domingo, 5 de agosto de 2012

Lucas preocupa e pode desfalcar o Botafogo contra o Palmeiras


Lateral-direito não atuou contra o Atlético-GO por estar com dores musculares nas pernas. Oswaldo torce por sua recuperação

Por Thales Soares Goiânia

Lucas no treino do Botafogo (Foto: Fernando Soutello / Agif)Lucas pode ficar fora de mais um jogo com dores
musculares (Foto: Fernando Soutello / Agif)

Desfalque na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO, o lateral-direito Lucas ainda não tem sua volta garantida no Botafogo para o jogo de quarta-feira contra o Palmeiras, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. As dores musculares nas pernas do jogador ainda persistem e não se sabe se terá condições de atuar.


A preocupação é ainda maior por Lennon, seu substituto imediato, ter sido substituído contra o Atlético-GO com dores na perna esquerda. Gabriel, revelado no Botafogo, entrou em seu lugar e atuou a maior parte do segundo tempo.


- O Lucas é uma garantia para domingo (dia 12, contra a Portuguesa, no Canindé). Não para quarta-feira. Mas ainda há uma chance e tomara que possa se recuperar - afirmou Oswaldo.
Outro jogador que não atuou contra o Atlético-GO, Vítor Júnior ficará novamente à disposição do treinador para o confronto com o Palmeiras. Ele estava suspenso e também com um problema no tornozelo direito, que não preocupa a comissão técnica.


Os jogadores do Botafogo só voltam a treinar, provavelmente, na tarde de segunda-feira, no Engenhão. Na manhã deste domingo, eles voltam ao Rio de Janeiro e estão de folga.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/lucas-preocupa-e-pode-desfalcar-o-botafogo-contra-o-palmeiras.html

Participativo, Seedorf se recupera de fadiga e deve ser poupado mais vezes


Holandês concordou com decisão da comissão técnica em tirá-lo do jogo contra o Palmeiras. Sequência de três jogos em uma semana será o limite

Por Thales Soares Goiânia

 Seedorf mostrou em campo na vitória por 2 a 1 sobre o Atlético-GO, sábado, que, fisicamente, valeu a pena ser poupado na derrota por 2 a 0 para o Palmeiras, quarta-feira. Ele marcou o primeiro gol (veja o vídeo), participou ativamente do jogo e saiu apenas no fim do segundo tempo para a entrada de Brinner. Esse planejamento ainda deve continuar até o holandês se mostrar completamente adaptado ao calendário brasileiro, já que estaria nesse momento em fase final de pré-temporada na Europa.
Para isso, o técnico Oswaldo de Oliveira mostra confiança no trabalho feito pelo departamento médico e com os prepadores físicos. Com equipamentos à disposição capazes de mostrar a possibilidade de um jogador sofrer uma lesão muscular ou o grau de fadiga, há uma expectativa de Seedorf ser poupado em outros jogos, principalmente se disputar três no espaço de uma semana como aconteceu antes do confronto com o Palmeiras.
- Se ele conseguir fazer esses três jogos em sequência será o ideal, mas temos que avaliar jogo a jogo. Temos uma equipe extremamente competente, com um equipamento altamente avançado. Antes do jogo com o Palmeiras, Seedorf estava com excesso de fadiga e, por isso, determinamos que ficaria fora. Ele mesmo falou comigo e disse que seria melhor não jogar - disse Oswaldo.
Com a entrada do Fellype Gabriel, houve uma alternância entre Seedorf, Andrezinho e Renato na frente da área do Atlético-GO e, com a categoria que têm, controlaram o jogo"
Oswaldo de Oliveira
Contra o Atlético-GO, Seedorf mostrou qual deve ser a sua média de participação nos jogos com sua adaptação ao time e ao estilo do futebol brasileiro. Ele, mais uma vez, foi o recordista de passes do time no jogo, com 46, assim como havia acontecido contra o Figueirense, quando chegou a 48. Ele ainda conseguiu duas finalizações, sendo uma delas o primeiro gol na vitória por 2 a 1.
- Ele (Seedorf) foi o fator de desequilíbrio da partida. Nós melhoramos no segundo tempo porque acertamos a marcação no setor esquerdo. Com a entrada do Fellype Gabriel, houve uma alternância entre Seedorf, Andrezinho e Renato na frente da área do Atlético-GO e, com a categoria que têm, controlaram o jogo - comentou o treinador.
Neste domingo, os jogadores estarão de folga e só voltam a trabalhar, provavelmente, na tarde de segunda-feira no Engenhão. O próximo jogo já acontece na quarta-feira, contra o Palmeiras, no Engenhão, pelo Campeonato Brasileiro. O time tem 23 pontos e ocupa a sexta colocação no momento.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/participativo-seedorf-se-recupera-de-fadiga-e-deve-ser-poupado-mais-vezes.html

Murray reencontra Federer no mais tradicional dos palcos olímpicos


Com colorido especial e memórias de 1908, All England Club pode ter campeão britânico para amenizar jejum de 76 anos no torneio de Wimbledon

Por Carlos Mota Direto de Londres

Muito mais do que um ouro. Quando Andy Murray entrar em quadra para enfrentar Roger Federer, neste domingo, por volta das 10h (de Brasília) na decisão do torneio masculino de tênis dos Jogos Olímpicos de Londres, o que estará em disputa não é “apenas” o lugar mais alto do pódio. O escocês terá pela segunda vez em menos de um mês a oportunidade de "quebrar" um tabu que já dura 76 anos: fazer um tenista local ser novamente campeão no All England Club. Tudo bem que um título não encerrará o jejum no imponente torneio de Wimbledon, mas certamente amenizará a vontade dos britânicos de gritar “É campeão” em um dos seus palcos mais tradicionais, que ganhou vida nova durante as Olimpíadas.


Wimbledon lotada e colorida Wimbledon londres 2012 olimpiadas (Foto: Divulgação)Wimbledon lotada e colorida durante os Jogos Olímpicos de Londres (Foto: Divulgação)

Não faltam fatores que transformam All England Club no mais charmoso dos palcos olímpicos. O mais importante deles é o fato de ser o único local de competições remanescente dos Jogos de 1908, os primeiros organizados na capital britânica. Junte a isso toda a história do torneio de tênis mais glamoroso do circuito da ATP, com um toque especial: as cores das nações que participam das Olimpíadas.


Andy Murray tênis Wimbledon Londres 2012 semi (Foto: Reuters)Murray se emociona com a vitória sobre Djokovic nasemifinal (Foto: Reuters)

Com a tradição como característica principal, Wimbledon obriga que os tenistas usem somente branco nos uniformes durante suas disputas anuais. Desta vez, porém, é diferente. Cada jogador exibe orgulhoso em quadra a cor de sua bandeira. O próprio Andy Murray compete de azul, deixando de lado qualquer regra local em nome do “Team GB”. E o exemplo dos ídolos reflete nos torcedores, que exibem um colorido todo especial pelas inúmeras quadras do complexo:
- Há algo de diferente aqui, com certeza. É muita tradição presente. Eu gosto disso. Já estive aqui há dois anos para o torneio e é tudo bem diferente. O público tem outra postura, a atmosfera é melhor. Nas Olimpíadas todo mundo se diverte mais, está mais relaxado. Até mesmo os competidores. Desta vez, eles estão jogando pelo país e não pelo dinheiro ou pelo ranking – definiu o torcedor alemão Oliver Schimidt.


Assim como em quadra, o principal diferencial entre o torneio de Grand Slam e as Olimpíadas está na forma de se vestir do público. Enquanto em Wimbledon a elegância é marca registrada, nos Jogos a liberdade impera. Ao ponto de visitantes exibirem orgulhosos até mesmo camisas de clubes de futebol, como um brasileiro torcedor da Portuguesa na quadra central, bem próximo a ingleses que trajavam terno.


- Todos podemos usar aqui muitas cores. Aqui é muito diferente. O torneio é muito histórico. É impossível estar aqui e não lembrar – comemorou o espanhol Jesus Torres.


Torcedores mais bem arrumados em Wimbledon Wimbledon londres 2012 olimpiadas (Foto: Divulgação)Torcedores vestidos elegantemente dividem espaço com os de visual mais despojado  (Foto: Divulgação)

No mesmo grupo, Jorge González deu outra justificativa que torna o All England Club um espaço especial:

- Existem as quadras pequenas, onde se disputam as fases preliminares. É incrível como nos permitem estar perto dos jogadores. Em nenhum outro lugar existe isso. É diferente.E o contato dos torcedores com os atletas realmente impressiona. Seja no aquecimento, realizado nas quadras menores ao redor da central, ou até mesmo em partidas de menor badalação, o público se posiciona quase que ao lado dos ídolos, em outra característica distinta da maioria das arenas olímpicas.


tênis roger federer londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Federer vibra com vitória sobre Del Potro na
semifinal (Foto: Agência Reuters)

Neste domingo, toda tradição absorverá mais do que nunca as cores dos Jogos para uma manhã que pode ser histórica para a Grã-Bretanha. Quando caiu diante do mesmo Federer, no dia 8 de junho, na final de Wimbledon, Murray disse entre lágrimas ao microfone que estava “chegando cada vez mais perto” do título diante do seu público. Talvez não imaginasse que em tão pouco tempo teria uma nova oportunidade. E dessa vez em um cenário ainda mais especial.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/murray-reencontra-federer-no-mais-tradicional-dos-palcos-olimpicos.html

Brasil sofre apagão no final, mas vence Angola no handebol


Comandada por Alê, Fabiana e Silvia, seleção passa pelas africanas e espera resultado de Noruega x Espanha para conhecer rival nas quartas

Por GLOBOESPORTE.COM Londres

A classificação para as quartas de final já estava garantida. Mas a derrota para a Rússia no último jogo foi o combustível para Alê, Fabiana e Silvia acelerarem o braço. Deu certo até os dez minutos finais do jogo. Então, uma bronca digna de pai do técnico Vivaldo Eduardo acordou as angolanas, que reagiram em quadra e complicaram o jogo para o Brasil. No fim, após o sufoco, vitória verde e amarela por 29 a 26 na manhã deste domingo, nos Jogos de Londres.


Alexandra Nascimento na partida de handebol do Brasil contra a Angola (Foto: Reuters)Alexandra comemora após marcar um gol para a seleção brasileira (Foto: Reuters)

Agora, a seleção torce por um tropeço da Rússia no duelo contra Montenegro para garantir o primeiro lugar do grupo A. A partida entre as seleções europeias começa às 10h30m (de Brasília).
As brasileiras ainda não conhecem a equipe adversária nas quartas de final. Ela será definida após o jogo entre Noruega e Espanha, pelo Grupo B, às 15h30m (de Brasília). Se o Brasil ficar em primeiro lugar, enfrentará quem perder. Se ficar em segundo, pega quem vencer.
Brasil dita o ritmo do jogo


handebol Fabiana Diniz Fernanda Silva brasil angola londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Fabiana e Fernanda apertam a marcação
no ataque angolano (Foto: Agência Reuters)

Angola marcou os dois primeiros gols do jogo, mas a sequência de erros nos passes finais complicou o time. As brasileiras exploraram o contra-ataque e empataram, com Alê, em bela jogada individual, e Mayara. Após as seleções acelerarem o ritmo do jogo, chegou a hora de as goleiras sofrerem. As duas falharam, o que ampliou o placar. E o Brasil conhecia uma vilã no primeiro tempo: a trave. Quatro bolas pararam nela.


Melhores na defesa e com velocidade na ligação com o ataque, as brasileiras conseguiram impôr seu jogo a partir dos dez primeiros minutos, criando uma vantagem de cinco gols (11 a 6). A goleira angolana Neide até se destacou na metade da parcial, com boas defesas, mas elas nem sempre foram suficientes para parar os arremessos potentes de Alê e Duda.


O técnico Vivaldo Eduardo parou o jogo aos 18 minutos para colocar sua equipe novamente em ordem. Angola melhorou e marcou dois gols, aproveitando as falhas na marcação adversária. Em um lance de maior impacto, Azenaide arremessou no rosto de Fabiana, que chegou a ser atendida pela médica da seleção, aplicando gelo no local.


Após fazer uma falta mais forte, Joelma recebeu uma punição e ficou dois minutos fora da partida. Com uma a mais em quadra, o Brasil administrou a vantagem de cinco gols e fechou o primeiro tempo em 14 a 9.


Angolanas reagem, e Brasil sofre pressão


handebol fabiana Diniz brasil angola londres 2012 (Foto: Agência Reuters)Fabiana se recupera depois de levar uma
bolada no rosto (Foto: Agência Reuters)

Na volta do intervalo, as brasileiras diminuíram o ritmo, perderam a força na marcação e levaram dois gols em menos de três minutos. A reação angolana acordou o time verde e amarelo. Em pouco tempo, a vantagem já estava em nove gols, a maior do jogo até então.


O contra-ataque voltou a funcionar com a seleção. As angolanas tentaram parar as adversárias, mas só conseguiram com faltas. Isabel foi suspensa por dois minutos, e ouviu de perto a bronca do técnico Vivaldo quando pediu tempo para acordar sua equipe. Até a goleira Neide foi substituída por Cristina.
O treinador angolano usou todos os seus recursos, e as brasileiras começaram a errar. A diferença caiu para três gols, com direito a um por cobertura de Carolina. Então, Joelma marcou. E Carolina fez mais um, que, depois, foi invalidado. A vantagem brasileira ficou em dois gols. Foi a hora de o técnico do Brasil, o dinamarquês Morten Soubak, parar o jogo. Após o tempo, a equipe suportou os minutos finais, com a torcida contra nas arquibancadas, e conseguiu fechar a partida em 29 a 26.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/brasil-sofre-apagao-no-final-mas-vence-angola-no-handebol.html

Gol de Seedorf faz Oswaldo arrepiar: 'Há tempos não me sentia assim'


Técnico ainda revela que holandês pressentiu na véspera como balançaria a rede na vitória sobre o Atlético-GO, neste sábado, no Serra Dourada

Por Thales Soares Goiânia

O primeiro gol de Seedorf com a camisa do Botafogo (veja vídeo acima), na vitória por 1 a 0 sobre o Atlético-GO, neste sábado, no Serra Dourada, pelo Campeonato Brasileiro, contagiou até mesmo quem milita no futebol há mais de 30 anos como profissional e a vida inteira como torcedor. O técnico Oswaldo de Oliveira viveu como comandante do time a emoção do momento do holandês, contratado para ser a grande estrela do elenco atual.


Com a camisa 10, Seedorf ajudou o Botafogo a virar o jogo contra o Atlético-GO. O time havia terminado o primeiro tempo perdendo por 1 a 0. Com lançamentos precisos, movimentação e troca de passes, comandou os companheiros e marcou um belo gol em cobrança de falta para empatar o jogo, que deixou Oswaldo arrepiado.


- Um jogador com essa categoria mais cedo ou mais tarde iria fazer o gol. Ele vinha treinando bem as cobranças de falta, com Andrezinho e Vítor Júnior. Ontem (sexta-feira), ele (Seedorf) falou: "Estou sentindo que vou fazer um gol de falta". E foi decisivo. O gol de empate deu uma empolgação generalizada e contagiou a torcida. Deu aquele arrepio. Confesso que fiquei arrepiado ali fora quando a bola entrou. Há algum tempo não me sentia assim por causa de um gol. Tive a certeza que conseguiríamos a vitória depos disso - afirmou Oswaldo.
O comportamento de Seedorf até o momento tem sido exemplar. Dedicado aos treinamentos, ele mostra preocupação com os companheiros, está sempre conversando com membros da comissão técnica e, no jogo, a sua liderança já começa a ser notada rapidamente, depois de quatro partidas com a camisa do clube.


- Ele tem sido parceiro. Realmente, incorporou, vestiu a camisa. Ele se junta aos caras, convrersa, dá força. Ainda há um percurso grande a ser percorrido, mas tem muito a dar ao Botafogo - disse Oswaldo.

Clique e veja vídeos do Botafogo

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/gol-de-seedorf-faz-oswaldo-arrepiar-ha-algum-tempo-nao-me-sentia-assm.html

Primeiro gol de Seedorf no Botafogo repercute na Itália


Gazzetta dello Sport' destaca a importância do gol do holandês para a vitória alvinegra sobre o Atlético-GO

Por Thales Soares Goiânia

O primeiro gol de Seedorf com a camisa do Botafogo teve repercussão na Itália, onde jogou pelo Milan. O site do jornal "Gazzeta dello Sport" destacou a importância do gol de falta para a vitória do Alvinegro sobre o Atlético-GO, por 2 a 1, neste sábado, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro (veja o gol de Seedorf no vídeo acima).


"Ex-Milan, agora no Botafogo, assinala o gol de empate contra o Atlético Goianiense. Fellype Gabriel faz o da vitória", publica o site. O "Gazzeta dello Sport" ressalta a quarta participação do holandês no time alvinegro e reproduz a opinião do técnico Oswaldo de Oliveira sobre o seu camisa 10: "Seedorf é o nosso homem a mais. Seu gol foi fundamental, pois depois crescemos e pudemos jogar como sabemos".

Clique e veja vídeos do Botafogo

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/botafogo/noticia/2012/08/primeiro-gol-de-seedorf-no-botafogo-repercute-na-italia.html

Brasil leva susto e vaias, mas Neymar e Damião põem time de Mano na sem


Seleção sofre para ficar na frente de Honduras, mesmo com um jogador a mais, e conta com desempenho decisivo da dupla para avançar nos Jogos

Por Márcio Iannacca Direto de Newcastle, Inglaterra

Honduras deu mais trabalho do que se imaginava. A torcida adversária se aliou aos britânicos para perseguir Neymar. A atuação dos comandados de Mano Menezes ficou longe de encher os olhos. Ingredientes de um filme dramático, mas com final feliz. A seleção brasileira fez 3 a 2 neste sábado, em Newcastle, e se classificou para disputar a semifinal das Olimpíadas de Londres, terça-feira, contra a Coreia do Sul, que eliminou a Grã-Bretanha nos pênaltis. Garantiu ao menos a disputa pelo bronze e ficou a dois passos da tão sonhada medalha de ouro.


Em Newcastle, Leandro Damião perdeu a chance de tornar o jogo tranquilo aos 30 segundos, mas depois participou dos três gols. Fez dois e sofreu o pênalti convertido por Neymar. Ah, Neymar... O craque vai deixar a Inglaterra detestado. Neste sábado, enlouqueceu os marcadores e torcedores com seus dribles e as faltas sofridas. Com exceção de alguns tradicionais exageros, o jogador realmente foi alvo dos hondurenhos. Sem violência.


A cada vez que pegava na bola, Neymar ouvia muitas vaias. No início, só da torcida de Honduras, que estava em bom número no St. James Park, em Newcastle. Depois, os locais se uniram e o som ficou mais forte, lembrando o ocorrido no amistoso contra a Grã-Bretanha, em Middlesbrough, quando suas simulações foram condenadas pelo público.


O camisa 11 nem ligou. No momento de maior dificuldade, assumiu a responsabilidade de ser a grande estrela do futebol olímpico e foi importantíssimo para que o Brasil desse mais um passo rumo ao ouro.


Se na terça-feira, em Manchester, a seleção brasileira enfrentará a Coreia do Sul,  Honduras volta para casa com a sensação de dever cumprido. Com um futebol quase amador e um jogador a menos, fez o Brasil sofrer até o último minuto para conseguir a classificação.


Neymar, Brasil e honduras, Futebol (Foto: Agência EFE)Muito vaiado em toda a partida, Neymar marca um gol de pênalti e tem atuação decisiva (Foto: Agência EFE)

Gol do Brasil? Só com um a mais


Mano Menezes começou com uma novidade. O goleiro Gabriel, que chegara a Londres sem credencial, apenas para treinar, e ganhou vaga na lista graças à lesão de Rafael, botou Neto no banco de reservas.


Aos 30 segundos de jogo, o Brasil teve chance de fazer 1 a 0. Leandro Damião, outro que voltou ao time no lugar de Alexandre Pato, ganhou facilmente do zagueiro e saiu na cara de Mendoza. Bateu de fora da área, e a bola saiu à esquerda do gol. Aos dez minutos, então, a Seleção estaria com o jogo definido se Oscar e Neymar tivessem aproveitado outras chances. Mas a realidade, quem diria, era mais dura. Aos 12, Honduras estava na frente.


Um lance despretensioso, que começou num raro erro de passe de Thiago Silva, contou com erro de marcação de Rafael e Juan e terminou num inacreditável chute de Martinez, no ângulo de Gabriel. Festa hondurenha em Newcastle. E a aparente tranquilidade do início da partida começou a se transformar em drama.


O domínio brasileiro sumiu. As rápidas trocas de passes entre os jogadores de frente e o perigoso apoio dos laterais deram lugar ao nervosismo. Por isso, Neymar resolveu assumir a responsabilidade. Ainda sem brilho, chamou a bola para si e tentou arrancadas. Foi a chave para os adversários começarem a abusar das faltas.


Wilmer cisanto, Futebol, Brasil e Honduras (Foto: Agência Reuters)Árbitro alemão expulsa Crisanto após hondurenho
fazer duas faltas seguidas (Foto: Agência Reuters)

Em menos de um minuto, Crisanto dificultou demais a vida de seu país. Fez duas faltas (a segunda em Neymar) e recebeu dois cartões amarelos - o segundo muito rigoroso - do árbitro alemão Felix Brych. Expulso.


Com um a mais, o Brasil voltou a crescer, mas o gol foi chorado demais e contou com a colaboração da zaga. Hulk avançou pela direita e cruzou. Mendoza saiu mal, Peralta ajeitou, Velasquez ficou olhando e Damião, de carrinho, empatou.


Com medo da compensação do árbitro, Mano Menezes trocou Sandro, com cartão amarelo, por Danilo ainda na primeira etapa. E a virada parecia questão de tempo. Parecia...
Neymar e Damião salvam má atuação


O cabeludo Espinoza era o melhor de Honduras em campo. E logo no comecinho do segundo tempo jogou um balde de água fria em quem pensava que os últimos 45 minutos das quartas de final, com o Brasil tendo um a mais, seriam só para cumprir tabela. Juan errou na saída de bola, e Gabriel demorou uma eternidade para saltar em direção à bola, que saiu de fora da área e foi entrando, sem força, no canto direito: 2 a 1. Zebra?
Zebra, nada. Leandro Damião dividiu com Velasquez e foi ao chão. O árbitro alemão deu pênalti e aumentou ainda mais as vaias para Neymar. O garoto ajeitou, e, a cada passo rumo à bola, os gritos contra ele aumentavam. A finalização certeira calou quase todo o estádio.


comemoração Leandro Damião, Brasil e Honduras, Futebol (Foto: Agência AP)Leandro Damião comemora o seu quarto gol nas Olimpíadas: vice-artilheiro em Londres (Foto: Agência AP)

O atacante do Santos, que trocou duas vezes de chuteiras no jogo, continuou tirando os rivais para dançar, centralizando o jogo em si, sofrendo faltas, provocando cartões amarelos e irritando hondurenhos e europeus nas cadeiras do St. James Park. E tinha também a ajuda valiosa de Leandro Damião. Após bela tabela, o centroavante girou com facilidade em cima do capitão Leveron e, finalmente, fez o que poderia ter feito com 30 segundos: colocou o Brasil em vantagem. O camisa 9 agora é vice-artilheiro das Olimpíadas, com quatro gols, um a menos que o senegalês Konate, já eliminado.


Mais uma vez a sensação era de que o Brasil, em vantagem numérica e no placar, ia disparar e ampliar o placar. Engano. A melhor chance de gol antes do apito final foi dos bravos hondurenhos, depois de péssima saída de gol de Gabriel. Espinoza, caído, só não empatou porque a zaga dividiu e provocou novo escanteio. Já nos acréscimos, o meia-atacante foi expulso, abraçou os brasileiros e deixou o campo muito aplaudido.


Sob os olhares atentos de Joseph Blatter, presidente da Fifa, e dos homens fortes da CBF, José Maria Marín e Marco Polo del Nero, em vez de garantir a vitória, a Seleção preferiu esperar o tempo passar. As substituições não surtiram efeito, o goleiro escalado continuou sem transmitir segurança... Muito menos do que poderia ser feito contra dez atletas de Honduras. E muito, muito menos do que o Brasil vai precisar nos próximos jogos, na luta pelo ouro inédito.
BRASIL 3 x 2 HONDURAS
Gabriel, Rafael, Thiago Silva, Juan e Marcelo; Sandro (Danilo), Rômulo e Oscar; Neymar, Hulk (Lucas) e Leandro Damião (Alexandre Pato) Mendoza, Orlin Peralta (Mejia), Velasquez, Leveron e Figueroa; Garrido (Lopez), Arnold Peralta, Crisanto, Espinoza e Martinez; Bengston (Lozano)
Técnico: Mano Menezes Técnico: Luis Suárez
Gols: Martinez, aos 12 minutos do primeiro tempo; Leandro Damião, aos 37 minutos do primeiro tempo; Espinoza, aos 2 minutos do segundo tempo; Neymar, aos 5 minutos do segundo tempo; Leandro Damião, aos 14 minutos do segundo tempo
Cartões amarelos: Velasquez, Orlin Peralta, Figueroa (HON); Sandro, Rômulo, Leandro Damião, Oscar, Marcelo (BRA).
Cartões vermelhos: Crisanto e Espinoza (HON)
Estádio: St. James Park, em Newcastle (Inglaterra). Árbitro: Felix Brych (Alemanha).
Auxiliares: Mark Borsch e Stefan Lupp (Alemanha)


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/olimpiadas/noticia/2012/08/neymar-e-damiao-vencem-vaias-ma-atuacao-e-colocam-o-brasil-na-semi.html