domingo, 7 de agosto de 2011

Botafogo atropela o Vasco no Engenhão: 4 a 0

Glorioso domina amplamente o jogo, chega a abrir três gols de vantagem no primeiro tempo e goleia no clássico
Loco Abreu comemora gol (Foto:Fernando Soutello/AGIF) Loco Abreu comemora um de seus gols no passeio diante do rival Vasco (Foto:Fernando Soutello/AGIF)

LANCEPRESS!
Publicada em 07/08/2011 às 20:30
Rio de Janeiro (RJ)

Em noite inspirada de Loco Abreu, o Botafogo venceu o Vasco por 4 a 0, neste domingo, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O jogo foi amplamente dominado pelo Glorioso, que abriu três gols de vantagem ainda nos 45 minutos iniciais, com dois do uruguaio e um de Antônio Carlos. Herrera fechou o placar.

FOTOS! As imagens da goleada do Botafogo sobre o Vasco

O Botafogo chegou a 25 pontos e se manteve na sexta posição do Brasileiro, vivo na briga pelo G4. Já classificado para a Copa Santander Libertadores do ano que vem, o Vasco é o quarto, com 27.
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O JOGO
O Botafogo começou o clássico a todo vapor, já mostrando que queria decidir logo. No primeiro minuto, Cortês fez bela jogada pela esquerda e cruzou para Marcelo Mattos, que bateu de primeira, para bela defesa de Fernando Prass. Pouco depois, Renato bateu falta e obrigou o goleiro vascaíno a trabalhar novamente.

De tanto insistir, o Bota conseguiu abrir o placar aos dez minutos. Renato cobrou escanteio pela direita e o zagueiro Antônio Carlos subiu mais alto do que toda a defesa vascaína para colocar a bola no canto direito de Fernando Prass: 1 a 0.

Mesmo atrás no placar, o Vasco não desistiu e buscou o empate. Aos 14, Felipe cobrou escanteio para a área e Alecsandro cabeceou na primeira trave. Jefferson fez linda defesa com a mão esquerda, evitando o gol. Minutos depois, após bela troca de passes do ataque cruz-maltino, Fagner cabeceou para nova defesa. Parecia uma reação.

No entanto, o Glorioso aproveitou melhor suas oportunidades e chegou ao segundo gol. Cortês, em grande forma, lançou Herrera, que chutou para boa defesa de Prass. No rebote, Loco Abreu bateu e aumentou o marcador, aos 27. O Vasco sentiu o golpe e já não conseguia atacar com a mesma constância. E o Botafogo se aproveitou para ampliar, aos 40 minutos. Lucas cruzou da direita e Prass cortou mal. Na sobra, Elkeson tocou para Loco Abreu anotar mais um.

VASCO PERDE DIEGO SOUZA, E HERRERA MATA O JOGO
Para a segunda etapa, o Vasco voltou com uma mentalidade mais ofensiva, buscando alguma reação depois dos três gols sofridos antes do intervalo. Mesmo assim, quem seguiu comandando as ações foi a equipe do Botafogo. Logo aos cinco minutos, Abreu cobrou falta no ângulo e Fernando Prass fez outra bela defesa.

Enquanto o Vasco ainda tentava se organizar, o Botafogo não parava de pressionar, e poderia ter transformado a vantagem em goleada. Aos 15, Cortês cruzou novamente da esquerda, e Abreu, livre na pequena área, acertou o travessão.

Se já estava difícil para o Vasco, tudo piorou aos 20 minutos. Diego Souza fez falta em Cortês, e chutou a bola para longe. Pela atitude, ganhou cartão amarelo. Depois, reclamou com o árbitro Marcelo de Lima Henrique, e acabou expulso, sob olhares de reprovação do técnico Ricardo Gomes.

No finzinho, Renato roubou a bola de Leandro no meio de campo e deu belo passe para Herrera pelo lado direito da área. O argentino bateu cruzado, no canto direito de Fernando Prass, fechando o placar em 4 a 0.

Na próxima rodada, o Botafogo enfrentará o América-MG. O Vasco receberá o Palmeiras.


FICHA TÉCNICA:
BOTAFOGO 4X0 VASCO

Local: Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ)
Data/hora: 7/8/2011 - 18h30min
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ)
Assistentes: Dilbert Pedrosa (RJ) e Rodrigo Joia (RJ)

Cartões amarelos: Cortês, Elkeson (BOT); Dedé, Jumar, Felipe, Diego Souza (VAS)
Cartão vermelho: Diego Souza, 20'/2ºT (VAS)
Gols: Antônio Carlos, 10'/1ºT, Abreu, 27'/1ºT, Abreu, 40'/1ºT, Herrera, 46'/2ºT

BOTAFOGO: Jefferson, Lucas, Antônio Carlos, Fábio Ferreira e Cortês (Márcio Azevedo, 23'/2ºT); Marcelo Mattos, Renato, Felipe Menezes (Lucas Zen, 35'/2ºT) e Elkeson (Cidinho, 30'/2ºT); Herrera e Abreu. Técnico: Caio Junior.

VASCO: Fernando Prass, Fagner, Dedé, Anderson Martins e Márcio Careca (Juninho, intervalo); Jumar, Rômulo, Felipe (Leandro, 31'/2ºT) e Diego Souza; Eder Luis (Julinho, 16'/2ºT) e Alecsandro. Técnico: Ricardo Gomes.

FONTE:

Pé-quente, Zagallo ‘ajuda’ o Botafogo a quebrar tabu

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2011 - Série A



Velho Lobo vai ao Engenhão, dá o pontapé inicial e assiste à primeira vitória do Bota sobre o Vasco em seu estádio


Por Fabio Leme Rio de Janeiro



Se depender dos supersticiosos botafoguenses, Zagallo deverá voltar ao Engenhão em todas as partidas do Botafogo. Convidado pelo clube para dar o pontapé inicial do jogo contra o Vasco, uma homenagem por causa do aniversário de 80 anos que completará na próxima terça-feira, o Velho Lobo viu o Alvinegro de General Severiano vencer pela primeira vez o rival no Engenhão. Sempre bem humorado, o ídolo do clube afirmou ser pé quente e viu o seu número da sorte, 13, decidir o clássico por intermédio de Loco Abreu.
- A satisfação é muito grande. De uma coisa eu tenho certeza, pé frio eu não sou. Dei o passe para o Loco e ele fez dois – brincou.
Zagallo se emocionou ao saber que uma estátua dele será erguida, no setor Oeste do Engenhão, ao lado de grandes ídolos alvinegros, como Nilton Santos, Garrincha e Jairzinho.
- Fiquei muito feliz, o Botafogo na minha vida é tudo. Foi aqui que fui ídolo como jogador e treinador. Muitos são homenageados após a morte, fico contente de poder ter essa homenagem ainda em vida. Tenho busto em Maceió, no Maracanã, mas uma estátua não. Agora completou, chega de bustos – disse.
Sem esconder a felicidade após a vitória, o presidente Maurício Assumpção também fez questão de vir a público para elogiar o Velho Lobo:
- O Botafogo faz mais essa homenagem a um grande ídolo que é um grande vitorioso como jogador, técnico e ser humano. É um exemplo de vida.
Loco Abreu também fez sua homenagem a Zagallo:
- Para a gente é um orgulho um craque como ele ser torcedor do Botafogo. O presente que ele me deu quando cheguei ao clube foi fundamental. Agradeço ao clube por fazer essa homenagem em vida ao um cara importante, não só para o futebol brasileiro, mas para o futebol mundial. É um orgulho para a gente.
Loco Abreu Zagallo Botafogo x Vasco (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)Loco Abreu aplaude Zagallo após o pontapé inicial (Foto: Alexandre Cassiano / Agência O Globo)

FONTE:

Ricardo e Pedro Cunha batem alemães e levam ouro na Áustria

Circuito Mundial de Vôlei de Praia


Em partida com direito a invasão de torcedor pelado, dupla recém-formada no Circuito Mundial vence adversários por 2 sets a 1 no Grand Slam de Klagenfurt




Por SporTV.com Klagenfurt, Áustria



Dupla recém-formada no Circuito Mundial de vôlei de praia, Ricardo e Pedro Cunha conquistaram o primeiro ouro, neste domingo, no Grand Slam de Klagenfurt, na Áustria, a segunda etapa que disputaram. O topo do pódio veio com triunfo sobre os alemães Brink e Reckermann por 2 sets a 1 (parciais 21/19, 18/21 e 15/9). Em Stare Jablonki, na estreia da dupla, eles ficaram em quinto lugar (assista ao vídeo).
Na partida final, Ricardo e Pedro Cunha abriram em 10/7 e assumiram o controle da partida, mas viram Brink e Reckermann empatarem em 15/15. Na sequência, os brasileiros pularam à frente, com 17/15. Novo empate da dupla da Alemanha: 17/17. Mas a recém-formada parceria do Brasil, enfim, chegou aos 21/19.
No segundo set, com 10/7, os brasileiros tomaram as rédeas da parcial. Em seguida, os alemães igualaram em 12/12. E viraram com 16/14. Com 21/18, Brink e Reckermann levaram o segundo set e empataram a decisão em Klagenfurt.
Pedro Cunha e Ricardo conquistam o Grand Slam na Áustria, de Vôlei de Praia (Foto: Divulgação/FIVB)Dupla recém-formada, Pedro Cunha e Ricardo levam o ouro na Áustria (Foto: Divulgação/FIVB)

No terceiro e decisivo set, os europeus saíram na frente com 2/0, mas os brasileiros se recuperaram e fizeram 4/3. Chegaram a impor 9/6 no placar. Depois, abriram quatro pontos de vantagem: 11/7. Até fechar o set e o jogo com tranqüilos 15/9.
O duelo, porém, foi marcado por um momento curioso: pouco antes do ponto final, um torcedor sem roupa invadiu a areia correndo e chegou a se aproximar dos jogadores brasileiros, mas logo foi retirado da quadra pelos seguranças.
Peladão invade final vôlei de praia Klagenfurt  (Foto: Agência Reuters)Torcedor pelado invade a quadra pouco antes da disputa do último ponto (Foto: Agência Reuters)

Nas semifinais, as duplas brasileiras, que chegaram a esta fase pela primeira vez, tiveram uma vitória e uma derrota. Ricardo e Pedro Cunha superaram os americanos Rogers e Dalhausser, campeões olímpicos, por 2 sets a 0 (21/19 e 33/31). Bruno e Billy pararam diante dos alemães Brink e Reckermann por 2 a 0, com parciais de 21/12 e 21/19.
Na disputa pela medalha de bronze, Bruno e Billy foram superados pelos americanos Rogers e Dalhausser por 2 sets a 0 (21/14 e 21/12).


FONTE:
http://sportv.globo.com/site/eventos/circuito-mundial-de-volei-de-praia/noticia/2011/08/ricardo-e-pedro-cunha-levam-titulo-na-segunda-etapa-da-nova-dupla.html


Perto dos 80, 'menino' Zagallo se diverte com Disney e Santos 4 x 5 Fla

Tetra mundial retorna de viagem aos EUA, onde se encantou por Las Vegas, e diz que futebol no clássico na Vila jamais será visto numa Copa


Por Márcio Mará Rio de Janeiro

"Um menino de 8 anos aos 80." Com essa frase, Mario Jorge Lobo Zagallo definiu a sua atual fase às vésperas de se tornar octogenário. Curiosamente, "Menino Zagallo" tem 13 letras. Superstição perfeita para as comemorações do Velho Lobo nesta terça-feira, dia 9. O maior defensor da "amarelinha", como costuma se referir à camisa da Seleção Brasileira, acabou de chegar com a alma renovada de divertida viagem com a família pelos Estados Unidos, onde matou a saudade de duas cidades que adora. Na Disney, em Orlando, os golfinhos e baleias superaram o Mickey Mouse na preferência. Mas Las Vegas deixou o tetracampeão mundial  de boca aberta, especialmente a apresentação que viu do Cirque du Soleil.
- Foi o maior show que vi na minha vida. Como uma final maravilhosa de Copa do Mundo. Com o Brasil, é claro - comparou o tetracampeão mundial, que não tira o futebol da cabeça.

Zagallo é assim desde pequeno. Apesar de ter nascido em Maceió, sua vida foi toda no Rio de Janeiro, para onde a família se mudou quando tinha apenas oito meses de idade. A infância, na Tijuca, era recheada de grandes peladas, principalmente na Praça da Bandeira. Ali, Mario Jorge já era chamado pelo sobrenome Zagallo e temido pelos seus adversários. Jogava no Ameriquinha, que tinha duelos fantásticos com o Cruz de Malta, outro time das cercanias. Na época, era o habilidoso driblador que deixava os adversários no chão e praticamente entrava com bola e tudo. Ao contrário do que se pode pensar, vestia a camisa 10.
Foi logo para o América, onde começou a carreira em 1948.  No primeiro clube de coração, do qual o pai era sócio e frequentador assíduo, já havia trocado de posição e escolhido a camisa 11. Achava que teria mais chances de um dia jogar na Seleção. Veja só. A amarelinha já era sua paixão. O menino de 18 anos e o sonho, no entanto, tiveram um encontro triste em 1950. Como soldado, na Polícia do Exército, acabou escalado como seu pelotão para trabalhar na final da Copa do Mundo entre Brasil e Uruguai. Posicionado no anel superior do Maracanã, ao lado do gol onde estava o goleiro brasileiro Barbosa, viu Gigghia sacramentar a virada por 2 a 1 que levou às lágrimas os 200 mil torcedores espremidos no Maracanã e os milhões no resto do Brasil.
mini header Zagallo 1 (Foto: Editoria de Arte)
O sofrimento daquela derrota só fez crescer em Zagallo o sentimento cívico poucas vezes visto em um atleta. Nascia ali um dos maiores soldados dos gramados. Do América para o Flamengo, Zagallo começou sua transformação. Na Gávea, conheceu Fleitas Solich, técnico paraguaio chamado de bruxo por causa de suas mudanças estratégicas. Foi ele, o bruxo, que convenceu o ponta-esquerda a mudar sua característica. Trocar os dribles pelo jogo coletivo. Recuar para ajudar na marcação. Nascia o Formiguinha, que foi tricampeão carioca em 1955 e ganhou logo vez na Seleção Brasileira.
Com boa "condição orgânica", como costuma dizer, foi importante na conquista da primeira Copa, em 1958. Acompanhado de Pelé e dos alvinegros Garrincha, Didi e Nillton Santos, entre outros craques, repetiu a dose em 1962, já pelo Botafogo, onde também  foi bicampeão carioca no meio de outros jogadores de Seleção - como Amarildo -, pendurou as chuteiras e começou a carreira de treinador. Ali, em General Severiano, o "soldado" virava "coronel". Primeiro nas categorias de base. Nos profissionais, deu outro bicampeonato ao clube, comandando  a outra geração de craques como Gerson, Jairzinho, Paulo Cezar, Rogério, Sebastião Leônidas...

O Botafogo foi o pulo para a Seleção Brasileira. No lugar de João Saldanha, fez as mexidas na base da equipe considerada por muitos e pelo próprio Zagallo como a "melhor que o mundo pôde ver jogar". O tricampeonato em 1970 provou que ele estava certo ao juntar, do meio-campo para frente, craques típicos de um time dos sonhos: Clodoaldo, Gerson, Jairzinho, Tostão, Pelé e Rivellino, fora o reserva de luxo Paulo Cezar, o Caju, que seria titular em qualquer outro país. Atrás, um capitão genial como Carlos Alberto Torres, além de uma zaga formada pelo xerife Britto e o improvisado e bom Piazza. Os eficientes Félix, no gol, e Everaldo, na lateral esquerda, completavam a formação da grande vitória no México.
Que partida é essa, Santos e Flamengo? Sensacional. Foi como se tivesse visto um jogo do passado"
Zagallo
Depois, o tetra como coordenador técnico, em 1994, o vice como treinador novamente em 1998, na França, partidas, títulos memoráveis, derrotas sofridas, seja na Seleção ou nos clubes por onde passou, como Flamengo, Botafogo, Fluminense e Vasco, mostram que Zagallo, nos quase 60 anos dedicados ao futebol, foi o grande onipresente. Em entrevista por telefone, após ter ido ver as obras do Maracanã, diz que está "ótimo" de saúde aos 80, volta a afirmar que é torcedor da "Seleção" e tem paixão dividida pelo Fla e Botafogo. Relembra grandes momentos, como as conquistas com a amarelinha e o tri rubro-negro no gol de Pet. Sobre o futebol atual, achou a Copa América nivelada por baixo, torce por final Brasil x Uruguai em 2014 e  vibrou com o épico Santos 4 x 5 Fla.
- Que partida é essa? Sensacional. Foi como se tivesse visto um jogo do passado. Tinha muito espaço para jogar, como antigamente. Mas isso não vai acontecer numa Copa do Mundo - disse, em meio aos vários toques do celular, enquanto falava com o GLOBOESPORTE.COM.
Confira abaixo a entrevista:
mini header Zagallo 2 (Foto: Editoria de Arte)
GLOBOESPORTE.COM: Perto dos 80, você fez uma viagem pelos Estados Unidos, foi à Disney, Las Vegas. Deu para dar boa relaxada? Como se sente? Um menino de 8 aos 80?
ZAGALLO: Exatamente isso, um menino de 8 anos aos 80. Foi maravilhoso. Sinto-me ótimo, com saúde completa. Já tinha ido outras duas vezes, mas sempre corrido. Agora, passei 15 dias, fui com a minha família. Minha mulher, filha, genro, dois netos. Brinquei com os golfinhos, as baleias, foi o que eu mais gostei da Disney. Mas não mergulhei com eles não... Ainda fiz umas compras por lá. Mas eu achei Las Vegas o ponto alto da viagem. Curti mais. É uma cidade diferente. O grande problema foi o calor. Mais de 50 graus. Um bafo enorme. O jeito era ir para os hotéis, para aproveitar o ar-condicionado. E no Hotel Inn, vi um lindo espetáculo com pessoas no palco dentro d'água, uma beleza. Foi o melhor show que vi na minha vida. Como uma final maravilhosa de Copa do Mundo. Com o Brasil, é claro.

Esse assédio que tem recebido pelos 80 anos não o incomoda? Os telefones não param de tocar, dá para ouvir do outro lado da linha...
De forma alguma. É muito melhor ter a procura do que passar despercebido. Estou me sentindo cortejado. Sou sempre procurado. Nas ruas, me param para lembrar da frase "vocês vão ter que me engolir". Até crianças. Certamente, os pais contam, né? É muito divertido isso...
Zagallo durante entrevista no Maracanã (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Zagallo lembra que, jno jogo do aviãozinho, em amistoso contra a África do Sul, em 1996, fez boa mexida no intervalo, fundamental para a virada do Brasil de 2 a 0 para 3 a 2 (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Foi o fato que mais o aborreceu na carreira? Teve também a caricatura do Romário, a derrota em 1998... O que mais o deixou triste?

Ah, sem dúvida, o que aconteceu com o Ronaldo antes da derrota na final da Copa de 1998 (o jogador teve uma convulsão). Não foi bom vê-lo daquela maneira. Depois, ele me pediu: "Pelo amor de Deus, não me deixe de fora." Eu achei que tinha de escalá-lo. Infelizmente, perdemos por 3 a 0. O "vocês vão ter que me engolir" eu disse como resposta aos críticos, mas a frase pegou, ficou uma coisa engraçada, virou um bordão. A caricatura do Romário eu botei na Justiça e ganhei. Tive problemas com ele em 1998. Foi a ressonância que cortou o Romário. Eu só comuniquei. Mas ele achou que fui eu. E ainda botou o Zico na história, que não tinha nada a ver. Eu não falo mais do Romário como pessoa. Como jogador, foi excepcional, e ponto.

Na sua fase de jogador, qual momento destacaria?
A Seleção de 70 foi a melhor que o mundo pôde ver jogar. Em 1958 não teve televisão"
Zagallo
A conquista da primeira Copa, em 1958. Ali, participei de uma mudança tática, com o técnico Feola, em 1958. Antes do Mundial, quando jogávamos no esquema 4-2-4, só estávamos tomando ferro. Foi quando o Feola me botou para fazer o terceiro homem, o do vaivém, que recuava para ajudar o meio-campo. O jogador de 100 metros. Deu tudo certo. Tenho que agradecer a dois técnicos por isso: o Fleitas Solich, no Flamengo, que mudou minhas características, e o Feola, que me deu a chance na Seleção. Antes disso, eu era a terceira opção para a ponta esquerda. . Na minha frente tinha o Canhoteiro, do São Paulo, e o Pepe, do Santos. Mesmo assim, eu não me entreguei, aproveitei a chance. Estreei na Seleção contra o Paraguai, e fiz dois gols. Pouco antes do começo da Copa, num treino, machuquei o dedo num chute do Bellini, tenho a marca até hoje. Eu e Pelé treinávamos no gol no dois toques. Tínhamos essas opções para um caso urgente no meio do jogo... Fiquei com o braço na tipoia. Pensei que não fosse jogar. O Ricardo Serran, jornalista de "O Globo", é que me avisou no avião que eu seria o titular. Aí, foi o que todo mundo viu depois...

E como treinador?
O tricampeonato mundial em 1970. As mudanças que fiz no time quando assumi no lugar do João Saldanha. Mudanças técnicas e táticas. Passamos do 4-2-4 para o 4-3-3. Tirei o Rivellino e o Clodoaldo do banco. Recuei o Piazza para a quarta zaga. E o Tostão como um pivô de basquete, na frente. Fora o Carlos Alberto, um lateral que funcionava como ala. Mas o principal foi botar o Rivellino na ponta esquerda, voltando para ajudar o meio de campo. O Paulo Cezar Caju é que seria o ponta-esquerda. Foi para o banco...
Ele não ficou contrariado?
Nada. Entendeu pefeitamente a situação. Foi tranquilo. Nunca tive qualquer problema com o PC. Depois ele entrou no time, fez um partidaço. Vou te dizer uma coisa... Ele foi o melhor ponta-esquerda que eu vi jogar. Era aquele jogador de 100 metros. Habilidoso, veloz...
E a Seleção de 70, acha que foi a melhor de todos os tempos?
A melhor que o mundo pôde ver jogar. Em 1958 não teve televisão. As duas foram muito boas, as melhores. Todas cheias de craques. O maior jogo de Copas para mim foi Brasil 1 x 0 Inglaterra, em 1970.
Das seleções que não ganharam Mundial, quais o impressionaram?
A Holanda de 1974, o Brasil de 1982 e de 1998. O Carrossel Holandês montado pelo Rinus Michels era cheio de gênios que não ganharam uma Copa. Perderam a final para a Alemanha, que tinha também uma boa seleção. Mas o time laranja eu chamava de "Crush" da época. Perdemos deles por 2 a 0. Mesmo assim, tivemos chances de vencer aquele jogo. Jairzinho e Paulo Cezar perderam dois gols feitos.
mini header Zagallo 3 (Foto: Editoria de Arte)
E o Brasil de 1982?
Era um grande time, mas não chegou nem em quarto lugar. Foi uma pena. Em 1998, conseguimos chegar à final, apesar dos problemas. Houve aquele imprevisto com o Romário, depois aquela semifinal com a Holanda nos pênaltis, em que eu ia de um a um para passar confiança. Mas na decisão, depois daquele problema com o Ronaldo, o time foi apático.

Arrepende-se de alguma decisão que tomou? Em 1970, por exemplo, muitos reclamam que não foram convocados para o México Dirceu Lopes, Zé Carlos, Ademir da Guia, Eduzinho...
Não me arrependo de nada não. Os que eu tinha que tirar, eu tirei. Foram o Zé Carlos e o Dirceu Lopes, do Cruzeiro. Não tinha jeito. Eu precisava levar dois atacantes de área. Levei o Dario e o Roberto. que, inclusive, jogou a Copa. O que eu mais lamentei de não ter ido foi o Sebastião Leônidas, zagueiro do Botafogo. Estava em grande fase, e tive que cortá-lo por contusão. Talvez fosse o titular ali. Mas não dá para afirmar. Na vida, as coisas mudam de forma surpreendente.

Gostaria de escolher um jogo especial em que sua atuação no banco como treinador foi mais decisiva para uma vitória?
Ah, teve aquele do aviãozinho, contra a África do Sul, em 1996. Um amistoso. Eles fizeram 2 a 0, e a cada gol que marcavam, o técnico deles (Cliver Barker) fazia aquela gracinha na comemoração, imitando um avião. Fiquei quieto. Afinal, não podia fazer nada... Depois, efetuei uma substituição que não me recordo direito (foi a entrada de Zé Elias no meio-campo no lugar de Jamelli) que melhorou muito o time. O Flávio Conceição diminuiu. Fiquei na minha. O Rivaldo empatou. Continuei quieto. quando o Bebeto virou o jogo, com aquele sem-pulo... Não resisti. Corri fazendo o aviãozinho também...

Nos clubes, qual foi o momento mais especial?
Zagallo com as taças da Copa do Mundo (Foto: AFP)Zagallo com as taças da Copa do Mundo (Foto: AFP)
O tricampeonato carioca no Flamengo, em 2001. Aquele gol do Pet, faltando dois minutos para acabar o jogo, foi demais. Uma emoção como se fosse uma Copa do Mundo. Faltavam dois minutos. O Eurico Miranda, presidente do Vasco na época, estava no fosso, fumando aquele charuto. O Joel Santana, o técnico, de  um lado para o outro. A torcida do Vasco comemorava. O Flamengo vencia por 2 a 1, mas o resultado ainda era deles. Precisávamos de dois gols de diferença. Na hora daquela cobrança, segurei o meu Santo Antônio no bolso. O Pet meteu aquela bola no ângulo... Até hoje me arrepio quando revejo aquela cena.

 Zagallo, afinal, qual é o seu time de coração?
Meu time é Seleção Brasileira... E gosto dos dois clubes. No Flamengo eu fui tricampeão como jogador, depois como técnico. No Botafogo, fui bicampeão como jogador, depois me tornei técnico e também fui bicampeão. Tenho forte ligação com os dois clubes. E ainda tem o América, que foi o primeiro clube para o qual torci. Comecei minha vida ali. eu morava na Professor Gabizo, na Tijuca. Tinha o meu time de pelada, o Ameriquinha, muito bom por sinal. Os duelos com o Cruz de Malta... Mas minha paixão maior, sem dúvida, é a Seleção Brasileira.

Por falar em Seleção, o que achou da Copa América?
Para mim, o nível técnico ficou por baixo. As equipes que tinham que chegar não chegaram, como Brasil e Argentina. O Uruguai é que soube marcar bem e fazer os gols. Foi a que fez melhor o vaivém, por isso mereceu o título.

Acha que o Uruguai surge como um dos favoritos para 2014?
Não acredito. Mas até gostaria. Queria ver uma final novamente entre Brasil e Uruguai no Maracanã. Torço para ver o Brasil bater o Uruguai... Estava no Maracanã em 1950... Agora, fui lá para fazer entrevistas, vi a reforma. Vai ficar ótimo.
Muito se falou sobre a partida Santos 4 x 5 Flamengo. Viu o jogo? O que achou?
Que partida foi essa? Sensacional. Foi como se tivesse visto um jogo do passado. Tinha muito espaço para jogar, como antigamente. Os times marcando mal... Saíram nove gols. Mas isso não vai acontecer numa Copa do Mundo. Imagina um Brasil x Inglaterra assim?. Mas pelo visual e para o torcedor, foi muito bom. Fiquei vibrando. Torcendo para o Flamengo, lógico. Estava num jantar, o Santos fez 2 a 0. Quando cheguei em casa, o Flamengo já estava reagindo. "Caramba, que jogo é esse?", pensei. Depois, o Santos voltou a ficar na frente, e o Flamengo virou. Ronaldinho mostrou muita evolução, Neymar estava fantástico...

Imagino que, quando viu o Maracanã em obras para 2014, veio um filme de 1950 na cabeça e os outros momentos que viveu no estádio...
Passou esse filme, sim. Em 1950, estava ali na parte superior da arquibancada, como soldado na Polícia do Exército. Foi muito duro ver aquela tristeza toda do povo com a derrota. Nunca podia imaginar que, oito anos depois, estaria no campo ajudando o Brasil a ganhar a primeira Copa na Suécia. E depois, participar de tudo que participei. Bom demais...

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/selecao-brasileira/noticia/2011/08/perto-dos-80-menino-zagallo-se-diverte-com-disney-e-santos-4-x-5-fla.html

‘O futuro quem diz é o presidente, não é o Dorival’, afirma treinador

Após mais um revés, desta vez em casa, técnico se mantém no cargo


Por GLOBOESPORTE.COM Ipatinga, MG

Definitivamente, o Atlético-MG não consegue deslanchar no Brasileirão. Após dois jogos fora de casa apresentando um bom futebol, mas sem conseguir a vitória, o time enfrentou o Figueirense em casa e acabou derrotado, sob amplo domínio do rival. O resultado deixou o time estagnado em 13º, com 14 pontos, mas a tendência é que a posição piore com o complemento da rodada neste domingo. (Veja os gols do jogo no vídeo).


Sem conseguir dar padrão ao time após 15 rodadas, o técnico Dorival Júnior foi perguntado sobre o futuro dele no Atlético-MG. A resposta veio em poucas palavras.
- O futuro quem diz é o presidente, não é o Dorival.

Com relação à partida ruim de seus comandados, o treinador voltou ao jogo contra o Flamengo (4 a 1 para os cariocas), na sexta rodada, para tentar achar uma explicação. Mesmo assim confessou não saber a resposta definitiva para a irregularida do time.

- Se eu tivesse a resposta (sobre os altos e baixos), com certeza já teria resolvido. Eu não sei, é difícil falar alguma coisa, porque a equipe se mostrou consistente até a partida com o Flamengo. Depois daquela partida, realmente começamos a perder tudo aquilo que havíamos conquistado, como o padrão e a regularidade. Tudo foi por água abaixo.

Dorival também falou sobre a falta de sorte da equipe, já que no exato momento em que reagia, acabou perdendo um jogador por lesão.
- Por incrível que pareça, na hora que esboçamos a reação, com a mudança de comportamento, com as mudanças na equipe, fizemos o gol. E no lance do gol o Dudu se machucou (ele se chocou contra a trave após o cabeceio). A partir daí, naturalmente que as coisas ficaram mais difíceis, mais complicadas. Com um homem a menos, correndo atrás, contra um time de muito toque de bola, era natural que não conseguíssemos criar da forma que precisávamos para conseguir empatar e virar. Ainda assim, tivemos três oportunidades, mas infelizmente não conseguimos.

Sem vencer a três jogos, o Galo volta a campo pelo Brasileirão só no domingo que vem, às 16h (de Brasília), contra o Coritiba, no Estádio Couto Pereira. Mas antes disso, o time tem compromisso pela Copa Sul-Americana, contra o Botafogo, quarta-feira, às 21h50m, no Ipatingão.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/futebol/times/atletico-mg/noticia/2011/08/o-futuro-quem-diz-e-o-presidente-nao-e-o-dorival-afirma-treinador.html

Figueirense bate Atlético-MG e vence a 1.ª como visitante

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2011 - Série A



BELO HORIZONTE - Mesmo jogando em casa e precisando urgentemente de uma vitória, o Atlético Mineiro foi superado pelo Figueirense por 2 a 1, neste sábado, no estádio Ipatingão, em Ipatinga (MG). Melhor para o time de Santa Catarina, que conquistou o seu primeiro triunfo como visitante e dormiu na sétima posição da tabela do Campeonato Brasileiro, com 22 pontos. Já o clube mineiro permaneceu em 13.º, com 15 pontos, mas tem grande chance de se aproximar mais ou até mesmo entrar para o grupo da degola, já que, com exceção do Grêmio, todas as equipes abaixo jogam neste domingo para fechar a 15.ª rodada da competição.


Apesar de jogar como visitante, a equipe catarinense não se intimidou e partiu para cima dos donos da casa desde o início da partida. O time montado por Jorginho entrou em campo atazanando a apática defesa do Atlético, com jogadas inteligentes principalmente de Júlio César e Elias. E foi este último que abriu o placar aos oito minutos, com míssil sem chance de defesa para Giovanni.
Se a defesa atleticana estava apática, o resto do time mineiro não mostrou um desempenho muito diferente. Depois de levar o primeiro gol, a equipe alvinegra ainda tentou esboçar alguma iniciativa. Mas a defesa do Figueirense estava bem armada e poucos lances chegaram a oferecer algum risco real para o arqueiro Wilson.
Ao mesmo tempo, os visitantes passavam a gostar ainda mais da partida e os jogadores do Figueirense se movimentaram com muito mais desenvoltura em campo, tanto no próprio lado quanto em meio à defesa alvinegra. E foi assim até o fim do primeiro tempo, quando o Atlético parecia já esperar ansioso pelo intervalo. No entanto, no último minuto da etapa inicial, Júlio César rolou a bola na área e o mesmo Elias ampliou para os visitantes.


 'Duas falhas nossas e gol deles. A gente tem que tomar vergonha na cara', bronqueou Giovanni ao deixar o campo para o intervalo.


Com o resultado negativo - que fez a torcida soltar uma estrondosa vaia enquanto o time seguia para o vestiário -, a saída para o técnico Dorival Júnior foi mudar radicalmente a tática. O time voltou para o segundo tempo já com as três alterações e uma formação bem mais ofensiva. E as alterações surtiram efeito. No primeiro minuto de jogo, Richarlyson lançou a bola na área e Dudu Cearense, que havia entrado no intervalo, marcou para o Atlético.


Dorival também deve ter dado um puxão de orelha daqueles nos jogadores porque o futebol apresentado pelo anfitriões no segundo tempo foi completamente distinto do desempenho na etapa inicial. Mas o dia não parecia ser mesmo para os anfitriões.
Dudu Cearense se chocou com a trave após o gol e a dor se intensificou com o esforço. Como já havia feito as três substituições, Dorival Júnior ainda pediu para ele permanecer em campo, mas, pouco depois dos 30 minutos, o esforço foi demais e o volante saiu de campo, deixando o Atlético com um jogador a menos. O time manteve a pressão, mas, em vantagem no placar e no gramado, a equipe catarinense apenas administrou o jogo até o apito final.


No próximo domingo, o Atlético enfrenta o Coritiba no estádio Couto Pereira, em Curitiba, e o Figueirense recebe o invicto Flamengo, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.


 'Fica difícil. O time correndo atrás do resultado o tempo todo', lamentou Neto Berola.


ATLÉTICO-MG - 1 - Giovanni; Werley (Neto Berola), Lima, Patric e Leonardo Silva; Eron, Serginho (Dudu Cearense), Giovani Augusto (Wesley) e Richarlyson; André e Magno Alves. Técnico: Dorival Júnior.
FIGUEIRENSE - 2 - Wilson; Coutinho, João Paulo, Roger Carvalho e Juninho; Ygor, Túlio, Maicon (Jackson) e Elias; Héber (Wellington Souza) e Júlio César (Wilson Pittoni). Técnico: Jorginho.
Gols - Elias, aos 7 e aos 45 minutos do primeiro tempo; Dudu Cearense, a 1 minuto do segundo tempo; Cartões amarelos - Patric, Leonardo Silva e André (Atlético-MG); Coutinho, Ygor e Júlio César (Figueirense); Árbitro - André Luiz de Freitas Castro (GO); Renda e público - Não disponíveis; Local - Estádio João Lamego (Ipatingão), em Ipatinga (MG).


FONTE:
http://esportes.br.msn.com/futebol/figueirense-bate-atl%C3%A9tico-mg-e-vence-a-1%C2%AA-como-visitante

Em pouco mais de uma hora, Brasil vence a Coreia do Sul no Grand Pr


Brasileiras tiveram altos e baixos durante a partida e enfrentaram muitos erros de arbitragem. Sheilla e Thaísa foram os destaques da vitória

Por GLOBOESPORTE.COM Busan, Coreia do Sul

Thaisa, Brasil x Coreia do Sul, Grand Prix de vôlei (Foto: FIVB/ Divulgação)Thaisa foi um dos destaques na vitória brasileira
(Foto: FIVB/ Divulgação)

A seleção brasileira feminina venceu sua terceira partida no Grand Prix de vôlei e segue invicta na competição. O adversário na madrugada deste domingo foi a Coreia do Sul, que jogava em casa, na cidade de Busan. O Brasil fez 3 sets a 0 em apenas 1h16m de partida, com parciais de 25/17, 25/20 e 25/22. As brasileiras não tiveram muitas dificuldades com as coreanas, mas sofreram com altos e baixos durante o jogo, além de diversos erros da arbitragem, principalmente dos juízes de linha. Sheilla, com 14 pontos e Thaísa, com 11, foram os grandes destaques da seleção.
- A equipe jogou melhor hoje. Bloqueamos e defendemos bem. Esse é o tipo de jogo importante para o grupo. A Coreia do Sul é um time muito técnico, com muitas variações de jogadas. Isso exige muita atenção. Nosso bloqueio tocou em muitas bolas e conseguimos contra atacar bem. Gostei bastante do jogo - disse o técnico José Roberto Guimarães.
O jogo
No primeiro set, o Brasil não deu chances para a Coreia do Sul. Com um início arrasador, a seleção chegou a abrir 8/1 graças aos ótimos saques e erros de recepção do time da casa. Daí pra frente, o Brasil só administrou a grande vantagem e chegou à segunda parada técnica com 5 pontos de vantagem, vencendo por 16/11. A troca de pontos até o final do set só foi novamente quebrada com a entrada de Sassá no saque. Ela conseguiu três pontos seguidos e aumentou a vantagem brasileira para fechar o primeiro set em 25/17.
O equilíbrio marcou o início do segundo set. O placar se manteve igual até o 5/5, quando o Brasil abriu uma pequena vantagem de três pontos, vencendo por 8/5 na primeira parada obrigatória. Mas a Coreia do Sul melhorou e chegou a assumir a dianteira no placar pela primeira vez quando fez 13/12. O Brasil sentiu muito a queda de produção de Sheilla, que havia sido o destaque do time no primeiro set.
Após a segunda parada obrigatória, quando a Coreia vencia por 16/15, o Brasil teve um ponto a seu favor, assinalado pelo árbitro principal, mas no qual o segundo árbitro apontou para o time adversário. O técnico José Roberto Guimarães reclamou assiduamente e foi advertido pela arbitragem. O equilíbrio do set só foi quebrado quando a seleção abriu 20/19, no sexto erro de saque da Coreia do Sul no set. Daí pra frente só deu Brasil, que fez 2 a 0 no placar em um ataque de Sheilla após grande rali.
Brasil x Coreia do Sul, Grand Prix de vôlei (Foto: FIVB/ Divulgação)Seleção brasileira teve altos e baixos durante a partida e sofreu com os erros de arbitragem, mas ainda ssim conseguiu sair com a vitória em Busan. (Foto: FIVB/ Divulgação)

O terceiro set também começou com muito equilíbrio, mas o que chamou mais a atenção foram os constantes erros da arbitragem. Os juízes de linha – normalmente estes árbitros são do país que recebe a competição, neste caso, da própria Coreia do Sul - erravam bolas claras, o que irritava as jogadoras e a comissão técnica brasileira. Com o jogo empatado em 5/5, Zé Roberto voltou a reclamar e levou cartão amarelo, gerando um ponto para as adversárias. Antes da primeira parada técnica, novo erro e nova reclamação, mas dessa vez sem punição.
O Brasil chegou a abrir 15/9 com a cobertura e o bloqueio funcionando bem, com destaque para Thaísa, que marcou tres de seus 11 pontos nesse fundamento. Mas aos poucos, as coreanas se aproximaram, se aproveitando das grandes defesas de seus bloqueios que começaram a funcionar. A Coreia teve a chance de empatar quando o jogo estava 23/22 para o Brasil, mas outro bloqueio brasileiro, o nono na partida, garantiu o match point. Com um ataque de Sheilla, maior pontuadora da seleção com 14 pontos, o Brasil fechou o set e o jogo.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/volei/noticia/2011/08/em-pouco-mais-de-uma-hora-brasil-vence-coreia-do-sul-no-grand-prix.html

Com direito a pneu, Radwanska vira jogo e vai à final no WTA de Carlsbad

TÊNIS INTERNACIONAL 2011


Polonesa perde primeiro set para alemã Andrea Petkovic, mas consegue a vitória por 2 sets a 1 e chega à sua primeira decisão na temporada



Por GLOBOESPORTE.COM Carlsbad, EUA

tênis Agnieszka Radwanska (Foto: AP)Radwanska comemora a sua virada (Foto: AP)

Depois de perder o primeiro set, a polonesa Agnieszka Radwanska conseguiu se recuperar bem. Com um pneu no segundo set, a número 13 do mundo virou o jogo e derrotou a alemã Andrea Petkovic (11ª do ranking) por 2 sets a 1, parciais de 4/6, 6/0 e 6/4.
A terceira vitória em três jogos contra Petkovic deu à tenista nascida na Polônia a sua primeira ida à final nesta temporada. Agora, Radwanska espera a vencedora do duelo entre a russa Vera Zvonareva e a sérvia Ana Ivanovic.
Tanto Radwanska quanto Petkovic tiveram muitas dificuldades para confirmar seus serviços. A alemã conseguiu aproveitar quatro dos nove break points que teve durante a partida, três deles no primeiro set. A polonesa conseguiu quebrar o saque adversário em sete de 13 oportunidades.

FONTE:
http://globoesporte.globo.com/tenis/noticia/2011/08/com-direito-pneu-radwanska-vira-jogo-e-vai-final-no-wta-de-carlsbad.html

Jael marca no fim sobre o Coritiba e dá liderança provisória ao Flamengo

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2011 - Série A



O atacante marcou no fim da partida e garantiu a vitória do time carioca, que dorme na liderça do Brasileiro
Jael marca no fim sobre o Coritiba e dá liderança provisória ao Flamengo
Reprodução/ESPN

Com um gol de Jael, no fim do segundo tempo, o Flamengo conseguiu uma importante vitória sobre o Coritiba na noite deste sábado, no Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro (RJ), na abertura da 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Com o resultado, o Rubro-Negro não só manteve a invencibilidade na competição, como assumiu a liderança com 33 pontos, dois a mais que o Corinthians.

Porém, o Corinthians entra em campo neste domingo para enfrentar o Atlético-PR e pode reassumir o posto. Já o Coritiba, que ficou a maior parte do tempo recuado, permaneceu com 18 pontos, longe da zona de classificação para a Copa Libertadores.

O Jogo
Logo aos dois minutos de jogo Leonardo Moura cobrou falta pelo lado direito e Renato Abreu, livre de marcação, cabeceou sobre o gol defendido pelo arqueiro Edson Bastos. O lance dava a impressão de que o Flamengo massacraria o rival, o deixando acuado em seu campo. Porém não foi bem dessa maneira que a partida teve sequência.

Melhor organizado em campo, o Coritiba conseguia neutralizar os pontos fortes do Flamengo e ainda encontrava meios de assustar o rival. Como aos 18 minutos, quando Léo Gago cobrou falta e a bola passou à esquerdo da trave do goleiro Felipe. Dois minutos depois o camisa 1 flamenguista levou um susto em um chute de Rafinha, sobre o gol.

Com dificuldades para penetrar na defesa rival, o Flamengo conseguiu assustar na bola parada. Aos 33 minutos, Renato Abreu cobrou falta com violência e Edson Bastos fez uma difícil defesa. O último lance de perigo da primeira etapa veio cinco minutos depois em um chute de Deivid que passou sobre o travessão.

Se a primeira etapa foi marcada por um jogo sem muitas emoções, o segundo tempo reservou maiores emoções em seu começo. Aos seis minutos, Léo Gago chutou com perigo sobre o gol. A resposta do Flamengo veio dois minutos depois, em chute de Renato Abreu, que também fez a bola passar por cima do travessão.

Aos 11 minutos o Flamengo teve grande oportunidade. Ronaldinho Gaúcho cobrou escanteio, Deivid cabeceou e a bola bateu na zaga. No renote, de dentro da área, Renato Abreu mandou sobre o gol. O Coritiba também assustou aos 14, quando Tcheco cobrou escanteio, Jonas cabeceou e Felipe fez uma grande defesa, se esticando para evitar que o zero saísse do placar.

A partir dos vinte minutos a pressão do Flamengo ficou muito forte, com o Coritiba não conseguindo passar do meio-de-campo. Porém, o Rubro-Negro insistia em não trabalhar a bola, o que facilitava a vida dos paranaenses. Na base da força os cariocas quase abriram o marcador aos 38 minutos, quando Jael recebeu de Renato Abreu e chutou com força, fazendo a bola bater na trave de Edson Bastos.

De tanto insistir o Flamengo conseguiu abrir o marcador aos 44 minutos. Ronaldinho Gaúcho fez boa jogada pela direita e cruzou para a cabeçada perfeita de Jael, que venceu Edson Bastos e definiu o placar.

As duas equipes voltam a campo no próximo domingo. O Flamengo visita o Figueirense no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis (SC) Já o Coritiba recebe o Atlético-MG no Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR).



FONTE:
http://esportes.br.msn.com/futebol/jael-marca-no-fim-sobre-o-coritiba-e-d%C3%A1-lideran%C3%A7a-provis%C3%B3ria-ao-flamengo

Uma opção para quem não tem saco para ouvir o vizinho gritando Mengôôôôô



FONTE:
http://blogdopcguima.blogspot.com/2011/08/uma-opcao-para-quem-nao-tem-saco-para.html

Na estreia de Roth, Grêmio segura empate e tira 100% do Palmeiras no Canindé

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2011 - Série A



Palmeiras e Grêmio não sairam do zero a zero na estreia de Celso Roth como técnico gremista

Na estreia de Roth, Grêmio segura empate e tira 100% do Palmeiras no Canindé
Reprodução/ESPN

O placar não foi o melhor de todos, mas a estreia de Celso Roth no banco de reservas ao menos mostrou um time com muita vontade em campo. Os gaúchos vieram até São Paulo e seguraram um empate por 0 a 0 com o Palmeiras, acabando com o aproveitamento perfeito alviverde em jogos dentro do Canindé nesta temporada. Até aqui, os paulistas haviam vencido seus quatro jogos dentro do Canindé neste Campeonato Brasileiro, contra Atlético-PR, Avaí, Atlético-GO e Atlético-MG.

Com o resultado, o Grêmio, que não vence há quatro jogos, pode até terminar a rodada na zona de rebaixamento da competição. O time gaúcho é o atual 15º colocado com 15 pontos, dois a mais que o Avaí, primeiro dentro da degola neste momento. Se os catarinenses vencerem o São Paulo, e o Atlético-MG bater o Figueirense, o Grêmio entra na zona do rebaixamento.

Já o Palmeiras chega aos 27 pontos mas perde a chance de entrar no G4. O time paulista tem a mesma pontuação do Vasco, mas está com uma vitória a menos.

Palmeiras e Grêmio voltam a campo apenas no próximo final de semana pelo Campeonato Brasileiro. Os gaúchos recebem o Fluminense no domingo, enquanto o Palmeiras vai até o Rio de Janeiro para fazer um jogo de seis pontos contra o Vasco. Antes, porém, o time alviverde pega os próprios vascaínos pela Sul-Americana, na quinta-feira.

O jogo - Com Celso Roth no banco pela primeira vez, o Grêmio começou empolgado e assustou logo aos cinco minutos do primeiro tempo. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para André Lima, mas o atacante furou e desperdiçou uma boa chance de abrir o placar.

Em casa, o Palmeiras até dominava a partida e tentava pressionar os rivais, mas só conseguia chegar perto do gol em bolas paradas. Marcos Assunção, porém, não se mostrava tão inspirado e parou várias vezes na barreira gremista. Nos escanteios, a zaga tricolor se mostrava atenta.

Se o Palmeiras não conseguia chegar, o Grêmio assustava nas poucas chances que tinha. Já no final do primeiro tempo, Fábio Rochemcak cobrou bela falta da potna esquerda e obrigou Marcos a se esticar todo para fazer a defesa.

Se o primeiro foi morno, o segundo teve muito mais emoção. Logo aos 5 minutos, Valdívia fez boa jogada, achou espaço na marcação e chutou rasteiro, mas a bola acabou nas mãos do goleiro Victor. Pouco depois, o chileno ainda reclamaria de um pênalti de Adilson, mas o juiz mandou seguir.

Aos 9, o palmeiras quase abriu o placar. Gerley fez boa jogada pela esquerda e descolou ótimo cruzamento. A bola ficou limpa para Partik, que finalizou de voleio, mas não conseguiu acertar o gol gremista.

O Grêmio só assustou aos 11 minutos. Após bate-rebate, a bola sobrou de novo para André Lima. Desta vez, o atacante conseguiu acertar o chute da entrada da área, mas a bola acabou passando perto do travessão.

Porém, era o palmeiras quem pressionava e chegava com perigo por várias vezes. Aos 18, Patrik recebeu de Henrique e teve nova chance, mas parou em uma boa defesa de Victor. Pouco depois foi a chance de Dinei, que havia acabado de entrar, ter boa chance. Após confusão na área, o atacante tentou finalizar, mas a bola acabou desviando na zaga e saindo pela linha de fundo.

Mesmo jogando mal, o Grêmio teve a última grande chance de vencer. Após troca de passes, Leandro apareceu livre na entrada da área e tentou encobrir Marcos, mas o goleiro palmeirense saiu muito bem e ficou com a bola na mão.

FICHA TÉCNICAPALMEIRAS 0 X 0 GRÊMIOLocal: Estádio do Canindé, em São Paulo (SP)
Data: 6 de agosto de 2011, sábado
Horário: 18h30 (de Brasília)
Árbitro: Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG)
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Helberth Costa Andrade (ambos de MG)
Cartões amarelos: Marcos Assunção, Gerley, Henrique, Valdivia (Palmeiras). Vilson, Douglas (Grêmio)
Público: 15.762 pagantes
Renda: R$ 422.028,00

PALMEIRAS: Marcos; Cicinho, Henrique, Maurício Ramos e Gerley; Márcio Araújo, Marcos Assunção, Patrik (Vinícius) e Valdivia; Maikon Leite (Dinei) e Kleber. Técnico: Luiz Felipe Scolari

GRÊMIO: Victor; Adilson, Vilson, Rafael Marques e Bruno Collaço; Gilberto Silva, Fábio Rochemback, Douglas (Marquinhos), Lúcio (Escudero) e Leandro (Miralles); André Lima. Técnico: Celso Roth



FONTE:
http://esportes.br.msn.com/futebol/na-estreia-de-roth-gr%C3%AAmio-segura-empate-e-tira-100percent-do-palmeiras-no-canind%C3%A9

Brasil bate a Colômbia, chega à final e se classifica para a Copa do Mundo

Seleção brasileia vence por 6 a 2, carimba o passaporte para o Mundial da Itália e pega a arquirrival Argentina na decisão das eliminatórias, no domingo


Por Igor Christ Rio de Janeiro

Debaixo de forte calor, o Brasil fez valer o favoritismo e goleou a Colômbia por 6 a 2, pelas semifinais das eliminatórias sul-americanas, na Arena Copacabana, no Rio de Janeiro. Além de garantir vaga na decisão da competição, a seleção brasileira também carimbou o passaporte para a Copa do Mundo, que será realizada em Ravenna (Itália), em setembro. Com dois gols, um deles de bicicleta, o atacante André foi o destaque da partida. Benjamin, Daniel, Bruno Malias e Anderson completaram a vitória verde-amarela. Moshamer marcou duas vezes para os colombianos.
- Toda equipe que jogar com o Brasil vai entrar em quadra bem fechada para não levar muitos gols e com a Colômbia não foi diferente. Estava muito quente, mas nosso time soube ter tranquilidade para aproveitar as oportunidades e garantir a classificação para a final e para a Copa também - disse o defensor Anderson.
futebol de areia brasil colômbia (Foto: Diego Mendes / CBBS)O defensor Anderson sendo vigiado de perto pelos jogadores da Colômbia (Foto: Diego Mendes / CBBS)

Na final, às 12h30m de domingo, o time canarinho enfrenta a eterna rival Argentina, que venceu a Venezuela por 3 a 2, na preliminar, e também garantiu seu lugar no Mundial. Em duelo bastante equilibrado, os hermanos saíram na frente, levaram a virada, mas arrancaram a vitória no final do jogo. Larreta, Dallera e Franceschini marcaram para os argentinos, enquanto Miguel e Ginalucca fizeram para a equipe 'Vino Tinto'. Venezuelanos e colombianos disputam o terceiro lugar e a última vaga para a Copa do Mundo, também no domingo, às 11h15m.
jorginho bruno malias futebol de areia brasil colômbia (Foto: Diego Mendes / CBBS)Jorginho comemora Bruno Malias mais um gol da
seleção brasileira (Foto: Diego Mendes / CBBS)

Com apenas 30 segundos, o Brasil abriu o placar em cobrança de falta do capitão Benjamin. Um minuto depois, André arrancou pela esquerda, chutou cruzado e contou com o desvio da zaga para fazer 2 a 0. Aos três, a Colômbia diminui, com Moshamer, também de falta. O gol não abateu a seleção brasileira, que seguiu no ataque. Aos cinco, André recebeu de costas para a área, dominou no peito e mandou de bicicleta no cantinho, levantando a torcida. No lance seguinte, Daniel bateu falta com precisão, no ângulo, e marcou o quarto do Brasil.
No segundo período, Bruno Malias, artilheiro da competição, anotou o quinto em cobrança de pênalti e fez seu 12º gol. Aos sete, Moshamer marcou o segundo dos colombianos, de pênalti. No minuto final da etapa, Benjamin tentou fazer a cavadinha na cobrança de pênalti, mas o goleiro Bolaño estava atento e defendeu. Na terceira etapa, os dois times sentiram o calor e o ritmo de jogo diminuiu. Mesmo assim, o Brasil ainda fez mais um. Anderson tabelou com Jorginho e encheu o pé para sacramentar a vitória e a vaga na final: 6 a 2.
- A torcida ficou acostumado com as goleadas, mas o time todo estava desgastado devido aos últimos jogos seguidos e o objetivo final foi conquistado, que era classificar o time para a Copa do Mundo - encerrou o defensor Daniel.
futebol de areia brasil colômbia (Foto: Diego Mendes / CBBS)Seleção brasileira comemora vaga na final e classificação para Copa do Mundo (Foto: Diego Mendes/CBBS)


FONTE:

'O futebol chegou ao limite técnico. É só correria', diz Zagallo




'O futebol chegou ao limite técnico. É só correria', diz Zagallo
"Zagallo completa 80 anos na próxima terça-feira, dia 9"

RIO - Quando o alagoano Mário Jorge Lobo Zagallo começou a jogar futebol, no final da década de 40, no infantil do América do Rio, a bola avermelhada era pintada de branco para os treinamentos noturnos. Agora, ao comemorar 80 anos, na terça-feira, 9 de agosto, o único tetracampeão mundial da História (duas vezes como jogador, uma como treinador e outra como coordenador) vaticina o fim da evolução técnica no futebol. 'Os espaços estão muito congestionados, como o trânsito de São Paulo. O futebol mundial chegou ao limite técnico. É uma correria só.'

Testemunha ocular do Maracanazo de 1950 - servia o Exército e trabalhou no estádio durante a partida -, Zagallo jamais imaginou que oito anos depois estaria defendendo o Brasil em seu primeiro título na Suécia. Além de ter sido autor de um dos gols da final (5 a 2 sobre a Suécia), foi responsável por introduzir no País o sistema de jogo 4-3-3, substituindo o tradicional 4-2-4. Hoje, um atacante ajudar na marcação é corriqueiro. No Brasil, foi o primeiro a fazê-lo.
Em 2006, participou pela última vez da seleção brasileira, como auxiliar-técnico, repetindo a dobradinha campeã de 1994. Ele lamenta não ter colaborado com o treinador Carlos Alberto Parreira como gostaria. Um ano antes, havia passado por seriíssima cirurgia e, na concentração, ia de madrugada ao quarto dos médicos da delegação pedir remédios para depressão.

Primeiro jogador do futebol brasileiro a ganhar passe livre e atleta de poucas camisas - atuou pelo América, Botafogo e Flamengo -, Zagallo passa em revista uma longa e vitoriosa carreira. Fala de craques que conviveu em diversas épocas e só não perdoa Romário. 'Foi um grande jogador. E ponto.'

Antes de marcar sua carreira como jogador do Flamengo e do Botafogo e da seleção brasileira, o senhor passou pelo América. Sempre falou muito bem dos três clubes. Mas, afinal, qual o seu o time de coração?
O Flamengo e o Botafogo me projetaram para o futebol. Tenho um carinho especial por tudo que os dois clubes fizeram por mim. Mas comecei no América em 1947, ainda no infantil. Nasci em Maceió e minha família se mudou para o Rio em 1932. Morávamos na Tijuca, bem perto da sede do América. Meu pai foi conselheiro e benemérito do clube. Eu vivia lá, onde disputei competições de tênis de mesa e natação. Então não tem como ser diferente. Torço pelo América. Assim fico bem com todo mundo.

Como era o futebol naquela época?
Muito amador. A gente jogava com uma bola meio avermelhada, pesada demais. Ela descascava e tinha de ser pintada para ser reaproveitada, principalmente nos treinos da noite.

Na final da Copa de 1950, o senhor viu a derrota do Brasil para o Uruguai. Quais as suas recordações daquela tarde?
Eu prestava serviço militar no Exército. Meses antes da Copa, fui ao Maracanã com meu pelotão retirar madeira da arquibancada. No dia do jogo, estava lá de verde-oliva, cassetete, capacete, 'bate-bute'. Na arquibancada, eu deveria ficar de costas para o campo, mas vi perfeitamente o gol fatal do Ghiggia (Uruguai venceu por 2 a 1). Aquele delírio, com 200 mil pessoas acenando lenços, acabou tudo ali.

Depois de assistir à final de 1950 na arquibancada, em 1958 o senhor foi um dos protagonistas...
Jamais poderia imaginar que oito anos depois eu estaria vestindo a amarelinha para ser campeão do mundo pela primeira vez. O Vicente Feola (técnico da equipe) introduziu uma mudança tática no futebol brasileiro, transformando o 4-2-4 num 4-3-3. Eu era a terceira opção na época, atrás de Canhoteiro e Pepe, para ocupar a posição de ponta-esquerda mais recuado. Na minha estreia pela seleção, no Maracanã, contra o Paraguai (em 4 de maio de 1958), ganhamos de 5 a 1, e eu fiz dois gols. Mas em outro amistoso com a Bulgária, no Pacaembu, eu olhei a escalação e não vi o meu nome. Fiquei preocupado, estávamos às vésperas da Copa do Mundo na Suécia. Então o médico Hilton Gosling me chamou num canto e disse: 'Fica quieto, você já está escolhido. Agora o Pepe e o Canhoteiro vão disputar uma vaga
.'
O senhor viu em 1958 o nascimento de um craque, Pelé. Todos agora se espantam com Neymar. Mesmo com estilos diferentes, há termo de comparação entre os dois?
Eu já conhecia o Pelé, mas só o tinha visto jogar rapidamente uma vez no Maracanã pelo Torneio Rio-São Paulo. O Neymar é o Neymar. O Pelé foi e sempre será o melhor jogador do mundo. Não vai ter outro igual. Falam de Messi, Neymar, Maradona. Mas a distância desses para Pelé é brutal. Um jogador completo, que jogava muito bem com a perna esquerda e com a direita. Ele fez gol de tudo que é maneira, o único a fazer mais de1.200.

Nas Copas de 1958 e 1962 havia outro gênio na seleção. Como foi a experiência de jogar ao lado de Garrincha?
O meu técnico no Flamengo, Fleitas Solich, apitava falta toda vez que eu driblava. Só permitia o drible quando não havia alternativa. Na seleção, em 1955, o técnico era o Zezé Moreira. Ele colocava uma cadeira no campo, no lado direito do ataque, e mandava que o Garrincha cruzasse a bola quando chegasse naquele ponto. Evidentemente que o Garrincha não respeitava nada. Ele driblava a cadeira, voltava, repetia o drible e só depois cruzava. Eu queria ver o Fleitas ir lá em General Severiano (sede do Botafogo) para dizer ao Garrincha que marcaria falta a cada drible dele. Quem viu, viu, quem não viu, vai ficar na saudade. Era fantástico.

Por que a escassez do drible hoje no futebol mundial?
O futebol está mudado. Futebol é um trânsito congestionado. Bota o trânsito de São Paulo no meio de campo e você imagina o que é o futebol atual. Dificilmente há jogos de beleza para se ver. É um tal de não deixar jogar.

Quando isso começou?
Em 1966, na Inglaterra. Já em 1970, no México, a altitude impediu um pouco isso e a própria técnica sobrepujava a condição física. A gente tinha mais valores técnicos que brucutus.

Houve algum time superior ou equivalente ao do tricampeão mundial em 1970?
Nós tivemos um time praticamente idêntico, o de 1958, com Garrincha e Pelé. Mas não havia TV para mostrar. Em 1970 se deu o estouro. O Brasil jogou uma enormidade no México e a TV exibiu tudo para o mundo inteiro. Em 1958, só quem estava em Estocolmo viu aquela maravilha.

Em 1970, cinco anos depois de deixar os gramados, o senhor dirigiu a seleção do tri. Houve uma mudança de esquema tático para escalar um grande número de jogadores extraordinários?
Seria inadmissível que eu, então como técnico, não fizesse como Feola em 1958, que abriu mão do 4-2-4 para efetivar o 4-3-3. Minha ideia era usar o 4-3-3 com o Paulo Cesar Caju na ponta esquerda. As coisas se modificaram. Passei o Piazza para a zaga, e botei no time titular o Rivellino e o Clodoaldo, reservas de João Saldanha. Como o Paulo não vinha bem, conversei com o Rivellino e o escalei na ponta-esquerda, com a ordem de ajudar na marcação.

O senhor não queria escalar Pelé e Tostão juntos...
A principio, o Tostão seria reserva do Pelé. Convoquei o Roberto Miranda e o Dario, pois a ideia inicial era jogar com o Roberto na frente. Depois, mudei. Escalei o Tostão de centroavante e eu mesmo achei que essa mudança não daria certo. Mas a inteligência do Tostão se sobressaía. Só teve ali um momento de dúvida. Ele tinha um problema na vista e precisava evitar o choque. Por isso, eu questionei o oftalmologista que o atendeu: 'Escuta, se o Rivellino der um chute forte e o Tostão ficar na frente, pode correr algum risco?' E ele me respondeu: 'Não, ele andou até na montanha russa!' Mas eu não perguntei nada disso. Eu queria saber do impacto da bola na cabeça dele. A resposta me deixou mais confuso ain
da.

Incomoda aquela associação de que o presidente Medici interferiu na saída de João Saldanha e na convocação de Dario?
Quem provocou essa onda toda foi o próprio Saldanha, como jornalista. Ele fez uma coluna na qual dizia que o Médici era um fã do Dario e que o jogador seria convocado por mim. Você acha que um presidente da República ia falar com um técnico de futebol para convocar esse ou aquele jogador? Você acha que o Dario não seria o titular da seleção brasileira se o Médici viesse falar comigo? Pois bem. Ele não foi titular nem quando houve necessidade de um substituto para o Tostão, por questões médicas. Foi o Roberto Miranda quem entrou. A resposta está dada. A verdade está clara. Quiseram falar que naquele momento eu peguei um time pronto, coisa e tal. Mentira! Mudei tudo. Se não fosse daquele modo, nós perderíamos a Copa do Mundo.

Sempre se diz que o senhor mostrou desdém em relação à Holanda no Mundial de 1974 na Alemanha. É verdade?
Perfeitamente, foi intencional. Eu era o técnico da seleção brasileira, tínhamos perdido a base de 1970, e fomos enfrentar a coqueluche do futebol mundial daquela Copa: a Holanda (o Brasil perdeu por 2 a 0 e teve que se contentar com a disputa do terceiro lugar, quando perdeu para a Polônia por 1 a 0). O que eu ia fazer? Enaltecer o adversário? Não, eu queria diminuí-lo.

O Brasil ficou 24 anos sem um título mundial. Em 1994, o senhor estava de volta lá, como coordenador técnico. Seu trabalho era passar sua experiência para o Carlos Alberto Parreira?
A CBF apostou na mesma comissão técnica de 1970. O Parreira seria o técnico. Ele foi sempre meu assistente, acreditava em tudo o que eu falava. Eu estava ali como um técnico também, mas a palavra final era dele. Nos dávamos muito bem. Mas havia uma campanha muito grande contra nós. Diziam que não estávamos jogando o verdadeiro futebol brasileiro. Nosso time era aplicado, sabia o que fazer em campo. Tínhamos um time e mostramos que estávamos certos.

Qual o peso do Romário na conquista?
Importante, era o jogador de área. Nós demos um castigo nele na fase de classificação, depois que ele não aceitou a decisão do Parreira de ter escalado Bebeto e Careca num treino em Porto Alegre. O Parreira veio falar comigo: 'Olha, o Baixinho já fez m.' Então eu disse: 'Deixa ele comigo'. Cheguei no hotel, chamei o Romário no quarto e o Parreira também e disse: 'Aqui a ordem vem de cima para baixo. Quem determina a escalação do time é a comissão técnica. Não é você.' Tomei a atitude porque numa fração de segundos a gente poderia perder a liderança. Se a gente cede, o que ia acontecer? Ele ia lá na frente dos outros, conheço a criatura, e ia dizer: 'Olha lá, peitei e vou jogar.' Só voltamos com o Romário no último jogo das Eliminatórias, contra o Uruguai, no Maracanã, quando ele fez dois gols.

Mas ele foi importante ou fundamental na conquista de 1994?
Fundamental, está bem, como você quiser. Mas não se pode esquecer o papel do Bebeto, que era quem dava as bolas para ele fazer os gols.

Sua relação com Romário é delicada...
Teve aquele Brasil x Peru (em 1997, semifinal da Copa América). A seleção ganhava por 5 a 0, e eu fiz a última substituição. Chamei o Edmundo. Eles não se davam bem. Na primeira bola em profundidade, o Romário saiu mancando, com a mão na virilha. Ficamos com 10 em campo. O jogo seguinte era em La Paz. Antes da preleção, eu chamei o Lídio Toledo (médico da equipe), e reuni a comissão técnica no meu quarto: 'Você vai lá e pergunta ao Romário se ele está em condições ou não.' Aí o Lídio respondeu: 'Ele disse que ainda vai fazer um teste dentro de campo.' Decidi na mesma hora: 'Então ele não vai jogar e nem vai ficar no banco.' Tive peito, porque não é fácil tirar o Romário de uma final. Eu fiz isso porque eu não gosto de safadeza. E eu sempre o convoquei em todas as situações. Tenho com ele uma relação delicada. Ganhei processo contra o Romário pelas caricaturas no Café do Gol (no fim do Mundial de 1998, mandou pintar na porta de banheiros de seu bar imagens de Zico e Zagallo num vaso sanitário). Não cabe mais recurso. São R$ 800 mil.

Quem é o Romário para o senhor?
Ele foi um grande jogador. Ponto. Nada além disso. Não posso falar mais nada sobre ele.

O senhor escalaria de novo o Ronaldo ( teve uma convulsão horas antes da decisão com a França) se pudesse voltar à final da Copa do Mundo de 1998?

Sem dúvida. Ele foi para um clínica francesa. Fez todos os exames, não deu absolutamente nada. No vestiário (do Stade de France), o Ronaldo chegou já com meia, chuteira, calção e disse: 'Eu quero jogar'. 'Mas você não passou mal?' 'Zagallo, eu não tenho nada. Tive um problema seis, sete horas atrás, o exame não acusou nada, estou me sentindo bem, não faça isso comigo, eu não sou criança, não me tire dessa.' O cara foi tão veemente, disse isso ao lado do Lídio e do Joaquim da Matta (outro médico da delegação) e ninguém falou nada. Tomei a atitude que caberia.

Existiu pressão de patrocinador?
Isso não existe, pô. Isso é balela, pô. Não tem nada a ver.

Antes da Copa de 1998, o senhor teve dois momentos importantes pela seleção. A perda da medalha de ouro nos Jogos de Atlanta, em 1996, e a vitória da Copa América, em 1997. Qual dos dois foi mais marcante?
Foi triste deixar escapar a medalha inédita na Olimpíada depois de estar vencendo por 3 a 1 (contra Nigéria) e o jogo acabar 4 a 3. Ficou um nó na garganta até hoje. Ficamos só com o bronze. Duro, muito duro mesmo. Já em 1997, a seleção estava sob muita pressão (na Copa América) e as críticas eram diárias. Foi quando eu disse a frase: 'Vocês vão ter que me engolir!' Já ouvi isso até em casamento em que fui como convidado e acabei mais fotografado que a noiva. Foi um recado para quem só falava mal.

Um tumor benigno no abdômen levou o senhor a uma cirurgia grave em 2005. A recuperação foi lenta. Por causa disso não conseguiu auxiliar Parreira como imaginava no Mundial de 2006?
Exatamente isso. Eu saía de madrugada do meu quarto, lá na Alemanha, para procurar os médicos, para tomar injeção, remédios. Fiz uma operação que durou sete horas, retirei a vesícula, parte do estômago e do intestino e com reconstrução do pâncreas. Eu estava e não estava com a seleção. Estava perdidão.

O Maracanã passa por reformas e, segundo especialistas, vai ficar desfigurado. Como vê isso?
Do jeito que ficar, o Maracanã jamais vai ser esquecido. Agora, vem com outra tecnologia, vão aproveitá-lo de uma maneira diferente, mas nunca deixará de ser o Maracanã, com todo o seu glamour. Claro que a gente tem um impacto, de ver tudo quebrado. Mas foi assim que eu o vi pela primeira vez em 1949.

A Fifa sinalizou que os árbitros talvez possam recorrer a recursos eletrônicos na Copa de 2014 para tirar dúvidas durante o jogo. O senhor aprovaria essa medida?
Sou a favor desde que não se deturpe o que é certo e deixe o errado prevalecer. O exemplo mais claro da importância disso foi o episódio que levou a França a se classificar para o Mundial de 2010. Aquele lance em que o Henry pega a bola com a mão, ajeita e a França faz o gol da classificação é emblemático. A classificada tinha de ser a Irlanda. Se já tivesse a tecnologia ali, mudava tudo.

Qual o futuro do futebol, nas próximas décadas?
Não há uma maneira de evoluir mais. Todo mundo correndo onde está a bola, não querendo deixar o outro jogar. O futebol mundial chegou ao limite técnico. É uma correria só. Você diminui as condições para que se tenha grandes jogos. Os espaços estão muito congestionados, como o trânsito de São Paulo.

FONTE:
http://esportes.br.msn.com/futebol/o-futebol-chegou-ao-limite-t%C3%A9cnico-%C3%A9-s%C3%B3-correria-diz-zagallo