quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ney deixa ‘beira do caos’ e festeja ‘dia da alegria’

Técnico, que compõe músicas, brinca com situações que viveu no Coritiba

 A veia musical de Ney Franco ficou conhecida quando o técnico ainda estava no Botafogo. Porém, sua composição mais famosa se encaixa perfeitamente no momento que o Coritiba viveu no ano passado. Com o rebaixamento e o tumulto no Couto Pereira, o técnico ficou “à beira do caos”. Mas, um ano depois, o técnico tem motivos de sobra para mudar o seu repertório- Ano passado estava difícil não é? Beira do caos mesmo.Mas acho que a música agora, para celebrar o acesso, tinha que ser aquela “é hoje o dia, da alegria. E a tristeza nem pode pensar em chegar” – disse, referindo-se à música “É hoje”Apesar da felicidade pelo acesso, Ney Franco ainda não está satisfeito. O técnico diz que o seu trabalho no Coritiba ainda não terminou.Vamos atrás do título da Série B. Essa é a nossa meta agora. Podemos chegar lá.

Vamos atrás do título da Série B. Essa é a nossa meta agora. Podemos chegar lá. O Coritiba volta à capital paranaense nesta quarta. No sábado, pode até garantir o título da Segundona se vencer o Figueirense e o Bahia tropeçar contra a Portuguesa.

Melhor visitante da Série B, Bahia vence o América-MG

CAMPEONATO BRASILEIRO DE FUTEBOL 2010 - SÉRIE B

Tricolor Baiano se aproximou do acesso para a Primeira Divisão. Já a equipe mineira vê a ameaça do quinto colocado

 Bahia venceu e complicou a vida do América-MG 

O Bahia comprovou o fato de ser o melhor visitante da Série B, ao derrotar o América-MG, por 1 a 0, nesta terça, na Arena do Jacaré, com gol de Jael.
Com o resultado, o América-MG se mantém em quarto lugar com 58 pontos. Já o Bahia, que chegou à sua nova vitória em 18 partidas fora de seus domínios na competição, permanece em terceiro, só que agora com 62 pontos.

O jogo:

Melhor visitante da Série B, o Bahia não se intimidou e buscou o ataque assim que a partida teve o seu início. Veloz e muito leve, a equipe visitante foi só pressão na Arena do Jacaré. Já o América-MG tinha dificuldades para sair jogando, uma vez que a marcação do Bahia era eficaz no meio de campo.

Apesar do bom volume de jogo, o Tricoor Baiano não teve uma boa oportunidade de gol, uma vez que a marcação do América-MG não oferecia espaços aos velozes Adriano e Jael. Após a pressão inicial do Bahia, a equipe mineira começou a trabalhar a bola com mais tranquilidade e com isso, teve boas oportunidades de abrir o placar. A melhor delas veio aos 18 minutos, quando Fábio Júnior achou Euller na entrada da área. O veterano atacante limpou a marcação e antes de finalizar, o zagueiro Luizão fez o corte.

Quando a partida era equilibrada, veio o gol do Bahia. Aos 27 minutos, após contra-ataque articulado por Ávine, Jael recebeu  e com liberdade finalizou à direita do gol de Flávio. Bahia 1 a 0. Dez minutos mais tarde, em novo contra-ataque, antes de Adriano chegar na bola, o goleiro Flávio deixou a pequena área e derrubou o atacante. Falta e cartão vermelho para o goleiro americano. Para repor a saída de Flávio, o técnico do América-MG, Mauro Fernandes, promoveu a saída de Euller, para a entrada de França.

Mesmo com um jogador a menos, o América-MG não abdicou do ataque e teve grande oportunidade para ir para o intervalo com a igualdade no placar. Aos 46 minutos, Marcos Rocha fex boa jogada pela direita e cruzou para Fábio Júnior, cabecear para fora.

Segundo tempo:

Para a segunda etapa, Mauro Fernandes arriscou: sacou um dos três zagueiros e colocou o atacante Thiago Silvy em campo. A mudança surtiu efeito e o América passou a ter mais presença ofensiva no campo do Bahia, que só buscava sair através dos contra-ataques. A primeira boa oportunidade veio com Fábio Júnior, que aos 18 minutos, reebeu na entrada da área, limpou a marcação e só não marcou graças a intervenção de Fernando.

O América era só pressão. Aos 36 minutos, Rodrigo cobrou falta e a bola, caprichosamente foi na trave direita de Fernando. Dois minutos mais tarde, Leandro Ferreira voltou a assusrtar o goleiro do Bahia. Aós cobrança de escanteio, o volante finalizou e a bola passou à direita do gol baiano. Recuado em campo, o Bahia abdicou de atacar e seguia apostando em sua vantagem mínima e em uma oportunidade de contra-ataque para definir a partida.

O América, apesar da pressão, não alcançou o seu objetivo. Thiago Silvy, aos 46 minutos, finalizou sem marcação e assustou o goleiro Fernando. Já o Bahia, com a sua postura defensiva na segunda etapa, ficou mais próximo do acesso.

Próximos compromissos:

Na próxima sexta(12), o América-MG enfrenta o São Caetano, às 21h, no Anacleto Campanella. Já o Bahia, no sábado(13), recebe a Portuguesa, em Pituaçu, às 21h.
FICHA TÉCNICA:
AMÉRICA-MG 0 X 1 BAHIA

Local: Estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Data/Hora: 9/11/2010 às 21h (Horário de Brasília)
Árbitro: Márcio Chagas da Silva (RS)
Auxiliares: Ednílson Corona (Fifa-SP) e José Antônio Chaves Franco Filho (RS)
Renda/Público: 17.016,00/5.940 pagantes

Cartões amarelos: Leandro Ferreira (AME); Luizão e Leandro (BAH)
Cartão vermelho: Flávio(AME), aos 36'1T

Gol: Jael, aos 28'1T(0-1).

AMÉRICA-MG: Flávio; Micão, Preto(Thiago Silvy, intervalo) e Gabriel; Marcos Rocha, Dudu, Leandro Ferreira, Irênio(Weslley, aos 11'2T) e Rodrigo; Euller(França, aos 37'1T) e Fábio Júnior. Técnico: Mauro Fernandes.
 
BAHIA: Fernando; Ananias(Arílson, aos 32'2T), Luizão, Nen e Ávine; Marcone, Fábio Bahia, Leandro e Morais(Rogerinho, aos 34'2T); Adriano(Everton, aos 22'2T) e Jael. Técnico: Márcio Araújo.

Musas finalistas analisam os times na reta final do Brasileirão

Ketlyn (Fluminense), Nina (Grêmio) e Géssica (Vitória) batem uma bolinha
na praia e aproveitam para opinar sobre as suas respectivas paixões



As finalistas do Musa do Brasileirão estão concentradas na final do concurso, mas nem por isso deixam de se preocupar com a situação de seus respectivos times. Ketlyn (Fluminense), Nina (Grêmio) e Géssica (Vitória) são, acima de qualquer coisa, apaixonadas pelos seus clubes. Após baterem uma bolinha na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, na manhã desta terça-feira, elas aproveitaram para analisar o atual momento das equipes.
Musas do Brasileirão em jogo na praiaMusas do Grêmio, Flu e Vitória batem um bolão e analisam seus times (Foto: André Durão)
Líder, a tricolor Ketlyn deixa modéstia de lado e garante que o Fluminense vai levantar a taça em dezembro. Ela ainda aponta as duas referências do time: em campo, Conca; e, no banco, Muricy.
- Já são 26 anos sem saber o que é ganhar um Brasileiro, coisa que eu nunca vi. Desde o começo do ano toda a torcida está acreditando, principalmente pelas contratações realizadas. Dentro de campo, quem tem feito a diferença realmente é o Conca, mas com os lesionados, mostramos que um time que é campeão não é feito apenas de estrelas. E, no banco, tem o Muricy Ramalho, que vestiu a camisa desde o início e está nos levando ao título.


A musa do Flu falou também sobre o artilheiro Fred, famoso pela vida noturna que leva.
- O time precisa dele. Ano passado, na arrancada contra o rebaixamento, ele foi fundamental, o principal jogador. Acho que, lesionado, ele teria que se cuidar mais. Mas também não posso criticá-lo, ele é uma pessoa como outra qualquer.
Musas do Brasileirão em jogo na praiaRubro-negra descarta qualquer risco do Vitória cair
(Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Géssica garante que o Vitória não vai ser rebaixado, mas admite que a constante troca de treinadores em 2010 prejudicou muito o time. Nesta temporada, o Rubro-Negro esteve sob o comando de Ricardo Silva (duas vezes), Toninho Cecílio e Antônio Lopes.
- Começamos o ano bem, chegamos à final da Copa do Brasil, mas depois o time desandou. Trocamos muito de treinador, e o rendimento caiu. Mas o Vitória não vai ser rebaixado, não estamos no Z-4, e eu estou bem confiante – afirmou Géssica. Atualmente, o Rubro-Negro está em 14º lugar, com 38 pontos, dois a mais que o Guarani, que está em 17º.
“Se o Renato Gaúcho tivesse chegado antes...”
Musas do Brasileirão em jogo na praia Beldades tricolores analisam os seus times
(Foto: André Durão / GLOBOESPORTE.COM)
Esse é o pensamento da maioria dos gremistas, e com Nina não é diferente. A imortal acredita que se o atual técnico estivesse no comando desde o início, a equipe estaria lutando pelo título e já teria uma vaga garantida na próxima Taça Libertadores.
- Se o Renato tivesse chegado antes, com certeza as coisas teriam sido diferentes. Eu confio muito nele, assim como toda a torcida. Ele é o grande ídolo, viu que o time estava mal e voltou para arrumar a casa. Talvez, como ele desde início, conseguiríamos ser campeões. Mas mesmo se não conseguir ir à Libertadores, o trabalho dele já está valendo muito. O que ele fez com o time, reerguê-lo, não tem preço.
Nina não deixou de criticar o antigo comandante do Grêmio Silas.
- O grande problema do time era o comando. O Silas não tinha o comando do time, tinha muito jogador insatisfeito com ele.
A grande final do Musa do Brasileirão acontece no próximo sábado, durante o programa Caldeirão do Huck.

Brasil supera ‘treino’ difícil contra EUA e confirma a liderança do grupo

MUNDIAL DE VOLEI FEMININO 2010

Classificada às semifinais, seleção sofre com bom sistema defensivo das americanas, mas mantém invencibilidade no Mundial

Por Mariana Kneipp Direto de Nagoya, Japão

Jaqueline passa pelo bloqueio de Alisha Glass, dos EUAJaqueline supera o bloqueio de Alisha Glass
(Foto: Divulgação / FIVB)
Era para ser um “treino”, como chamou José Roberto Guimarães. Só esqueceram de avisar aos Estados Unidos. As americanas, que brigavam pela vaga nas semifinais do Mundial, deram trabalho para o Brasil. Classificada para a próxima fase, a seleção teve dificuldades de passar pelo bom sistema defensivo das adversárias e pecou na distribuição de jogadas no segundo set, mas conseguiu superar as dificuldades e manter a invencibilidade de nove jogos. Ao apito final, o objetivo estava cumprido. Despedida de Nagoya com vitória por 3 sets a 1 (25/19, 24/26, 25/19 e 25/23) e liderança do Grupo F.

Apesar de vencer a partida, o Brasil não teve a maior pontuadora do jogo. Com 20 acertos, Destinee Hooker levou o título. Já pela seleção, Jaqueline somou 18 pontos.

A seleção viaja para Tóquio na manhã desta quinta-feira (madrugada de Brasília). Depois de dois dias de treinos, disputará a semifinal no sábado. O adversário deverá ser o Japão, que está em segundo lugar no Grupo E, mas ainda não confirmou a posição. Rússia é a outra classificada da chave. Já Estados Unidos esperam o resultado do jogo da Itália para saber se confirmaram a vaga na próxima etapa.

Natália abre o placar para o Brasil


O clima de alegria voltou à seleção nesta quarta-feira. Já no primeiro ponto, Natália mandou uma bomba, que deixou Logan Tom sentada, sem saber onde a bola tinha ido. Fabiana também parou Hooker no bloqueio para o início da comemoração em quadra. Porém, as americanas não queriam entregar a vitória tão fácil. Começaram a defender bem e a montar a muralha sobre o ataque brasileiro.

Fabíola, que esteve muito bem na partida contra a Alemanha, forçou a jogadas com Jaqueline, muito marcada, e levou uma bronca de Zé Roberto. O técnico parou o jogo. Na volta, a levantadora mandou a bola para Natália. A ponteira, que estava virando tudo, colocou mais uma no chão. Palmas de Zé Roberto.

O jogo continuou equilibrado, e os Estados Unidos chegaram a ficar à frente do placar, com dois fortes ataques de Akinradewo. Mas Natália voltou a voar na entrada de rede, e Sheilla foi para o saque para dar início a uma sequência de três pontos para o Brasil. Akinradewo conseguiu um ace e fez Zé Roberto pedir tempo técnico novamente. Natália, então, chegou ao saque, e Jaqueline resolveu a parcial no contra-ataque. Com dois pontos seguidos, fechou o set em 25/19.

Fabíola peca na distribuição das jogadas

Na segunda parcial, os Estados Unidos começaram a gostar do jogo. O Brasil cometeu muitos erros, e o bloqueio americano parou o ataque verde e amarelo, abrindo 9 a 5 no placar. Fabiana foi para o saque e conseguiu dois pontos de contra-ataque, com Jaqueline, que anotou quatro vezes seguidas. A distribuição de bolas, porém, ficou muito centrada na ponteira. Fabíola demorou para virar o jogo, e as jogadas na entrada de rede foram marcadas.

Do outro lado, Hooker comandava a reação americana. A oposta voava na rede, com sua habilidade adquirida nos tempos de campeã nacional de salto em altura. Zé Roberto voltou a chamar Dani Lins e Joycinha para a quadra. A levantadora forçou o saque e diminuiu a diferença para dois pontos.

A tática de mandar a bola sempre em Logan Tom, que estava mal na recepção, deu certo, e o Brasil passou à frente no placar, com Natália, que tentou marcar três vezes no ataque e conseguiu, em seguida, no bloqueio, após belo rali. No entanto, Hooker, em dia inspirado, e Akinradewo inverteram a vantagem novamente e, no erro de Natália, empataram a partida (26/24).
Natália e Thaisa bloqueiam Logan Tom, dos EUANatália e Thaisa bloqueiam a americana Logan Tom (Foto: Divulgação / FIVB)


Seleção embala no terceiro set
Na volta para o terceiro set, Fabíola começou a distribuir melhor as jogadas. Thaísa e Fabiana voltaram a marcar pelo meio, e Sheilla voou na saída de rede. Depois de um rali com belas defesas, quando Larson salvou uma bola como se estivesse na praia, dando orgulho ao assistente-técnico, Karch Kiraly, Sheilla respondeu no mesmo nível, com uma largada de leve, que fez duas americanas caírem no chão.

Os Estados Unidos erraram bastante na parcial. Akinradewo viu a bola cair dentro de seu bloqueio, após o paredão de Natália funcionar. Jaqueline também pontuou pela entrada de rede, saindo melhor da marcação. Thaisa pegou Hooker no bloqueio e até Joycinha, que veio do banco, ganhou oportunidade de mexer no placar. No saque para fora de Hooker, a seleção abriu 2 a 1 no jogo, com 25/19.

Apagão na recepção quase complica a vitória

As americanas estavam determinadas a levar a partida para o tie-break. No início do quarto set, defenderam bolas quase impossíveis e dificultaram os ataques brasileiros, com uma muralha no bloqueio. Fabíola empatou o jogo com um ace, deixando o placar em 9 a 9. Bown, porém, respondeu na mesma moeda, com dois pontos extras. Foram três seguidos no fundamento.

Sheilla e Natália tiveram de buscar a diferença. No saque de Jaqueline, a seleção voltou a dominar o marcador. Bown e Hooker, porém, começaram a incomodar na rede novamente, mostrando falhas na defesa brasileira, e os Estados Unidos assumiram à frente no placar.
Aí chegou a vez de Thaisa assumir a responsabilidade, com dois belos pontos pelo meio (22/21). Em seguida, a central armou o paredão com Jaqueline para parar o ataque adversário e voltou a marcar, voando no meio. Foram quatro pontos seguidos dela. E coube a Sheilla fechar o jogo. Adeus, Nagoya. Rumo a Tóquio.