa vez não resistiu e chorou.

- Chorei, chorei, não teve jeito. Infelizmente, nunca pude dar luxo nenhum a eles. Eu sei todas as dificuldades que eu e os meninos passamos na vida. Mas há dez anos, durante uma entrevista, eu falei que eles ganhariam uma medalha olímpica. A minha lavoura nunca foi de arroz e nem de café, mas sim de filhos. E hoje estamos colhendo os frutos de anos de trabalho e de muitos obstáculos na vida. Para mim, só de vê-los nas Olimpíadas já fiquei satisfeito. Mas agora quero ver quem vai tirar essas medalhas deles. Pelo menos um ouro virá - prevê Touro, pai de 18 filhos, sendo 11 deles com Maria Olinda Falcão, mãe de Yamaguchi e sua terceira esposa.

Yamaguchi e Esquiva Falcão com seus pais e irmãos (Foto: Bruno Marques/Globoesporte.com)Yamaguchi (à esq.) e Esquiva com seus pais e
irmãos (Foto: Bruno Marques/Globoesporte.com)

A prole grandiosa, aliás, deve render mais pugilistas ao Brasil. Além de Yamaguchi, de 24 anos, e Esquiva, de 22, Estivan, de 16, e Thomaz Edson, de 20, já lutam. Nesta quarta, após vencer, Yamaguchi fez um "L" com os dedos, em homenagem a Luciano, irmão de 13 anos, mais um, inclusive, em quem Touro aposta para brilhar nos ringues no futuro.

- Fiz a homenagem ao Luciano. Ele me pediu, porque estava engasgado da final dos Jogos Pan-Americanos de 2011 (quando Yamaguchi foi derrotado na final justamente pelo cubano Júlio La Cruz, adversário batido nesta quarta-feira) - revela Yamaguchi.
Touro deu dicas sobre o cubano

A derrota no Pan de Guadalajara, aliás, serviu de lição. La Cruz é o atual campeão mundial e era um dos principais favoritos em Londres. Yamaguchi estudou muito o adversário nos últimos meses. Até Touro estudou e deu dicas ao filho, como ele próprio conta.

- Cuba tem grandes boxeadores. Era uma luta dura. Mas Yamaguchi anulou o cubano. Eu falei com Yamaguchi que era importante abrir vantagem no placar. Quem abrisse um ponto venceria a luta. Porque os dois gostam de lutar com o adversário vindo para cima. Yamaguchi estava preparado. Ele aprendeu a lutar contra o cubano. Agora, cada um tem duas vitórias. Mas Yamaguchi está na semifinal olímpica. O que passa na minha cabeça agora, com tudo o que passamos, não tenho nem como explicar - completa Touro.

O "pior" é que ainda tem mais emoção pela frente nestas Olimpíadas. A sexta-feira promete. Pela manhã, Esquiva Falcão encara o britânico Anthony Ogogo, às 11h (de Brasília-DF). Mais tarde, às 18h, Yamaguchi enfrenta o russo Egor Mekhontcev.

Touro Moreno e a sua filha Deusa torcendo pelo capixaba Esquiva (Foto: Sidney Magno Novo/Globoesporte.com)Touro Moreno e a sua filha Deusa torcendo pelos capixabas (Foto: Sidney Magno Novo/Globoesporte.com)

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Alison e Emanuel perdem para dupla da Alemanha e conquistam a prata


Em jogo emocionante até o fim, Brink e Reckermann, campeões mundiais em 2009, derrotam brasileiros, que ganharam o Mundial em 2011, por 2 a 1

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

O sonho do ouro olímpico chegou ao fim para Alison e Emanuel. Em jogo equilibrado e emocionante até o último ponto, os alemães Brink e Reckermann, campeões mundiais em 2009, venceram os brasileiros, campeões mundiais em 2011, por 2 sets a 1 (23/21, 16/21 e 16/14), nesta quinta-feira, na Arena do Vôlei de Praia, e subiram ao lugar mais alto do pódio das Olimpíadas de Londres. A prata completa a coleção de cores de medalhas de Emanuel, de 39 anos, que disputou todos os torneios da modalidade em Jogos Olímpicos, desde Atlanta 1996. Ao lado de Ricardo, ele conquistou o ouro em Atenas 2004 e o bronze em Pequim 2008. Desta vez, ele atuou com Alison, de 27 anos, que considera Emanuel seu ídolo e decidiu trocar o vôlei de quadra pelo de praia quando viu o agora parceiro conquistar o título olímpico há oito anos.

Na preliminar, os letões Plavins e Smedins derrotaram os holandeses Nummerdor e Schuil por 2 sets a 1 (19/21, 21/19 e 15/11) e levaram o bronze.

Estreante em Olimpíadas, Alison se emocionou no momento em que subiu ao pódio.
- Quando eu estava ali, um filme passou pela minha cabeça, tudo que eu passei até chegar aqui e a superação da minha carreira. Eu não imagnava ganhar uma medalha olímpica e jogar ao lado desse monstro que é o Emanuel, um cara com quem eu aprendo todos os dias - disse o maior bloqueador do torneio olímpico, com 41 pontos no fundamento em sete partidas.

Alison e Emanuel vôlei de praia olimpíadas 2012 (Foto: Getty Images)Alison se estica para bloquear a bola de Brink na final do vôlei de praia (Foto: Getty Images)

O jogo começou equilibrado, com as duas equipes cometendo poucos erros. Os brasileiros aliavam boas defesas a ataques no fundo de quadra, enquanto os alemães levavam perigo com uma estratégia de saques táticos. Depois de um mergulho de Emanuel na areia, Alison tocou na medida para o companheiro encher o braço: 7 a 7. Brink e Reckermann começaram a concentrar as jogadas em cima de Emanuel, e a pressão surtiu efeito. O time verde-amarelo passou a falhar no contra-ataque e, depois de três erros de saque, a Alemanha abriu uma vantagem de dois pontos: 13 a 11. Os bicampeões europeus administraram a diferença até a metade da parcial, quando os brasileiros empataram: 16 a 16. Alison estava muito bem no jogo, incansável nas defesas e virando todas as bolas. Na paralela do Mamute, o Brasil chegou a 20 a 19. Emanuel ainda teve a chance de fechar em uma largadinha, mas os alemães reagiram e fecharam a parcial em 23 a 21.
O Brasil entrou com um bom volume de jogo no segundo set e, numa cortada de Emanuel, abriu dois pontos de vantagem pela primeira vez na partida. Os alemães caíram de produção e deixaram de virar as bolas como no início. Sentindo a força do Mamute, os adversários passaram a forçar os saques em cima do gigante, mas ele não se intimidou. Depois de fazer uma boa defesa, ele mandou uma bomba para o outro lado da quadra e ampliou: 10 a 7. A partir de então, só deu Brasil. Emanuel passou a cometer menos erros e o Mamute comandou a rede. Os alemães ainda esboçaram uma reação, porém sentiram o nervosismo. Depois de um saque para fora de Reckermann, a dupla deu o segundo set de graça para o Brasil: 21 a 16.

No tie-break, Alison continuou dando show. Do alto de seus 2,03m, ele furou o bloqueio de Brink e soltou o braço para anotar o primeiro ponto. A disputa continuou acirrada, com as duas equipes trocando vantagens. Após falhas dos brasileiros em algumas defesas, os alemães assumiram a frente do placar: 7 a 5. Quando o placar marcava 14 a 11 para os europeus, os brasileiros encontraram forças para reagir de forma incrível, empatando a partida. Depois de um ataque certeiro de Reckermann, os alemães voltaram à frente e fecharam o jogo num ataque para fora de Emanuel: 16 a 14.

A vitória desta quinta-feira foi a quarta de Brink e Reckermann em nove confrontos com Alison e Emanuel. Eles formam a primeira dupla fora de Brasil e EUA a conquistar um ouro olímpico no vôlei de praia masculino.

A medalha de Alison e Emanuel é a 11ª do Brasil em cinco edições da modalidade nos Jogos Olímpicos. São duas de ouro, quatro de prata e cinco de bronze.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/em-jogo-duro-alison-e-emanuel-perdem-para-alemanha-e-conquistam-prata.html

Inalcançável: Bolt volta a vencer e consolida reinado nos 200m


Fenômeno ganha segundo ouro na prova em que também é campeão do mundo. Jamaica domina pódio, com prata para Blake e bronze para Weir

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

Bolt, (Foto: Agência Reuters)Bolt ganha seu quinto ouro olímpico e agora é
bicampeão nos 200m (Foto: Agência Reuters)

Em 100m, ninguém consegue alcançá-lo. Dobrar a distância também é inútil. Os 200m seguem sob o controle de Usain Bolt. O fenômeno jamaicano revalidou nesta quinta-feira o domínio da prova. Em 19s32, venceu novamente sem grandes sustos, dando pinta de fazer um esforço quase tão natural quanto caminhar.

A prata e o bronze ficaram com seus compatriotas. Yohan Blake foi quem mais conseguiu ameaçá-lo. Por alguns segundos, chegou a criar a expectativa de vitória. Mas chegou em segundo, com 19s44. Warren Weir foi o terceiro, com 19s84.

O vencedor cruzou a linha com o dedo na boca, como se pedisse silêncio. E passou a fazer flexões logo depois, para êxtase do público. Foi apenas o início do show que ele costuma protagonizar quase tão bem quanto corre. O jamaicano pegou a câmera de um fotógrafo e começou a fazer imagens de seus colegas. Blake fazia caras e bocas, como se fosse m

odelo. Em seguida, o trio de jamaicanos passou a circular pelo estádio, munido de bandeiras do país.

Bolt, 200 m (Foto: Agência Reuters)Bolt faz flexões logo depois de ganhar o ouro nos 200m em Londres (Foto: Agência Reuters)

Bolt pisou na pista do Estádio Olímpico de Londres como dono absoluto do favoritismo. Tinha o título dos últimos Jogos, em Pequim 2008, e a conquista mundial, em Daegu 2011. Também possuía os dois recordes: o olímpico, com 19s30m, e o mundial, com 19s19, em 2009, na Alemanha. Ambos seguem intocados.

Com isso, o jamaicano alcança seu quinto ouro olímpico na carreira. Além das duas medalhas nos 200m, ele é bicampeão dos 100m e também foi o primeiro nos 4x100m em Pequim – prova cuja final em Londres será no próximo sábado.

Confira a classificação final da prova:
1) Usain Bolt (JAM): 19s32
2) Yohan Blake (JAM): 19s44
3) Warren Weir (JAM): 19s84
4) Wallace Spearmon (EUA): 19s90
5) Churandy Martina (HOL): 20s00
6) Christophe Lemaitre (FRA): 20s19
7) Alex Quiñonez (EQU): 20s57
8) Anaso Jobodwana (RSA): 20s69


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/inalcancavel-bolt-volta-vencer-e-consolida-reinado-nos-200m.html

Vinte anos após primeiro ouro de Zé, Brasil bate Japão e vai à final no vôlei


Seleção se impõe sobre as asiáticas e dá de presente ao técnico a chance de brigar pela terceira conquista olímpica; rivais de sábado serão as americanas

Por Rodrigo Alves Direto de Londres

Há exatos 20 anos, na Espanha, Marcelo Negrão jogou a bola lá no alto, desceu o braço nela, e não houve holandês que conseguisse segurar o foguete. Todo de azul naquele 9 de agosto de 1992, José Roberto Guimarães se atracou com a comissão técnica à beira da quadra e festejou aos berros o primeiro ouro da história do vôlei brasileiro em Olimpíadas. Duas décadas depois, na Inglaterra, ele estava de azul outra vez, agora com uma faixa amarela que desce das costas para as mangas. Os cabelos estão mais grisalhos, mas a coleção de metais preciosos está mais pesada, com a vitória em Pequim há quatro anos. Nesta quinta-feira simbólica, a seleção feminina deu de presente ao treinador a chance de lutar pelo terceiro ouro. Com autoridade, o Brasil despachou o Japão na semifinal por 3 a 0 (25/18, 25/15, 25/18) e avançou para decidir os Jogos de Londres contra os Estados Unidos.

Erika, Vôlei, Brasil e Japão (Foto: Agência Reuters)O Brasil de Fabiana e Dani Lins passou por cima do Japão e avançou para a final (Foto: Agência Reuters)

Com pelo menos a prata garantida, a delegação do Brasil em Londres iguala sua melhor campanha em Olimpíadas, com 15 medalhas asseguradas, mesmo número de Pequim 2008 e Atlanta 1996.

Para o vôlei, a missão de transformar a prata em ouro será dura. As americanas passaram batidas pelas coreanas na outra semi, já venceram o Brasil na primeira fase e chegam à final carregando o favoritismo na revanche da decisão de Pequim. Em 2008, o 3 a 1 no último jogo consagrou seis jogadoras que estão em Londres em busca do bi: Sheilla, Jaqueline, Fabiana, Thaisa, Paula Pequeno e Fabi. A bola sobe no sábado, às 14h30m (de Brasília), com transmissão ao vivo do SporTV e acompanhamento de todos os lances em Tempo Real no GLOBOESPORTE.COM.

Sheila, Vôlei feminino, Brasil e Japão, Olimpíadas (Foto: Agência AP)Sheilla mais uma vez foi um dos destaques do
Brasil na partida (Foto: Agência AP)

Em busca do terceiro triunfo, Zé Roberto já é o único técnico do mundo campeão olímpico no masculino e no feminino. O americano Hugh McCutcheon, que ganhou o ouro em Pequim com os homens, pode igualar o feito se vencer a final de sábado. Enquanto as brasileiras tentam chegar ao topo do pódio pela segunda vez, para a equipe feminina dos EUA a conquista seria um feito inédito.

Apoio do início ao fim
Do lado de fora da Arena de Vôlei, os brasileiros tomavam conta. Era verde e amarelo por todos os lados, e dentro do ginásio o apoio foi constante. Espalhados pelas arquibancadas, os torcedores entoavam o tempo todo cantos que as atletas já decoraram há muito tempo: "Ê, lê lê ô", "sou brasileiro com muito orgulho", e daí em diante. Com a mesma trilha sonora de sempre, as meninas foram para cima do Japão.

Com uma pancada de Thaisa pelo meio, o Brasil pulou na frente e deu início a uma longa troca de viradas entre os dois times. Ninguém conseguiu abrir mais de dois pontos até a primeira parada, quando a seleção de Zé Roberto vencia por 8/7, com Dani Lins distribuindo bem o jogo entre as atacantes. Assim foi até a segunda parada, com o placar sempre colado, e o Brasil vencendo por 16/15. Na volta, finalmente um respiro com dois pontos de vantagem no erro das japonesas. E um lindo rali que terminou no bloqueio de Sheilla abriu 18/15, forçando o técnico Masayoshi Manabe.
 Não adiantou, porque o paredão estava erguido. Em mais um bloqueio, agora com Fabiana, a equipe verde-amarela abriu 20/16 e, aí sim, respirou aliviada. O que parecia drama virou uma vitória tranquila no primeiro set. Pela mão pesada de Fabiana, fim de papo: 25/18.

Na segunda parcial, não teve essa história de placar amarrado. O Brasil logo abriu 6/2 e segurou os 8/5 na primeira pausa. Na segunda, a vantagem já era de cinco pontos, com a equipe jogando solta e o ataque muito bem dividido entre Sheilla, Garay, Fabiana, Thaisa e Jaqueline. Desse jeito, ficou fácil. Com mais um bloqueio certeiro, a equipe de Zé Roberto fechou o set em 25/15.
fernanda garay Brasil x japão volei londres 2012 olimpiadas (Foto: Reuters)Garay ergue o braço: vitória com autoridade sobre as japonesas põe o Brasil na final (Foto: Reuters)

O ritmo não caiu na terceira parcial. Com Dani encontrando Sheilla, Thaisa e Garay, o Brasil manteve o pé no acelerador e não deu chance às japonesas em nenhum momento. Quando o placar chegou a 12/8, a torcida no ginásio cantava "O campeão voltou", e na segunda parada a vantagem já era de 16/11. Zé Roberto é que não relaxava. Até o fim, com 25/18, o técnico não parou de se mexer à beira da quadra: aplaudiu, deu instruções, reclamou, orientou o saque. Ele sabe que o caminho para o ouro não permite cochilos, nem quando tudo parece fácil. E a seleção já esgotou sua cota de sonecas na primeira fase. Agora só falta um passo. O maior de todos.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/vinte-anos-apos-primeiro-ouro-de-ze-brasil-bate-japao-e-vai-final-no-volei.html

Bons de números, Fred e Ademilson travam duelo em São Januário


Com médias altas de gols, o consagrado atacante do Fluminense e o novato do São Paulo são atrações do jogo de 21h desta quinta-feira

Por GLOBOESPORTE.COM Rio de Janeiro

De um lado, um jogador experiente, com 28 anos, já consagrado no futebol brasileiro e com passagem pelo futebol europeu e pela seleção brasileira. Do outro, uma joia de 18 anos, promovida aos profissionais neste ano e que ainda dá seus primeiros passos na carreira. Em comum, Fred e Ademilson têm o bom momento refletido em gols. Eles se encontram às 21h desta quinta-feira, em São Januário, onde o Fluminense receberá o São Paulo pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Fred, autor de um dos gols da vitória sobre o Coritiba no domingo, tem sete no nacional, um a menos do que o artilheiro Alecsandro, do Vasco. Sua média é de 0,78 nos nove jogos de que participou. Na temporada, marcou 17 vezes em 26 partidas - média de 0,65. Os números de Ademilson também chamam a atenção: em cinco jogos entre Brasileiro e Sul-Americana, tem quatro gols (média de 0,8).

O são-paulino jogará isolado no ataque, já que o técnico Ney Franco optou por escalar seis homens no meio de campo. Fred não terá ao seu lado Wellington Nem nem Marcos Junior, ambos machucados. Seu companheiro será o menos rápido Rafael Sobis, com quem iniciou a temporada no ataque titular.

O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos os lances da partida em Tempo Real, com vídeos exclusivos. O SporTV transmite o jogo ao vivo para todo o Brasil, menos para o Rio de Janeiro. O Premiere, em sistema pay-per-view, exibe a partida para todo o país.

header as escalações 2
Fluminense: o técnico Abel Braga conta com cinco problemas para escalar o time. Bruno, Anderson, Deco, Wellington Nem e Marcos Junior estão no departamento médico. Os substitutos estão definidos. Rafael Sobis venceu a concorrência e joga ao lado de Fred. O Fluminense deve entrar em campo com: Diego Cavalieri, Wallace, Gum, Leandro Euzébio e Carlinhos; Edinho, Jean, Wagner e Thiago Neves; Rafael Sobis e Fred.

São Paulo: embalado pelo crescimento na temporada (com três vitórias consecutivas), o técnico Ney Franco aposta que o duelo contra o Fluminense será decidido no meio-campo. Por isso, ele resolveu mexer na estrutura tática. Sai de ação o 3-5-2, e entra o 3-6-1, com Cícero na vaga de Willian José, que não foi bem diante do Sport. O polivalente vai alternar como meio-campista e segundo atacante. As outras peças serão as mesmas. O time jogará com: Rogério Ceni; João Filipe, Rafael Toloi e Rhodolfo; Douglas, Denilson, Maicon, Jadson, Cícero e Cortez; Ademilson.


quem esta fora (Foto: arte esporte)
Fluminense: o departamento médico está cheio. São cinco jogadores em recuperação de lesão muscular na coxa: Bruno, Anderson e Marcos Junior com estiramentos na coxa direita e Deco e Wellington Nem na esquerda. Não há jogador suspenso.

São Paulo: Wellington está em fase final de recuperação de cirurgia no joelho esquerdo; Fabrício teve contusão no joelho esquerdo e só volta em 2013; Cañete ainda se recupera de cirurgia no joelho direito; Osvaldo tem uma lesão muscular na coxa direita; e Lucas e Bruno Uvini estão com a seleção brasileira nos Jogos de Londres. Para completar, Luis Fabiano sofreu um estiramento no jogo contra o Bahia e ficará pelo menos mais duas semanas no Reffis.

header pendurados (Foto: ArteEsporte)
Fluminense: Anderson, Gum e Fred.
São Paulo: Rafael Toloi, Rhodolfo, Paulo Miranda e Rodrigo Caio.

header o árbitro (Foto: ArteEsporte)
Heber Roberto Lopes (Fifa/PR) apita a partida, auxiliado por Nadine Schram Câmara Bastos (SC) e Brno Boschilia (PR). Heber Roberto arbitrou sete jogos no Brasileirão, marcou 290 faltas (média de 41,4 por jogo), aplicou 28 amarelos (média de 4 por jogo), dois vermelhos (média de 0,3 por jogo) e um pênalti (média de 0,1 por jogo). O campeonato tem média de 4,6 amarelos, 0,2 vermelho, 36,1 faltas e 0,3 pênalti.


header fique de olho 2
Fluminense:
após ter se destacado no segundo tempo da vitória sobre o Coritiba, Wagner assume novamente a vaga de titular do Fluminense em função da lesão muscular de Deco. Foi elogiado por Abel Braga e terá mais uma sequência de partidas para mostrar seu futebol.
São Paulo: última contratação da equipe na temporada, o zagueiro Rafael Toloi ajeitou a defesa. A partir de sua entrada, o setor - que vinha sendo tão criticado - reencontrou seu rumo, tanto que tomou apenas um gol nas últimas três partidas. Ele recebeu elogios do goleiro e capitão Rogério Ceni após a vitória sobre o Sport.


header o que eles disseram

Fred, atacante do Fluminense: "Temos de evoluir em alguns pontos como qualquer equipe. Mas estamos vindo em um ritmo muito bom e esperamos confirmar isso novamente. Estamos prontos para encarar a grande equipe que é o São Paulo e temos de nos impor. A pegada está boa, e provamos isso diante do Coritiba fora de casa"

Ney Franco, meia do São Paulo: "Projeto um duelo tático interessante, e a entrada do Cícero já começa a fazer parte disso. Ele me dá opção de atuar como atacante ou meio-campista. Será um jogo em que quem dominar esse setor vai ganhar. O Fluminense na última rodada teve a capacidade de jogar e vencer bem fora de casa. E é isso precisamos fazer. Contra o Figueirense, tivemos bom desempenho, mas deixamos a desejar contra o atlético-GO".

header números e curiosidades
* Quem tem vantagem? Confira o histórico do confronto na Futpédia.
* Fluminense e São Paulo fazem um dos clássicos de retrospecto mais desequilibrado na história do Campeonato Brasileiro. Em 45 partidas, o São Paulo venceu 24 vezes (53%), contra apenas 11 vitórias do Flu (24%).

* Nos dois últimos anos, os visitantes levaram a melhor nos jogos entre Fluminense e São Paulo. No Brasileiro de 2010, as duas equipes empataram por 2 a 2 no Maracanã, e o Flu goleou por 4 a 1 em Barueri. No ano passado, o São Paulo venceu por 2 a 0 no Rio, e o Flu venceu por 2 a 1 no Morumbi. 

* A maior goleada na história desse confronto em Campeonatos Brasileiros, desde 1971, foi no dia 15 de setembro de 2002, quando o São Paulo fez 6 a 0 no Morumbi, com gols de Júlio Baptista, Kaká, Régis, Leandro e Luis Fabiano (duas vezes). Já a maior vitória do Flu foi em 2010, quando ganhou por 4 a 1 em Barueri.

header último confronto v2
O último encontro entre as duas equipes foi em agosto do ano passado, pelo Campeonato Brasileiro. Jogando no Morumbi, o Fluminense venceu o São Paulo por 2 a 1. Lanzini e Rafael Sobis marcaram para o Tricolor, e Rogério Ceni diminuiu. Jean, hoje no Flu, foi expulso pelo São Paulo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2012/08/bons-de-numeros-fred-e-ademilson-travam-duelo-em-sao-januario.html