sábado, 22 de outubro de 2011

Neste sábado, Brasil disputa finais do tênis e vôlei de praia masculinos


Rogerinho tenta sua segunda medalha em Guadalajara, enquanto Emanuel conta com a ajuda de Alison para conseguir seu segundo ouro pan-americano

Por GLOBOESPORTE.COM Guadalajara, México

O Brasil estará presente em duas decisões em Guadalajara neste sábado. Depois de conquistar o bronze nas duplas mistas na sexta-feira, Rogério Dutra da Silva, o Rogerinho, vai em busca de sua segunda medalha enfrentando o colombiano Robert Farah na final da chave de simples do tênis. No vôlei de praia, Emanuel também quer subir pela segunda vez em um pódio em Pan-Americanos, tentando repetir o ouro que conquistou há quatro anos no Rio de Janeiro, desta vez ao lado de Alison. Os adversários serão os venezuelanos Igor Hernández e Farid Mussa.

Rogerio Dutra Silva, Rogerinho tênis jogos pan-americanos (Foto: EFE)Rogerinho vai em busca de mais uma medalha nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara (Foto: EFE)

O Brasil também tem possibilidade de medalhas na maratona aquática com Ana Marcela Cunha, Poliana Okimoto, Allan do Carmo e Samuel de Bona. No handebol, a seleção masculina encara a República Dominicana na semifinal. Clique aqui para ver o calendário completo de provas e confira abaixo os destaques brasileiros no sétimo dia em Guadalajara.

Futebol
Já classificada para a semifinal, a seleção feminina decide o primeiro lugar do grupo contra o Canadá, às 23h (de Brasília). O GLOBOESPORTE.COM acompanha em Tempo Real.

Handebol
Depois de as meninas garantirem um lugar na final, neste sábado são os homens que disputam a semifinal do handebol. O adversário por uma vaga na decisão é a República Dominicana.

Basquete
Depois de estrear com vitória sobre o Canadá, a seleção feminina enfrenta a Jamaica neste sábado.

Maratona aquática
No feminino, o Brasil conta com a presença de Ana Marcela Cunha (ouro nos 25k no Mundial) e Poliana Okimoto (prata no Pan do Rio). No masculino, Allan do Carmo (bronze em 2007) e Samuel de Bona represesentam o país.

Boxe

O Brasil luta em cinco categorias diferentes. No masculino, serão quatro confrontos pelas preliminares. Pentacampeã pan-americana, Adriana Araújo disputa as quartas de final do peso leve.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/neste-sabado-brasil-disputa-finais-do-tenis-e-volei-de-praia-masculinos.html

Em águas quentes, Ana Marcela nada os últimos 10 km de um 'ano perfeito'


Após maratona de competições em 2011, nadadora se prepara para enfrentar o calor do mar de Puerto Vallarta: 'Se passar mal e tiver de parar, vou parar', diz

Por João Gabriel Rodrigues Direto de Puerto Vallarta, México

As mechas descoloridas em um tom amarelado já estão assim há algum tempo. Molhados pela água, porém, os fios do cabelo de Ana Marcela Cunha ganham uma cor mais dourada na piscina do resort onde os atletas estão hospedados em Puerto Vallarta. O ouro, ela garante, não é uma obsessão. Em um ano já repleto de conquistas, tudo o que a nadadora quer é terminar a temporada de competições da melhor forma que puder. Sem estresse, mas buscando sempre o limite.
Campeã mundial na prova de 25 km da maratona aquática, em julho, na China, Ana Marcela confessa que chega cansada aos Jogos Pan-Americanos. Em uma contagem rápida, foram 135 km de provas em 2011. Fora a média de 110 km por semana em treinos. Nas águas quentes de Puerto Vallarta, que quase levaram ao cancelamento da prova, a nadadora enfrenta seus últimos 10 km sem qualquer peso extra nas braçadas.

Ana Marcela Cunha maratona aquática Pan (Foto: João Gabriel Rodrigues / GLOBOESPORTE.COM)Ana Marcela à beira da piscina do hotel onde está hospedada no México (João Gabriel / GLOBOESPORTE.COM)

- Com certeza vai ter gente que vai passar mal. Eu vou até o meu limite. Se passar mal e tiver que parar, vou parar. O ano já está perfeito. Mas ainda faltam duas medalhas para mim, no Pan e nas Olimpíadas. Se tiver de ser bronze, não tem problema.
O ouro, claro, seria muito bem-vindo. Em Guadalajara, a maratona aquática faz apenas seu segundo Pan. No último, em 2007, Poliana Okimoto viu escapar a vitória em casa por detalhes. Nas palavras de Ana Marcela, o dourado cairia bem no peito de qualquer uma das duas nadadoras. Ainda mais pelo fato de o país nunca ter tido uma mulher campeã nem mesmo nas piscinas pan-americanas, com a exceção de Rebeca Gusmão, no Rio de Janeiro, eliminada por doping em seguida.
- O Brasil ainda não tem uma medalha de ouro na natação em Pans. Teve com a Rebeca, mas com o lance do doping, perdeu. Como a maratona aquática conta como uma prova de natação, seria importante por isso também. Em 2007, a Poliana quase conseguiu, mas perdeu no fim para a americana (Chloe Sutton). Se pudermos ficar as duas juntas no pódio, ótimo. Tanto faz se ela em primeiro ou eu.
Não ter conseguido a vaga para Londres fez minha cabeça ser outra no Mundial"
Ana Marcela
Ana Marcela traz ao Pan uma única decepção. Fora dos Jogos Olímpicos de Londres após ser a 11ª na prova dos 10 km no Mundial, a nadadora, porém, não lamenta. Não fosse isso, o título mundial nos 25 km, prova que não é olímpica, talvez não tivesse vindo.

- Não ter conseguido a vaga para Londres fez minha cabeça ser outra no Mundial. Talvez, se tivesse ficado com a vaga, teria perdido o foco. Mas não. Quando me vi no bolo nos últimos 1.200m, vi que era possível – afirma.

A preparação específica para o Pan começou há um mês. Após a série de competições e compromissos como o desfile de 7 de setembro, em Brasília, quando carregou a tocha ao lado de Cesar Cielo, Ana Marcela se voltou para o México. “Dei uma aquietada”, ela diz, com seu sotaque baiano acelerado. Se faltou tempo de treino, no entanto, sobra confiança.

- Estou otimista – garante.
A maratona aquática será disputada neste sábado, em Puerto Vallarta, uma das subsedes dos Jogos Pan-Americanos. A primeira prova é a masculina, às 9h, com Allan do Carmo e Samuel de Bona. A feminina começa pouco depois, às 9h05m, com Ana Marcela e Poliana Okimoto.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/em-aguas-quentes-ana-marcela-nada-os-ultimos-10-km-de-um-ano-perfeito.html

Cuba celebra empate com o Seleção sub-20 à base de 'tática da chuteira'


Técnico Ney Franco se mostra surpreso com estratégia, e zagueiro admite que pode repetir feito em jogo contra a Argentina

Por Gustavo Rotstein Direto de Guadalajara, México

Em clássicos contra a Argentina, o Brasil normalmente entra campo preparado para a tradicional catimba rival. Mas quando isso acontece diante de um adversário sem tradição, torna-se quase um choque. Ainda mais quando a estratégia para atrasar o jogo é tirar a chuteira do pé e jogá-la no gramado, obrigando o árbitro a parar a partida. A “tática” usada por Cuba para garantir o empate em 0 a 0, na última sexta-feira, pelos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, deixou a Seleção sub-20 perplexa.

- Os cubanos comemoraram o empate como se fosse título de Copa do Mundo e acho que devem fazer isso mesmo. Eles queriam esse resultado, tanto que em três vezes os atletas tiraram as chuteiras em campo para parar o jogo. Algo que eu nunca tinha visto no futebol.

zé roberto  brasil x cuba futebol pan-Americano (Foto: Reuters)Jogadores de Cuba comemoram empate com o Brasil em Guadalajara (Foto: Reuters)

A tática pode ser encarada como amadora, mas esta definição é precisa quando se trata do futebol cubano. Seus jogadores atuam apenas em ligas locais, não são profissionais e nem podem deixar o país pelo sonho de construir uma carreira de sucesso.
É o caso do zagueiro Dayan Hernandez. Conformado, ele afirma que seu próximo passo é chegar à seleção sub-23, depois ao time adulto e, em seguida, ser professor de educação física. Tudo isso recebendo apenas uma bolsa de estudo. Por isso, ele não teve vergonha alguma de admitir a tática da chuteira, além de prever sua continuidade no jogo contra a Argentina, neste domingo.

- Fizemos isso conscientemente, sim. Foi uma estratégia para parar o jogo. Não é a primeira vez que usamos isso, mas fizemos poucas vezes. Deu certo e, se for preciso, vamos repetir na próxima partida - disse Hernandez, sem esconder o sorriso.
O goleiro brasileiro César também admitiu nunca ter visto a tática da chuteira. Mas procurou não condenar os adversários.

- Eles jogaram a vida contra nós, e não tem como recriminar alguém por isso. Foi um recurso para ganhar tempo e alcançar o resultado que Cuba queria. Nós precisamos pensar na nossa equipe, pois temos plenas condições de alcançar a classificação - afirmou o jogador do Flamengo.

Sem entrar em polêmica, o técnico de Cuba quis apenas traduzir em palavras a euforia de seus jogadores no gramado do Estádio Omnilife após a partida. Alexander Gonzalez classificou o resultado como possivelmente o mais importante da história do futebol de seu país.

- Para falar a verdade, não esperava que isso pudesse acontecer. A ideia do time era apenas se divertir, mas o que eles fizeram em campo foi sensacional. Jamais vivi uma situação como essa. Os meninos se entregaram de corpo e alma e, com esse resultado, o sonho pode virar realidade. Vamos buscar a vitória e a classificação, que seria o máximo para o povo cubano

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/cuba-celebra-empate-com-o-selecao-sub-20-base-de-tatica-da-chuteira.html

LAS MUSAS: Argentinas do nado mostram talento por outro ângulo


Meninas ficam em penúltimo lugar com coreografia inspirada no futebol

Por GLOBOESPORTE.COM Guadalajara, México

Com uma coreografia inspirada no futebol e vestindo maiôs com o número 10 de Maradona, a equipe de nado sincronizado da Argentina não conseguiu convencer os juizes: ficou em penúltimo lugar na disputa desta sexta-feira. Fora da piscina, contudo, as meninas mostraram seu valor até mesmo por um ângulo diferente.

nado sincronizado musa selo pan guadalajara (Foto: Satiro Sodré/Agif)

'Gisele Bündchen' da patinação vai em busca de uma medalha para o Brasil


Talitha, de 16 anos, é a representante do país na prova artística feminina

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México

Talitha Haas no treino para o Pan de Guadalajara (Foto: Gabriele Lomba)Talitha Haas vai virar uma sambista na rotina longa
(Foto: Gabriele Lomba)

Ela nasceu no Rio Grande Sul e, chegou, quando criança, a fazer trabalhos como modelo. Mas uma amiga acabou a levando para outro lado, também com beleza e moda. Leva puxões de orelha quando o penteado ameaça despencar durante o treino. O sotaque, o rosto e os cabelos lembram a top gaúcha Gisele Bündchen. Talitha Haas, aos 16 anos, é a representante do Brasil na patinação artística feminina nos Jogos de Guadalajara. A estreia é neste domingo.

- Já me falaram que eu pareço com ela, mas eu não acho não – ri, tímida.

Timidez que fica de lado quando calça os patins. Os 1,65m de altura parecem se transformar. E, para brigar pelo ouro, uma das transformações será em sambista. É na coreografia, na rotina longa, que ela aposta para surpreender e, quem sabe, beliscar uma medalha.

A convocação foi uma surpresa para a menina que foi por acaso a uma aula de patinação, a convite de uma amiga, e hoje é campeã sul-americana. A amiga, por sinal, não patina mais.

- Eu não tinha mais esperança, já estava pensando só no Mundial quando recebi a notícia de que iria ao Pan.

Talitha tem como companheiro de equipe, no Pan, o atual bicampeão dos Jogos, Marcel Stürmer.

- Ela está correspondendo bem à pressão depositada nela, apesar de não ter compromisso com resultado. Consigo ver a evolução dela nos últimos dois meses. O “processo Pan” fez muito bem a ela. Aposto muito nela.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/gisele-bundchen-da-patinacao-vai-em-busca-de-uma-medalha-para-o-brasil.html

Na ciranda de técnicos, Cuca é o mais rodado na era dos pontos corridos


Desde 2003, atual comandante do Atlético-MG passou por oito clubes diferentes. Muricy lidera o ranking de dias em atividade no período

Por Marcelo Baltar Rio de Janeiro

Há algo de infantil no futebol brasileiro. Não é a juventude de Neymar, sua magia e idolatria entre as adolescentes. Não são as dancinhas e coreografias, e muito menos o João Sorrisão. O que há de mais pueril é a imagem de uma brincadeira de criança: a ciranda. A inocência, no entanto, passa longe dos gramados tupiniquins, e a diversão é toda dos mais experientes: os treinadores.

ilustração matéria ciranda técnicos (Foto: arte esporte)
Não entendeu o jogo? Veja na prática como funciona. Muricy Ramalho deixou o Fluminense em março deste ano para assumir o Santos, onde trabalhou Adilson Batista até fevereiro. Adilson Batista foi demitido no último domingo do São Paulo, por onde passou Paulo César Carpegiani depois de treinar o Atlético-PR. Antes, porém, o mesmo Adilson Batista havia dirigido o Furacão, que também teve Renato Gaúcho, que há pouco estava no Grêmio, onde está Celso Roth, que iniciou o ano no rival Inter. Após Roth, o Colorado anunciou em agosto Dorival Júnior, ex-Atlético-MG, hoje comandado por Cuca, que estava no Cruzeiro antes de Joel Santana sair do Botafogo, assumir o comando da Raposa em junho, ser demitido após 72 dias e parar no Bahia.

Confuso, não? Mas é assim que funciona. Com poucos nomes no cenário dos principais clubes, o futebol brasileiro tornou-se nos últimos anos uma ciranda de treinadores. As trocas de comando são muitas, mas os nomes são quase sempre os mesmos. Dos 20 treinadores da Série A, nove (45%) já estiveram em outro clube da Primeira Divisão brasileira na atual temporada.

E as trocas têm sido constantes. No Campeonato Brasileiro deste ano, 12 dos 20 clubes já trocaram de comando técnico, sendo que seis – América-MG, Atlético-PR, Avaí, Cruzeiro, Grêmio e São Paulo – mais de uma vez. Se o período levado em consideração for toda a temporada 2011, o número aumenta para 16 agremiações (80%). Apenas quatro – Corinthians, Coritiba, Flamengo e Palmeiras - mantêm o treinador desde janeiro, sendo que todos, sem exceção, tiveram seu trabalho contestado em algum momento neste ano.

Nos últimos anos, aproximadamente 15 nomes se revezam entre os 12 principais clubes do sudeste e do sul do país (RJ/SP/MG/RS) e fazem uma espécie de dança das cadeiras no futebol brasileiro. O que não serve mais para um hoje pela manhã pode ser a solução do rival à tarde. Adilson Batista é um bom exemplo. Após quase dois anos e meio de estabilidade no Cruzeiro, achou que era hora de arriscar-se em outras praças. No entanto, em pouco mais de um ano, foi demitido de Corinthians, Santos, Atlético-PR e São Paulo.

A rodagem de Cuca
Cuca no treino do Atlético-MG (Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)Cuca no Atlético-MG, seu oitavo clube desde 2003
(Foto: Bruno Cantini / Site Oficial do Atlético-MG)

Desde 2003, quando o Brasileirão adotou o sistema de pontos corridos, Cuca já treinou oito das principais equipes de Rio, SP, MG e RS. Alguns, como Botafogo, Flamengo e Fluminense, mais de uma vez. Logo abaixo, com seis clubes cada, Celso Roth, Joel Santana, Oswaldo de Oliveira e Leão vêm na segunda colocação (veja no infográfico abaixo, com os números desde 2003).

Dorival Júnior é outro integrante da roda. Prestigiado por trabalhos recentes bem-sucedidos, o treinador ficou desempregado por poucos dias nos últimos anos. Saiu do Vasco com proposta do Santos. Demitido após desentendimento com Neymar, assinou com o Atlético-MG quatro dias após deixar a Vila Belmiro. A história repetiu-se em agosto. Mandado embora do Galo no domingo (7/8), Dorival foi anunciado como novo treinador do Internacional na sexta-feira (12/8).

- Venho com um objetivo: cumprir meu contrato. Jamais quebrei um contrato. A situação do Atlético-MG foi desagradável, desgastante, mas o presidente resolveu tomar uma decisão, e eu respeitei – ponderou Dorival Jr., em sua apresentação no Beira-Rio.

lista técnicos nos clubes (Foto: arte esporte)Lista mostra técnicos mais rodados em RJ/SP/MG/RS desde 2003 (Arte Esporte)
Dorival, antes mesmo de deixar o Atlético-MG, já era especulado no Inter, que estava de olho numa possível queda do treinador. E é essa a rotina dos principais técnicos do país. Geralmente em baixa ao serem demitidos, chovem propostas em um mercado escasso, pelo menos na visão dos dirigentes. Vanderlei Luxemburgo é outro bom exemplo. Ao ser demitido do Galo em setembro do ano passado, disse que precisava de um tempo para reciclar-se. Pouco mais de uma semana depois, tinha em mãos uma bela proposta do Flamengo. Luxa não pensou duas vezes, esqueceu a “quarentena” e voltou ao clube de coração.
Muricy: o técnico que mais trabalhou
listas técnicos mais dias empregado - 2 (Foto: arte esporte)Técnicos mais tempo em atividade desde 2003
(Arte Esporte)

Com quase 2.900 dias empregado em cinco dos doze clubes considerados no levantamento desde 2003, Muricy Ramalho lidera o ranking, à frente de Vanderlei Luxmeburgo. Atual campeão brasileiro e da Taça Libertadores, o técnico do Santos acredita que falta uma legislação específica para evitar a instabilidade dos treinadores no país.
- Deveria haver alguma lei nesse sentido, mas é o tipo de coisa que jamais pegaria no Brasil. Outra coisa: o clube deveria ser obrigado a pagar o contrato todo do treinador caso o mandasse embora, mas isso dificilmente acontece. Só quando há multa rescisória no contrato - afirma.
Muricy, que em março deste ano deixou o Fluminense reclamando das condições de trabalho, ressalta que as diretorias costumam errar na escolha de técnicos e que isso ajuda a manter a ciranda rodando sem parar.
- A diretoria erra na avaliação, pois não analisa bem o perfil. Tem muito técnico que serve para um determinado time, mas não faz bom trabalho em outro. É preciso saber avaliar muito bem antes de contratar um profissional. Só assim essa coisa (dança de técnicos) vai começar a diminuir. Só que acho difícil essa situação mudar. Faz parte da cultura do futebol brasileiro.

Há também os técnicos regionais. Quando estava em alta, Leão pulava de rival para rival em São Paulo. Celso Roth é sinônimo de bombeiro em Porto Alegre, enquanto Renato Gaúcho demorou a ter sua primeira chance longe do Rio de Janeiro.

Falta de opção ou de criatividade?
Recém-promovido da Série C para a Série B com o Joinville, o técnico Arthurzinho critica a repetição de nomes no comando dos principais clubes do futebol do país:
-  Sou bem franco: não tenho empresário, marketing e nem assessor de imprensa. Às vezes, outros profissionais não têm o meu currículo, mas os dirigentes buscam no mercado sempre os mesmos nomes para dar satisfação à torcida. Aí é mais fácil errar, tirando um pouco a responsabilidade deles (cartolas). Sou vencedor e tenho currículo. São seis títulos (dois baianos pelo Vitória, um goiano pelo Vila Nova, duas Copas do Nordeste - uma pelo Vitória e outra pelo América-RN -, além de uma Copa Santa Catarina). Sempre treinei mais equipes do Nordeste, espero que possa ser mais visto agora em Santa Catarina.
Mas afinal, são poucas as opções no mercado ou os dirigentes preferem o certo ao duvidoso? Na visão do blogueiro do GLOBOESPORTE.COM José Ilan, são vários os fatores que influenciam os dirigentes brasileiros no momento de contratar um comandante para seu time.
- Os nomes são sempre os mesmos porque há um mercado de técnicos numa ciranda restrita, onde fatores como idade, empresário influente, bom relacionamento e boa reputação nos clubes onde passou pesam e se espalham no meio do futebol. Como numa dança das cadeiras, estes técnicos correm em torno dos cargos. Aqueles que estão fora da brincadeira há algum tempo geram desconfiança dos empregadores. Geram dúvidas se estão mesmo atualizados, se conhecem os clubes, os elencos e se vão se enquadrar nas estruturas atuais – frisou Ilan, que acredita que as trocas, na maioria das vezes, não são feitas baseadas na busca de um profissional mais qualificado, mas sim visando a dar uma nova motivação aos elencos, já desgastados com um treinador.
- É, sim, uma insegurança de quem contrata. Os que estão habitualmente empregados oferecem a sensação de que é mais seguro apostar neles, mesmo que tenham acabado de fracassar com outra camisa. A aposta em geral é na ideia de que o simples fato da troca de comando motiva os jogadores, renova o ambiente. E nesta linha, muitos acabam mesmo dando minimamente certo, nem que seja por pouco tempo. E mesmo que acabem saindo em algumas rodadas, se não fizerem trabalhos desastrosos em sequência, sempre vão achar alguém disposto a lhe dar mais uma chance.

O certo é que, com poucas opções ou não, não é fácil entrar na ciranda. Novos nomes geralmente não contam com o respaldo dos dirigentes e muito menos com a tolerância dos torcedores. No fim de 2009, parecia que o panorama mudaria. Andrade levou o Flamengo ao título brasileiro que não o clube não conquista havia 17 anos. Na temporada seguinte, os clubes apostaram. O Vasco foi de Gaúcho, o Inter buscou o uruguaio Jorge Fossati, o Grêmio tirou Silas do Avaí, e até o Flamengo tentou repetir a receita e efetivou Rogério Lourenço no lugar do próprio Andrade, demitido cinco meses após o hexacampeonato. Nenhum deles teve sucesso.

Em 2011, novas apostas, novos fracassos. O Grêmio trouxe Julinho Camargo, auxiliar de Falcão no rival Internacional. Sem respaldo e resultados, o treinador ficou um pouco mais de um mês no Olímpico. Até mesmo Falcão, maior ídolo da história do Colorado, não teve cem dias de tolerância no Beira-Rio. Foi demitido 99 dias após assumir o comando da equipe.
Os “esquecidos”


Leão ex-técnico do Goiás (Foto: Ag. Estado)Leão: mais de um ano sem emprego (Ag. Estado)

Se não é fácil entrar na ciranda, o mesmo não pode ser dito quanto a sair dela. Uma sequência de trabalhos mal-sucedidos pode fazer com que nomes até então badalados sumam do mapa dos grandes clubes.

Geninho, Oswaldo de Oliveira e Jair Picerni são alguns nomes, mas Emerson Leão, talvez, seja o melhor exemplo. Na década passada, comandou a Seleção Brasileira, foi campeão nacional com o Santos - quando ajudou a revelar a geração de Diego e Robinho -, e passou por Palmeiras, Corinthians, São Paulo, Cruzeiro e Atlético-MG. Era visto como um técnico caro e polêmico, mas nunca lhe faltaram propostas. Desde 2009, no entanto, não circula entre os grandes do futebol brasileiro. Seu último trabalho foi no Goiás, em 2010, de onde saiu há um ano após críticas à diretoria do Esmeraldino pelo atraso no pagamento dos salários.

Leão, entretanto, não acredita que seu perfil polêmico e seu histórico de confusão sejam os motivos por estar afastado do futebol há um ano.

- O meu perfil é de cobrar caloteiro. Estou errado? Dirigentes que te dão cheques e depois sustam. Infelizmente isso não acontece só comigo. Grandes treinadores empregados estão cobrando de clubes grandes... Tive três convites da Série A, mas não foram legais. Penso em voltar a qualquer momento.
Sobre a dança das cadeiras e a experiência de quem é treinador no futebol brasileiro há quase 25 anos, Emerson Leão é duro nas palavras ao falar sobre a alta rotatividade no comando dos clubes do Brasil.

- O futebol brasileiro, para variar, está uma dança de técnicos. Isso é um desrespeito muito grande com os treinadores. Não havíamos chegado nem ao fim do primeiro turno, e mais de 50% dos clubes já haviam mudado seus técnicos. Isso não é normal, isso não existe. Quase nenhum técnico consegue cumprir um ano de contrato.Tem muito treinador no Brasil, muitas pessoas que não estão credenciadas para isso, muitos palpiteiros – concluiu.

Clique e assista a vídeos do Brasileirão


FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/brasileirao-serie-a/noticia/2011/10/na-ciranda-de-tecnicos-cuca-e-o-mais-rodado-na-era-dos-pontos-corridos.html

Rogerinho vinga Feijão, elimina rival equatoriano e avança à final no tênis


Em partida emocionante, brasileiro consegue superar equatoriano, evitar a 'zebra' e se garantir na final deste sábado contra o colombiano Robert Farah

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México

Rogério Dutra da Silva, o Rogerinho, largou a raquete no chão, sem acreditar, quando Julio Cesar Campozano cometeu uma dupla falta. Após 2h56m de sofrimento, com um balde de água fria no segundo set, o brasileiro conseguia enfim fechar o jogo: 2 a 1, parciais de 6/4, (5)6/7 e 7/5. Bateu a zebra equatoriana que, dias antes, tinha surpreendido o amigo João Souza, o Feijão. E botou o Brasil na final em Guadalajara. Neste sábado, a partir das 19h (de Brasília), vai defender o tricampeonato do país nos Jogos Pan-Americanos. O adversário é o colombiano Robert Farah, 230º do mundo.
- Que jogo foi esse, né? Foi o dia em que me senti melhor em quadra, mas fiquei um pouco nervoso na hora de fechar o jogo. Estava 6/4 e 5/4 no saque e depois 5/3 no tie-break e acabou escapando. Mas foi legal porque eu fiquei batalhando até a vitória vir. Ainda bem que vinguei o Feijão, meu amigão - disse Rogerinho.

Pan tênis Rogerinho (Foto: VIPCOMM/Divulgação)O vingador? Rogerinho elimina algoz de Feijão e buca o ouro no Pan do México (Foto: VIPCOMM/Divulgação)

O equatoriano número 399 do mundo não parecia o mesmo que surpreendeu Feijão (107) na primeira fase, e Rogerinho aproveitou. Logo no primeiro game, quebrou o saque do aversário e, com o serviço a seu favor, abriu 2/0. Dali em diante, os dois passaram a confirmar seus saques e alternar os pontos, mas com a vantagem no placar, o brasileiro fechou o primeiro set em 6/4, após bola fora de Campozano.

Dupla falta dá vantagem a equatoriano no tie-break do 2º set
Apesar do começo apagado, o equatoriano se reabilitou nos serviços no segundo set. Rogerinho só conseguiu quebrar o saque do adversário e fazer 5/4 após o árbitro colombiano Carlos Arturo Diaz marcar uma bola fora duvidosa. No entanto, Campozano continuou bem e teve duas chances para devolver a quebra, mas o brasileiro conseguiu evitá-las. Só que o esforço foi inútil, pois, na sequência, o número 399 do mundo conseguiu quebrar o saque, empatou e depois virou o placar a seu favor em 6/5. O equatoriano teve dois set points no game, mas Rogerinho se salvou de novo e deixou tudo igual, agora em 6/6, levando o set para o tie-break.

E o brasileiro ficou a dois pontos de fechar o jogo, mas uma dupla falta sua fez com que o adversário tivesse mais um set point, e dessa vez ele não desperdiçou, fechando o tie-break em 7/6 e empatando a partida por 1 a 1 em sets.

Bolinha estoura e marca a reação de Rogerinho
Na área técnica, Rogerinho parecia desolado com o esforço em vão. Tudo parecia perdido quando o equatoriano quebrou o saque e abriu 5/4. Mas o brasileiro se recusou a entregar a partida facilmente e, após pedir para voltar o ponto depois que a bolinha estourou, também conseguiu quebrar o serviço adversário e empatou o jogo.

Empolgado, na sequência ele fez um game perfeito e passou à frente no marcador sem deixar o adversário pontuar: 6/5. Campozano, que jogava de amarelo, trocou a camisa para a cor branca, mesma que utilizava o brasileiro. Mas o possível "amuleto" não deu sorte e Rogerinho, com triplo match point, fechou a partida em 7/5.

- Estou gostando de estar nessa posição de defender o tricampeonato para o Brasil, depois de tenistas renomados como o Fernando Meligeni e Flávio Saretta. É uma responsabilidade gostosa, legal - disse o brasileiro.

Brasileiras caem na disputa de 3º lugar e ficam sem o bronze
Teliana Pereira não conseguiu repetir a medalha de bronze conseguida no Pan do Rio, em 2007. Jogando ao lado de Vivian Segnini, a brasileira até saiu na frente, vencendo o primeiro set por 7/6. Mas a colombianas Catalina Castaño e Mariana Duque empataram no segundo set (6/4) e depois levaram a melhor no tie-break, 10/6, e garantiram um lugar no pódio nas duplas femininas.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/rogerinho-vinga-feijao-elimina-rival-equatoriano-e-avanca-final-no-tenis.html

Cesar Cielo fecha a tampa, e Brasil vence o revezamento 4x100m medle


Thiago Pereira descansa na última prova da natação, mas como disputou as eliminatórias também ganha o ouro, o 12º da sua carreira em Pans

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México

Cansado após fechar sua maratona de provas, Thiago Pereira só torceu na última disputa da natação em Guadalajara. E o Brasil nem precisou do Mr. Pan para encerrar com ouro a jornada de sete dias no México. No 4x100m medley, a equipe verde-amarela ganhou o reforço luxuoso do melhor nadador brasileiro de todos os tempos. Cesar Cielo fechou o revezamento com mais de dois corpos de vantagem em relação aos americanos, que ficaram com a prata. O bronze, bem mais atrás, ficou nas mãos da Argentina.

Pan natação 4x100m medley Cielo Felipe França Mangabeira Guilherme Guido (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)Cielo faz graça com o mascote: mais um ouro no Pan (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)

De quebra, a vitória coloca a equipe brasileira nas Olimpíadas de Londres. E vale um ouro também para Thiago, que nadou as eliminatórias e, por isso, herda a conquista. É o seu 12º em Pans, isolado como o maior brasileiro da história da competição.

- Para mim, foi um ouro um pouco mais tranquilo porque já peguei o revezamento na frente. Acho que o França fez uma diferença grande na parcial do peito. Foi importante classificar esse revezamento para as Olimpíadas. A gente tinha que fazer abaixo de 3m36s. Agora é acertar algumas falhas que a gente teve para o ano que vem, quem sabe, esse revezamento fazer uma final olímpica – afirmou Cielo.

Pan natação 4x100m medley Cielo (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)Cielo pulou na água bem antes dos adversários (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Desta vez Cielo nem precisou carregar o time nas costas. Quando caiu na água, já tinha o ouro praticamente garantido, com folga para os outros rivais. Méritos para os outros três brasileiros da equipe. Guilherme Guido, que substituiu Thiago no nado costas, entregou em segundo para Felipe França, que tratou de colocar o Brasil em primeiro no peito. Gabriel Mangabeira caiu para nadar borboleta e facilitou a vida de Cielo, abrindo boa vantagem em relação aos Estados Unidos.
Antes mesmo de Mangabeira completar sua perna da prova, Cesão já mostrava confiança à beira da piscina. Mergulhou para fechar a tampa no nado livre e garantiu seu quarto ouro em Guadalajara. Ao olhar para os 3m34s58 no placar, ainda com sua touca dourada, o nadador mais veloz do planeta sentou-se na raia, levantou os braços e sorriu. Missão cumprida no México.

- Eu tentei impor um ritmo forte desde o começo, aproveitar a saída do revezamento que foi muito boa. Consegui abrir bastante e mater a diferença até o fim. É muito difícil sair de uma prova que não foi tão boa (100m borboleta). Mas tem que ter consciência e espírito de equipe para vir fazer uma boa prova no revezamento – explicou Mangabeira, que tinha sido sexto colocado nos 100m borboleta na véspera.

Pan natação 4x100m medley Thiago Pereira torcendo (Foto: Divulgação)Na sala de entrevistas, Thiago Pereira torceu pelos
companheiros (Foto: Divulgação)

Torcida pela TV
Thiago viu tudo de longe. Quando entrou na sala de entrevista coletiva para falar dos 200m costas, o revezamento começou. Por um monitor de TV, torceu pelos companheiros, sabendo que o ouro também seria seu.
- Essa vai ser fácil, vou ganhar sentado – afirmou, e então começou a responder às perguntas dos jornalistas que estavam na sala.

Na segunda resposta de Thiago, Cielo já tinha caído na água para fechar o revezamento com tranquilidade. Quando o campeão olímpico bateu em primeiro, o Mr. Pan já sabia que tinha uma medalha para buscar.
- No 4x100m livre eu fui como reserva, para poupar os titulares. Agora foi uma opção pensando no Brasil em primeiro lugar. Vou pegar a medalha de ouro com o Ricardo de Moura – anunciou.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/cesar-cielo-brilha-e-brasil-fecha-natacao-com-ouro-no-4x100m-medley.html

Brasil x Cuba: fora da quadra, venda de charutos, gentileza e até cabeleireiro


Zé Roberto cedeu horário de treinamento em Guadalajara antes da final; líbero Fabi planeja viagem para conhecer Havana com Yumilka Ruiz

Por Gabriele Lomba Direto de Guadalajara, México

Não, ninguém tem sangue de barata, explica Mari. Sim, elas gritam na rede, são “nojentas”, conta Fabi. Mas, fora das quadras, brasileiras e cubanas trocam gentilezas. Pode-se até dizer que são amigas. A rivalidade entre os países, no vôlei, ficou marcada na década passada e ganhou versão reeditada em 2007, na final dos Jogos Pan-Americanos do Rio. Quatro anos depois, o Brasil ostenta o título de campeão olímpico e, agora, pan-americano, após dar, em Guadalajara, o troco daquela derrota: 3 sets a 2. Cuba, em fase de renovação, comemora o vice. Em clima de amizade: de charutos cubanos a troca de favor em cabeleireiro.

- A gente joga com raiva só porque elas começam a gritar. A gente não tem sangue de barata, né. Mas essa rivalidade foi mais uma coisa da geração anterior à nossa – conta Mari.

vôlei final feminina do Pan de Guadalajara entre Brasil x Cuba (Foto: Luiz Pires/ Vipcomm)Provocações ficam só dentro da quadra, garantem brasileiras (Foto: Luiz Pires/ Vipcomm)

A central Fabiana por vezes ajuda as jogadoras cubanas a fazer trancinhas nos cabelos, serviço que custa caro na ilha. Em algumas competições, elas levam charutos e vendem às adversárias.

- É uma forma de elas ganharem dinheiro. A gente sabe das dificuldades e tenta ajudar. Elas são muito humildes. Talvez se jogassem em qualquer outro lugar, estariam ganhando milhões - disse Fabi.

Do time que jogou a final contra o Brasil no Rio de Janeiro, apenas Santos competiu no México. Um dia antes da decisão, o técnico brasileiro, José Roberto Guimarães, fez uma gentileza.

- Saímos para jantar e voltamos tarde. Nosso treino era às 9h, e o de Cuba às 8h. Minha preocupação era avisar que a eles poderiam treinar em nosso horário. Isso é muito difícil de ser feito. Felizmente hoje a vibração é apenas no jogo. O relacionamento sempre foi bom fora da quadra.
Brinquei: “Tenho medo de alguém querer me bater em Cuba"
Fabi

Zé Roberto foi a Cuba duas vezes, com o time masculino. Da equipe feminina, nenhuma das jogadoras conhece a ilha governada por Fidel Castro. Fabi não ver a hora de ser a primeira.

- Tenho muita vontade. As meninas são “nojentas” só na quadra. Não tem aquela coisa que tinha antigamente de não poder nem se falar.

No Carnaval deste ano, Fabi conheceu Yumilka Ruiz em um camarote no Rio de Janeiro. Ficaram amigas. E a cubana se prontificou a levá-la para conhecer os projetos esportivos do país.

- Já falei que quero visitá-la, mas brinquei: “tenho medo de alguém querer me bater”.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/brasil-x-cuba-fora-da-quadra-venda-de-charutos-gentileza-e-ate-cabeleireiro.html

Desistência de Bartoli em Moscou dá vaga para Radwanska em Istambul


Polonesa disputará o WTA Championship, que começa na segunda-feira

Por GLOBOESPORTE.COM Moscou

Uma virose forçou a francesa Marion Bartoli a desistir do WTA de Moscou. A organização do torneio fez o anúncio na manhã desta sexta-feira, quando a atual número 9 do mundo disputaria a partida de quartas de final contra a russa Elena Vesnina.
O abandono também significou para Bartoli o fim de suas chances de conquistar a oitava e última vaga para o WTA Championship, evento que reúne as oito tenistas que somaram mais pontos na temporada 2011. A francesa precisava conquistar o título em Moscou para ultrapassar Agnieszka Radwanska e ganhar o direito de ir a Istambul.

A polonesa, oitava do ranking, havia sido eliminada na estreia em Moscou e só torcia para que Bartoli não conquistasse o título. A partir de segunda-feira, Radwanska se juntará em Istambul às outras sete classificadas: Caroline Wozniacki, Maria Sharapova, Victoria Azarenka, Petra Kvitova, Vera Zvonareva, Samantha Stosur e Na Li.

Por WO, Vesnina avança para as semifinais do WTA de Moscou e vai enfrentar a vencedora do jogo entre a russa Vera Zvonareva, principal cabeça de chave, e a eslovaca Dominika Cibulkova.

FONTE?
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2011/10/desistencia-de-bartoli-em-moscou-da-vaga-para-radwanska-em-istambul.html

US Open considera fazer final masculina sempre às segundas


Grand Slam americano terminou atrasado nos últimos quatro anos

Por GLOBOESPORTE.COM Nova York

Desde 2008, o US Open teve quatro finais masculinas adiadas para segunda-feira. Agora, a federação americana de tênis (USTA, na sigla em inglês) considera mudar permanente a data da decisão entre os homens e fazê-la sempre às segundas. A revelação foi feita nesta quarta-feira, pelo diretor do torneio, Jim Curley, à agência de notícias Associated Press.

US Open complexo chuva tênis (Foto: Alexandre Cossenza/Globoesporte.com)A chuva atrasou a programação do US Open nos últimos quatro anos (Foto: Alexandre Cossenza)

Segundo o organizador, há duas possibilidades em debate. Uma delas é adicionar um dia ao torneio e realizá-lo em 15 jornadas - em vez das 14 atuais. Neste caso, as semifinais masculinas seriam no sábado e os tenistas teriam um dia de descanso até final na segunda-feira. A final feminina passaria a ser disputada na tarde de domingo, e as mulheres também ganhariam um dia de intervalo entre as semis e a final.
A outra hipótese levantada é manter a final masculina no domingo, mas fazer as semifinais na sexta-feira. Tradicionalmente, o US Open programa as semifinais masculinas para o sábado e a final para o domingo, deixando os tenistas com pouco tempo para descansar até a decisão.
- Estamos apenas começando o processo e, agora, tudo está na mesa. O esporte se tornou muito mais físico ao longo dos anos ao ponto de os jogadores acharem que precisam ter um dia livre entre as semis e a final. Embora os jogadores sejam parte integral do US Open, é um aspecto que temos de levar em consideração juntamente com os fãs que vão ao torneio, os espectadores de TV, patrocinadores, parceiros de televisão nacionais e internacionais. Muitas variáveis precisam ser consideradas - disse Curley, na entrevista.

Nado sincronizado do Brasil mergulha na ‘Era Robótica’ e fatura outro bronze


Brasileira ignoram torcida contra e sobem ao pódio. Canadá conquista o ouro, e americanas levam a prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México

O gingado das brasileiras no forró ficou para trás e os movimentos robotizados entraram em cena na disputa da rotina livre por equipes do nado sincronizado, em Guadalajara. Mais uma vez recheada de difíceis e criativas alçadas, a coreografia do Brasil agradou e o país garantiu seu segundo bronze nos Jogos Pan-Americanos do México. A decisão dos juízes, porém, revoltou a torcida mexicana, que queria ver seu conjunto no terceiro degrau do pódio. Em meio à festa das meninas brasileiras foram ouvidas muitas vaias. Canadá e Estados Unidos ficaram com o ouro e com a prata, respectivamente.
- O pessoal gritando México foi bem assustador. Quando saiu o quarto lugar no placar, a gente ficou pensando:“Será que deu? Será que não deu?”. Mas, quando juntaram as notas e a gente apareceu em terceiro, foi só alegria – disse Joseane Costa.

nado sincronizado do Brasil, nos Jogos Pan-Americanos 2011 em Guadalajara, México  (Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)Equipe comemora a medalha e a vitória sobre as mexicanas (Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM)

Última a se apresentar, a equipe formada por Giovana Stephan, Jessica Noutel, Maria Eduarda Pereira, Lorena Molinos, Joseane Martins Costa, Maria Bruno, Lara Teixeira, Pamela Nogueira e Nayara Figueira ficou com  88.800 pontos na rotina livre, que tinha como tema "Era Robótica". Na quarta-feira, na rotina técnica, elas tinham alcançado 87.625. O Brasil levou o bronze ao somar 176.425 pontos.
- Deu tudo certo, como a gente esperava. A gente entrou logo depois do México, foi meio tenso porque o pessoal ainda estava gritando aplaudindo muito o México. Mas nós estávamos muito focadas e nadamos muito bem – afirmou Joseane.
nado sincronizado do Brasil, nos Jogos Pan-Americanos 2011 em Guadalajara, México (Foto: Satiro Sodré/Agif)Coreografia do Brasil inspirada na "Era Robótica" tem várias alçadas (Foto: Satiro Sodré/Agif)
Minutos antes do Brasil, as mexicanas levantaram a torcida com uma criativa coreografia inspirada na cultura japonesa. A apresentação marcada por muitas alçadas recebeu 89.088 dos juízes. Com isso, as donas da casa ficaram na frente das brasileiras na rotina livre. Mas, no somatório dos dois dias de disputa (quarta e sexta), a equipe verde-amarela levou a melhor.
- Tem que focar muito e ficar muito confiante. Tem que pensar no seu, deixar o resto de lado e fingir que a torcida é para a gente. Se não for assim, o psicológico abala - afirmou Lorena.
Favoritas ao ouro, as canadenses foram campeãs com 95.513 pontos (190.388 no total). As americanas chegaram a 89.838 (179.788) e ficaram com a prata. O pódio da disputa por equipes repetiu o do dueto.

Equipe do Brasil de nado sincronizado no pan (Foto: Satiro Sodré / Agif)Equipe braisleira vibram com a conquista da medalha de bronze em Guadalajara (Foto: Satiro Sodré / Agif)

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Vaiada pelos mexicanos, Seleção sub-20 fica no empate com Cuba


Após resultado de 0 a 0 em Guadalajara, Brasil precisará vencer na última rodada e, assim, não depender de outros resultados para chegar à semi

Por Gustavo Rotstein Direto de Guadalajara, México

Certamente não era dessa maneira que a Seleção Brasileira planejava sua caminhada. Será no sufoco que o time sub-20 buscará a classificação para a semifinal do torneio de futebol dos Jogos Pan-Americanos. Numa partida em que desperdiçou claras chances de gol, principalmente no primeiro tempo, a equipe ficou no 0 a 0 com a fraca Cuba, nesta sexta-feira, no Estádio Omnilife, em Guadalajara, completando o segundo jogo sem vitórias. Com dois pontos e na terceira colocação de seu grupo, precisará vencer na última rodada para não depender de outros resultados para garantir a vaga.

O Brasil volta a campo neste domingo para enfrentar a Costa Rica, às 23h de Brasília (20h locais), pela última rodada da fase de classificação do Grupo B, que tem a Argentina como líder. Mais cedo, nesta sexta-feira, a equipe venceu por 3 a 0 a Costa Rica e passou a somar quatro pontos. Os costarriquenhos estão em segundo, com três, e Cuba tem um.
Com uma atuação de baixo nível técnico, a Seleção sub-20 conseguiu o que parecia ser impossível no México: receber vaias de uma torcida que é só carinho com o Brasil, numa relação construída na campanha da Copa do Mundo de 1970. Ao contrário, a equipe deixou o campo vaiada e ouvindo gritos de "olé".

henrique brasil x cuba pan-americano   (Foto: Reuters)São-paulino Henrique tenta passar pelo cubano Hernandez: atacante perdeu grande chance no primeiro tempo (Foto: Reuters)

Mais uma vez a torcida mexicana chegou mais cedo ao estádio e, antes de acompanhar sua seleção contra Trinidad e Tobago, apoiou a Seleção Brasilera. No entanto, o time de Ney Franco iniciou a partida mostrando nervosismo. Apesar de inferiores tecnicamente, os cubanos se aproveitaram dos muitos erros de passe dos brasileiros e levaram perigo mas pecaram nos chutes.
Os mexicanos já começavam a mostrar impaciência, e até mesmo a apoiar Cuba, quando o Brasil finalmente acordou no jogo e fez valer sua superioridade. Mas o número de claras chances foi o mesmo de gols perdidos de forma incrível. A mais clara delas foi aos 39 minutos, quando Felipe Amorim avançou pela direita e cruzou rasteiro para Henrique. Dentro da pequena área, o atacante tentou dominar, mas foi desarmado no momento da conclusão. Isso depois de Misael, Felipe Anderson e Felipe Amorim terem desperdiçado boas oportunidades.

lucas brasil x cuba pan-americano   (Foto: Reuters)Lucas Zen duela com Aira na partida (Foto: Reuters)

O Brasil foi para o vestiário no intervalo vaiado pela torcida mexicana. Enquanto isso, os cubanos comemoravam no campo o resultado parcial. Sem Cidinho, que não jogou por causa de dores no joelho, Ney Franco tentou mudar o time na segunda etapa colocando o atacante Leandro, do Grêmio, no lugar do meia Lucas Patinho, do Fluminense.
Em seguida, foi a vez de Rafael, do Bahia, entrar no lugar do zagueiro Frauches, do Flamengo. Mas mesmo com quatro atacantes em campo, o Brasil não conseguia criar chances claras de gol, pois insistia muito nas jogadas individuais pelo meio, facilitando a marcação de Cuba.
Diante da inoperância brasileira, a torcida mexicana passou a, gradativamente, migrar para o lado de Cuba. A disposição de seus jogadores era aplaudida, enquanto o público vaiava a falta de objetividade da Seleção. Para completar, aos 45 minutos o árbitro expulsou Leandro, do Brasil, e o cubano Carlos Francisco.

Mas ao fim do jogo a festa foi de Cuba, que deixou o campo comemorando como se fosse um título e foi ovacionada pelos mexicanos.

O Brasil jogou com a seguinte formação: César, Madson, Luccas Claro, Frauches (Rafael) e Henrique Miranda; Lucas Zen, Misael, Felipe Anderson e Lucas Patinho (Leandro); Felipe Amorim (Sebá) e Henrique.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/vaiada-pelos-mexicanos-selecao-sub-20-fica-no-empate-com-cuba.html

Thiago Pereira vence os 200m costas e se torna o maior brasileiro dos Pans


Nadador herda também a vitória no revezamento 4x100m medley e tem agora 12 medalhas de ouro, duas a mais que o mesa-tenista Hugo Hoyama

Por Lydia Gismondi Direto de Guadalajara, México

Desde o início, parecia questão de tempo. Thiago Pereira chegou a Guadalajara com uma maratona de sete provas no calendário e o sonho de se tornar o brasileiro mais vencedor na história dos Pans. No caminho dele estava Hugo Hoyama, do tênis de mesa, que passou pela competição no México e chegou a dez ouros na carreira. Thiago alcançou a marca na quarta-feira, descansou na quinta e reinou na sexta. No último dia da natação, ele ignorou a altitude e venceu os 200m costas com seu melhor tempo no ano, 1m57s19. Chegou a 11 ouros em Jogos Pan-Americanos e, poucos minutos depois, herdou mais um, no revezamento 4x100m medley, por ter nadado as eliminatórias. Tem agora 12 medalhas douradas de Pans na coleção, e nenhum outro brasileiro pode dizer o mesmo.

Pan natação 200m costas Thiago Pereira (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)Número 1: Thiago Pereira é o maior brasileiro dos Pans (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)

Leonardo de Deus, que já tinha vencido os 200m borboleta, não conseguiu voltar ao pódio no nado costas e chegou em quinto lugar, com 2m03s28. A prata ficou com o colombiano Omar Pinzon (1m58s31), e o bronze foi para o americano Ryan Murphy (1m58s50).

Pan natação Thiago Pereira 200m costas (Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)Thiago acena a caminho do pódio: mais um ouro
(Foto: Divulgação/Jefferson Bernardes/Vipcomm)

- Finalmente acabou a semana. Não via a hora de este dia chegar. Não esperava nadar para 1m57s, é o meu melhor tempo. Fazia tempos que não baixava da casa de 1m58s. Fechei com ouro e com recorde pan-americano, não tem como não estar feliz. Não tinha como ter sido melhor - afirmou Thiago, aliviado com o fim da sequência de provas no México.
Para quem estava exausto com a maratona, Thiago aproveitou bem a quinta-feira de folga. Logo na primeira parte da prova desta sexta, ele já disparou na frente, deixando Pinzon para trás. Dali em diante não tomou mais conhecimento dos adversários e cruzou a piscina quatro vezes para fazer história. Apesar da altitude mexicana, o brasileiro fez seu melhor tempo do ano na prova. Dos 16 ouros do país em Guadalajara até agora, nove são da natação, e Thiago estava em seis deles.
Duas provas depois dos 200m costas, o Brasil caiu na piscina para o revezamento 4x100m medley. Thiago descansou e ficou na torcida, mas como tinha nadado as eliminatórias, também tem direito ao ouro. Com Guilherme Guido, Felipe França, Gabriel Mangabeira e Cesar Cielo, a equipe verde-amarela venceu a prova com autoridade, deixando americanos e argentinos para trás. Sem se molhar, Thiago pendurou o 12º ouro no pescoço e fechou sua participação em Guadalajara com seis vitórias.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/jogos-pan-americanos/noticia/2011/10/thiago-pereira-vence-os-200m-costas-e-se-torna-o-maior-brasileiro-dos-pans.html